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Nesse sentido Demo (1993, p. 153 apud Carvalho, Ribas, Schmidt 2003, p.
26) esclarece que:
Ensinar já não significa transferir pacotes sucateados, nem mesmo
significa meramente repassar o saber. Seu conteúdo correto é
motivar o processo emancipatório com base em saber crítico,
criativo, atualizado, competente. Trata-se não de cercear, temer,
controlar a competência de quem aprende, mas de abri-lhe a chance
na dimensão maior possível.
No entanto não é isso que acontece no cotidiano de um educador que prima
em questão de suficiência promover o seu ato educativo. Para Carvalho, Ribas,
Schmidt (2003, p. 26) o professor ainda está arraigado ao modelo de sua formação e
poucos percebem que muitos dos problemas que surgem, estão diante da própria
ação docente em presença do conhecimento, devendo então desvencilhar desse
método, pois incide em grave erro de formação educacional.
Assim, urge desenvolver competências fortalecidas com os diversos tipos de
conhecimentos sociais e culturais sistêmica e organizadamente dispostas a trabalhar
as situações problemas - fonte de conhecimento – que levem a reflexão de sua
prática pedagógica como finalidade ultima de seu trabalho docente. E isso implica
em saber articular suas ações, portanto planejar.
Nestes termos a necessidade de planejar como sendo inerente do ato de
ensinar Araújo, aponta:
Planejar, antecipar ações prevendo a maneira, o momento, os
participantes de determinadas atividades é um ato cotidiano e
contínuo. Em todos os momentos, conscientemente, ou não,
estamos refletindo, organizando, planejando ações, situações que
partem de problemas, desafios, lançados a nós e que demandem
tomadas de decisões. (ARAÚJO, 2005 p. 158)
Araújo (2005, p. 160) afirma ainda que as premissas do aluno como centro
do processo e sujeito de sua aprendizagem, e da motivação como motor desta,
passaram a exigir um planejamento mais flexível. Situando o ato de planejar como
detentor do saber e assim, encampasse as necessidades e curiosidades dos alunos,