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ou CBD) e, de outro, a zona periférica do centro (frame, zone in transition, zona
de obsolescência), conforme apresentado na página seguinte.
Quadro 5. Caracterização do Núcleo da Área Central e da Zona Periférica ao
Núcleo
NÚCLEO DA ÁREA CENTRAL ZONA PERIFÉRICA AO NÚCLEO
Uso intensivo do solo – área mais
dinâmica devido à maior concentração
das atividades, sobretudo do terciário.
Área com predominância do comércio
varejista e de serviços, reconhecida
como o coração da cidade norte-
americana e solo urbano mais caro na
cidade.
Apresenta uma estrutura interna do
núcleo central diferenciada pelo valor
da terra, pela intensidade comercial,
verticalização, pelo fluxo de pedestres
e veículos – ponto-pico (peak land-
value intersection).
Ampla escala vertical com variações
relativas às atividades centrais, aos
fluxos de pessoas, comunicações e
veículos.
Limitada escala horizontal.
Limitado crescimento horizontal.
Concentração diurna, durante as horas
de trabalho, da população de
pedestres.
Foco nos transportes intraurbanos –
convergência do tráfego urbano.
Área de decisões. Ponto focal da
gestão do território pelo Estado.
Uso semi-intensivo do solo –
comércio atacadista, armazenagem
e indústrias leves, terrenos
abandonados ou vazios.
Ampla escala horizontal – as
atividades estão localizadas em
prédios baixos.
Limitado crescimento horizontal.
Área residencial de baixo status
social – amplo setor residencial
caracterizados por residências
populares.
Foco dos transportes inter-regionais
– localização dos terminais
ferroviários e rodoviários, presença
de depósitos, garagens e hotéis
baratos.
Área receptora de políticas públicas
do tipo requalificação, revitalização,
gentrificação ou outras, pelo Estado
ou capital privado.
Fonte: GARCEZ, Kedma Madalena Gonçalves, 2009. Elaborado a partir de Horwood e Boyce
(1959, p. 319-327), Murphy e Vance (1954, p. 418-446), Corrêa (2000, p. 40-43) e Ribeiro Filho
(2004, p. 155-167).