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organização ao longo de sua existência, a despeito de propósitos ou intenções”.
Neste modelo a “estratégia tem consistência no comportamento, quer ou não
intencionada” (SAUSEN, 2003, p. 88), assim, é um comportamento consistente,
independentemente de sua execução ter sido intencional ou não. Ela significa olhar
o comportamento passado, ao contrário da estratégia como plano olhando a
empresa para frente. Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 17) dizem: “a
estratégia é um padrão, isto é, consistência de comportamento ao longo do tempo”.
Como padrão, a estratégia enfoca a ação, lembrando-nos de que o conceito
é vazio se não levar em conta o comportamento. A estratégia como padrão
também introduz a idéia de convergência, a realização de consistência no
comportamento de uma organização. Como é que se forma essa
consistência e de onde vem? Estratégia realizada, quando considerada ao
lado de estratégia pretendida, encoraja-nos a considerar a idéia de que a
estratégia pode emergir assim como ser deliberadamente imposta
(MINTZBERG; QUINN, 2001, p. 32).
A estratégia de posição é a localização de determinados produtos em
determinados mercados, sendo uma maneira de relacionar a organização e as
condições do ambiente, tornando-se a força de medição entre a organização e o
ambiente interno e externo. Neste caso, a organização busca um posicionamento
que lhe dá condições de defender a sua posição dentro do segmento. Este
entendimento nos permite pensar a organização em termos ecológicos, como
organismos que lutam em determinado nicho, repleto de hostilidade e incerteza, pela
sua sobrevivência (SAUSEN, 2003).
Há uma análise do ambiente, suas oportunidades e ameaças, e tem a
finalidade de encontrar uma posição no ambiente para que proteja ou tire o máximo
proveito da competição. “Estratégia é uma posição, isto é, a localização de
determinados produtos em determinados mercados (MINTZBERG; AHLSTRAND;
LAMPEL, 2000, p. 19).
Como posição, ela encoraja-nos a visualizar as organizações em seu
ambiente competitivo – como encontram suas posições e como se protegem
a fim de enfrentar a concorrência, evitá-la ou subvertê-la. Isso nos permite
pensar nas organizações em termos ecológicos, como organismos em
nichos que lutam pela sobrevivência em um mundo de hostilidades e de
incertezas, assim como simbioses (MINTZBERG; QUINN, 2001, p. 32).
Por último a estratégia como perspectiva, isto é, como uma maneira única de
perceber o mundo, maneira fundamental de uma organização se movimentar e pode
ser associada à personalidade de um indivíduo. Essa perspectiva é compartilhada
pelos membros de uma organização, através das suas ações ou intenções, cultura,
ideologia, através de comprometimentos distintos e integrados à maneira de agir e
reagir, assemelhando se ao seu caráter. “A estratégia é uma perspectiva, o seu