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são as espécies preferidas por esses países, mas o exotismo, a diversidade e a beleza das
flores tropicais estão abrindo novos mercados. De olho nessa tendência, vários
produtores, principalmente da região nordeste, estão investindo cada vez mais nas flores
tropicais, com foco para o exigente mercado europeu e americano.
O maior volume de exportação é de flores secas, sementes e flores tropicais
(bromélias, helicônias e abacaxi ornamental), que resistem bem às condições do
transporte (SEBRAE, 2007).
A atenção dos produtores também está voltada pra o mercado internacional de
flores, que movimenta US$ 9 bilhões por ano, embora a participação brasileira seja
ainda tímida. As exportações brasileiras correspondem a apenas 0,22% do comércio
mundial. Nos últimos cinco anos, porém, as vendas para o exterior cresceram. Em 2004,
as exportações foram de 21%. A exportação gera o aumento de renda e trabalho,
contribui para aperfeiçoar o processo produtivo e permite o acesso às variedades
melhoradas, além de estimular o melhoramento genético e as tecnologias nacionais
(SEBRAE, 2007).
Dados apresentados pelo IBRAFLOR e pela Flortec Consultoria e Treinamento,
responsáveis pela coordenação das atividades de capacitação e treinamento do programa
FloraBrasilis, indicam que o mercado mundial de flores e plantas ornamentais
movimenta US$ 25 bilhões/ano. Este valor gera um fluxo de cerca de US$ 9 bilhões/ano
no comércio internacional, concentrado em países como Holanda, Colômbia, Itália,
Dinamarca, Bélgica, Quênia, Zimbabwe, Costa Rica, Equador, Austrália, Malásia,
Tailândia, Israel e EUA, entre outros (Salignac, 2006). Entre os países da América
Latina que produzem plantas ornamentais, destaca-se a Colômbia, segunda maior
produtora mundial, contribuindo com 13% de toda produção, perdendo apenas para a
Holanda, a qual tem uma participação em torno de 45% de toda produção mundial de
plantas ornamentais. Os países exportadores são Equador, Chile e Bolívia.
Nas unidades da federação brasileira, embora ocorram microclimas adequados à
atividade, a horticultura ornamental é pouco desenvolvida sendo a maior parte das
espécies disponíveis no mercado procedente de outras regiões. O Distrito Federal
desponta, atualmente, como o mais promissor mercado consumidor de flores e plantas
ornamentais de todo país, destacando-se como o terceiro mercado em volumes globais
de consumo de flores e plantas ornamentais gastando mensalmente R$ 3 milhões na
aquisição desse produto, boa parte importada de São Paulo e do Rio de Janeiro
(Junqueira, 2005). Brasília possui todas as condições de tornar-se o maior pólo de