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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Construção e aplicação de um Turbidímetro / Nefelômetro
Microcontrolado Portátil
Vagner Bezerra dos Santos
*
Dissertação apresentada como parte
dos requisitos para a obtenção do título
de MESTRE EM QUÍMICA, área de
concentração: QUÍMICA ANALÍTICA.
Orientador: Prof. Dr. Orlando Fatibello-Filho
* bolsista CAPES
São Carlos - SP
2009
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Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitária da UFSCar
S237ca
Santos, Vagner Bezerra dos.
Construção e aplicação de um Turbidímetro / Nefelômetro
Microcontrolado Portátil / Vagner Bezerra dos Santos. -- São
Carlos : UFSCar, 2009.
122 f.
Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de São
Carlos, 2009.
1. Análise fotométrica. 2. Microcontrolador. 3.
Controladores programáveis. 4. Turbidez. 5. Nefelometria. 6.
LED. I. Título.
CDD: 543.0852 (20
a
)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia
Departamento de
Quimica
PROGRAMA
D
E
P~S-GUDUACAO
E
M
Q'LT~~~~CA
Curso de Mestrado
Assinaturas dos membros
da
banca examinadora que avaliaram e aprovaram
a defesa de dissertação de
rnestrado do candidizto
Vagner Bezerra
dos
Santos,
realiza
Prof
Dr.
Orlando Fatibello Filho
Prof
D=
Fnaldo
Censi
Faria
Agradeço e dedico esta dissertação primeiramente ao
SENHOR JESUS CRISTO por todo o amor para
comigo em todos os momentos desta
minha caminhada.
Agradecimentos
A minha amada e virtuosa esposa Thayrlla Adrielle Coutinho Bezerra,
por todo o amor que me faz sentir, por todo o apóio, ajuda e compreensão, pois sem
você amor, certamente tudo seria mais difícil. Conhecer você foi o maior prêmio que
Deus me deu, e nada que eu venha a conquistar será maior ou mais importante que
Você. Eu te amo muito, e espero que possamos passar todos os dias das nossas
vidas juntos realizando os planos que o bom Deus determinou para nós.
A minha Mãe (Maria José Bezerra Carneiro da Cunha) à qual eu tenho
o maior orgulho do mundo de ser chamado de filho. Você é o maior exemplo de
força e superação que encontrei em toda minha vida. As dificuldades em que
passamos serviram para que eu me tornasse mais forte e isso aprendi com Você.
Quando me sinto fraco lembro que você está me esperando e isso me mais
forças. Te amo mãe acima de qualquer coisa nessa vida.
Ao meu Pai o qual aprendi a amar pelo poder de Deus, pelo exemplo
de homem trabalhador e honesto.
As minhas jóias raras, Val e Vivi por todo o apoio em meus estudos o
qual sacrificaram muito os seus sonhos pelo meu futuro. Espero que continue dando
muitas alegrias e orgulho para vocês, pois isso eu coloquei como um colar no meu
coração para que os seus esforços valessem à pena. Amo vocês.
Ao meu cunhado, irmão e amigo Naldo, pela amizade e por sempre
estar atento para me ouvir. Não esqueço nunca de quanto nós somos brincalhões
juntos.
Ao meu lindo sobrinho Esdras (TITIO), meu lindinho o titio viu você
nascer e crescer, está longe de você é difícil, pois amo ver você sorrir. Quando você
estiver crescidinho vai ver a homenagem que eu fiz para você.
Aos demais familiares que me ajudaram de todas as formas possíveis,
muito obrigado.
Ao Prof. Dr. Orlando Fatibello-Filho pela orientação, ensinamento,
amizade e confiabilidade a mim depositada. Pela paciência e por propiciar a
realização desse trabalho. Agradeço o seu empenho em refinar e contornar as
arestas desse trabalho valioso, pois muitas sugestões e idéias suas estão
incorporadas nesse trabalho. Essas são minhas sinceras gratidões, obrigado.
Ao Prof. Dr. Ronaldo Censi Faria pelo apoio durante a ausência do
professor Dr. Orlando Fatibello-Filho no período de seu pós-doutorado e pelos
debates e discussões produtivas desencadeadas ao longo desse trabalho e por
aceitar o convide como membro da comissão examinadora.
Ao professor Dr. Fábio R. P. Rocha, por ter dedicado uma parte de seu
tempo na correção dessa dissertação como membro efetivo da banca examinadora,
muito obrigado.
Aos professores Dr. Edenir R. Pereira Filho e Dra. Helena R. Pezza por
aceitarem o convite como membros da comissão examinadora da banca de
mestrado, muito obrigado.
Aos professor Dr. Joaquim A. Nóbrega e Dra. Regina Vincenzi Oliveira
pelas idéias e sugestões durante o seminário de qualificação, aos quais sou grato.
Ao meu companheiro de trabalho, Tiago B. Guerreiro, por toda a ajuda
incalculável e pela troca de idéias e conhecimento.
Aos meus amigos Amália G. G. Dionísio e Osmundo Dantas pôr terem
me recebido em São Carlos com muito carinho e afeto. Sou muito grato a vocês, um
abraço e que Deus abençoe vocês.
Ao meu amigo Willian Toito Suarez pela ajuda no experimental e pela
amizade construída. Um abraço “metal” para você.
A todos os meus amigos do LABBES & LABBIE pela amizade
adquirida nesses dois anos, muito obrigado à todos vocês.
A todos do Programa de Pós-graduação em Química da UFSCar.
A CAPES pelo financiamento desse trabalho e pela bolsa concedida.
Aos meus amigos da família LAQA-UFPB, o qual tenho enorme prazer
de retornar sempre, onde construí muito do perfil como pessoa e como profissional.
Muito abrigado a todos vocês.
Aos meus amigos Josué, Josinalva e família pela excelente amizade
construída para toda a vida.
A todos da Igreja Batista Peniel pelas orações, comunhão, amizade,
ajuda e compreensão.
Muito obrigado.
iv
LISTA DE ABREVIATURAS
AAS
Espectrometria de absorção atômica (do inglês, Atomic
Absorption Spectrometry)
APV Álcool polivinílico
ASTM
Sociedade Americana para teste e materiais (do inglês, American
Society for Testing and Materials)
ASTG Ácido Silicotungstico
AU
Unidades de Atenuação (do inglês, Atenuation Units)
BU
Unidade de retroespalhamento (do inglês, Backscatter Unit)
CCD
Dispositivo de carga acoplado (do inglês, Charge Coupled
Device)
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado
de São Paulo
CPU Unidade de processamento central (Central Processing Unit)
EPROM Memória apenas de leitura de programas que podem ser
apagadas (do inglês, Erasable Program Read Only Memory)
FAAS Espectrometria de absorção atômica com chama (do inglês,
Flame Atomic Absorption Spectrometry)
FAU
Unidades de atenuação de formazina (do inglês, Formazin
Atenuation Units)
FBU Unidades de retroespalhamento de formazina (do inglês,
Formazin Backscatter Units)
FIA
FNMU
Análise por injeção em fluxo (do inglês, Flow Injection Analysis)
Unidades de múltiplos feixes nefelométrico de formazina
(do inglês, Formazin Nephelometric multibeam Units)
FNU
Unidade nefelométrica de formazina (do inglês, Formazin
Nephelometric Unit)
FNRU
Unidades de razão nefelométrica de formazina (do inglês, FNRU
- Formazin Nephelometric Ratio Units)
GND
Potencial de 0,0 V (terra) do inglês Ground
HPLC
Cromatografia líquida de alta eficiência (do inglês, High
Performance Liquid Chomatography)
ICP
Plasma indutivamente acoplado (do inglês, Inductively Coupled
Plasma)
ICP AES Espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente
acoplado (do inglês, Inductively Coupled Plasma Atomic
Emission Spectrometry)
ICP AES-HG Espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente
acoplado com geração de hidretos (do inglês, Inductively
Coupled Plasma Atomic Emission Spectrometry Hydride
v
Generation)
ICP OES Espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente
acoplado (do inglês, Inductively Coupled Plasma Optical
Emission Spectrometry)
ICP-MS Espectrometria de massas com plasma indutivamente acoplado
(do inglês, Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry)
IR
Infravermelho (do inglês, Infrared)
ISO Organização Internacional de Padronização (do inglês,
International Standard Organization)
LASER Luz amplificada por emissão estimulada de radiação (do inglês
Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation)
LCD
Amostrador de cristal líquido (do inglês, Liquid Crystal Display)
LED
Diodos que emitem luz (do inglês, Light Emitting Diode)
LD Limite de detecção
LQ Limite de quantificação
MEBAK
Sigla Européia referente à (Mitteleuropäishe Brautechnische
Analysenkommission, Central European brew-technical analysis
commission)
PMTN
Portátil Microcontrolado Turbidímetro - Nefelômetro (PMTN do
inglês, Portable Microcontrolled Turbidimeter Nephelometer)
NTMU Unidade de múltiplos feixes de turbidez e Nefelométrica (do
inglês, Nephelometric Turbidity Multibeam Unit)
NTRU Unidade de razão de turbidez e nefelométrica (do inglês,
Nephelometric Turbidity Ratio Unit)
NTU
Unidade de turbidez e nefelométrica (do inglês, Nephelometric
Turbidity Unit)
PIC
Controlador de interface periférica (do inglês, Peripherical
Interface Controller)
PEG Polietilenoglicol
RAM
Memória de acesso randômico (do inglês, Random Access
Memory)
RE
Erro relativo (do inglês, Relative Error)
REM Radiação eletromagnética
RGB
Azul, verde e vermelho (do inglês, Red, Green and Blue)
RSD
Desvio padrão relativo (do inglês, Relative Standard Deviation)
USB
Do inglês Universal Serial Bus
USEPA Agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (do inglês,
United States Environmental Protection Agency)
UV-Vis Ultravioleta - Visível
WHO
Organização Mundial de Saúde (World Health Organization)
vi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1.1 - Espectro eletromagnético e fenômenos associados..........................4
TABELA 1.1.2 - Radiações do espectro visível e cor complementar ..........................5
TABELA 1.1.3 - Classificação dos métodos espectroquímicos....................................6
TABELA 1.3 - Normas internacionais.........................................................................16
TABELA 1.4.2 - Pesquisa realizada para o período de 1970 - 2009 envolvendo o
conteúdo abordado no presente trabalho...................................................................19
TABELA 3.2 - Listagem dos equipamentos e acessórios utilizados..........................36
TABELA 3.2.1 - Lista de dispositivos e componentes eletrônicos utilizados.............37
TABELA 3.7.1 - Modelo dos ensaios a serem realizados e os níveis das
variáveis.....................................................................................................................52
TABELA 3.7.1.1 - Níveis das variáveis estudadas para sulfato.................................53
TABELA 3.7.1.2 - Variáveis estudadas para determinar N-act..................................53
TABELA 3.7.1.3 - Níveis das variáveis estudadas para determinar K
+
......................54
TABELA 3.7.1.4 - Níveis das variáveis estudadas para determinar tiamina..............55
TABELA 3.7.2 - Níveis das variáveis para o planejamento de captopril....................55
TABELA 3.7.2.1 - Variáveis estudadas para determinar captopril.............................56
TABELA 4.2 - Especificações técnicas do equipamento proposto.............................64
TABELA 4.3.1.2 - Efeito dos concomitantes na análise turbidimétrica de sulfato .....67
TABELA 4.3.1.3 - Estudos de adição e recuperação para amostras de água da
represa do Lago Monjolinho (UFSCar).......................................................................68
TABELA 4.3.1.4 - Parâmetros da metodologia aplicada para a determinação de
sulfato em águas........................................................................................................69
TABELA 4.3.1.4a - Parâmetros nefelométricos para a determinação de sulfato em
águas..........................................................................................................................70
TABELA 4.3.1.5.1 - Parâmetros obtidos com o equipamento comercial da
Shimadzu....................................................................................................................72
TABELA 4.3.1.5.2 - Parâmetros referentes ao método turbidimétrico utilizando o
equipamento da Ocean Optics...................................................................................73
TABELA 4.3.1.5.2a - Parâmetros da metodologia aplicada para a determinação de
sulfato em águas empregando um espectrofotômetro UV-Vis da Ocean Optics ......74
TABELA 4.3.1.6.1 - Resultados obtidos pela aplicação do método turbidimétrico para
a determinação de sulfato em amostras de águas de lago fortificadas.....................76
Tabela 4.3.1.6.1a - Teste F e Teste t pareado para as amostras de águas..............76
vii
TABELA 4.3.1.6.2 - Determinação de sulfato em amostras de água por nefelometria
empregando-se os equipamentos PMTN e Ep2 (espectrofotômetro 2).....................77
TABELA 4.3.2.2 - Possíveis Interferentes para a determinação de N-acetilcisteína
em módulo turbidimétrico (405 nm)............................................................................79
TABELA 4.3.2.3 - Adição e recuperação de N-acetilcisteína em fármacos...............80
TABELA 4.3.2.4 - Figuras de mérito referentes à aplicação do método turbidimétrico
para determinação de N-acetilcisteína.......................................................................82
TABELA- 4.3.2.4a - Figuras de mérito obtidas pelo emprego do método
nefelométrico para determinação de N-acetilcisteína................................................83
TABELA 4.3.2.5 - Resultados obtidos com o método potenciométrico e com o PMTN
em módulo turbidimétrico...........................................................................................84
TABELA 4.3.2.5a - Resultados obtidos com o método potenciométrico e o com o
PMTN em módulo nefelométrico................................................................................84
Tabela 4.3.3.2 - Possíveis Interferentes de K
+
analisados por nefelometria..............86
Tabela 4.3.3.3. - Adição e recuperação de K
+
em amostras de água de coco (A1) e
energéticos A2 e A3...................................................................................................87
TABELA 4.3.3.4 - Principais parâmetros referentes à aplicação do método
turbidimétrico para determinação de potássio (K
+
)....................................................88
Tabela 4.3.3.4a - Principais figuras de mérito referentes à aplicação do método
nefelométrico (470 nm) para determinação de potássio (K
+
).....................................89
TABELA 4.3.3.5 - Amostras de potássio em águas de coco (A1) e em amostras de
energéticos (A2 e A3) determinadas por AAS e turbidimétria (405 nm)....................91
TABELA 4.3.3.5a - Amostras de potássio em águas de coco (A1) e em amostras de
energéticos (A2 e A3) determinadas por AAS e nefelometria (470 nm)....................91
TABELA 4.3.4.2 - Possíveis Interferentes para análise de tiamina por nefelometria
(470 nm).....................................................................................................................93
TABELA 4.3.4.3 - Adição e recuperação de tiamina em rmacos empregando o
método nefelométrico (470 nm)..................................................................................94
TABELA 4.3.4.4 - Principais figuras de méritos referentes à aplicação do todo
turbidimétrico para a determinação de tiamina..........................................................95
TABELA 4.3.4.4a - Principais figuras de mérito referentes à aplicação nefelométrica
(470 nm).....................................................................................................................96
viii
TABELA 4.3.4.5 - Amostras de tiamina em fármacos analisadas por meio da
aplicação dos métodos de voltametria de pulso diferencial (comparativo) e
turbidimétrico (405 nm)...............................................................................................98
TABELA 4.3.4.5a - Amostras de tiamina em rmacos analisadas por voltametria de
pulso diferencial (comparativo) e nefelometria (470 nm)...........................................98
Tabela 4.3.5.2 - Possíveis interferentes para a determinação nefelométrica (470 nm)
de captopril...............................................................................................................100
TABELA 4.3.5.3 - Adição e recuperação utilizando o PMTN em módulo nefelométrico
(470 nm)...................................................................................................................101
TABELA 4.3.5.4 - Figuras de ritos referentes ao emprego do PMTN operando por
meio do método turbidimétrico (405 nm) para a determinação de captopril ...........102
TABELA 4.3.5.4a - Figuras de mérito para a determinação nefelométrica de captopril
(CAP) em fármacos..................................................................................................103
TABELA 4.3.5.5 - Amostras de captopril em rmacos determinadas pelo método
comparativo e por turbidimetria (405 nm) empregando o PMTN.............................105
TABELA 4.3.5.5a - Amostras de captopril em rmacos determinadas pelo método
comparativo e por nefelometria (470 nm).................................................................106
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1.1 - Propagação da radiação eletromagnética..........................................2
FIGURA 1.2 - Diagrama de blocos de instrumentos convencionais..........................10
FIGURA 1.3 - Ilustração mostrando o espalhamento de REM e a posição do detector
em relação à fonte de radiação incidente...................................................................15
FIGURA 1.4.2 - Multidisciplinaridade referente aos diversos campos de trabalho...18
FIGURA 1.5.2 - Fórmula estrutural da N-acetilcisteína..............................................23
FIGURA 1.5.4 - Fórmula estrutura da molécula de tiamina.......................................25
FIGURA 1.5.5 - Fórmula estrutural do captopril.........................................................26
FIGURA 3.3.1 - Espectro de emissão dos LEDs utilizados neste projeto..................38
FIGURA 3.3.1a - Espectro de emissão do LED IR (880 nm).....................................39
FIGURA 3.3.2 - Curva de resposta dos sensores da linha TSLX25721(TAOS)........40
FIGURA 3.3.2a - Circuito equivalente do sensor TSLB257 TAOS............................40
FIGURA 3.3.2b - Curva de resposta do sensor IR TSL260R-LF TAOS.....................41
FIGURA 3.3.3 - Configuração dos pinos do PIC18F4550..........................................42
FIGURA 3.3.4 - Fotografia da placa de estudos........................................................43
FIGURA 3.3.5 - Diagrama de blocos do circuito eletrônico do equipamento proposto
(PMTN).......................................................................................................................44
FIGURA 3.3.6 - Fotografia do compartimento óptico desenvolvido...........................46
FIGURA 3.3.7 - Diagrama de bloco das funções do programa utilizado....................48
FIGURA 3.3.8 - Fotografia do equipamento portátil construído com módulo de
bateria.........................................................................................................................49
FIGURA 3.7.1.1 - Reação química entre íons sulfato e bário...................................52
FIGURA 3.7.1.2 - Reação química entre N-acetilcisteína e íons Cu
2+
......................53
FIGURA 3.7.1.3 - Reação química entre íons potássio e tetrafenilborato.................54
FIGURA 3.7.1.4 - Reação entre os íons provenientes do cloridrato de tiamina e do
ácido silicotungstico....................................................................................................55
FIGURA 3.7.2.1 - Reação entre os íons prata e captopril.........................................56
FIGURA 4.1.1 - Avaliação da estabilidade do PMTN.................................................58
FIGURA 4.1.1a - Avaliação da relação sinal ruído.....................................................59
FIGURA 4.1.2 - Avaliação da estabilidade para o PMTN em módulo de bateria.......60
FIGURA 4.1.4 - Programa fornecido pela interface NI USB-6008 mostrando o sinal
pulsado fornecido pelo PMTN....................................................................................62
x
FIGURA 4.2 - Curva de calibração turbidimétrica e nefelométricas...........................63
FIGURA 4.3.1.1 Gráfico dos efeitos do planejamento fatorial com ponto central
para o estudo de sulfato em água..............................................................................65
FIGURA 4.3.1.4 - Curva de calibração para determinação turbidimétrica (405 nm) de
sulfato.........................................................................................................................69
FIGURA 4.3.1.4a - Curva de calibração para determinação de sulfato no módulo
nefelométrico com medida em 470 nm......................................................................70
FIGURA 4.3.1.5.1 - Curva analítica para determinação de sulfato obtida com um
espectrofotômetro de duplo feixe SHIMADZU com medida em 405 nm....................71
FIGURA 4.3.1.5.2 - Curva de calibração para determinação de sulfato no
espectrofotômetro Ocean Optics................................................................................73
FIGURA 4.3.1.5.2a - Curva de calibração para sulfato no espectrofotômetro Ocean
Optics com medida nefelométrica em 470 nm.......................................................74
FIGURA 4.3.2.1 - Gráfico dos efeitos para o planejamento de N-acetilcisteína........78
FIGURA 4.3.2.4 - Curva de calibração para determinação de N-acetilcisteína no
módulo turbidimétrico medido em 405 nm.................................................................81
FIGURA 4.3.2.4a - Curva de calibração para N-acetilcisteína no módulo
nefelométrico (470 nm)...............................................................................................82
FIGURA. 4.3.2.5 - Titulação condutométrica de N-acetilcisteína com Cu
2+
...............83
FIGURA 4.3.3.1 - Gráfico dos efeitos para o planejamento fatorial 2
4
com 3 réplicas
no ponto central para a determinação de potássio....................................................85
FIGURA 4.3.3.4 - Curva analítica para determinação de potássio no módulo
turbidimétrico..............................................................................................................88
FIGURA 4.3.3.4a - Curva de calibração para potássio no módulo nefelométrico......89
FIGURA 4.3.3.5 - Curva analítica para determinação de potássio pelo técnica de
absorção atômica com chama....................................................................................90
FIGURA 4.3.4.1 - Gráfico dos efeitos para a determinação de tiamina em fármacos,
empregando o método turbidimétrico (405 nm).........................................................92
FIGURA 4.3.4.4 - Curva analítica para determinação de tiamina por meio da
aplicação do método turbidimétrico (405 nm)............................................................95
FIGURA 4.3.4.4a - Curva analítica para determinação de tiamina aplicando o módulo
nefelométrico..............................................................................................................96
FIGURA 4.3.4.5 - Curva analítica para determinação de tiamina obtida com
voltametria de pulso diferencial..................................................................................97
xi
FIGURA 4.3.5.1 - Gráfico dos efeitos utilizando o método turbidimétrico para análise
de captopril em fármacos...........................................................................................99
FIGURA 4.3.5.4 - Curva analítica para a determinação de captopril em fármacos
empregando o método turbidimétrico.......................................................................102
FIGURA 4.3.5.4a - Curva analítica para a determinação de captopril por meio da
aplicação do método nefelométrico em 470 nm.......................................................103
FIGURA 4.3.5.5 - Gráficos da primeira derivada do potencial obtido Vs. a adição do
titulante.....................................................................................................................104
xii
RESUMO
CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE UM TURBIDÍMETRO / NEFELÔMETRO
MICROCONTROLADO PORTÁTIL. A necessidade de um equipamento portátil,
simples, de baixo custo e com boa sensibilidade para análises turbidimétricas e/ou
nefelométricas de modo praticamente simultâneo motivou o desenvolvimento da
presente dissertação de mestrado. Com esse equipamento, foi possível a realização
de determinações de substâncias químicas de interesse (analitos) in-situ e em tempo
real. Esse tipo de determinação é requerido principalmente em situações onde o
deslocamento ao local é difícil, ou até mesmo, em circunstâncias nas quais as
características físico-químicas das amostras devem ser rigorosamente inalteradas.
Neste contexto, o equipamento foi aplicado na determinação de sulfato em águas de
lago com análise em tempo real e no local de coleta. Analitos de interesse como N-
acetilcisteína, captopril e tiamina em amostras farmacêuticas e potássio em bebidas
também foram determinados com o emprego da instrumentação desenvolvida. O
equipamento, intitulado PMTN (do inglês Portable Microcontrolled Turbidimeter
Nephelometer), é composto principalmente por LEDs (do inglês Light Emitting
Diodes), fototransistores como sensores ópticos e um microcontrolador PIC
(Peripherical Interface Controller) como unidade de processamento, controle e
aquisição de dados. O PMTN foi devidamente testado e calibrado conforme as
normas exigidas pela ISO 7027 para equipamento à base de LEDs como fonte de
radiação. Devidamente calibrado, o PMTN foi aplicado para determinações dos
analitos supracitados e comparado com os métodos de referência ou métodos
validados para cada analito descritos na literatura. Em todas as aplicações, os
resultados obtidos empregando-se o equipamento foram concordantes a um nível de
confiança de 95 %. Os limites de detecção e de quantificação para a determinação
dos diversos analitos foram compatíveis e em alguns casos melhores que os
encontrados na literatura. Em média duas décadas de faixa linear de concentração e
uma reprodutibilidade (RSD) menor que 3,0 % com erros relativos em média
menores que 5,0 % também foram obtidos.
xiii
ABSTRACT
CONSTRUCTION AND APPLICATION OF A PORTABLE MICROCONTROLLED
TURBIDIMETER NEPHELOMETER. Development of a portable, simple and
inexpensive equipment with adequate sensitivity for turbidimetric and/or
nephelometric sequential analyses practically simultaneous is the aim of this study. In
fact, in-situ and on-line analysis of chemical substances of interest (analytes) can be
accomplished. This is requested mainly in situations in which the place is difficult to
access or even in circumstances in which the physical- chemical characteristics of
the samples should be unchanged. Thus, the equipment was applied in- situ sulfate
determination in lake samples. Analytes of interest such as N-acetylcysteine,
captopril and thiamine in pharmaceutical samples and potassium in isotonic
beverages were also analyzed with the developed instrumentation. The PMTN
(Portable Microcontrolled Turbidimeter Nephelometer) is made of LEDs (Light
Emitting Diodes) as radiation sources, phototransistors as optical sensors and a PIC
microcontroller (Peripherical Interface Controller) as processing unit for control and
data acquisition. The PMTN was tested and calibrated properly according to the
norms establish by ISO 7027 for equipment base on LEDs as radiation source. The
PMTN was applied to determine the concentration of analytes and compared with the
reference or validated methods for each analyte, as described in the literature. In
general, results agreed at the 95% confidence level were obtained. The detection
limits and quantification for the determination of the several analytes were agreed
with in some better cases than those found in the literature. On average, the PMTN
furnished two decades of linear range of concentration and a reproducibility (RSD)
lower than 3.0 % with an average error of less than 5.0 % were also obtained.
xiv
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO....................................................................................1
1.1- Fundamentação téorica........................................................................................2
1.1.1 - Radiação eletromagnética (REM)..................................................................2
1.1.2 - Cor complementar..........................................................................................4
1.1.3 - Métodos Espectrométricos.............................................................................5
1.1.3.1 - Análise Turbidimétrica..............................................................................7
1.1.3.2 - Análise Nefelométrica..............................................................................9
1.2 - Instrumentação convencional utilizada nas determinações turbidimétricas
e nefelométricas...........................................................................................................9
1.2.1 - Fontes de radiação.......................................................................................10
1.2.1.1 - Definição e funcionamento dos diodos emissores de luz......................11
1.2.2 - Sistema seletor de comprimento de onda....................................................12
1.2.3 - Dispositivo para conter a amostra (cubeta) ............. ....................................12
1.2.4 - Principais características dos fotodetectores...............................................13
1.2.4.1 - Fototransistores e mecanismo de funcionamento....................................14
1.2.5 - Dispositivo para aquisição de dados, interface e comunicação máquina -
usuário........................................................................................................................14
1.3 - Instrumentação específica para determinações turbidimétrica ou nefelométrica
com calibração internacional......................................................................................14
1.4 - Introdução a sistemas microcontrolados............................................................17
1.4.1 - Campo de aplicação dos microcontroladores..............................................18
1.4.2 - Revisão bibliográfica referente ao uso de LED e PIC..................................18
1.5 - Revisão bibliográfica dos analitos estudados....................................................21
1.5.1 - Determinação de sulfato ................... ..........................................................21
1.5.2 - Determinação de N-acetilcisteína................................................................23
1.5.3 - Determinação de potássio............................................................................24
1.5.4 - Determinação de tiamina.............................................................................25
1.5.5 - Determinação de captopril...........................................................................26
1.6 - Introdução a planejamentos quimiométricos......................................................28
CAPÍTULO 2 - OBJETIVOS.......................................................................................29
2.1 - Objetivos gerais..................................................................................................30
2.2 - Objetivos específicos.........................................................................................30
CAPÍTULO 3 - EXPERIMENTAL................................................................................31
xv
3.1 - Reagentes, soluções e preparo das amostras...................................................32
3.1.1 - Determinação de sulfato..............................................................................32
3.1.2 - Determinação de N-acetilcisteína............................................................... 32
3.1.3 - Determinação de potássio............................................................................33
3.1.4 - Determinação de vitamina B
1
.......................................................................34
3.1.5 - Determinação de captopril usando íons prata (Ag
+
) como reagente...........34
3.1.6 - Reagentes e soluções de utilização comum................................................35
3.2 - Equipamentos e acessórios...............................................................................36
3.2.1 - Componentes eletrônicos e materiais em geral para a confecção do
PMTN.........................................................................................................................36
3.3 - Construção e desenvolvimento do Turbidímetro / Nefelômetro Microcontrolado
Portátil........................................................................................................................37
3.3.1 - Estudo sobre LEDs......................................................................................37
3.3.2 - Estudos sobre os sensores do PMTN..........................................................40
3.3.3 - Microcontrolador PIC utilizado.....................................................................42
3.3.4 - Placa de estudos..........................................................................................43
3.3.5 - Circuito eletrônico de PMTN........................................................................43
3.3.6 - Compartimento óptico..................................................................................46
3.3.7 - Programa TURB03 desenvolvido para o PMTN..........................................47
3.3.8 - Equipamento construído - PMTN.................................................................49
3.4 - Teste de estabilidade de sinal............................................................................50
3.5 - Procedimento de análise....................................................................................50
3.6 - Calibração do equipamento com padrão turbidimétrico.....................................51
3.7 - Aplicações analíticas..........................................................................................51
3.7.1 - Planejamento experimental 2
4
com ponto central para a determinação de
sulfato, N-acetilcisteína, potássio e tiamina...............................................................51
3.7.1.1 - Determinação de sulfato em amostras de água de lago........................52
3.7.1.2- Determinação de N- acetilcisteína em fármacos comerciais..................53
3.7.1.3 - Determinação de potássio em alimentos...............................................54
3.7.1.4 - Determinação de tiamina em fármacos comerciais...............................54
3.7.2 - Planejamento fatorial 2
3
com ponto central para otimização das variáveis na
determinação de Captopril.........................................................................................55
3.7.2.1 - Determinação de captopril em fármacos comerciais.............................56
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................57
xvi
4.1 - Teste de estabilidade do PMTN.........................................................................58
4.1.1 - PMTN ligado a rede elétrica.........................................................................58
4.1.2 - PMTN em módulo de bateria.......................................................................60
4.1.3 - Teste de estabilidade com um multímetro digital.........................................61
4.1.4 - Teste de estabilidade com um microcomputador.........................................62
4.2 - Calibração do PMTN..........................................................................................63
4.3 - Resultados das aplicações analíticas no PMTN................................................65
4.3.1 - Determinação de sulfato em águas..............................................................65
4.3.1.1 - Planejamento fatorial 2
4
com ponto central............................................65
4.3.1.2 - Estudo de interferentes em potencial em amostras de água.................67
4.3.1.3 - Estudo de adição e recuperação ...........................................................68
4.3.1.4 - Curvas analíticas para a determinação de sulfato em águas................68
4.3.1.5 - Método de referência.............................................................................71
4.3.1.5.1 - Curva analítica para a determinação de sulfato aplicando o
método turbidimétrico empregando utilizando equipamento comercial.....................71
4.3.1.5.2 - Curva analítica para a determinação de sulfato aplicando os
métodos turbidimétrico e nefelométricos empregando outro espectrofotômetro
comercial....................................................................................................................72
4.3.1.6 - Determinações turbidimétricas e nefelométricas de sulfato em
amostras de águas de lago........................................................................................75
4.3.1.6.1 - Amostras analisadas pelo método turbidimétrico..........................76
4.3.1.6.2 - Determinação de sulfato em água empregando-se o método
nefelométrico com equipamento em campo...............................................................77
4.3.2 - Determinação de N-acetilcisteína................................................................78
4.3.2.1 - Planejamento quimiométrico..................................................................78
4.3.2.2 - Estudo de interferentes em potencial para a determinação de N-
acetilcisteína em amostras farmacêuticas..................................................................79
4.3.2.3 - Estudos de adição e recuperação..........................................................80
4.3.2.4 - Curvas analíticas para a determinação de N-acetilcisteína...................81
4.3.2.5 - Determinação de N-acetilcisteína em amostras farmacêuticas.............83
4.3.3 - Determinação de potássio............................................................................85
4.3.3.1 - Planejamento fatorial 2
4
com ponto central............................................85
4.3.3.2 - Estudo de interferentes em potencial na determinação de potássio em
amostras de água de coco e energéticos...................................................................86
xvii
4.3.3.3 - Estudos de adição e recuperação..........................................................87
4.3.3.4 - Curvas analíticas para a determinação de potássio..............................88
4.3.3.5 - Determinação de potássio em amostras de água de coco e
energéticos.................................................................................................................90
4.3.4 - Determinação de tiamina.............................................................................92
4.3.4.1 - Planejamento fatorial..............................................................................92
4.3.4.2 - Estudo de interferentes em potencial na determinação de tiamina em
fármacos.....................................................................................................................93
4.3.4.3 - Estudo de adição e recuperação............................................................94
4.3.4.4 - Curvas analíticas para a determinação de tiamina................................95
4.3.4.5 - Determinação de tiamina em amostras farmacêuticas..........................97
4.3.5 - Determinação de captopil.............................................................................99
4.3.5.1 - Planejamento fatorial completo 2
3
com ponto central............................99
4.3.5.2 - Estudos de possíveis Interferentes em potencial.................................100
4.3.5.3 - Adição e recuperação de captopril em fármacos.................................101
4.3.5.4 - Curvas analíticas para a determinação de captopril............................102
4.3.5.5 - Determinação de captopril em amostras farmacêuticas......................104
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES................................................................................107
5. Conclusões...........................................................................................................108
CAPÍTULO 6 - TRATAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS E PROPORSTAS
FUTURAS.................................................................................................................110
6.1 - Tratamento dos resíduos gerados...................................................................111
6.2 - Propostas futuras - análise com micro-fluídica................................................111
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................112
APÊNDICES.............................................................................................................123
Capítulo 1:
Introdução
1- Introdução
1.1 -
Fundamentação teórica
A radiação eletromagnética e suas propriedades fornecem
embasamento teórico para muitos fenômenos descritos nessa dissertação de
mestrado e, portanto
características
1
.
1.1.1 -
Radiação eletromagnética (REM)
A REM pode ser definida como uma forma de energia que se propaga
de um ponto a outro em um meio ma
apresentar
características de onda (ond
espalhamento
ou de partícula (corpusculares) como efeito fotoelétrico e absorção
molecular, apresentando
considera a REM como
composta por partículas, cada uma dessas observam
diferentes fenômenos e em situações distintas
definida
2
.
A definição clássica da REM a representa como sendo uma onda que
possui um campo elétrico
planos ortogonais entre si e em relação ao plano de propagação da onda em fase
como
são mostrados na
FIGURA 1.1.1 -
Propagação da radiação e
Campo Magnético, B
x
Fundamentação teórica
A radiação eletromagnética e suas propriedades fornecem
embasamento teórico para muitos fenômenos descritos nessa dissertação de
, é n
ecessária uma breve elucidação de suas principais
Radiação eletromagnética (REM)
A REM pode ser definida como uma forma de energia que se propaga
de um ponto a outro em um meio ma
terial. E
m determinadas situações
características de onda (ond
ulatórias), como interferência e
ou de partícula (corpusculares) como efeito fotoelétrico e absorção
molecular, apresentando
, portanto,
um comportamento dual. A fís
considera a REM como
sendo composta por ondas
e a física moderna como
composta por partículas, cada uma dessas observam
su
as propriedades em
diferentes fenômenos e em situações distintas
nas quais
cada teoria é melhor
A definição clássica da REM a representa como sendo uma onda que
possui um campo elétrico
(E) e magnético (B) que oscilam
de forma senoidal
planos ortogonais entre si e em relação ao plano de propagação da onda em fase
são mostrados na
Figura 1.1.1 a seguir:
Propagação da radiação e
letromagnética.
Y
Campo elétrico, E
Z
2
A radiação eletromagnética e suas propriedades fornecem
embasamento teórico para muitos fenômenos descritos nessa dissertação de
ecessária uma breve elucidação de suas principais
A REM pode ser definida como uma forma de energia que se propaga
m determinadas situações
, pode
ulatórias), como interferência e
ou de partícula (corpusculares) como efeito fotoelétrico e absorção
um comportamento dual. A fís
ica clássica
e a física moderna como
as propriedades em
cada teoria é melhor
A definição clássica da REM a representa como sendo uma onda que
de forma senoidal
em
planos ortogonais entre si e em relação ao plano de propagação da onda em fase
,
Eixo de propagação
3
O movimento ondulatório é caracterizado por alguns parâmetros como
comprimento de onda (λ), período (p), freqüência (ν), velocidade da onda (V), sendo
que no vácuo a velocidade de uma onda independe de ν e alcança o seu valor
máximo em 299. 792. 458 m / s, índice de refração (η), amplitude (A) e potência
radiante (P).
As propriedades corpusculares da REM são definidas e explicadas por
alguns experimentos que comprovam sua interação com a matéria. Os fenômenos
de efeito Compton, efeito fotoelétrico, absorção e emissão de radiação por um átomo
ou por uma molécula (absorção e emissão atômica e molecular) o exemplos dos
fenômenos que caracterizam a teoria corpuscular da REM. Segundo a teoria
moderna, a REM é constituída por pacotes de energia denominados de fótons, cuja
equação é a seguinte:
E = hν
νν
ν (equação de Planck) Equação - 1.1.1
Sendo h a constante de Planck (h = 6,6256 x 10
-34
J s) e ν
νν
ν a freqüência
de radiação (em s
-1
ou Hz).
Concernente às discussões referidas acima, o comportamento dual é um
fato comprovado e a REM apresenta diferentes comportamentos mediante a
natureza do fenômeno experimental observado.
Ao longo da presente dissertação de mestrado ambos os
comportamentos ondulatórios e corpusculares são observados, pois os fenômenos
de espalhamento devido à presença de partículas em suspensão e absorção de
REM por moléculas absorventes são corriqueiramente estudados.
A seguir é mostrado na Tabela 1.1.1 o espectro das REMs descritas na
presente dissertação.
4
TABELA 1.1.1 - Espectro eletromagnético e fenômenos associados
3
.
As regiões definidas como visível e infravermelho do espectro
eletromagnético apresentadas na Tabela 1.1.1 constituem o principal foco das
discussões encontradas na dissertação, pois fornecem o embasamento teórico para
a descrição das técnicas ópticas de análises aplicadas no presente trabalho.
A seguir é dada uma breve descrição do conceito de complementar.
Discutido no âmbito da radiação visível, o conhecimento desse conceito é de
fundamental importância para a interpretação de muitos fenômenos de absorção.
Nesse trabalho, esse conceito será aplicado no estudo dos interferentes em
potencial.
1.1.2 - Cor complementar
1, 3, 4
A luz branca que enxergamos é composta por radiações de vários
comprimentos de onda, sendo assim chamada de luz policromática, como a luz do
sol ou aquela emitida por um filamento incandescente de tungstênio em uma
lâmpada. A luz antes de chegar aos nossos olhos é parcialmente absorvida e
refletida pelas substâncias e objetos que visualizamos. A cor que enxergamos é a
luz complementar da luz branca, ou seja, se o objeto é azul (vemos o objeto azul) ele
absorve com maior intensidade a luz entre 465 - 482 nm (amarela) e absorve menos
REM
Comprimento
de onda (λ)
Freqüência (ν) em
Hertz
(Hz)
Transição
Raios-γ < 0,05 A
o
> 6,0 x 10
19
Nuclear
Raios-X
0,05
– 100 A
o
3,0 x 10
16
– 6,0 x 10
19
Elétrons K e L fortemente
atraídos pelo núcleo
Ultra-violeta
10 – 400 nm
7,5 x 10
14
– 3,0 x 10
16
Elétrons de média atração
e elétrons de Valência
Visível
400 – 770 nm
3,9 x 10
14
– 7,5 x 10
14
Elétrons de valência
Infravermelho
0,77 – 1000 µm
3,0 x 10
11
– 3,9 x 10
14
Vibração molecular à
rotação molecular
Microondas
1 – 300 mm
1,0 x 10
9
– 3,0 x 10
11
Rotação molecular
Ondas de
rádio
> 300 mm
< 1,0 x 10
9
Elétrons e spin nuclear
5
os demais comprimentos de onda, sendo refletida assim com maior intensidade a luz
azul. Na Tabela 1.1.2 é mostrado esse conceito para as demais cores da região do
visível.
TABELA 1.1.2 - Radiações do espectro visível e a correspondente cor complementar
(absorção mais intensa).
Faixas de λ(nm)
Cor visualizada
Principal absorção
400 – 465 Violeta Verde-amarelo
465 – 482 Azul Amarelo
482 – 487 Azul-esverdeado Alaranjado
487 – 493 Turquesa Vermelho-alaranjado
493 – 498 Verde-azulado Vermelho
498 – 530 Verde Vermelho-púrpura
530 – 559 Verde-amarelado Púrpura-avermelhado
559 – 571 Amarelo-verde Púrpura
571 – 576 Amarelo-esverdeado Violeta
576 – 580 Amarelo Azul
580 – 587 Laranja-amarelado Azul
587 – 597 Alaranjado Azul-esverdeado
597 – 617 Laranja-avermelhado Turquesa
617 – 780 Vermelho Turquesa
A cor complementar é um conceito importante para que o analista
saiba e compreenda previamente em que região da radiação visível os experimentos
devem ser conduzidos de forma rápida e prática. Entretanto, para determinar o
comprimento de onda de máxima absorção de uma substância com apreciável
exatidão, o analista pode recorrer a uma análise espectrofotométrica e registrar um
espectro de absorção da substância em estudo. A seguir é mostrada uma
classificação dos métodos espectroquímicos.
1.1. 3 - Métodos Espectrométricos
3
A espectroscopia é um termo da ciência que detalha a interação dos
diversos tipos de radiação eletromagnética com a matéria. Essa interação pode estar
relacionada com uma variedade de fenômenos físico-químicos. Entretanto, esses
métodos podem ser classificados em cinco classes principais, quatro dessas são
baseadas na determinação direta da radiação eletromagnética (REM) e a outra é
6
chamada de método indireto, o qual usa propriedades não-ópticas para obter
informações a respeito dos fenômenos ópticos, como mostrado na Tabela 1.1.3.
TABELA 1.1.3. Classificação dos métodos espectroquímicos.
Classe
Fenômeno medido
Exemplos de
Técnicas
Emissão Potência da radiação emitida, Φ
E
Emissão em chama e
ICP
Absorção
Absorbância ou razão entre potência
incidente e transmitida,
ܣ
log
Φ
/
Φ
Absorção atômica e
absorção no UV-Vis e
IR
Luminescência
Potência da radiação
luminescente, Φ
L
Fluorescência e
fosforescência
molecular,
quimioluminescência e
fluorescência atômica
Espalhamento
Potência da radiação
espalhada, Φ
Esp
Turbidimetria,
nefelometria e
espalhamento Raman
Indireto
Variação de índice de refração,
ondas acústicas, corrente iônica
Fotoacústica e
fotoionização
ICP = Sigla em inglês referente à Inductively Coupled Plasma (Plasma indutivamente
acoplado). UV-Vis e IR = Ultravioleta – Visível e infravermelho.
Emissão As espécies do analito emitem específicas radiações
eletromagnéticas em resposta a algum estímulo de excitação realizado em uma
etapa anterior. Esta excitação pode ser estimulada por diversas formas dando
origem as diferentes técnicas de emissão. Conforme as técnicas apresentadas na
Tabela 1.1.3.
Absorção Neste caso, as espécies absorvem a REM emitida por uma
determinada fonte de radiação causando uma atenuação da mesma. De acordo com
o tipo de espécie absorvente e de radiação envolvida dar-se origem às técnicas
como absorção atômica e molecular no UV-Vis ou no IR.
Luminescência É um grupo de técnicas baseadas na radiação
emitida por uma espécie excitada, geralmente por uma fonte de radiação ou por uma
reação química. As principais técnicas são citadas na Tabela 1.1.3.
Espalhamento Quando o fenômeno de interesse está associado a
medidas diretas ou indiretas da intensidade de radiação espalhada por uma solução,
sem alterar a freqüência da radiação incidente (espalhamento elástico), tem-se a
7
turbidimetria e a nefelometria. Por outro lado, a espectrofotometria Raman utiliza
principalmente a radiação inelástica produzida pela interação entre a matéria e a
REM (quando a freqüência da REM incidente é alterada). O espalhamento elástico
de REM por pequenas partículas, de mesma ordem de grandeza do comprimento de
onda da radiação incidente é chamado de espalhamento Rayleigh. Nesse contexto,
será dada ênfase para turbidimetria e nefelometria.
1.1.3.1 - Análise Turbidimétrica
A turbidimetria
3
é uma técnica óptica essencialmente quantitativa
baseada na atenuação da radiação incidente devido ao espalhamento da REM por
partículas que se encontram em suspensão em um meio não absorvente. Para ser
considerado um turbidímetro, o instrumento dever ter o detector posicionado em
linha reta (180
o
) em relação à fonte de radiação utilizada.
Para que ocorra o fenômeno de espalhamento de REM, as partículas
em suspensão devem possuir dimensões da ordem de grandeza do comprimento de
onda da radiação incidente, normalmente com comprimento entre (10
-9
e 10
-6
m).
Este espalhamento é proporcional à quantidade (concentração) das partículas que
se encontram em suspensão
5
.
As medidas turbidimétricas têm como principais variáveis: comprimento
de onda da radiação incidente, tamanho e forma das partículas e quantidade de
matéria em suspensão. A expressão que relaciona a intensidade da radiação
incidente com o coeficiente de turbidez é dada por
6
:
r
eII
τ
= .
0
Equação – 1.1.3.1
Sendo, I a intensidade da radiação emergente, I
0
a intensidade da
radiação incidente, τ a turbidez, ou coeficiente de turbidez e r o caminho óptico. O
coeficiente de turbidez é um termo definido por:
τ =
ଵ଺గ
ܴ
ଽ଴°
Equação – 1.1.3.1a
Sendo ܴ
ଽ଴°
o ângulo ou espalhamento Rayleigh, determinado pela
Equação 1.1.3.1b.
8
I୰
I
଼గ
λ
1 ൅ cos ߠ
ܴ
1 ൅ cos ߠ
Equação – 1.1.3.1b
Sendo, α a polarizabilidade da radiação (constante para uma fonte
estável), λ o comprimento de onda da radiação incidente, θ o ângulo de medida
(geralmente 90
o
ou 180
o
) e ܴ
1 ൅ cos ߠ
é conhecido como razão de Rayleigh.
De acordo com as Equações 1.1.3.1a e b mantendo-se os devidos
fatores constantes, o coeficiente de turbidez para uma determinada suspensão é
mantido inalterado ao longo das análises e, portanto, a intensidade da radiação
incidente varia apenas com a quantidade de matéria.
Correlacionando a Equação 1.1.3.1 com a lei de Lambert-Beer
1, 3
para
absorção, pois a turbidez é freqüentemente linear para uma determinada faixa de
concentração C, tem-se:
bCK
I
I
S
p
==
0
log
Equação – 1.1.3.1c
Sendo, S a absorbância e k
p
o coeficiente de partição, onde:
C
K
p
τ
303,2=
Equação – 1.1.3.1d
Com uma dada solução padrão se determina a razão I / I
0
, pois b é fixo
e C é conhecido. Uma curva analítica é normalmente utilizada para se determinar a
concentração da espécie de interesse C que está relacionada com o coeficiente de
turbidez τ.
Para que uma suspensão seja um padrão turbidimétrico é necessário
que a mesma possua uma homogeneidade de tamanho das partículas semelhantes
às encontradas nas amostras reais, de modo que as análises das soluções padrão
sejam representativas das amostras. Uma suspensão padrão normalmente utilizada
para calibração de particulado em água é a formazina
7
.
9
1.1.3.2 - Análise Nefelométrica
Diferentemente da turbidimetria, que é uma técnica baseada na
atenuação da radiação incidente devido a partículas em suspensão, a nefelometria é
uma cnica que mede a quantidade de radiação espalhada que chega ao detector
localizado a um ângulo de 90
o
em relação à fonte de radiação
1, 3, 5
.
Como pode ser visto na Equação 1.1.3.1c para a turbidimetria, a
intensidade da radiação incidente não é proporcional à concentração, e sim o termo
–log (I / I
0
). Assim como I e I
0
variam proporcionalmente, um aumento na intensidade
da fonte não aumentará o sinal analítico turbidimétrico. Todavia, para análises
nefelométricas, existe uma relação linear entre a intensidade da radiação incidente
(I
0
) e a concentração, como mostrado na seguinte equação:
CKII
0
=
Equação – 1.1.3.2
Sendo K uma constante para um dado equipamento. Dessa forma,
quanto mais intensa for à radiação incidente, maior será a magnitude da radiação
espalhada que atingirá o detector localizado a 90° em relação à fonte de REM.
Contudo, a sensibilidade do método analítico não depende exclusivamente da
potência da radiação incidente e da sensibilidade do sensor, mas também das
características da suspensão, como a forma e o tamanho das partículas em
suspensão. Não obstante, a análise nefelométrica é indicada para suspensões
diluídas, enquanto análise turbidimétrica para as suspensões mais concentradas
5, 8
.
1.2- Instrumentação convencional utilizada nas determinações
turbidimétricas e nefelométricas
1, 3, 9
A instrumentação aplicada nas determinações turbidimétricas é
semelhante àquela adotada para as medidas de absorção molecular UV-Vis com
comprimentos de onda geralmente entre 400 - 470 nm para os equipamentos
convencionais. Em equipamentos mais modernos, as determinações são feitas
naquele intervalo de comprimento de onda ou na região do Infravermelho (IR),
geralmente próximo a 800 nm, conforme a necessidade do analista
5
. Todavia, para
10
nefelometria a configuração é um pouco diferente, o detector deve estar localizado a
um ângulo de 90° em relação à fonte de radiação, portanto a instrumentação é
semelhante à utilizada em equipamentos de fluorescência molecular. Contudo, a
região espectral de análise é similar aquela empregada nas determinações
turbidimétricas. Assim, salvo poucas diferenças, os equipamentos apresentam de
forma geral, uma fonte de radiação estabilizada (1), um seletor de comprimento de
onda (2), um dispositivo para conter a amostra (cubeta) (3), um fotodetector (4) e
um dispositivo para aquisição de dados, interface e comunicação máquina-usuário
(5), conforme visto no diagrama da Figura 1.2.
FIGURA 1.2 - Diagrama de blocos de instrumentos convencionais.
1.2.1 - Fontes de radiação
A fonte de radiação deve ser necessariamente estabilizada para não
ocorrer oscilações da intensidade da REM ao longo das análises. Isso pode
acarretar erros significativos e prejudicar a confiabilidade dos resultados. Além da
estabilidade requerida, uma fonte de REM deve ter potência suficiente para garantir
satisfatória luminosidade sobre a superfície do detector.
As fontes de REMs
4
são classificadas como contínuas, aquelas que
emitem radiações com diversas freqüências (lâmpada com filamento de tungstênio –
Vis -IR, lâmpadas de deutério e mpadas de arco de xenônio e argônio UV-Vis) e
as fontes de linha, aquelas que emitem um número limitado de radiações de
diferentes freqüências (lâmpadas de catodo oco usadas em espectrofotômetros de
absorção atômica). Além dessas, novas fontes de REM com alta tecnologia têm sido
desenvolvidas como LASER (do inglês, Light Amplification by Stimulated Emission of
Seletor de
comprimento de onda
(2)
Fonte de
radiação (1)
Dados
Espectro
Detector 180°(4)
Aquisição de dados (5)
Cubeta (3)
Detector 90° (4)
11
Radiation) e diodos emissores de luz (LEDs, do inglês Light Emitting Diodes) para a
região do visível e infravermelho.
As fontes supramencionadas podem operar em dois regimes de tempo,
o modo pulsado e o contínuo por meio de um sicronizador adequado.
Será dada ênfase em seguida as fontes de radiação a base de LED,
fontes de REMs utilizadas na construção do equipamento proposto neste trabalho de
mestrado.
1.2.1.1 - Definição e funcionamento dos diodos emissores de luz
3
LED é um dispositivo semicondutor eletroluminescente que quando
submetido à passagem de corrente elétrica emite REM em uma estreita faixa de
freqüências. Esse é caracterizado por possuir uma junção p-n (excesso (p) – falta de
elétrons (n) em relação à camada de valência). Algumas dopagens tipo p são Al, Ga,
In, Tl e do tipo n são Ar, Sb quando comparadas com o semicondutor.
Uma junção desse tipo permite assim o movimento dos pares elétrons-
buracos (semicondutor com excesso e região com falta de elétrons) e o movimento
dos elétrons na direção inversa sempre que o dispositivo é adequadamente
polarizado. A difusão em direções opostas cria uma barreira à passagem dos
portadores de carga gerando uma elevada resistência no dispositivo. Em outras
palavras, essa elevada resistência causada pelo fluxo das espécies em direções
opostas cria uma corrente chamada de corrente retificada. Corrente esta que
existe quando um potencial é aplicado e os elétrons migram em apenas um sentido
haja vista a elevada resistência em percorrer no sentido contrário. Essa passagem
de corrente excita os elétrons da banda de condução formando pares do tipo
elétrons espécies com falta de elétrons. Quando esses elétrons relaxam e
retornam aos níveis de menor energia emitem luz na forma de REM, com E hν.
Os LEDs são dispositivos caracterizados por emitirem REMs
praticamente monocromáticas, com largura de banda geralmente da ordem de 20
nm. Baixo custo, facilidade de aquisição e manuseio são outras características
desses dispositivos. Para acionar um LED é necessária apenas uma fonte de
alimentação que polarize o catodo (-) e o anodo (+) normalmente entre 3,0 a 9,0 V e
uma resistência para limitar a corrente geralmente na faixa de 10 300 mA.
Atualmente, os LEDs apresentam suficiente eficiência luminosa, baixo consumo de
12
corrente e elevada vida útil (por volta de 100.000 horas), devido principalmente aos
avanços nas ciências de materiais.
1.2.2 - Sistema seletor de comprimento de onda
3, 4
Para serem utilizadas em fotômetros ou espectrômetros, as radiações
oriundas das fontes de radiação citadas na seção anterior necessitam ser a mais
monocromática possível, conforme descrita na lei de Lambert-Beer. Para tal,
sistemas seletores de comprimento de onda a base de filtros ópticos (absorção e
interferência) como nos fotômetros e colorímetros ou monocromadores (a base de
grades de difração, prismas ou redes holográficas) como nos espectrofotômetros
podem ser utilizados. Esses últimos são normalmente utilizados em equipamentos
que fazem a varredura de comprimento de onda e são capazes de fornecer um
espectro eletromagnético em uma faixa de comprimento de onda variável. Contudo,
são os principais responsáveis por encarecer diversos dos equipamentos
comerciais.
Os filtros de absorção e interferência possuem baixa transmitância
(geralmente entre 20 - 80 %) e apresentam uma largura de banda da ordem de 50 -
250 nm que pode ser relativamente larga para algumas aplicações, contribuindo
assim no aumento da substituição dos mesmos pelos monocromadores. Os
monocromadores possuem além dos elementos dispersores de REM citados acima,
aparatos ópticos tais como lentes focalizadoras e colimadoras, fendas e arranjos de
espelhos.
1.2.3 - Dispositivo para conter a amostra (cubeta)
Os dispositivos que contém as amostras podem ser de vidro, quartzo
ou plásticos transparentes e incolores, uma vez que as análises turbidimétricas e
nefelométricas convencionais são realizadas geralmente no intervalo de
comprimento de ondas de 400 a 470 nm.
A cubeta deve estar sempre limpa, desengordurada e com menor
quantidade de arranhões e ranhuras possíveis. Os arranhões e as ranhuras
espalham a radiação incidente e podem provocar erros experimentais. As cubetas
podem ser em fluxo ou em batelada e devem estar preferencialmente em um
13
compartimento separado para evitar a avaria do equipamento nos casos de
vazamento das soluções.
1.2.4 - Principais características dos fotodetectores
A radiação ao ser emitida pela fonte apropriada é submetida a um
sistema seletor de comprimento de onda como descrito anteriormente na seção
1.2.2, antes de interagir com o material contido na cubeta. Todavia, no caso de
LAZER e LED como fontes de REM não necessidade de tal dispositivo seletor
devido à característica intrínseca dos mesmos de serem praticamente
monocromáticos
3
. A REM emitida pela fonte interage com a amostra e atinge a
superfície foto-sensível dos fototransdutores, produzindo uma corrente no canal
emissor
10
. Atualmente, existem diversos tipos de fotodetectores que podem ser
divididos entre dispositivo foto - emissivos (fotomultiplicadoras, fototubos), dispositivo
de junção p-n (fotodiodos e fototransistores), células foto-condutivas, células
fotovoltáicas e transdutores de transferência de carga tipo CCD do inglês, Charge
Coupled Device ou do tipo CID do inglês, Charge Injection Device.
Para que o foto-sensor seja empregado em aplicações analíticas é
necessário que o mesmo apresente uma relação linear entre a intensidade da REM
incidente sobre sua superfície e a corrente gerada no canal emissor. Além disso, o
detector deve ter uma sensibilidade coerente com a aplicação em questão, resposta
rápida, facilidade de amplificação e interface com outros periféricos. Outro fator
importante é que a variação da REM incidente sobre a superfície do detector deve
ser exclusivamente da interação com a matéria em análise para evitar que radiações
espúrias sejam detectadas. Dessa maneira, os sensores ópticos devem ser
rigorosamente protegidos de REM externas. Entre os tipos de fotodetectores
mencionados será dada ênfase a fototransistores como sensor óptico.
1.2.4.1 - Fototransistores
e mecanismo de funcionamento
3, 9
No fotodiodo a absorção de REM dar-se-á na junção p-n. A REM
incidente causa uma excitação dos elétrons da banda de valência para a banda de
condução, levando a formação de pares elétrons-buracos (semicondutor com
excesso e região com falta de elétrons). Nesse contexto, os portadores de carga
14
majoritários gerados, migram em direções opostas, criando uma camada de
depleção com poucas cargas. Uma baixa concentração de portadores de carga
minoritários presentes em cada região movimenta-se em direção à camada de
junção criando uma corrente. Essa corrente é proporcional à intensidade de luz
incidente sobre sua superfície. Em muitos casos, a carga é medida diretamente ou
convertida em voltagem proporcional à potência da radiação incidente, fazendo à
corrente transpassar por um resistor de resistência relativamente elevada
(geralmente de 10 kΩ), dando origem aos fototransistores. Assim, sempre que for
utilizado o termo fototransistor, entende-se que o sinal analítico medido não é a
corrente gerada e sim a diferença de potencial nos terminais do dispositivo.
1.2.5 - Dispositivo para aquisição de dados, interface e
comunicação máquina- usuário
4
Logo após o fotodetector converter a REM incidente sobre sua
superfície, em um sinal elétrico mensurável, este deve ser processado e
apresentado ao usuário da forma mais conveniente e prática possível para uma
melhor interpretação dos dados obtidos. Os dispositivos eletrônicos de comunicação
mais antigos eram os registradores xy que usavam papel milimetrado para registrar
os dados obtidos. Outros dispositivos também foram e continuam sendo usados,
como osciloscópios e multímetros. Com o advento do computador, com todos os
seus periféricos, esse se tornou o instrumento de interface e comunicação mais
utilizado para obtenção, interpretação e visualização dos dados. Entretanto, será
utilizado nessa presente dissertação outro tipo de dispositivo para a aquisição,
interface e comunicação entre o usuário e a quina, os chamados
microcontroladores com mostradores digitais a base de display de LCD (do inglês
Liquid Crystal Display).
1.3 - Instrumentação específica para determinações turbidimétrica
ou nefelométrica com calibração internacional
Existem no mercado equipamentos que operam exclusivamente como
turbidímetros ou nefelômetros
11
. Esses para serem comercializados de acordo com
alguns órgãos internacionais devem possuir configurações pré-estabelecidas e
15
serem devidamente calibrados. Primeiramente aplicados para determinação de
turbidez dos diversos tipos de águas, agências nacionais de muitos países vêm
tentando padronizar, uniformizar e internacionalizar os métodos turbidimétricos e
nefelométricos para a determinação de particulados em diversas amostras
aquosas
12,13
. Uma forma de padronizar
12
as análises é categorizar os muitos
equipamentos que existem no mercado, em função de três parâmetros importantes,
a saber: tipo de luz incidente (luz incandescente, LED ou LASER), ângulo entre o
detector e a fonte de luz (90
°
± 20
°
, 180
°
e 30
°
± 15
°
e, o menos comum, forward
scatter, espalhamento posterior, detector localizado entre 90 e 180°) e a terceira é a
presença de múltiplos detectores e múltiplos feixes de luz que utilizam um algoritmo
de combinações para obter o resultado final, os chamados multibeam (múltiplos
feixes).
A Figura 1.3 mostra às configurações dos equipamentos com relação
ao arranjo angular entre o detector a fonte de REM.
FIGURA 1.3 - Ilustração mostrando o espalhamento de REM e a posição do detector
em relação à fonte de radiação incidente.
O padrão de turbidez utilizado para a calibração dos equipamentos é
outro fator importante, pois os resultados das análises podem ter um elevado
coeficiente de variação devido a diferentes formas de calibração, utilização e
manipulação dos dados
11
. Na Tabela 1.3 são mostrados alguns métodos
internacionalmente aceitos com as configurações de cada equipamento.
Fonte
30 ± 15°
90 ± 20°
90° < θ < 180°
180°
16
TABELA 1.3 - Normas internacionais de formato, calibração e manuseio dos dados.
Geometria do detector
Comprimento de onda
Luz branca, ou com pico
de emissão entre 400-
680nm
Monocromador ou emissão
em torno de 780- 900 nm
(infravermelho)
Uso de apenas um feixe de luz
90
°
em relação ao feixe
Unidade de Turbidez
Nefelométrica (NTU -
Nephelometric Turbidity
Unit)
a
Unidade Nefelométrica de
Formazina (FNU –
Formazin Nephelometric
Unit)
b
90
°
e outros ângulos em
relação ao feixe com um
algoritmo para
combinação dos
resultados
Unidade de Razão
Turbidez Nefelométrica
(NTRU - Nephelometric
Turbidity Ratio Unit)
Unidade de Razão
Nefelométrica de
Formazina (FNRU -
Formazin Nephelometric
Ratio Unit)
30
°
± 15
°
backscatter
(retroespalhamento)
Unidade de
Retroespalhamento (BU-
Backscatter Unit)
Unidade de
Retroespalhamento de
Formazina (FBU- Formazin
Backscatter Unit)
180
°
(Atenuação)
Unidades de Atenuação
(AU – Atenuation Units)
Unidades de Atenuação
Formazina (FAU –
Formazin Atenuation Units)
Uso de múltiplos feixes de luz e detectores
90
°
e outros ângulos em
relação ao feixe, com um
algoritmo para
combinação das
respostas de cada feixe.
Unidade de Múltiplos
Feixes de Turbidez
Nefelométrico (NTMU -
Nephelometric Turbidity
Multibeam Unit)
c,d
Unidade de Múltiplos
Feixes Nefelométrico
Formazina
(FNMU - Formazin
Nephelometric Multibeam
Unit)
a. USEPA método 180.1 define a geometria óptica para medidas usando NTU. O
detector deve estar posicionado 90
°
± 30
°
em relação ao feixe de luz incidente. A
fonte de REM deve ser à base de filamento de tungstênio como temperatura de
trabalho entre 2.200- 3000 K. Com formazina como padrão de turbidez (fonte:
U.S. Environmental Protection Agency, 1993)
14
.
b. ISO 7027 define a geometria óptica para medidas usando FNU. O detector deve
estar a um ângulo de 9± 2.5° em relação ao feixe de luz incidente. Feixe esse
que deve ser emitido por um diodo emissor de luz (LED) na região do
infravermelho entre 860 ± 60 nm. Com formazina como padrão de turbidez (fonte:
International Organization for Standardization)
15
.
17
c. MEBAK: Mitteleuropäishe Brautechnische Analysenkommission, Central
European brew-technical analysis commission. Segundo esse órgão, as medidas
são feitas utilizando monocromador com pico de emissão em comprimento de
onda em 650 ± 30 nm. O padrão de turbidez é formazina, como alternativa pode-
se utilizar estireno - divinil benzeno ou dióxido de silício
16
.
d. ASTM International (do inglês, American Society for Testing and Materials): As
análises devem ser realizadas com equipamento operando com lâmpada de
tungstênio e com o detector localizado a 90° em relação à mesma. O padrão de
turbidez é a base de formazina. (fonte: ASTM International, 2003a, D1889–00)
17
.
Além dessas unidades, tem-se a LASER Turbidity Units dada em
(mNTU), para equipamentos que utilizam LASER como fonte de REM. Esses são
caracterizados por apresentarem elevada sensibilidade e resolução
14
.
1.4 – Introdução a sistemas microcontrolados
Os microcontroladores
18
foram desenvolvidos à medida que circuitos
integrados (CI) com uma quantidade cada vez maior de transistores foram
incorporados em uma única unidade denominada chip. Esta unidade é a base da
tecnologia utilizada em microprocessadores. Os microprocessadores integrados a
periféricos tais como memória, linhas de entrada e de saída, temporizadores em
elevado grau de integração dão origem aos conhecidos microcontroladores.
Um microcontrolador
é um dispositivo de dimensões da ordem de
dezenas de centímetros que é capaz de realizar várias funções de controle, como o
faz um microcomputador. Nele está inserido uma unidade de memória, uma CPU
(Central Processing Unit), unidade de entrada e saída, unidade de temporização,
conversor analógico digital (A / D) e um programa que controla todos os periféricos
interligados às suas portas de entrada e saída.
Dentre os microcontroladores existentes no mercado, a série PIC
®
(Peripherical Interface Controller) produzidas pela Microchip Technology Inc., possui
total autonomia para realizar um completo sistema digital programável. Existem
diferentes tipos de PIC das famílias 10MCU, 12MCU, 14MCU, 16MCU e 18MCU.
Cada família difere entre si pelo número de portas de entrada e saída, do tipo de
18
memória FLASH, EPROM, do número de portas, capacidade da memória RAM e
outros aplicativos. A família 18MCU é a única que possui comunicação USB
18, 19
.
1.4.1 – Campo de aplicação dos microcontroladores
Microcontroladores são empregados no sensoriamento de parâmetros
físico-químicos
20
e biológicos
21
, tendo também aplicação nas áreas de computação
22
e engenharia eletrônica
22, 23
. Sua utilização torna muitos processos rápidos, com
maior grau de automação que os convencionais
22, 24
. Assim, sistemas
microcontrolados vêm ganhando espaço, devido principalmente ao avanço
tecnológico que permitem que os mesmos possuam uma maior capacidade de
armazenamento, velocidade de processamento e a possibilidade de realização de
múltiplas tarefas simultaneamente
22, 24, 25
. O emprego destes sistemas em química é
evidenciado pela redução de tempo e de custos por análises e pela possibilidade de
miniaturização devido às suas pequenas dimensões
26, 27
.
1.4.2 - Revisão bibliográfica referente ao uso de LED e PIC.
Na Figura 1.4.2 é mostrada uma ilustração dos diversos temas
envolvidos na presente dissertação de mestrado, com o intuito de formular uma
pesquisa bibliográfica concisa no âmbito do contexto do trabalho.
FIGURA 1.4.2 – Multidiversidade referente aos diversos campos de trabalho.
Realizando uma pesquisa no portal ISI web kownledge sobre os itens
mostrados na Figura 1.4.2, formulou-se a Tabela 1.4.2.
LED
Light Emitting Diode
Microcontroller
PIC
Photometer
Spectrophotometer
Turbidimeter
Nephelometer
19
TABELA 1.4.2 - Pesquisa realizada para o período de 1970 - 2009 explorando as
palavras chaves de forma individual, aos pares e em trio. Os valores entre
parênteses são os resultados das pesquisas em números de artigos encontrados. O
símbolo ( / ) significa o uso de uma ou outra palavra utilizada na pesquisa.
Individual Em pares
Microcontroller (1476) Microcontroller / PIC - LED (97)
Microcontrolled - analytical (20) LED - Spectrophotometer (85)
LED (112.116) LED - Photometer (67)
Spectrophotometer (6487) Microcontrolled photometer (8)
Photometer (2822) Microcontrolled spectrophotometer (5)
Turbidimeter (122) Microcontroller / PIC turbidimeter (0)
Microcontroller PIC 16F877 (8) Microcontroller / PIC nephelometer (0)
Microcontroller PIC 18F4550 (0) LED turbidimeter (1)
Nephelometer (663) LED nephelometer (6)
Em trio
Microcontroller - LED - photometer (6)
Microcontroller - LED - Spectrophotometer (2)
PIC- LED- photometer (3)
PIC- LED- Spectrophotometer (2)
Microcontrolled / PIC - LED- turbidimeter / nephelometer (0)
Fonte: web of science
28
, último acesso em 15 de maio de 2009.
Como pode ser observado na Tabela 1.4.2, poucos são os trabalhos na
área de instrumentação analítica que utilizam microcontroladores como unidade de
processamento e aquisição de dados, principalmente em equipamentos que
empregam análises turbidimétrica e nefelométrica. Dentre os poucos trabalhos que
abordam sistemas portáteis de baixo custo constituídos por esses dispositivos, a
totalidade utiliza microcontroladores baseados na comunicação serial RS232 (como
os microcontroladores PIC da família 16MCU) que não mais acompanham os
microcomputadores mais modernos
21, 29-33
.
descrito na literatura equipamentos que utilizam LED como fonte de
radiação em fotômetros ou em espectrofotômetros, entretanto, poucos foram
dedicados a construção de turbidímetros ou nefelômetros
34
. Artigos referentes a
equipamentos microcontrolados que usam LED como fonte de REM para
instrumentação específica de turbidímetros ou nefelômetros não são encontrados no
portal ISI web kownledge. Entretanto, pesquisando na rede mundial (internet)
encontram-se alguns artigos que utilizam mircrocontroladores e LEDs para análise
20
turbidimétrica, porém fazem uso de fibras ópticas que aumentam um pouco o custo
do equipamento e não fazem menção à análise seqüencial turbidimétrica e/ou
nefelométrica e nem tão pouco usam microcontroladores programáveis pelo
protocolo USB como o 18F4550 utilizado na presente dissertação de mestrado
35, 36
.
Diante dessas circunstâncias, utilizou-se o PIC18F4550
18
para
controlar todas as funções do turbidímetro- nefelômetro microcontrolado portátil
(PMTN- Portable Microcontrolled Turbidimeter Nephelometer). Assim, pode-se dizer
com segurança que o trabalho é pioneiro na aplicação de tal instrumentação para
análises turbidimétricas e nefelométricas seqüencial de substâncias químicas de
interesse empregando um microcontrolador programável pelo protocolo USB. A
seguir são relatados alguns trabalhos pertinentes às discussões feitas acima,
lembrando que os equipamentos que utilizam microcontroladores apresentam
apenas a comunicação serial para interface com periféricos.
Mesmo não utilizando microcontroladores, Liu & Dasgupta,
desenvolveram em 1996 um equipamento a base de LED, fibras ópticas e fotodiodos
(sensores) para análises turbidimétrica e nefelométrica de sulfato empregando a
técnica de spot test. Eles concluíram, nesse caso, que ambas as técnicas se
completavam no que se refere à faixa linear de trabalho e que os limites de detecção
(LD) e limites de quantificação (LQ) são dependentes dos sistemas químicos e não
apenas do sistema de detecção utilizados. A foto-corrente produzida foi
correlacionada com o sinal que eles chamaram de sinal analítico de absorbância e
sinal analítico nefelométrico. Ambos os dados em unidades arbitrárias, pois o
equipamento não foi devidamente calibrado e não se enquadra nas normas
internacionais de padronização descritas pelos órgãos da seção 1.3
8
.
Gaião et al.
30, 31
desenvolveram instrumentos microcontrolados que
utilizam LEDs para aplicações analíticas. Eles construíram um fotômetro
microcontrolado com PIC 16F887 (PIC com comunicação serial) e o aplicaram para
análises clínicas de proteínas totais, ferro e albumina com resultados compatíveis
com os fotocolorímetros e espectrofotômetros comerciais. Em outro trabalho,
construíram um fotômetro NIR (do inglês, Near Infrared), fotômetro com LED
infravermelho, para análise tipo screenning (análise discriminatória do tipo sim ou
não) para o controle da qualidade de gasolinas com bons resultados, e tempo de
análise reduzido em relação aos métodos oficiais de análise.
21
Veras et al.
32
desenvolveram um espectrofotômetro microcontrolado
com comunicação serial usando LED branco como fonte de radiação e mídia de CD
(sigla do inglês, Compact Disck) como dispersor de REM para análise multivariada
de corantes alimentícios. Resultados consistentes com boas figuras de mérito foram
obtidos empregando esse equipamento, mesmo possuindo uma instrumentação
simples e de baixo custo.
Cantrell & Ingle
37
desenvolveram um espectrômetro que utiliza um
sensor a base de fotodiodo tipo RGB (sigla do inglês para Red, Green, Blue). O
equipamento foi calibrado com corantes alimentícios para explorar três regiões de
comprimentos de onda distintos, a saber: região azul (400 - 540 nm) verde (500 -
640 nm) e vermelha (600 - 910 nm), sendo que o sensor possui fotodiodos
específicos para cada região espectral. Entretanto, o equipamento apresentou baixa
sensibilidade e baixa precisão analítica para as análises estudadas.
Garcia et al.
35
desenvolveram um turbidímetro com múltiplos feixes
para análise turbidimétrica de água. Esses pesquisadores utilizaram um
microcontrolador com comunicação serial para acionamento dos LEDs
infravermelhos como fonte de radiação em 860 nm. Entretanto, o uso de fibras
ópticas pode encarecer um pouco mais o equipamento construído. O uso apenas de
radiação IR pode causar perda de sensibilidade em alguns casos, pois a
sensibilidade em tais comprimentos de onda é um pouco menor do que usando
medidas convencionais entre 400 - 470 nm (região do azul)
6, 38
.
1.5 - Revisão bibliográfica dos analitos estudados
1.5.1 - Determinação de sulfato
A USEPA (United States Environmental Protection Agency) com as
normas publicadas em EPA 822-R-02-033 e a WHO (Word Health Organization)
39
descrevem alguns estudos referentes às concentrações de sulfato ingeridas.
Segundo esses órgãos, sulfato não apresenta até o momento indícios de toxicidade,
bio-acumulação, atividades cancerígenas ou irritabilidade em níveis de concentração
abaixo de 400 mg / L. Entretanto, estudos têm mostrado que altas concentrações de
sulfato > 1500 mg / L podem causar efeitos laxativos, irritabilidade da pele, ou em
casos extremos, a diarréia não patológica. Contudo, um controle na concentração de
22
sulfato em águas é importante sobre o ponto de vista da qualidade dos corpos
hídricos sujeitos a utilização humana
40
.
Concentrações de sulfato podem levar a modificações irreversíveis em
muitos ecossistemas devido ao mesmo ser um micronutriente em potencial. Estudos
têm mostrado que pequenas variações na alteração no nível de sulfato podem levar
a morte de uma espécie de musgo aquático Fontinalis antipyretica, que é uma
espécie de planta muito utilizada como marcador biológico por ser sensível a
variação na concentração de sulfato. Uma variação elevada na concentração de
sulfato pode estar relacionada à atividade de poluição dos ecossistemas aquáticos,
decorrente de atividades humanas, como despejo de lixo de indústrias químicas,
alimentícias e a mesmo da excreção humana, atividades que aumentam a
concentração de sulfato nos corpos d’água
41
.
Sulfato tem sido determinado por um procedimento clássico
gravimétrico empregando cloreto de bário como precipitante. Entretanto, esse
método é muito lento e trabalhoso
42
. Diante disso, pesquisadores vêm adaptando
essa reação química de precipitação em métodos turbidimétricos
43, 44
.
A CETESB
45
(Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do
Estado de São Paulo) emprega o método turbidimétrico como referência para
análise de sulfato em águas destinadas ao consumo da população. Outros
procedimentos, visando aumentar a sensibilidade ou a praticidade destas
determinações têm sido desenvolvidos.
Elenkova et al.
46
desenvolveram um método gravimétrico com
precipitação do sulfato na forma de sulfato de chumbo alternativamente ao todo
convencional, melhorando assim a sensibilidade do método, contudo introduzindo
um reagente de alta toxicidade. Outros pesquisadores, como Santelli et al.
47
e Krug
et al.
48
têm buscado melhorar as condições de análise desenvolvendo sistemas em
fluxo com o objetivo de diminuir o tempo de análise e a quantidade de reagentes
utilizados.
As técnicas como eletroforese capilar
49
, nefelometria usando
espectrofluorímetro com duplo monocromador
50
, AAS (do inglês, Atomic Absorption
Spectrometry)
51
, ICP AES - HG (do inglês, Inductively Coupled Plasma Atomic
Emission Spectroscopy - Hydride Generation)
52
e potenciometria com eletrodos íon-
seletivos a sulfato
53
e bário
54
também têm sido utilizadas para medidas diretas e
indiretas de sulfato.
1.5.2 -
Determinação de N
A N-a
cetilcisteína é um fá
grupo tiol que lhe confere propriedade
(L-α-acetamido–β-
ácido mercaptopropiônico
Figura 1.5.2,
possui diversas propriedades
antioxidante
55, 56
.
FIGURA 1.5.2 –
Fórmula estrutura
Devido a essas características
tratamento de câncer
57
aplicações, a
desintoxicação
importantes apl
icações desse
Diversos
métodos foram desenvolvidos
analito, dentre eles podem ser
High Performance Liquid Chomatography
fluorimétricos
63
e espectrômetros
capilar com
detecção por quimi
técnicas eletroanalítica
s também
trabalhos na literatura q
ue exploram os métodos turbidimé
A Farmacopéia B
N-
acetilcisteína com nitrato de mercúrio
indicador e um eletrodo de calome
de ser um método laborio
mercúrio,
sendo assim, um
empregado.
Uma alternativa
foi proposta por nosso grupo de pesquisa. O todo desenvolvido por
al.
70
, é baseado n
a titulação condutométrica
Determinação de N
-acetilcisteína
cetilcisteína é um fá
rmaco utilizado
devido principalmente ao
grupo tiol que lhe confere propriedade
s redutoras (SHO
). Este composto de nome
ácido mercaptopropiônico
), cuja rmula quí
mica é
possui diversas propriedades
, sobretudo como
agente mucolítico e
Fórmula estrutura
l da N-acetilcisteína.
Devido a essas características
, a N-acetilcisteí
na tem sido
57
, HIV
58
e disfunção mitocondrial
59
. Dentre as muitas
desintoxicação
de metais pesados (Pb)
60
e paracetamol
icações desse
fármaco relatadas na literatura
61
.
métodos foram desenvolvidos
para a determinação deste
analito, dentre eles podem ser
destacados aqueles empregando
High Performance Liquid Chomatography
) com detectores
e espectrômetros
de massa
64
. Outras
técnicas
detecção por quimi
luminescência
65
, espectrofoto
metria UV
s também
m sido empregadas
68
. Entretanto
ue exploram os métodos turbidimé
tricos.
A Farmacopéia B
rasileira
69
recomenda a titulação
acetilcisteína com nitrato de mercúrio
II
usando um fio de ouro como eletrodo
indicador e um eletrodo de calome
lano saturado como referência
de ser um método laborio
so, esse faz uso de reagentes e eletrodos à base de
sendo assim, um
método com elevada toxicidade
e
Uma alternativa
ao método recomendado pela F
ar
foi proposta por nosso grupo de pesquisa. O todo desenvolvido por
a titulação condutométrica
de N-acetilcisteína
com cobre II
23
devido principalmente ao
). Este composto de nome
mica é
mostrada na
agente mucolítico e
na tem sido
utilizada no
. Dentre as muitas
e paracetamol
também são
para a determinação deste
destacados aqueles empregando
HPLC (do inglês,
) com detectores
amperométricos
62
,
técnicas
como eletroforese
metria UV
-Vis
66, 67
e
. Entretanto
, poucos são os
recomenda a titulação
potenciométrica da
usando um fio de ouro como eletrodo
lano saturado como referência
. Entretanto, além
so, esse faz uso de reagentes e eletrodos à base de
e
atualmente pouco
ar
macopéia Brasileira
foi proposta por nosso grupo de pesquisa. O todo desenvolvido por
Janegitz et
com cobre II
usando
24
um condutivímetro com cela condutométrica de vidro termostatizada e uma bureta
automática para a inserção de titulante (sulfato de cobre II) na referida cela. Com
esse método simples e rápido foi possível determinar N-acetilcisteína com um erro
relativo em torno de 0,8 % quando comparado com o método recomendado pela
Farmacopéia Brasileira.
Suarez et al.
71
propuseram um método turbidimétrico para a
determinação de N-acetilcisteína com íons prata como agente precipitante. A curva
analítica foi linear no intervalo de concentração de 1,0 × 10
-4
a 1,0 × 10
-3
mol L
-1
com
um LD de 5,0 × 10
-5
mol L
-1
.
1.5.3 - Determinação de potássio
Potássio é conhecido como um importante micronutriente para o
desenvolvimento de plantas, por participar de alguns processos metabólicos tais
como ativação, controle osmótico de economia de água, produção de carboidratos e
equilíbrio nico
26
. Para os seres humanos o potássio é um importante cátion
intracelular
72
. Noventa por cento da totalidade de potássio no organismo está livre.
Os 10 % restantes estão associados a células vermelhas do sangue, ossos e tecidos
do rebro. Apenas 2% estão disponíveis no fluido extracelular. O principal órgão
regulador da concentração de potássio no corpo é o rim, e a principal via de
eliminação é urinária.
Uma doença conhecida como hipocalemia está associada à baixa
concentração de minerais no organismo, principalmente potássio. Essa baixa
concentração de potássio altera o equilíbrio iônico entre o meio extracelular e
intracelular causando distúrbios principalmente nas células do miocárdio. Esse
distúrbio pode causar uma arritmia no tecido muscular cardíaco e ao evoluir o
quadro clínico pode levar o paciente a uma parada cardíaca e, conseqüentemente, a
morte
73, 74
. Para prevenir o organismo de tal doença, o consumo equilibrado de
potássio pode ser realizado por meio de fontes, a saber: frutas como uvas passas,
damasco e água de coco, peixes (bacalhau) e feijão.
Devido à sua importância, potássio tem sido determinado
principalmente por: espectrometria de absorção e emissão atômica
75
, ICP OES (do
inglês, Inductively Coupled Plasma Optical Emission Spectroscopy)
76
, ICP MS (do
inglês, Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry)
76
, eletroforese capilar
77
e
eletrodos íon-
seletivos (pote
tr
abalhos que utilizam métodos turbidimétricos ou nefelométricos
Tubino
et al.
reação
entre potássio e
em plantas
79
e soro
sanguí
ambos os trabalhos
, sobretudo q
Zagatto e
t al.
sódio
para a determinaçã
em fluxo (FIA
Flow Injection Analysis
método. De fato,
70 determinações por hora foram conseguidas com o sistema
utilizado.
1.5.4 –
Determinação de
A tiamina ou vitamina B
água e de fundamental importância para evitar uma doença conhecida como
Beriberi
81
, cujos sintomas freqüentes são: Insônia, nervosismo, irritação, fadiga,
depressão,
perda de apetite
à
falta de memória e concentração
FIGURA 1.5.4 –
Fórmula estrutura
Uma alimentação balanceada a base de feijão, fígado, alimentos
integrais (pão, arroz), ovo, legumes
necessidade da vitamina pelo organismo. Essa doença é corrique
alcoólicos e fumantes, pois o álcool e o tabaco são os principais responsáveis pela
não absorção dessa substância pelo organismo.
A F
armacop
por meio da reaçã
o entre a tiamina e
tiocromo,
uma espécie flu
nm. A Farmacopéia B
ritânica recomenda um procedimento gravimétrico pela reaç
seletivos (pote
nciometria direta)
78
. No entanto,
abalhos que utilizam métodos turbidimétricos ou nefelométricos
et al.
desenvolveram um método
turbidimétrico
entre potássio e
tetrafenilborato de dio para
a determinação de potássio
sanguí
neo
73
.
O método apresentou elevada seletividade
, sobretudo q
uando realizado em solução fortemente básica.
t al.
80
utilizaram a reação empregando
para a determinaçã
o de potássio
em vegetais explorando
Flow Injection Analysis
) para aumentar a
freqüência
70 determinações por hora foram conseguidas com o sistema
Determinação de
tiamina
A tiamina ou vitamina B
1
(Figura
1.5.4) é um branco solúvel em
água e de fundamental importância para evitar uma doença conhecida como
, cujos sintomas freqüentes são: Insônia, nervosismo, irritação, fadiga,
perda de apetite
,
dores no abdômen e no peito, e problemas associados
falta de memória e concentração
82
.
Fórmula estrutura
l da molécula de tiamina.
Uma alimentação balanceada a base de feijão, fígado, alimentos
integrais (pão, arroz), ovo, legumes
,
verduras amargas e peixe suprem a
necessidade da vitamina pelo organismo. Essa doença é corrique
alcoólicos e fumantes, pois o álcool e o tabaco são os principais responsáveis pela
não absorção dessa substância pelo organismo.
armacop
éia Americana
83
recomenda o método espectrofluorimétrico
o entre a tiamina e
hexaciano
ferrato de potássio para gerar o
uma espécie flu
orescent
e com emissão de luz azul medida
ritânica recomenda um procedimento gravimétrico pela reaç
25
. No entanto,
poucos são os
abalhos que utilizam métodos turbidimétricos ou nefelométricos
.
turbidimétrico
baseado na
a determinação de potássio
O método apresentou elevada seletividade
em
uando realizado em solução fortemente básica.
tertrafenilborato de
em vegetais explorando
sistemas de análise
freqüência
analítica do
70 determinações por hora foram conseguidas com o sistema
FIA
1.5.4) é um branco solúvel em
água e de fundamental importância para evitar uma doença conhecida como
, cujos sintomas freqüentes são: Insônia, nervosismo, irritação, fadiga,
dores no abdômen e no peito, e problemas associados
Uma alimentação balanceada a base de feijão, fígado, alimentos
verduras amargas e peixe suprem a
necessidade da vitamina pelo organismo. Essa doença é corrique
ira em anêmicos,
alcoólicos e fumantes, pois o álcool e o tabaco são os principais responsáveis pela
recomenda o método espectrofluorimétrico
ferrato de potássio para gerar o
e com emissão de luz azul medida
entre 400 - 450
ritânica recomenda um procedimento gravimétrico pela reaç
ão
da tiamina com ácido
potenciométricos
87
, cromatográficos
espectrofotométricos
91
também têm sido
Lingane &
diferencial polarográfico para a determinação
complexo B. E
sse método é uma
gravimétrico utilizado
pela
pela Farmacopéia Americana
mercúrio, mesmo que sejam em baixas concentrações, estão sendo gradativamente
substituídos
devido à elevada toxicidade
Costa-N
eto
na reação entre o
ácido silicotu
em fluxo.
Esse método em fluxo desenvolvido foi
recomendado pela Farmacopéia Britânica, tendo como principais vantagens a
elevada seletividade e sensibilidade
insolúvel medido em 420 nm. Com esse método foi possível obter uma faixa linea
de 5,0 x 10
-5
a 3,0 x 10
-4
1.5.5 -
Determinação de
A fórmula estrutural do
3-mercapto-2-
metilpropionil]
FIGURA 1.5.5 –
Fórmula estrutural do c
O captopril foi uma das primeiras drogas utilizadas para controlar a
pressão arterial de pacientes no Brasil
no mecanismo
de bloqueio da enzima conversora de angiotensina
bloqueio permite um relaxamento das paredes das artérias
sanguínea
e melhorando
da tiamina com ácido
silicotungstico
82,84-85
.
Métodos
, cromatográficos
88
, eletroforéticos
89
, fluorescentes
também têm sido
utilizados.
Lingane &
Davies
86
aplicaram a técnica eletroanalítica de
diferencial polarográfico para a determinação
simultânea de
algumas vitaminas do
sse método é uma
alternativa simples e efici
ente
pela
Farmacopéia Britânica
85
e ao fl
uorimétrico recomendado
pela Farmacopéia Americana
83
. Contudo,
métodos baseados na utilização de
mercúrio, mesmo que sejam em baixas concentrações, estão sendo gradativamente
devido à elevada toxicidade
92
.
eto
et al.
84
desenvolveram um método turbidimétrico
ácido silicotu
ngstico com vitamina B
1
em meio ácido
Esse método em fluxo desenvolvido foi
uma adaptação do
recomendado pela Farmacopéia Britânica, tendo como principais vantagens a
elevada seletividade e sensibilidade
, devido à formação de um complexo basta
insolúvel medido em 420 nm. Com esse método foi possível obter uma faixa linea
mol L
-1
com um LD de 1,0 x 10
-5
mol L
-1
.
Determinação de
captopril
A fórmula estrutural do
captopril,
cuja nomenclatura química é 1
metilpropionil]
-L-prolina, é mostrada na
Figura 1.5.5.
Fórmula estrutural do c
aptopril.
O captopril foi uma das primeiras drogas utilizadas para controlar a
pressão arterial de pacientes no Brasil
93
. Essa droga é um anti-
hipertensivo que atua
de bloqueio da enzima conversora de angiotensina
bloqueio permite um relaxamento das paredes das artérias
,
reduzindo a pressão
e melhorando
a eficiência d
o bombeamento do sangue pelo coração
26
Métodos
polarográficos
86
,
, fluorescentes
90
e
aplicaram a técnica eletroanalítica de
pulso
algumas vitaminas do
ente
ao método clássico
uorimétrico recomendado
métodos baseados na utilização de
mercúrio, mesmo que sejam em baixas concentrações, estão sendo gradativamente
desenvolveram um método turbidimétrico
baseado
em meio ácido
com detecção
uma adaptação do
método
recomendado pela Farmacopéia Britânica, tendo como principais vantagens a
, devido à formação de um complexo basta
nte
insolúvel medido em 420 nm. Com esse método foi possível obter uma faixa linea
r
.
cuja nomenclatura química é 1
-[(2S)-
Figura 1.5.5.
O captopril foi uma das primeiras drogas utilizadas para controlar a
hipertensivo que atua
de bloqueio da enzima conversora de angiotensina
(AS). Este
reduzindo a pressão
o bombeamento do sangue pelo coração
94, 95
.
27
Tal como a N-acetilcisteína, o captopril têm propriedades redutoras e pode agir no
combate a radicais livres. Tratamentos a base de captopril também têm sido
estudados em pacientes diabéticos, principalmente aqueles com diabetes tipo II
96
.
Devido à sua importância, muitos métodos analíticos m sido
desenvolvidos para identificar e quantificar essa droga em diversas matrizes, desde
aquelas mais simples, como formulações farmacêuticas, como também em urina
97
e
sangue
98
. Nesse âmbito, HPLC com detectores UV
98
e fluorimétricos
99
constituem os
métodos mais utilizados. Contudo, outros métodos analíticos têm sido usados como
eletroforese capilar com detecção UV
100
, espectrofotometria
101
,
quimiluminescência
102
e técnicas eletroquímicas
97
.
O todo recomendado pela Farmacopéia Americana é baseado na
titulação iodimétrica com detecção espectrofotométrica em 350 nm
103
.
Ribeiro et al.
101, 104
desenvolveram um método baseado na titulação
potenciométrica empregando a reação ácido-base entre o captopril e hidróxido de
sódio. Para esse método, foi utilizado um potenciômetro e um eletrodo de vidro
combinado. Esse método mostrou-se bastante simples e rápido, para a
determinação de captopril, com resultados compatíveis aos obtidos por meio da
aplicação do método recomendado pela Farmacopéia Americana.
Lourenção et al.
94
desenvolveram um método alternativo ao
recomendado pela Farmacopéia Americana para a determinação de captopril. O
método é baseado na titulação condutométrica de captopril por meio da reação de
precipitação desse fármaco com íons cobre II. Com esse método simples e preciso
foi possível determinar captopril em formulações farmacêuticas com um desvio
padrão relativo menor que 5,0 %.
Schmidt Jr. et al.
93
adaptaram o método recomendado pela
Farmacopéia Americana para a determinação de captopril em um sistema de
análises em fluxo. A implementação do sistema FIA permitiu uma maior economia
dos reagentes utilizados e um aumento considerável da freqüência analítica, pois 72
determinações por hora foram realizadas. Com esse método foi possível obter um
limite de detecção de 1,0 x 10
-6
mol L
-1
e um coeficiente de variação de 1,2%.
28
1.6 - Introdução a planejamentos quimiométricos
A utilização de planejamentos univariados no objetivo de se atingir uma
condição ótima de um dado experimento poderá ser exaustivamente buscada ou
testada. Diante disso, a quimiometria utiliza a estatística e a matemática para auxiliar
nas interpretações químicas podendo direcionar os experimentos no intuito de
encontrar, com um menor número de experimentos as melhores condições químicas
para a análise requerida. Em quimiometria, uma forma bastante prática e útil de
encontrar essas melhores condições experimentais o por meio da aplicação de
planejamentos fatoriais
105
.
Os planejamentos fatoriais completos com réplicas no ponto central
são expressos na forma 2
n
, onde a base (número 2) representa dois níveis distintos
estudados, por exemplo, o nível maior (+) e o nível menor (-) de uma determinada
variável, enquanto o termo n representa a quantidade de variáveis estudadas nesses
níveis. As réplicas no ponto central são formas de estudar um nível médio entre
esses supracitados com uma determinada quantidade de réplicas necessárias para
obtenção de alguns parâmetros estatísticos importantes, como desvio padrão do
método.
Esses planejamentos serão aplicados aleatoriamente e os resultados
serão expostos em termos do gráfico dos efeitos para observar quais variáveis são
mais importantes estatisticamente. No gráfico dos efeitos, cada variável e suas
combinações revelam o peso que apresentam na correspondente resposta analítica.
De modo que, quanto mais distantes do ponto de probabilidade zero, maior sea
importância estatística da variável e de suas combinações estudadas. As variáveis
mais importantes e seus respectivos níveis serão utilizados ao longo de todos os
experimentos.
Poucos são os trabalhos que empregam planejamentos
quimiométricos
106
para a determinação de condições ótimas de análise em
procedimentos que envolvem métodos turbidimétricos ou nefelométricos.
29
Capítulo 2:
Objetivos
30
2
Objetivos
2.1 - Objetivos gerais
Desenvolver equipamento portátil e de baixo custo utilizando
microcontrolador PIC com tecnologia USB para análises turbidimétricas e
nefelométricas.
2.2 - Objetivos específicos
Hardware (parte física): Emprego de LEDs de elevada intensidade
como fonte de radiação e avaliação do sensor mais apropriado para as análises.
Desenvolvimento do circuito eletrônico do equipamento proposto, compartimento
óptico e conclusão final do equipamento.
Software (programa): Com a parte física concluída (LEDs,
sensores, dispositivos eletrônicos, circuito eletrônico) foi iniciado o desenvolvimento
do programa em linguagem C gravado na memória EPROM do microcontrolador PIC
18F4550 que controla e gerencia todas as funções do PMTN.
Aplicação: Calibração do equipamento construído com um padrão
de turbidez internacionalmente aceito e recomendado à base de solução de
formazina. Calibrado o PMTN, esse está apto para a determinação de analitos de
interesse e os resultados obtidos são comparados com diferentes técnicas utilizadas
como métodos comparativos para atestar a qualidade do PMTN.
31
Capítulo 3:
Experimental
32
3 - Experimental
3.1 – Reagentes, soluções e preparo das amostras
3.1.1 – Determinação de sulfato
Soluções estoque (100 mL) 500 mg / L de sulfato de sódio (Synth),
soluções estoque (250 mL) 15 % (m / v) de cloreto de bário (Merck) e uma solução
(100 mL) 1,5 % (m / v) de álcool polivinílico (Sigma) foram preparadas por
dissoluções apropriadas de suas respectivas massas com água deionizada. O ácido
clorídrico (Merck) concentrado (20 mL) (37 % (v / v)) foi utilizado para ajustar o pH
das soluções preparadas. O preparo da solução de álcool polivinílico necessitou de
aquecimento por 30 minutos para melhor dissolução.
Soluções (25 mL) utilizadas na avaliação do efeito de concomitantes:
cloreto de sódio (Dinâmica), cloreto de potássio (Synth), carbonato de cálcio (Rield),
cloreto de magnésio (Synth), nitrato de sódio (Synth), brometo de potássio (Vetec),
fosfato di-ácido de potássio (Synth), cloreto férrico hexahidratado (Synth) e fluoreto
de sódio (Merk).
As amostras (500 mL) de água foram adquiridas em dois pontos
distintos da represa do Lago Monjolinho da cidade de São Carlos- SP, na entrada e
na saída das dependências da UFSCar. Acondicionadas em recipientes de PVC
(cloreto de polivinila), filtradas com papel de filtro de porosidade de 0,5 µm e
analisadas em campo.
3.1.2
–Determinação de N-acetilcisteína
Soluções estoque (100 mL) 8,5 x 10
-3
mol L
-1
de N-acetilcisteína
(Sigma) e soluções estoque (100 mL) 0,1 mol L
-1
de sulfato de cobre (Merck) foram
preparadas por dissoluções apropriadas de suas respectivas massas com água
deionizada. Uma solução (100 mL) de polietilenoglicol (Synth) de concentração 1,5
% (v / v) e ácido clorídrico (Merck) concentrado também foram usados.
As seguintes soluções (25 mL) foram utilizadas nos testes referentes a
estudos de concomitantes: Soluções de sacarina dica (Synth), fosfato di-ácido de
33
potássio (Synth), celulose cristalina (Aldrich), benzoato de sódio (Vetec), frutose
(Sigma), sacarose (Aldrich), sal dissódico do ácido etilenodiaminotetraacético
(EDTA) adquirido da Synth e tartrazina (Sigma).
As amostras de N-acetilcisteína foram adquiridas em farmácias do
comércio local. Os comprimidos (10 de cada uma das amostras) foram macerados e
posteriormente, massas de 2 e 6 g foram pesadas e dissolvidas para preparar 100
mL de soluções desse analito utilizando água deionizada. As soluções contendo o
princípio ativo foram submetidas ao ultra-som por 30 minutos e em seguida filtradas.
3.1.3
–Determinação de potássio
Soluções estoque (100 mL) 8,5 x 10
-3
mol L
-1
de cloreto de potássio
(Synth), soluções estoque (50 mL) 3,5 % (m / v) de tetrafenilborato de sódio (Sigma)
e solução (100 mL) 1,5 % (m / v) de álcool polivinílico (Sigma) foram preparadas por
dissoluções apropriadas de suas respectivas massas com água deionizada. Para o
preparo das soluções de tampão borato foram utilizadas uma solução (100 mL) 0,1
mol L
-1
de ácido bórico (Merck) e uma solução (100 mL) 0,1 mol L
-1
de hidróxido de
sódio (Synth). Para o preparo da solução de álcool polivinílico necessitou-se de
aquecimento por 30 minutos.
Soluções (25 mL) utilizadas para estudos de concomitantes: cloreto de
sódio (Dinâmica), carbonato de cálcio (Rield), cloreto de magnésio (Synth), frutose
(Sigma), benzoato de sódio (Vetec), citrato de sódio anidro (Synth), sacarose
(Aldrich), tartrazina (Sigma), EDTA (Synth), amaramth (Sigma), fast green (Sigma-
Aldrich) e azul brilhante (Sigma-Aldrich).
Para uma melhor homogeneização da solução de tetrafenilborato de
sódio foi necessária a utilização de banho ultra-sônico por 1 h, com posterior filtração
em papel de filtro de porosidade de 0,5 µm.
As amostras contendo potássio (água de coco e bebidas energéticas)
foram adquiridas em supermercados do comércio local. Apenas as amostras de
água de coco necessitaram ser filtradas.
34
3.1.4
–Determinação de vitamina B
1
Soluções estoque (100 mL) 7,5 x 10
-3
mol L
-1
de tiamina (Sigma),
soluções estoque (100 mL) 7,5 x 10
-3
mol L
-1
de ácido silicotungstico (Aldrich) foram
preparadas por dissoluções apropriadas de suas respectivas massas com água
deionizada. Uma solução (100 mL) de polietilenoglicol (Synth) de concentração 1,5
% (v / v) e 20 mL de ácido clorídrico (Merck) concentrado (37 % (v / v)) também
foram usados.
Soluções (25 mL) utilizadas para avaliação de concomitantes:
Povidona (Aldrich), amido (Merck), vitamina B
12
(cianocobalamina) da Sigma, ácido
ascórbico (vitamina C) da Sigma, riboflavina (Sigma), lactose (Aldrich), sulfato
ferroso (Reagen) e sulfato de zinco (Vetec).
As amostras de tiamina e de fármacos do complexo B foram adquiridas
em drogarias do comércio local. Os comprimidos (1 de cada uma das amostras)
foram macerados e posteriormente, massas de 300 mg foram pesadas e dissolvidas
para preparar 500 mL de soluções desse analito utilizando água deionizada.
As soluções contendo o princípio ativo foram submetidas ao ultra-som
por 30 minutos e em seguida filtradas.
3.1.5
–Determinação de captopril usando íons prata (Ag
+
) como
reagente
Soluções estoque (100 mL) 5,0 x 10
-2
mol L
-1
de captopril (Magistral) e
soluções estoque (100 mL) 5,0 x 10
-3
mol L
-1
nitrato de prata (Nuclear) foram
preparadas por diluições apropriadas de suas respectivas massas com água
deionizada. Uma solução (100 mL) 1,5 % (v / v) de polietilenoglicol (Synth) foi
preparada por dissolução apropriada com água deionizada.
Soluções (25 mL) utilizadas para estudos de interferentes: Solução de
manitol (Sigma), ácido esteárico (Carlo Erba), amido (Merck), celulose cristalina
(Aldrich), frutose (Sigma), sacarose (Aldrich), lactose (Aldrich) e glicose (Aldrich).
As amostras de captopril foram adquiridas em farmácias do comércio
local. Os comprimidos (6 de cada uma das amostras) foram macerados e
posteriormente, massas de 75 mg foram pesadas e dissolvidas para preparar 25 mL
de soluções desse analito utilizando água deionizada.
35
As soluções contendo o princípio ativo foram submetidas ao ultra-som
por 30 minutos e em seguida filtradas.
3.1.6
– Reagentes e soluções de utilização comum
Solução concentrada de perclorato férrico para corrosão das placas de
cobre de circuito impresso.
Suspensões de alumina (Al
2
O
3
) 5 % (m / v) necessária para polimento
das cubetas de plástico.
Solução estoque (1 L) de formazina (4000 NTU). Preparada pela
mistura equitativa de uma solução de hexaetilenotetramina (hexamina) de
concentração 125 g / L (previamente filtrada com papel de filtro de 0,5 µm) e uma
solução de sulfato de hidrazina 12,5 g / L. A solução de formazina foi mantida em
repouso por 24 h em temperatura ambiente (25°C) e armazenada em frasco âmbar
antes do uso. Conservada em temperatura de 20 - 25 °C, a solução é estável por um
ano. Ambos os reagentes foram adquiridos da Sigma-Aldrich.
Para o preparo de todas as soluções e diluições foi utilizada água
devidamente deionizada (Milli-Q Plus, Millipore, Bedford, EUA).
36
3.2 - Equipamentos e acessórios
Na Tabela 3.2 estão listados os equipamentos e acessórios utilizados
para o desenvolvimento experimental.
TABELA 3.2 – Listagem dos equipamentos e acessórios utilizados.
Espectrofotômetro Shimadzu modelo
2550 UV-Vis com duplo feixe, com
cubeta de quartzo de 1 cm
Espectrofotômetro Ocean Optics
modelo USB 2000, com fibra ótica Ps
50-2 e cubeta de quartzo de 1 cm
Espectrofotômetro de absorção
atômica GEMINI Intralab modelo AA
12/1475, com lâmpada de catodo oco de
potássio L 233
Potenciostato / galvanostato Autolab,
com uma cela eletroquímica
convencional, com: contra-eletrodo (fio
de platina), referência (Ag / AgCl, 3,0
mol L
−1
/ KCl) e eletrodo de trabalho
(eletrodo de mercúrio de gota pendente)
Potenciômetro Orion modelo EA 940
equipado com um eletrodo de vidro
combinado
Condutivímetro micronal B330 com
com cela condutométrica de vidro
termostatizada
Bureta automática Schott Gerate
modelo T80/20 com capacidade de
inserção de 0,5 mL
Termômetro digital INSTRUTHERM
®
modelo TE- 400
Cronômetro digital Casio HS-3 Multímetro digital GoldStar DM-341
Balança analítica Quimis AS 210 Interface USB NI USB-6008
Ultra-som Unique modelo 1400A Placa de estudo PICGÊNIOS
Agitador magnético HANNA HI 190M
Carregador de bateria 110 V
GOLDEN TIME modelo GT 804ª
Aquecedor EquipaLABOR TE- 085 Microcomputador Intel Pentium 4
3.2.1 Componentes eletrônicos e materiais em geral para a
confecção do PMTN (Portable Microcontrolled Turbidimeter
Nephelometer)
Componentes e materiais utilizados na construção do PMTN, Tabela 3.2.1.
37
TABELA 3.2.1 – Lista de dispositivos e componentes eletrônicos utilizados.
LEDs com máxima emissão em 405
nm, 470 nm e 880 nm (IR)
1 conector de bateria
2 fototransistores
3 potenciômetros de 5 kΩ e 1
potenciômetro de 1 kΩ
1 microcontrolador PIC18F4550 1 cristal oscilador de 8 MHz
1 LCD 16 x 2
Resistores de 1kΩ (4), 10kΩ (3) e
5k2Ω
2 caixas pretas, uma de dimensões
21 x 15 x 10 cm e outra de 17 x 12 x 9
cm
Capacitores cerâmicos de 22 µF (3) e
10 µF (6) e eletrolíticos de 100 µF (4) e
50 µF (2)
1 circuito integrado Max232 1 regulador de tensão 7805
1 conector USB 5 diodos 4001
4 chaves eletromecânicas
1 placa de cobre de fibra de vidro 20 x
15 cm
1 CI BC548 Fios flexíveis
1 bateria recarregável de 8,4 V 2 blocos de acrílico
TRANSFER de circuito impresso
Parafusos com rosca
Solda
Cubeta de plástico de 1 cm de
caminho óptico
3.3 - Construção e desenvolvimento do Turbidímetro / Nefelômetro
Microcontrolado Portátil
3.3.1 – Seleção dos LEDs
Inicialmente foi realizada a seleção das melhores fontes de REMs
existentes no mercado a base de LED para o PMTN. A seguir, na Figura 3.3.1 são
mostrados os espectros de emissão dos LEDs (LED1), cujo comprimento de onda de
máxima emissão (λmáx.) é 405 nm e LED2 (λmáx. = 470 nm).
38
300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
0
1000
2000
3000
4000
Intensidade( U.A)
Comprimento de onda (nm)
FIGURA 3.3.1 - Espectro de emissão dos LEDs utilizados neste projeto. LED1
(InGaN, 405 nm, 80 mcd) modelo L200CUV405-8D e LED2 (InGaN, 470 nm) modelo
L200CWR3KF-15D
107
de alto brilho ( do inglês, ultrabright, 4.500 mcd) ambos da
LEDtronics
®
. Os espectros foram obtidos utilizando um espectrofotômetro Ocean
Optics USB 2000 com fibra óptica modelo ps50-2.
Os LEDs apresentam máxima intensidade de emissão na região violeta
- azul do espectro eletromagnético. Escolheram-se esses LEDs, pois a maioria das
análises turbidimétricas encontradas na literatura
5
utiliza fontes de radiação que
emitem na faixa de 400 - 480 nm. Os valores de intensidade da Figura 3.3.1 são
dados numa unidade arbitraria (U.A.) e foram normalizados em 4.000 U.A. Vale
salientar que, o LED2 é muito mais intenso que o LED1 e foi utilizado no dulo
nefelométrico do equipamento. A unidade mcd (milicandela) expressa à intensidade
de radiação por unidade de área incidente
3, 107
.
Os LEDs são diretamente comunicados com o PIC e são acionados via
software. O LED1 possui uma resistência de limitação de corrente para que no
máximo 2 mA passem pelo mesmo para evitar aquecimento o qual compromete a
qualidade das medidas em termos de reprodutibilidade, precisão e exatidão. A baixa
corrente utilizada permite determinações turbidimétricas sem saturar o sensor. O
LED2 será acoplado a um BC548, que tem a função de fornecer uma maior corrente
ao LED2 e com isso um elevado brilho (elevada potência luminosa), necessário para
medidas nefelométricas. Os LEDs utilizados com fonte de radiação apresentam uma
largura de banda
1/2máx.
) de 15 nm, relativamente estreitas para este tipo de fonte
de radiação.
LED1
LED2
39
Como discutido anteriormente, para o equipamento atender às normas
ISO 7027, o mesmo deve também ser operado usando a faixa espectral na região
do infravermelho. Sendo assim, também foram acoplados dois LEDs IR e um sensor
IR para tais finalidades. As medidas com IR também são necessárias para evitar
possíveis interferências da cor das amostras, conforme será discutido na seção
resultados e discussão (capítulo 4). Na Figura 3.3.1a é mostrado o espectro de
emissão do LED IR.
300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
0
1000
2000
3000
4000
Intensidade (UA)
Comprimento de onda (nm)
FIGURA 3.3.1a - Espectro de emissão do LED IR (880 nm) modelo QED 223
(AlGaAs) da Fairchild
108
semiconductor
®
, cujo espectro foi obtido com o mesmo
equipamento da Ocean Optics citado na Figura 3.3.1.
Observa-se que a largura de banda
1/2máx.
) é maior do que para os
LEDs 1 e 2 (80 nm). Essa maior largura de banda é uma limitação intrínseca dos
materiais utilizados na confecção de LEDs IR.
Para realizar as análises com IR no PMTN os LEDs 1 e 2 devem ser
substituídos pelos respectivos LEDs IR, simplesmente tirando o plug (conector) que
conecta os seus terminais. A mesma posição e corrente elétrica operacionais são
conseguidas, pois a resistência não é alterada e existem algumas peças móveis em
acrílico que permitem a substituição e o encaixe dos LEDs sempre na mesma
posição. Isso é importante para manter inalterada a potência da REM incidente e o
caminho óptico. Mais detalhes são discutidos na seção 3.3.6. Outra forma de
garantir essa característica padrão é observar os valores mostrados no LCD do
equipamento, pois um default (condição padrão) é mostrado quando opta-se pela
função 1 no menu principal, ver seção 3.3.7. Essa função permite que o
equipamento faça leituras dos dois sensores, mostrando os valores zerados em
40
termos de sinal turbidimétrico e nefelométrico. Caso isso não ocorra, potenciômetros
de ajuste são utilizados até zerar os valores, como discutido na seção 3.3.6.
3.3.2 - Estudos sobre os sensores do PMTN
Concomitantemente às pesquisas realizadas sobre as fontes de REM,
foram realizadas pesquisas referentes aos sensores mais adequados para a
confecção do PMTN. Na Figura 3.3.2 é mostrada a curva de resposta do sensor
utilizado.
FIGURA 3.3.2 Curva de resposta dos sensores da linha TSLX257
21
(TAOS)
®
. O
sensor TSLB257 é aquele que melhor responde na região azul. Dados fornecidos
pelo datasheet do fabricante (TAOS
®
)
109
.
O sensor TSLB257 apresenta uma resposta linear (potencial em V)
com a intensidade da radiação incidente e, além disso, apresenta filtros que cortam
as demais freqüências associadas a outras REMs da região visível, sendo específico
para análises em comprimentos de onda próximos na região azul. O circuito
equivalente é apresentado na FIGURA 3.3.2a.
FIGURA 3.3.2a Circuito equivalente do sensor TSLB257 TAOS
®
. Pino 1, 2 e 3 são
respectivamente GND (terra), alimentação (5 V) e saída de sinal em volts (V). Com R
= resistor de 10 kΩ.
41
A radiação emitida pelos LEDs atinge a superfície fotossensível do
sensor e gera uma corrente elétrica que é convertida em potencial no canal emissor
(pino 3). Este sensor apresenta baixo ruído (4 mV) e consumo de corrente (10 mA)
com uma ampla faixa linear de resposta. O sensor será acoplado ao
microcontrolador e a resposta analógica será convertida a digital através do
conversor analógico digital (A / D) interno do PIC com resolução de 10 bits, via
software escrito em linguagem C, ver seção 3.3.7.
O LED2 ultrabrigth (azul 470 nm, 4.500 mcd) deve ficar a 90° em
relação à fonte de radiação, pois é utilizado no módulo nefelométrico. Esse LED
quando posicionado em 180° (turbidimétrico), conduz a uma saturação indesejada
do sensor, mesmo utilizando baixa corrente elétrica (1 mA) na alimentação. Uma
baixa corrente de trabalho (menor que 1 mA) no LED2 ocasiona uma instabilidade
na luminosidade do mesmo, de modo que esse foi calibrado para operar com 100
mA de corrente em módulo pulsado.
Conforme justificado e discutido na seção 3.3.1, o uso de LED IR no
PMTN requer um sensor IR necessário para realizar tais análises. Abaixo na Figura
3.3.2b é mostrada a curva de resposta do sensor Infravermelho.
FIGURA 3.3.2b – Curva de resposta do sensor IR TSL260R-LF (TAOS)
®
, com
máxima sensibilidade exatamente na mesma região de maior intensidade luminosa
do LED IR em 880 nm.
O sensor IR apresenta um circuito equivalente com configuração
semelhante ao do sensor TLSB257 (Figura 3.3.2a).
Como pode ser observado, ambos os sensores apresentam máxima
sensibilidade exatamente na máxima emissão dos LEDs utilizados. Esse conjunto
óptico certamente permitirá resultados satisfatórios, pois estão sendo explorados os
melhores parâmetros de cada um desses componentes.
3.3.3 -
Microcontrolador
O
microcontrolador
18F4550 como
as seguintes
Memória
Tamanho da memória: 32 k
Memória
Número de portas de entrada e saída: 35;
Interface
Número de instruções 16.384
FIGURA 3.3.3 -
Configuração dos pinos do
as portas analógicas A; as portas B (33
27 -
30) devem ser configuradas para portas de entrada, saída ou entrada/saída, V
é
alimentação positiva, V
USB
, osc1 e osc2 são os pinos que recebem o cristal oscilador do
O PIC
é controlado uti
C
110, 111
através do
software
gravado no PIC
através d
programa em linguagem de máquina em hexadecimal e grava o conteúdo na
memória EPROM do
PIC
MICROGENIOS
®19
, o progr
Microcontrolador
PIC utilizado
microcontrolador
PIC (Figura 3.3.3)
utilizado no pr
as seguintes
características principais:
Memória
RAM: 2048 bytes;
Tamanho da memória: 32 k
bytes;
Memória
EPROM: 256 bytes;
Número de portas de entrada e saída: 35;
Interface
USB 2.0 com velocidade de 12
Mbit/s
Número de instruções 16.384
.
Configuração dos pinos do
PIC
18F4550. Dos pinos 2 a
as portas analógicas A; as portas B (33
- 40); C (15 -
17 e de 23
30) devem ser configuradas para portas de entrada, saída ou entrada/saída, V
alimentação positiva, V
SS
é alimentação negativa, V
USB
é a alimentação do sistema
, osc1 e osc2 são os pinos que recebem o cristal oscilador do
é controlado uti
lizando um programa escrito em l
software
mikroC 8.0 da mikroelektronika
®112
. Este programa será
através d
e um compilador apropriado que converte o conteúdo do
programa em linguagem de máquina em hexadecimal e grava o conteúdo na
PIC
, este compilador é o Winpic800 3.60 fornecido pela
, o progr
ama é mostrado na seção 3.3.7.
42
utilizado no pr
ojeto é do tipo
Mbit/s
;
18F4550. Dos pinos 2 a
10 são para
17 e de 23
- 26) e D (19 - 22 e
30) devem ser configuradas para portas de entrada, saída ou entrada/saída, V
DD
é a alimentação do sistema
, osc1 e osc2 são os pinos que recebem o cristal oscilador do
PIC.
lizando um programa escrito em l
inguagem
. Este programa será
e um compilador apropriado que converte o conteúdo do
programa em linguagem de máquina em hexadecimal e grava o conteúdo na
, este compilador é o Winpic800 3.60 fornecido pela
43
3.3.4 - Placa de estudos
É uma ferramenta importante para auxiliar no desenvolvimento do
projeto. Com esta placa é possível testar alguns dispositivos eletrônicos a serem
utilizados na construção do PMTN como os LEDs, sensores e o PIC, além da
gravação do software escrito em linguagem C. Na Figura 3.3.4 tem-se uma fotografia
da placa de estudo PICGÊNIOS da MICROGENIOS
®
.
FIGURA 3.3.4 - Fotografia da placa de estudos MICROGENIOS utilizada.
Essa placa de estudos é completa e possui todos periféricos úteis para
elaboração de projetos, podendo ser comunicada com o computador pelo endereço
serial (RS232) ou pela porta USB. Com a placa de estudos foram gravados todos os
programas de teste e o programa principal do PMTN proposto. Essa placa pode ser
operada em sistemas operacionais desde Windows
®
98 a Windows vista
®
, sem
problema de compatibilidade de software.
Com a parte óptica e software concluída, foi inicializada a construção
do circuito eletrônico do equipamento.
3.3.5 - Circuito eletrônico do PMTN
O circuito eletrônico projetado para o PMTN é mostrado na Figura
3.3.5, na forma de diagrama de blocos com o intuito de simplificar o entendimento,
dividindo-o em diversas unidades. As unidades são definidas conforme a função que
desempenham no circuito eletrônico.
44
FIGURA 3.3.5 - Diagrama de blocos do circuito eletrônico do equipamento proposto
(PMTN). PIC (1), comunicação (serial e USB - (2)), controle (3), LEDs (4), fonte de
alimentação +5 V (5), sensores (6) e LCD (7).
O circuito eletrônico é formado pelas seguintes unidades principais:
Unidade de controle central (1) O PIC controla todas as funções
do equipamento, desde funções mais simples como: ligar LEDs e acionar o sensor
em módulo pulsado, até funções mais complexas como fazer a comunicação serial
ou USB, armazenamento de dados, acionar o LCD e receber os comandos dos
botões de controle. Uma vez gravado o programa em um computador, esse
microcontrolador gerencia todas as funções do equipamento sendo o principal
responsável pela portabilidade e automação do mesmo. Um cristal oscilador de 8
MHz é o dispositivo encarregado de sicronizar as funções do PIC;
Unidade de comunicação (2) O equipamento pode ser
comunicado com um microcomputador pela porta USB ou pela serial. Esta
45
comunicação é para a transmissão e recepção de dados entre ambos, conforme
simbolizado pelas linhas paralelas mostradas na FIGURA 3.3.5;
Unidade de controle (3) Existem três botões no equipamento
aptos à comunicação com o usuário. Os botões 1 e 3 servem para retroceder ou
avançar as opções mostradas do menu (itens) principal e o botão 2 (central) foi
ajustado para receber o comando de enter (confirmação) de qualquer função do
menu principal escrito no software, discutido com mais detalhes nas seções 3.3.7 e
3.3.8. Esses são acoplados a porta C do PIC (nos pinos 15, 16 e 17);
Fonte de radiação (4) Para o PMTN estão sendo utilizados LEDs
como fontes de radiação praticamente monocromáticas, cujas características foram
mostradas na seção 3.3.1. Os LEDs operam em regime pulsado (50 ms) para evitar
o aquecimento dos mesmos. Um potenciômetro de 5 kΩ controla a corrente dos
LEDs para que 100 mA sejam usados no módulo nefelométrico e 2 mA no módulo
turbidimétrico, os quais estão ligados aos pinos 27 e 28 do PIC, respectivamente. Os
LEDs do módulo nefelométrico foram acoplados a um dispositivo conhecido como
BC548 com o objetivo de aumentar a luminosidade dos mesmos;
Unidade de alimentação (5)
O PMTN apresenta uma fonte de
alimentação composta por um transformador de 110 V / ± 9 V que fornece uma
corrente de 300 mA quando o equipamento é ligado em rede elétrica convencional.
Uma ponte de diodo, um regulador de tensão (7805) 5V e dois capacitores
eletrolíticos de 1000 µF (35 V) também compõem a fonte de alimentação. O
equipamento também pode ser alimentado externamente, pois um conector de
bateria foi adaptado logo após a ponte de diodo na fonte de alimentação. Com isso,
uma fonte de potencial constante entre 5 a 30 V pode ser acoplada sem danos ao
circuito eletrônico. Com essas fontes, é possível alimentar adequadamente todo o
circuito eletrônico e o PIC como mostrado na Figura 3.3.5;
Unidades dos sensores (6) Os sensores 1 (TSLB257) e 2
(TSL260R-LF) ambos da TAOS
®
convertem a luz que atingem suas superfícies em
um potencial (fototransistor). O potencial é medido no pino 3 de cada sensor. Os
valores em potencial (mV) são digitalizados pelo converso interno de 10 bits do PIC
(A / D) e mostrados no LCD do equipamento. Os sensores têm o GND (terra) no pino
1 e alimentação no pino 2 (5 V). Os sensores estão ligados nos pinos 2 e 3 do PIC,
como representados na Figura 3.3.5;
Unidade de visualização (7
nefelômetro são vistos num
perceba o fenômeno de interesse e o visualize na tela do mesmo. Optou
pe
la simplicidade e baixo custo, devido à proposta inicial da instrumentação. Os
valores digitais mostrados no
unidades requeridas nas análises
ligado à porta B do
PIC
dados
, como devidamente indicados por meio das linhas mostradas na Figura 3.3.5.
Os demais pinos do
LCD
fonte de alimentação.
O circuito eletrônico
dimensões 21 x 15 x 20 cm
3.3.6 –
Compartimento
Um compartimento óptico
eletrônico foi construído com o objetivo de
soluções
ou algum tipo de acidente pu
como pode ser visto na Fig
FIGURA 3.3.6 -
Fotografia do compartimento óptico desenvolvido
(a) sensores, com o se
nsor
LED2
, (b) cubeta de plástico (descartável), (c)
nefelométrico e (e) ajuste de posicionamento
reflexões da luz, o compartimento
Unidade de visualização (7
)
Os dados obtidos pelo turbidímetro
nefelômetro são vistos num
display digital (visualizador)
. Este permite que o usuário
perceba o fenômeno de interesse e o visualize na tela do mesmo. Optou
la simplicidade e baixo custo, devido à proposta inicial da instrumentação. Os
valores digitais mostrados no
LCD são convertidos para
as correspondentes
unidades requeridas nas análises
turbidimétricas e nefelométricas. O
PIC
d
os pinos 35 a 40, os chamados pinos de transmissão de
, como devidamente indicados por meio das linhas mostradas na Figura 3.3.5.
LCD
o aterrados (GND
), o pino 1 é alimentado
O circuito eletrônico
foi acondicionado em uma caixa preta de
dimensões 21 x 15 x 20 cm
, conforme mostrado na seção 3.3.8.
Compartimento
óptico
Um compartimento óptico
externo ao módulo
que contêm o circuito
eletrônico foi construído com o objetivo de
evitar que pos
síveis
ou algum tipo de acidente pu
dessem gerar curto-
circuit
como pode ser visto na Fig
ura 3.3.6.
Fotografia do compartimento óptico desenvolvido
nsor
TSLB257 frontal com LED1 e TSL
, (b) cubeta de plástico (descartável), (c)
LED1
módulo turbidimétrico, (d)
nefelométrico e (e) ajuste de posicionamento
da cubeta
e dos
reflexões da luz, o compartimento
foi
pintado com tinta preta fosco
Sensores (a)
LED1 (c)
LED2 (d)
Cubeta (b)
Ajuste (e)
46
Os dados obtidos pelo turbidímetro
/
. Este permite que o usuário
perceba o fenômeno de interesse e o visualize na tela do mesmo. Optou
-se por este
la simplicidade e baixo custo, devido à proposta inicial da instrumentação. Os
as correspondentes
turbidimétricas e nefelométricas. O
LCD está
os pinos 35 a 40, os chamados pinos de transmissão de
, como devidamente indicados por meio das linhas mostradas na Figura 3.3.5.
), o pino 1 é alimentado
a 5 V pela
foi acondicionado em uma caixa preta de
que contêm o circuito
síveis
vazamentos de
circuit
o no equipamento,
Fotografia do compartimento óptico desenvolvido
para este projeto.
260R
- LF frontal com
módulo turbidimétrico, (d)
LED2
e dos
LEDs. Para evitar
pintado com tinta preta fosco
.
47
O compartimento óptico foi confeccionado totalmente em acrílico e
possui duas peças veis também do mesmo material que deslizam sobre um
suporte. Os blocos de acrílico foram acondicionados numa caixa preta de 17 x 12 x 9
cm com uma tampa superior que veda perfeitamente o compartimento de radiações
espúrias.
Os sensores, Figura 3.3.6 (a), foram acoplados e fixados por meio de
parafusos ao suporte de acrílico que constitui o compartimento óptico. A cubeta de
plástico foi devidamente polida com lixas de 400, 800 e 1200 e alumina 5% para
permitir que ambas as faces estivessem transparentes e límpidas, possibilitando
análises turbidimétricas e nefelométricas seqüencialmente. A cubeta é sempre
posicionada na mesma posição mediante o uso de um parafuso tipo rosca que
pressiona a cubeta na parede do bloco de acrílico.
Os LEDs estão fixos em uma peça móvel de acrílico com um furo
central de 1 cm de diâmetro para permitir que as radiações dos mesmos atinjam os
sensores. A movimentação dos LEDs permite um ajuste de intensidade e focalização
sobre os sensores, pois os mesmos são caracterizados por apresentar um ângulo de
abertura de 20° o qual possibilita o ajuste. O LED1 foi fixado a uma distância de 8
cm em relação ao sensor TSLB257 (sensor azul) e o LED2 a 4 cm do sensor
TSL260R-LF (sensor IR). Essas medidas foram fixas para todos os experimentos.
Para substituir os LEDs 1 e 2 por LEDs IR em análises por IR, basta simplesmente
seguir o procedimento discutido na seção 3.3.1. Nesse compartimento óptico foram
realizadas as análises em batelada, entretanto ela pode ser adaptada para análises
em fluxo.
3.3.7 – Programa TURB03 desenvolvido para o PMTN
O PMTN possui um programa de gerenciamento de todas as suas
funções escrito em linguagem de programação C. Outros tipos de linguagem podem
ser utilizados, como por exemplo: Assembly, Visual Basic, C++. Entretanto, optou-se
por esta pela facilidade de programação
110, 111
.
Um diagrama de blocos do programa TUR03 desenvolvido é mostrado
na Figura 3.3.7.
48
FIGURA 3.3.7 - Diagrama de bloco das funções do programa utilizado.
O programa funciona da seguinte forma: quando o usuário liga o
equipamento, o PIC faz uma verificação das suas portas analógicas e digitais e em
seguida mostra no LCD uma mensagem de apresentação do equipamento. Em
seguida, automaticamente, é inicializada a função de controle do dispositivo. Essa
função de controle é realizada por meio de três botões situados na face superior do
equipamento. Uma mensagem é mostrada no LCD do equipamento como menu
principal, onde são listadas as funções as quais o equipamento foi programado para
executar (funções de 1 6). O equipamento foi feito de modo que o botão 1 (da
esquerda para a direita) seja responsável por diminuir em 1 unidade o valor
Declaração das variáveis locais
e globais e configurações do
dispositivo
Definição das funções
Turbidimétricas,
Nefelométricas e de controle do
PMTN
Menu principal:
(1) Default
(2) Turbidimetria (405 nm)
(3) Nefelometria (470 nm)
(4) Turbidimetria (880 nm)
(5) Nefelometria (880 nm)
(6)
Retorna ao menu
Default-1
Medir tcl2 ? (s)
caso contrário
use 1 ou 3.
Turbidimetria-2
Medir tcl2 ? (s)
caso contrário
use 1 ou 3.
Nefelometria-3
Medir tcl2 ? (s)
caso contrário
use 1 ou 3.
Turbidimetria-4
Medir tcl2 ? (s)
caso contrário
use 1 ou 3.
Nefelometria-5
Medir tcl2 ? (s)
caso contrário
use 1 ou 3.
49
mostrado cada vez que é pressionado, o botão central (tecla 2 ou tcl2) é o botão de
enter (confirmação) e o 3 incrementa uma unidade a variável de controle. Dessa
forma pode-se escolher qualquer função do menu. Selecionar e confirmar o botão no
número 6 retorna ao menu principal.
Quando se escolhe uma função determinada (turbidimetria ou
nefelometria) todos os lculos de conversão de unidade o realizados mediante o
uso das equações 1.3.1.1c e 1.3.1.2 mostrados nas seções 1.3.1.1 e 1.3.1.2. Os
dados são mostrados em unidades arbitrárias para as funções turbidimétricas (405
nm) e nefelométricas (470 nm). Apenas quando se utiliza o módulo em nefelometria
com infravermelho é que o equipamento fornece o valor em FNU (Formazin
Nephelometric Units) que é uma unidade internacionalmente aceita para análises de
particulado em suspensão aquosa. Pode-se optar por fazer várias análises
seqüencialmente para explorar ambos os fenômenos de interesse. A resposta
adquirida mostrada no LCD é uma média de 60.200 dados coletados durante 50 ms
através de um processo prévio de integração realizado pelo PIC. Isso permite uma
média bastante representativa das análises em questão. Isso é possível devido à
elevada freqüência de oscilação do cristal utilizado (8 MHz).
3.3.8 – Equipamento construído - PMTN
Na Figura 3.3.8, tem-se uma fotografia do estágio final no qual se
encontra o PMTN, com o compartimento óptico embutido lateralmente.
FIGURA 3.3.8 - Fotografia do equipamento portátil construído com módulo de
bateria. (1) chave eletro-mecânica do módulo de bateria (MBT), (2) potenciômetros
de ajuste de corrente do sistema óptico, (3) botões de controle, (4) LCD e (5)
compartimento óptico.
Chave-MBT-1
Potenciomêtros - 2
Compartimento
óptico - 5
LCD
-
4
Botões - 3
50
Devido ao baixo consumo de energia e a rapidez na tomada de dados,
o equipamento é capaz de realizar uma calibração rapidamente. Pensando-se na
relação custo benefício, uma bateria recarregável LEXEL
®
Ni-MH de 8.4 V com
capacidade de gerar 160 mAh foi utilizada.
3.4 – Teste de estabilidade de sinal
Um dos testes mais utilizados para comprovar a qualidade dos
resultados fornecidos por um equipamento é a estabilidade de sinal. Esse foi testado
com o próprio equipamento devidamente isolado de REMs externas e com os LEDs
operando em modo pulsado. Também foram utilizados um multímetro comercial e
um computador através de uma interface USB para observação dos dados.
3.5 – Procedimento de análise
O analista liga o equipamento em módulo de bateria ou na rede elétrica
convencional em 110 V, coloca a cubeta no compartimento óptico e em seguida
fecha o compartimento. Depois, de acordo com a opção do menu desejado pode-se
realizar as medidas turbidimétricas ou nefelométricas na região do azul ou no
infravermelho. Esses são os passos feitos pelo analista. O microcontrolador recebe o
sinal de confirmação e aciona os LEDs conforme a escolha do usuário. A radiação é
devidamente espalhada e atinge o detector. O sinal de corrente é convertido a um
potencial de até 5 V e o disponibiliza na porta analógica do PIC para posterior
conversão analógica / digital (A/D). O sinal é integrado em 60.200 dados digitais
(Unidades Arbitrárias, UA) durante 50 ms e, por fim, o disponibiliza no display do
equipamento. Uma vez calibrado os resultados são apresentados em termos de
unidades nefelométricas de formazina (FNU) para análise IR, sinal turbidimétrico
(unidades arbitrárias - UA) ou sinal nefelométrico (unidades arbitrárias - UA). Todos
esses passos são realizados pelo PIC automaticamente via TURB03.
Lembrando que o equipamento opera como padrão com os LEDs na
região do azul. Ao escolher a função IR, o usuário deve efetuar a troca das
respectivas fontes de REMs.
51
3.6 – Calibração do equipamento com padrão turbidimétrico
Uma calibração com padrão de turbidez (material de referência
internacional) é necessária. Pode-se utilizar estireno - divinil benzeno, sílica ou
formazina. Devido à uniformidade da suspensão gerada e o tamanho das partículas
formadas serem apropriados, o padrão de turbidez a base de formazina é o mais
aceitável e recomendado por instituições internacionais como ASTM, ISO, EPA,
ASTM e MEBAK para análise de turbidez de água e bebidas. Armazenado
corretamente, esse apresenta bons resultados na calibração de equipamentos
7
.
3.7. – Aplicações analíticas
Uma vez realizados os estudos de estabilidade, relação sinal-ruído e
calibração prévia, o turbidímetro / nefelômetro pode ser posto em funcionamento
para análises num sistema químico de interesse. Serão abordados estudos de
interferência, adição e recuperação, limite de detecção (LD) e quantificação (LQ),
faixa linear e reprodutibilidade em três dias distintos medidos em triplicata. Amostras
de sulfato em águas de lago, N-acetilcisteína, captopril e tiamina em rmacos e
potássio em energéticos e alimentos foram analisadas seqüencialmente por
turbidimetria e nefelometria.
As medidas turbidimétricas e nefelométricas são baseadas no
espalhamento de REM incidente devido à formação de uma suspensão formada
pela interação entre o reagente e o analito em determinadas concentrações e num
certo pH da solução. Portanto, a concentração do reagente (R) e do analito (A), pH
da solução (pH), e a concentração do surfactante (S) são importantes variáveis a
serem estudadas simultaneamente.
3.7.1 Planejamento experimental 2
4
com ponto central para a
determinação de sulfato, N-acetilcisteína
,
potássio e tiamina
Na Tabela 3.7.1 são mostrados os coeficientes de contrastes das
variáveis para cada experimento. O planejamento fornece um total de 19
experimentos sendo 16 do planejamento fatorial 2
4
e 3 do ponto central.
52
TABELA 3.7.1 - Modelo dos ensaios a serem realizados e os níveis das variáveis.
Ensaios
Var1
Var2
Var3
Var4
1
+
+
+
+
2 - + + +
3 + - + +
4 - - + +
5 + + - +
6 - + - +
7 + - - +
8 - - - +
9 + + + -
10 - + + -
11 + - + -
12 - - + -
13 + + - -
14 - + - -
15 + - - -
16 - - - -
17 0 0 0 0
18 0 0 0 0
19 0 0 0 0
A nomenclatura das variáveis pode alterar-se entre um método e outro,
por exemplo, para o estudo de N-acetilcisteína a variável 1 pode ser A (analito) e
para a determinação de sulfato a variável 1 pode ser S (surfactante), porém a
estrutura e a seqüência dos contrastes na Tabela 3.7.1 deve ser mantida
rigorosamente.
3.7.1.1 - Determinação de sulfato em amostras de águas de lago
A reação química:
FIGURA 3.7.1.1 – Reação química entre íons sulfato e bário.
Variáveis a estudar:
Concentração de reagente (R), cloreto de bário (Ba);
Concentração de surfactante (S), álcool polivinílico (APV);
53
pH da solução final (pH);
Concentração do analito (A), sulfato de sódio (Na).
Variáveis codificadas:
TABELA 3.7.1.1 - Níveis das variáveis estudadas para determinação de sulfato.
Nível
Sulfato (A)
Ba
2+
(R)
APV (S)
pH
-1
10 mg L
-
1
0,1% (m / v) 0,01% (m / v) 3,0
0
60 mg L
-
1
3,0% (m / v) 0,05% (m / v) 2,0
1
110 mg L
-
1
5,9% (m / v) 0,09% (m / v) 1,0
3.7.1.2- Determinação de N- acetilcisteína em fármacos comerciais
Reação química:
FIGURA 3.7.1.2 – Reação química entre N-acetilcisteína e íons Cu
2+
.
Variáveis a estudar:
Concentração de reagente (R), sulfato de cobre (Cu
2+
);
Concentração de surfactante (S), polietilenoglicol (PEG);
pH da solução final (pH);
Concentração do analito (A), N-acetilcisteína (N-act.).
Variáveis codificadas:
TABELA 3.7.1.2 - Variáveis estudadas para determinar N-act.
Nível
N-act. (A)
Cu
2+
(R)
PEG (S)
pH
-1
5,0 x 10
-
4
mol L
-
1
1,0 x 10
-
3
mol L
-
1
0,01%(v / v) 2,0
0
1,0 x 10
-
3
mol L
-
1
2,0 x 10
-
2
mol L
-
1
0,05%(v / v) 1,5
1
1,5 x 10
-
3
mol L
-
1
3,9 x 10
-
2
mol L
-
1
0,09%(v / v) 1,0
54
3.7.1.3 - Determinação de potássio em alimentos
Reação química:
FIGURA 3.7.1.3 – Reação química entre íons potássio e tetrafenilborato.
Variáveis a estudar:
Concentração de reagente (R), tetrafenilborato de sódio (TFB-Na);
Concentração de surfactante (S), APV;
pH da solução final (pH) – Tampão borato;
Concentração do analito (A), cloreto de potássio (K
+
).
Variáveis codificadas:
TABELA 3.7.1.3 - Níveis das variáveis estudadas para determinar K
+
.
Nível
K
+
(A)
TFB-Na(R)
PVA (S)
pH
-1
1,0 x 10
-
4
mol L
-
1
0,5% (m / v) 0,01% (m / v) 11,1
0
7,0 x 10
-
4
mol L
-
1
1,5% (m / v) 0,05% (m / v) 9,2
1
1,3 x 10
-
3
mol L
-
1
2,5% (m / v) 0,09% (m / v) 7,0
3.7.1.4 - D
eterminação de tiamina em fármacos comerciais
Reação química:
FIGURA 3.7.1.4 Reação entre os íons provenientes do cloridrato de tiamina e do
ácido silicotungstico.
Variáveis a estudar:
Concentração de reagente (R), ácido silicotungstico (ASTG);
Concentração de surfactante (S), PEG;
Meio Ácido
55
pH da solução final (pH) em termos da concentração de HCl;
Concentração do analito (A), tiamina.
Variáveis codificadas:
TABELA 3.7.1.4 - Níveis das variáveis estudadas para determinar tiamina.
Nível
Tiamina (A)
ASTG(R)
PEG (S)
HCl(pH)
-1
2,50 x 10
-
4
mol L
-
1
9,00 x 10
-
4
mol L
-
1
0,01%(v / v) 0,1 mol L
-
1
0
7,50 x 10
-
4
mol L
-
1
1,60 x 10
-
3
mol L
-
1
0,05%(v / v) 0,6 mol L
-
1
1
1,25 x 10
-
3
mol L
-
1
2,30 x 10
-
3
mol L
-
1
0,09%(v / v) 1,1 mol L
-
1
3.7.2 Planejamento fatorial 2
3
com ponto central para otimização
das variáveis na determinação de captopril
Diferentemente do apresentado anteriormente, para o caso do captopril
são necessários apenas três variáveis, pois o pH da solução foi mantido fixo em pH
7,0. O reagente (Ag
+
) sofre hidrólise em soluções sicas (pH > 7). Em soluções
ácidas (pH< 7) o precipitado formado apresenta-se mais solúvel e instável, assim
soluções de pH neutro (pH = 7,0) foram utilizadas como pH ótimo. Portanto, a
Tabela 3.7.2 possui a seguinte configuração em termos dos coeficientes de
contrastes:
TABELA 3.7.2 - Níveis das variáveis para o planejamento de captopril em fármacos.
Ensaios
R.(mol L
-
1
)
S.(mol L
-
1
)
A.(mol L
-
1
)
1
+
+
+
2 - + +
3 + - +
4 - - +
5 + + -
6 - + -
7 + - -
8 - - -
9 0 0 0
10 0 0 0
11 0 0 0
Tem-se um total de 11 experimentos, sendo 8 do planejamento fatorial
e 3 da réplica no ponto central.
56
3.7.2.1 - Determinação de captopril em fármacos comerciais
Reação química:
FIGURA 3.7.2.1 – Reação entre os íons prata e captopril.
Variáveis a estudar:
Concentração de reagente (R), nitrato de prata (Ag
+
);
Concentração de surfactante (S), PEG;
Concentração do analito (A), captopril.
Variáveis codificadas:
TABELA 3.7.2.1 - Variáveis estudadas para determinar captopril.
Nível Captopril (A) Ag
+
(R) PEG (S)
-1 4,0 x 10
-
4
mol L
-
1
1,0 x 10
-
3
mol L
-
1
0,01%(v / v)
0 7,0 x 10
-
4
mol L
-
1
2,0 x 10
-
2
mol L
-
1
0,05%(v / v)
1 1,0 x 10
-
3
mol L
-
1
3,9 x 10
-
2
mol L
-
1
0,09%(v / v)
Os níveis de concentração das variáveis são utilizados conforme
apresentados nas Tabelas 3.7.1 e 3.7.2. A ordem de adição de cada substância foi
mantida na seguinte seqüência: Primeiro adicionou-se o reagente em determinado
pH (o reagente estará com pH determinado pelo planejamento), depois o analito e
por último o surfactante. Após a adição dessas substâncias, uma agitação por um
tempo de 30 segundos foi utilizada para melhor homogeneização da suspensão
formada. Posteriormente, em média após 2 minutos, foram registrados os sinais
turbidimétricos e nefelométricos e mostrados no display do equipamento
desenvolvido. Esse procedimento foi realizado para todos os analitos estudados,
conforme discutido na seção 4.3.1.6.2 em resultados e discussão (capítulo 4).
pH = 7,0
57
Capítulo 4:
Resultados e discussão
58
4 - Resultados e discussão
4.1 - Teste de estabilidade do PMTN
4.1.1 - PMTN ligado a rede elétrica
Na Figura 4.1.1 é mostrado o teste de estabilidade para uma série de
medidas realizadas num intervalo de seis horas e, em três dias diferentes. Os
resultados mostrados o referentes ao equipamento operando em modúlo
nefelométrico (470 nm) com dados em unidades arbitrárias, apenas com a cubeta no
compartimento óptico.
FIGURA 4.1.1 Avaliação da estabilidade do PMTN. Monitoramento realizado por
um período de seis horas em três diferentes dias.
Analisando o gráfico da Figura 4.1.1 pode-se observar que o
equipamento é estável, independente do tempo e do dia no qual foi operado. De
fato, pouca flutuação (dritf) é percebida entre as medidas, gerando um desvio
padrão relativo, do inglês, RSD (Relative Standard Deviation) de 0,05 %. Nesse
estudo de estabilidade, o equipamento foi operado no módulo nefelométrico, com a
fonte de radiação (LED2) acionada e utilizando a cubeta (sem solução) no
compartimento óptico. Nessa etapa de testes preliminares é necessário apenas
conhecer a estabilidade do equipamento e não do sistema químico, de modo que,
apenas a cubeta sem solução foi posta no caminho óptico. O sinal nefelométrico
ficou por volta de 1100 U.A. devido principalmente a luz espalhada pela cubeta e
posteriormente detectada à 90°.
Na Figura 4.1.1a são mostrados os dados em unidades arbitrárias (UA)
referentes às medidas turbidimétricas (405 nm) para a estimativa da relação sinal
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Unidades Arbitrárias (UA)
Tempo (minutos)
1
0
Dia
4
0
Dia
6
0
Dia
ruído. Na primeira
série
fonte de REM
desligada com o objetivo de obter o nível de ruído detectado, esse é
conhecido na literatura como
ausência de radiação
3
.
A
sinal analítico total
(sinal turbidimétrico sem qualquer tratamento dos dados)
com a cubeta
no compartimento óptico
FIGURA 4.1.1a
Avaliação da
intervalo de
30 minutos (6 horas).
média 215 UA) e (b) s
érie
UA
, em condições próximas a da saturação do sensor
Foi observado que
do sinal total. Portanto
equipamento.
O equipamento fi
RSD (0,03%
, calculado para o sinal
variabilidade dos dados. Independente da técnica utilizada, como foi comprovado
pelos valores de RSD
obtidos.
as técnicas podem ser utilizadas para a
Variações n
os valores de
fatores físicos e químicos
Os dados
apresentados
sensível a REM
s na região do azul). E
TSL260R-LF IR
são compatíveis
níveis de ruí
do devido à similaridade no sistema de aquisição de dados, como visto
na seção 3.3.2
. Segundo os
têm um nível de ruído de apenas 0,08 % (4 mV ruído / 5000 mV
205
210
215
220
225
1 2 3 4 5 6
7
Unidades Arbitrárias (UA)
Número de medidas (n)
série
de medidas, Figura 4.1.1a (a),
o equipamento estava
desligada com o objetivo de obter o nível de ruído detectado, esse é
conhecido na literatura como
dark, termo em inglês referent
e a
A
segunda série de medidas
, Figura 4.1.1a (b),
(sinal turbidimétrico sem qualquer tratamento dos dados)
no compartimento óptico
.
Avaliação da
relação sinal
ruído para 12 medidas realizadas no
30 minutos (6 horas).
(a) série
de medidas do sinal espúrio
érie
de medidas do sinal turbidimétr
ico total
, em condições próximas a da saturação do sensor
).
Foi observado que
o sinal espúrio (dark
) corresponde
do sinal total. Portanto
têm-
se uma ampla faixa de trabalho empregando esse
O equipamento fi
cou ligado por um período de 6 h
, calculado para o sinal
turbidimétrico
total)
variabilidade dos dados. Independente da técnica utilizada, como foi comprovado
obtidos.
A estabilidade do e
quipamento é perceptível e ambas
as técnicas podem ser utilizadas para a
s determinações
dos analitos de inte
os valores de
RSD acima desses
encontrados podem ser creditadas
fatores físicos e químicos
nas quais as determinações dos anal
itos foram realizadas.
apresentados
são referentes ao detector TSLB257 (detector
s na região do azul). E
ntretanto,
os dados fornecidos pelo sensor
são compatíveis
(RSD = 0,05%)
, pois apresentam semelhantes
do devido à similaridade no sistema de aquisição de dados, como visto
. Segundo os
datasheets
107, 109
do fabricante
(manuais)
têm um nível de ruído de apenas 0,08 % (4 mV ruído / 5000 mV
de sinal).
7
8 9 10 11 12
Número de medidas (n)
60190
60200
60210
60220
60230
1
2
3
4
5
6
Unidades Arbitrárias (UA)
Número de medidas (n)
a)
59
o equipamento estava
com a
desligada com o objetivo de obter o nível de ruído detectado, esse é
e a
o sinal obtido na
, Figura 4.1.1a (b),
refere-se ao
(sinal turbidimétrico sem qualquer tratamento dos dados)
, apenas
ruído para 12 medidas realizadas no
de medidas do sinal espúrio
(dark, em
ico total
(em média 60.200
) corresponde
apenas a 0,36 %
se uma ampla faixa de trabalho empregando esse
e um baixo valor de
total)
comprova a baixa
variabilidade dos dados. Independente da técnica utilizada, como foi comprovado
quipamento é perceptível e ambas
dos analitos de inte
resse.
encontrados podem ser creditadas
aos
itos foram realizadas.
são referentes ao detector TSLB257 (detector
os dados fornecidos pelo sensor
, pois apresentam semelhantes
do devido à similaridade no sistema de aquisição de dados, como visto
(manuais)
, os sensores
de sinal).
60
O equipamento forneceu um valor de 0,36 %, esse valor um pouco
acima do nível de ruído fornecido pelos sensores é devido ao somatório do ruído
fornecido por todos os componentes eletrônicos e materiais os quais constituem o
equipamento (LEDs, sensores, resistores, LCD, PIC, capacitores, diodos,
retificadores, fios, solda entre outros). Entretanto, o valor encontrado é bastante
aceitável, haja vista a utilização de componentes eletrônicos de baixo custo.
Os valores de dark são sempre descontados via TURB03 antes de
realizar cada análise, de modo que, os dados analíticos o exclusivamente
referentes aos fenômenos de interesse.
Todos os resultados mostrados foram obtidos em uma sala
aclimatizada com temperatura estável e constante em (18 ± 2)
0
C e com o
equipamento ligado em rede elétrica convencional (110 V).
Em seguida, são apresentados os resultados dos testes de estabilidade
obtidos com o equipamento em módulo de bateria.
4.1.2 - PMTN em módulo de bateria
O dulo de bateria foi acionado para verificação da portabilidade do
equipamento construído. Foram testados em dois ambientes distintos, um com
controle de temperatura (sala aclimatizada) e outro em ambiente sujeito a variação
de temperatura. Os resultados são mostrados na Figura 4.1.2.
Figura 4.1.2 – Avaliação da estabilidade para o PMTN em módulo de bateria. Medida
1 (em sala aclimatizada com 18°C de temperatura) e medida 2 (ambiente externo ao
laboratório, 29°C). Os dados são referentes ao módulo nefelométrico (470 nm)
apenas com água deionizada na cubeta
.
0 10 20 30 40 50 60
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Unidades Arbitrárias (UA)
Tempo (minutos)
MEDIDA-1
MEDIDA-2
61
Analisando os dados obtidos da Figura 4.1.2, pode-se concluir que não
diferença estatística ao nível de confiança de 95%. A variação de temperatura foi
registrada utilizando um termômetro digital portátil da INSTRUTHERM
®
modelo TE-
400 com resolução de 0,1
0
C e com uma bateria de 1,5 V.
A bateria recarregável do PMTN (LEXEL
®
Ni-MH de 8,4 V com
capacidade de gerar 160 mAh) forneceu boa estabilidade ao equipamento com um
RSD de 0,07%. Porém, a partir de 40 minutos, empregando essa bateria, o
funcionamento do equipamento foi comprometido, como pode ser observado na
Figura 4.1.2. Um tempo maior de funcionamento pode ser alcançado aumentando-se
a carga fornecida pela bateria e há, no mercado, baterias que poderiam aumentar o
tempo de uso do equipamento. Todavia, quanto maior a carga da mesma, maior é
seu custo. A inserção do módulo de bateria permite um ganho em autonomia de
energia, portabilidade e robustez ao PMTN.
O PMTN consome aproximadamente 240 mAh, que pode ser
considerado um baixo consumo de corrente elétrica em termos operacionais.
Entretanto, como o tempo de resposta do PMTN é da ordem de 50 ms e a
manipulação dos reagentes leva em média 30 segundos, muitas análises podem ser
realizadas com o equipamento ligado. Desligando o equipamento pode-se aumentar
este tempo (45 minutos), uma vez que o equipamento é previamente calibrado e
todos os dados são gravados na memória interna do PIC. Uma substituição da
bateria pode ser realizada sem comprometer o seu desempenho analítico.
Os LEDs e os sensores utilizados não apresentam uma variação
significativa no desempenho quando utilizados na faixa de temperatura entre 20 – 45
o
C, conforme o datasheet dos fabricantes
107
.
O módulo de bateria foi idealizado para análises de sulfato em locais
distantes ou de difícil acesso sujeitos a variação de temperatura. Esse tipo de
análise em campo é importante para conservar a autenticidade das amostras e a
tomada de decisões preventivas.
4.1.3 - Teste de estabilidade com um multímetro digital
O teste de estabilidade do PMTN foi realizado dessa vez tomando um
multímetro digital GoldStar modelo DM-341 como interface. O sinal foi monitorado
por um período de 6 horas e o desempenho foi semelhante ao anteriormente
observado no display do equipamento proposto. O objetivo de realizar esses testes é
62
observar a qualidade do sinal analítico em outros equipamentos interligados a ele.
Análises foram registradas ao longo desse tempo e obtiveram-se as leituras do sinal
espúrio com os LEDs (405 e 470 nm) desligados e sinal total com os LEDs ligados,
obtendo-se um nível de ruído de 0,81%. O nível de ruído foi maior do que o
fornecido no display do equipamento. Isso significa que o ruído do PMTN foi somado
ao do multímetro durante as leituras feitas com o mesmo, pois quanto mais
dispositivos acoplados maiores são as tendências de obtenção de sinais espúrios
inerentes aos outros componentes eletrônicos utilizados.
4.1.4 - Teste de estabilidade com um microcomputador
Um microcomputador Pentium 4, com uma interface NI USB-6008 com
resolução de 12 Bits e velocidade de 10 kS/s da National instruments foi utilizado
para a aquisição dos sinais oriundos do PMTN. Da mesma forma descrita acima,
foram realizados os testes para o monitoramento do equipamento por um período de
6 h. O nível de ruído foi estimado em 0,88%, resultado semelhante aos obtidos nos
testes anteriores. Uma fotografia do programa fornecido pelo fabricante é mostrada
na Figura 4.1.4.
FIGURA 4.1.4 - Programa fornecido pela interface NI USB-6008 mostrando o sinal
pulsado obtido pelo PMTN.
Como pode ser visto na Figura 4.1.4, cada sinal analítico pulsado
corresponde a uma determinação realizada pelo analista. O sinal pulsado é uma
técnica utilizada para minimizar sinal espúrio. Quando se pulsa uma fonte de
63
radiação, evita-se que flutuações na rede elétrica possam influenciar nas medidas do
equipamento e previne-se quanto ao aquecimento das fontes de REMs. Os pulsos
são controlados pelo cristal oscilador do PIC, sendo o sincronismo feito com elevada
eficiência. Todos os testes, ensaios e determinações realizadas adiante foram
executados com o PMTN operando em modo pulsado. Em seguida é mostrada a
calibração do PMTN com formazina.
4.2 - Calibração do PMTN
Os resultados da calibração do PMTN com formazina (F) para ambos
os métodos turbidimétrico (T) e nefelométrico (N) com as determinações executadas
em comprimento de onda da região azul e IR são mostrados na Figura 4.2.
FIGURA 4.2 - Curvas de calibração Turbidimétrica e Nefelométrica com LED IR em
880nm (a) e (b) e com LED na região azul (405 e 470 nm) (c) e (d). As respectivas
equações obtidas pelas regressões lineares realizadas também são mostradas.
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Sinal Turbidimétrico (UA)
FNU
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0
50
100
150
200
250
300
350
Sinal Nefelométrico (UA)
FNU
T (UA) = 0,014 ± 0,004 + (4,26 ± 0,04) x 10
-
4
) [F]
N (UA) =
17,41 ± 0,04 + (0,19 ± 0,05) [F]
r = 0,995
a)
r = 0,993
b)
0 200 400 600 800
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
Sinal Turbidimétrico (UA)
FNU
r = 0,994
T (UA) = 0,03 ± 0,01 + (1,80 ± 0,03) x 10
-
3
) [F]
0 200 400 600 800 1000 1200
-1500
0
1500
3000
4500
6000
7500
9000
Sinal Nefelométrico (UA)
FNU
r = 0,992
N (UA) = 418,3 ± 0,1 + (6,5 ± 0,2) [F]
c)
d)
64
Dentre as quatro curvas de calibração mostradas, a curva de
calibração da Figura 4.2 (b) é a única que segue as normas da ISO 7027 para
equipamentos a base de LED como fonte de radiação. Os dados revelam que em
termos de regressão linear os métodos são compatíveis, entretanto as medidas
feitas em 470 nm (nefelométrico) mostram-se com superior sensibilidade analítica
por mais de uma ordem de grandeza em relação àquelas realizadas com LED IR em
880 nm (nefelométrico). O método turbidimétrico (405 nm) mostrou-se 4 vezes mais
sensível quando comparado com aquele baseado em medidas no IR. Portanto,
pode-se justificar a realização das determinações na região do azul ao invés
daquelas realizadas no IR
3, 6, 7
.
Esses resultados estão de acordo com a Equação 1.1.3.1b, pois o sinal
analítico é inversamente proporcional à quarta potência do comprimento de onda da
radiação incidente (1/λ
4
). A diferença em comprimentos de onda (λ
2máx.
− λ
1máx.
= 65
nm, onde: λ
1máx.
= 405 nm λ
2máx.
= 470 nm) é pequena o suficiente para não
influenciar na qualidade das medidas turbidimétricas e nefelométricas, como visto,
pois os resultados nefelométricos foram melhores em termos de sensibilidade
analítica que os turbidimétricos. Todavia, o equipamento está devidamente calibrado
para análises de particulados em suspensão em qualquer tipo de matriz e as
análises na região IR serão utilizadas sempre que necessárias. Abaixo, na Tabela
4.2, são mostrados alguns parâmetros obtidos pelos métodos aplicados.
TABELA 4.2 - Especificações cnicas do equipamento proposto para análise
turbidimétrica e/ou nefelométrica.
PMTN
/
Característica
*
Turbidimetria
Nefelometria
Turbidimetria Nefelometria
Faixa (FNU) 0,001-800 0,001-1200 0,01-1500 0,01-1500
Fonte de luz LED 405 nm LED 470 nm LED IR 880 nm
LED IR 880 nm
Ângulo de
medida (°)
180 90 180 90
Limite de
Detecção
0,001 NTU 0,001 NTU 0,01 NTU 0,01NTU
Precisão ± 0,17% ± 0,31% ± 0,25% ± 0,55%
Critério de
normas
- - - ISO 7027
*
Número de padrões necessários para calibração antes do uso = 3.
Tamanho da amostra = 4 mL (cubeta de plástico). Alimentação 110 V ou bateria de 9
V.
4.3 -
Resultados das aplicações analíticas n
4.3.1 -
Determinação de sulfato em águas
4.3.1.1 -
Planejamento
Os resultados o
dos efeitos. Optou-
se por fazer um planejamento
conforme a literatura
estuda
níveis de reagentes
. Mesmo sabendo
variável importante
, essa
relação com a concentr
a
Abaixo é mostrado o gráfico dos efeitos para as variáveis estudadas n
planejamento referente à
FIGURA 4.3.1.1
Gráfico dos
para a determinação
de sulfato em água. O método turbidimétric
medida em 405 nm.
Legenda:
variável 2 = R (Reagente
variável 4 = pH (pH da solução)).
As
variáveis passam do nível
+1 (maior valor da variável
No caso da dete
rminação
diminui com o aumento da concentr
quando o vel da variável
diminuição do sinal (d
esloca
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
-25,00
Resultados das aplicações analíticas n
o PMTN
Determinação de sulfato em águas
Planejamento
fatorial 2
4
com ponto central
Os resultados o
btidos foram normalizados e são
mostrados no
se por fazer um planejamento
fatorial com ponto
estuda
-se três níveis de concentração
de analito
. Mesmo sabendo
-se que a concentraçã
o de an
, essa
foi adicionada no planejamento para
a
ção de reagente
8
.
Abaixo é mostrado o gráfico dos efeitos para as variáveis estudadas n
planejamento referente à
determinação de sulfato em a
mostras de água
Gráfico dos
efeitos do planejamento fatorial com ponto central
de sulfato em água. O método turbidimétric
Legenda:
E1 (efeito da variável 1 = A (A
nalito)), E2 (efeito da
variável 2 = R (Reagente
)), E3 (efeito da variável 3 = S
(Surfactante)), E4 (efeito da
variável 4 = pH (pH da solução)).
variáveis passam do nível
-1 (menor va
lor da variável) para o nível
+1 (maior valor da variável
) sendo essa variação refletida no sinal analítico medido.
rminação
turbidimétrica, a potê
ncia da REM que chega ao detector
diminui com o aumento da concentr
ação de partículas em suspensão.
quando o vel da variável
passa de menos (-
) para mais (+)
esloca
-se para efeito negativo) torna-se
um
E1
E2
E4
E12
E24
E1234
E124
E14
E3
E123
E23
E234
E13
E134
-20,00 -15,00 -10,00 -5,00 0,00
Z
65
mostrados no
gráfico
fatorial com ponto
central, pois
de analito
para três
o de an
alito é uma
foi adicionada no planejamento para
observar a sua
Abaixo é mostrado o gráfico dos efeitos para as variáveis estudadas n
o
mostras de água
.
efeitos do planejamento fatorial com ponto central
de sulfato em água. O método turbidimétric
o foi utilizado com
nalito)), E2 (efeito da
(Surfactante)), E4 (efeito da
lor da variável) para o nível
) sendo essa variação refletida no sinal analítico medido.
ncia da REM que chega ao detector
ação de partículas em suspensão.
Assim,
) para mais (+)
causando uma
um
efeito desejado e,
E234
E13
E134
E34
5,00 10,00
Efeitos
66
portanto a variável deve ficar em seu maior nível (+1). Caso contrário, se o sinal
diminuir com menor intensidade, devido ao menor espalhamento da REM (desloca-
se para efeito positivo) caracteriza-se um fenômeno indesejado e a variável deve
ficar em seu nível menor (-1). Assim sempre que a variável aparecer no gráfico de
efeitos com valores negativos ela deve ficar em seu maior nível (+1) e quando o
efeito for positivo seu nível deve ser menor (-1).
Analisando o gráfico dos efeitos pode-se dizer que as principais
variáveis são: Var1 = A(+1) = 110 (mg / L), Var2 = R(+1) = 5,9% (m / v) e Var4 = pH
= 1,0. A variável 3 (sufactante) não se mostrou importante, pois passa próximo a
linha reta que liga os pontos de baixa significância estatística e, portanto, pode ter os
níveis (+1) ou (-1), cominando nos experimentos 1 ou 3. Entretanto, o experimento 3
forneceu os melhores resultados em termos de estabilidade da suspensão formada,
onde a concentração do surfactante deve ficar em seu nível (-1) isto é, 0,01 % (m /
v). Essas variáveis foram devidamente utilizadas ao longo de todos os experimentos
necessários para a determinação de sulfato em amostras de águas da represa do
Lago Monjolinho (São Carlos SP). Os efeitos das combinações entre as variáveis
não foram discutidos nesse presente trabalho, pois nesse caso, o foco foi
direcionado na contribuição que cada variável fornece ao planejamento. Entretanto,
em trabalhos futuros essas combinações podem ser devidamente exploradas.
Os demais analitos também foram analisados e estudados por meio do
gráfico dos efeitos, sendo a descrição e a explicação do fenômeno abordado de
forma semelhante, fazendo uso do método turbidimétrico em comprimento de onda
de 405 nm. O método nefelométrico fornece resultados similares, haja vista que o
equipamento foi devidamente calibrado para ambos os métodos. A escolha pelo
método turbidimétrico como padrão para abordar o gráfico dos efeitos é
simplesmente pelo fato da técnica ser mais conhecida e, portanto, de mais fácil
interpretação.
Outro fato interessante de ser esclarecido é que o equipamento faz
análise turbidimétrica e nefelométrica de modo praticamente simultâneo, com 50 ms
de intervalo entre uma e outra medida, possibilitando assim obter as mesmas
condições de análises em ambas as técnicas.
67
4.3.1.2 - Estudo de interferentes em potencial em amostras de água
Uma vez determinadas as variáveis mais importantes e seus
respectivos níveis foi em seguida realizada a análise de possíveis interferentes no
método baseado na formação de sulfato de bário. Por se tratar de amostras
ambientais (águas de lago), muitas substâncias podem estar contidas, entretanto
foram tomados alguns desses possíveis interferentes em concentrações nas quais
esses possam causar alguma interferência
113
. Os resultados são mostrados na
Tabela 4.3.1.2.
TABELA 4.3.1.2 Efeito dos concomitantes na análise turbidimétrica de sulfato.
Interferência calculada utilizando-se uma solução padrão de 80 (mg / L) (8,33 x10
-4
mol L
-1
de SO
4
2-
).
Possíveis interferentes
Interferência (%)
Cloreto de sódio (24x)
1,5
Fosfato diácido de potássio (24x)
-0,6
Cloreto de potássio (24x)
1,6
Carbonato de cálcio (24x)
-0,4
Fluoreto de sódio (2,4x)
-2,5
Cloreto de magnésio (24x)
-1,8
Brometo de potássio (24x)
1,9
Nitrato de sódio (24x)
0,7
Cloreto férrico (2,4x)
-2,6
Todos *
-3,9
* Todos os concomitantes (fosfato diácido de potássio, cloreto dio, cloreto de
magnésio, cloreto de potássio, brometo de potássio, nitrato de sódio) estavam em
concentrações 24 vezes maiores que aquela da solução do padrão de sulfato (24x),
exceto cloreto férrico, fluoreto de sódio e carbonato de cálcio, que estavam em
concentrações 2,4 vezes maiores.
Como pode ser observado nesta Tabela, as interferências daqueles
concomitantes investigados causaram interferências desprezíveis na determinação
de sulfato em amostras de água naturais. Em amostras de águas naturais (lago) a
concentração de, por exemplo, íons prata (Ag
+
) está em nível inferior ao encontrado
para sulfato, justificando a ausência desses nos estudos de interferência. Entretanto,
a interferência é bastante acentuada quando os mesmos estão presentes, pois o
68
cloreto presente no reagente (cloreto de bário) reage fortemente com íons prata
formando cloreto de prata.
4.3.1.3 - Estudo de adição e recuperação
As amostras de águas naturais foram coletadas na represa do Lago
Monjolinho em dois pontos distintos (no início e no fim) do trecho que corta as
dependências da UFSCar. As amostras foram devidamente filtradas e adições de
analito em três níveis de concentração foram estudadas. Os resultados são
mostrados na Tabela 4.3.1.3.
TABELA 4.3.1.3. Estudos de adição e recuperação para amostras de água da
represa do Lago Monjolinho (UFSCar). Os resultados obtidos são acompanhados
dos respectivos valores de desvio padrão com n = 3.
Amostras
Adicionado /
(mg / L)
Recuperado /
(mg / L)
Recuperação
(%)
A
30,0 29,8 ± 0,8 99,3
40,0 41,9 ± 0,8 104,8
80,0 86,2 ± 0,1 107,8
B
30,0 30,9 ± 0,2 103,0
40,0 39,1 ± 0,1 97,8
80,0 83,2 ± 0,2 104,0
Observa-se que as amostras tiveram um percentual de recuperação
entre 97,8 -107,8%, valores aceitáveis e concordantes com a avaliação do efeito de
concomitantes, mostrando que as amostras de água são livres de interferentes em
potencial. Com isso uma curva de calibração foi construída e amostras de águas
foram analisadas.
4.3.1.4 - Curvas analíticas para a determinação de sulfato em águas
A curva analítica obtida com o PMTN em módulo turbidimétrico é
mostrada na Figura 4.3.1.4, seguida dos parâmetros de calibração do método.
69
0 20 40 60 80 100 120 140
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Sinal Turbidimétrico(UA)
Concentração/ (mg/L)
FIGURA 4.3.1.4 - Curva de calibração para determinação turbidimétrica (405 nm) de
sulfato, apresentando um coeficiente de regressão linear (r) = 0,994.
A seguir, na Tabela 4.3.1.4 são apresentados os principais parâmetros
dos resultados obtidos pela aplicação do método turbidimétrico.
TABELA 4.3.1.4 - Parâmetros da metodologia aplicada para a determinação de
sulfato em águas (SF).
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
0
,
0047
0
,
0002
0
,
0060
0
,
0002
x
SF
Faixa linear
10 (mg / L) (1,0 x 10
-
4
mol L
-
1
) a
130 (mg / L) (1,4 x 10
-3
mol L
-1
)
Limite de detecção (LD) 0,031 (mg / L) ( 3,2 x 10
-
7
mol L
-
1
)
Limite de quantificação (LQ) 0,10 (mg / L) (1,0 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Reprodutibilidade (RSD, n=3)* 0,07% para 80 (mg / L) (8,3 x 10
-
4
mol L
-
1
)
* A reprodutibilidade foi avaliada em três dias distintos com temperatura controlada
em 18 ± 2 °C numa sala aclimatizada.
Os dados apresentados na Figura 4.3.1.4 e na Tabela 4.3.1.4 estão em
unidades arbitrárias (U.A.), pois, o seguem as normas estabelecidas pela ISO
7027 para equipamentos a base de LED.
Na Figura 4.3.1.4a é mostrada a curva de calibração do PMTN no
módulo nefelométrico.
70
0 20 40 60 80 100 120 140 160
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentração/ (mg/L)
FIGURA 4.3.1.4a - Curva de calibração para determinação de sulfato no módulo
nefelométrico com medida em 470 nm, com coeficiente de regressão (r) = 0,997.
A seguir, na Tabela 4.3.1.4a são apresentados os principais
parâmetros dos resultados obtidos para o todo nefelométrico obtido
seqüencialmente (praticamente simultâneo, intervalo de 50 ms) para a determinação
de sulfato em amostras de águas.
TABELA 4.3.1.4a - Parâmetros nefelométricos para a determinação de sulfato em
águas (SF).
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Nef
e
l
o
m
é
trico
UA
60
17
8
,
3
0
,
3
x
SF
Faixa linear
10 (mg / L) (1,0 x 10
-
4
mol L
-
1
) a
150 (mg / L) (1,6 x 10
-3
mol L
-1
)
Limite de detecção (LD) 0,21 (mg / L) (2,2 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Limite de quantificação (LQ) 0,70 (mg / L) ( 7,3 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Reprodutibilidade (RSD, n=3)* 0,12% para 80 (mg / L) (8,3 x 10
-
4
mol L
-
1
)
* A reprodutibilidade foi avaliada com os mesmos critérios do módulo turbidimétrico.
Os dados apresentados na Figura 4.3.1.4a e na Tabela 4.3.1.4a
também estão em unidades arbitrárias (U.A.). Determinações empregando o LED IR
(880 nm) podem ser realizadas utilizando a nomenclatura FNU, entretanto, medidas
nesse comprimento de onda o menos sensíveis
3, 6, 7
como discutido na seção 4.2.
71
Neste caso, o LED IR é empregado quando se necessita de determinações da
turbidez sem a interferência de matriz colorida. É um erro utilizar tais unidades se a
configuração não é de um nefelômetro (medida com detector alinhado a 90° em
relação à fonte de REM IR com emissão em 860 ± 60 nm).
Em seguida são mostrados os resultados obtidos com equipamentos
comerciais (espectrofotômetros UV-Vis) para análise turbidimétrica e nefelométrica
empregando o mesmo método utilizado pelo PMTN. Os equipamentos comerciais
foram mantidos em sala aclimatizada da mesma forma que o PMTN.
4.3.1.5 - Método de referência
4.3.1.5.1 - Curva analítica para a determinação de sulfato aplicando
o método turbidimétrico empregando equipamento comercial
A curva analítica obtida com o espectrofotômetro Shimadzu modelo UV
2550 para análise turbidimétrica é mostrada na Figura 4.3.1.5.1.
0 20 40 60 80 100 120 140 160
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
Sinal Turbidimétrico (UA)
Concentração/ (mg/L)
FIGURA 4.3.1.5.1 - Curva analítica para determinação de sulfato obtida com um
espectrofotômetro de duplo feixe SHIMADZU modelo UV 2550 com medida em 405
nm, apresentando um coeficiente de regressão linear (r) = 0,994.
Na Tabela 4.3.1.5.1 são fornecidos os principais parâmetros obtidos
por meio da aplicação do método turbidimétrico para a determinação de sulfato em
amostras de águas.
72
TABELA 4.3.1.5.1 - Parâmetros obtidos com o equipamento comercial da Shimadzu
aplicado para determinação turbidimétrica de sulfato (SF).
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidimétrico
UA
0
,
007
0
,
001
0
,
0091
0
,
0002
x
SF
Faixa linear
10 (mg / L) (1,0 x 10
-
4
mol L
-
1
) a
150 (mg / L) (1,6 x 10
-3
mol L
-1
)
Limite de detecção (LD)
0,20 (mg / L) (2,1 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Limite de quantificação (LQ)
0,67 (mg / L) (6,9 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Reprodutibilidade (RSD, n=3)
0,08% para 80 (mg / L) (8,3 x 10
-
4
mol L
-
1
)
Os resultados mostram que o PMTN apresenta uma reprodutibilidade e
uma faixa linear compatíveis com o equipamento comercial com um limite de
detecção (LD) próximo de uma década mais baixo. Esses resultados comprovam a
estabilidade e a elevada sensibilidade do conjunto microncontrolador, LED, sensor, e
software utilizados.
O PMTN foi também comparado com o equipamento da Ocean Optics
USB 2000, com a vantagem em relação ao equipamento anterior de poder realizar
análises nefelométricas.
4.3.1.5.2 - Curva analítica para determinação de sulfato aplicando
os métodos turbidimétrico e nefelométrico empregando outro
espectrofotômetro comercial
Para validar as medidas nefelométricas do PMTN foi necessária a
utilização de outro espectrofotômetro com possibilidade de realização de medidas
em ângulo de 90°, dessa forma foi utilizado o próprio kit de acessórios fornecidos
pelo fabricante (Ocean Optics) para fixar os LEDs e as fibras ópticas necessárias
para as análises no referido equipamento comercial. Entretanto, o apenas
medidas nefelométricas como também turbidimétricas foram realizadas para servir
de referência para o PMTN. Os resultados são mostrados a seguir.
73
0 20 40 60 80 100 120 140
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Sinal Turbidimétrico(UA)
Concentração/ (mg/L)
FIGURA 4.3.1.5.2 - Curva de calibração para determinação turbidimétrica de sulfato
no espectrofotômetro Ocean Optics. O espectrofotômetro foi equipado com uma fibra
óptica US Ps-50 acoplado com o mesmo LED em 405 nm usado no equipamento
proposto sob as mesmas condições de alimentação elétrica. O coeficiente de
regressão linear (r) obtido foi 0,992.
A seguir na Tabela 4.3.1.5.2 são mostrados os principais parâmetros
obtidos empregando o método turbidimétrico.
TABELA 4.3.1.5.2 - Parâmetros referentes ao método turbidimétrico utilizando o
equipamento da Ocean Optics.
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
0
,
03
0
,
02
0
,
0069
0
,
0003
x
SF
Faixa linear
10 (mg / L) (1,0 x 10
-
4
mol L
-
1
) a
130 (mg / L) (1,4 x 10
-3
mol L
-1
)
Limite de detecção (LD)
0,40 (mg / L) (4,2 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Limite de quantificação (LQ)
1,33 (mg / L) ( 1,4 x 10
-
5
mol L
-
1
)
Reprodutibilidade (RSD, n=3)
0,06% para 80 (mg / L) (8,3 x 10
-
4
mol L
-
1
)
A seguir, o PMTN é comparado com o equipamento da Ocean Optics
USB 2000, para o módulo nefelométrico. Com os resultados obtidos é possível uma
comparação com um equipamento que possibilite análises turbidimétricas e
nefelométricas como o PMTN.
74
20 40 60 80 100 120 140 160
100
150
200
250
300
350
400
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentração/ (mg/L)
FIGURA 4.3.1.5.2a - Curva de calibração para determinação de sulfato no
espectrofotômetro Ocean Optics equipado com uma fibra óptica US Ps-50 com
medida nefelométrica em 470 nm, com um coeficiente de regressão (r) de 0,997.
A seguir, na Tabela 4.3.1.5.2a, são apresentados os resultados
referentes à aplicação do dulo nefelométrico para a determinação de sulfato em
amostras de águas.
TABELA 4.3.1.5.2a. Parâmetros da metodologia aplicada para a determinação de
sulfato empregando um espectrofotômetro da Ocean Optics modelo USB 2000.
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Nef
e
l
o
m
é
trico
UA
49
4
2
,
05
0
,
05
x
SF
Faixa linear
30 (mg / L) (3,1 x 10
-
4
mol L
-
1
) a
150 (mg / L) (1,6 x 10
-3
mol L
-1
)
Limite de detecção (LD) 0,66 (mg / L) (6,9 x 10
-
6
mol L
-
1
)
Limite de quantificação (LQ) 2,20 (mg / L) ( 2,3 x 10
-
5
mol L
-
1
)
Reprodutibilidade (RSD, n=3) 0,2 % para 80 (mg / L) (8,3 x 10
-
4
mol L
-
1
)
Os resultados mostram que o PMTN apresenta uma reprodutibilidade e
uma faixa linear compatíveis com o equipamento comercial com um limite de
detecção (LD) uma década mais baixo, comparando-se os resultados obtidos pela
aplicação do método turbidimétrico. Um LD três vezes menor foi obtido quando
comparados os resultados empregando o módulo nefelométrico.
75
Outro fato interessante é que para todos os equipamentos estudados
para análise de sulfato em águas, o módulo turbidimétrico mostrou-se melhor que o
nefelométrico em termos de LD. No decorrer dos demais estudos a serem
realizados, uma melhor avaliação poderá ser tomada referente a esse
comportamento. Segundo a literatura para a análise nefelométrica, o sinal que chega
ao detector poderá ser aumentado conforme aumenta-se a potência da REM
incidente, como discutido na seção 1.1.3.2. Isso é um fato também comprovado nos
estudos realizados nessa dissertação de mestrado, pois ao aumentar a potência da
REM emitida pelo LED2 aumentou-se o sinal obtido no detector. Entretanto, fazendo
isso, o ocorreu necessariamente uma melhora nas figuras de mérito do método
empregado
8
, pois essas dependem também das características do sistema químico
em estudo como, por exemplo, forma e tamanho das partículas. Estudos adicionais
serão apresentados nessa dissertação.
Para a construção de todas as curvas analíticas foi-se descontado o
sinal do branco. Entretanto, mesmo descontando esse valor, os gráficos
nefelométricos apresentam um coeficiente linear que não passa na origem. Isso se
deve ao elevado nível de sinal de branco, pois a utilização de uma fonte de REM de
maior magnitude gera um maior espalhamento e conseqüentemente uma REM mais
intensa atinge o detector. De fato, observando as curvas analíticas turbidimétricas,
as quais foram obtidas com LEDs que emitem REM com menor intensidade, isso
não ocorreu. Esse comportamento é encontrado no PMTN e nos equipamentos
comerciais (espectrofotômetros UV-Vis) utilizados como referência. Entretanto, isso
não afeta a qualidade dos resultados, como mostrado nas seções seguintes.
4.3.1.6 - Determinações turbidimétricas e nefelométricas de sulfato
em amostras de águas de lago
As concentrações de sulfato nas amostras de água foram
determinadas empregando-se as respectivas equações das curvas analíticas obtidas
em cada modo de operação do equipamento construído.
Determinações turbidimétricas preliminares realizadas com os
equipamentos de referência mostraram que as concentrações de sulfato estavam
próximas aos limites de detecção para todos os equipamentos e, portanto, fora da
faixa linear das curvas analíticas construídas. Por esse motivo as amostras foram
76
fortificadas com padrão de sulfato (500 mg L
-1
= 5,2 x 10
-3
mol L
-1
) para obter 30 mg
L
-1
de concentração final (3,1 x 10
-4
mol L
-1
).
4.3.1.6.1 - Amostras analisadas pelo método turbidimétrico
As amostras foram analisadas por turbidimetria nos equipamentos
PMTN, espectrofotômetro da Shimadzu (espectrofotômetro 1) e Ocean Optics
(espectrofotômetro 2). Os valores de concentração (mg / L) e erro relativo (RE-
Relative Error) são mostrados na Tabela 4.3.1.6.1.
TABELA 4.3.1.6.1 Resultados obtidos pela aplicação do método turbidimétrico
para a determinação de sulfato em amostras de águas de lago fortificadas com
solução padrão de sulfato.
Amostra/
(mg /L)
Espectro-
fotômetro 1
Espectro-
fotômetro 2
PMTN
RE1(%)
RE2(%)
A1
29,6 ± 0,1 28,6 ± 0,3 29,0 ±0,1 -2,0 1,4
A2
31,0 ± 0,1 32,4 ± 0,6 31,5 ± 0,5 1,6 -2,7
Observa-se que os resultados o concordantes, conforme pode ser
visto pelos baixos valores de RE. Os valores obtidos pela aplicação dos testes F e t
pareado apresentados na Tabela 4.3.1.6.1a corroboraram com os resultados
obtidos.
Tabela 4.3.1.6.1a - Teste F e Teste t pareado para as amostras de águas (A)
(mg L
-1
) de lago fortificadas com solução padrão de sulfato.
TESTE F
Teste t
A
(Ep1 e P)
(Ep1 e Ep2) (Ep2 e P)
(Ep1 e P)
(Ep1 e Ep2) (Ep2 e P)
A1
2,0 3,2 6,5 0,6 0,9 0,7
A2
4,3 1,4 6,0 0,1 0,4 0,3
Com: Eq1 e Eq2 respectivamente espectrofotômetro 1 e 2. O PMTN = P (proposto).
F- tabelado (2, 2, 95%) = 19,0 e t - tabelado (2, 2, 95%) = 4,30.
Como mostrado na Tabela 4.3.1.6.1a, os valores obtidos pela aplicação
dos testes F e t calculados são menores que os valores tabelados (críticos). Assim,
pode-se afirmar que não existe diferença significativa, a um nível de confiança de
77
95 %, entre os resultados encontrados empregando-se esses equipamentos para a
determinação turbidimétrica de sulfato em amostras de águas de lago fortificadas.
4.3.1.6.2 - Determinação de sulfato em água empregando-se o
método nefelométrico com equipamento em campo
As determinações nefelométricas de sulfato em amostras de água de
lago foram feitas em campo empregando-se o equipamento PMTN operado a
bateria. Para efeito de comparação, a determinação de sulfato nestas amostras
foram feitas no laboratório com o equipamento 2 (Ep2) em sala aclimatizada mantida
à 18 °C, enquanto o PMTN foi operado em campo em uma temperatura média de 28
°C. Os resultados são mostrados na Tabela 4.3.1.6.2.
TABELA 4.3.1.6.2 - Determinação de sulfato em amostras de água por nefelometria
empregando-se os equipamentos PMTN e Ep2 (espectrofotômetro 2).
Amostras /
(mg / L)
Ep2
PMTN – bateria
RE(%)
Teste F
Teste t
A1*
28,6 ± 0,3
29,9 ± 0,6 4,5 1,2 1,5
A2*
32,4 ± 0,6
30,7 ± 0,9 -5,2 3,2 1,1
Comparando-se os resultados apresentados nas Tabelas 4.3.1.6.1 e
4.3.1.6.2, pode-se observar que os desvios padrões e os erros relativos obtidos pela
aplicação do PMTN em módulo de bateria foram maiores que no caso anterior (sem
módulo de bateria). O módulo de bateria é bastante estável e o aumento dos erros
relativos e dos desvios padrões das medidas é atribuído à variação de temperatura
do sistema químico empregado na determinação de sulfato, a qual deve ser mantida
constante ao longo de todas as determinações
38
. Entretanto, mesmo fazendo análise
em campo, os resultados obtidos apresentaram erros relativos por volta de 5,0%.
Esses resultados o bastante satisfatórios, por se tratar de análise em campo e em
tempo real, a qual preserva as características das amostras, haja vista que o
equipamento estava previamente calibrado e o tempo de análise é muito curto.
Como pode ser observado, não existe diferença entre os resultados fornecidos pelos
métodos turbidimétricos e nefelométricos.
ser realizada em qualquer dos dois métodos adotados.
Outra avaliação importante é a seqü
Primeiro adicionou-
se o reagente em
o surfactante. O surfactante deve ser o último
proteção do colóide formado
volta de 3%. Assim, a
seqüência
T
odas as
mantida a uma temperatura de 18 ± 2
características físico-quí
micas da suspensão formada, como velocidade de produção
dos n
úcleos e de crescimentos do par
temp
eratura foi mantido para os dem
seqüência
de adição das su
4.3.2 - Determinaçã
o de
4.3.2.1 P
lanejamento
Abaixo,
é mostrado o gráfico dos efeitos do
aplicado
para a determinação de N
método turbidimétrico (
405 nm).
FIGURA 4.3.2.1 -
Gráfico dos efeitos para
método turbidimétric
o foi utilizado com medida em 4
variável 1 = R (R
eagente)), E2 (efeito da variável 2 = S (Surfactante)), E3 (efe
variável 3) = pH (pH da solução), E4 (efeito da variável 4 =
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
-0,15
métodos turbidimétricos e nefelométricos.
Além disso,
uma análise seqüencial pode
ser realizada em qualquer dos dois métodos adotados.
Outra avaliação importante é a seqü
ência de adição das substâncias.
se o reagente em
determinado pH,
depois o analito e por último
o surfactante. O surfactante deve ser o último
,
visto que é o responsável pela
proteção do colóide formado
38
. Alterações nessa seqüência
pod
seqüência
de adição foi mantida constante
odas as
determinações foram realizadas
em sala
mantida a uma temperatura de 18 ± 2
o
C para evitar que a temperatura afe
micas da suspensão formada, como velocidade de produção
úcleos e de crescimentos do par
ticulado
38
. Assim, o
mesmo
eratura foi mantido para os dem
ai
s analitos estudados
de adição das su
bstâncias químicas.
o de
N-acetilcisteína
lanejamento
quimiométrico
é mostrado o gráfico dos efeitos do
planejamento fatorial
para a determinação de N
-acetilcisteína
em rmacos
405 nm).
Gráfico dos efeitos para
o planejamento
de N
o foi utilizado com medida em 4
05 nm.
Legenda:
eagente)), E2 (efeito da variável 2 = S (Surfactante)), E3 (efe
variável 3) = pH (pH da solução), E4 (efeito da variável 4 =
A (Analito)
E4
E234
E13
E134
E1234
E23
E34
E12
E123
E14
E3
E124
E2
E24
-0,10 -0,05 0,00 0,05 0,10
0,15
Z
Efeitos
78
uma análise seqüencial pode
ência de adição das substâncias.
depois o analito e por último
visto que é o responsável pela
pod
em levar a erro por
de adição foi mantida constante
38, 114
.
em sala
aclimatizada
C para evitar que a temperatura afe
te as
micas da suspensão formada, como velocidade de produção
mesmo
controle de
s analitos estudados
, como também a
planejamento fatorial
em rmacos
empregando o
de N
-acetilcisteína. O
Legenda:
E1 (efeito da
eagente)), E2 (efeito da variável 2 = S (Surfactante)), E3 (efe
ito da
A (Analito)
).
E1
0,15
0,20
Efeitos
79
As variáveis 1 (R), 2 (S) e 3 (pH) devem ficar em seus níveis menores
(-) pois, possuem efeitos positivos. Entretanto, a variável 4 (A) deve ficar em seu
nível maior (+) devido ao seu efeito negativo, que contribui para aumentar a
concentração da suspensão formada. Dessa forma, o experimento que forneceu os
melhores resultados foi o experimento 8 constituído por: R(-)
=
1,0 x 10
-3
mol L
-1
, S(-)
=
0,01 % (v / v) = pH(-)
=
2 (HCl 0,01 mol L
-1
) e A(+)
=
1,5 x 10
-3
mol L
-1
.
4.3.2.2 Estudo de interferentes em potencial para a determinação de
N-acetilcisteína em amostras farmacêuticas
Os possíveis interferentes foram analisados em concentrações (200x,
4x e 0,1x), que correspondem respectivamente às concentrações duzentas vezes
maiores, quatro e dez vezes menores, que o padrão de N-acetilcisteína utilizado (5,0
x10
-4
mol L
-1
). A substância química (celulose cristalina) é mostrada em
percentagem (%), conforme também é apresentada nas bulas de alguns
medicamentos.
TABELA 4.3.2.2 Possíveis Interferentes para a determinação de N-acetilcisteína
em módulo turbidimétrico (405 nm).
Possíveis interferentes Interferência (%)
Sacarina (4x) -0,3
Fosfato di-ácido de potássio (4x) -1,1
Celulose cristalina (0,2 %) 1,5
Sacarose (200x) -2,6
Sacarose (20x) -1,7
Benzoato de sódio (200x) -28,5
Benzoato de sódio (4x) -1,4
EDTA (4x) -2,0
Frutose (200x) 0,6
Tartrazina (200x) 264,0
Tartrazina (200x)
*
1,4
Todos
**
-2,6
*
Medida realizada com o LED IR em 880nm e com o sensor IR TSL260R-LF.
**
Todos
(sacarina, fosfato diácido de potássio, sacarose, benzoato de sódio, frutose, EDTA,
celulose cristalina) com cada um em concentração quatro vezes maior (4x) medido
simultaneamente. Exceto celulose cristalina (0,2 %).
O benzoato de sódio em concentração duzentas vezes maior (200x)
que o padrão de N-acetilcisteína (5,0 x 10
-4
mol L
-1
) causa uma interferência
80
significativa, devido à complexação de Cu
2+
pelo ânion benzoato, diminuindo assim o
sinal analítico para o analito. De modo que, ao diminuir a concentração do mesmo a
interferência é reduzida significativamente.
A tartrazina, corante de coloração amarela, foi encontrada nas bulas
dos medicamentos vendidos nas drogarias e farmácias. Analisando o espectro da
tartrazina, Figura - A em apêndices, é possível observar uma absorção mais intensa
de REM com comprimentos de onda na radiação azul (400 470 nm), exatamente
na mesma região de xima emissão dos LEDs 1 (405 m) e 2 (470 nm). Essa
absorção é explicada pelo conceito de cor complementar, conforme pode ser visto
na Tabela 1.1.2. A absorção acentuada da REM emitidas por meio dos LEDs 1 e 2
causa uma elevada interferência no método empregado para a determinação de N-
acetilcisteína nesses comprimentos de onda supracitados. Por isso, as
determinações de N-acetilcisteína na presença desta substância foram realizadas na
região espectral do infravermelho
máx.
= 880 nm), cuja REM não é absorvida pela
maioria das espécies coloridas, inclusive a tartrazina (amarela). De fato, ao ser
utilizado o LED IR a interferência torna-se desprezível.
O sensor IR foi devidamente calibrado com solução padrão de
formazina e com soluções padrões de N-acetilcisteína, assim, determinações nesse
comprimento de onda são tão confiáveis quanto os utilizados em 405 e 470 nm.
4.3.2.3 – Estudos de adição e recuperação
A Tabela 4.3.2.3 mostra o percentual de recuperação para o fármaco
N-acetilcisteína com o PMTN operando no módulo turbidimétrico.
TABELA 4.3.2.3 - Adição e recuperação de N-acetilcisteína em fármacos analisados
em triplicata (n= 3).
Amostras Adicionado / mg Recuperado / mg
Recuperação (%)
A1
81,6 77,4 ± 0,2 94,9
122,4 119,7 ± 0,1 97,8
163,2 170,5 ± 0,1 104,5
A2*
81,6 82,7 ± 0,2 101,3
122,4 120,4 ± 0,5 98,4
163,2 164,6 ± 0,3 100,9
A2* = amostra com tartrazina (corante) analisada com LED IR em 880 nm.
81
Conforme apresentado na Tabela 4.3.2.3, os valores recuperados
ficaram entre 94,9- 104,5%, indicando ausência de efeito de matriz, sendo
considerados esses valores aceitáveis. A Tabela 4.3.2.3 revela também que não
existe diferença significativa entre os resultados obtidos na recuperação de N-
acetilcisteína nas determinações turbidimétricas realizadas em 405 nm, para a
amostra A1 e 880 nm, para a amostra A2. Esses resultados indicam que o efeito de
matriz foi desprezível para ambos os casos. De fato, a diferença consiste apenas na
sensibilidade analítica, conforme já discutido na seção 4.3. Por isso, buscando
melhores figuras de mérito, as curvas analíticas mostradas em seguida foram
construídas utilizando os LEDs na região do azul.
Para a determinação da concentração de N-acetilcisteína nas amostras
com tartrazina (A2) é necessário apenas realizar a calibração com os devidos
padrões em comprimento de onda na região do IR (880 nm). Os dados referentes às
concentrações obtidas nestas determinações são apresentados nas Tabelas 4.3.2.5
e 4.3.2.5a. Dessa forma, utilizaram-se apenas medidas feitas em IR quando as
amostras apresentarem algum tipo de coloração que seja a cor complementar da luz
azul (405 e 470 nm).
4.3.2.4 - Curvas analíticas para a determinação de N-acetilcisteína
A curva analítica e as principais figuras de mérito concernentes a
aplicação do método turbidimétrico (405 nm) para a determinação de N-acetilcisteína
em fármacos são mostradas na Figura 4.3.2.4 e na Tabela 4.3.2.4.
FIGURA 4.3.2.4 - Curva de calibração para determinação de N-acetilcisteína no
módulo turbidimétrico (405 nm), com um coeficiente de regressão (r) = 0,996.
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
Sinal Turbidimétrico (UA)
Concentração / (10
-
3
mol L
-1
)
82
TABELA 4.3.2.4 - Figuras de mérito referentes à aplicação do método turbidimétrico
para determinação de N-acetilcisteína (NAC) empregando-se Cu
2+
como reagente
de precipitação.
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
7
,
29
0
,
02
x
10
ି
75
,
10
0
,
02
x
NAC
Faixa linear
5,0 x 10
-
5
- 1,2 x 10
-
3
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
7,56 x 10
-
6
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ)
2,52 x 10
-
5
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3) 2,54% para 3 x 10
-
4
mol L
-
1
A curva de calibração nefelométrica para a determinação de N-
acetilcisteína, Figura 4.3.2.4a, e a Tabela 4.3.2.4a com as principais figuras de
mérito da metodologia aplicada são mostrados em seguida.
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
0
1000
2000
3000
4000
5000
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentração / (10
-
3
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.2.4a - Curva de calibração para determinação de N-acetilcisteína
empregando o módulo nefelométrico (470 nm). O coeficiente de regressão linear (r)
obtido foi de 0,998.
83
TABELA- 4.3.2.4a - Figuras de mérito obtidas pelo emprego do método
nefelométrico para determinação de N-acetilcisteína (NAC) utilizando-se Cu
2+
como
reagente de precipitação.
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Nef
e
l
o
métrico
UA
27
12
8
,
7
0
,
4
x
10
NAC
Faixa linear 5,0 x 10
-
5
– 5,0 x10
-
3
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
2,82
x 10
-6
mol L
-1
Limite de quantificação (LQ) 9,40 x 10
-
6
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3) 1,35% para 3 x 10
-
4
mol L
-
1
Com os dados obtidos nas Tabelas 4.3.2.4 e 4.3.2.4a, pode-se
observar que o LD do método nefelométrico é menor que aquele obtido
empregando-se o método turbidimétrico. Entretanto, elevar demasiadamente a
potência da radiação incidente para aumentar o sinal analítico (sinal nefelométrico),
produz uma instabilidade na emissão da REM por elevado aquecimento do LED. O
aquecimento leva a perda de precisão e exatidão das medidas.
4.3.2.5 - Determinação de N-acetilcisteína em amostras
farmacêuticas
O método comparativo empregado para a determinação de N-
acetilcisteína em produtos farmacêuticos foi um método desenvolvido em nosso
grupo de pesquisa que empregou uma solução de sulfato de cobre II como titulante
em titulação condutométrica de N-Acetilcisteína, conforme descrito na seção 1.5.2.
FIGURA. 4.3.2.5
- Titulação condutométrica de N- acetilcisteína com Cu
2+
(1,0 x 10
-3
mol L
-1
). (a) amostra 1 e (b) amostra 2. Cada amostra foi adequadamente diluída e 6
mL foram analisados em triplicata.
1 2 3 4 5 6 7
200
250
300
350
400
450
500
550
Condutividade/
µ
µ
µ
µ
S
Volume/ mL
5,86
a)
0 1 2 3 4 5 6 7 8
150
200
250
300
350
400
450
500
550
Condutividade/
µ
µ
µ
µ
S
Volume/ mL
5,84
b)
84
Fazendo alguns cálculos, encontram-se a concentração das soluções
de N-acetilcisteína e conseqüentemente os valores de massa do analito em cada
comprimido (amostra). O resultado é mostrado nas Tabelas 4.3.2.5 e 4.3.2.5a.
TABELA 4.3.2.5 - Resultados obtidos com o método condutométrico e com o PMTN
(módulo turbidimétrico) para as duas amostras analisadas em triplicata (n =3).
Amostras/
comprimido (mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE(%) Teste F
Teste t
A1 193 ± 2 190,3 ± 0,8 -1,4 8,9 2,5
A2* 570 ± 2 575,9 ± 0,7 1,0 4,0 0,5
A2* = amostra com tartrazina (corante) analisada com LED IR em 880 nm.
Os valores obtidos pela aplicação do teste F para cada amostra foram
de 8,9 e 4,0, valores bem abaixo do tabelado (19,00) para um nível de 95% de
confiança. Do mesmo modo, os valores obtidos com a aplicação do teste t pareado
também ficaram abaixo do valor crítico (4,30). Com esses resultados pode-se
concluir que não existem diferenças estatísticas entre os resultados a um nível de
confiança de 95%.
TABELA 4.3.2.5a - Resultados obtidos com o método condutométrico comparativo e
o com o PMTN (módulo nefelométrico). Os valores de teste F e t são
respectivamente 19,00 e 4,30, com n =3.
Amostras/
comprimido (mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE (%) Teste F
Teste t
A1 193 ± 2 191,4 ± 0,9 -0,8 4,5 0,8
A2* 570 ± 2 572,5 ± 0,9 0,4 1,4 0,8
A2* = amostra com tartrazina (corante) analisada com LED IR em 880 nm.
Os resultados confirmam que ambos os métodos turbidimétricos e
nefelométricos foram concordantes com os resultados fornecidos pelo método
eletroanalítico comparativo. Assim, o PMTN pode ser utilizado para determinação
turbidimétrica e/ou nefelométrica de N-acetilcisteína com bons resultados mesmo na
presença de substâncias coloridas.
Para a determinação de N
percebida foi
o tempo
experimento leva dois minutos para que ocorra uma melhor homogeneização da
suspensão formada
, diferentemente daquele
sulfato, cuja susp
ensão foi
tempo.
4.3.3 –
Determinação
4.3.3.1 P
lanejamento
O gráfico dos efeitos, Figura 4.3.3.1
adotado para a
determinaçã
coco por meio da aplicação do
FIGURA 4.3.3.1 -
Gráfico dos efeitos para o planejamento
n
o ponto central para a determinação de
(Analito))
, E2 (efeito da variável 2 =
(Surfactante))
, E4 (efeito da variável
As variáveis 1 (A) e 2 (R
seus níveis maiores (+).
variável 3 passa próximo a zero
significância estatística
manter a estabilidade da s
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
-40,00
Para a determinação de N
-acetilcisteína, u
ma observ
o tempo
necessário para realizar a
sua determinação
experimento leva dois minutos para que ocorra uma melhor homogeneização da
, diferentemente daquele
observado para a determinação de
ensão foi
formada com baixa variabilidade do
sinal analítico
Determinação
de potássio
lanejamento
fatorial 2
4
com ponto central
O gráfico dos efeitos, Figura 4.3.3.1
é concernente
determinaçã
o de potássio em amostras de
energéticos e água de
coco por meio da aplicação do
método turbidimétrico.
Gráfico dos efeitos para o planejamento
fatorial
o ponto central para a determinação de
potássio.
E1 (efeito d
, E2 (efeito da variável 2 =
R (Reagente)
), E3 (efeito da variável 3
, E4 (efeito da variável
4 = pH (pH da solução)).
As variáveis 1 (A) e 2 (R
) possuem os maiores
efeitos
A variável 4 (pH)
deve ficar em seu nível menor (
variável 3 passa próximo a zero
,
no eixo de probabilidade, esta variável
significância estatística
nos
níveis estudados, porém mostrou
manter a estabilidade da s
uspensão formada
e deve ser mantida no planejamento
E1
E2
E13
E34
E14
-E1234
E3
E23
-30,00 -20,00 -10,00
0,00
85
ma observ
ação importante
sua determinação
. Cada
experimento leva dois minutos para que ocorra uma melhor homogeneização da
observado para a determinação de
sinal analítico
com o
é concernente
ao planejamento
energéticos e água de
fatorial
2
4
com 3 réplicas
E1 (efeito d
a variável 1 = A
), E3 (efeito da variável 3
= S
efeitos
e devem ficar em
deve ficar em seu nível menor (
-). Como a
no eixo de probabilidade, esta variável
não possui
níveis estudados, porém mostrou
-se importante por
e deve ser mantida no planejamento
.
E24
E124
E134
E123
E234
E4
E12
0,00
10,00
Efeitos
Z
86
Dessa forma, podem-se utilizar os experimentos 5 ou 7. O experimento 7 forneceu
os melhores resultados em termos de espalhamento de REM, sendo constituído por:
A(+)
=
1,3 x 10
-3
mol L
-1
, R(-)
=
2,5 % (m / v), S(+)
=
0,09 % (m / v) e pH(-)
=
11,1.
4.3.3.2 Estudo de interferentes em potencial na determinação de
potássio em amostras de água de coco e energéticos
O estudo dos interferentes em potencial no método para a
determinação de íons potássio (K
+
)
com tetrafenilborato empregando o método
nefelométrico foi investigado. Neste estudo os concomitantes encontrados nos
produtos comerciais foram empregados nas concentrações de 100, 10 e 0,1 vezes a
concentração da solução padrão de 2,0 x 10
-4
mol L
-1
de K
+
. Os resultados mais
relevantes são apresentados na Tabela 4.3.3.2, a seguir.
Tabela 4.3.3.2. Possíveis Interferentes de K
+
analisados por nefelometria (470 nm).
Possíveis interferentes Interferência (%)
Citrato de sódio (100x)
0,1
Carbonato de cálcio (100x)
-1,7
Cloreto de magnésio (100x)
0,6
EDTA (10x)
-0,7
Sacarose (100x)
0,3
Benzoato de Na (100x)
-0,1
Frutose (100x)
1,0
Tartrazina (10x)
-76,2
Azul brilhante (10x)
-0,9
Fast green (10x)
-2,3
Amaramth (10x)
-12,3
Tartrazina (10x)*
1,3
Fast green (10x)*
-0,9
Amaramth (10x)*
-1,6
Todos **
-4,2
* Medidas realizadas com o LED IR em 880nm e com o sensor TSL260R-LF.
** Todos (benzoato de sódio, citrato de sódio, cloreto de magnésio, carbonato de
cálcio, EDTA, frutose, sacarose com cada um em concentração 10 vezes maior
(10x) em relação à solução padrão de potássio utilizada (2,0 x 10
-4
mol L
-1
)).
No método turbidimétrico, a absorção de REM causa um erro positivo,
pois essa atinge com menor intensidade o detector, como se houvesse uma maior
concentração de partículas em suspensão. Contudo, para o método nefelométrico,
87
um sinal negativo foi observado, pois uma menor intensidade da REM espalhada
atinge o detector. Como o sinal nefelométrico é calculado diretamente (o sinal
nefelométrico não é obtido pela razão entre intensidades de REM como no método
turbidimétrico, ver seções 1.1.3.1 e 1.1.3.2) a absorção de REM causa um erro
negativo como os valores mostrados na Tabela 4.3.3.2. Para determinações em
comprimentos de onda na região IR (880 nm) esse tipo de interferência não ocorreu
como o esperado.
O corante alimentício azul brilhante não apresenta qualquer
interferência, pois o mesmo não absorve REM em comprimentos de onda da região
azul, como visto na Tabela 4.3.3.2 e na Figura - A em Apêndices. Em algumas
amostras, outros corantes são adicionados como corantes vermelhos e verdes.
Assim foram utilizados os corantes fast green (verde) e amaramth (vermelho) como
possíveis interferentes para simular a presença dessas substâncias. Os resultados
mostram que o corante verde apresenta baixa interferência e o vermelho interfere
mais significativamente. Os espectros de absorção dos corantes são mostrados na
Figura A em apêndices. Entretanto todos esses inconvenientes foram superados
realizando as análises na região do IR (880 nm).
4.3.3.3 – Estudos de adição e recuperação
A Tabela 4.3.3.3 mostra o percentual de recuperação para as amostras
de potássio com o PMTN operando no módulo nefelométrico (470 nm).
Tabela 4.3.3.3. - Adição e recuperação de K
+
em amostras de água de coco (A1) e
energéticos A2 e A3, com cada análise realizada em triplicata (n=3).
Amostras
Adicionado/(mg/L)
Recuperado/(mg/L)
Recuperação(%)
A1
7,8 7,6 ± 0,3 97,4
3,5 3,4 ± 0,9 97,1
2,4 2,5 ± 0,9 104,2
A2
7,8 7,9 ± 0,1 101,3
3,5 3,6 ± 0,4 102,8
2,4 2,3 ± 0,9 95,8
A3
7,8 8,2 ± 0,1 105,1
3,5 3,5 ± 0,4 100,0
2,4 2,2 ± 0,5 91,7
88
Conforme pode ser analisado na tabela, os percentuais de recuperação
ficaram entre 91,7 - 105,1%. Dessa forma, espera-se que os erros relativos
referentes às determinações de potássio pelos métodos turbidimétrico e
nefelométrico sejam em média de 6 % (ou valores mais baixos), pois estariam dentro
dessa faixa de percentual de recuperação.
4.3.3.4 Curvas analíticas para a determinação de potássio
Em seguida, é mostrada a curva analítica, Figura 4.3.3.4 e a Tabela
4.3.3.4, apresentando os principais parâmetros referentes à aplicação do todo
turbidimétrico (405 nm).
0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
Sinal Turbidimétrico (UA)
Concentrão / (10
-
3
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.3.4 - Curva analítica para determinação de potássio no módulo
turbidimétrico. O coeficiente de regressão linear (r) obtido foi de 0,992.
TABELA 4.3.3.4 - Principais parâmetros referentes à aplicação do método
turbidimétrico para determinação de potássio (K
+
) empregando-se tetrafenilborato de
sódio como reagente de precipitação.
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
0
,
17
0
,
03
2
,
8
0
,
1
x
10
K
Faixa linear
5,0 x 10
-
5
– 3,0 x10
-
4
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
3,10 x 10
-
7
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ)
1,02 x 10
-
6
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD) 0,56% para 1,6 x 10
-
4
mol L
-
1
89
Em seguida, é mostrada a curva analítica (r = 0,995), Figura 4.3.3.4a e
a Tabela 4.3.3.4a, apresentando as principais figuras de mérito referentes à
aplicação do método nefelométrico (470 nm).
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0
1000
2000
3000
4000
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentração / (10
-3
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.3.4a - Curva de calibração para determinação de potássio no módulo
nefelométrico.
Tabela 4.3.3.4a - Principais figuras de mérito referente à aplicação do método
nefelométrico (470 nm) para determinação de potássio (K
+
).
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Nef
e
l
o
m
é
trico
UA
92
58
7
,
6
0
,
9
x
10
K
Faixa linear 5,0 x 10
-
6
– 5,0 x10
-
4
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD) 3,97 x 10
-
7
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ) 1,32 x 10
-
6
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3) 0,21% para 1,6 x 10
-
4
mol L
-
1
Com os resultados obtidos, observa-se que os limites de detecção
entre os dois métodos são bastante próximos, com o método turbidimétrico tendo um
LD ligeiramente mais baixo. Os baixos limites de detecção permitem a determinação
de potássio pelo método empregando tetrafenilborato de sódio com detecção
utilizando o PMTN. A cnica nefelométrica possibilita trabalhar com uma faixa linear
mais ampla, sobretudo em concentrações mais baixas.
90
4.3.3.5 Determinação de potássio em amostras de água de coco e
energéticos
Para a determinação de íons potássio (K
+
) foi utilizado como método de
referência a espectrometria de absorção atômica com chama. Essa técnica é
bastante consolidada sendo uma das mais sensíveis para a determinação desses
analitos. Um espectrofotômetro de absorção atômica GEMINI Intralab modelo AA
12/1475, com lâmpada de catodo oco de potássio L 233, com emissão em 766,5 nm
e com chama acetileno/ ar sintético foi empregado. O resultado da calibração
utilizando essa técnica é mostrado na Figura 4.3.3.5.
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
Absorbância (A)
Concentração / (mg/L)
FIGURA 4.3.3.5 - Curva analítica para determinação de potássio pela técnica de
absorção atômica com chama, com um coeficiente de regressão linear (r) de 0,998.
A equação que descreve a curva analítica é dada por:
Absorbância
A
0,016 േ 0,005
0,161 േ 0,003
x ሾK
.
A seguir, são
mostrados na Tabela 4.3.3.5 os resultados referentes às concentrações das
amostras de potássio determinadas pelo método proposto e de referência.
91
TABELA 4.3.3.5 Concentrações de potássio em águas de coco (A1) e em
amostras de energéticos (A2 e A3) determinadas por espectrometria de absorção
atômica e turbidimetria (405 nm) em triplicata (n =3).
Amostras /
(mg / L)
Referência/
(mg / L)
PMTN/
(mg / L)
RE(%)
Teste F Teste t
A1 1543,4 ± 0,1 1540,8 ± 0,3 -0,2 1,5 0,4
A2 121,5 ± 0,2 123,5 ± 0,8 1,7 2,0 0,5
A3 218,6 ± 0,2 209,9 ± 0,6 -4,1 4,0 2,4
F (2, 2, 95%) = 19,0 e t (2, 2, 95%)= 4,30.
Os valores dos testes F e t mostram que os resultados da
concentração de potássio obtidos pela aplicação dos métodos analíticos são
compatíveis a um nível de confiança de 95%, não existindo assim diferença
significativa entre os mesmos. Os erros relativos se estenderam até - 4,1 %, valor
esse considerado bastante aceitável.
Abaixo, são mostrados os resultados para a determinação
nefelométrica de potássio referente à comparação com o método de referência.
TABELA 4.3.3.5a Concentrações de potássio em águas de coco (A1) e em
amostras de energéticos (A2 e A3) determinadas por espectrometria de absorção
atômica e nefelometria (470 nm) em triplicata (n =3).
Amostras /
(mg / L)
Referência/
(mg / L)
PMTN/
(mg / L)
RE(%)
Teste F Teste t
A1 1543,4 ± 0,1 1535,5 ± 0,2 -0,5 1,7 0,9
A2 121,5 ± 0,2 125,6 ± 0,1 3,4 2,0 1,3
A3 218,6 ± 0,2 208,9 ± 0,5 -4,4 4,5 0,8
Como pode ser observado, os valores não apresentam diferenças
estatísticas ao nível de confiança de 95%, com o maior erro relativo entre os
resultados de -4,4 %. Observa-se também que as mostras de água de coco
apresentam uma elevada concentração de potássio, teores esses esperados, uma
vez que a água de coco é uma excelente bebida para a reposição desse analito nos
seres humanos.
A determinação de potássio com o
resultados concordantes ao nível de 95 % de confiança com o método empregado
como referência. Os baixos limites de dete
de concen
tração quando empregado o método nefelométrico) mostraram o potencial
do equipamento desenvolvido para a determinação desse analito.
4.3.4 - Det
erminação de tiamina
4.3.4.1 -
Planejamento fatorial
O
gráfico dos efeitos
importantes na determinação de tiamina em fármacos
turbidimétricos
e nefelométricos
Figura 4.3.4.1.
FIGURA 4.3.4.1 -
Gráfico dos efeitos para a determinação de
empregando o método turbidimétrico (405 nm)
(Rea
gente)), E2 (efeito da variável
HCl (
pH da solução)), E4 (efeito da variável 4 = A (Analito)).
Apenas a variável 1
maior (+)
, as demais variáveis também
seus níveis menores (-
).
planejamento
com os seguintes níveis:
HCl (pH) (-)
=
0,1 mol L
melhor resposta
analítica
E1234
E1
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
-20,00
-
A determinação de potássio com o
PMTN
mostrou
resultados concordantes ao nível de 95 % de confiança com o método empregado
como referência. Os baixos limites de dete
c
ção e a ampla faixa linear (duas décadas
tração quando empregado o método nefelométrico) mostraram o potencial
do equipamento desenvolvido para a determinação desse analito.
erminação de tiamina
Planejamento fatorial
gráfico dos efeitos
tem por finalidade
determinar as variáveis mais
importantes na determinação de tiamina em fármacos
e
mpregando
e nefelométricos
. As variáveis mais importantes
Gráfico dos efeitos para a determinação de
t
iamina em fármacos
empregando o método turbidimétrico (405 nm)
. E1 (e
feito da variável 1 = R
gente)), E2 (efeito da variável
2 = S (Surfactante)
), E3 (efeito da variável 3 =
pH da solução)), E4 (efeito da variável 4 = A (Analito)).
Apenas a variável 1
(R) possui efeito negativo
e deve
, as demais variáveis também
se mostraram
importantes e
).
O experimento 15
é o que concorda com os resultados do
com os seguintes níveis:
R(+)
=
2,3 x 10
-3
mol L
-1
,
S(
0,1 mol L
-1
e A(-)
=
2,5 x 10
-4
mol L
-1
. O
planejam
analítica
é aquela na qual
a concentração do analito é
E1
E12
E24
E124
E23
E134
E13
E123
E4
E14
E234
E2
E34
E3
-
10,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00
Efeitos
Z
92
mostrou
-se viável e com
resultados concordantes ao nível de 95 % de confiança com o método empregado
ção e a ampla faixa linear (duas décadas
tração quando empregado o método nefelométrico) mostraram o potencial
do equipamento desenvolvido para a determinação desse analito.
determinar as variáveis mais
mpregando
os métodos
. As variáveis mais importantes
são destacadas na
iamina em fármacos
,
feito da variável 1 = R
), E3 (efeito da variável 3 =
e deve
ficar no seu nível
importantes e
devem ficar em
é o que concorda com os resultados do
S(
-)
=
0,01 % (m / v),
planejam
ento revelou que a
a concentração do analito é
inferior ao do
E3
50,00
93
reagente. Certamente um excesso de reagente favorece a formação da suspensão,
levando a um melhor sinal analítico.
4.3.4.2 Estudo de interferentes em potencial na determinação de
tiamina em fármacos
Foram analisadas concentrações (30x, 3x e 0,1x) em relação à solução
padrão de 6,0 x 10
-5
mol L
-1
de tiamina utilizada. Alguns resultados mais
significativos são mostrados na Tabela 4.3.4.2.
TABELA 4.3.4.2
-
Possíveis Interferentes para análise de tiamina por nefelometria
(470 nm).
Possíveis interferentes
Interferência (%)
Povidona (30x)
16,4
Povidona (3x)
-0,7
Ácido ascórbico (30x)
-1,0
Amido (1%)
1,2
Lactose (3x)
2,1
Sulfato ferroso (30x)
4,2
Sulfato ferroso (3x)
-1,0
Sulfato zinco (30x)
-2,9
Riboflavina (3x)
-80,0
Cianocobalamina (3x)
-10,2
Riboflavina (3x)*
1,5
Cianocobalamina (3x)*
-1,8
Todos **
-3,0
* Medida realizada com o LED IR em 880nm e com o sensor TSL260R-FL.** Todos
(povidona, ácido ascórbico, lactose, sulfato ferroso, sulfato de zinco, riboflavina e
cianocobalamina) com cada um em concentração três vezes maior em relação ao
padrão de tiamina utilizado (6,0 x 10
-5
mol L
-1
), exceto amido (1%), com todos os
concomitantes estudados simultaneamente.
A povidona, em concentração trinta vezes maior que o padrão de
tiamina utilizado, forneceu uma interferência significativa de 16,4%. Entretanto, em
concentrações apenas três vezes maiores, que o referido padrão de tiamina, a
interferência é desprezível. Foi comprovada que a povidona em concentração (30x)
interfere aumentado a turvação da solução causando um erro positivo na análise
94
nefelométrica. Entre os demais concomitantes, apenas a riboflavina (vitamina B
2
de
cor amarela) e a cianocobalamina (vitamina B
12
de cor vermelha) interferem. Essas
interferências são similares àquelas encontradas nos estudo feitos para potássio,
pois a interferência é devida exclusivamente à coloração dessas substâncias. De
fato, as determinações feitas no comprimento de onda em 880 nm (IR) mostram que
praticamente não existe interferência e, portanto, tiamina pode ser determinada sem
maiores problemas em matrizes que contenham essas substâncias. Nos apêndices,
na Figura B, são mostrados os espectros de absorção no UV-Vis das soluções de
das vitaminas B
2
e B
12
.
4.3.4.3 Estudo de adição e recuperação
Resultados referentes aos estudos de adição e recuperação de tiamina
em fármacos são mostrados na Tabela 4.3.4.3.
TABELA 4.3.4.3 - Adição e recuperação de tiamina em rmacos empregando o
método nefelométrico (470 nm) em triplicata (n = 3).
Amostras Adicionado/(mg)
Recuperado/(mg)
Recuperação (%)
A
168,7 166,7 ± 0,1 98,8
30,4 30,6 ± 0,8 100,7
20,2 20,3 ± 0,4 100,5
B
168,7 167,3 ± 0,1 99,2
30,4 29,6 ± 0,5 97,4
20,2 20,6 ± 0,4 102,0
C
168,7 166,5 ± 0,2 98,7
30,4 30,6 ± 0,6 100,7
20,2 20,7 ± 0,4 102,5
Pode-se observar que as recuperações ficaram entre 97,4 e 102,5 %.
Esses valores sugerem que a matriz da amostra exerce pouca influência no
resultado das análises. Observando esses valores pode-se concluir que interferentes
95
em potencial como povidona em elevadas concentrações não foram encontrados,
uma vez que o percentual de recuperação está próximo de 100%.
4.3.4.4 Curvas analíticas para a determinação de tiamina
A curva analítica turbidimétrica e as principais figuras de mérito
referentes à determinação de tiamina com o PMTN são mostradas na Figura 4.3.4.4
e na Tabela 4.3.4.4.
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Sinal Turbidimétrico(UA)
Concentrão / (10
-
5
mol L
-
1
)
FIGURA 4.3.4.4 - Curva analítica para determinação de tiamina por meio da
aplicação do todo turbidimétrico (405 nm), com coeficiente de regressão (r) =
0,996.
TABELA 4.3.4.4 - Principais figuras de méritos referentes à aplicação do todo
turbidimétrico para a determinação de tiamina (Ti).
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
0
,
05
0
,
02
8
,
3
0
,
2
x
10
Ti
Faixa linear
5,0 x 10
-
6
– 1,0 x10
-
4
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
3,11 x 10
-
8
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ)
1,03 x 10
-
7
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3)
0,64 % para 5,0 x 10
-
5
mol L
-
1
Observa-se que o limite de detecção é bastante baixo, o que leva a
concluir que o método é bastante sensível para análise de tiamina com o PMTN.
96
Esses valores o duas décadas mais baixos que o encontrado na literatura, para o
método turbidimétrico
84
. Os resultados referentes à aplicação do método
nefelométrico obtidos após 50 ms são mostrados em seguida.
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25
0
1500
3000
4500
6000
7500
9000
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentração / (10
-
3
mol L
-
1
)
FIGURA 4.3.4.4a - Curva analítica para determinação de tiamina por meio da
aplicação do módulo nefelométrico, com um coeficiente de regressão (r) de 0,998.
As principais figuras de mérito referentes à determinação de tiamina
operando com o PMTN em módulo nefelométrico (470 nm) são mostradas na Tabela
4.3.4.4a.
TABELA 4.3.4.4a - Principais figuras de mérito referentes à aplicação nefelométrica
(470 nm).
Parâmetros Resultados
Equação da regressão
Sinal
Nef
e
l
o
m
é
trico
UA
83
13
2
,
9
0
,
7
x
10
Ti
Faixa linear 5,0 x 10
-
6
– 2,5 x10
-
4
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD) 5,91 x 10
-
8
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ) 1,97 x 10
-
7
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3) 0,60 % para 5,0 x 10
-
5
mol L
-
1
Os resultados referentes à determinação de tiamina empregando-se
os métodos turbidimétrico e nefelométrico com o PMTN mostram-se bastante
animadores, pois os baixos limites de detecção para ambos os método, linearidade e
sensibilidade (inclinação da curva analítica) mostram a utilidade do equipamento
construído nesta dissertação de mestrado. O limite de detecção obtido com a
97
aplicação do método nefelométrico foi maior que aquele obtido empregando-se o
método turbidimétrico.
4.3.4.5 - Determinação de tiamina em amostras farmacêuticas
O eletrodo de gota pendente de mercúrio, um dos mais tradicionais
eletrodos de trabalho entre as técnicas eletroanalíticas, foi empregado na técnica
polarográfica de pulso diferencial para determinação de tiamina (método
comparativo). Esse método é uma adaptação do método proposto Lingane &
Davies
86
discutido na seção 1.5.4. No presente trabalho, este eletrodo foi acoplado a
um potenciostato / galvanostato (Autolab Eco Chemie, Netherlands) com uma cela
eletroquímica convencional com um eletrodo de Ag/AgCl (KCl 3,0 mol L
-1
) como
referência e um fio de platina como contra eletrodo. Gás nitrogênio ultrapuro
(99,999%) foi necessário para remoção do oxigênio dissolvido na solução. A curva
analítica para a determinação de tiamina obtida pela aplicação do método
supracitado é mostrada na Figura 4.3.4.5.
0 20 40 60 80 100 120 140 160
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
I
/
µ
µ
µ
µ
A
Concentração / (10
-
6
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.4.5 - Curva analítica para determinação de tiamina obtida com
voltametria de pulso diferencial. O potencial de redução é -1,25 V Vs. Ag / AgCl (3,0
mol L
-1
). Cloreto de potássio (KCl) com concentração 0,1 mol L
-1
foi utilizado como
eletrólito suporte. Velocidade de varredura de 50 mV s
-1
, amplitude de pulso de 2 mV
e tempo de aplicação de pulso de 10 ms foram utilizados, conforme descrito na
literatura
84, 86
. Varredura de 0 à -1,50 V.
A equação que representa a curva analítica é a seguinte:
ܫ
ߤܣ
9,74 േ 0,09
ݔ 10
ି଼
0,0481 േ 0,0002
ݔ ሾܶ݅.
Onde [Ti] é a concentração de
98
tiamina (mol L
-1
). Os resultados referentes às determinações das amostras de
tiamina em rmacos pela aplicação dos métodos comparativo e turbidimétrico são
mostrados na Tabela 4.3.4.5.
TABELA 4.3.4.5 - Amostras de tiamina em fármacos analisadas por meio da
aplicação dos métodos de voltametria de pulso diferencial (comparativo) e
turbidimétrico (405 nm).
Amostras/
(mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE(%)
Teste F Teste t
A1 307,3 ± 0,9
304,5 ± 0,1 -0,9 3,0 1,7
A2 288,9 ± 0,3
294,3 ± 0,2 1,9 1,5 2,5
A3 292,1 ± 0,9
299,9 ± 0,8 2,7 1,0 1,0
F (2, 2, 95%) = 19,0 e t (2, 2, 95%)= 4,30.
Analisando os valores obtidos pelas aplicações dos testes F e t,
observam-se que esses são inferiores aos valores críticos (tabelados), e, portanto,
não existem diferenças significativas entre ambos os métodos aplicados para a
determinação de tiamina em amostras de rmacos comerciais. O maior erro relativo
entre os teores desse analito empregando-se os dois métodos foi de apenas 2,7 %.
TABELA 4.3.4.5a – Amostras de tiamina em fármacos analisadas por meio da
aplicação dos métodos de voltametria de pulso diferencial (comparativo) e
nefelométrico (470 nm).
Amostras/
(mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE(%) Teste F Teste t
A1 307,3 ± 0,9 303,0 ± 0,1 -1,4 1,4 1,0
A2 288,9 ± 0,8 284,3 ± 0,3 -1,6 1,0 1,8
A3 292,1 ± 0,2 299,0 ± 0,9 2,4 3,9 3,8
Os erros relativos referentes aos teores de tiamina encontrados nas
amostras obtidos pela aplicação do todo nefelométrico mostraram-se
semelhantes àqueles
obtido
apresentados nas Tabelas 4.3.4.5 e 4.3.4.5a.
utilizado em am
bos os métodos para a determinaçã
concordantes com
aqueles conseguidos co
pois não existe diferença significativa ao nível de confiança de 95% entre eles.
Os estudo
s
interferem significa
tivamente
turbidimétricos e nefelométricos
nm devido à
coloração
comprimento de onda
IR
sanar tais interferências.
4.3.5 -
Determinação de
4.3.5.1 -
Planejamento fatorial completo 2
O planejamento fatorial utilizado para o fármaco captorpil é um pouco
diferente daqueles
realizados para os demais analitos
variável estudada o pH da solução
mostrado o
gráfico dos efeitos com as variáveis mais importantes devidamente
destacadas para a determinação de capto
FIGURA 4.3.5.1 -
Gráfico dos efeitos utilizando
d
e captopril em fármacos.
variável 2 = R (R
eagente)
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
-7,00
obtido
s com o emprego do método t
u
apresentados nas Tabelas 4.3.4.5 e 4.3.4.5a.
Isso mostra que o
bos os métodos para a determinaçã
o de tiamina
aqueles conseguidos co
m o emprego do
método comparativo
pois não existe diferença significativa ao nível de confiança de 95% entre eles.
s
de interferentes revelaram que as
vitaminas
tivamente
na determinação de tiamina por meio dos
turbidimétricos e nefelométricos
realizados nos comprimentos de onda de 405 e 470
coloração
que essas fornecem à suspensão. E
ntretanto análises em
IR
(880 nm) podem ser utilizadas
com bons resultados
sanar tais interferências.
Determinação de
captopril
Planejamento fatorial completo 2
3
com ponto central
O planejamento fatorial utilizado para o fármaco captorpil é um pouco
realizados para os demais analitos
,
por não apresentar como
variável estudada o pH da solução
, conforme discutido na seção 3.7.2
gráfico dos efeitos com as variáveis mais importantes devidamente
destacadas para a determinação de capto
pril.
Gráfico dos efeitos utilizando
o método turbidimétrico para aná
e captopril em fármacos.
E1 (efeito da variável 1 = S (Surfact
ante)), E2 (efeito da
eagente)
), E3 (efeito da variável 3 = A (Analito))
.
E3
E12
E123
E13
E1
E23
E2
-5,00 -3,00 -1,00 1,00
Efeitos
Z
99
u
rbidimétrico, como
Isso mostra que o
PMTN pode ser
o de tiamina
com resultados
método comparativo
,
pois não existe diferença significativa ao nível de confiança de 95% entre eles.
vitaminas
(B
2
e B
12
)
na determinação de tiamina por meio dos
métodos
realizados nos comprimentos de onda de 405 e 470
ntretanto análises em
com bons resultados
para
com ponto central
O planejamento fatorial utilizado para o fármaco captorpil é um pouco
por não apresentar como
, conforme discutido na seção 3.7.2
. Abaixo, é
gráfico dos efeitos com as variáveis mais importantes devidamente
o método turbidimétrico para aná
lise
ante)), E2 (efeito da
.
3,00
Efeitos
100
Conforme pode ser visto na Figura 4.3.5.1, a variável 2 (R) deve ficar
em seu nível menor (-) e a variável 3 (A) em seu nível maior (+). A variável
surfactante não se mostrou importante nos níveis estudados, pois passa próximo a
zero no eixo de probabilidade. Entretanto é uma variável importante e deve ser
mantida principalmente para garantir a estabilidade da suspensão formada. Os
melhores resultados foram obtidos quando se utilizou o experimento 4 formado por:
surfactante S(-)
=
0,01 % (g / L), Reagente R(-)
=
1,0 x 10
-3
mol L
-1
e Analito A(+)
=
1,0 x 10
-3
mol L
-1
.
4.3.5.2 – Estudos de possíveis Interferentes em potencial
Os concomitantes apresentados nas bulas dos medicamentos foram
estudados como os possíveis interferentes na determinação de captopril
empregando íons prata nos níveis de concentração (15x, 3x e 0,1x) em relação à
solução padrão de 8,0 x 10
-4
mol L
-1
de captopril. As demais soluções têm suas
concentrações em percentual (%) conforme também são apresentadas nas bulas de
alguns medicamentos. Os resultados são mostrados na Tabela 4.3.5.2.
Tabela 4.3.5.2 - Possíveis interferentes para a determinação nefelométrica (470 nm)
de captopril.
Possíveis interferentes
Interferência (%)
Lactose (3x)
-0,8
Sacarose (15x)
-0,8
Celulose cristalina (0,2 %)
-2,1
Manitol (0,5 %)
-15,1
Manitol (0,01 %)
0,5
Glicose (15x)
-1,8
Ácido esteárico (0,1 %)
-29,6
Ácido esteárico (0,01%)
0,1
Amido (1%)
-2,2
Todos *
-4,5
* Todos (lactose, sacarose e glicose em concentrações três vezes mais
concentradas que a solução padrão de captopril (3x), celulose cristalina (1 %),
manitol (0,01 %), ácido esteárico (0,01 %) e amido (1 %)), com análise simultânea.
Analisando os resultados, observa-se que o manitol 0,5 % g L
-1
e o
ácido esteárico 0,1 % g L
-1
causam uma diminuição no sinal nefelométrico obtido. O
manitol (C
6
H
14
O
6
) possui seis grupos hidroxila (OH) ligados a sua cadeia carbônica e
101
apresenta conhecidas propriedades redutoras
115
, indicando assim a possível
redução dos íons prata (Ag
+
) a prata metálica (Ag
o
), diminuindo o sinal analítico. O
ácido esteárico (CH
3
(CH
2
)
16
COOH) precipita os íons Ag
+
formando estearato de
prata
116
, diminuindo a concentração de íons Ag
+
e conseqüentemente, o sinal
analítico. Reduzindo as concentrações desses concomitantes para os níveis de
concentração apresentados na Tabela 4.3.5.2, observa-se que essas interferências
são desprezíveis.
4.3.5.3 – Adição e recuperação de captopril em fármacos
A Tabela 4.3.5.3 a seguir, mostra os resultados da adição e
recuperação de três concentrações conhecidas de uma solução estoque padrão de
captopril 8,0x10
-4
mol L
-1
nas amostras farmacêuticas do analito.
TABELA 4.3.5.3 - Adição e recuperação utilizando o PMTN em módulo nefelométrico
(470 nm).
Amostras
Adicionado/
(mg)
Recuperado/
(mg)
Recuperação
(%)
A
217,1 217,8 ± 0,9 100,3
173,8 188,8 ± 0,3 108,6
86,9 86,2 ± 0,3 99,2
B
217,2 211,8 ± 0,2 97,5
173,8 184,4 ± 0,8 106,1
86,9 84,7 ± 0, 8 97,5
C
217,2 213,7 ± 0, 3 98,4
173,8 183,9 ± 0,9 105,8
86,9 90, 0 ± 0,2 103,6
Como pode ser observado na Tabela 4.3.5.3 o percentual de
recuperação ficou entre 97,5 e 108,6 %, indicando baixo efeito de matriz das
amostras e que os interferentes em potencial não foram encontrados nos níveis de
concentração estudados.
102
4.3.5.4 - Curvas analíticas para a determinação de captopril
Na Figura 4.3.5.4 é mostrada a curva analítica (r = 0,993) obtida
empregando-se o método turbidimétrico (405 nm) e, na Tabela 4.3.5.4 são
apresentadas as principais figuras de mérito referentes a aplicação do método.
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
Sinal Turbidimétrico (UA)
Concentração /
(
10
-
3
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.5.4 - Curva analítica para a determinação de captopril em fármacos
empregando o método turbidimétrico.
TABELA 4.3.5.4 - Figuras de ritos referentes ao emprego do PMTN operando por
meio do método turbidimétrico (405 nm) para a determinação de captopril (Cap).
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
Sinal
Turbidim
é
trico
UA
0
,
051
0
,
002
71
,
1
0
,
9
x
CAP
Faixa linear
1,0 x 10
-
4
- 1,2 x 10
-
3
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
3,11 x 10
-
6
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ)
1,02 x 10
-
5
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3)
0,68% para 3,0 x 10
-
4
mol L
-
1
A faixa linear para a determinação de captopril por análise
turbidimétrica é relativamente estreita e abrange concentrações altas, entretanto o
baixo limite de detecção obtido permite a determinação deste analito em produtos
farmacêuticos em baixas concentrações e com razoável sensibilidade.
103
A curva de calibração nefelométrica ((r) = 0,999) para a determinação
de captopril, Figura 4.3.5.4a, e a Tabela 4.3.5.4a com as principais figuras de mérito
da metodologia aplicada são mostrados em seguida.
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
0
100
200
300
400
500
600
700
Sinal Nefelométrico (UA)
Concentrão / (10
-3
mol L
-1
)
FIGURA 4.3.5.4a - Curva analítica para a determinação de captopril por meio da
aplicação do método nefelométrico em 470 nm.
TABELA 4.3.5.4a - Figuras de mérito da metodologia aplicada para a determinação
nefelométrica de captopril (Cap) em fármacos.
Parâmetros
Resultados
Equação da regressão
݈ܵ݅݊ܽ
݂݈ܰ݁݁݋݉
é
ݐݎ݅ܿ݋
ܷܣ
42
7
1
,
1
0
,
2
ݔ
10
ܥܣܲ
Faixa linear
5,0 x 10
-
5
- 6,0 x 10
-
4
(mol L
-
1
)
Limite de detecção (LD)
2,75 x 10
-
6
mol L
-
1
Limite de quantificação (LQ)
9,43 x 10
-
6
mol L
-
1
Reprodutibilidade (RSD, n=3)
0,98% para 4,0 x 10
-
4
mol L
-
1
Os resultados referentes à aplicação do método nefelométrico para
determinação de captopril mostraram-se melhores que os obtidos com o método
turbidimétrico em termos de faixa linear de trabalho e limite de detecção. A faixa
linear é uma década de concentração mais baixa que aquela conseguida com o
método turbidimétrico. Isso se mostra importante em casos de análises do fármaco
em amostras como, por exemplo, em urina onde o analito esem concentrações
mais baixas que aquelas encontradas nas amostras analisadas nesse trabalho
117
.
104
4.3.5.5 - Determinação de captopril em amostras farmacêuticas
O método comparativo utilizado foi aquele proposto por Ribeiro et
al.
101, 104
, discutido na seção 1.5.5. Esse método trata da titulação potenciométrica
do analito com solução de hidróxido de sódio padronizado, sendo feita em triplicata.
A Figura 4.3.5.5 apresenta três curvas obtidas da primeira derivada do potencial em
função do volume do titulante (dE/dV), empregando-se solução de hidróxido de
sódio 1,38 x 10
-2
mol L
-1
.
FIGURA 4.3.5.5 - Gráficos da primeira derivada do potencial obtido vs. a adição do
titulante (hidróxido de sódio 1,38 x 10
-2
mol L
-1
) para um volume de 14 mL de
amostra adicionada. (a) amostras de 12, (b) 25 e (c) 25 mg de captopril.
Como pode ser observado na Figura 4.3.5.5, o volume de equivalência
é de 14 mL. Fazendo alguns cálculos, encontram-se os valores de massa de cada
comprimido (mg) de cada amostra de captopril. O resultado é mostrado nas Tabelas
4.3.5.5 e 4.3.5.5a.
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
-250
-200
-150
-100
-50
0
14,3
dE / dV (mV)
Volume / mL
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
-250
-200
-150
-100
-50
0
14,3
dE / dV (mV)
Volume / mL
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
-160
-120
-80
-40
0
14,2
dE /dV (mV)
Volume / mL
a)
b)
c)
105
TABELA 4.3.5.5 Amostras de captopril em fármacos determinadas pelo método
comparativo e por turbidimetria (405 nm) empregando o PMTN. As determinações
de captopril foram realizadas em triplicata (n = 3) para ambos os métodos aplicados.
Amostra/
(mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE(%)
Teste F
Teste t
A1 12 ± 1 12,5 ± 0,8 4,2 6,5 0,4
A2 25 ± 2 25,5 ± 0,8 2,0 3,6 0,1
A3 25 ± 2 24,8 ± 0,7 -0,8 3,6 0,2
F (2, 2, 95%) = 19,0 e t (2, 2, 95%)= 4,30.
Os resultados do método turbidimétrico aplicado para as
determinações de captopril foram concordantes com aqueles obtidos empregando-
se o método potenciométrico (comparativo) de modo que o maior erro relativo foi
apenas de 4,2 %. Os valores fornecidos pela aplicação dos testes F e t mostram que
os métodos utilizados apresentam desvios padrões compatíveis e que não existe
diferença significativa entre os resultados de ambos os métodos a um nível de
confiança de 95%. Abaixo o mostrados os dados referentes ao método
nefelométrico.
TABELA 4.3.5.5a - Amostras de captopril em rmacos determinadas pelo método
comparativo e por nefelometria (470 nm) empregando o PMTN. As determinações
de captopril foram realizadas em triplicata (n = 3).
Amostra/
(mg)
Comparativo/
(mg)
PMTN/
(mg)
RE(%)
Teste F
Teste t
A1 12 ± 1 12,3 ± 0,8 2,5 3,5 1,0
A2 25 ± 2 24,2 ± 0,2 -3,2 1,3 1,2
A3 25 ± 2 25,3 ± 0,5 1,2 1,2 1,0
Os resultados mostram que o maior erro relativo encontrado foi – 3,2%,
o qual é considerado relativamente baixo. Os valores obtidos pela aplicação dos
106
testes F e t mostram que os métodos apresentam resultados compatíveis e,
portanto, o PMTN pode ser utilizado para análises de captopril em fármacos, pois os
teores de captopril obtidos com o método proposto são concordantes com aqueles
fornecidos pelo método comparativo a um nível de confiança de 95%.
Outro aspecto interessante é a ampliação da faixa linear de trabalho,
pois as técnicas turbidimétricas e nefelométricas apresentam distintas faixas lineares
(faixas complementares) que podem ser exploradas para a análise de captopril.
Além disso, O método nefelométrico mostrou um limite de detecção mais baixo que
o turbidimétrico, de modo que podem-se explorar matrizes com concentrações mais
baixas desse fármaco.
107
Capítulo 5:
Conclusões
108
5. Conclusões
O PMTN mostrou uma boa estabilidade, haja vista os resultados
obtidos por um período superior a 6h ininterruptas, os quais forneceram em média
um RSD de 0,05%. Ademais, estudos da avaliação da relação sinal ruído foram
realizados com o equipamento e por meio de um multímetro digital e um
microcomputador e os resultados mostraram que existe um sinal líquido superior a
99%, isso significa que, o equipamento pode ser utilizado numa ampla faixa de
trabalho, sobretudo em baixas concentrações.
Estudos referentes às aplicações analíticas mostraram que o limite de
detecção de alguns métodos turbidimétricos foram melhores que aqueles obtidos
pela aplicação dos métodos nefelométricos. Esses estudos foram possíveis por meio
das aplicações dos cinco procedimentos analíticos estudados. Com esses
procedimentos se pode concluir que de fato a natureza da suspensão formada é um
importante parâmetro para analisar a sensibilidade e os limites de detecção dos
métodos e não apenas a sensibilidade dos sistemas ópticos em questão. Para
captopril e N-acetilcisteína, o método nefelométrico propiciou menores limites de
detecção quando comparando com o método turbidimétrico. Entretanto, para as
determinações de sulfato, potássio e tiamina, a aplicação do método turbidimétrico
propiciou menores limites de detecção que aqueles fornecidos pela aplicação do
método nefelométrico.
A análise seqüencial em tempos muitos curtos (50 ms) permite
resultados praticamente simultâneos, com isso os métodos turbidimétricos e
nefelométricos foram estudados praticamente em mesmas condições de análise.
Esses métodos muitas vezes podem ser utilizados conjuntamente para ampliar a
faixa linear de trabalho como foi observado para N-acetilcisteína, captopril e
potássio. Alguns resultados mostram que o PMTN apresenta baixos limites de
detecção, como o método para determinação de vitamina B
1
e de potássio, com
alguns resultados melhores que os encontrados na literatura
84, 118
.
O equipamento foi testado e comparado não apenas com uma
instrumentação similar (espectrofotometria molecular UV-Vis) como também técnicas
eletroanalíticas como condutometria, potenciometria, polarografia de pulso
diferencial e técnica de espectrometria de absorção atômica com chama com
resultados compatíveis e concordantes a um nível de confiança de 95%.
109
A análise em campo pode ser vantajosa principalmente para análises
de águas em lugares remotos, onde muitas vezes o deslocamento é dificultado, e
pelo fato das amostras conservarem suas características naturais. O emprego de
equipamentos convencionais nas determinações em campo não é possível uma vez
que estes são pesados e necessitam de alimentação elétrica em rede limpa
(corrente elétrica estabilizada), além do aumento da possibilidade de sofrerem
avalias.
Os planejamentos quimiométricos utilizados forneceram uma
seqüência de experimentos que permitiram obter situações nas quais as variáveis
são utilizadas nas determinações analíticas com resultados satisfatórios.
O rigor com respeito principalmente à temperatura foi importante para
assegurar uniformidade da suspensão formada em todos os casos estudados. O
equipamento não apresenta problemas de variação de temperatura, pois os LEDs e
os sensores são testados em temperaturas que variam de 20 à 45 °C, mas o
sistema químico é afetado por tais variações.
Os LEDs e sensores utilizados no PMTN formam um sistema óptico
bastante complementar e específico, pois as máximas emissões das REMs são
exatamente na mesma região de máxima sensibilidade dos sensores. Os modos de
operação do PIC e do software de controle permitem juntamente com esse sistema
óptico, resultados satisfatórios para o PMTN.
O equipamento apresentou duas limitações intrínsecas de seus
componentes, a saber: (a) limitação de funções do PIC devido ao pequeno tamanho
de sua memória EPROM, em relação à existente em um computador, o que dificulta
um tratamento matemático mais complexo e (b) a não realização de um espectro de
varredura como nos espectrofotômetros e espectrofluorímetros, devido às
características intrínsecas do sistema óptico de baixo custo utilizado. Essas
limitações surgem apenas quando ocorre a comparação entre o PMTN com os
equipamentos supracitados. Todavia, comparando-o com equipamentos
semelhantes (turbidímetros, nefelômetros, ou até mesmo fotômetros) o PMTN
apresenta-se mais compatível e essas diferenças são reduzidas.
Capítulo 6:
Tratamento dos resíduos gerados e
propostas futuras
111
6.1 - Tratamento dos resíduos gerados
Todas as substâncias químicas utilizadas (reagentes, solventes,
soluções padrões, etc) foram armazenadas em dois reservatórios de 5 L cada,
separados entre material orgânico e inorgânico para posterior tratamento químico
adequado. A UFSCar possui uma central de tratamento responsável pelo
recolhimento e manuseio de resíduos químicos para a qual estes reservatórios foram
conduzidos (UGR- Unidade de Gestão de Resíduos). O motivo de realizar tal
trabalho é a conscientização ambiental sobre toda a problemática da poluição,
principalmente de solos e águas. Durante todo o trabalho, foram gerados
aproximadamente 9 L de resíduos. Mesmo em muitas oportunidades fazendo o uso
de balões volumétricos de 5 mL. Com isso, trabalhos futuros empregando
procedimentos com micro-fluídica por meio do uso de microbombas, e
microsistemas de análises serão implementados como uma forma de diminuir a
quantidade de resíduos gerados.
6.2 - Propostas futuras – análise com micro-fluídica
Pretende-se desenvolver um fotômetro com múltiplos canais (com mais
de um sensor e uma fonte de REM) simples e de baixo custo microcontrolado com
tecnologia USB para análises por espectrofotometria UV-Vis. O equipamento será
composto de fontes de radiação a base LED (Light Emission Diode), tendo como
detectores fototransistores responsáveis pela conversão da luz incidente em um
sinal elétrico mensurável. Além disso, serão incorporados no mesmo microbombas e
microválvulas necessárias para a propulsão e controle dos volumes a serem
utilizados.
O instrumento calibrado se aplicado à análise de fármacos e amostras
ambientais de interesse, ainda a serem definidas. Contudo, pretende-se determiná-
los com quantidades reduzidas de reagentes e amostras. Isso é possível, pois as
microválvulas são capazes de controlar o volume de fluídos com resolução
geralmente de alguns µL. Com isso, tem-se um sistema de análise totalmente
automático, gerando volumes reduzidos de resíduos, o que facilita o tratamento
desses, além de economia de reagentes e amostras.
112
Referências bibliográficas
113
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122
Apêndices
300 400 500 600 700 800
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Absorbância (A)
Comprimento de onda ( nm)
Azul Brilhamte
Amarath
Fast Green
Tartrazina
FIGURA A - Espectros de absorção de corantes obtidos com o
equipamento da Shimadzu modelo UV 2550. Todas as amostras de corantes
possuem concentração de 2,0 x 10
-5
mol L
-1
.
300 400 500 600 700 800
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Absorbância (A)
Comprimento de onda ( nm)
Cianocobalamina
Riboflavina
FIGURA B - Espectros de absorção de Vitaminas do complexo B,
obtidos com o equipamento da Shimadzu modelo UV 2550. As amostras de
vitaminas possuem concentração de 5,0 x 10
-4
mol L
-1
.
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