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PESQUISAS
Magalhães (2006)
97
Casagrande (2007) Averbug (2008)
Línguas
PE PB PB PB
Informantes J. R. R.
98
A. AC. G. R. P. A. H.
Objetos Nulos
28,87 41,76 47,75 54,55 94,48 96,96 97,93 62,66 60,14 30,62
Sujeitos Nulos
71,21 70,31 51,33 66,46 — — — 71,5 57,8 37,1
Tabela 4.33. Assimetria sujeito e objeto em PB e PE
A começar pelo trabalho de Magalhães (2006), foi investigada a produção de
sujeito e objeto de duas crianças brasileiras e duas portuguesas: doze faixas etárias de
Raquel (BRA), de 01;09,08 a 03;00,15; nove faixas de Ana (BRA), de 02;04,11 a
02;10,29; oito estágios de João (POR), 02;00,02 a 02;07,16 e onze de Raquel (POR), de
01;10,02 a 02;11,22 de idade.
Quanto à produção de objetos, parece não haver nessa amostra uma nítida
preferência por nulos pelas crianças brasileiras, como era esperado, e sim, em vários
estágios de desenvolvimento, uma competição entre esses usos e objetos preenchidos.
Os índices de PE apresentados por Magalhães, entretanto, revelam claramente a
assimetria sujeito e objeto: em média,71% de sujeitos nulos e 35% de objetos nulos.
Os resultados do PE produzidos por Raquel (POR) são similares aos de Raquel
(BRA); enquanto os de João (POR) refletem percentualmente uma menor opção por
nulos: 28,87%, com a ressalva de que, no último estágio, o objeto nulo corresponde a
menos de um terço do total de dados, tanto na produção do menino (28,8%), quanto na
da menina portuguesa (27,3%), esta que apresentava no primeiro estágio 64,7%.
Por outro lado, a amostra das três crianças, em Casagrande (2007), revela um
maior percentual na opção por objetos nulos; praticamente como a única estratégia, em
uma variação entre 94% e 98%. Não se deve esquecer que a autora não leva em conta os
mesmos critérios das demais pesquisas, já que não considera DPs, nem demonstrativos
ou outras formas de preenchimento. Esse alto percentual de nulos é contraposto apenas
ao insignificante preenchimento com pronome lexical: 3,52%. Se adotado o mesmo
procedimento em Averbug (2008), o resultado seria 93% de objetos nulos (cf. tabela
4.7., á página 119).
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Foram calculadas as médias de objeto nulo a partir das tabelas 13, 14, 15 e 16 de Magalhães (2006:107-
112); as de sujeito nulo referencial, com base nas tabelas 5, 6, 7 e 8 (cf. pp. 64-69). Ressalve-se que nos
resultados de sujeito reproduzidos na tabela 4.29. e 4.30., à página 183, foram somados todos os tipos de
nulos.
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Mesma criança analisada por Magalhães (2006), Lopes (2003) e Casagrande (2007).