Quadro 10.1
Tipos de mecanismos de Interação Universidade-Empresa
existentes no Brasil
Mecanismo
Centros de Inovação
Tecnológica
Centros de Pesquisa
Incubadoras de
Empresas de Base
Tecnológica
Empresas Júnior
Escritórios de
Transferência de
Tecnologia
Fundações para o
Desenvolvimento
Tecnológico
Parques e Pólos
Tecnológicos
Tecnópole
Grandes Programas
Cooperativos
Descrição/Objetivos
São centros de desenvolvimento de pesquisas, criados por iniciativa das universidades, cujos
principais objetivos são: estabelecer contato com empresas favoráveis à interação, ajudar
pesquisadores nas negociações com os empresários e buscar financiamentos para os projetos
da universidade. É o caso do Conselho Regional de Inovação e Transferência - CRITT - de
Juiz de Fora.
Criados, geralmente, para desenvolver pesquisas tecnológicas nas áreas de cerâmica.
polímeros, telecomunicações, novos materiais, engenharia de processo, dentre outros. A
universidade fornece o espaço fisico e equipamentos, reduz custos de projetos de pesquisa da
empresas associadas e estimula a participação de docentes por meio de incentivos na
carreira acadêmica.
Destinadas ao desenvolvimento de novas empresas produtoras de inovações tecnológicas.
Pode ser um programa ou segmento da instituição. As empresas incubadas são oferecidos
instalação Tísica, contato com universidades e institutos de pesquisa, serviços contábeis.
jurídicos, de secretaria, telefone, fax e isenção de aluguel e impostos por um determinado
período de tempo. As primeiras experiências de implantação de incubadoras, no pais, datam
de 1988/1989. Segundo dados da Anprotec'2002, existem, hoje. 183 incubadoras em
operação. 45.9% delas na região Sul e a maior parte atuando nas áreas de
software/informática, eletro/eletrónico. Internet/ E-commerce, mecânica, design,
telecomunicações, química, farmácia, cosméticos, biotecnologia, couro, alimento.
confecções e outros.
São organizações sem Fins lucrativos, constituidas por alunos de graduação, de diferentes
cursos de universidades ou faculdades brasileiras, sob a supervisão técnica de professores
universitários. O principal objetivo é contribuir para a formação do graduando por meio da
prestação de serviços de consultoria á sociedade, a preços mais acessíveis. Estima-se que
existam, hoje. aproximadamente, 400 empresas-júnior, das diversas áreas e campos do
conhecimento.
Prestam serviços de gestão e monitoramento continuo das atividades de interação entre a
universidade e a empresa principalmente em relação á transferência dos resultados de
pesquisas, comercialização de tecnologia, licenciamentos e patentes. Geralmente, os FIT'S
encontram-se vinculados á Pró-Reitoria de Extensão ou de Pós-Graduação das
universidades brasileiras. A Universidade de São Paulo foi a primeira a implementar esse
tipo de iniciativa por meio da criação da Coordenadoria Executiva de Cooperação
Universitária e de Atividades Especiais (CECAE), em 1991. Existem, hoje. cerca de 30
escritórios de transferência de tecnologia no pais.
Foram criadas com o intuito de facilitar a condução das interações entre as universidades e
as empresas. O fato de ser uma instituição de direito privado permite u ma maior agilidade
na execução das rotinas administrativas, na formação de equipes de execução de projetos.
no cumprimento de prazos, na aquisição de equipamentos e na oferta de subsídios
necessários á realização da interação com o meio empresarial.
Os pólos tecnológicos são regiões consideradas de intenso potencial no setor, em decorrência
da concentração espacial de universidades, institutos de pesquisa e de empresas de
tecnologia de ponta: da maior pré-disposição de intercâmbio entre esses e da existência de
arranjos institucionais mais ágeis para facilitar a transferência e difusão tecnológica. O
parque tecnológico configura-se como um tipo de pólo tecnológico. As principais
experiências brasileiras desse tipo foram implementadas em cidades do estado de São Paulo
Santa Catarina. Parana. Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Considerada como uma região que busca a inovação, a tecnópole tem o objetivo de
estabelecer os fluxos de conhecimento que, virtualmente, colocam uma cidade e sua região
no estágio de pólo de difusão de ciência e tecnologia. como exemplo, tem se o Projeto "Porto
Alegre Tecnólope", desenvolvido na capital do Rio Grande do Sul.
Associação de várias empresas a uma universidade, ou a várias, formando uma cooperativa
cora o objetivo de desenvolver pesquisas de Interesse de todos os integrantes ou de
solucionar problemas comuns.
Fonte: Quadro elaborado a partir do estudo desenvolvido por Neila Viana da Cunha: MECanismos de
Interação Universidade-Empresa e seus Agentes: o Gate Keeper e o Agente Universitário de Interação.