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COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DA SILAGEM DE
GLIRICÍDIA
DIEGO CABRAL BARREIROS
Março
2008
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2
Diego Cabral Barreiros
COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DA SILAGEM DE GLIRICÍDIA
Dissertação apresentada à Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação de Mestrado em
Zootecnia, Área de Concentração em Produção de
Ruminantes, para obtenção do título de “Mestre”.
Orientador (a):
Cristina Mattos Veloso
Co-Orientador:
Luiz Gustavo Ribeiro Pereira
Co-Orientador:
Aureliano José Vieira Pires
ITAPETINGA
BAHIA – BRASIL
2008
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3
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
Área de concentração: Produção de Ruminantes
Campus de Itapetinga-BA
TERMO DE APROVAÇÃO
Título: “Composição bromatológica da silagem de gliricídia”.
Autor: Diego Cabral Barreiros
Aprovada como parte das exigências para obtenção do Título de Mestre em Zootecnia,
área de concentração em Produção de Ruminantes, pela Banca Examinadora:
__________________________________________
Prof
a
. Dr
a
. Cristina Mattos Veloso – UESB
Presidente
__________________________________________
Prof. Dr. Fabiano Ferreira da Silva – UESB
__________________________________________
Prof. Dr. Claudio Mistura – UNEB
Data da defesa: 10/03/2008
UESB - Campus Juvino Oliveira, Praça Primavera n
o
40 – Telefone: (77) 3261-8628
Fax: (77) 3261-8701 Itapetinga BA CEP: 45.700-000 E-mail:
4
DEDICO
A Deus Pai todo poderoso por esta vida maravilhosa.
À minha mãe Maria Emília e ao meu pai José Barreiros, pelos exemplos, pelo caráter, pela
educação recebida e pelo incentivo em todos os momentos desta jornada.
À minha admirável irmã Sophia, pelo amor e pelo carinho.
Aos meus tios, primos e avós, que sempre transmitiram muita paz, carinho e motivação.
Ao meu co-orientador, Dr. Luiz Gustavo Ribeiro Pereira e ao Prof. M.Sc. José Augusto Gomes
Azevedo, pelo incentivo e apoio em todos os momentos de dificuldades.
Aos amigos Leandro Silva Oliveira, Jobel, Branca, Natália Fiama e Ricardo Luigi que foram a
minha família em Itapetinga.
OFEREÇO
5
AGRADECIMENTOS
Ao senhor Deus Pai todo poderoso por me dar sabedoria, força, coragem e vontade para
viver e vencer.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela
bolsa de estudo concedida.
À Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB e ao Programa de Pós-
Graduação em Zootecnia, na pessoa do coordenador Prof. Dr. Fabiano Ferreira da Silva pela
oportunidade de realização deste curso.
Ao pesquisador da Embrapa Semi-Árido, Dr. Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, pela co-
orientação competente e segura, pela paciência, pelos ensinamentos, pelo incentivo, pela
motivação e, sobretudo, pela amizade e confiança em mim depositada.
À Prof
a
. D.Sc. Cristina Mattos Veloso, pela orientação, pela atenção, pelas críticas e
sugestões, e, sobretudo, pela confiança em mim depositada.
Ao Prof. M.Sc. José Augusto Gomes Azevedo, pelos ensinamentos, pelo incentivo, pela
motivação e, sobretudo, pela amizade e confiança em mim depositada.
À Embrapa Semi-Árido, nas pessoas do Chefe Geral, Dr. Pedro Carlos Gama da Silva,
do Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios, Dr. Ghermam Garcia Leal de Araújo por
permitirem a utilização das instalações da empresa para condução deste trabalho e todos os
funcionários.
Ao pesquisador da Embrapa Semi-Árido, Dr. Tadeu Vinhas Voltolini.
Aos analistas, Rafael Dantas e André Luiz da Embrapa Semi-Árido.
Aos amigos do Laboratório de Nutrição Animal que ajudaram na condução do
experimento Laécio, Daniel, Manuela e Éllio.
Aos funcionários Sr. João do Couro, João do Quilo, Alcides e Benedito (Bené).
Às estagiárias Izabela, Rose, Luzimara, Andréia, Laís e Francielle.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, principalmente os
professores Paulo Bonomo, Marcondes, Fabiano e Aureliano.
À Viviane (ex-secretária) do Mestrado e a Maisa, pelas mensagens e incentivos.
Aos meus colegas de Mestrado José Lúcio (Zezinho), Aires (Anzol), Saulo (Marromed),
Laurinha, Lucas, Lázaro (Lazarone), Elizangela, Camila Maida, Iza, Rose, Cibele e Silvana.
À Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, nas pessoas dos
Professores Dr. Arthur Mascioli, Dr. Fabio Meurer e Dr. René Geraldo Cordeiro Silva Junior.
Aos alunos da UNIVASF, Diogo, João, Vanessa, Gabi e Clarissa.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
projeto.
O meu muito obrigado!
6
BIOGRAFIA
DIEGO CABRAL BARREIROS, filho de José Antonio Mascarenhas Barreiros
e Maria Emília Cerqueira Cabral Barreiros, nascido na cidade de Feira de Santana,
Bahia, em 12 de novembro de 1982.
Em 2001 iniciou o curso de Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de
Santa Cruz, concluindo o mesmo em março de 2006.
Em março de 2006 iniciou o curso de Pós-Graduação em Zootecnia Mestrado em
Zootecnia, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB, Concentração em
Produção de Ruminantes.
Em 10 de março de 2008 defendeu a presente Dissertação.
v
RESUMO
BARREIROS, D.C. Composição bromatológica da silagem de gliricídia. Itapetinga-BA:
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, 2008. 43p (Dissertação Mestrado em
Zootecnia – Produção de Ruminantes) *.
Objetivou-se com este trabalho avaliar o perfil de fermentação e a composição bromatológica da
silagem de Gliricídia in natura (T1), emurchecida (T2) e aditivada com 10% do peso verde com
sorgo grão moído (T3), raspa de mandioca (T4) e co-produto de vitivinícola (T5). O
experimento foi conduzido no laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Semi-Árido,
localizada no município de Petrolina, Pernambuco. Foram utilizados 14 silos experimentais de
PVC (50x10cm) por tratamento, totalizando 70 silos, compactados com auxílio de um bastão de
madeira e fechados com lona plástica que foram amarradas com ligas de borracha. Os silos
ficaram armazenados à temperatura ambiente e as aberturas ocorreram com um, três, cinco, sete,
14, 28 e 56 dias de ensilagem. Foi determinado o pH, nitrogênio amoniacal em relação ao
nitrogênio total (N-NH
3
/NT), matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro
(FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, cinzas e digestibilidade in vitro da matéria
seca (DIVMS). Os dados foram analisados pelos procedimentos da análise de variância e
regressão. Para os fatores qualitativos, as médias foram comparadas pelo teste de Student
Newman Keuls, a 1% de significância. Ao decorrer da abertura dos silos, o perfil de
modificação dos teores de MS foi representado por uma equação cúbica. O emurchecimento e
os aditivos (sorgo, raspa de mandioca e co-produto de vitivinícola) elevaram o teor de MS
(39,07; 32,55; 32,89 e 32,79%). O perfil de modificação dos parâmetros pH e a PB, foram
representados por equações quadrática e cúbica, respectivamente. Os tratamentos com adição do
sorgo, raspa de mandioca e co-produto de vitivinícola reduziram os valores de pH (4,64; 4,69 e
4,33, respectivamente) e de PB (24,13; 20,63 e 24,23% na MS) em relação ao in natura
(pH=4,78 e PB=25,89%) e emurchecido (pH= 4,78 e PB=26,25%). Os valores da DIVMS para
os tratamentos foram (49,19; 48,95; 55,38; 55,84 e 46,77%), respectivamente. A adição do co-
produto de vitivinícola reduziu a DIVMS (46,77%). A variação nos teores de N-NH
3
/NT ao
longo da abertura ds silos foi explicada por uma equação cúbica. Os valores de N-NH
3
/NT
foram próximos a 10%, evidenciando pouca perda de nitrogênio no processo de fermentação. A
gliricídia na forma in natura apresenta potencial para ser conservada na forma de silagem. A
inclusão do sorgo e da raspa de mandioca proporcionam melhorias nos parâmetros
fermentativos e no valor nutritivo da silagem.
Palavras-chave: alimentos, alternativa, conservação de forragem, ruminantes e semi-árido.
_________________________
*Orientador(a): Cristina Mattos Veloso, D.Sc., UESB e Co-orientadores: Luiz Gustavo Ribeiro
Pereira e Aureliano José Vieira Pires, D.Sc., UESB.
vi
ABSTRACT
BARREIROS, D.C. Bromatological composition of gliricídia silage. Itapetinga-BA:
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, 2008. 43p (Dissertation Magister Scienti
in Animal Science – Ruminant Production).
The objective of this work was to evaluate the fermentation profile and the bromatological
composition of gliricídia silage in natura (T1), wilted (T2), added with 10% of green weight
with sorghum (T3), cassava scrapes (T4) and vineyard co-product (T5). The experiment was
conducted at the Animal Nutrition Laboratory of the Embrapa Semi-Arid, located in Petrolina
city, Pernambuco state. Fourteen silos of the PVC (50x10cm) were used per treatment, totaling
70 silos, compacted with a wood piston and closed with plastic sheet, that was tied with rubber
bands. The silos were stored at environment temperature and the opening occurred with one,
three, five, seven, 14, 28 and 56 days of ensilage. The pH, ammonia nitrogen, dry matter (DM),
crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), lignin, ashes and
in vitro dry matter digestibility (IVDMD) were determined. The data were analyzed by variance
and regression analysis. To the qualitative factors, the means among treatments were compared
by Student Newman Keuls test at 1% significance. In place of the opening of silos, the profile
modification of the contents of DM was represented by a cubic equation. The wilting and
additives (sorghum, cassava scrapes and vineyard co-product) increased the content of DM
(39.07, 32.55, 32.89 and 32.79%). The profile of modification of the parameters pH and CP,
were represented by quadratic and cubic equations, respectively. Treatments with the addition
of sorghum, cassava scrapes and vineyard co-product reduced the values of pH (4.64, 4.69 and
4.33, respectively) and CP (24.13, 20.63 and 24, 23% in the DM) in relation to the in nature
(pH = 4.78 and CP = 25.89%) and wilted (pH = 4.78 and CP = 26.25%). The values of IVDMD
for the treatments were (49.19; 48.95; 55.38; 55.84 and 46.77%), respectively. The addition of
vineyard co-product reduced the IVDMD (46.77%). The variation in levels of N-NH
3
/NT over
the opening ds silos was explained by a cubic equation. The values of N-NH
3
/NT were below
10%, showing little loss of nitrogen in the process of fermentation. The gliricídia as in nature
presents potential to be maintained in the form of silage. The inclusion of sorghum and cassava
scrapes provide improvements in the parameters of fermentation and the nutritional value of the
silage.
Key Words: feed, alternative, conservation of forage, ruminants, semi-arid.
_________________________
*Adviser: Cristina Mattos Veloso, D.Sc., UESB and Co-advisers: Luiz Gustavo Ribeiro Pereira
and Aureliano José Vieira Pires, D.Sc., UESB.
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Teores médios de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), matéria mineral
(MM), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA), hemiceluloses (HEM), celulose (CEL), lignina (LIG) e
digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da gliricídia e dos aditivos
Tabela 2 - Teores médios, valor de probabilidade (P) e coeficiente de variação (CV) para
composição química, perfil de fermentação e digestibilidade in vitro da matéria
seca (DIVMS), de silagens de gliricídia acrescida de aditivos e submetida ao
emuchercimento, aberta em diferentes períodos de fermentação (PF)
Tabela 3 - Desdobramento da interação do dia de abertura do silo x tratamento para lignina
das silagens de gliricídia
Tabela 4 - Desdobramento da interação dia de ensilagem x tratamento para N-NH3/NT
(%MS) nos tratamentos das silagens de gliricídia: in natura, emurchecida e com
aditivos
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Estimativa da MS em função do dia de abertura do silo
Figura 2 - Estimativa da MO em função do dia de abertura do silo
Figura 3 - Estimativa da MM em função do dia de abertura do silo
Figura 4 - Estimativa da PB em função do dia de abertura do silo
Figura 5 - Estimativa da DIVMS em função do dia de abertura do silo
Figura 6 - Estimativa do pH em função do dia de abertura do silo
ix
LISTA DE SÍMBOLOS
CEL Celulose
CHOT
CV
Carboidratos totais
Coeficiente de variação
DIVMS Digestibilidade in vitro da matéria seca
EE
FDA
Extrato etéreo
Fibra em detergente ácido
FDN Fibra em detergente neutro
HEM Hemicelulose
LIG Lignina
MM
MO
Matéria mineral
Matéria orgânica
MS Matéria seca
N-NH
3
/NT Nitrogênio amoniacal do nitrogênio total
PB Proteína bruta
PF Período de fermentação
pH Potencial hidrogeniônico
PV Peso verde
x
SUMÁRIO
Resumo .......................................................................................................................... V
Abstract ......................................................................................................................... VI
Lista de Tabelas ............................................................................................................. VII
Lista de Figuras ............................................................................................................. VIII
Lista de Símbolos .......................................................................................................... IX
1
Introdução ...................................................................................................................... 11
2
Revisão de literatura ...................................................................................................... 13
2.1 A Gliricídia .............................................................................................................. 13
2.2 Fatores que afetam a capacidade fermentativa das silagens .................................... 14
2.3 Emurchecimento das forragens para confecção de silagens ................................... 15
2.4 Uso de aditivos na silagem ...................................................................................... 16
2.5 Aditivos absorventes de umidade e/ou nutritivos .................................................... 16
Sorgo ........................................................................................................................ 16
Raspa de mandioca ................................................................................................... 17
Co-produto de vitivinícolas ...................................................................................... 18
2.6 Critérios para avaliação de qualidade de silagem ................................................... 18
Teor de matéria seca (MS) ....................................................................................... 18
pH ............................................................................................................................. 18
Nitrogênio amoniacal parte do nitrogênio total (N-NH
3
/NT) .................................. 19
Composição bromatológica e digestibilidade in vitro .............................................. 19
3
Material e métodos ........................................................................................................ 21
4
Resultados e discussão .................................................................................................. 24
5
Conclusões ..................................................................................................................... 34
Referências bibliográficas ............................................................................................. 35
11
11
INTRODUÇÃO
A pecuária é uma das alternativas mais promissoras para o semi-árido, sendo a
vegetação da caatinga a principal fonte de alimentação dos rebanhos. Ainda que apresente baixa
capacidade de suporte, o desafio da exploração neste ambiente é a adoção de sistemas de
produção que sejam sustentáveis no tempo, e que apresentem também competitividade (Pereira
et al., 2007).
A pecuária, quando comparada à agricultura, é menos afetada pela seca e predomina
sobre esta última em quase todas as regiões semi-áridas do mundo (Meneses e Sampaio, 2000).
A zona semi-árida, apesar de possuir solos com fertilidade natural de média a alta tem
como principal fator limitante do crescimento das forrageiras o acentuado déficit hídrico na
maioria dos meses do ano. Sob tais condições ocorre uma marcante estacionalidade na produção
de forragem (Rangel et al., 2001).
Desta forma, para os sistemas se tornarem viáveis, torna-se necessário o
estabelecimento de estratégias de alimentação dos rebanhos, nas quais deve ser considerada a
necessidade de produção de volumoso suplementar, visando a preservação de parte do
excedente de forragem produzida no período favorável, além da utilização racional de
concentrados protéicos e energéticos (Pereira et al., 2007).
Vários métodos de conservação de forragem estão disponíveis para contornar este
problema, sendo o processo de ensilagem uma importante alternativa.
As alternativas de alimentação dos animais nos períodos secos, no semi-árido, baseiam-
se na produção e conservação de espécies forrageiras nativas ou cultivadas, no uso de alguns co-
produtos agroindustriais e na compra de ingredientes concentrados. Todas essas alternativas são
utilizadas de acordo com o perfil tecnológico, social e econômico do produtor rural.
Diversas alternativas de forrageiras podem ser utilizadas para produção de silagens,
sendo as culturas de milho e sorgo apresentadas como as espécies mais adaptadas ao processo
de ensilagem (Zago, 1991). A silagem de milho é considerada como padrão, com valor nutritivo
tomado como referência. Entretanto, na região Semi-Árida sua produção e qualidade são
incertas de ano para ano, por serem muito influenciadas pela disponibilidade de água no solo.
Apesar do sorgo, de um modo geral, ter apresentado produções de matéria seca mais elevadas
que o milho, especialmente em locais em que ocorrem estiagens longas com freqüência, são
necessárias outras opções de culturas, principalmente em regiões semi-áridas (Pereira et al.,
2003).
A gliricídia, por apresentar ampla tolerância a variação de precipitação pluviométrica,
por ser uma leguminosa arbórea perene de fácil cultivo, destaca-se como opção para o plantio
com fins forrageiros.
12
12
As leguminosas geralmente apresentam características indesejáveis para serem
conservadas na forma de silagem, dentre as quais podem ser citadas as concentrações reduzidas
de carboidratos solúveis e o elevado poder tampão. A composição bromatológica e a
digestibilidade in vitro da matéria seca de silagens de gliricídia foram avaliadas por Cabral Jr. et
al., 2003; Rangel et al., 2006 e Chagas et al., 2006.
No sertão e agreste nordestino a gliricídia vem sendo utilizada na forma de silagem e os
relatos de satisfação dos produtores são freqüentes. No sistema de produção de base
agroecológica da Embrapa Semi-Árido, localizada no município de Nossa Senhora da Glória,
agreste Sergipano, a silagem de gliricídia é um recurso forrageiro utilizado com sucesso a
aproximadamente 20 anos. Apesar da existência de trabalhos científicos e utilização da silagem
de gliricídia por produtores, o perfil de fermentação destas silagens ainda não foi avaliado. Este
tipo de estudo é importante por possibilitar a avaliação do potencial de conservação da forragem
na forma de silagem.
O processo de fermentação é complexo, envolvendo variações químicas e
microbiológicas na massa ensilada, podendo resultar em uma silagem de boa ou de
qualidade. A utilização de aditivos ou o emurchecimento pode melhorar a qualidade das
silagens de leguminosas, fornecendo condições para uma boa fermentação.
O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil de fermentação e a composição bromatológica
da silagem de Gliricídia in natura, emurchecida e aditivada.
13
13
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 - A Gliricídia
A Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. é uma leguminosa arbórea nativa da América do Sul
e Central, com distribuição pelas regiões tropicais (Sumberg, 1985). Segundo Duque (1998),
esta espécie ocorre naturalmente no México, Colômbia, Venezuela e Guianas. Desde os tempos
pré-colombianos, a G. sepium era cultivada além das áreas de ocorrência natural, tendo sido
naturalizada em Cuba, Jamaica, Havaí, África Ocidental e Meridional, Índia, Siri Lanka,
Tailândia, Filipinas, Indonésia e Austrália (Parrotta, 1992).
É uma árvore da família Faboideae (Papilionoideae). No passado, a Gliricidia sepium
foi descrita nos gêneros Robinia e Lonchocarpus. Além da G. sepium, outras espécies são
relatadas, como a G. maculata, que é nativa da península de Yucatán, no México; e G.
guatemalensis, nativa de regiões altas entre 1.500 e 2.000 m de altitude, na região do México
Meridional, Guatemala, El Salvador, Honduras e, possivelmente, a Nicarágua. Ambas as
espécies possuem flores esbranquiçadas, vagens e sementes menores que as da G. sepium
(Parrotta, 1992).
Apesar de existirem várias espécies no gênero, somente a G. sepium tem sido usada
como moirões vivos. O nome do gênero, Gliricidia, em latim significa "mata-ratos" e o nome
específico, sepium, significa "cercas vivas", indicando o uso mais popular dado a espécie
(Parrotta, 1992).
No Brasil é conhecida como gliricídia, no México e em países da América Central como
“madero negro, mata ratón e madre de cacao”. G. sepium, é uma espécie de grande interesse
comercial e econômico para regiões tropicais pelas suas características de uso múltiplo
(Drumond e Carvalho Filho, 1999).
A gliricídia apresenta crescimento rápido e enraizamento profundo, o que lhe confere
boa tolerância à seca. Igualmente, suporta muito bem a realização de cortes periódicos,
conseqüência da sua alta capacidade de rebrota. É considerada uma espécie de múltiplos usos,
como sejam: adubação verde, forragem, reflorestamento, cerca viva, entre outros (Carvalho
Filho et al., 1997).
Há vários anos, esta espécie foi introduzida na região sul da Bahia para o sombreamento
do cacau, posteriormente foi introduzida por estaquia em Petrolina-PE, região semi-árida. As
estacas foram plantadas na sede da Embrapa Semi-Árido e hoje esta espécie encontra-se
difundida e explorada como forrageira pelo seu alto valor nutritivo e como produtora de estacas
vivas (Drumond e Carvalho Filho, 1999).
Segundo Barreto et al. (2004) a gliricídia apresenta grande capacidade de rebrota e, em
torno de quatro meses após algum corte, em geral as plantas recompõem toda parte aérea, sendo
14
14
possível realizar três cortes por ano. Os três cortes anuais produzem em média 4,5 t ha
-1
de
matéria seca, correspondente a folhas e ramos finos de no máximo 1 cm de diâmetro.
Barreto e Fernandes (2001), relataram a alta produtividade de biomassa seca da
gliricídia (5.800 kg ha
-1
) na média de quatro anos.
A forragem de gliricídia é constituída de folhas e hastes tenras e possui na matéria seca
20% a 30% de proteína bruta, 53% de FDN, 33% de FDA e digestibilidade in vitro da matéria
seca 54 a 70 % (Camero, 1994; Gómez et al.,1995).
Chagas et al. (2006) avaliaram a composição química e pH de silagens de forrageiras
nativas e adaptadas ao semi-árido e encontraram os valores de pH (4,8), MS (34,17%), PB
(19,09 %MS), FDN (52,72 %MS) e NDT (61,79 %) para a silagem de gliricídia.
Nozella (2001) avaliou a concentração de tanino em plantas com potencial forrageiro
para ruminantes e observou que a gliricídia apresenta baixos teores de fenóis (13,72 g/kg MS),
taninos (6,86 g/kg MS) e taninos condensados (0,30 g/kg MS), enquanto que a leucena
apresenta teores de fenóis (92,85 g/kg MS), taninos (79,33 g/kg MS) e taninos condensados
(65,40 g/kg MS).
Van Hao e Ledin (2001), avaliaram o desempenho de caprinos alimentados com
gliricídia e observaram que a dieta com 30% gliricídia apresentou os maiores valores para
ingestão de MS (2,8% Peso Corporal) e ganho de peso (105 g /dia).
2.2 – Fatores que afetam a capacidade fermentativa das silagens
A qualidade da silagem produzida depende de propriedades intrínsecas do próprio
alimento e das condições ambientais proporcionadas no interior do silo, como vedação das
superfícies, exclusão do ar, compactação da massa, tamanho de partícula, entre outros (Tosi et
al., 1999). A espécie forrageira, o teor de matéria seca, a idade da planta e sua composição
química são alguns fatores intrínsecos ao alimento que irão influenciar o produto final (Silveira,
1988).
O teor de umidade elevado de forragens para a prática da ensilagem interfere de forma
negativa no processo fermentativo. O excesso de umidade limita a fermentação desejável no
silo, pois o valor de pH abaixo do qual o crescimento de clostrídeos é inibido varia diretamente
com o teor de matéria seca da planta e, a menos que os níveis de carboidratos solúveis sejam
excepcionalmente altos, a ensilagem de material úmido pode sofrer fermentação butírica,
resultando em altas perdas e silagem de baixo valor nutritivo (McDonald et al., 1991).
Forragens com alto teor de umidade propiciam o desenvolvimento de fermentações
secundarias indesejáveis, que podem ocasionar à degradação da proteína, resultando no aumento
da produção de N-NH
3
(Lavezzo, 1992).
As principais características que determinam o padrão de fermentação, durante a
ensilagem, envolvem a interação dos fatores: teor de matéria seca, carboidratos solúveis e poder
15
15
tampão da planta (Wilkinson, 1998). Esses fatores podem influenciar negativamente o processo
fermentativo, impedindo o rápido decréscimo do pH, favorecendo assim fermentações
secundárias indesejáveis (Woolford, 1984 citado por Ítavo et al., 1998).
O principal método de reduzir a umidade do material a ser ensilado é o emurchecimento
no campo. Essa técnica possibilita o armazenamento de forragens cortadas com baixo teor de
matéria seca por um processo simples, em que as fermentações indesejáveis são facilmente
controladas pelo aumento da pressão osmótica (Muck, 1990).
2.3 Emurchecimento das forragens para confecção de silagens
O emurchecimento caracteriza-se como uma das práticas mais eficientes em
incrementar o teor de MS da forragem. Não bastasse este benefício, a redução da umidade das
forragens, a serem ensiladas, é acompanhada pela redução da capacidade tamponante do
material (Playne e McDonald, citado por Ribeiro, 2007).
Esta prática restringe a disponibilidade de íons inorgânicos para a formação de novos
sistemas tampões com os ácidos orgânicos, produzidos durante o processo fermentativo
(Ribeiro, 2007).
Silagens emurchecidas e não emurchecidas diferem em suas características qualitativas.
O emurchecimento proporciona na maioria das vezes, valores de pH relativamente altos (acima
de 4,5), menor teor de ácido lático e alto teor de carboidratos solúveis, em virtude do aumento
da pressão osmótica e/ou redução no poder tampão da massa ensilada, proporcionando eficiente
fermentação do material ensilado (Vilela, 1998).
Segundo Lavezzo (1985), essa prática melhora a qualidade da silagem, em especial a
digestibilidade, o consumo voluntário e a eficiência de utilização do nitrogênio pelo animal.
Tosi et al. (1999), trabalhando com diferentes cnicas de redução de umidade no
capim-Elefante para ensilagem, entre elas o emurchecimento durante 12 horas, constataram que
o emurchecimento por este período foi suficiente para promover, aumento da MS, redução do
N-NH
3
/NT, aumento da concentração de ácido lático e redução do pH frente ao tratamento
controle (ensilagem do capim in natura), revelando-se assim uma técnica adequada para a
ensilagem.
Bergamaschine et al. (2006), observando a qualidade e o valor nutritivo de silagem de
capim-Marandu produzidas com forragem emurchecida concluíram que o emurchecimento pode
ser recomendado como técnica para ensilagem de capim-Marandu apresentando 24% de MS,
pois melhorou a qualidade da silagem ao diminuírem os teores de nitrogênio amoniacal e
estimularem o consumo de MS.
Cabral Jr. et al. (2003), avaliaram o efeito de diferentes tempos de emurchecimento na
dinâmica fermentativa da silagem de gliricídia e observaram que esse processo teve efeito
positivo, aumentando o teor de MS .
16
16
2.4 Uso de aditivos na silagem
O processo de ensilagem apresenta riscos que podem levar as perdas de nutrientes
decorrentes de fermentações indesejáveis (Vieira et al., 2004). A inclusão de produtos externos
(os aditivos), ao processo de ensilagem tem como função reduzir os riscos do processo,
prevenindo as fermentações secundárias, aumentando o valor nutritivo e melhorando a
estabilidade aeróbia da silagem produzida (Henderson, 1993; Costa et al., 2001).
Segundo Henderson (1993) e Woolford (1984) estes aditivos dividem-se em três
categorias: estimulantes da fermentação (inoculantes bacterianos e enzimas), fontes de
nutrientes e/ou absorventes de umidade (polpa cítrica peletizada, casca de soja peletizada) e
inibidores de fermentação (ácidos orgânicos: propiônico, acético e fórmico; ácidos inorgânicos:
sulfúrico e fosfórico).
2.5 – Aditivos absorventes de umidade e/ou nutritivos
Aditivos absorventes proporcionam no material ensilado aumento do teor de MS,
redução da produção de efluentes e melhora no valor nutritivo de silagens (McDonald et al.,
1991).
A capacidade de retenção de umidade de um aditivo absorvente pode variar a partir de
sua composição química, observando que aditivos com maiores graus de lignificação têm maior
capacidade de retenção de umidade. Todavia tais aditivos provocam uma redução do valor
nutritivo da silagem (Jones e Jones, 1996).
Andrade e Lavezzo (1998), estudando o efeito da adição de alguns aditivos (rolão de
milho, farelo de trigo e sacharina) na ensilagem de capim elefante constataram que a utilização
desses aditivos elevou de forma linear a porcentagem de MS nas silagens.
Aditivos nutritivos são definidos como substâncias que, quando adicionadas ao material
ensilado, contribuem significativamente para as necessidades nutricionais dos animais.
A adoção de aditivo nutritivo superior ao apresentado ao material ensilado, deve ser
sempre cogitada, uma vez que, além de possibilitar melhoria no processo de fermentação,
garantido uma maior manutenção da qualidade do material original, ele possui a capacidade de
aumentar o valor nutritivo da silagem (Lopes, 2006).
Sorgo
Segundo Teixeira (1998) o sorgo pode ser utilizado para produção de forragem ou de
grãos para alimentação animal. Algumas variedades de sorgo apresentam em seu pericarpo
substâncias amargas denominadas taninos, que é responsável por inibição de algumas enzimas
no sistema digestivo, interferindo no metabolismo de proteínas e carboidratos, diminuindo sua
17
17
digestibilidade e conseqüentemente a resposta animal. O ácido tânico quando presente nas
dietas combina com grupamentos metil da metionina e colina, provocando redução nas
disponibilidades destes compostos reduzindo a taxa de crescimento. Pode também inibir a ação
da tripsina. O grão de sorgo destinado ao consumo animal deve ser isento de fungos,
micotoxinas, sementes tóxicas, pesticidas, conter no máximo 1% de taninos, expresso em ácido
tânico (ANFAR, 1985). O grão apresenta composição semelhante à do milho, com pouco menos
de energia e pouco mais de proteína, que varia de 9 a 13%, dependendo da variedade. Tem
baixo teor de caroteno, pigmentos xantofílicos, isoleucina e leucina. Deve ser fornecido
triturado ou moído devido à baixa digestibilidade do grão inteiro (Lana, 2000).
Raspa de mandioca
Raspa de mandioca é o produto obtido mediante a desidratação, sob qualquer processo,
da raiz integral (polpa e casca) da mandioca (Manihot esculenta Crantz), na forma de pequenos
pedaços ou fatias de forma e tamanho variados (Marques et al., 2000).
A mandioca e seus co-produtos podem ser fontes alternativas de energia, visto que os
grãos mais nobres (milho e sorgo) são usados na alimentação humana e de animais não-
ruminantes, que apresentam melhor resposta à utilização deste tipo de alimento (Marques et al.,
2000).
Os valores da composição bromatológica da raiz de mandioca e seus co-produtos não
são homogêneos e padronizados, como para os alimentos clássicos usados na alimentação
animal (Martins, 1999). Segundo Cereda (1994), esta variação ocorre devido a diversos fatores,
como nível tecnológico da indústria, qualidade da mão-de-obra, metodologia de análise, assim
como as variedades de mandioca. Entretanto, esses alimentos possuem como característica
comum altos teores de carboidratos não-estruturais, com predominância do amido, e baixo
percentual de PB. O amido é o principal componente energético dos grãos e das raízes utilizados
na alimentação de ruminantes e, em virtude de suas características como fonte de reserva,
apresenta disponibilidade energética superior à dos carboidratos estruturais presentes nas dietas
dos ruminantes (Ramalho et al., 2006).
Segundo Valadares Filho (2006) a raspa de mandioca apresenta na sua composição
química, os seguintes valores: 87,59% de MS; 3,29% de PB; 0,72% de EE; 23,64% de FDN;
9,92% de FDA; 93,49% de CHO; 72,21% de NDT e 74,53% de DIVMS.
Ferrari Jr. e Lavezzo (2001) observaram que a adição do farelo de mandioca na silagem
de Capim-elefante proporcionou acréscimo no teor de MS e CHO’s solúveis melhorando a
qualidade da silagem.
Ao estudarem a qualidade e a digestibilidade dos nutrientes da silagem de Capim-
elefante, Silva et al. (2007) verificaram que o acréscimo de bagaço de mandioca diminuiu a
umidade do material ensilado e o nível de 5% de adição do bagaço de mandioca foi satisfatório
18
18
para preservar e propiciar boa digestibilidade dos nutrientes da silagem.
Co-produto de vitivinícolas
A vitivinicultura do Vale do Rio São Francisco, região semi-árida do Nordeste, já detém
15% do mercado nacional de vinho e em função deste crescimento, o co-produto dessa
agroindústria, constituído do resíduo do despolpamento adicionado ou não do engaço, é uma
alternativa alimentar para os animais da região, contribuindo desta forma para um destino
ecologicamente correto e economicamente viável dos resíduos gerados por esta agroindústria
(Barroso et al., 2006).
O co-produto de vitivinícolas possui bons teores de proteína bruta e carboidratos totais,
14,77 e 66,00%, respectivamente (Dantas et al., 2004), porém, a digestibilidade da proteína
bruta e energia são baixas (Lima e Leboute, 1986).
Segundo Tosto et al. (2007) o co-produto de vitivinícolas desidratado apresenta na sua
composição química, os seguintes valores: 85,68% de MS; 14,19% de PB; 6,23% de EE;
43,97% de FDN; 35,33% de FDA; 12,46% de celulose; 22,87% de lignina e 8,64% de
hemicelulose.
2.6 - Critérios para avaliação de qualidade de silagem
Teor de matéria Seca (MS)
O teor de MS do material ensilado é um fator importante do tipo de fermentação no
processo de ensilagem (Brito et al., 2000). O elevado teor de umidade favorece condições para
obtenção de silagens butíricas de baixa qualidade, onde ocorre grande decomposição protéica,
com evidente queda no valor nutritivo do material ensilado (Ferrari Jr. e Lavezzo, 2001).
Para Henderson (1993), teores de MS de silagens entre 25 a 30% são benéficos, uma
vez que irá reduzir a produção de efluentes e acarretará em pouco efeito negativo sobre o valor
nutritivo da silagem.
Segundo Muck (1988) o conteúdo de MS tem uma alta e negativa correlação com a
proteólise na silagem, ou seja, quando menor o conteúdo de MS no material ensilado maior vai
ser a degradação de proteínas. Outro agravante do baixo teor de MS é a produção de efluentes
que irá acarretar em perdas de substâncias nutritivas (Weinberg e Ashbell, 2002).
pH
O pH de um alimento é um dos principais fatores que determina a proliferação e a
sobrevivência dos microrganismos presentes, além de ser empregado como parâmetro na
qualificação do processo de ensilagem (Amaral et al., 2007). De acordo com Cherney e Cherney
19
19
(2003), o pH é um bom indicador da qualidade de fermentação em silagens com baixo teor de
MS, não sendo adequado para silagens com alto teor de MS.
Valores de pH entre 3,8 e 4,2 são considerados adequados às silagens bem conservadas,
pois nessa faixa se tem a restrição das enzimas proteolíticas da planta e de enterobactérias e
clostrídeos (Tomich et al., 2004). Entretanto não o valor final do pH é importante para a
conservação da silagem, mas também a rápida acidificação do meio, pois irá desnaturar de
forma eficiente a maioria das enzimas que degrada as proteínas (Vilela, 1998).
Chagas et al. (2006), avaliaram a composição química e pH de silagens de forrageiras
nativas e adaptadas ao semi-árido e encontraram um pH de 4,8 para a silagem de gliricídia.
Nitrogênio amoniacal do nitrogênio total – N-NH
3
/NT
Umas das principais modificações na ensilagem é o aumento do N-NH
3
/NT, que é
afetado pela ação de microrganismos (Amaral, et al., 2007).
A quantificação dos valores de N-NH
3
/NT das silagens pode ser utilizada como
indicativo da eficiência do processo fermentativo, pois o seu conteúdo é um indicativo da
presença de clostrídeos, uma vez que a produção desse composto é pequena por parte de outros
microrganismos da silagem e enzimas da planta (McDonald, 1981), consequentemente ocorre
uma queda na qualidade da silagem, por causa da degradação de compostos protéicos (proteínas
verdadeira, peptídeos, aminoácidos, aminas e amidas) por essas bactérias até amônia, a qual é
perdida por volatilização durante a abertura do silo (Cândido et al., 2007).
A degradação das proteínas é exercida durante a fermentação do material ensilado
quando não ocorrem condições ácidas suficientes para que as bactérias indesejáveis sejam
inibidas (McDonald et al., 1991).
Para Oshima e McDonald (1978), AFRC (1987) e Henderson (1993), silagens entre e
abaixo de 8 a 11% de N-NH
3
/NT apresentam fermentação eficiente para a conservação do
material ensilado, não ocorrendo quebra excessiva da proteína em amônia. Valores maiores que
15% de N-NH
3
/NT significam a quebra expressiva da proteína (Faria et al., 2007).
Composição bromatológica e digestibilidade in vitro
O valor nutritivo de um alimento pode se predito através da sua composição
bromatológica e digestibilidade (Ribeiro, 2007).
O conteúdo de PB é de fundamental importância na nutrição de ruminantes, pois
segundo Church (1988), é necessário no mínimo 7% desse princípio nutritivo na dieta para
garantir uma fermentação microbiana efetiva no rúmen.
A digestibilidade constitui outro importante parâmetro para avaliar o valor nutritivo de
um alimento (Oliveira et al., 1991). Segundo Barros et al. (1997), a digestibilidade é a
20
20
capacidade do alimento em permitir que o animal utilize seus nutrientes em menor ou maior
escala.
Essa capacidade é expressa pelo coeficiente de digestibilidade do nutriente, sendo uma
característica do alimento, e não do animal (Silva e Leão, 1979). A digestibilidade pode ser
adequadamente estimada por meio de dispositivos que simulem as condições de fermentação
ruminal por métodos in vitro (Van Soest, 1994).
A digestibilidade do alimento é influenciada por aspectos quantitativos e qualitativos
inerentes à parede celular. O FDN é o parâmetro mais utilizado para avaliações quantitativas da
parede celular, representando os constituintes de baixa velocidade de degradação na dieta
(Mertens, 1989) É composto principalmente por hemiceluloses, celulose (substratos disponíveis
para a fermentação ruminal) e lignina além de possuir sílica e cutina (Van Soest, 1994).
21
21
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Embrapa Semi-Árido, localizada no município de
Petrolina - PE, que, de acordo com a classificação de Köppen, apresenta clima do tipo BSwh',
definido como semi-árido (chuva anual inferior a 750mm), sem excesso hídrico. A umidade
relativa é de 60%, com precipitação média anual de 578mm. A estação chuvosa ocorre no
período de novembro a abril, e a seca no período de maio a outubro.
Para a composição do material a ser ensilado foram utilizadas as plantas após
aproximadamente seis meses de crescimento (1º corte), com aproximadamente 2,00 m de altura,
que foram cortadas a 0,50 cm do solo com facão e serrote. Foram utilizadas as ramas com
diâmetro da haste inferior a 1cm. O material foi colhido no dia 23 de abril de 2007 e processado
em picadeira estacionária (Modelo DP-2 da marca Cremasco) regulada para cortes de 2-2,5 cm.
O material picado foi homogeneizado manualmente e amostrado como material não ensilado
(material original) e ensilado em silos experimentais feitos com tubos de "PVC", com 10 cm de
diâmetro e 50 cm de comprimento.
Os tratamentos (T) constituíram de cinco silagens: T
1
- silagem de gliricídia (SG) in
natura, T
2
- SG emurchecida (quatro horas ao sol), T
3
- SG + sorgo grão moído (10% do peso
verde), T
4
- SG + raspa de mandioca (10% do PV) e T
5
- SG + co-produto de vitivinícolas (10%
do PV). A composição química da gliricídia e dos aditivos encontra-se na Tabela 1.
Utilizaram-se 14 silos por tratamento, totalizando 70 silos que foram preenchidos até 45
cm de altura, compactados com auxílio de um êmbolo de madeira e fechados com dupla camada
de lona plástica. As lonas foram amarradas com ligas de borracha e os silos, junto com as
amostras do material original, foram conduzidos para o Laboratório de Nutrição Animal da
Embrapa Semi-Árido, onde foram realizadas as aberturas dos silos e as análises laboratoriais.
O material original foi pré-seco em estufa de ventilação forçada a 55ºC por 72 horas.
Posteriormente, após uma hora de estabilização na temperatura ambiente foi pesado para a
determinação da matéria pré-seca.
22
22
Tabela 1 - Teores médios de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), matéria mineral (MM),
proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido
(FDA), hemicelulose (HEM), celulose (CEL), lignina (LIG) e digestibilidade in vitro
da matéria seca (DIVMS) da gliricídia e dos aditivos
Variável Gliricídia
Sorgo
(grão)
Raspa de
mandioca
Co-produto de
vitivinícolas
MS
1
28,01 88,18 90,35 95,78
MO
2
90,77 97,76 94,38 91,02
MM
2
9,23 2,24 5,62 8,98
PB
2
25,88 11,24 3,49 15,05
EE
*
6,72 3,03 0,72 -
CHOT
*
58,17 85,30 93,49 -
FDN
2
45,19 15,99 21,93 58,06
FDA
2
37,91 13,16 10,48 51,93
HEM
2
7,28 2,83 11,45 6,13
CEL
2
31,65 10,58 7,74 34,41
LIG
2
6,25 2,57 2,74 17,52
DIVMS
1
50,25 71,25 81,85 44,55
1
%,
2
% da MS e
*
Valores de tabelas (VALADARES FILHO et al., 2006) e valores estimados a partir de dados
obtidos e dados tabelados
Os silos ficaram armazenados à temperatura ambiente e as aberturas ocorreram com um,
três, cinco, sete, 14, 28 e 56 dias de ensilagem. A silagem foi manualmente removida e
recolhida em recipiente plástico para homogeneização. Parte da silagem foi amostrada e seca em
estufa de ventilação forçada até peso constante (semelhante ao material original), enquanto
outra porção foi utilizada para avaliação do pH e N-NH
3
/NT.
Para a determinação do pH, foram coletados 9 gramas de amostra da parte central dos
silos, sendo estas homogeneizada em 60 ml de água destilada onde permaneceu por 30 minutos
para posterior leitura em um potenciômetro (Wilson e Wilkins, 1972). O teor de Nitrogênio
Amoniacal como parte do Nitrogênio Total (N-NH
3
/NT, em %) foi determinado pesando-se 50
g de amostra de silagem fresca e transferida para o liquidificador, juntamente com 200 mL de
solução de cloreto de potássio 2 mol/L por 10 minutos, filtrou-se e coletou-se 10 mL
transferindo para tubo digestor contendo 250 mg de óxido de magnésio calcinado,
posteriormente foi feita a destilação para a captação da amônia.
O material pré-seco (material original e silagens) foi moído em partículas de 1 mm em
moinho de facas do tipo Willey e acondicionados em sacos de plásticos para posteriores
análises.
Nos materiais pré-secos e moídos, foram determinados os teores de matéria seca (MS)
em estufa a 105ºC (AOAC, 1980), de proteína bruta (PB) pelo método de Kjeldhal (AOAC,
23
23
1980), os componentes da parede celular (FDN, FDA, hemicelulose, celulose e lignina) pelo
método seqüencial (Van Soest et al., 1991) e a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS)
de acordo com Tilley e Terry (1963).
Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 5
x 7, com duas repetições, composto dos fatores tratamento (1 – gliricídia in natura; 2
gliricídia emurchecida; 3 - gliricídia + 10% de sorgo (grão moído); 4 – gliricídia + 10% raspa de
mandioca; 5 - gliricídia + 10% de co-produto de vitivinícolas) e períodos de fermentação da
ensilagem de gliricídia (1, 3, 5, 7, 14, 28 e 56 dias).
Os dados foram analisados pelos procedimentos da análise de variância e regressão
utilizando-se como ferramenta de auxílio às análises o programa SAEG versão 9.0 (SAEG,
2005).
Para os fatores qualitativos, as médias entre os tratamentos foram comparadas pelo teste
de Student Newman Keuls a 1% de significância. Enquanto, para os fatores quantitativos, em
função dos dias de abertura dos silos, procedeu-se análise de regressão, em que se ajustaram as
equações com base no coeficiente de determinação e na significância dos coeficientes de
regressão utilizando-se o teste t de Student a 1% de probabilidade.
24
24
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Encontra-se na Tabela 2 os valores médios da composição química das variáveis, de dia
de abertura do silos e da DIVMS em função dos tratamentos com as silagens de gliricídia e dos
dias de abertura dos silos. Observou-se diferença significativa (P<0,01) entre os tratamentos,
independente do dia de abertura dos silos, para as variáveis MS, MO, MM, PB, FDA,
hemicelulose, celulose, DIVMS e pH.
A silagem emurchecida foi o tratamento que apresentou o maior teor de MS (39,07%)
em relação aos demais tratamentos, valor superior ao encontrado por Cabral et al. (2003),
analisando silagem de gliricídia emurchecida por seis horas (25,69%).
A técnica do emurchecimento proporcionou aumento no teor de MS da silagem de
Gliricídia em 41,44% em relação ao tratamento da silagem in natura (P<0,01), a qual
apresentou o menor teor de MS (27,62%), valor inferior ao encontrado por Chagas et al. (2006),
analisando silagem de gliricídia in natura (34,17%).
O percentual de MS dos tratamentos com sorgo (32,55%), raspa de mandioca (32,89%)
e co-produto de vitivinícolas (32,79%) não diferiram (P>0,01), o tratamento emurchecimento
propiciou valores de MS mais elevados (P<0,01).
Estes valores médios de MS estão em conformidade com trabalhos de vários autores,
quando se tratam de silagens de forrageiras nativas e ou leguminosas (Dantas et al., 2006; Guim
et al., 2004) e superiores aos teores mínimos para forragens tropicais sugeridos por Vilela
(1984) de 25%.
O tempo de emurchecimento por quatro horas e a adição do sorgo (grão), da raspa de
mandioca e do co-produto de vitivinícolas foi suficiente para elevar os teores de MS até níveis
considerados ótimos para boa fermentação, situados entre 30 e 40% (Tosi, 1973; Silveira, 1975;
Vilela, 1984).
25
25
Tabela 2 - Teores médios, valor de probabilidade (P) e coeficiente de variação (CV) para composição química, digestibilidade in vitro da matéria seca
(DIVMS) e perfil de fermentação de silagens de gliricídia acrescidas de aditivos e submetida ao emurchecimento, abertas em diferentes períodos
de fermentação (PF)
Variável
Tratamento*
Período de fermentação (dias) Valor P CV (%)
1 2 3 4 5 0 1 3 5 7 14 28 56 Trat PF Inter**
MS 27,62
c
39,07
a
32,55
b
32,89
b
32,79
b
34,42
32,20 31,97 31,97 33,52 34,25 33,28 32,27 <.0001
<.0001 0,8114 3,65
MO 90,62
c
90,27
d
92,17
a
91,18
b
90,78
c
91,24
90,68 90,53 90,72 91,39 91,22 90,98 91,26 <.0001
<.0001 0,3461 0,43
MM 9,38
b
9,73
a
7,83
d
8,82
c
9,22
b
8,76 9,32 9,47 9,28 8,61 8,78 9,03 8,74 <.0001
<.0001 0,3461 4,32
PB 25,89
a
26,25
a
24,13
b
20,63
c
24,23
b
24,04
24,69 25,25 24,61 23,48 23,56 24,21 23,97 <.0001
0,0044 0,6751 4,14
FDN 50,40 48,73 49,65 48,62 51,24 48,54
49,76 50,40 50,17 51,49 50,93 49,44 47,09 0,1126 0,0935 0,0379 5,86
FDA 28,68
b
29,98
ab
25,75
c
25,00
c
30,34
a
27,27
28,73 27,64 28,72 28,23 28,21 27,43 27,38 <.0001
0,0975 0,0146 4,92
HEM 22,15
ab
18,67
c
24,91
a
24,17
ab
21,03
bc
21,13
21,42 23,53 22,74 23,48 23,11 22,18 19,91 <.0001
0,1050 0,0133 11,28
CEL 32,48
a
32,43
a
28,17
b
27,57
b
33,74
a
29,14
30,54 30,08 32,62 31,14 30,73 31,38 31,41 <.0001
0,0901 0,4594 7,49
LIG 6,41 7,48 6,28 6,32 8,04 6,77 6,94 6,90 6,84 6,97 6,95 6,95 6,94 <.0001
<,0001 <.0001 0,38
DIVMS 49,19
b
48,95
b
55,38
a
55,84
a
46,77
c
51,75
52,54 51,11 50,41 49,58 51,16 52,12 51,13 <.0001
0,0030 0,0163 2,85
pH 4,78
a
4,78
a
4,64
b
4,69
b
4,33
c
-- 4,77 4,61 4,63 4,58 4,70 4,54 4,67 <.0001
<.0001 0,0576 1,61
N-NH
3
/NT
8,66 7,02 8,35 10,66 7,23 -- 4,62 7,66 8,22 8,66 8,85 8,84 11,84 <.0001
<.0001 0,0094 8,48
MS - matéria seca, MO - matéria orgânica, MM – matéria mineral, PB - proteína bruta, FDN - fibra em detergente neutro, FDA - fibra em detergente ácido, HEM - hemicelulose, CEL - celulose, LIG
- lignina, DIVMS - digestibilidade in vitro da matéria seca, N-NH
3
/NT - nitrogênio amoniacal do nitrogênio total.
*
Tratamentos: 1- silagem de gliricídia in natura; 2- silagem de gliricídia emurchecida; 3- silagem de gliricídia + 10% de sorgo; 4- silagem de gliricídia + 10% de raspa de mandioca e 5- silagem de
gliricídia + 10% de co-produto de vitivinícola.
**
Inter - Interação entre tratamento e período de fermentação.
Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem entre si pelo teste de Student Newman Keuls (P<0,01).
25
25
Como pode ser observado na Figura 1, as modificações nos teores de MS ao longo dos
dias de abertura dos silos foram representadas por uma equação quadrática (P<0,01). Houve
variação de 34,42 a 32,27% do momento da ensilagem até o último de dia de fermentação,
respectivamente.
Verificou-se um aumento do teor de MS até a quarta semana de fermentação,
posteriormente, esses valores reduziram até o 56
0
dia de fermentação, porém o coeficiente de
determinação (R
2
) foi inferior a 70%.
25
27
29
31
33
35
37
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
Matéria Seca (%)
Figura 1 - Estimativa da MS em função do dia de abertura do silo
O tratamento da silagem aditivada com sorgo apresentou o maior e o menor (P<0,01)
percentuais de MO (92,17%) e MM (7,83%), respectivamente, já o tratamento da silagem
emurchecida teve o menor e o maior (P<0,01) percentuais de MO (90,27%) e MM (9,73%). O
tratamento da silagem aditivada com raspa de mandioca foi superior para o teor de MO
(P<0,01) e inferior para o teor de MM (P<0,01) em relação aos demais tratamentos. Os
tratamentos in natura e aditivada com resíduo de vitivinícolas não apresentaram diferença
significativa (P>0,01) para os teores de MO e MM (Tabela 2).
O aumento do teor de MO nas silagens aditivadas é reflexo do maior percentual dessa
fração nestes aditivos frente a gliricídia, destacando-se o sorgo que apresentou em sua
composição 97,76%. Andrade e Lavezzo (1998) utilizando níveis crescentes de três aditivos
com características absorventes (sacharina, farelo de trigo e rolão de milho) na ensilagem de
capim-elefante, constataram que houve aumento nos teores de MO à medida que se aumentaram
os níveis de aplicação dos aditivos, refletindo em parte, o teor de MO dos aditivos que são
maiores que do capim-elefante.
= 31,8478 + 0,196182d – 0,0034211 d
2
R
2
=0,65
26
26
O perfil de modificação da MO foi expliocada pela equação cúbica (P<0,01)
demonstrada na Figura 2. Verificou-se a diminuição do teor de MO até o terceiro dia de
fermentação, posteriormente, esses valores aumentaram até o sétimo dia, reduziram até o 28
0
e
aumentaram posteriormente até o 56
0
dia de fermentação (Figura 2).
88,0
89,0
90,0
91,0
92,0
93,0
94,0
95,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
Matéria orgânica (%MS)
Figura 2 - Estimativa da MO em função do dia de abertura do silo
A redução no teor de MO das silagens é provavelmente explicado pela fermentação dos
compostos solúveis, principalmente nos primeiros 4 dias, levando ao aumento da proporção de
MM na MS.
A equação de regressão cúbica (P<0,01) para os teores de MM encontram-se na Figura 3.
Verificou-se o aumento do teor de MM até o terceiro dia de fermentação, posteriormente, esses
valores diminuíram até o sétimo dia, aumentando até o 28
0
e diminuindo posteriormente até o
56
0
dia de fermentação. Foi significativo estatisticamente porque o CV foi muito baixo (4,32),
mas as diferenças tem pouca importancia biológica.
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
Matéria mineral (%MS)
Figura 3 - Estimativa da MM em função do dia de abertura do silo
= 90,3984 + 0,133185d - 0,0059469d
2
+ 0,00006862d
3
R
2
=0,67
= 9,60161 - 0,133185d + 0,005947d
2
- 0,00006862d
3
R
2
=0,67
27
27
Os valores de PB foram maiores para os tratamentos in natura e emurchecido (25,89 e
26,25%), os quais não apresentaram diferença entre si (P>0,01). A adição de sorgo, da raspa
de mandioca e do co-produto de vitivinícolas reduziram o teor de PB (P<0,01), sendo o menor
valor para o tratamento com adição da raspa de mandioca (20,63%). Esses valores de PB
encontrados foram superiores aos descritos por Chagas et al. (2006) para silagem de gliricídia
in natura, que relataram 19,09%. No entanto, foram próximos ao encontrado por Rangel et al.
(2006) avaliando a silagem de gliricídia (22,76%).
Para o teor de PB foi observado efeito quadrático (P<0,01) ao decorrer dos dias de
abertura dos silos (Figura 4). Os teores de PB variaram de 24,04 a 23,97% do momento da
ensilagem até o último de dia de fermentação, respectivamente.
20,00
21,50
23,00
24,50
26,00
27,50
29,00
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
Proteína Bruta (%MS)
Figura 4 - Estimativa da PB em função do dia de abertura do silo
Os tratamentos influenciaram (P<0,01) os constituintes da parede celular, exceto para
FDN (Tabela 2).
O teor de FDA dos tratamentos com sorgo (25,75%) e raspa de mandioca (25,00%)
foram inferiores (P<0,01) aos demais tratamentos, o tratamento com co-produto de
vitivinícolas (32,79%) apresentou o valor de FDA mais elevado (P<0,01), os tratamentos in
ntura e emurchecido não diferiram entre si (P>0,01). Os valores inferiores para os tratamentos
com sorgo e raspa de mandioca pode ser explicado pela composição bromatológica desses
alimentos.
Para a variável HEM os tratamentos in natura (22,15%), com sorgo (24,91%) e raspa de
mandioca (24,17%) apresentaram os maiores valores (P<0,01), o tratamento com co-produto
de vitivinícolas (21,03%) e emurchecido (18,67%) apresentaram os menores valores (P<0,01),
os tratamentos in natura, com raspa de mandioca e co-produto de vitivinícolas não diferiram
entre si (P>0,01).
= 25,511 – 0,285415d + 0,0134402 d
2
– 0,000152777 d
3
R
2
=0,43
28
28
Quanto aos teores de CEL, os tratamentos in natura, emurchecido e com adição de co-
produto de vitivinícolas não apresentaram diferença (P>0,01), demonstrando os maiores valores
(32,48; 32,43 e 33,74%, respectivamente). Os menores valores de CEL fora encontrados para os
tratamentos com adição do sorgo e da raspa de mandioca (28,17 e 27,57%).
Observou-se efeito de tratamento (P<0,01) sobre a DIVMS das silagens (Tabela 2). Os
tratamentos com sorgo e raspa de mandioca não diferiram entre si (P>0,01) e proporcionaram os
maiores valores de DIVMS (55,38 e 55,84%), diferindo (P<0,01) dos demais tratamentos, os
tratamentos in natura e emurchecimento não diferiram (P>0,01) entre si, o tratamento com
adição do co-produto de vitivinícolas apresentou o menor valor (46,77%).
Barroso et al. (2006) encontrou baixa digestibilidade in vitro da matéria seca (30%) para
o co-produto de vitivinícolas, conseqüentemente os coeficientes de digestibilidade dos
nutrientes foram reduzidos. Correlacionando esses baixos valores às altas concentrações de
tanino e de lignina em sua composição.
Barros et al. (1997) e Van Soest (1994) apontam a lignificação da parede celular como o
principal fator de indigestibilidade das forragens.
Para o teor de DIVMS foi observado efeito cúbico (P<0,01) ao decorrer dos dias de
abertura dos silos (Figura 5). Os teores de DIVMS variaram de 51,75 a 51,13% do momento
da ensilagem até o último de dia de fermentação, respectivamente.
45,00
47,00
49,00
51,00
53,00
55,00
57,00
59,00
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
DIVMS (%MS)
Figura 5 - Estimativa da DIVMS em função do dia de abertura do silo
Observou-se efeito de tratamento (P<0,01) sobre o pH das silagens (Tabela 2). Os
tratamentos in natura e emurchecimento não diferiram (P>0,01) e proporcionaram os maiores
valores de pH (4,78 e 4,78), diferindo (P<0,01) dos demais tratamentos, os tratamentos com
adição de sorgo e raspa de mandioca não diferiram (P>0,01) entre si, o tratamento com adição
do co-produto de vitivinícolas apresentou o menor valor (4,33).
= 51,7930 – 0,438324d + 0,0241967 d
2
– 0,000306747 d
3
R
2
= 0,90
29
29
O co-produto de vitivinícola é proveniente de um processo de fermentação, assim a
presença de ácidos orgânicos pode ter contribuído para o pH inferior (P<0,01).
Comparando o valor de pH da silagem sem aditivos (4,78) e com aditivos (valor médio
dos tratamentos de 4,5) (Tabela 2), constata-se a eficiência dos aditivos na redução do pH. A
eficiência dos aditivos na melhoria da qualidade de fermentação pode ser explicada pelo
fornecimento de carboidratos solúveis, aumento do teor de MS ou redução do poder tampão da
forragem, o que vai influenciar na redução do pH da silagem.
Lavezzo (1992) comentou que a atividade dos clostrídeos é controlada pelo pH e pela
pressão osmótica. Quando esta for reduzida, é necessário pH baixo para inibir aqueles
microrganismos e, à medida que a pressão osmótica aumenta, menos ácido será necessário para
prevenir suas fermentações indesejáveis. Como a pressão osmótica do interior das células
vegetais aumenta com o decréscimo do conteúdo de umidade da planta, entende-se o benefício
do emurchecimento e da utilização de aditivos absorventes.
Segundo critérios de avaliação de silagens sugeridos por Tomich et al. (2003), o ph de
todas as silagens encontraram-se fora da faixa considerada ideal para silagens de boa qualidade,
que deve estar entre 3,6 e 4,2. Os valores mais elevados de pH encontrados neste trabalho pode-
se explicar em função do elevado poder tampão, o alto teor de proteína bruta e o baixo conteúdo
de CHOs presente nas leguminosas. No entanto, Woolford (1984), relatou que o pH final não
pode ser tomado isoladamente como um bom critério para avaliação das fermentações, pois a
inibição de fermentações secundárias depende mais da velocidade de abaixamento do mesmo,
da concentração iônica e da umidade do meio do que do pH final do produto.
Verificou-se efeito quadrático dos dias de abertura (P<0,01) sobre os valores de pH
independentemente dos tratamentos das silagens, com redução acentuada na primeira semana de
fermentação (Figura 6). Essa redução acentuada dos valores de pH poucos dias após a
ensilagem é indicativo de que a maioria dos processos fermentativos ocorreu nos primeiros dias
de ensilagem sendo importante para obtenção de silagens de qualidade satisfatória (Guim et al.,
2004).
Segundo Muck (1988) nas silagens com menos de 50% de MS, o pH, normalmente, cai
dentro de cinco dias de fermentação.
O aumento do pH observado apartir dos 28 dias (Figura 6) coincidiu com o aumento do
teor de nitrogênio amoniacal (Figura 5) nesse mesmo período, o que pode estar relacionado com
o aumento do pH da silagem.
30
30
4,0
4,2
4,4
4,6
4,8
5,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Dia de abertura do silo
pH
Figura 6 - Estimativa do pH em função do dia de abertura do silo
A interação entre tratamentos e dia de abertura do silo foi significativa (P<0,01) para o
teor de lignina (Tabela 2).
O tratamento com adição de co-produto de vitivinícolas apresentou os maiores valores
para lignina para todos os dias de abertura dos silos (P<0,01). Pode-se explicar esse resultado
em função do elevado teor de lignina deste co-produto (17,52%) (Tabela 1).
Altos teores de lignina (22,87%) também foram encontrados por Tosto et al. (2007) para
o co-produto de vitivinícolas.
Os teores de lignina permaneceram estáveis durante a fermentação em todos os
tratamentos avaliados. Segundo Morrison (1979), os microrganismos presentes na silagem são
incapazes de degradar a lignina.
Apenas a equação do tratamento in natura não foi significante (P>0,01) e a equação que
melhor se ajustou para os demais tratamentos foi a quadrática (Tabela 3).
= 4,68854 - 0,0089782d + 0,00015247d
2
R
2
=0,25
31
31
Tabela 3 -
Desdobramento da interação dia de ensilagem x tratamento para lignina (%MS) nos tratamentos das silagens de gliricídia: in natura,
emurchecida e com aditivos
Dia de fermentação
Tratamento
0 1 3 5 7 14 28 56
Equação de regressão R
2
1 6,24
c
6,56
c
6,39
c
6,37
c
6,43
c
6,40
c
6,45
c
6,43
c
2 7,35
b
7,38
b
7,32
b
7,40
b
7,65
b
7,63
b
7,51
b
7,59
b
= 7,3784 + 0,0143947d – 0,000195208d
2
0,45
3 6,02
e
6,28
e
6,33
c
6,18
e
6,38
c
6,31
c
6,38
e
6,35
c
= 6,19348 + 0,0129046d – 0,000182162d
2
0,39
4 6,11
d
6,36
d
6,33
c
6,26
d
6,39
c
6,37
c
6,42
d
6,35
c
= 6,24965 + 0,0121951d – 0,000186941d
2
0,44
5 8,12
a
8,11
a
8,11
a
7,95
a
7,99
a
8,02
a
7,99
a
7,99
a
= 8,0907 – 0,00782112d + 0,000110355d
2
0,47
Valor P <.0001 <.0001 <.0001 <.0001 <.0001 <.0001 <.0001 <.0001
CV (%) 0,39 0,25 0,42 0,37 0,48 0,43 0,18 0,45
*Tratamentos: 1- silagem de gliricídia in natura; 2- silagem de gliricídia emurchecida; 3- silagem de gliricídia + 10% de sorgo; 4- silagem de gliricídia + 10% de
raspa de mandioca e 5- silagem de gliricídia + 10% de co-produto de vitivinícola.
Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem entre si pelo teste de Student Newman Keuls (P<0,01).
32
32
Na forragem fresca, aproximadamente 75 a 90% do nitrogênio total está presente na
proteína, estando o restante na forma de peptídeos, aminoácidos livres, amidas, clorofila e
nitratos. A quantidade de N-NH
3
livre corresponde, normalmente, a menos de 1% do nitrogênio
total (McDonald et al., 1991),
Quando a forragem é ensilada, seja fresca ou depois do emurchecimento, a proteólise
continua, com conseqüente redução do nitrogênio protéico e aumento do não-protéico (Danley e
Vetter, 1973).
Segundo Baron et al. (1986) e Muck (1988), a proteólise em silagens ocorre no primeiro
dia de ensilagem, declinando para pequenas taxas após cinco dias de fermentação. Porém, a
extensão da proteólise durante a ensilagem é influenciada por vários fatores, incluindo conteúdo
de MS, pH e temperatura. Se a queda do pH for lenta, então mais proteína será quebrada. Nesse
contexto, explica-se a ação dos aditivos nos teores de N-NH
3
/NT de uma silagem, que eles
agem sobre os valores de MS e pH. No presente estudo, as condições ácidas foram estabelecidas
rapidamente; sendo suficientemente para inibir a atividade proteolítica.
Os teores de N-NH
3
/NT aumentaram com o decorrer dos dias de abertura dos silos.
Embora não tenha ocorrido estabilização dos teores de N-NH
3
/NT ao longo dos dias de
fermentação, estes foram inferiores a 10% até o 28
0
dia. Para McDonald et al. (1991) e Brito et
al. (1998), valores superiores a 10% são indicativos de proteólise intensa, entretanto Ítavo et al.
(1998) considera acentuada quebra da proteína a partir de 8% de N-NH
3
/NT.
Tal fato pode ter sido garantido pela rápida diminuição do pH e o baixo teor de umidade
do material, uma vez que a maior atividade das proteases ocorre com pH de 5 a 6 (McDonald et
al., 1991). Confirmando o benefício do emurchecimento e dos aditivos absorventes para o
aumento da pressão osmótica sobre a possível redução da atividade dos clostrídeos.
A interação entre tratamentos e dia de abertura do silo foi significativa (P<0,01) para o
teor de N-NH
3
/NT (Tabela 2).
Diferenças significativas nos teores de N-NH
3
/NT entre os tratamentos foram
observadas no e 14º dia de ensilagem. No 3°dia do processo fermentativo, o tratamento in
natura, emurchecido e co-produto de vitivinícola apresentaram os menores valores (P<0,01) de
N-NH
3
/NT (7,72; 5,04 e 6,84%). Ao 14º os tratamentos in natura, emurchecido, sorgo e co-
produto de vitivinícola apresentaram os menores valores (P<0,01) de N-NH
3
/NT (9,36; 7,45;
7,88 e 7,37%).
Houve efeito linear (P<0,01) em três dos cinco tratamentos avaliados e efeito quadrático
(P<0,01) para o tratamento emurchecido e com raspa de mandioca (Tabela 4).
33
33
Tabela 4 -
Desdobramento da interação dia de ensilagem x tratamento para N-NH
3
/NT (%MS) nos tratamentos das silagens de gliricídia: in natura,
emurchecida e com aditivos
Dia de fermentação
Tratamento
1 3 5 7 14 28 56
Equação de regressão R
2
1 5,45 7,72
ab
8,57 8,69 9,36
ab
8,72 12,07 = 7,28851 + 0,0839785d 0,71
2 2,31 5,04
b
7,39 8,42 7,45
b
8,03 10,51 = 4,66601 + 0,231971d - 0.00236551d
2
0,61
3 5,41 9,14
a
7,88 7,76 7,88
b
8,43 11,91 = 7,03857 + 0,0803677d 0,67
4 5,54 9,54
a
10,56 10,89 12,16
a
11,52 14,40 = 8,10700 + 0,252809 – 0,00260848d
2
0,66
5 4,37 6,84
ab
6,70 7,53 7,37
b
7,51 10,30 = 6,00058 + 0,0755958d 0,73
Valor P 0,0106 0,0021 0,0324 0,0146 0,0097 0,011 0,0235
CV (%) 12,66 7,08 9,97 7,03 9,50 7,56 7,09
*Tratamentos: 1- silagem de gliricídia in natura; 2- silagem de gliricídia emurchecida; 3- silagem de gliricídia + 10% de sorgo; 4- silagem de gliricídia + 10% de
raspa de mandioca e 5- silagem de gliricídia + 10% de co-produto de vitivinícola.
Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem entre si pelo teste de Student Newman Keuls (P<0,01).
34
34
CONCLUSÕES
A gliricídia apresenta potencial para ser conservado na forma de silagem, pois
apresentou bons valores de composição química e N-NH
3
/NT e os valores de pH foram
satisfatório para garantir um bom processo fermentativo.
A inclusão de sorgo e raspa de mandioca proporciona melhorias nos parâmetros
fermentativos e nutritivos, com exceção do teor de proteína bruta, caracterizando-se
assim como uma fonte alternativa de aditivos.
São necessários mais estudos envolvendo digestibilidade in vivo, consumo e
desempenho animal para avaliar a viabilidade de utilização da silagem de gliricídia na
alimentação dos ruminantes.
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