Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
PROGRAMA DE MESTRADO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CAMPO GRANDE
MATO GROSSO DO SUL
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
JOSIANE RATIER DE QUEVEDO
BASIDIOMICETOS EM REGIÕES DO MATO GROSSO DO SUL,
BRASIL
Comitê de Orientação
Profa. Dra. Vera Lucia Ramos Bononi
Prof. Dr. Ademir Kleber Morbeck de Oliveira
Prof. Dr. Silvio Favero
CAMPO GRANDE
MATO GROSSO DO SUL
2009
ads:
FOLHA DE APROVAÇÃO
Candidata: Josiane Ratier de Quevedo
Dissertação defendida e aprovada em 24 de julho de 2009 pela Banca
Examinadora:
__________________________________________________________
Profa. Doutora Vera Lúcia Ramos Bononi (Orientadora)
Doutora em Biologia
__________________________________________________________
Prof. Doutor Arnildo Pott (UFMS)
Doutor em Ecologia Vegetal
__________________________________________________________
Prof. Doutor Cleber José Rodrigues Alho (UNIDERP)
Doutor em Ecologia
ii
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................ iii
ABSTRACT........................................................................................................ iv
INTRODUÇÃO
GERAL................................................................................................................1
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................4
CAPÍTULO I Aphyllophorales em um Fragmento Florestal Urbano, na cidade
de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil...................................................6
Resumo...............................................................................................................7
Abstract..............................................................................................................7
1 Introdução.......................................................................................................8
2 Material e Métodos..........................................................................................9
3 Resultados e Discussão...............................................................................10
4 Considerações Finais.................................................................................. 19
5 Referências Bibliográficas...........................................................................19
CAPÍTULO II – Fungos macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, Mato Grosso
do Sul, Brasil......................................................................................................22
Abstract............................................................................................................23
Resumo.............................................................................................................23
1 Introdução.....................................................................................................25
2 Material e Métodos........................................................................................26
3 Resultados e Discussão...............................................................................29
4 Literatura citada ...........................................................................................62
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................72
iii
RESUMO
O Brasil é conhecido como detentor de uma das mais altas biodiversidades do
mundo. Os balanços sobre a biodiversidade brasileira feitos no Brasil,
avaliaram em cerca de 2.500 o número de espécies de fungos macroscópicos,
nenhuma delas registrada para a região do Pantanal ou Estado do Mato
Grosso do Sul. O reino Fungi é extremamente importante, influenciando todos
os processos biológicos, desde a origem do solo (intemperização das rochas),
formação e manutenção de sua estrutura até a decomposição de resíduos
orgânicos, ciclagem de nutrientes, biorremediação de poluentes e metais
pesados. Fungos de diversas procedências também são produtores
substâncias utilizadas como antibióticos, inibidores enzimáticos, inseticidas,
anti-tumorais imunossupressores, além de produzirem enzimas capazes de
degradarem poluentes.Os estudos e trabalhos realizados sobre fungos no
Brasil são insuficientes levando em consideração a importância do grupo e a
grande biodiversidade encontrada em áreas tropicais.
iv
ABSTRCT
Brazil is known as owner of one of the highest biodiversity in the world. The
assessments made on the Brazilian biodiversity in Brazil, estimated at around
2,500 the number of species of macroscopic fungi, none of them registered for
the state or region of the Pantanal of Mato Grosso do Sul The kingdom Fungi is
extremely important, influencing all processes organic, from the origin of the soil
weathering of rocks), creation and maintenance of its structure by the
decomposition of organic waste, nutrient cycling, bioremediation of pollutants
and heavy metals. Fungi of various origins are also producing substances such
as antibiotics, enzyme inhibitors, insecticides, anti-tumor immunosuppressive,
and produce enzymes able to degrade poluentes.Os studies and work done on
fungi in Brazil are insufficient taking into account importance of group and great
biodiversity found in tropical areas.
INTRODUÇÃO GERAL
O reino Fungi é extremamente importante, influenciando todos os processos biológicos,
desde a origem do solo (intemperização das rochas), formação e manutenção de sua estrutura
até a decomposição de resíduos orgânicos, ciclagem de nutrientes, biorremediação de
poluentes e metais pesados (ATTIWILL; ADAMS, 1993).
Fungos de diversas procedências também são produtores substâncias utilizadas como
antibióticos, inibidores enzimáticos, inseticidas, anti-tumorais imunossupressores, além de
produzirem enzimas capazes de degradarem poluentes (HANG; WOODANMS, 1994).
Atualmente, diversas enzimas extraídas de fungos têm assumido importante papel na
indústria, através dos processos biotecnológicos. A conversão enzimática de materiais
lignocelulósicos vem recebendo considerável interesse, pois essas matérias representam uma
vasta fonte de material bruto, obtidos a baixos custos, podendo ser convertidos em açúcares
fermentáveis e usados como fonte renovável de produtos químicos, combustíveis e alimento
(XAVIER, 2003).
A existência de fungos capazes de degradar compostos xenobióticos é de grande
interesse para a biorremediação, sendo os fungos de decomposição branca (degradadores de
lignina) um dos grupos que tem obtido maior notoriedade em estudos relacionados a esta área,
em pesquisas relacionadas a biodegradação de poluentes, pois são capazes de transformar e
mineralizar contaminantes ambientais como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, corantes,
herbicidas e outros compostos xicos através da ação de suas enzimas extracelulares
(CHANDRA; RUSTGI, 1998).
Este Reino vive em estreito contado com os vegetais, existindo evidências dessa
associação desde o período Carbonífero, quando as plantas conquistaram a terra com ajuda
de fungos na forma de micorrizas. Esta relação é bastante complexa, podendo ser positiva
(micorrizas, fungos endofíticos, saprofitismo) ou negativa, com espécies causadoras de
doenças representando sérios problemas ao desenvolvimento, produção e frutificação de
vegetais, sendo fitopatógenos perigosos em situações de monocultura e de desequilíbrio
ecológico (BONONI et al., 2007).
Os sapróbios (Saprófitos) são espécies degradadoras de matéria orgânica e muito
importantes para o processo de reciclagem dos nutrientes (ciclos biogeoquímicos), pois
absorvem os nutrientes da matéria orgânica morta, utilizado para o seu crescimento e
reprodução, também liberando minerais para o ambiente e tendo um papel essencial para
evitar o acumulo de restos orgânicos no meio (CARLILE; WATKINSON, 1994 ). Diferentes
espécies de fungos possuem um sistema enzimático externo, não especifico, utilizado para o
2
apodrecimento de madeiras e que pesquisas na ultima década mostram ser capaz de degradar
poluentes clorados orgânicos persistente (MATHEUS; OKINO, 1998).
Dentre os grupos conhecidos de fungos verdadeiros, podem-se citar os zigomicetos,
pertecentes ao filo Zygomicota, considerados descendentes dos Chytridiomycota (fungos
geralmente de ambiente aquáticos ou de solo úmido). Caracterizam-se por apresentarem a
parede celular constituída por quitina e quitosano, além de apresentarem micélio com septos
apenas na delimitação dos órgãos de reprodução ou quando a colônia envelhece.
Caracteristicamente associam-se ao tubo digestivo de diversos tipos de pequenos animais
aquáticos, geralmente larvas de insetos e outros artrópodes, mantendo com seus hospedeiros
relação simbiótica ainda não bem definida se do tipo comensalismo, parasitismo ou
mutualismo. Atualmente são descritos cerca de 200 espécies deste grupo, distribuídas em
quatro ordens, Mucorales, Enthomophthorales, Zoopagales e Glomales (MATHEUS; OKINO,
1998).
Outro grupo conhecido é dos basidiomicetos, que incluem os fungos que produzem
esporos (basidiósporos) de origem sexuada em uma estrutura especializa denominada de
basídio, popularmente chamados de cogumelo ou orelhas-de-pau, além de outras espécies
sem nome popular, que são os fungos gelatinosos, os “gasteromicetos”, as ferrugens e carvões
e algumas formas leveduróides (BONONI; GRANDI, 1998).
A classe Basidiomycetes é constituída por nove ordens, Tremellales, Auriculariales,
Septobasidiales, Exobasidiales, Brachybadiales, Dacrymycetales, Tulasnellales,
Aplyllophorales e Agaricales. São fungos de micélio septado, que se reproduzem por esporos
exógenos (basidiósporos) formados sobre uma hifa especial denominada basidia. O micélio
dos basidiomicetos é tipicamente septado e apresenta uma estrutura típica, que se denomina
grampo de conexão (BRUNS et al., 1991).
São caracterizados por possuírem dois tipos básicos de basidiósporos, que são
liberados violentamente dos basídios, seja nas lamelas das Agaricales ou nos poros das
Aplyllophorales. Também existem os denominados estatimosporos, liberados passivamente
(BONONI; GRANDI, 1998).
Os mesmos autores colocam que a hierarquia taxonômica do grupo vem sofrendo
muitas modificações nos últimos tempos. Atualmente o que era tratado como classe
Basidiomycetes foi elevado ao nível de Filo (Basidiomycota).
Os basídiomicetos são os principais responsáveis pela decomposição da madeira,
composta por celulose e lignina, que dão resistência as paredes das células vegetais
(UNTERSEHER; TAL, 2006).
3
Outro filo que se destaca é o ascomycotina, que são fungos de micélio bem
desenvolvido, tipicamente septado, com células uninucleadas, reproduzindo-se sexualmente
por esporos endógenos (ascósporos), originados no interior de ascas e agamicamente por
esporos exógenos. O sistema vegetativo é de uma diversidade enorme, pois encontram-se
desde as espécies microscópicas até as visíveis a olho nu. A reprodução nesta classe realiza-
se por dois processos, o agâmico e o sexual. A primeira é encontrada com freqüência dando
origem às formas imperfeitas ou conidiais e apresentando-se com quase todos os tipos de
frutificação de esporos exógenos (ERIKSSON et al.,1984).
Apesar de sua importância, o conhecimento sobre este reino em Mato Grosso do Sul se
limita a dois trabalhos, um sobre fungos liquenizados (HONDA, 1997) e (BONONI et al. 2008).
Apesar do pouco conhecimento e trabalhos realizados sobre fungos, no Brasil podem-se
destacar os estudos com Agaricales da Amazônia realizados por SINGER e ARAUJO (1979),
AGUIAR (1984), SINGER (1984), SINGER E AGUIAR (1986) e BONONI (1992). Também na
região nordeste podem citados os trabalhos de BASEIA e MILANEZ (2002), BASEIA et al.
(2003a;b), BASEIA e CALONGE (2005), além de várias novas espécies descritas para a região
neotrópical, nos últimos anos, tais como trabalhos feitos por CALONGE e MATA (2004; 2005) e
CALONGE et al. (2005a; b).
Ainda assim, os estudos são insuficientes levando em consideração a grande
biodiversidade fúngica encontrada em áreas tropicais.
4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, I.J.A. Contribuição ao conhecimento da família Cortinariaceae Roze ex Heim
(Agaricales) na Amazônia Brasileira. Tese de Doutorado, Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia /Universidade do Amazonas. Manaus, AM. 1984, 212p.
ATTIWILL, P.M. ; ADAMS, M.A. Nutrient cycling in forests. Transley Review, 50. New Phytol.,
124:561-582, 1993.
BASEIA, I.G.; CALONGE, F.D. Aseroë floriformis, a new phalloid with a sunflower shaped
receptacle. Mycotaxon 92: 169-172, 2005.
BASEIA I.G.; CAVALCANTI M.A; MILANEZ A.I. Additions to our knowledge of the genus
Geastrum (Phallales: Geastraceae) in Brazil. Mycotaxon 85: 409-416, 2003a.
BASEIA, I.G.; GIBERTONI, T.B; MAIA, L.C. Phallus pygmaeus, a new minute species from a
Brazilian tropical rainforest. Mycotaxon 85: 77-79, 2003b.
BASEIA, I.G.; MILANEZ, A.I. Geastrum setiferum (Gasteromycetes): a new species with a
setose endoperidium. Mycotaxon 84: 135-139, 2002.
BONONI, V.L.R. Fungos macroscópicos de Rio Branco, Acre, Brasil. Hoehnea, 19(1/2): 31-37,
1992.
BONONI, V. L. R.; GRANDI, R. A. P. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos:
noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. São Paulo: Secretaria do Meio
Ambiente, 1998. 181p.
BONONI, V. L. R.; OLIVEIRA, A. K. M.; QUEVEDO, J. R.; GUGLIOTTA, A. M. Asco e
basidiomicetos macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, MS. In: 58 Congresso Nacional de
Botânica, 2007, São Paulo. A Botânica no Brasil: pesquisa, ensino e políticas públicas.
São Paulo: Sociedade Botânica do Brasil, 2007. v. 1. p. 1-680.
BONONI, V. L. R. ; OLIVEIRA, A.K.M. ; QUEVEDO, J.R. ; GUGLIOTTA, A. M. . Fungos
macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea (São Paulo),
v. 35, p. 489-511, 2008
BRUNS, T. D.; WHITE, T. J.; TAYLOR, J. W. Fungal molecular systematics. Annual Review of
Ecology and Systematics. 22: 525-564. 1991.
CALONGE, F.D. ; MATA, M. A new species of Geastrum from Costa Rica and México. Boletín
de la Sociedad Micologica de Madrid 28: 331-335, 2004.
CALONGE, F.D.; MATA, M. Crucibulum laeve var. magnum var. nov. y Arcangeliella scissilis,
encontrados en Costa Rica. Boletín de la Sociedad Micologica de Madrid 29: 43-48, 2005.
CALONGE, F.D.; KREISEL, H.; MATA, M. Phallus atrovolvatus, a new species from Costa Rica.
Boletín de la Sociedad Micologica de Madrid 29: 5-8, 2005a.
CALONGE, F.D.; MATA, M.; CARRANZA, J. Contribición al catálogo de los Gasteromycetes
(Basidiomycotina, Fungi) de Costa Rica. Anales del Jardín Botánico de Madrid 62(1): 23-45,
2005b.
5
CARLILE, M. J.; WATKINSON, S. C. The fungi. Londres: Academic Press, 500p, 1994.
CHANDRA, R.; RUSTGI, R. Biodegradable polymers. Prog. Polym. Scie., 23: 1273-1335,
1998.
ERIKSSON, J.; HJORTSTAM, K.; RYVARDEN, L. The Corticiaceae of North Europe.
Fungiflora (Oslo) vol. 7: 1282-1449. 1984
HANG, Y. D.; WOODANMS, E. E. Production of fungal polygalacturonase from apple pomace.
Lebensm. Wiss. U. Technol. 27: 194-196, 1994.
MATHEUS, D. R.; OKINO, L. K. Utilização de basidiomicetos em processos biotecnológicos. In:
Vera Lucia Ramos Bononi; Rosely Ana Piccolo Grandi. (Org.). Zigomicetos, basidiomicetos e
deuteromicetos: noções básicas de taxonomia e biotecnologia. 1a. ed. São Paulo:
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1998, v. 1, p. 106-139.
UNTERSEHER, M.; TAL, O. Influence of Small Scale Conditions on the Diversity of Wood
Decay Fungi in a Temperate, Mixed Deciduous Forest Canopy. Mycological Research. v. 110,
n. 2, p. 169-178, 2006.
SINGER, R. Adaptation on higher fungi to varzea conditions. Amazoniana, 8(3):311-319, 1984.
SINGER, R.; ARAUJO, I.J.S. Litter decomposition and ectomycorrhiza in Amazonian forests l. A
comparison of litter decomposing and ectomycorrhizal Basidiomycetes in latosolterra- firme rain
forest and white podzol campinarana. ActaAmazonica, 9(1): 25-41, 1979.
SINGER, R.; AGUIAR, I.J.A. Litter decomposing and ectomycorrhizal Basidiomycetes in an
igapó forest. PI. Syst. Evol., 15: 107-117, 1986.
XAVIER, S. S. Diversidade, isolamento em cultura e perfil enzimático de fungos
decompositores de madeira da Estação Ecológica do Noroeste Paulista. Tese de
Doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada).
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Brasil. 2003.
6
CAPÍTULO I
7
Aphyllophorales em um Fragmento Florestal Urbano, na cidade de Campo Grande, Mato Grosso
do Sul, Brasil
RESUMO - (Aphyllophorales em um Fragmento Florestal Urbano, na cidade de Campo Grande, Mato
Grosso do Sul, Brasil) - O conhecimento da micodiversidade no Brasil ainda é precário e fragmentado,
mesmo levando-se em consideração a abundância e o papel vital que este grupo desempenha na natureza,
através da ciclagem de nutrientes. O Estado de Mato Grosso do Sul possui poucas informações a
respeito da diversidade de espécies de fungos nos seus diferentes biomas, apesar do acelerado processo de
substituição de suas matas e campos por sistemas antrópicos. As Florestas Estacionais Semideciduais, que
compõem parte da vegetação do Estado, também não possuem trabalhos que indiquem quais as espécies
que compõem este ecossistema. Levando-se em consideração a falta de informações da micota deste
bioma, o objetivo deste trabalho foi de ampliar o conhecimento de fungos existentes no Estado. Foram
realizadas coletas mensais de fungos macroscópicos no ano de 2007 em áreas no entorno do Parque
Estadual do Prosa, em Campo Grande-MS, sendo identificadas 20 espécies de Aphyllophorales,
distribuídas em nove famílias. Uma espécie foi citada pela primeira vez para o Brasil, dez, com primeira
citação para o Estado de Mato Grosso do Sul e as oito espécies restantes, anteriormente citadas para o
Pantanal do Rio Negro-MS. As famílias com melhor representação foram Polyporaceae, com oito
espécies e Ganodermataceae, com quatro espécies, todas degradadoras de madeira.
Palavras-Chave: Biodiversidade, Floresta Estacional Semidecidual, Fungos.
ABSTRACT - (Aphyllophorales in an Urban Forest Fragment, in the city of Campo Grande, Mato
Grosso do Sul, Brazil) - In Brazil, knowledge on Mycodiverrsity is still precarious and fragmented, even
considering the abundance and the important character that this cluster fulfills concerning Nature trough
nutrient cycle. Mato Grosso do Sul State has a little piece of information concerning diversity on fungus
species in his different biomes, despite of the rapid replacement process of his woods and meadows by
anthropical system. No work on the Seasional Semi-deciduous Forest that comprise a past of the
vegetation of the State is available to point out what species that this ecosystem is made of. Considering
the lack of information about this biome mycote, the aim of this work is to contribute on improving the
knowledge about fungi existing in some regions of the State. Monthly fact-gatherings were done in 2007
in areas on the Parque Estadual Prosa Skirts, in Campo Grande, and 20 species, distributed in nine
families, were identified. Two species were mentioned for the first time in Brazil, the other nine as a first
mention the Mato Grosso do Sul State and the last eight species were previously mentioned to the
Pantanal do Rio Negro-MS. The families with the best representation were Polyporaceae, with eight
species and Ganodermataceae with four.
Key-words: Biodiversity, Seasonal Semi-deciduous Forest, Fungi.
8
Introdução
A riqueza de espécies constitui um aspecto fundamental da biodiversidade, refletindo a presença
de organismos diferentes morfologicamente, fisiologicamente e ecologicamente. A diversidade
apresentada pelo Reino Fungi é surpreendente, sendo o mesmo constituído pelo segundo mais variado
grupo de organismos eucariontes em ambientes terrestres. O conhecimento da micodiversidade ainda é
precário e fragmentado (Müller & Bill 2004).
Os fungos possuem um papel fundamental na ciclagem de nutrientes e na manutenção dos
ecossistemas terrestres, principalmente no ciclo do carbono, devido serem excelentes degradantes de
lignina. Desenvolvem-se sobre madeira em decomposição podendo se destacar os causadores da podridão
branca, que utilizam fontes complexas de carbono sendo responsável não somente pela degradação da
lignina, mas também da celulose e hemiceluse (Okino, 1996).
Este reino também esta envolvido em diferentes atividades econômicas, pois fungos de diversas
procedências são produtores de antibióticos, inibidores enzimático, inseticidas, anti-tumorais
imunossupressora, além de produzirem enzimas capazes de degradarem poluentes (Bononi & Grandi
1998).
Devido à abundância de fungos e ao papel vital que eles desempenham na natureza e nas
alterações dos ecossistemas, os fungos devem ser incluídos nas discussões sobre a conservação da
biodiversidade (Müller & Bill 2004).
O Estado de Mato Grosso do Sul, como a maior parte das unidades da federação, não dispõe de
informações sobre a maior parte de sua micota e o município de Campo Grande, localizado na parte
central do Estado, também é carente de registros sobre as espécies que compõem seus ecossistemas. Uma
de suas áreas parcialmente preservadas é o Parque Estadual do Prosa, que tem dentre outros objetivos,
preservar amostras representativas dos ecossistemas Cerrado e Floresta Estacional Semidecidual, sendo
criado em 1981 como Reserva Ecológica do Parque dos Poderes, primeira área protegida no Estado
(Sema 2000).
As espécies da flora e fauna nele associados e sua bacia hidrográfica fazem parte do patrimônio
ambiental, cultural e paisagístico de Campo Grande, proporcionando sua utilização para fins de pesquisa
ciêntifica, educação ambiental, recreação e turismo de contato com a natureza, além da manutenção da
qualidade de vida de parte da cidade.
As unidades de conservação de domínio público localizadas no perímetro de grandes centros
urbanos e seu entorno, são importantes na formação da consciência ambiental da sociedade. As Florestas
Estacionais são áreas cujo conceito ecológico está ligado ao clima de duas estações, uma chuvosa e outra
seca, que condicionam uma estacionalidade foliar dos elementos arbóreos dominantes, os quais têm
adaptação fisiológica à deficiência hídrica ou à baixa temperatura, durante certo tempo. No caso das
Florestas Semideciduais, a porcentagem de árvores caducifólias no conjunto florestal, e não das espécies
9
que perdem folhas individualmente, deve-se situar em torno de 20 a 50% na época desfavorável (Brasil
1982).
Ainda são inexistentes informações sobre os fungos nas Florestas Estacionais Semideciduais, em
Mato Grosso do Sul. No Brasil, o conhecimento sobre este reino se concentra em regiões onde existem
Universidades e Institutos de Pesquisa com micologistas, como a Amazônia, Pernambuco, São Paulo,
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Este é o primeiro levantamento de fungos macroscópicos em
Campo Grande e o segundo no Estado, pois Bononi et al. (2007) realizaram pesquisas no Pantanal do Rio
Negro, onde foram identificaram 56 espécies.
Levando-se em consideração a importância deste grupo, o objetivo deste trabalho é ampliar o
conhecimento de fungos do Brasil, especificamente em áreas de Florestas Estacionais Semideciduais
sujeitas a ação antrópica.
Material e Métodos
Área de coleta - Situa-se no entorno do Parque Estadual do Prosa (PEP), uma Unidade de Conservação
com área aproximada de 135ha e altimetria em torno de 600m, no planalto da Serra de Maracajú, dentro
do perímetro urbano de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O clima é estacional, com o total das
precipitações compreendido entre 1.300 mm e 1.700 mm anuais. O trimestre mais chuvoso corresponde
ao verão austral (novembro, dezembro e janeiro) e reduz-se ao período de junho a agosto, retornando a
partir de setembro (Sema 2000).
No PEP encontram-se as nascentes de dois dos três afluentes do córrego Segredo, os córregos
Desbarrancados e Joaquim Português. A cobertura vegetal original do parque, antes de sua implantação,
foi parcialmente descaracterizada, estando atualmente em avançado estado de regeneração. Apresenta
áreas de Cerrado stricto sensu, cerradão, formações ripárias e Floresta Estacional Semidecidual.
Embora a área tenha sido alterada, contém ainda elementos da vegetação primária, inclusive
espécies de grande valor econômico como aroeiras e jatobás. A fauna do Parque também sofreu
alterações, seja devido a modificações de sua vegetação, à caça e à apanha de animais ou à introdução de
espécies provenientes de apreensões realizadas pelo antigo Instituto de Preservação e Controle Ambiental
e, mais recentemente, pela Polícia Florestal (Sema 2000).
Período de coleta - as coletas foram realizadas mensalmente, preferencialmente após um período de
chuva, durante o ano de 2007.
Método de coleta - Os fungos encontrados foram fotografados, retirados do substrato e recolhidos
utilizando-se sacos de papel (Fidalgo & Bononi 1984), sendo então encaminhados para secagem em
10
estufa (temperatura de 40 a 50
o
C por 48 horas) no laboratório de botânica da Universidade
Anhanguera-Uniderp.
A identificação foi feita no Instituto de Botânica de São Paulo-SP, com ajuda de chaves de
identificação, observação de macro e microestruturas. A análise macroscópica inclui: forma, longevidade
e tipo do basidioma, formato e medidas do píleo, características da superfície abhimenial, como,
coloração, pilosidade e a presença ou não da concentração de zonas, além da análise da superfície
himenial, como coloração, formato, bordas e quantidade de poros por mm, cor e profundidade dos tubos.
Nas características microscópicas, foi considerada a metodologia de Teixeira (1995). Os cortes
foram realizados com o auxílio de uma lâmina de metal e deixados em torno de um a dois minutos para
hidratação com álcool a 70%. Em seguida, montados entre lâmina e lamínula em gota de solução aquosa
de KOH a 2%. O reagente de Melzer foi utilizado para o teste das reações amilóides e dextrinóides. As
microestruturas analisadas foram: hifas (tipos de
hifas e conseqüentemente, definição do sistema hifálico),
basidiósporos (forma, tamanho e coloração), tipos de basídios e ausência ou presença de elementos
estéreis
(cistídios, setas, dendrófises, etc.).
Foi realizada a comparação com material de herbário. Todo material foi
depositado no Herbário Científico “Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo” (SP), do Instituto de Botânica.
A classificação seguida foi segundo Kirk et al. (2001) e pode ser consultada nas bases de dados CABI
(http://www.indexfungorum.org) e CBS (http://www.cbs.knaw.nl), onde também se encontram descrições
das espécies.
Resultados e Discussão
Foram identificadas 20 espécies de basidiomicetos, distribuídas em nove famílias, listadas dentro
de seus grupos taxonômicos e por ordem alfabética.
Chave para a identificação de basidiomicetos Aphyllophorales da Mata do Prosa
1a. Basidioma corticióide ressupinado, poros hexagonais inclinados, castanho..........Schizopora paradoxa
1b. Basidioma pileado, nunca inteiramente ressupinado, com ou sem poros, de qualquer coloração...........2
2a. Basidioma sem poros ou lamelas na superfície himenial….......................….........................…........….3
2b. Basidioma com poros ou lamelas na superfície himenial……......................….................................….4
3a. Basidioma formado por filamentos ramificados, (arboriforme) branco a creme
..............……………………………………………...............................…… Lachonocladium brasiliensis
11
3b. Basidioma clavado, subestipitado, branco a castanho claro.........................................Lopharia
papyrin
4a. Basidioma infundibuliforme, coriáceo com himenio em lamelas.................................Lentinus crinitus
4b. Basidioma flabeliforme, carnoso, coriáceo ou rígido com superfície himenial com poros regulares ou
irregularese dilacerados ………………………………………………………………................................5
5a. Basidioma com poros irregulares, dilacerados, tendendo a lamelas, castanho-chocolate-escuro
................................................................................................................................. Gloeophyllum striatum
5b. Basidioma com poros regulares, com aberturas circulares ou hexagonais..............................................6
6a. Contexto do basidioma ferrugíneo, preto em KOH a 5%, setas presentes no himênio, hifas sem
ansa……………………………………................................................................................Phellinus gilvus
6b. Contexto do basidiocarpo de qualquer coloração exceto ferrugíneo, preto ou não em KOH a 5%, setas
ausentes do himênio, hifas com e sem ansa…………...................................................................................7
7a. Basidioma geralmente vermelho alaranjado (pode perder a coloração quando muito velho), coriáceo
…………………………………………...................................................................Picnoporus sanguineus
7b. Basidioma nunca vermelho-alaranjado, podendo ter qualquer outra coloração e consistência...............8
8a. Basidioma com tons cor-de-rosa, consistência rígida…………………..................................................9
8b. Basidioma sem tons cor de rosa, consistência coriáceo ou rígida………….........................................10
9a. Basidioma castanho rosa……………………………........................................Fomitopsis cupreorosea
9b. Basidioma castanho com as margens esteril e nitidamente cor-de-rosa.............................Fomitopsis fei
10a. Esporo de parede grossa, elipsóide nitidamente truncado, contexto do basidioma castanho-chocolate,
contexto preto em HOH a 5%......................................................................................................................11
10b. Esporo de parede fina, não truncado, de qualquer coloração, nunca preto em KOH a 5%.................14
12
11a. Basidioma estipitado, às vezes com 2 estipes….........................................Amauroderma camerarium
11b. Basidioma séssil…………………………………………………….................................…..............12
12a. Superfície abhimenial não lacada, castanha-escura, superfície himenial castanha clara
.............…………………………………………….......................................................Ganoderma australe
12b. Superfície himenial lacada, avermelhada……………………………................................................13
13a. Superficie abhimenial lacada, totalmente vermelha............................................Ganoderma orbiforme
13b. Superficie abhimenial lacada, zonada, sendo vermelha escura no ponto de inserção ao substrato e
ficando com zonas mais claras a medida que se aproxima da margem...............Ganoderma multiplicatum
14a. Superfície abhimenial coberta por pelos pretos de 1-2mm de cumprimento, superfíce himenial
castanha-clara, poros hexagonais.…………………………....................................Hexagonia hydnoides
14b. Superfície abhimenial não coberta por pelos pretos, superfície himenial de qualquer coloração.......15
15a. Superfície abhimenial zonada em tons de castanho e preto, superfície himenial creme, estéril na
margem.....…..................................................................................................................Datronia caperata
15b. Superfície abhimenial não zonada, superfície himenial de qualquer coloração, estéril ou não na
margem………………………………………………................................................................................16
16a. Basidioma com superfície abhimenial castanho-escura, superfície himenial castanha clara, poros
hexagonais muito rasos ( menos de 1mm profundos)...................................................Hexagonia variegata
16b. Basidioma com superfície abhimenial e himenial de qualquer coloração, com poros circulares, com
mais de 1mm de profundidade……………….............................................................................................17
17a. Basidioma formado por vários píleos imbricados, com superfície abhimenial castanha-ferruginea,
ficando preta quando velha; superfície himenial castanho-clara, contexto castanho claro, hifa com ansa
.........…………………….....................................................................................…Nigroporus macroporus
13
17b. Basidioma com um píleo, de qualquer coloração, hifas generativas com
ansa...............................18
18a. Superfície abhimenial castanho-clara, superfície himenial castanha escuro, contexto castanho claro,
coriáceo……………………………...............................................................................Gloeoporus dihrous
18b. Superfície himenial branca, com ou sem crusta preta, rígido………........................................19
19a. Basidioma branco desenvolvendo uma crusta preta com a idade, até 5mm de espessura
……………………………………………………...................................................Pereniporiella neofulva
19b. Basidioma branco, sem crusta preta, até 10mm de espessura.........................Tyromyces psedolacteus.
1. ESTEREACEAE
Lopharia papyrina (Mont.) Boidin, Bull. Mens. Soc. Linn. Lyon, 28:210, 1959.
Basiônimo: Stereum papyrinum Mont., Historia física, polirica y nayturál de la islea de Cuba 2:374, 1842
(1838-1842).
Descrições e ilustrações: Bononi (1979).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 14-IV-2007, J.R. Quevedo & A.K. M de Oliveira, 19 (SP).
Distribuição: Conhecida nos Estados Unidos, México, América Central, Colômbia e Brasil (Sant`Anna
da Chapada, MT) (Bononi 1979). Esta é primeira citação da espécie para o Estado de Mato Grosso do
Sul.
2. FOMITOPSIDACEAE
Fomitopsis cupreorosea (Berk.) J. Carranza & Gilb., Mycotaxon 25(2):476, 1986.
Basiônimo: Polystictus cupreoroseus (Berk.) Cooke, Grevillea 14(71):85, 1886.
Descrições e ilustrações: Fidalgo (1968).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 17-VII-2007, J.R. Quevedo & A.K. M de Oliveira, 12 (SP); idem sobre madeira em
decomposição, 15-II-2008, J.R. Quevedo & A.K. M de Oliveira, 32 (SP);
Distribuição: Neotropical (Fidalgo 1968).
14
Fomitopsis feei (Fr.) Kreisel, Ciências Biológicas, Cuba 16:83, 1971.
Basiônimo: Polyporus feei Fr., Linnaea 5:518, 1830.
Descrições e ilustrações: Ryvarden & Johansen (1980).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 01-XI-2007, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo, 02 (SP); idem, madeira em
decomposição, 05-1X-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 10 (SP); idem, madeira em
decomposição, 05-1X-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 11 (SP).
Distribuição: África, América do Sul e Ásia (Ryvarden & Johansen 1980). Esta é primeira citação da
espécie para o Estado de Mato Grosso do Sul.
3. GANODERMATACEAE
Amauroderma camerarium (Berk.) J.S. Furtado, Revisão do gênero Amauroderma (Polyporaceae);
Estudos baseados nas microestruturas do basidiocarpo:140, 1968.
Basiônimo: Polyporus camerarius Berk., Hooker's J. Bot. Kew Gard. Misc. 8:143, 1856.
Descrições e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em solo, 17-VII-
2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, 18 (SP); idem, em solo, 01-XI-2007, A.K.M. de Oliveira &
J.R. Quevedo, 35 (SP).
Distribuição: Do Sul do Brasil até Belize (Furtado 1981; Ryvarden 2004). Esta é primeira citação da
espécie para o Estado de Mato Grosso do Sul.
Ganoderma australe (Fr.) Pat., Bull. Soc. Mycol. Fr. 5:65, 1890. Polyporus australis Fr., Elench.
Fung.1:108, 1828.
Basiônimo: Polyporus australis Fr., Elench. fung. (Greifswald) 1:108, 1828.
Descrições e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 17-VII-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira.
Distribuição: Tropical (Ryvarden 2004). Esta é primeira citação da espécie para o Estado de Mato
Grosso do Sul.
Ganoderma multiplicatum (Mont.) Pat., Bull. Soc. Mycol. Fr. 5(2/3):74, 1889.
Basiônimo: Polyporus multiplicatum Mont., Ann.Sci. Nat., Bot. Ser. 4, 1:128, 1854.
Descrições e ilustrações: Ryvarden (2004). Espécie com sistema hifalíco dimitíco, basidioma pileado,
Basidiósporo subgloboso, elipsóide truncado pequeno (7 a 8mm).
15
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Parque do Prosa, Campo Grande, em tronco
de árvore viva, 17-VII-2007, J.R. Quevedo & A.K. M de Oliveira 33 (SP); idem, em tronco de árvore
viva, 01-11-2007, A.K.M de Oliveira & J.R. Quevedo.
Distribuição: Tropical, descrita na Venezuela (Ryvarden 2004). Esta é primeira citação da espécie para o
Brasil.
Ganoderma orbiforme (Fr.) Ryvarden [as ‘orbiformum’], Mycologia 92(1):187, 2000.
Basiônimo: Polyporus orbiformis Fr., Epicr. Syst. Mycol.:463, 1838.
Descrições e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Parque do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 01-XI-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 20 (SP).
Distribuição: Tropical, África, Brasil, Venezuela e Porto Rico (Ryvarden 2004). Esta é primeira citação
da espécie para o Estado de Mato Grosso do Sul.
4. GLOEOPHYLLACEAE
Gloeophyllum striatum (Sw.) Murrill, Bull. Torrey Bot. Club 32(7):370, 1905.
Basiônimo: Agaricus striatus Sw., Nov. Gen. Spec. Plant.:148, 1788.
Descrições e ilustrações: Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 14-III-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 18 (SP); idem, sobre madeira em
decomposição, 14-IV-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 07 (SP).
Distribuição: Pantropical (Gugliotta & Bononi 1999). Encontrada anteriormente no Pantanal do Rio
Negro, MS (Bononi et al. 2007).
5. HYMENOCHAETACEAE
Phellinus gilvus (Schwein.) Pat., Essay Tax. Hyménomyc.:82, 1900.
Basiônimo: Boletus gilvus Schwein., Schr. Naturf. Ges. Leipzig 1:96, 1822.
Descrições e ilustrações: Soares & Gugliotta (1998) e Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
: Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 01-XI-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 4a (SP); idem, sobre madeira em
decomposição, 14-IV-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 21 (SP).
Distribuição: cosmopolita (Fonsêca 1999; Ryvarden 2004). Encontrada anteriormente no Pantanal do Rio
Negro, MS (Bononi et al. 2007).
16
Esta espécie tem sido utilizada em reatores biológicos para o tratamento de diferentes águas
residuárias. Essa aplicação se constitui em uma tecnologia alternativa e inovadora de crescente expansão.
Balan & Monteiro (2001) estudaram a remoção do corante índigo azul pela espécie de Phellinus
gilvus, onde foi observada a remoção de 100% de cor do meio.
6. LACHNOCLADIACEAE
Lachnocladium brasiliense (Lév.) Pat. [as ‘brasiliensis’], Bull. Torrey Bot. Club 29:572, 1902.
Basiônimo: Eriocladus brasiliensis Lév., Suppl. Lich., Paris 5:108, 1846.
Descrições e ilustrações: Burt (1919).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 05-X-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 22 (SP).
Distribuição: ocorre nas Américas Central e do Sul; no Brasil, citada para os Estados da Bahia
(localidade-tipo, Burt 1919), São Paulo e Rio Grande do Sul (Bononi 1979). No Estado de Mato Groso
do Sul já havia sido anteriormente citada no Pantanal do Rio Negro (Bononi et al. 2007).
7. MERULIACEAE
Gloeoporus dichrous (Fr.) Bres. Hedwigia 53:74, 1913.
Basiônimo: Polyporus dichrorus Fr., Observ. Mycol. 1:125, 1815.
Descrições e ilustrações: Ryvarden & Johansen (1980).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
: Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 14-III-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo.
Distribuição: Cosmopolita (Ryvarden & Johansen 1980). Esta é primeira citação da espécie para o Estado
de Mato Grosso do Sul.
8. POLYPORACEAE
Datronia caperata (Berk.) Ryvarden, Mycotaxon 23:172, 1985.
Basiônimo: Polyporus caperatus Berk., Grevillea 9(51):98, 1881.
Descrições e ilustrações: Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 05-V-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, 13 (SP).
Distribuição: pantropical (Gugliotta & Bononi 1999). Esta é primeira citação da espécie para o Estado de
Mato Grosso do Sul.
Hexagonia hydnoides (Sw.) M. Fidalgo, Mem. N. Y. bot. Gdn. 17:64, 1968.
17
Basiônimo: Boletus hydnoides Sw., Fl. Ind. Occid. 3:1942, 1806.
Descrições e ilustrações: Fidalgo (1968) e Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore, 05-V-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, 01 (SP).
Distribuição: pantropical (Gugliotta & Bononi 1999). Espécie anteriormente citada no Pantanal do Rio
Negro, MS (Bononi et al. 2007).
Hexagonia variegata Berk., Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 2, 9:196, 1852.
Descrições e ilustrações: Fidalgo (1968b), Gugliotta & Bononi (1999), como Hexagonia papyracea
Berk., atualmente colocado em sinonímia.
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre madeira
em decomposição, 18-VIII-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, 19 (SP); idem, madeira em
decomposição, 05-V-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 16 (SP).
Distribuição: Pantropical (Gugliotta & Bononi 1999). Espécie citada anteriormente no Pantanal do Rio
Negro, MS (Bononi et al. 2007).
Lentinus crinitus (L.) Fr., Nov. Symb. Myc.:34, 1825.
Basiônimo: Agaricus crinitus L., Sp. pl., Edn. 2, 2:1644, 1763.
Descrições e ilustrações: Pegler (1983) e Fonsêca (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Parque do Prosa, Campo Grande, sobre tronco
em decomposição, 17-X-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, 4c (SP); idem, madeira em
decomposição, 01-XI-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo, 2b (SP).
Distribuição: Pantropical (Fonsêca 1999). Espécie citada anteriormente no Pantanal do Rio Negro, MS
(Bononi et al. 2007).
A capacidade dos fungos de podridão branca em degradar lignina torna-os o grupo mais
interessante dentre os fungos para utilização em biorremediação, pois o sistema que degrada
extensivamente a lignina também é responsável, pelo menos em parte, pela degradação de alguns
compostos poluentes orgânicos como clorofenóis e hidrocarbonetos poliaromáticos. Atualmente sabe-se
que a capacidade biodegradativa de fungos de podridão branca deve-se à presença do sistema enzimático
ligninolítico inespecífico e extracelular (Matheus & Okino 1998).
Entre os basidiomicetos aplicados em processos de biodegradação de diferentes xenobióticos
destaca-se o Lentinus crinitus por degradar hexaclorobenzeno e pentaclorofenol (Matheus et al. 2000).
Nigroporus macroporus Ryvarden & Iturr., Mycologia 95(6):1070, 2003.
Descrições e ilustrações: Ryvarden & Iturriaga (2003).
18
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre tronco
em decomposição, 17-VII-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira, idem, madeira em decomposição,
05-05-2007, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo.
Distribuição: Espécie descrita para a Venezuela (Ryvarden & Iturriaga 2003). Esta é a segunda anotação
de ocorrência da espécie no Brasil; foi citada anteriormente para Pantanal do Rio Negro, MS (Bononi
et al. 2007).
Perenniporiella neofulva (Lloyd) Decock & Ryvarden, Mycol. Res. 107(1):94, 2003.
Basiônimo: Polyporus neofulvus Lloyd, Mycol. Writ. 4(60):13, 1915.
Descrições e ilustrações: Decock & Ryvarden (2003).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, sobre tronco em
decomposição, 17-VII-2007, J.R. Quevedo & A.K.M. de Oliveira.
Distribuição: Tropical. Esta é primeira citação da espécie para o Estado de Mato Grosso do Sul.
Pycnoporus sanguineus (L.) Murrill, Bull. Torrey Bot. Club 31(8): 421, 1904.
Basiônimo: Boletus sanguineus L., Sp. pl., Edn 2:1646, 1763.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987) e Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Parque do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 14-III-2007, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo, 03 (SP); idem em tronco de árvore viva, 14-
03-2007, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo, 05 (SP).
Distribuição: pantropical (Ryvarden & Johansen 1980). Espécie citada anteriormente no Pantanal do Rio
Negro, MS (Bononi et al. 2007).
Alguns cogumelos (corpo de frutificação de certos fungos) como Pycnoporus sanguineus
apresentam propriedades medicinais ou nutracêuticas que já eram utilizados desde os tempos mais
remotos com finalidades medicinais para combater hemorragias, cólicas, feridas, asma e outros
problemas. Algumas tribos indígenas brasileiras usavam essa espécie para a cicatrização de feridas
(Bononi & Grandi 1998).
Tyromyces pseudolacteus Murrill, Bull. Torrey Bot. Club 67: 65 (1940)
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 14-III-2007, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo, 05 (SP).
Distribuição: Florida, Estados Unidos (Ryvarden & Johansen 1980). Esta é primeira citação da espécie
para o Estado de Mato Grosso do Sul.
19
9. SCHIZOPORACEAE
Schizopora paradoxa
(Schrad.) Donk, Persoonia 5(1): 76 (1967)
Basiônimo: Hydnum paradoxum Schrad. 1794
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Mata do Prosa, Campo Grande, em tronco de
árvore viva, 14-III-2007, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo, (SP).
Distribuição: Cosmopolita (Gilbertson & Ryvarden 1987).
Considerações finais - A pesquisa revelou uma nova citação para o Brasil e nove espécies com primeira
citação para o Estado de Mato Grosso do Sul. Oito espécies encontradas neste trabalho também foram
encontradas no Pantanal do Rio Negro, em uma região com a presença de espécies vegetais do bioma
Cerrado, além de áreas com formação ripária, indicando a distribuição ampla destas espécies no Estado.
As famílias melhor representadas foram Polyporaceae, com oito espécies e Ganodermataceae, com quatro
espécies.
Agradecimentos
A CAPES pela concessão de bolsa de mestrado.
Referências Bibliográficas
Balan, D. S. L & Monteiro, R. T. R. Journal of Biotechnology, 2001, v. 89, p. 141.
Bononi, V. L. R.; Oliveira, A. K. M.; Quevedo, J. R. & Gugliota, A. M. Asco e Basidiomicetos
Macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, MS. In: Luis Mauro Barbosa & Nelson Augusto dos Santos
Junior (Org.). A Botânica no Brasil: Pesquisa, Ensino e Políticas Públicas Ambientais. 1 Ed. São
Paulo: Sociedade Botânica do Brasil, 2007, v. 1, p. 251-253.
Bononi, V. L. R. 1979. Basidiomicetos do Parque Estadual da Ilha do Cardoso: II. Hymenochaetaceae.
Rickia 8: 85-99.
Bononi, V. L. R. & Grandi, R. A. P. (Coords.). 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos:
noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. São Paulo: Instituto de Botânica.
Brasil. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção Mineral. Projeto
RADAMBRASIL. Folha SF. 21 Campo Grande: geologia, morfologia, pedologia, vegetação e uso
potencial da terra. Rio de Janeiro, 1982. 416p. (Levantamento de Recursos Naturais, 31).
20
Burt, E.A. 1919. The Thelephoraceae of North America XI. Tulasnella, Veluticeps, Mycobonia,
Epithele and Lachnocladium. Annals of the Missouri Botanical Garden 6: 253-280.
Fidalgo, M. E. P. K. 1968. The genus Hexagona. Memoirs of the New York Botanical Garden 17: 35-
108.
Fidalgo, O. & Bononi, V. L. R. (Coords.). 1984. Técnicas de coleta, preservação e herborização de
material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica.
Fonsêca, M. P. 1999. Aphyllophorales lignocelulolíticos da Reserva Biológica do Alto da Serra de
Paranapiacaba, Santo André, SP. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo.
Furtado, J. S. 1981. Taxonomy of Amauroderma (Basidiomycetes, Polyporaceae). Memoirs of the New
York Botanical Garden 34: 1-109.
Gilbertson, R. L. & Ryvarden, L. 1987. North American Polypores. Fungiflora, Oslo.
Gugliotta, A.M. & Bononi, V.L.R. 1999. Polyporaceae do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São
Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 12: 1-112.
Kirk, P. M.; Cannon, P. F.; David, J. C. & Stalpers, J. A. 2001. Dictionary of the Fungi. 9th ed. CAB
International, Wallingford.
Matheus, D. R. & Okino, L. K. 1998. Utilização de basidiomicetos em processos biotecnológicos. In:
Bononi, V. L. R. & Grandi, R. A. P. (Eds.)Zigomicetos, basidiomicetos e deuteromicetos: noções
básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de
Estado de Meio Ambiente. 184p.
Matheus, D. R.; Bononi, V. L. R. & Machado, K. M. G. 2000. Biodegradation of hexachlorobenzene by
basidiomycetes in soil contaminated with industrial residues. World Journal of Microbiology and
Biotechnology 16(5): 415-421.
Müeller, G. M. & BILLS, G. Introduction. In: Müeller, G. M.; Bills, G. F. & Foster, M. S. (Eds.).
Biodiversity of Fungi: Inventory and Monitoring Methods. p. 1-4. Burlington: Elsevier Academic
Press, 2004.
21
Okino, L. K. Atividade Ligninolítica de Basidiomicetos Brasileiros. 1996. Dissertação (Mestrado em
Biologia) - Universidade de São Paulo.
Pegler, D. N. 1983. The genus Lentinus Fr. A world monograph. London: Her Majesty Service Office.
Ryvarden, L. 2004. Neotropical Polypores: Part 1. Introduction, Ganodermataceae & Hymenochataceae.
Fungiflora, Oslo.
Ryvarden, L. & Iturriaga, T. 2003. Studies in Neotropical polypores 10: new polypores from Venezuela.
Mycologia 95: 1066-1077.
Ryvarden, L. & Johansen, I. 1980. A preliminary flora of East Africa. Fungiflora, Oslo.
SEMA - Secretaria do Meio Ambiente. 2000. Plano de Manejo para a Reserva Ecológica do Parque
dos Poderes. Campo Grande: Imprensa Oficial.
Soares, S. C.S . & Gugliotta, A. M. 1998. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São
Paulo, SP. Fungos, 7: Aphyllophorales (Hymenochaetaceae). Hoehnea 25: 11-31.
Teixeira A R. 1995. Método para estudos das hifas do basidiocarpo de fungos poliporáceos. São
Paulo: Instituto de Botânica.
CAPITULO II
23
Fungos macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, Mato Grosso do Sul, Brasil
ABSTRACT - (Macroscopic fungi at the Rio Negro’s lowlands, Mato Grosso do Sul, Brazil) The
wetlands’ biodiversity is virtually unknown, particularly to fungi. As a consequence of the
devastation caused by the advances made by the cattle-raising industry, a significant part of the
native vegetation has been eliminated and only fragments of savannah woods, vast grazing areas
and furrows formed by the accumulation of logs cut have been left. At Rio Negro’s lowands, five
fungi collection excursions were carried out in 2006, in the driest period. Fifty six species of
Basidiomycetes and one of macroscopic Ascomycetes were identified. All species are being
mentioned for the first time for the State of Mato Grosso do Sul and Collybia bakeri Dennis,
Entoloma cerussatum Pegler, Epithelopsis fulva (G. Cunn.) Jülich, Hypochniciellum subillaqueatum
(Litsch.) Hjortstam, Hypochnicium vellereum (Ellis & Cragin) Parmasto, Lentinus concavus (Berk.)
Corner, Mycena parabolica (Fr.) Quél., Mycoaciella bispora (Stalpers) J. Erikss. & Ryvarden,
Nigroporus macroporus Ryvarden & Iturr., Nothopanus hygrophanus (Mont.) Singer, Pholiota
polychroa (Berk.) A.H. Sm. & H.J. Brodie, Pleurotus agaves Dennis, Trametes subectypus
(Murrill) Gilbn. & Ryvarden and Tricholomopsis tropica Dennis for the first time to Brazil.
Key words: Ascomycetes, Basidiomycetes, biodiversity, Paraguay Basin
RESUMO - (Fungos macroscópicos do Pantanal do Rio Negro, Mato Grosso do Sul, Brasil) A
biodiversidade do Pantanal é praticamente desconhecida, principalmente em relação aos fungos. Em
conseqüência da devastação pelo avanço da pecuária, grande parte da vegetação natural em áreas de
fácil acesso foi suprimida, restando fragmentos de cerrado, extensas pastagens e leiras formadas
pelo acúmulo da madeira derrubada. Em alguns locais, como na região do Pantanal do Rio Negro,
parte da vegetação nativa foi relativamente preservada e nela, durante o ano de 2006, foram
realizadas cinco excursões de coleta de fungos, nos períodos mais secos. Cinqüenta e seis espécies
de Basidiomycetes e uma de Ascomycetes macroscópicos foram identificadas. Todas as espécies
estão sendo citadas pela primeira vez para o Estado de Mato Grosso do Sul e região do Pantanal, e
24
Collybia bakeri Dennis, Entoloma cerussatum Pegler, Epithelopsis fulva (G. Cunn.) Jülich,
Hypochniciellum subillaqueatum (Litsch.) Hjortstam, Hypochnicium vellereum (Ellis & Cragin)
Parmasto, Lentinus concavus (Berk.) Corner, Mycena parabolica (Fr.) Quél., Mycoaciella bispora
(Stalpers) J. Erikss. & Ryvarden, Nigroporus macroporus Ryvarden & Iturr., Nothopanus
hygrophanus (Mont.) Singer, Pholiota polychroa (Berk.) A.H. Sm. & H.J. Brodie, Pleurotus agaves
Dennis, Trametes subectypus (Murrill) Gilbn. & Ryvarden e Tricholomopsis tropica Dennis pela
primeira vez para o Brasil.
Palavras-chave: Ascomycetes, Bacia do Alto Paraguai, Basidiomycetes, biodiversidade
25
Introdução
O Brasil é conhecido como detentor de uma das mais altas biodiversidades do mundo.
Entretanto, informações existentes sobre a diversidade biológica são restritas a alguns tipos de
organismos, como plantas superiores e vertebrados, e se encontram dispersas em instituições,
museus e coleções científicas do País e exterior.
O primeiro documento a centrar informações sobre a biodiversidade global, incluindo a
brasileira, foi elaborado por ocasião da Conferência Rio-92 (Groombridge 1992), seguido dos
trabalhos de Mittermeier et al. (1998) que relacionaram espécies de plantas superiores, vertebrados
e alguns invertebrados.
Os balanços sobre a biodiversidade brasileira feitos no Brasil (Bicudo & Menezes 1996,
Canhos 1997, Joly & Bicudo 1998) avaliaram em cerca de 2.500 o número de espécies de fungos
macroscópicos, nenhuma delas registrada para a região do Pantanal ou Estado do Mato Grosso do
Sul.
O Pantanal, localizado na Bacia do Alto Paraguai, é uma região de importância estratégica na
administração dos recursos hídricos do Brasil, Bolívia e do Paraguai. Representa uma das maiores
extensões de áreas alagadas do planeta, sendo elo de ligação entre o cerrado brasileiro e o chaco da
Bolívia e do Paraguai, entre os paralelos 16-22
o
S e os meridianos 55-58
o
W. Considerada uma das
maiores planícies de inundação da América Latina, ocupa cerca de 150.000 km
2
, e é formada pela
junção dos rios da Bacia (rio Paraguai e seus afluentes), constituindo uma série de sub-bacias,
constituídas por outros rios e córregos numa complexa rede hidrográfica. Esta região é
periodicamente alagada durante os meses de outubro a março devido às chuvas intensas que
normalmente ocorrem nos planaltos que cercam a região pantaneira, gerando um caráter plurianual
de ciclos de enchentes e “secas” que na realidade são períodos de pequeno alagamento (Adamoli
1982).
26
A posição quase central da região pantaneira na América do Sul permite o encontro de diferentes províncias fitogeográficas, que são: ao
norte, a Amazônia; a leste, os cerrados; ao sul, as Florestas Meridionais e a oeste, o Chaco Boliviano e Paraguaio, propiciando grande variedade
de fitofisionomias, uma das razões que levou a criação do termo “pantanais” (Adamoli 1982).
De acordo com Pott & Pott (2000), o Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai são dominados, por
espécies vegetais com uma ampla dispersão geográfica (encontradas em diferentes ecossistemas). O
Bioma Cerrado ocupa cerca de 70% da região, seguido pelo Bioma da Floresta Amazônica,
encontrada principalmente no Pantanal do Paraguai, representando 21% da vegetação da área
(Adamoli 1982, Silva et al. 2000).
Devido a grande biodiversidade de espécies e ambientes, o Pantanal foi declarado
Patrimônio Nacional pela Constituição Brasileira em 2000, reconhecido como Reserva da
Biosfera Mundial e considerado um dos “hotspots” de biodiversidade e de recursos hídricos do
planeta em razão de sua importância e do grau de ameaças ambientais que vem sofrendo (
Mittermeier et al. 1998).
No Brasil o conhecimento dos fungos se concentra em regiões onde existem Universidades e
Institutos de Pesquisa com micologistas, como a Amazônia, Pernambuco, São Paulo, Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Este é o primeiro levantamento de macromicetos de Mato
Grosso do sul (exceto por monografia de conclusão do curso de Biologia de Josiane Ratier de
Quevedo da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal-UNIDERP,
co-autora deste trabalho). Para Mato Grosso, 6 espécies haviam sido citadas por Fidalgo (1968a). O
objetivo deste trabalho é ampliar o conhecimento de fungos do Brasil e da região do Pantanal.
Material e métodos
Área de coleta - situada na planície de inundação do rio Negro, na fazenda Santa Emília, localizada
no quadrante geográfico 19°29’12,2” a 19°30’49,8”S e 55°35’28,5” a 55°42’37,9”W ( Figura 1),
com 2.618 ha, onde se localiza o Instituto de Pesquisa do Pantanal (IPPAN) da UNIDERP e a
Pousada Araraúna, a cerca de 250 km de distância de Campo Grande, com percursos via cidade de
27
Rio Negro ou Aquidauana. O local apresenta uma variedade de ambientes que, de acordo com
Adamoli (1982) e Pott & Pott (2000), podem ser classificados como:
"baía" - lagoa de água permanente ou temporária, de tamanho variado, com a presença de espécies
aquáticas como camalote (Eichhornia spp.), chapéu-de-couro (Echinodorus spp.), florzeiro
(Ludwigia spp.), orelha-de-onça (Salvinia spp.);
“capão” ou “caapão” - porção de mata, geralmente em elevações de 0,3-3 m acima da altura do
campo, com formato elíptico ou circular (diâmetro variável de 5-100 m), formando ilhas arbóreas,
normalmente não inundáveis, podendo apresentar diferentes tipos de vegetação, como cerrado,
cerradão ou mata e espécies vegetais diversas, tais como acuri (Scheelea phalerata Mart.), carandá
(Copernicia alba Morong ), jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart.), lixeira (Curatella americana
L.), paratudo (Tabebuia áurea ( Manso) Benth. & Hook.), pau-terra (Qualea parviflora Mart.),
piúva (Tabebuia ochracea (Cham.)Standl.);
“cordilheira”- pequena elevação na planície (cerca de 1 a 3 m de altura), podendo ser resultado de
antigos diques fluviais ou cordões arenosos ou argilosos, composta de vegetação de cerrado,
cerradão ou mata, geralmente não inundável. Algumas espécies vegetais arbóreas encontradas são:
aroeira (Myracrodruon urundeuva Allem.), angico-branco (Albizia niopioides (Spruce) Burkart.),
angico-vermelho (Anaderanthera colubrina (Vell.) Brenan.), cumbaru (Dipteryx alata Vogel.),
faveiro (Callistene fasciculata Mart.), cambará (Vochysia divergens Pohl.), gonçalo-alves
(Astronium fraxinifolium Schott.), lixeira (Curatella americana L.) e tarumã (Vitex cymosa Bert.);
"corixo" - curso d’água estacional, com leito definido e mata ciliar descontínua, com a presença de
diversas espécies de plantas aquáticas, como baceiro (Oxycaryum cubense (Poepp.& Kunth) Palla),
camalote (Eichhornia azurea (Swartz) Kunth ), erva-de-bicho (Polygonum spp. ), lagartixa
(Nymphaea amazonum Mart. & Zucc.), lodo (Utricularia spp.);
“corixão” - pequeno rio intermitente, com canal definido e mata ciliar desenvolvida, que mantém
água em trechos quando pára de correr, podendo também ser o leito abandonado (braço) do próprio
rio que lhe deu origem, apresentando diversas espécies de plantas aquáticas;
28
“savana gramíneo-lenhosa” - que recebe outras denominações como campo, campo limpo, campo
sujo ou campo alagado, sendo constituída normalmente de gramíneas e ervas. Pode ser campo
inundado ou seco, cujas proporções alternam-se em função da precipitação local e/ou aporte de
água pelos rios, sendo esta forma de vegetação mais associada ao fator drenagem do que à
fertilidade do solo. Entre as espécies de gramíneas encontradas têm-se capim barba-de-bode ou
fura-bucho (Paspalum carinatum Humb. & Bonpl. ex Feiige, P. lineare Trinius e Aristida spp.),
capim-arroz (Oriza spp.), capim-de-cerrado (Andropogon spp.), grama-de-cerrado (Mesosetum
spp.), mimosinho (Reimarochloa spp.), mimoso-peludo (Paratheria prostrata Griseb.), além de
espécies de Paspalum, Digitaria e Panicum.
A região já sofreu grandes desmatamentos e hoje se constitui por fragmentos de vegetação
de cerrado e pastagens, sendo freqüente a presença de leiras de restos de árvores, formando pilhas
de madeira que delimitam pastos. Nos restos vegetais, nas leiras e nos gramados, é freqüente a
observação de cogumelos em áreas não alagadas.
Clima e solos: o clima é considerado tropical, com classificação Aw (clima de savana segundo
Koppen), com médias entre 23-25
o
C e máximas e mínimas absolutas extremamente altas: de
setembro a novembro, as máximas ultrapassam 40
o
C; em maio, junho e julho, quando ocorrem a
entradas de frentes frias, as médias mínimas ficam abaixo de 20
o
C. O inverno é seco (de maio até
setembro, com os meses mais secos em julho e agosto) e verão chuvoso, sendo 80% das chuvas
entre novembro a março, variando entre 1.000 a 1.400 mm por ano. A maior parte da região é
coberta por solos hidromórficos (92%), refletindo a drenagem insuficiente e a tendência para
inundações periódicas, com composição arenosa (66%).
Coleta e identificação: as excursões de coleta tiveram a duração de 2 a 3 dias, mensalmente
durante o ano de 2006, procurando cobrir toda a área do IPPAN. Sempre que possível, foi utilizado
GPS para georeferenciar os pontos de coleta. Os fungos foram coletados e secos conforme
recomendado em Fidalgo & Bononi (1984) e a identificação foi feita no Instituto de Botânica de
29
São Paulo, SP, com ajuda de chaves de identificação, observação de microestruturas e comparação
com material de herbário. Todo material foi depositado no Herbário Científico “Maria Eneyda P.
Kauffmann Fidalgo” (SP), do Instituto de Botânica. A classificação segundo Kirk et al. (2001) pode
ser consultada nas bases de dados CABI (http://www.indexfungorum.org) e CBS
(http://www.cbs.knaw.nl) onde também se encontram descrições da espécies.
Resultados e Discussão
Foram identificadas 56 espécies de Basidiomycetes (Basidiomycota) e uma de Ascomycetes
(Ascomycota). Todas as espécies estão sendo citadas pela primeira vez para o Estado de Mato
Grosso do Sul e Pantanal.
As espécies estão listadas dentro dos respectivos grupos taxonômicos e por ordem
alfabética.
Chave para a identificação de espécies de fungos macroscópicos do Pantanal
1. Fungo esférico ou semi-esférico, preto ou marrom muito escuro, com ascos e ascosporos ....
................................................................................................................Daldinia concentrica
1. Fungo de outras formas que não esférica ou semi-esférica, de cores variadas, mas não totalmente
preto; presença de basídios e basidiósporos
2. Basidioma clavarióide, muito ramificado, branco ................. Lachnocladium brasiliense
2. Basidioma não clavarióide, não ramificado, de qualquer coloração
3. Superfície himenial falsamente lamelar, com falsas lamelas que se enrolam aos pares
formando cânulas radiais, coloração acinzentada ................. Schizophyllum commune
3. Superfície himenial com outras características
4. Superfície himenial lisa a hidnóide
30
5. Basidioma ressupinado
6. Basidioma amarelado a ocráceo, superfície himenial hidnóide .......................
........................................................................................ Mycoaciella bispora
6. Basidioma branco a creme, superfície não hidnóide
7. Medas grandes, conspícuas ............................................ Epithelopsis fulva
7. Medas ausentes
8. Numerosos cistídios presentes, cilíndricos a fusiformes ........................
.............................................................. Hypochnicium sphaerosporum
8. Cistídios ausentes
9. Basidioma bem aderido ao substrato, basídios frequentemente irregulares
com apenas um esporo, basidiósporo liso, com pequeno apículo,
fracamente amilóide, 3,5-4,5 × 2,5 µm Hypochniciellum subillaqueatum
9. Basidioma frouxamente preso ao substrato, basídios com mais de um
esporo, basidiósporo irregularmente granulado, globoso, não amilóide, 7-
8 µm diâm. .................................................Hypochnicium vellereum
5. Basidioma pileado a efuso-reflexo
10. Basidioma em forma de roseta, com diversos píleos fundidos, superfície
abhimenial concentricamente zonada em diferentes tons de castanho e cinza
..........................................................................................................................
................................................................................. Thelephora griseozonata
10. Basidioma séssil a efuso-reflexo, superfície abhimenial tomentosa,
concentricamente zonada, ocrácea ...........................................Stereum ostrea
4. Superfície poróide ou lamelar
11. Basidioma estipitado, com píleo de margens enrolada para baixo, não permitindo a
visualização de lamelas, superfície do píleo pilosa .. Montagnea haussknechtii
31
11. Basidioma estipitado ou não,com lamelas ou poros visíveis na superfície inferior do
píleo, superfície do píleo pilosa ou não
12. Superfície himenial lamelar
13. Basidioma coriáceo, resistente
14. Basidiom séssil ........................................ Gloeophyllum striatum
14. Basidiom centralmente estipitado
15. Basidioma branco quando fresco, superfície abhimenial glabra
................................................................................................
................................................................. Lentinus concavus
15. Basidioma castanho, superfície abhimenial com escamas ou pelos
16. Superfície abhimenial pilosa, geralmente radialmente estriada
................................................................ Lentinus crinitus
16. Superfície abhimenial esquamuloso, não radialmente estriada,
mas podendo se tornar rugosa com a maturidade .............
............................................................... Lentinus swartzii
13. Basidioma carnoso, frágil
17. Estipe ausente a excêntrico
18. Estipe excêntrico, robusto, com manchas marrom-avermelhadas na
base ............................................. Nothopanus hygrophanus
18. Estipe ausente ou excêntrico curto, sem manchas coloridas na base
................................................................... Pleurotus agaves
17. Estipe central bem desenvolvido
19. Esporada rósea, basidiósporos angulares.................................
.............................................................Entoloma cerussatum
19. Esporada nunca rósea, basidiósporos não angulares (mas podem
ser rombóides)
32
20. Esporada ocre ou ferrugínea
21. Píleo amarelo-ovo, basidiósporo truncado, com poro de
germinação conspícuo ............... Bolbitius vitellinus
21. Píleo de coloração diferente, basidiósporos nunca
truncados, com ou sem poro de germinação
22. Basidiósporos com poro de germinação
23. Basidioma lignícola, píleo castanho-alaranjado
...................................... Pholiota polychroa
23. Basidioma terrestre, píleo de coloração creme
com centro mais escuro, castanho ...............
.................................. Hypholoma trinitense
22. Basidiósporos sem poro de germinação
24. Basidiósporos com paredes ornamentadas,
verrucosas ..................... Gymnopilus earlei
24. Basidiósporos com parede lisa ...................
..................... Phaeomarasmius limulatellus
20. Esporada de outra coloração, nunca ocre ou ferrugínea
25. Lamelas escuras adnatas ou decurrentes, basidiósporos
castanho-escuros
26. Superfície pilear epitelial, píleo sépia, basidiósporos
castanho-fusco ................ Psathyrella murrillii
26. Superfície pilear indiferenciada, píleo de coloração
diferente, basidiósporos castanho-esverdeados
escuros
33
27. Píleo até 8 cm diâm., estipe até 14 cm compr.,
queilocistídios ramificados ........................
............................. Psilocybe zapotecorum
27. Píleo geralmente menor que 1 cm diâm., estipe
até 1,5 cm compr., queilocistídios não
ramificados .......... Psilocybe venezuelana
25. Basidiósporos hialinos ......................................... 28
28. Basidioma branco a bege com escamas escuras,
superfície abhimenial do píleo geralmente viscosa,
basidiósporos grandes, globosos a subglobosos, em
torno de 22 µm diâm. ..Oudemansiella canarii
28. Basidioma de qualquer coloração, superfície
abhimenial do píleo não viscosa, basidiósporos
elípticos ou globosos, sempre menores que 22 µm
29. Píleo amarelo-claro com escamas ou pêlos
30. Píleo campanulado, com escamas amarelo-
acastanhadas, anel bem desenvolvido .
................. Leucocoprinus birnbaumii
30. Píleo aplanado, centralmente depresso, com
pêlos na superfície.. Tricholomopsis tropica
29. Píleo liso sem escamas ou pêlos, de qualquer
coloração
31. Basidiomas agrupados, pequenos, píleo
campanulado até 2,5 cm diâm., estipe
castanho-claro, mais escuro na base, até 3
mm diâm.
34
32. Basidiósporos 8 × 4 µm.................
......................... Mycena inclinata
32. Basidiósporos 8-10 × 6-7 µm........
..................... Mycena parabolica
31. Basidiomas agrupados ou solitários, píleo
maior que 2,5 cm diâm., estipe castanho-
claro, maior que 3 mm diam.
33. Estipe maior que 5 mm diâm.,
basidiósporos 6-8 × 3-3,5 µm .....
...................... Collybia netropica
33. Estipe até 4 mm diâm., basidiósporos 3-
4,5 × 2-2,5 µm ... Collybia bakeri
12. Superfície himenial poróide
34. Basidioma estipitado
35. Basidioma lateralmente estipitado, superfície abhimenial lacada,
basidiósporos globosos com parede dupla e ornamentada ...........
................................................................ Amauroderma renidens
35. Basidioma lateralmente a centralmente estipitado, superfície branca a
creme, não lacada, basidiósporos com parede simples e lisa ........
.................................................................... Polyporus tenuiculus
34. Basidioma ressupinado a séssil
36. Basidioma ressupinado
37. Superfície himenial branca a creme, poros regulares, tornando-se
quase hidnóides em substratos inclinados, hifa generativa com
ansa, reação xantocróica negativa ..... Trechispora regularis
35
37. Superfície himenial castanho-ferrugínea, poros regulares, hifa
generativa com septos simples, Contexto preto em KOH (reação
xantocróica positiva ) ........................ Phellinus melleoporus
36. Basidioma efuso-reflexo a séssil, às vezes pseudoestipitado
38. Basidiósporos castanho a amarelados, de parede dupla, com a
parede externa lisa e a parede interna ornamentada, contexto
castanho- chocolate, basidioma sempre lenhoso (muito duro)
39. Superfície abhimenial lacada
40. Superfície himenial inicialmente branca, castanha na
maturidade, 3-4 poros/mm, basidiósporos 12-15 × 8-10
µm ....................................... Ganoderma oerstedtii
40. Superfície himenial creme, castanha quando tocada, 4-5
poros/mm, basidiósporos 9-12 × 5,5-8 µm ..............
................................................ Ganoderma lucidum
39. Superfície abhimenial opaca, não lacada
41. Superfíe himenial amarelada, escurecendo (quase preta)
quando tocada, 4-5 poros/mm, basidiósporos 9-12 × 7-9
µm, cútis sem elementos clavados......................
................................................. Ganoderma brownii
41. Superfície himenial creme a castanho-amarelada,
escurecendo (marrom) quando tocada, 5-7 poros/mm,
basidiósporos 10-12 × 7-8 µm, crusta com elementos
clavados ................................ Ganoderma lobatum
38. Basidiósporos hialinos a acastanhados, de parede simples,
basidioma macio, flexível a coriáceo
42. Hifa generativa com septo simples
36
43. Basidioma fino, até 4 mm esp., superfície abhimenial
creme, superfície himenial creme-rosada a castanho-
rosada, não xantocróico, basidiósporos alantóides ..
....................................... Gloeoporus telephoroides
43. Basidioma até 5 cm esp., castanho-ferrugíneo,
xantocróico, basidiósporos ovóides a elipsóides
44. Basidioma fibroso a coriáceo, de consistência macia,
sistema hifálico monomítico ............................
...................................... Inonotus patouillardii
44. Basidioma coriáceo, sistema hifálico dimítico
45. Setas presentes, ventricosas Phellinus gilvus
45. Setas ausentes ................ Phylloporia ribis
42. Hifa generativa com ansa
46. Poros grandes, 1-3/mm
47. Cistídios incrustrados presentes
48. Basidioma com consistência de cortiça, macio,
branco quando fresco, ocráceo quando seco,
superfície abhimenial lanosa .....................
............................. Echinoporia aculeifera
48. Basidioma coriáceo, flexível, castanho-escuro,
superfície abhimenial com pêlos escuros e
ramificados ........... Trichaptum perrottetii
47. Cistídios incrustrados ausentes
49. Superfície abhimenial glabra, sistema hifálico
dimítico .............. Nigroporus macroporus
37
49. Superfície abhimenial vilosa, podendo tornar-se
glabra na maturidade, sistema hifálico trimítico
50. Superfície abhimenial vilosa, glabra na
maturidade, concentricamente zonada,
zonas purpúreas e castanhas, claras e
escuras, basidiósporos cilíndricos, 9-14 ×
4,5-5,5 µm ....... Hexagonia variegata
50. Superfície abhimenial vilosa,
concentricamente zonada, bege a castanho-
clara, basidiósporos elipsóides, menores
que 9 µm compr.
51. Basidioma fino, até 2 mm espesso,
tubos muito rasos com no máximo 1
mm compr., superfície abhimenial bege
a acinzentada na maturidade, superfície
himenial creme-amarelada a bege,
basidiósporos 4,8-7,2 × 2,4-3,6 µm
...........................Trametes villosa
51. Basidioma 2-7 mm espesso, tubos até 4
mm de compr., superfície abhimenial
ocrácea a castanha, superfície himenial
bege a castanha, basidiósporos 5-8,5 ×
2,5-3,5 µm......... Coriolopsis polyzona
46. Poros pequenos, menos que 3/mm
52. Basidioma macio e frágil, corticoso, branco a creme,
sistema hifálico monomítico, hifas gelatinizadas em
38
KOH, basidiósporos alantóides ...........................
....................................... Tyromyces fumideceps
52. Basidioma coriáceo a lenhoso, resistente, creme,
castanho a alaranjado, sistema hifálico dimítico a
trimítico, hifas não gelatinizadas em KOH,
basidiósporos não alantóides
53. Basidioma vermelho-alaranjado ...................
................................Pycnoporus sanguineus
53. Basidioma de coloração diferente, não vermelho-
alaranjado
54. Basidioma lenhoso, superfície abhimenial
com crusta enegrecida, basidiósporos de
parede espessa, piriformes a levemente
truncados, cistídios presentes, ventricosos
............................. Perenniporia martii
54. Basidioma coriáceo, superfície abhimenial
sem crusta enegrecida, basidiósporos de
parede fina, elipsóides a cilíndricos, cistídios
ausentes
55. Superfície abhimenial fimbriada, com
pêlos ramificados, castanho-escuros
aproximadamente 0,5 cm compr. ..
.................... Hexagonia hydnoides
55. Superfície abhimenial não fimbriada
56. Basidioma até 2,5 cm esp. na base,
superfície abhimenial bege a
39
acinzentada, tornado-se ocrácea à
partir da base, basidiósporos 6-7,2 ×
2,4 µm ............ Trametes cubensis
56. Basidioma fino, até 0,5 cm esp. na
base, superfície abhimenial
esbranquiçada, basidiósporos 3,5-5
× 1-2 µm ........ Trametes subectypus
Ascomycetes
XYLARIACEAE
Daldinia concentrica (Bolton) Ces. & DeNot., Comm. Soc. crittog. Ital. 1197. 1863.
Descrições e ilustrações: Viégas (1944), Rogers et al. (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381532).
Espécie cosmopolita (Perez-Silva 1973), com muitas fotos e descrições na internet, conhecida
popularmente na América do Norte e Europa como “bolo do Rei Arthur”. No Brasil a espécie foi
referida para os Estados do Pará, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul (Viégas 1944,
Bezerra & Maia 2006).
Basidiomycetes
AGARICACEAE
Leucocoprinus birnbaumii (Corda) Singer, Sydowia 15 (1-6): 67. 1962. Agaricus birnbaumii
Corda, Icon. Fung. 3: 48. 1839.
Descrições e ilustrações : Guzmán-Dávalos & Guzmán (1982), Gimenes (2007).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°31’0,4”S e 55°38’0,5”W, em solo, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381332).
40
Espécie cosmopolita, citada nas Américas para Venezuela, Bermudas, Martinica, Trinidad e
Tobago (Pegler 1983a). No Brasil citado para o Estado de São Paulo, nos Parques Estaduais das
Fontes do Ipiranga (Grandi et al. 1984, Gimenes 2007) e da Ilha do Cardoso (Capelari, 1989) e no
Rio Grande do Sul (Rick 1907, 1961, Pereira & Putzke 1990). Espécie venenosa, comum em jardins
e vasos.
Montagnea haussknechtii Rab., Fl. Scan.: 339. 1836.
Descrição e ilustraçõe : Baseia & Milanez (2002).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, corixo,
19°30’23”S e 55°36’53,3”W, 25-VI-2006, T.C. Urigas s.n. (SP381338).
Espécie de ampla distribuição em vários continentes. No Brasil, citada para o Cerrado da
Estação Ecológica de Jataí no Estado de São Paulo (Baseia & Milanez 2002). Era classificada até
recentemente entre os Gasteromycetes e pela biologia molecular foi considerado entre os
basidiomicetos (Kirk et al. 2001).
ATHELIACEAE
Hypochniciellum subillaqueatum (Litsch.) Hjortstam, Mycotaxon 13: 126. 1981. Corticium
subillaqueatum Litsch., Annls. mycol. 39: 128. 1941. Leucogyrophana subillaqueata (Litsch.)
Jülich., Persoonia 8: 56. 1974.
Descrição e ilustração: Eriksson & Ryvarden (1976, como Leucogyrophana subillaqueta).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
tronco em decomposição, 26-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. 29 (SP).
Espécie citada para Suécia e Finlândia (Eriksson & Ryvarden 1976). Constitui primeira citação
para o Brasil.
BOLBITIACEAE
41
Bolbitius vitellinus (Pers. ex Fr.) Fr., Epicr. Syst. mycol., p. 254. 1838. Agaricus vitellinus Pers.,
Synopsis Methodica Fungorum 402. 1801.
Descriçãoe ilustrações: Pegler (1983a).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°31’4,1”S e 55°37’59”W e 19°30’0,7”S e 55°36’32,1”W, sobre esterco, 24-VI-2006, V.L.R.
Bononi et al. 21 (SP); V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381544).
A espécie é cosmopolita (Pegler 1997) e geralmente ocorre sobre húmus, no solo, sendo
freqüente em vários continentes. No Brasil, foi citada para o Estado de São Paulo (Pegler 1997) e
Rio Grande do Sul (Pereira & Putzke 1990). Na Venezuela, citada sobre esterco de asno (Dennis
1970).
CORTINARIACEAE
Gymnopilus earlei Murrill, Mycologia 5: 22. 1913.
Descrição e ilustrações: Capelari (1989).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°31’0,4”S e 55°38’0,5”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP381897).
Espécie descrita para Jamaica e encontrada no Brasil, na Ilha do Cardoso, no Estado de São
Paulo (Capelari 1989). Meijer (2006) cita Gymnopilus cf. earlei para o Estado do Paraná.
Phaeomarasmius limulatellus Singer, Sydowia 7: 254. 1953.
Descrição e ilustrações: Singer & Digilio (1952).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’33,9”S e 55°37’45”W, em gramado, 25-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n.
(SP381898).
Espécie com referência para Chile, Argentina e Brasil, no Rio Grande do Sul (Singer & Digilio
1952, Pereira & Putzke 1990).
42
ENTOLOMATACEAE
Entoloma cerussatum Pegler, Kew Bull., Addit ser. 9: 329. 1983.
Descrição e ilustrações: Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’11,4”S e 55°36’32,8”W, em gramado, isolado ou em pequenos grupos, 24-VI-2006, V.L.R.
Bononi et al. s.n. (SP381535).
Espécie com citação para Martinica e Guadalupe, ocorrendo solitário ou em pequenos grupos
(Pegler 1983a). Constitui primeira citação para o Brasil.
EPITHELIACEAE
Epithelopsis fulva (G. Cunn.) Jülich, Persoonia 8(4): 457. 1976. Epithele fulva G. Cunn., Trans. of
the Royal Soc of New Zealand 83: 631. 1956.
Descrições e ilustrações: Cunningham (1963), Jülich (1976).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 19°30’57,4”S e 55°37’49,4”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP
381913).
Espécie descrita para Nova Zelândia por Cunningham (1963). Constitui primeira citação para o
Brasil.
GANODERMATACEAE
Amauroderma renidens (Bres.) Torrend, Broteria, ser. bot. 18: 136. 1920. Ganoderma renidens
Bres., Hedwigia 35: 380. 1896.
Descrições e ilustrações: Furtado (1981), Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19,49°S
e 55,62°W, sobre tronco caído muito decomposto, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi 31 (SP).
43
A espécie só era conhecida para o Estado de Santa Catarina, localidade-tipo (Furtado 1981,
Ryvarden 2004).
Ganoderma brownii (Murrill) Gilbn., Mycologia 53: 405. 1962. Elfvingia brownii Murrill, Western
Polypores 5: 29. 1915.
Descrição e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1986).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 25-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381326).
Espécie citada para Califórnia-Estados Unidos da América (Gilbertson & Ryvarden 1986) e
sudeste da América do Sul, uncluindo Brasil, sem especificação de localidade (Gottlieb et al. 2000).
Ganoderma lobatum (Schwein.) G.F. Atk., Annls mycol. 6: 190. 1908. Polyporus lobatus
Schwein., Trans. Am. Phill. Soc., New Series, 4: 157. 1832.
Descrição e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1986).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’12,5”S e 55°36’40,2”W, sobre colmo de palmeiras, 25/VI/2006, V.L.R. Bononi et al. s.n.
(SP381529); 25/VI/2006, V.L.R. Bononiet al. s.n (SP381540).
A espécie ocorre com freqüência nos Estados Unidos da América, sobre madeira de
angiospermas, causando podridão branca (Gilbertson & Ryvarden 1986); citada para México e
América do Sul (Montoya et al. 2003). Tem sido usada com sucesso para a degradação de
pentaclorofenol (Gottlieb & Wright 1999). Ocorre em região de Mata Atlântica no Brasil e vem
sendo utilizado para o tratamento e detoxificação de efluentes líquidos (Machado et al. 2005).
Ganoderma lucidum (Curtis) P. Karst., Revue mycol. 3(9): 17. 1991. Boletus lucidus Curtis, Fl.
Londin. 72. 1781.
Descrições e ilustrações: Gottlieb & Wright (1999), Nuñez & Ryvarden (2000).
44
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
tronco em decomposição, 25-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381336).
A espécie é cosmopolita, sendo bem conhecida na China onde é utilizada contra tumores
(Bernicchia 1990, Gilbertson & Ryvarden 1986, Guzmán 2003). Gottlieb & Wright (1999) citam a
espécie para a América do Sul. No Brasil, foi citada para Pernambuco, Mato Grosso e Santa
Catarina (Fidalgo 1968a, Gibertoni & Cavalcanti 2003, Loguercio-Leite et al. 2005, Góes Neto &
Baseia 2006).
Ganoderma oerstedii (Fr.) Murrill, Bull. Torrey bot. Club 29: 606. 1907. Polyporus oerstedii Fr.,
Nova Acta Soc. Sci. Upsal. Ser. 3: 1. 1851.
Descrição e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
colmo da palmeira bacuri ou acuri (Attalea phalerata), II-2006, G.B. Soares et al. s.n. (SP381329);
sobre madeira em decomposição, 25-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381914).
Segundo Ryvarden (2004) Ganoderma oerstedii, cuja localidade-tipo é Costa Rica, deve
estar amplamente distribuído nas regiões neotropicais. No Brasil, é citada para Santa Catarina e Rio
Grande do Sul (Rick 1960, como Ganoderma lobatum var. oerstedii, Loguercio-Leite et al. 2005).
GLOEOPHYLLACEAE
Gloeophyllum striatum (Sw.) Murrill, Bull. Torrey bot. Club 32: 370. 1905. Agaricus striatum Sw.,
Nova Genera Species Plantarum, p. 148. 1788.
Descrição e ilustrações: Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381911).
45
Espécie de distribuição pantropical, ocorrendo principalmente em madeira de angiospermas,
ocasionalmente em gimnospermas (Gilbertson & Ryvarden 1986); amplamente distribuída no Brasil
(Gugliotta & Bononi 1999). Foi citado para Mato Grosso (Fidalgo 1968a).
HYMENOCHAETACEAE
Inonotus patouillardii (Rick) Imazeki, Bulletin of the Tokyo Sci. Mus. 6:105. 1943. Polystictus
patouillardi Rick, Broteria, ser. bot. 6: 89. 1907.
Descrição e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 18-II-2006, G.B. Soares et al. s.n. (SP381510).
A espécie é cosmopolita (Ryvarden 2004), e nos Estados Unidos da América, causa
podridão branca em Quercus (Gilbertson & Ryvarden 1986). Descrita como freqüente no Rio
Grande do Sul por Rick (1928, 1961) sobre troncos queimados.
Phellinus gilvus (Schwein.) Pat., Essay Taxonomie Hyménomycetes, p.82.1900. Boletus gilvus
Schwein., Schr. naturf. Ges. Leipzig 1: 96. 1822.
Descrições e ilustrações: Soares & Gugliotta (1998) e Ryvarden (2004).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’36,5”S e 55°37’44,7”W, sobre madeira em decomposição 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al.
s.n. (SP381530); 19°30’12,2”S e 55°36’35,2”W, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381531).
A espécie é cosmopolita (Fonsêca 1999; Ryvarden 2004). Ocorre com freqüencia no Brasil,
citado para os Estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Goiás (Fidalgo 1968a, Sousa
1980, Sotão et al. 2002), Pernambuco, Alagoas e Paraíba (Gibertoni et al. 2004; Góes Neto &
Baseia 2006) São Paulo (Jesus 1993, Soares & Gugliotta 1998, Fonsêca 1999), Rio Grande do Sul
(Silveira & Guerrero 1991).
46
Phellinus melleoporus (Murrill) Ryvarden, Mycotaxon 23: 177. 1985. Fomitoporella melleopora
Murrill, N. Amer. Fl. 9: 13. 1907.
Descrição e ilustrações: Ryvarden (2004).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
pimenteira, em mata ciliar do rio Correntoso, 19°30’43,6”S e 55°37’47,8”W, 24-III-2006, V.L.R.
Bononi s.n. (SP381912).
A espécie ocorre nas Américas, inclusive América do Sul (Gilbertson & Ryvarden 1987,
Ryvarden 2004). Citado para o Brasil para a Paraíba e Bahia (Góes-Neto et al. 2000, Gibertoni et
al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006).
Phylloporia ribis (Schumach.) Ryvarden, Grundr. Krauterk. 2: 371. 1978. Boletus ribis Schumach.,
Enum. pl. 2: 386. 1803.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987), Nuñez & Ryvarden (2000).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19,49°S
e 55,62°W, sobre tronco de angico caído, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. 32 (SP).
A espécie é cosmopolita (Bernicchia 1990). No Brasil foi citada para os Estados do Amazonas,
Pará, Rondônia, Goiás (Sousa 1980, como Phellinus ribis (Schum. ex Fr.) Quél.) e de São Paulo
(Fidalgo & Fidalgo 1957, Fidalgo et al. 1965, ambos como Phellinus ribis) e, especificamente neste
Estado, para a Ilha do Cardoso (Bononi 1979, como Phellinus ribis).
47
HYPHODERMATACEAE
Hypochnicium sphaerosporum (Höhn. & Litsch.) J. Erikss., Symb. bot. upsal. 16: 101. 1958.
Peniophora sphaerospora Höhn. & Litsch., Sber. Akad. Wiss. Wien, Math.-naturw. Kl. 115:
1600. 1906.
Descrições e ilustrações: Cunningham (1963), Eriksson & Ryvarden (1976).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 18-VIII-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381915).
A espécie apresenta ampla distribuição, sendo citada para o Norte da Europa (Eriksson &
Ryvarden 1976), América do Norte, África do Sul e Nova Zelândia (Cunningham 1963, como
Corticium punctulatum Cooke). No Brasil foi citada para São Paulo (Jesus 1993).
Hypochnicium vellereum (Ellis & Cragin) Parmasto, Conspectus Systematis Corticiacearum, p.
116. 1968. Corticium vellereum Ellis & Cragin, Bulletin of the Washburn Coll. Lab. Nat. Hist. 1:
66. 1885.
Descrição e ilustrações: Eriksson & Ryvarden (1976).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19,49°S
e 55,62°W, sobre tronco muito podre, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381538).
A espécie ocorre na Dinamarca, Suécia (Eriksson & Ryvarden 1976) e Itália (Bernicchia 2000),
estando na lista de espécies ameaçadas da Dinamarca. Esta é a primeira citação para o Brasil.
LACHNOCLADIACEAE
Lachnocladium brasiliense (Lév.) Pat., Bull. Torrey bot. Club 29: 572. 1902. Eriocladus
brasiliensis Lév., Suppl. Lich., Paris 5: 108. 1846.
Descrições e ilustrações: Burt (1919), Corner (1970).
48
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
restos vegetais muito decompostos, 25-II-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n.
(SP381896).
A espécie ocorre nas Américas Central e do Sul; no Brasil, citada para os Estados da Bahia
(localidade-tipo, Burt 1919), Rio Grande do Sul e São Paulo (Bononi 1980).
Stalpers (1996) considera que esse gênero precisa revisão. Gibertoni et al. (2003) cita
Lachocladium weinfurtianum P. Henn. para o nordeste do Brasil, espécie não reconhecida como
sinônimo no Index Fungorum.
MARASMIACEAE
Oudemansiella canarii (Jungh.) Höhn., Akad. Wiss. Wien Math.-Naturw. Kl. 118: 276. 1909.
Agaricus canarii Jungh., Batav. Geroot. Kunst. Wetens. Verh. 17: 82. 1838.
Descrição e ilustrações: Capelari & Gugliotta (2005).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19°30’S
e 55°37’W, sobre tronco em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381322).
Espécie de distribuição Pantropical (Pegler 1997), citada para Venezuela (Dennis 1970),
Argentina (Singer & Digilio 1952) e Brasil, nos Estados do Amazonas, Rondônia, Pernambuco, Rio
de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul (Putzke & Pereira 1988, Capelari 1989, Capelari &
Gugliotta 2005).
MERULIACEAE
Gloeoporus thelephoroides (Hook.) G. Cunn., Bull. N. Z. Dept. Sci. Industr. Res. 164: 111. 1965.
Boletus thelephoroides Hook., Syn. pl. 1: 10. 1822.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1986), Corner (1989).
49
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°32’10’7”S e 56°36’33,6”W, sobre tronco em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al.
s.n. (SP381546); 18-VIII-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381894).
A espécie apresenta distribuição pantropical (Gilbertson & Ryvarden 1986); no Brasil, é citada
para Mato Grosso e Amazonas (Fidalgo 1968a, Corner 1989).
Mycoaciella bispora (Stalpers) J. Erikss. & Ryvarden, Corticiaceae of North Europe, vol. 5, p. 901.
1978. Resinicium bisporum Stalpers, Persoonia 9: 145. 1976. Phlebia bispora (Stalpers)
Nakasone, Mycotaxon 84: 481. 2002.
Descrições e ilustrações: Eriksson et al. (1978), Nakasone (2002).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’34,8”S e 55°37’45,9”W, sobre tronco em decomposição 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al.
s.n. (SP381541).
A espécie ocorre nos Estados Unidos da América (Nakasone 2002) e Europa (Eriksson et al.
1978, Nakasone 2002). Esta é a primeira citação de ocorrência no Brasil.
PLEUROTACEAE
Pleurotus agaves Dennis, Kew Bull., Addit. Ser. 3: 466. 1970.
Descrição e ilustraçãoes: Dennis (1970).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 30-IX-
2006, A.K.M. de Oliveira s.n. (SP381899).
Espécie conhecida para a Venezuela (Dennis 1970). Esta é a primeira citação para o Brasil.
POLYPORACEAE
Coriolopsis polyzona (Pers.) Ryvarden, Norw. Jl. Bot. 19: 230. 1972. Polyporus polyzonus Pers.,
Gaudicheau. Voyage. Autour du. Monde, p. 170. 1827.
50
Descrições e ilustrações: Ryvarden & Johansen (1980), Fonsêca (1999), Guzmán (2003).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 18-
VIII-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381655).
A espécie apresenta distribuição pantropical; citada no Brasil para os Estados de
Pernambuco (Cavalcanti 1979, como Coriolus occidentalis (Sw.:Fr.) Kreisel), Bahia, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Fonsêca 1999, Gerber & Loguercio-Leite 2000).
Hexagonia hydnoides (Sw.) M. Fidalgo, Mem. N. Y. bot. Gdn. 17: 64, 1968. Boletus hydnoides
Sw., Fl. Ind. Occid. 3: 1942. 1806.
Descrições e ilustrações: Fidalgo (1968b), Gugliotta & Bononi (1999).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
II/2006, G.B. Soares, J.R. Quevedo & L.A. Barbosa s.n. (SP381323; SP 381324); 24-III-2006,
V.L.R. Bononi s.n. (SP381325); 24-III-2006,19°30’34,9”S e 55°37’45,5”W, V.L.R. Bononi et al. s.n.
(SP381916); 24-III-2006, 19°30’9,8”S e 55°36’42,7”W, sobre madeira em decomposição, 25-VI-
2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381527); 19°30’11,4” S e 55°36’9,8”W (SP381528).
Espécie de distribuição pantropical e freqüente em áreas semi-áridas e savanas. Está
amplamente distribuída no Brasil, citada para os Estados do Amazonas, Roraima, Rondônia,
Maranhão, em manguezais, Pará, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Maranhão, Goiás,
Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul (Fidalgo 1968b, Capelari & Maziero 1988, Vinha 1988, Loguercio-Leite & Wright
1991, Jesus 1996, Gugliotta & Bononi 1999, Ryvarden & Meijer 2002, Sotão et al. 2002, Sotão et
al. 2003, Xavier-Santos 2003, Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006, Meijer 2006).
Hexagonia variegata Berk., Ann. Mag. nat. Hist., Ser. 2, 9: 196. 1852.
Descrições e ilustrações: Fidalgo (1968b), Gugliotta & Bononi (1999), como Hexagonia papyracea
Berk., atualmente colocado em sininímia.
51
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, II-2006, G.B. Soares, J.R. Quevedo & L.A. Barbosa s.n. (SP381320);
madeira em decomposição, 25-III-2006, A.K. M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381545);
19°30’43,6”S e 55°37’47,8”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381917); 18-VIII-2006,
A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381918).
A espécie apresenta distribuição pantropical e está amplamente distribuída no Brasil, citada
como Hexagonia papyracea, para Amazonas, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia,
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
(Fidalgo 1968b, Gugliotta & Bononi 1999, Ryvarden & Meijer 2002, Xavier-Santos 2003,
Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006, Meijer 2006).
Lentinus concavus (Berk.) Corner, Beih. Nova Hedwigia 69: 30. 1981. Panus concavus Berk.,
Ann. Mag. nat. Hist., Ser. 2, 9: 194. 1852.
Descrição e ilustrações: Pegler (1983b).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 26-VI-
2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381327)
Espécie de ocorrência na América tropical, já citada para Cuba, Peru, Republica Dominicana,
Trinidad e Venezuela (Pegler 1983b). Esta é a primeira citação específica para o Brasil.
Lentinus crinitus (L.) Fr., Nov. Symb Myc. 34. 1825. Agaricus crinitus L., Sp. pl., Edn. 2, 2: 1644.
1763.
Descrições e ilustrações: Pegler (1983b), Fonsêca (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’46,8”S e 55°37’47,6”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP 381920); 18-VIII-2006, A.K.M.
de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381919).
52
A espécie apresenta distribuição pantropical, encontrada do México até a Argentina. Possui
ampla distribuição no Brasil (Fidalgo 1968a, Capelari & Maziero 1988, Pegler 1997, Fonsêca 1999,
Sotão et al. 2002, Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006).
Lentinus swartzii Berk., J. Bot., London 2: 632. 1843.
Descrição e ilustrações: Pegler (1983b).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 30-IX-
2006, A.K.M. de Oliveira s.n. (SP381921).
A espécie ocorre na América Central e América do Sul (Dennis 1970, como L. nicoatianus
Berk., Pegler 1983b, 1997). No Brasil foi citada para os Estados do Amazonas, Bahia, Mato Grosso,
Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Pegler 1983b, 1997).
Nigroporus macroporus Ryvarden & Iturr., Mycologia 95: 1070. 2003.
Descrição e ilustrações: Ryvarden & Iturriaga (2003).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
tronco em decomposição, 25-III-2006, A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381520).
Espécie citada para a Venezuela (Ryvarden & Iturriaga 2003). Esta é a segunda anotação de
ocorrência da espécie e a primeira para o Brasil.
Perenniporia martii (Berk.) Ryvarden, Norw. Jl. bot. 19: 143. 1972. Polyporus martius Berk.,
Hooker’s J. Bot. 8: 198. 1856.
Descrições e ilustrações: Teixeira (1948), Ryvarden & Johansen (1980).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
tronco em decomposição, 23-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381521).
53
A espécie apresenta distribuição pantropical (Ryvarden & Johansen 1980) e no Brasil foi citada
para Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Teixeira 1948, como
Fomitopsis honodermus (Mont.) Singer, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001).
Polyporus tenuiculus (P. Beauv.) Fr., Syst. mycol. 1: 344. 1821. Favolus tenuiculus P. Beauv., Fl.
Oware 1: 74. 1806.
Descrições e ilustrações: Nuñez & Ryvarden (1995), Silveira & Wright (2005).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira, causando podridão branca 19°31’4,9”S e 55°38’0,8”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n.
(SP381922).
A espécie, que apresenta distribuição pantropical (Fonsêca 1999), é comum no Brasil, citada
para os Estados do Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco,
Sergipe, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul
(Singer 1961, como Polyporus dermoporus Pers., Fidalgo 1974, Corner 1984, como Polyporus
brasiliensis (Fr.) Corner, Capelari & Maziero 1988, como F. brasiliensis, Sotão et al. 1997, 2002,
Fonsêca 1999, Góes-Neto 1999, Gugliotta & Bononi 1999, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001,
Ryvarden & Meijer 2002, Gibertoni & Cavalcanti 2003, Góes-Neto et al. 2003, Gibertoni et al.
2004, Silveira & Wright 2005, Góes-Neto & Baseia 2006, Silva & Gibertoni 2006, Xavier-Santos
2003).
Pycnoporus sanguineus (L.) Murrill, Bull. Torrey bot. Club 31: 421. 1904. Boletus sanguineus L.,
Sp. pl., Edn 2: 1646. 1763.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987), Gugliotta & Bononi (1999).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’35,8”S e 55°37’45,1”W, 24/VI/2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP 381923).18-VIII-2006,
A.K.M. Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381924).
54
A espécie apresenta distribuição pantropical (Ryvarden & Johansen 1980) e está amplamente
distribuída no Brasil, citada para o Pará, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Bahia e São Paulo
(Gugliotta & Bononi 1999, Sotão et al. 2002, Xavier-Santos 2003, Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto
& Baseia 2006). Tem sido utilizada na produção de enzimas como a alfa-amilase e na degradação
de corantes utilizados na indústria têxtil (Bononi & Grandi 1998).
Trametes cubensis (Mont.) Sacc., Syll. fung. 9: 198. 1891. Polyporus cubensis Mont., Annls. Sci.
Nat., Bot. sér. 2, 8: 364. 1837.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987), Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’36”S e 55°37’46,5”W, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381925); 19,49°S e
55,62°W, sobre madeira em decomposição, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381537).
Espécie com distribuição neotropical (Gilbertson & Ryvarden 1987). No Brasil, foi citada para
os Estados do Amazonas, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Paraná sobre Pinus sp., Santa Catarina e
Rio Grande do Sul (Loguercio-Leite & Wright 1991, Gugliotta & Bononi 1999, Ryvarden & Meijer
2002, Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006).
Trametes subectypus (Murrill) Gilbn. & Ryvarden, N. Amer. Polyp. 2: 758. 1987. Coriolus
subectypus Murrill, N. Amer. Fl. 9: 22. 1907.
Descrição e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’12,3”S e 55°36’8,1”W, sobre tronco em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n.
(SP381542).
Esta espécie ocorre nos Estados Unidos da América causando podridão branca em
angiospermas (Gilbertson & Ryvarden 1987). Esta é a primeira citação para o Brasil.
55
Trametes villosa (Sw.) Kreisel, Monografia Ciencias, Univ. Habana, Ser. 4, 16: 84. 1971. Boletus
villosus Sw., Fl. Ind. Occid. 3: 1923. 1806. Polyporus villosus Fr., Syst. Mycol. 1: 344. 1821.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987) e Gugliotta & Bononi (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19,49°S
e 55,62°W, sobre madeira em decomposição, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381547).
Espécie de distribuição neotropical e comum no Brasil. Citada para os Estados de Roraima
Amapá, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Sotão et al. 1991, Jesus
1996, Fonsêca 1999, Gibertoni et al. 2004, Góes-Neto & Baseia 2006, Meijer 2006).
Trichaptum perrottetii (Lév.) Ryvarden, Norw. Jl. Bot. 19: 237. 1972. Trametes perrottetii Lév.,
Annls. Sci. Nat., Bot. sér.3, 2: 195. 1844.
Descrição e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, 25-III-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381321).
A espécie já foi citada para as Américas, dos Estados Unidos da América (Florida) até a
Argentina, incluindo o Brasil, Pernambuco (Gilbertson & Ryvarden 1987, Gibertoni et al. 2004).
Tyromyces fumidiceps G.F. Atk., Annls. mycol. 6: 61. 1908.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1987), Fonsêca (1999).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
tronco em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381334).
A espécie é rara na Europa, citada para os Estados Unidos da América, Canadá e, no Brasil,
para o Estado de São Paulo, na Reserva Biológica de Paranapiacaba (Fonsêca 1999, como
Tyromyces pseudolacteus Murrill, hoje colocado em sinonímia).
56
PSATHYRELLACEAE
Psathyrella murrillii A.H. Sm., Mem. N. Y. bot. Gdn. 24: 287. 1972.
Descrições e ilustrações: Smith (1972), Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, no solo,
19°30’34,8”S e 55°37’45,9”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381900).
A espécie ocorre na América tropical (Pegler 1997), sendo comum em Martinica e Cuba
(Pegler 1983a). No Brasil, citada para o Estado de São Paulo (Pegler 1997).
SCHIZOPHYLLACEAE
Schizophyllum commune Fr., Observ. mycol. 1: 103. 1815.
Descrição e ilustrações: Silva & Gibertoni (2006).
Materiais examinados: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’12”S e 55°36’40”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381902); 19°30’33,9”S e
55°37’45”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381901).
A espécie é cosmopolita e comum no Brasil sobre cercas e pontes de madeira (Guerrero &
Homrich 1983, Sotão et al. 1997, 2003, Fonsêca 1999, Gibertoni & Cavalcanti 2003, Xavier-Santos
2003, Meijer 2006, Góes-Neto & Baseia 2006, Silva & Gibertoni 2006).
SCHIZOPORACEAE
Echinoporia aculeifera (Berk. & M.A.Curtis) Ryvarden, Mycotaxon 20: 330. 1984. Trametes
aculeifera Berk. & M.A. Curtis, J. Linn. Soc., Bot.10: 319. 1868.
Descrições e ilustrações: Ryvarden (1984), Silveira & Guerrero (1991).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’10,1”S e 55°36’41,5”W, sobre madeira em decomposição, 26-VI-2006, V.L.R. Bononi et al.
s.n. (SP381536).
57
Espécie de distribuição neotropical, ocorre da Flórida ao Brasil (Gilbertson & Ryvarden 1986).
No Brasil, citada para os Estados da Bahia (Góes-Neto 1999), São Paulo (Fonsêca 1999) e Rio
Grande do Sul (Silveira & Guerrero 1991).
SISTOTREMATACEAE
Trechispora regularis (Murrill) Liberta, Can. J. Bot. 51: 1878. 1973. Poria regularis Murrill,
Mycologia 12: 87. 1920.
Descrições e ilustrações: Gilbertson & Ryvarden (1986), Silveira & Guerrero (1991).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, 19°49’S
e 55° 62’W, sobre tronco queimado, 25-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381539).
A espécie ocorre em zonas temperadas e tropicais, citada para África, Estados Unidos da
América, Jamaica, Costa Rica, Antilhas, Guiana Francesa, Brasil, no Rio Grande do Sul, Argentina,
e Paraguai (Silveira & Guerrero 1991).
STEREACEAE
Stereum ostrea (Blume & T. Nees) Fr., Epicr. Syst. mycol., p. 547. 1838. Thelephora ostrea Blume
& T. Nees, Nova Acta Phys.-Med. Acad. Caes .Leop.-Carol. Nat. Cur. 13: 13. 1826.
Descrições e ilustrações: Burt (1920), Teixeira (1945), Fonsêca (1999, como Stereum
australe Lloyd, considerada sinônimo).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira em decomposição, II-2006, G.B. Soares, J.R. Quevedo & L.A. Barbosa s.n. (SP381543).
Espécie de distribuição pantropical e citada para Trinidad e Tobago, Guiana, Colômbia e
Venezuela (Dennis 1970). Ocorre no Brasil, sendo citado para os Estados de Alagoas, Rio Grande
do Norte, Paraíba, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná (Teixeira 1945,
Jesus 1993, Fonsêca 1999, Gibertoni & Cavalcanti 2003, Gibertoni et al. 2006, Góes Neto & Baseia
2006, Meijer 2006). Registros recentes na internet apontam sua presença na Nova Zelândia e China
58
onde ela é utilizada na alimentação.(http://www.nzfungi.landcareserch.co.nz, acesso em 12.12.2006
e http://www.engine.cqvip.com, acesso em 12.12.2006). Não foram encontradas publicações
confirmando a informação.
STROPHARIACEAE
Hypholoma trinitense (Dennis) Pegler, Kew Bull., Addit. Ser. 9: 509. 1983. Pholiota trinitensis
Dennis, Kew Bull., Addit. Ser. 3: 467. 1970.
Descrição e ilustração: Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’34,8”S e 55°37’43,9”W, em solo muito arenoso, nas margens do Rio Correntoso, 24-VI-
2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381903).
Espécie de ocorrência na América tropical, citada para Martinica, Trinidad e no Brasil, para o
Estado de São Paulo (Pegler 1997). Segundo Pegler (1983a), Nematoloma amazonicum Singer,
descrito para o Brasil, é sinônimo de Hypholoma trinitense.
Pholiota polychroa (Berk.) A.H. Sm. & H.J. Brodie, Bot. Gaz. 96: 533. 1935. Agaricus polychrous
Berk., J. Bot., London 6: 313. 1847.
Descrição e ilustrações: Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°31’0,4”S e 55°38’0,5”W, sobre madeira em decomposição, nas margens do rio Correntoso, 24-
VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n. (SP381904).
Pegler (1983a) relatou a ocorrência da espécie em Ohio, nos Estados Unidos da América e
para Martinica, na América Central.Esta é a primeira citação para o Brasil.
Psilocybe venezuelana Dennis, Kew Bull. 15: 137. 1961.
Descrições e ilustrações: Guzmán (1983), Pegler (1983a).
59
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
serapilheira, 30-IX-2006, A.K.M. de Oliveira s.n. (SP381905).
A espécie ocorre na América tropical (Pegler 1997), sendo citada para Martinica, Guadalupe,
Venezuela (Dennis 1970) e no Brasil, para o Estado de São Paulo (Pegler 1997).
Psylocybe zapotecorum Heim emend. Guzmán var. ramulosum Guzmán & Bononi, Mycotaxon
19: 346. 1984.
Descrição e ilustrações: Guzmán et al. (1984).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, às
margens de lagoa, 30-IX-2006, A.K.M. de Oliveira s.n. (SP381906).
Esta variedade foi descrita para o Estado de São Paulo (Guzmán et al. 1984), sendo o Pantanal
a segunda localidade.
THELEPHORACEAE
Thelephora griseozonata Cooke, Grevillea 19: 104. 1891.
Descrições e ilustrações: Cunningham (1963), Corner (1968).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, em solo
arenoso, 18-VIII-2006, A.K.M. de Oliveira & J.R. Quevedo s.n. (SP381926).
Espécie de ocorrência na América do Norte e Nova Zelândia (Cunningham 1963, Corner
1968). No Brasil, foi encontrada no Parque Estadual da Ilha do Cardoso no Estado de São Paulo
(Bononi 1979).
TRICHOLOMATACEAE
Collybia bakeri Dennis, Kew Bull., Addit. Ser. 3: 465. 1970.
Descrição e ilustrações: Pegler (1983a).
60
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, em solo,
vários basidiomas agrupados, nas margens do Rio Correntoso, 19°31’0,4”S e 55°38’0,5”W, 24-VI-
2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP381907).
Espécie com referência para Martinica e Trinidad (Dennis 1970). Esta é a primeira citação da
espécie para o Brasil.
Collybia neotropica Singer, Sydowia 15: 54. 1961.
Descrição e ilustração: Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
madeira de leira, 19°31,4’6”S e 55°38’0,9”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP381908).
A espécie ocorre na América tropical e América do Sul (Pegler 1997), citado para Martinica e
Trinidad (Pegler 1983a) sobre folhas de coqueiros. No Brasil, relatada para o Estado de São Paulo
(Pegler 1997).
Mycena inclinata (Fr.) Quél., Champignons Jura Vosges, p.105. 1872. Agaricus inclinatus Fr.,
Epicr. Syst. mycol., p. 107. 1838.
Descrição: Rick (1961), Smith (1947).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°31’4,6”S e 55°38’0,9”W, 24-III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP381909).
Espécie com referência para Europa e Estados Unidos da América (Smith 1947, Robich 2006).
No Brasil, citado para o Estado do Rio Grande do Sul e Paraná (Rick 1961, Maas Geesteranus &
Meyer 1995).
Mycena parabolica (Fr.) Quél., Champignons Jura Vosges, p. 242. 1872. Agaricus parabolicus Fr.,
Epicr. Syst. mycol., p. 107. 1838.
Descrição: Dennis (1951).
61
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, sobre
serapilheira, II-2006, G.B. Soares, J.R. Quevedo & L.A. Barbosa s.n. (SP381330).
A espécie é cosmopolita, citada para Venezuela (Dennis 1970) e ocorrendo em terras
úmidas, na região dos lagos americanos de Seattle, no Estado de Washington, Estados Unidos da
América, em ambiente alagado como o pantanal (Bessette et al. 1996).
Nothopanus hygrophanus (Mont.) Singer, Kew Bull. 23: 247. 1949. Panus hygrophanus Mont.,
Annls. Sci. Nat., Bot. sér. 4, 1: 122. 1854.
Descrições e ilustrações: Pegler (1969, 1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro, nas
margens do Rio Correntoso, sobre madeira em decomposição, 19°30’43,6”S e 55°37’47,8”W, 24-
III-2006, V.L.R. Bononi s.n. (SP381910).
A espécie tem distribuição pantropical; citada para África e vários países da América Central
(Pegler 1969, 1983a). Esta é a primeira citação para o Brasil.
Tricholomopsis tropica Dennis, Trans. Br. mycol. Soc. 34: 475. 1951.
Descrições e ilustrações: Dennis (1951), Pegler (1983a).
Material examinado: BRASIL. M
ATO
G
ROSSO DO
S
UL
:
Rio Negro, Pantanal do Rio Negro,
19°30’7,9”S e 55°36’41,9”W, sobre tronco em decomposição, 24-VI-2006, V.L.R. Bononi et al. s.n.
(SP381534).
Espécie de ocorrência em regiões tropicais e subtropicais (Pegler 1983a). Esta é a primeira
citação da espécie para o Brasil.
Como a área do pantanal é pouco estudada os autores esperavam encontrar grande número de
espécies novas, o que não ocorreu. A maioria das espécies já era conhecida de outras localidades do
Brasil, ou de Países vizinhos, em ambientes de cerrado, mata tropical úmida ou mesmo áreas
alagadas como o chaco paraguaio. Essa observação confirma propostas de estudos florísticos que
62
consideram o pantanal um ambiente de transiçãocom representantes de outros ecossistemas que o
circundam.
Agradecimentos
Os autores agradecem a Fundação Manoel de Barros pelo auxílio para a realização do
trabalho e ao Dr. Leif Ryvarden, University of Oslo, pelas identificações de Perenniporia martii e
Nigroporus macroporus.
Literatura citada
Adamoli, J. 1982. O pantanal e suas relações fitogeográficas com os cerrados. Discussão sobre o
conceito de “Complexo do Pantanal”. In: Universidade Federal do Piauí (ed.). Anais do XXXII
Congresso Nacional de Botânica, Teresina, pp. 109-119.
Baseia, I.G. & Milanez, A.I. 2002. Montagnea haussknechtii Rab. (Podoxales) a rare agaricoid
fungus: first record from Brazil. Acta Botanica Brasilica 16: 311-315.
Bernicchia, A. 1990. Polyporaceae s.l. in Italia. Istituto di Patologia Vegetale, Università degli
Studi, Bologna.
Bernicchia, A. 2000. Filobasidiella lútea a mycoparasite on Hypochnicium vellereum in Italy.
Karstenia 40:49-52.
Bessette, A.E., Bessette, A.R. & Fischer, D.W. 1996. Mushrooms of Northeastern North America.
Syracuse University Press, Syracuse.
Bezerra, J.L. & Maia, L. 2006. Filo Ascomycota. In L.F.P. Gusmão & L.C.Maia (eds.).
Diversidade e caracterização dos fungos do Semi-Árido brasileiro. Instituto do Milênio do Semi-
Árido, Recife, pp.127-139.
Bicudo, C.E.M. & Menezes, N.A. (eds.). 1996. Biodiversity in Brazil. A first approach. CNPq, São
Paulo.
63
Bononi, V.L.R. 1979. Basidiomicetos do Parque Estadual da Ilha do Cardoso: II.
Hymenochaetaceae. Rickia 8: 85-99.
Bononi, V.L.R.1980. Adições às espécies clavarióides, teleforóides e estereóides da Ilha do
Cardoso. Rickia 9: 63-121.
Bononi, V.L.R. & Grandi, R.A.P. (coords.). 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e
Deuteromicetos: noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. Instituto de
Botânica, São Paulo.
Burt, E.A. 1919. The Thelephoraceae of North America XI. Tulasnella, Veluticeps, Mycobonia,
Epithele and Lachnocladium. Annals of the Missouri Botanical Garden 6: 253-280.
Burt, E.A. 1920. The Thelephoraceae of North America. XII Stereum. Annals of the Missouri
Botanical Garden 7: 81-240.
Canhos, V.P. 1997. Guest Editorial: access to genetic resources and the Andean Pact.
http://www.bdt.org.br/bioline/pyBiolinePublications (acesso em 15.10.2006).
Capelari, M. 1989. Agaricales do Parque Estadual da Ilha do Cardoso (exceto Tricholomataceae).
Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Capelari, M. & Gugliotta, A.M. 2005. Dactylosporina e Oudemansiella (Tricholomataceae,
Oudemansiellinae) do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), São Paulo, SP. Hoehnea
32: 381-387.
Capelari, M. & Maziero, R. 1988. Fungos macroscópicos do Estado de Rondônia, Região dos
Rios Jaru e Ji-Paraná. Hoehnea 15: 28-36.
Cavalcanti, M.A.Q. 1976. Introdução ao conhecimento dos basidiomicetos poliporóides da zona da
mata de Pernambuco. Tese de Livre Docência, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Corner, E.J.H. 1968. A Monograph of Thelephora (Basidiomycetes). Beihefte zur Nova Hedwigia
27: 1-110.
Corner, E.J.H. 1970. Supplement to “A monograph of Clavaria and allied genera”. Beihefte zur
Nova Hedwigia 33: 1-299.
64
Corner, E.J.H. 1989. Ad Polyporaceas V. Beihefte zur Nova Hedwigia 96: 1-218.
Cunningham, G.H. 1963. The Thelephoraceae of Australia and New Zealand. Plant Deseases
Division Bulletin 145: 1-359.
Dennis, R.W.G. 1951. Some Agaricaceae of Trinidad and Venezuela. Leucosporae: Part 1.
Transactions of The British Mycological Society 34: 411-482.
Dennis, R.W.G. 1970. Fungus flora of Venezuela and adjacent countries. Kew Bulletin Additional
Series 3: 1-531.
Eriksson, J. & Ryvarden, L. 1976. The Corticiaceae of North Europe. Fungiflora, Oslo.
Eriksson, J., Hjortstam, K. & Ryvarden, L. 1978. The Corticiaceae of North Europe. Fungiflora,
Oslo.
Fidalgo, M.E.P.K. 1968a. Contribution to the fungi of Mato Grosso, Brasil. Rickia 3: 171-219.
Fidalgo, M.E.P.K. 1968b. The genus Hexagona. Memoirs of the New York Botanical Garden 17:
35-108
Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R. (coords.). 1984. Técnicas de coleta, preservação e herborização de
material botânico. Instituto de Botânica, São Paulo.
Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1957. Revisão de Fungi São Paulensis. Arquivos do Museu
Nacional 43: 157-188.
Fidalgo, O., Fidalgo, M.E.P.K. & Furtado, J.S. 1965. Fungi of the "cerrado" region of São Paulo.
Rickia 2: 55-71.
Fonsêca, M.P. 1999. Aphyllophorales lignocelulolíticos da Reserva Biológica do Alto da Serra de
Paranapiacaba, Santo André, SP. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Furtado, J.S. 1981. Taxonomy of Amauroderma (Basidiomycetes, Polyporaceae). Memoirs of the
New York Botanical Garden 34: 1-109.
Gerber, A.L. & Loguercio-Leite, C. 2000. Polyporoid wood-rotting fungi (Basiomycetes) II -
New records from southern Brazil. Mycotaxon 76: 175-185.
65
Gibertoni, T.B. & Cavalcanti, M.A.Q. 2003. A mycological survey of the Aphyllophorales
(Basidiomycotina) of the Atlantic Rain Forest in the state of Pernambuco, Brazil. Mycotaxon 87:
203-211.
Gibertoni, T.B., Parmasto, E. & Cavalcanti, M.A.Q. 2003. Non-poroid Hymenochaetaceae
(Baidiomycota) of the Atlantic Rain Forest in Northeast Brazil, with a preliminary check list of
Brazilian species. Mycotaxon 87: 437-443.
Gibertoni, T.B., Ryvarden, L. & Cavalcanti, M.A.Q. 2004. Poroid fungi (Baidiomycotina) of the
Atlantic Rain Forest in the State of Pernambuco, Brazil. Synopsis Fungorum 18: 33-43.
Gibertoni, T.B., Ryvarden, L. & Cavalcanti, M.A.Q. 2006. Stereoid fungi (Baidiomycotina) of
the Atlantic Rain Forest in Northeast Brazil Nova Hedwigia 82: 105-113.
Gilbertson, R.L. & Ryvarden, L. 1986. North American Polypores. Fungiflora, Oslo.
Gilbertson, R.L. & Ryvarden, L. 1987. North American Polypores. Fungiflora, Oslo.
Gimenes, L.J. 2007. A tribo Leucocoprineae (Agaricaceae) no Parque Estadual das Fontes do
Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
Góes-Neto, A. 1999. Polypore diversity in the State of Bahia, Brazil: a historical review.
Mycotaxon 72: 43-56.
Góes-Neto, A. & Baseia, I.G. 2006. Filo Basidiomycota. In: L.F.P. Gusmão & L.C. Maia (eds.).
Diversidade e caracterização dos fungos do Semi-Árido brasileiro. Instituto do Milênio do Semi-
Árido, Recife, pp. 141-159.
Góes-Neto, A., Loguercio-Leite, C. & Guerrero, R.T. 2000. Taxonomy and qualitative ecological
aspects of poroid Hymenochaetales in Brazilian seasonal tropical forest. Mycotaxon 76: 197-
211.
Gonçalves, G.V.C. & Loguercio-Leite, C. 2001. Biodiversidade de fungos poróides xilófilos
(Basidiomycetes), na Unidade de Conservação Ambiental Desterro (UCAD), Ilha de Santa
Catarina, SC, Brasil. Insula 30: 1-19.
66
Gottlieb, A.M. & Wright, J.E. 1999. Taxonomy of Ganoderma from Southern-South America:
subgenus Ganoderma. Mycological Research 103: 661-673.
Gottlieb, A.M., Saidman, B.O. & Wright, J.E. 2000. Isoenzymes of Ganoderma species from
Southern-South America. Mycological Research 102: 415-426.
Grandi, R.A.P., Guzmán, G. & Bononi, V.L.R. 1984. Adições às Agaricales (Basidiomycetes) do
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Rickia 11: 27-33.
Groombridge, B. 1992. Global biodiversity: status of the Earth’s living resources. Chapman &
Hall, London.
Guerrero, R.T. & Homrich, M.H. 1983. Fungos macroscópicos comuns no Rio Grande do Sul.
Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Gugliotta, A.M. & Bononi, V.L.R. 1999. Polyporaceae do Parque Estadual da Ilha do Cardoso,
São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 12: 1-112.
Guzmán, G. 1983. The Genus Psilocybe. Beihefte zur Nova Hedwigia 74: 1-439.
Guzmán, G. 2003. Los Hongos de El Edén Quintana Roo. Introducción a la micobiota tropical de
México. Conselho Nacional de Biologia, Xalapa.
Guzmán G., Bononi, V.L.R. & Grandi, R.A.P. 1984. New species, new varieties and a new
record of Psilocybe from Brazil. Mycotaxon 19: 343-350.
Guzmán-Dávalos, L. & Guzmán, G. 1982. Contribucion al conocimento de los lepiotaceos
(Fungi, Agaricales) de Quintana Roo. Boletin de la Sociedad Mexicana de Micologia 17: 43-54.
Jesus, M.A. 1993. Basidiomicetos lignocelulolíticos de floresta nativa de Pinus elliottii Engelm. do
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Hoehnea 20: 119-126.
Jesus, M.A. 1996. Contribution to the knowledge of wood-rotting fungi in Brazil II. Checklist of
fungi from Maracá Island, Roraima State. Mycotaxon 57: 323-328.
Joly, C.A. & Bicudo, C.E.M. (orgs.). 1998. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese
do conhecimento ao final do século XX. 2: Fungos macroscópicos e plantas. FAPESP, São
Paulo.
67
Jülich, W. 1976. Studies on hydnoid fungi I. On some genera with hyphal pegs. Persoonia 8: 447-
458.
Kirk, P.M., Cannon, P.F., David, J.C. & Stalpers, J.A. 2001. Dictionary of the Fungi. 9th ed.
CAB International, Wallingford.
Loguercio-Leite, C. 1993. Polyporaceae II: Trametes Fr. na Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil.
Insula 22: 3-20.
Loguercio-Leite, C. & Wright, J.E. 1991. Contribution to a biogeographical study of the Austro-
American Polypores (Aphyllophorales) from Santa Catarina Island, SC, Brazil. Mycotaxon 40:
161-166.
Loguercio-Leite, C., Groposo, C. & Halmenschlager, M.A. 2005. Species of Ganoderma Karsten
in a subtropical area (Santa Catarina State, Southern Brazil). Iheringia, Série botânica, 60: 135-
139.
Maas Geesteranus, R.A. & Meyer, A.A.R. 1995. Mycenae Paranaenses. Kon. Ned. Akad. Wet.
Warh. Afd. Nat. II.
Machado, K.M.G.; Matheus, D.R. & Bononi, V.L.R. 2005. Ligninolytic enzymes production and
Remazol Brilliant blue R decolorization by tropical Brazilian Basidiomycetes fungi. Brazilian
Journal of Microbiology 36:246-252.
Meijer, A.A.R. 2006. Preliminary list of macromycetes from the Brazilian State of Paraná. Boletim
do Museu Botânico Municipal 68: 1-55.
Mittermeier, R.A., Myers, N., Thonson, J.B., Fonseca, G.A.B. & Olivieri, S. 1998. Hotspots and
major tropical wilderness areas: approaches to setting conservation priorities. Conservation
Biology 12: 516-520.
Montoya, A., Hernandez-Totomoch, O., Estrada-Torres, A. & Kong, A. 2003. Traditional
knowledge about mushrooms in a Nahua community in the State of Tlaxcala, México.
Mycologia 95: 293-806.
Nakasone, K.K. 2002. Mycoaciaella: a synonym of Phlebia. Mycotaxon 81: 477-490.
68
Nuñez, M. & Ryvarden, L. 1995. Polyporus (Basidiomycotina) and related genera. Fungiflora,
Oslo.
Nuñez, M. & Ryvarden, L. 2000. East Asian Polypores. Ganodermataceae and
Hymenochaetaceae. Fungiflora, Oslo.
Pegler, D.N. 1969. Studies on African Agaricales: II. Kew Bulletin 23: 219-249.
Pegler, D.N. 1983a. Agaric flora of Lesser Antilles. Kew Bulletin Additional Series 9: 1-668.
Pegler, D.N. 1983b. The genus Lentinus Fr. A world monograph. Her Majesty Service Office,
London.
Pegler, D.N. 1997. The Agarics of São Paulo, Brazil. Royal Botanic Gardens, Kew.
Pereira, A.B. & Putzke, J. 1990. Famílias e gêneros de fungos Agaricales (cogumelos) no Rio
Grande do Sul. Editora das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul.
Perez-Silva, E. 1973. El genero Daldinia (Pyrenomycetes) em Mexico. Boletin de la Sociedad
Mexicana de Micologia 7: 51-58.
Pott, V.J. & Pott, A. 2000. Plantas aquáticas do Pantanal. Embrapa, Brasília.
Prance, G.T. 1973. The mycological diet of the Yanomam Indians. Mycologia 65: 248-250.
Putzke, J. & Pereira, A.B. 1988. O gênero Oudemansiella Speg. no Rio Grande do Sul. Caderno
de Pesquisa, Série botânica, 1: 47-69.
Rick, J. 1907. Contributio ad monographiam Agaricearum et Polyporacearum brasiliensium.
Broteria 6: 65-92.
Rick, J. 1928. Resumo mycologico. Egatea 13: 432-439.
Rick, J. 1960. Basidiomycetes Eubasidii no Rio Grande do Sul. Brasília. 4. Meruliaceae,
Polyporaceae e Boletaceae. Iheringia, Série botânica, 7: 193-295.
Rick, J. 1961. Basidiomycetes Eubasidii no Rio Grande do Sul. Brasília. 5. Agaricaceae. Iheringia,
Série botânica, 8: 296-450.
Robich, G. 2006. A revised key to the species of Mycena section Fragilipedes of the northern
hemisphere. Persoonia 19: 1-43.
69
Rogers, J.D., Ju, Y.M., Watling, R. & Whalley, A.J.S. 1999. A reinterpretation of Daldinia
concentrica based upon a recently discovered specimen. Mycotaxon 72: 507-519.
Ryvarden, L. 1984. Type studies in the Polyporaceae 16. Species described by J.M. Berkeley,
either alone or with other mycologists, from 1856 to 1886. Mycotaxon 20: 329-363.
Ryvarden, L. 2004. Neotropical Polypores: Part 1. Introduction, Ganodermataceae &
Hymenochataceae. Fungiflora, Oslo.
Ryvarden, L. & Iturriaga, T. 2003. Studies in Neotropical polypores 10: new polypores from
Venezuela. Mycologia 95: 1066-1077.
Ryvarden, L. & Johansen, I. 1980. A preliminary flora of East Africa. Fungiflora, Oslo.
Ryvarden, L. & Meijer, A.A.R. 2002. Studies in Neotropical polypores 14: new species from the
State of Paraná, Brazil. Synopsis Fungorum 15: 34-69.
Silva, G.T. & Gibertoni, T.B. 2006. Aphyllophorales (Basidiomycota) em áreas urbanas da Região
Metropolitana do Recife, PE, Brasil. Hoehnea 33: 533-543.
Silva, M.P., Mauro, R., Mourão, G. & Coutinho, M. 2000. Distribuição e quantificação de
classes de vegetação do Pantanal através de leventamento aéreo. Revista Brasileira de Botânica
23: 143-152.
Silveira, R.M.B. & Guerrero, R.T. 1991. Aphyllophorales poliporóides (Basidiomycetes) do
Parque Nacional de Aparados da Serra, Rio Grande do Sul. Boletim do Instituto de Biociências
48:1-127.
Silveira, R.M.B. & Wright, J.E. 2005. The taxonomy of Echinochaete and Polyporus s.str. in
southern South America. Mycotaxon 93: 1-51.
Singer, R. 1961. Fungi of Northern Brazil. Publicações do Instituto de Micologia da Universidade
do Recife 304: 3-26.
Singer, R. & Digilio, A.P.L. 1952. Prodomo de la flora agaricina Argentina. Lilloa 25: 1-462.
Smith, A.H. 1947. North American species of Mycena. Univ. Mich. Stud. Scient, Ser. 17: 1-38.:
70
Smith, A.H. 1972. The North American species of Psathyrella. Memoirs of the New York
Botanical Garden 24: 1-633.
Soares, S.C.S. & Gugliotta, A.M. 1998. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga,
São Paulo, SP. Fungos, 7: Aphyllophorales (Hymenochaetaceae). Hoehnea 25: 11-31.
Sotão, H.M.P., Bononi, V.L.R. & Figueiredo, T.S. 1991. Basidiomycetes de manguezais da Ilha
de Maracá, Amapá, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série botânica, 7: 109-
114.
Sotão, H.M.P., Hennen, J.F., Gugliotta, A.M., Melo, O.A. & Campos, E.L. 1997. Os Fungos
Basidiomycotina. In: P.L.B. Lisboa (org.). Caxiuanã. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, pp.
213-219.
Sotão, H.M.P., Campos, E.L., Costa, S.P.S.E., Melo, O.A. & Azevedo, J.C. 2002.
Basidiomycetes macroscópicos de manguezias de Bragança, Pará, Brasil. Hoehnea 29: 215-224.
Sotão, H.M.P., Campos, E.L., Gugliotta, A.M. & Costa, S.P.S.E. 2003. Fungos Macroscópicos:
Basidiomycetes. In: M.E.B. Fernandes (org.). Os manguezais da costa norte brasileira. Fundação
Rio Bacanga, São Luís, pp. 45-59.
Sousa, M.A. 1980. O gênero Phellinus Quélet (Hymenochaetaceae) na Amazônia Brasileira. Tese
de Doutorado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Fundação Universidade do
Amazonas, Manaus.
Stalpers, J.A. 1996. The Aphyllophoraceous Fungii II. Keys to the Species of the Hericiales.
Studies in Micology 40: 1-185. http://www.cbs.knaw.nl (acesso em 18.09.2007).
Teixeira, A.R. 1945. Himenomicetos Brasileiros. Hymeniales - Thelephoraceae. Bragantia 5: 397-
434.
Teixeira, A.R. 1948. Himenomicetos brasileiros IV. Bragantia 8: 75-80.
Viégas, A.P. 1944. Alguns fungos do Brasil II. Ascomicetos. Bragantia 4: 1-392.
Vinha, P.C. 1988. Fungos macroscópicos do Estado do Espírito Santo depositados no Herbário
Central da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil. Hoehnea 15: 57-64.
71
Xavier-Santos, S. 2003. Isolamento, identificação e perfil enzimático de fungos decompositores de
madeira da Estação Ecológica do Noroeste Paulista - São José do Rio Preto/Mirassol, SP. Tese
de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
72
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento sobre os fungos do Estado de Mato Grosso do Sul ainda é
precário. Os trabalhos realizados demonstraram ser de grande relevância, pois foram
identificadas 65 espécies de Basidiomicetos (Basidiomicota) e uma de Ascomiceto
(Ascomicota). Todas as espécies estão sendo citadas pela primeira vez para o Estado
de Mato Grosso do Sul e para a região do Pantanal, indicando a grande falta de
conhecimento deste reino.
Além das espécies citadas, 20 espécies anteriormente coletadas no Parque
Estadual do Prosa que estão sendo estudadas com a colaboração do Dr. Jair Putzke
do Rio Grande do Sul, especialista em Agaricales.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo