nariz (54,6%; p=0,077), que podem indicar atitudes frustradas, nuvens (23,1%; p=
0,068), significando que a criança consegue conviver com as dificuldades,
compreendendo que em sua vida existem momentos bons e ruins (Bédard, 2006),
árvore com a copa mais longa que o tronco (30,8%; p= 0,083), que representa
o intelectual, a capacidade de abstração, idealismo, ou alguma tendência para o
cômico, arrogância, ambição (Campos, 1996), com destaque para os itens perfil
(3,2%; p=0,040), que indica incapacidade ou dificuldade de enfrentar o meio,
desajuste (Campos, 1996), chaminé (12,9%; p= 0,049), considerada um símbolo
fálico, de poder (Campos, 1996) e fumaça na chaminé (11,8%; p= 0,062), que,
neste caso, pode ser indicador de conflito (Campos, 1996; Hammer, 1981) ou
reação desfavorável à influência vivida na família (Bédard, 2006) verificados
apenas nos desenhos destas crianças, em comparação com as que não sofrem
nem testemunham.
Os itens pernas (97,7%; p= 0,080), que sugerem maior estabilidade,
equilíbrio e aproximação das pessoas ao redor (Rodrigues e Velasco, 2006), teto
da casa pouco elaborado (44,4%; p= 0,090), e árvore com a copa pequena
(42,1%; p= 0,05), considerada normal no desenho de crianças de até 10 anos de
idade mas, que também pode ser indicador de imaturidade (Campos, 1996), foram
mais encontrados nos desenhos das crianças que não sofrem nem testemunham
violência física familiar severa. O item falta de pés (66,2%; p= 0,052), indicador de
desânimo, abatimento, tristeza, desilusão, insegurança (Rodriguez e Velasco,
2006), dificuldade de contato (Campos, 1996) ou ainda, busca de estabilidade e
dependência (Bédard, 2006) também foi mais encontrado nos desenhos das
crianças que não sofrem. Entretanto, diversas pesquisas têm encontrado este item