Metodologia 23
Existem questões que têm por objetivo caracterizar o público alvo, indagando sobre o tipo
de deficiência, a freqüência de utilização do transporte público convencional, a
disponibilidade de realizar deslocamentos diários através de outro tipo de veículo, a
utilização do transporte porta a porta, a quantidade necessária de deslocamentos diários e
os motivos de viagem.
Os itens selecionados para avaliação dos pontos de parada constam no Programa Brasil
Acessível, projeto da Secretaria Nacional do Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob,
2006b). São eles: abrigo incluindo proteção lateral, cobertura, identificação especial
(padronização), bancos para acomodar os usuários, espaço adequado na espera com
passeio livre, lixeiras, telefones públicos, caixas de correio, informações sobre o transporte,
iluminação, piso antiderrapante, guias rebaixadas, espaço reservado para cadeirantes e
sistema de monitoramento por imagens.
Foram também apresentados itens que, segundo a Secretaria Nacional do Transporte e da
Mobilidade Urbana (SeMob, 2006a), comprometem a circulação urbana, para que as
pessoas classificassem os mesmos quanto à relevância. Os itens selecionados são: passeios
inadequados para atender o fluxo de pedestres, ciclos semafóricos inadequados, abrigos
cujo tamanho e quantidades de pessoas abrigadas prejudicam o fluxo no passeio, falta de
piso ou pisos inadequados ou em mau estado de conservação, desníveis acentuados entre
os passeios e as rampas de garagens, veículos estacionados sobre os passeios, obras e
materiais de construção ocupando espaço nas calçadas, instalação inadequada de
equipamentos urbanos como orelhões e caixas de correio, presença de vendedores
ambulantes, mobiliário urbano obstruindo calçadas como no caso das bancas de jornais,
gotas de água pingando de ar condicionado, escoamento de águas pluviais provenientes de
calhas e marquises, dejetos de animais e lixo.
Questionou-se, finalmente, quanto ao tipo de veículo considerado mais adequado para o
transporte público, abrangendo pessoas com e sem deficiências. As alternativas são
veículos de piso elevado, associados com plataforma de embarque e desembarque também
elevada; veículos de piso baixo, cujo plano formado pelo piso encontra-se abaixo da linha
do centro entre rodas; e veículos de piso alto, com degraus de acesso e equipados com
dispositivo para transposição de fronteira, como plataforma elevatória veicular.
Por este trabalho ser um estudo de acessibilidade e mobilidade, buscou-se distribuir os
questionários a entidades de apoio a pessoas com deficiência física, que apresentam
limitações relacionadas com a mobilidade, como por exemplo, cadeirantes e amputados.