RESUMO
Introdução: Atualmente encontramos uma emergente procura de idosas
acima de 60 anos de idade pela prática de exercícios físicos. Existe uma
grande preocupação dos profissionais da área de saúde em diagnosticar
primeiramente a condição física de iniciantes ou já praticantes de atividades
físicas, nesta faixa etária, através de um teste ergométrico usado em larga
escala, denominado protocolo modificado de Bruce, tendo, em geral, como
objetivo, analisar as respostas cardíacas do envolvido, principalmente as
eletrocardiográficas, não relatando o comportamento metabólico devido ao
estímulo sugerido no teste. Como descrito na literatura, indivíduos jovens, não
sedentários, no final de um teste de esforço, apresentam, em geral, o limiar de
lactato (LLac 3,5mMol) e respectiva fadiga muscular, após atingirem o limiar
anaeróbio I. No entanto, em idosas, deste estudo, suspeitamos que este
comportamento não seria o mesmo, também atingiriam o limiar anaeróbio I,
porém, na finalização do teste, apresentariam o limiar de lactato com valores
inferiores (LLac 2mMol) em relação a indivíduos com menos idade,
representado uma fadiga muscular (periférica) precoce em relação a sujeitos
jovens. Objetivo: analisar as respostas metabólicas nos limiares de lactato e
anaeróbio, na musculatura esquelética dos membros inferiores de idosas, no
teste de Bruce modificado. Material e Métodos: Analisamos 16 indivíduos do
sexo feminino, com idade média de 69±6 anos através de um teste
ergométrico tipo rampa, protocolo modificado de Bruce, em esteira rolante
elétrica, com um analisador de trocas gasosas e um lactímetro. Avaliou-se a
resposta do lactato sangüíneo, procurando identificar se os sujeitos estavam
acima do limiar de lactato fixo de 2mMols ao final do teste em exaustão física,
após atingirem o limiar anaeróbio I, representando uma fadiga central e
periférica concomitante. Resultados: Os sujeitos envolvidos apresentaram
valores de lactato superiores ao limiar de lactato fixo de 2mMols, após
estarem acima do limiar anaeróbio I, ao atingirem o maior desempenho físico
no protocolo modificado de Bruce. Conclusão: Ao contrário de sujeitos
jovens, que apresentam, em geral, fadiga muscular no final de um teste de
esforço com valores elevados de lactato sanguíneo, idosas do grupo
investigado, como nós esperávamos, demonstraram fadiga na musculatura,
com índices menores de lactato, quando ultrapassado o limiar anaeróbio I e o
limiar de lactato fixo de 2mMols (p≤0,001), indicando, assim, a ocorrência de
fadiga simultânea da musculatura esquelética dos membros inferiores e da
capacidade de troca respiratória, devido à acidose metabólica.
palavras chaves: 1- Limiar anaeróbio 2- Ergometria 3- Músculo esquelético
4- Extremidade inferior 5- Idosas.