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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MESTRADO
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO E RELAÇÕES
ENTRE CARACTERES DE RENDIMENTO E DESENVOLVIMENTO
NA CULTURA DA BANANEIRA
JOSIMAR ROCHA
CRUZ DAS ALMAS – BAHIA
ABRIL - 2010
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AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO E RELAÇÕES ENTRE
CARACTERES DE RENDIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA
CULTURA DA BANANEIRA
JOSIMAR ROCHA
Matemático
Universidade Federal da Bahia, 2002
Dissertação submetida ao Colegiado de Curso
do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Mestre em Ciências Agrárias, Área
de Concentração: Fitotecnia.
Orientador: Prof.º Drº.Carlos Alberto da Silva Ledo
Co-Orientador: Drº. Edson Perito Amorim
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CRUZ DAS ALMAS-BAHIA- 2010
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FICHA CATALOGRÁFICA
R175 Rocha, Josimar
Avaliação do coeficiente de variação e Relações entre
caracteres de rendimento e desenvolvimento na cultura da
bananeira / Josimar Rocha _ Cruz das Almas, BA, 2010.
f.
46. ; il.
Orientador: Carlos Alberto da Silva Ledo
Co-orientador: Edson Perito Amorim
Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Área de
Concentração: Fitotecnia.
1. Banana - cultivo. I. Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. II. Título.
CDD 634.772
COMISSÃO EXAMINADORA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E CIÊNCIAS AGRÁRIAS
COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE
JOSIMAR ROCHA
______________________________________
Prof.º Drº. Carlos Alberto da Silva Ledo
EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical
( Orientador)
______________________________________
Drº. Sebastião de Oliveira e Silva
EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical
______________________________________
Professor Drº. Ricardo Franco Cunha Moreira
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB
Dissertação homologada pelo Colegiado do Curso de Mestrado em Ciências
Agrárias em ......................................................................................................
Conferindo o Grau de Mestre em Ciências Agrárias em ..................................
OFEREÇO
A toda minha família
DEDICO
Aos meus pais Ananias e Vitorina pelas
oportunidades...
Aos meus irmãos pela contribuição à minha
formação profissional...
À minha esposa Maria Claudia pelo incentivo...
À minha filha Layza pela paciência e
compreensão...
AGRADECIMENTOS
À Deus, amigo sempre presente, sem o qual nada teria feito.
A toda minha família pelo total apoio e incentivo em todos os momentos desta
tão importante caminhada.
Ao meu Orientador Dr. CARLOS DA SILVA LEDO pelas diretrizes sugeridas
na orientação deste trabalho e pela colaboração no auxilio às atividades.
Ao Co-orientador Dr. EDSON PERITO e ao Dr. SEBASTIÃO DE OLIVEIRA
pelas grandes contribuições dadas na realização deste trabalho.
À Coordenadora do curso Mestrado Minter Ana Cristina Fermino e a todos os
professores pela contribuição.
À Embrapa Mandioca Fruticultura.
Ao meu amigo Acimar Ribeiro pelo incentivo.
A todos os meus colegas do Mestrado.
Ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano-Campus Catu-
Bahia.
À Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
SUMÁRIO
Página
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 1
Capítulo 1
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO EM EXPERIMENTOS
COM BANANEIRA.................................................................................................... 14
Capítulo 2
ESTUDO DAS CORRELAÇÕES ENTRE CARACTERES DE
BANANEIRA AVALIADOS EM DOIS CICLOS DE PRODUÇÃO............................. 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 46
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO E RELAÇÕES ENTRE
CARACTERES DE RENDIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA CULTURA DA
BANANEIRA
Autor: Josimar Rocha
Orientador: Profº Dr. Carlos Alberto da Silva Ledo
Co-Orientador: Dr. Edson Perito Amorim
RESUMO: A banana é uma das frutas tropicais de maior importância econômica e
social em todo o mundo. O Brasil ocupa a segunda colocação no ranking mundial
dos maiores produtores, sendo produzida de norte a sul do país, desde a faixa
litorânea até o planalto central, principalmente por pequenos produtores com baixos
níveis de capitalização e tecnologia, que produzem frutos de má qualidade. O
objetivo deste trabalho foi estabelecer faixas de coeficientes de variação para a
cultura da bananeira, estabelecendo intervalos para a sua classificação em CVs
baixos, médios, altos e muito altos e estudar as relações entre caracteres de
bananeira avaliados em dois ciclos de produção. No estudo dos coeficientes de
variação foram feitas pesquisas nas mais diversas literaturas que tratam de
experimentação com a cultura da bananeira. Analisando também os critérios que
devem ser levados em consideração para a redução do erro experimental, que está
relacionado com os coeficientes de variação para cada variável. Para as relações
entre caracteres foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson entre 16
caracteres de rendimento e desenvolvimento da cultivar Tropical em dois ciclos de
produção. Cada variável avaliada apresenta faixas de classificação dos
coeficientes de variação específica. As variáveis diâmetro do fruto, diâmetro do
pseudocaule, número de pencas e comprimento do fruto apresentam os menores
valores de coeficientes de variação. As variáveis peso do cacho, peso do fruto e
peso da penca apresentam os maiores valores de coeficientes de variação. De
maneira geral, houve correlações médias, positivas e significativas entre os
caracteres. As correlações entre o peso do cacho e peso das pencas, peso do cacho
e peso da segunda penca, peso das pencas e peso da segunda penca, número de
pencas e número de frutos, altura da planta e perímetro do pseudocaule, peso da
segunda penca e peso médio do fruto e diâmetro lateral do fruto apresentaram
valores de correlações elevados.
Palavras-Chaves: Coeficiente de Variação, Experimentação, Correlações.
EVALUATION OF THE VARIATION COEFFICIENT AND RELATION AMONG
YIELD AND DEVELOPMENT CHARACTERISTICS IN THE CULTURE OF
BANANA TREE
AUTHOR: JOSIMAR ROCHA
ADVISOR: DR. CARLOS ALBERTO DA SILVA LEDO
CO-ADVISOR: DR. EDSON PERITO AMORIM
ABSTRACT: The banana is one of the tropical fruit with greatest economic and
social importance in the world; Brazil holds the second place in the world ranking of
major producers, being banana produced from North to South, from the coastal strip
to central highlands, mostly by small producers with low level of capitalization and
technology, who produce bad quality fruit. The objective of this study was to establish
ranges of variation coefficients for banana plantations, setting ranges for
classification in low, medium, high and very high CVs and study the relationships
among banana characteristics evaluated in two production cycles. In the study of
variation coefficients several researches were carried out on various literature
sources that report experimentation on banana plantations. The criterion that must be
taken into account for reducing of experimental errors, which is related to the
variation of each variable, was also analyzed. To the relation between
characteristics, Pearson’s correlation coefficients were calculated among 16 yield
and development characteristics of Tropical cultivar in two production cycles. Each
variable studied showed classification bands for specific variation coefficients. The
variables diameter of the fruit, false stem diameter, number of bunches and the
length of the fruit had the lowest coefficient of variation. The variables that had the
highest variation coefficient were cluster weight, fruit weight and weight of the bunch.
Overall, there were average correlations, positive and significant, among the
characters. The correlations between cluster weight and weight of bunches, cluster
weight and weight of the second bunch, weight bunch and the second bunch,
number of bunches and fruits, plant height and false stem circumference, weight of
the second bunch and average fruit weight and fruit side diameter showed high
correlation values.
Key - words: Variation Coefficient, Experimentation, Correlations.
INTRODUÇÃO
Coeficiente de Variação
A banana se destaca como uma das frutas tropicais de maior consumo em
todo o mundo, tanto pela sua versatilidade para o consumo quanto pelas suas
características de sabor, aroma, higiene e facilidade de ser consumida in natura. O
consumo per capita do Brasil é da ordem de 30 kg/hab/ano; estima-se que na
Oceania e África, os consumos per capita ao ano sejam da ordem de 50 e 250 kg,
respectivamente (Inibap, 2006). Estima-se que a banana é cultivada em mais de 130
países, e que a área colhida seja de 4,4 milhões de hectares e produção anual de
aproximadamente 81,3 milhões de toneladas (IBGE, 2009; FAO, 2009). Os
principais países produtores são Índia, Uganda, Equador, Brasil, China e Filipinas
(FAO, 2009), tais países representam cerca de 50% da produção mundial de
bananas e plátanos; e os Continentes Asiático e Americano detém cerca de 90% da
produção mundial (AGRINUAL, 2008).
A produção de banana brasileira é da ordem de 7,1 milhões de toneladas ao
ano, e uma área colhida de 515 mil hectares com produtividade de 13,77 toneladas
por hectare (FAO, 2009; IBGE 2009).
A Bahia é o estado com maior área cultivada com bananeira 89.466
hectares e a segunda maior produção 1.386 toneladas, ficando atrás apenas do
Estado de São Paulo (FAO, 2009; IBGE, 2009). A produtividade média da bananeira
na Bahia é da ordem de 15,49 toneladas/hectare, destacando-se as cidades de
Juazeiro, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória, Barreiras, Livramento de
Nossa Senhora, Caraíbas e Guanambi (Donato, 2007).
As variedades mais difundidas no Brasil são: Prata, Pacovan, Prata Anã,
Maçã, Mysore, Terra e D’Angola, Nanica, Nanicão e Grande Naine. (Silva et al.,
2000,2002).
A precisão de um experimento é avaliada pela magnitude do erro
experimental, definido por Steel & Torrie (1980) como a variação devido ao efeito
dos fatores não controlados ou que ocorrem ao acaso, de forma aleatória. Fisher
(1960) e Ramalho (2000) definem o erro experimental como as variações aleatórias
entre parcelas que receberam o mesmo tratamento. Para Le Clerg (1967) existem
duas fontes principais de variação em experimentos de campo, a heterogeneidade
do solo, considerada mais importante e a variabilidade genética do material
experimental; para Storck et al. (2005), o erro experimental pode advir de várias
fontes, como a heterogeneidade do material experimental, as competições intra e
interparcelar e a heterogeneidade do solo.
Federer (1977) apresenta alguns fatores que são capazes de aumentar o erro
experimental durante a fase de execução de um experimento dentre eles:
heterogeneidade do material experimental dentro dos tratamentos, onde parcelas
experimentais que recebem o mesmo tratamento podem apresentar constituição
genética diferente podendo dessa forma contribuir para aumentar o erro; tratos
culturais desuniformes, como adubações, controle de ervas daninhas, pragas e
doenças; competições interparcelar devido ao aparecimento de falhas dentro da
parcela e, também, devido à competição com plantas nas parcelas vizinhas; ataque
de pragas, doenças e ervas daninhas que ocorrem de forma localizada; amostragem
de forma heterogênea e não representativa da parcela.
Segundo Federer (1995), Kalil (1977) e Steel et al. (1997), o CV permite a
comparação de resultados de diferentes experimentos envolvendo uma mesma
variável-resposta ou espécie, permitindo quantificar a precisão de suas pesquisas.
Segundo Pimentel Gomes (1991), nos experimentos em campo, se o
coeficiente de variação for inferior a 10%, diz-se que é baixo, ou seja, o experimento
tem alta precisão; de 10 a 20%, são considerados médios e de boa precisão; 20 a
2
30%, alto, com baixa precisão e acima de 30%, muito alto. Essa classificação tem
sido extensivamente utilizada, porém ela não leva em consideração a cultura
estudada e, principalmente, o caráter que está sendo considerado; entretanto,
Pimentel-Gomes (1991) salientou que o número de repetições influi nos valores de
CV, onde, num experimento com coeficiente de variação maior em relação a outro,
mesmo aquele com menor número de repetições, o que apresentar maior coeficiente
será o mais preciso. Garcia (1989) propôs nova classificação de CV para
características de espécies florestais, podendo, contudo ser usada para qualquer
espécie. O mesmo propôs que se faça um levantamento dos CV’s disponíveis para o
caráter da espécie em questão e, posteriormente, seja estimada a média (m) e o
desvio padrão ( s ). Com esses valores os CV’s são classificados do seguinte modo:
CV m-s, baixo; m-s < CV m+s; médio; m+s < CV m+2s; alto; CV> m+2s muito
alto.
No método de Costa et al. (2002) as faixas de classificação de coeficientes de
variação basearam-se no uso da mediana (Md) e do pseudo-sigma (PS), os quais
não necessitam ter distribuição normal dos dados.
Estefanel et al. (1987), trabalhando com diversas culturas, verificaram que as
médias dos CVs não variavam quando eram utilizados diferentes delineamentos
experimentais, nem quando eram considerados os diversos tipos de tratamentos,
mas apresentavam maiores diferenças quando eram estudados diferentes variáveis-
respostas. Esses autores consideravam como médios, os CVs situados numa faixa
que continha 50% dos valores, baseado na distribuição normal, utilizando-se, ainda,
a transformação logarítmica para os dados das variáveis que não apresentaram
normalidade; transformação essa que, segundo os autores mostrou-se eficiente.
Steel & Torrie (1980) e Federer (1977) consideram o CV uma medida estatística que
permite a comparação de resultados de diferentes experimentos envolvendo uma
mesma característica ou espécie, permitindo ao pesquisador quantificar a precisão
dos resultados de suas pesquisas. Sokal & Rohlf (1969) evidenciaram a utilidade do
CV na comparação da variabilidade entre populações de espécies de tamanhos
diferentes; Sampaio (1998), o CV é uma medida usada por pesquisadores que
trabalham com a mesma variável, para avaliar a precisão de cada um dos seus
experimentos.
3
Para Kohan & Carro (1968), quando os dados experimentais o constituídos
por valores positivos e negativos, o CV não deve ser utilizado, pois poderá
apresentar valor muito alto em decorrência do baixo valor da dia geral; para
Snedecor & Cochran (1980), a distribuição dos valores de CV possibilita estabelecer
faixas que podem orientar o pesquisador sobre a qualidade dos dados de seus
experimentos; Gill (1987) afirmou que o pesquisador deve estar atento sobre os
valores considerados razoáveis do CV em sua área de pesquisa. Segundo ele,
coeficientes de variação menores que 1% em Ciências Biológicas são raros, o que
talvez não seja nas Ciências Físicas. Muitas características biológicas apresentam
coeficientes de variação na faixa entre 5 e 50%.
Mead e Curnow (1986) destacam o CV como uma medida importante sobre a
variabilidade dos resultados experimentais, podendo ser útil na definição do número
de repetições do ensaio necessário para detectar uma diferença entre as diferenças
de tratamentos, com uma dada probabilidade.
Ledo et. al. (2000) apresentaram faixas de classificação de CV para a cultura
da bananeira utilizando a metodologia proposta por Garcia (1989) e observou que
cada variável apresentou faixas de valores dos coeficientes de variação específica,
justificando a necessidade de se considerar a natureza da variável na classificação
dos coeficientes de variação.
Sampaio (1988) afirma que o CV é uma medida usada por pesquisadores
que trabalham com a mesma variável, para avaliar a precisão de cada um dos seus
experimentos. Para o autor, é importante que se conheça através da literatura os
valores mais freqüentes do CV para a resposta que está sendo estudada.
Amaral et al. (1997) estudaram CV na experimentação com citros, concluindo
que as faixas de classificações elaboradas têm características próprias e
diferenciadas quanto às principais variáveis da cultura.
Ambrosano & Schammas (1994) analisaram o coeficiente de variação em
experimentos com forrageiras, cujos resultados foram apresentados em trabalhos
publicados entre 1950 e 1990. Para gramíneas, classificaram como médio o CV de
4
16,58%, para as leguminosas de 16,50% e para experimentos em consórcio,
20,53%. Segundo os autores, variação na classificação do CV em função da
variável estudada, sendo que um determinado valor de CV pode ser considerado
alto para uma variável e baixo para outra. Os autores não elaboraram faixas de
valores.
Relações entre caracteres
Uma das tendências da Ciência Agronômica é gerar modelos de simulação de
crescimento com objetivo de detectar os fatores que possam limitar o cultivo,
influenciando no potencial produtivo das espécies, além de prever rendimentos em
função das condições em que as plantas se desenvolvem. O fenômeno crescimento
de planta, tanto em nível de manejo como de pesquisa, requer o conhecimento das
respostas das plantas ao ambiente (Huang,1993). De acordo com Dourado Neto
(1998), um modelo de crescimento e desenvolvimento de plantas visa, entre outras
finalidades, buscar informações básicas das diversas interações planta x ambiente,
maximizando o uso de recursos naturais de cada região, ou de uma determinada
condição de cultivo.
O conhecimento das relações entre os caracteres é de suma importância à
bananicultura, possibilitando, ao produtor, estimar a produção do cacho de uma
determinada planta a partir de outros atributos. Embora apresente trabalhos
relacionando caracteres de componentes da produção em diferentes genótipos de
bananeira (Jaramillo, 1982; Dadzie, 1998), a literatura carece de informações que
permitam uma estimativa do peso do cacho a partir de alguns atributos medidos na
fase da colheita.
No caso da cultura da bananeira, a etapa final do melhoramento genético, é a
avaliação dos genótipos em áreas de produção Silva et al., (1998); Silva (2000). Os
caracteres prioritários para a análise são: ciclo da cultura, porte, peso do cacho,
número e comprimento dos frutos (Moreira & Saes, 1984; Alves, 1990; Ledo et al.,
1997; Silva & Alves, 1999).
As correlações entre os caracteres observadas nos ensaios experimentais
5
são geradas por fatores genéticos e ambientais (Vencovsky & Barriga, 1992) e são
estimadas com o propósito de mensurar a alteração em um caráter quando a
seleção é praticada em outro. Segundo Siqueira (1984), atributos morfológicos que
exerçam efeitos na produção podem ser definidos por meio das correlações entre
caracteres do desenvolvimento vegetativo e caracteres do cacho na bananeira
‘Prata’. De acordo com Turner (1980), a produtividade em bananeira é função da
quantidade de frutos e do peso médio dos frutos da planta. Hasselo (1962) verificou
que a correlação entre o peso do cacho e o diâmetro do pseudocaule na bananeira
‘Gros Michel’ não é, normalmente, influenciada por fatores ambientais.
Trabalhos relacionando caracteres encontrados nas fases vegetativa e fase
produtiva em genótipos de bananeira relatam correlações positivas e significativas
entre a produção do cacho e o diâmetro do pseudocaule. Iuchi et al. (1979)
concluíram que o número de folhas no florescimento não tem relação com a
produção do cacho na bananeira ‘Prata’, entretanto Siqueira (1984) notou
correlações significativas entre os referidos caracteres. Entre os componentes de
produção, o número de frutos e o número de pencas estão relacionados com o peso
do cacho (Fernandez Caldas et al., 1977; Holder & Cumbs, 1982).
Holder & Cumbs (1982) observaram, na variedade ‘Robusta’, que a produção
de flores femininas está positivamente correlacionada com o diâmetro do
pseudocaule. De acordo com Fernandez Caldas et al. (1977), embora o número de
pencas seja um bom índice para prever a produção, o diâmetro do pseudocaule
apresenta uma correlação maior com o peso do cacho.
Siqueira (1984) constatou, a partir de clones da bananeira ‘Prata’, que dentre
os caracteres relacionados ao desenvolvimento vegetativo, o diâmetro do
pseudocaule, seguido pelo número de folhas no florescimento, foi o que mais se
correlacionou positivamente com os caracteres da produção. Segundo o autor, é
possível, na bananeira ‘Prata’, selecionar genótipos menores sem prejudicar a
produção, pois a altura da planta, na maioria dos clones avaliados, não se
relacionou com nenhum caráter associado ao rendimento.
6
Jaramillo (1982), estudando diversos caracteres em cachos da bananeira
‘Cavendish Gigante’ com diferentes números de pencas, peso do cacho, peso das
pencas, peso dos dedos, número de pencas por cacho e número de dedos por
cacho, estimou equações de regressão e verificou que o número de pencas está
fortemente correlacionado com o peso do cacho e com o número de frutos por
cacho. Pádua (1978) também obteve estimativas positivas e altas para as
correlações entre o diâmetro dos frutos e o peso das pencas, o diâmetro dos frutos e
o peso do cacho, o comprimento dos frutos e o peso das pencas e o comprimento
dos frutos e o peso do cacho em bananeira ‘Prata’.
Dadzie (1998), avaliando as características s-colheita de um genótipo
triplóide e de híbridos tetraplóides de bananeira, observou correlações
predominantemente positivas e significativas entre a idade do cacho e o peso dos
frutos, o comprimento dos frutos, o diâmetro dos frutos, a área do corte transversal e
a relação entre a polpa e a casca.
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13
CAPÍTULO 1
ANÁLISE DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO EM EXPERIMENTOS COM
BANANEIRA
1
1
Artigo que será submetido ao comitê editorial do periódico cientifico Revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira
ANÁLISE DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO EM EXPERIMENTOS
COM BANANEIRA
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi propor uma classificação para os
coeficientes de variação com relação às variáveis mais utilizadas na experimentação
com bananeira. Os caracteres analisados foram: altura da planta, diâmetro do
pseudocaule, peso do cacho, peso das pencas, peso do fruto, número de frutos por
cachos, comprimento do fruto, diâmetro do fruto, número de pencas, número de dias
do plantio à colheita. Para a classificação dos coeficientes de variação (CV), foram
calculados inicialmente a média, o desvio padrão e a variância dos CV’s de cada
uma das variáveis mencionadas. Os coeficientes de variação (CV) foram
classificados em função das dias (x ) e do desvio padrão ( s ) de acordo com a
proposta de Garcia: baixo ( CV x – s ); médio (x – s < CV x + s ); alto (x + s < CV
x + 2s ); muito alto (CV > x + 2s ). Após o agrupamento dos dados, procedeu-se o
teste de normalidade de Lilliefors, mostrando que todas as variáveis apresentavam
distribuição normal. As variáveis: peso do cacho, peso das pencas apresentaram os
maiores valores de coeficiente de variação, sendo os menores valores apresentados
pelas variáveis: diâmetro do fruto e número de dias do plantio a colheita.
Palavras-Chaves: Variáveis, banana, experimentação.
15
VARIATION COEFFICIENT ANALYSIS IN EXPERIMENTS WITH BANANA TREE
ABSTRACT: This work aimed to propose a classification to the variation coefficients
regarding the most used variables in experiments with banana tree. The analyzed
characteristics were: plant height, pseudo-stem diameter, bunch weight, number of
fruits per hand, fruit length, fruit diameter, number of hands, number of days from
planting to harvesting. In order to classify the variation coefficient (CV), the average
was initially calculated, the standard deviation and the variance of the CVs of each
mentioned variables. The variation coefficients (CV) were classified according to the
averages (x ) and to the standard deviation ( s ) as Garcia’s proposal (1989): low
(CV x–s); medium (x – s < CV x + s ); high (x + s < CV x + 2s ); very high (CV >
x + 2s ). After the clustering, the Lilliefors’s normality test was carried out, showing
that all the variables presented normal distribution. The variables: fruit diameter,
number of days from planting to harvesting presented the lowest values of coefficient
variation. The variables: bunch weight, hand weight presented the highest values of
variation coefficient.
Keys - Words: variables, banana, experimentation.
16
INTRODUÇÃO
Em razão da sua composição química, das suas vitaminas e minerais, a
banana é considerada e reconhecida mundialmente como uma fonte de alimento de
extrema importância, destacando-se como uma das frutas mais consumidas no
mundo (Donato, 2007).
A maioria dos cultivares de bananeira, originou-se no Continente Asiático,
mais precisamente na Índia, sendo atualmente distribuída em várias regiões
tropicais. A área total é 4.410.000 ha e a produção mundial estimada em
81.283.000t ( FAO, 2009 ).
O Brasil é o quarto produtor mundial de bananas, com aproximadamente 7
milhões de toneladas (FAO, 2009). O Nordeste é a principal região produtora do
Brasil, com 216 mil hectares de área colhida (41,8 % da área total cultivada do País)
e produção de 2,8 milhões de toneladas, destacando-se os Estados da Bahia,
Ceará e Pernambuco como principais produtores. A região da Chapada do Apodi
(Rio Grande do Norte) tem se destacado no cultivo de bananeira, com uma
produção de 1.766 toneladas, em 95 hectare de área plantada (IBGE, 2009).
A avaliação de experimentos de campo, requer muita precisão, haja visto que
os caracteres estudados e avaliados refletem no crescimento, precocidade e
produtividade, que são muito importantes para a identificação e seleção de
indivíduos superiores (Silva et al., 1999, 2000).
Na experimentação, ensaios devem ter altas precisões. Ensaios com baixa
precisão podem fazer com que pesquisadores cheguem a conclusões incorretas de
resultados, aumentando a probabilidade de erros e com isso indicando igualdade de
tratamentos, quando existe diferença, prejudicando a aplicação de novas tecnologias
por não apontar corretamente qual o melhor tratamento.
Em todas as pesquisas agronômicas, o erro experimental que ocorre nos
experimentos é influenciado pela precisão com que os mesmos o conduzidos
(Chaves, 1985). Para estimar essa precisão uma medida utilizada por pesquisadores
é o coeficiente de variação (CV), que é representado pelo quociente entre o desvio-
padrão e a média dos dados de um experimento.
Segundo Federer (1955); Kalil (1977); Steel et al. (1997), CV permite a
comparação de resultados de diferentes experimentos envolvendo uma mesma
variável-resposta ou espécie, permitindo quantificar a precisão de suas pesquisas.
Pimentel Gomes (2000) consideram os coeficientes de variação como baixos,
quando inferiores a 10%; médio, quando de 10 a 20%; alto, quando entre 20 e 30%,
e muito alto, quando superiores a 30%. Campos (1984) afirma que nos ensaios
agrícolas espera-se CV entre 10 e 20%.
Ledo et. Al. (2000) apresentaram faixas de classificação de CV para a cultura
da bananeira utilizando a metodologia proposta por Garcia (1989) e observou que
cada variável apresentou faixas de valores dos coeficientes de variação específica,
justificando a necessidade de se considerar a natureza da variável na classificação
dos coeficientes de variação.
Na literatura consultada existem poucos trabalhos com variação do
coeficiente de variação em experimento com bananeira.
Este trabalho teve por objetivo propor uma classificação para os coeficientes
de variação baseado no critério proposto por Garcia (1989) em experimentos com
bananeira.
MATERIAL E MÉTODOS
18
Os dados para este estudo foram obtidos mediante a revisão bibliográfica de
trabalhos publicados com a cultura da bananeira nas Revistas “Ciência e
Agrotecnologia”, “Pesquisa Agropecuária Brasileira”, “Revista Brasileira de
Fruticultura”, “Anais do Congresso Brasileiro de Fruticultura” e “Congresso Brasileiro
de Melhoramento de Plantas” e dados de oito dissertações de Mestrado e duas
teses de Doutorado.
Foram coletados dados dos coeficientes de variação das variáveis altura de
planta, diâmetro do pseudocaule, peso do cacho, peso da penca, peso do fruto,
número de frutos por cacho, comprimento do fruto, diâmetro do fruto, número de
pencas e ciclo, sendo utilizados um total de 463 dados.
As faixas de classificação dos coeficiente de variação foram baseadas na
metodologia proposta por Garcia (1989), em que se utiliza a relação entre a média
dos coeficientes de variação e o desvio padrão sendo: baixo (CV
x - s); médio
( x - s < CV
x+ s); alto ( x + s < CV
x+ 2s); muito alto (CV > x+ 2s).
Para se testar o ajuste dos dados à distribuição normal, foi utilizado o método
de Kolmogorov-Smirnov, modificado por Lilliefors (1967).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 são apresentados os resultados das estatísticas descritivas e do
teste de normalidade de Lilliefors. Observa-se que, pelo teste de Lilliefors, todas as
variáveis estudadas apresentaram distribuição aproximadamente normal (p > 0,05).
Na literatura consultada, foi obtido maior número de coeficientes de variação para as
variáveis peso do cacho, ciclo e altura de planta, com 87, 66 e 55 valores,
respectivamente. As médias dos coeficientes de variação situaram-se entre 4,46 a
13,19, respectivamente para diâmetro do fruto e peso do cacho. As variáveis que
apresentaram maior desvio padrão para os valores dos coeficientes de variação
foram o peso do cacho e peso do fruto, com valores de 7,57 e 5,15,
respectivamente. A variável com menor desvio padrão foi o diâmetro do fruto com
valor de 2,69.
19
Tabela 1. Número de observações(n), média, desvio - padrão e teste de Lilliefors
dos coeficientes de variação (%) obtidos em experimentos com
bananeira.
Variáveis n Média Desvio padrão
Teste de
Lilliefors
Altura de planta
55 6,56 4,33 0,09
ns
Diâmetro do pseudocaule
37 5,13 3,15 0,11
ns
Peso do cacho
87 13,19 7,57 0,07
ns
Peso da penca
25 8,78 4,69 0,13
ns
Peso do fruto
30 9,15 5,15 0,13
ns
Número de frutos por cacho
43 7,17 4,42 0,10
ns
Comprimento do fruto
37 6,28 3,92 0,12
ns
Diâmetro do fruto
36 4,46 2,69 0,12
ns
Número de pencas
47 5,66 3,73 0,11
ns
Ciclo
66 7,16 4,82 0,08
ns
ns
Não significativo a 5 % de probabilidade pelo teste de Lilliefors.
Na Tabela 2 são apresentadas as faixas de classificação dos coeficiente de
variação para as variáveis estudadas, utilizando-se a metodologia proposta por
Garcia (1989). Observa-se que cada variável apresentou faixas de valores dos
coeficientes de variação específica, justificando a necessidade de se considerar a
natureza da variável na classificação destes coeficientes. Verifica-se discordância
entre a classificação obtida e a proposta por Pimentel Gomes (2000), para todas as
variáveis avaliadas.
A variável diâmetro do fruto foi a que apresentou os menores valores dos
coeficientes de variação em todas as faixas de classificação, seguida das variáveis
diâmetro do pseudocaule, número de pencas e comprimento do fruto. A variável
peso do cacho apresentou o maior valor dos coeficientes de variação, concordando
com a classificação proposta por Ledo et al. (2003), seguida das variáveis peso do
fruto e peso da penca.
Tabela 2. Faixas de classificação para os coeficientes de variação (%) nos experimentos
com a cultura da bananeira.
20
Variável Baixo Médio Alto Muito alto
Altura de planta
4,00 4,00 < CV 9,12 9,12 < CV 11,68 >11,68
Diâmetro do pseudocaule
3,46 3,46 < CV 6,80 6,80 < CV 8,47 >8,47
Peso do cacho
7,05 7,01 < CV 19,33
19,36 < CV 25,47
>25,47
Peso da penca
4,33 4,33 < CV 13,24
13,24 < CV 17,69
> 17,69
Peso do fruto
4,26 4,26 < CV 14,03
14,03 < CV 18,92
> 18,92
Número de frutos por cacho
4,14 4,14 < CV 10,19
10,19 < CV 13,21
>13,21
Comprimento do fruto
3,71 3,71 < CV 8,84 8,84 < CV 11,41 >11,41
Diâmetro do fruto
3,22 3,22 < CV 5,70 5,70 < CV 6,95 > 6,95
Número de pencas
3,60 3,60 < CV 7,72 7,72 < CV 9,79 > 9,79
Ciclo
4,27 4,27 < CV 10,06
10,06 < CV 12,96
>12,96
Observa-se pela Tabela 3 que houve concordância das faixas de
classificação para as variáveis peso do cacho e ciclo obtidas por Ledo et al. (2003).
Para as variáveis altura de plantas e comprimento do fruto houve concordância para
as faixas baixo e médio. Não houve concordância de classificação para as variáveis
número de frutos por cacho e diâmetro do pseudocaule, indicando a necessidade de
se coletar um maior número de coeficientes de variação para a obtenção de
medidas mais precisas e confiáveis.
Tabela 3. Faixas de classificação para os coeficientes de variação (%) nos experimentos
com a cultura da bananeira segundo Ledo (2000).
Variável Baixo Médio Alto Muito alto
Altura de plantas
3,88 3,88 < CV 12,81
12,81 < CV 17,27
>17,27
Diâmetro do pseudocaule
3,14 3,14 < CV 16,84
16,84 < CV 23,69
>23,69
Peso do cacho
7,25 7,25 < CV 18,83
18,83 < CV 24,63
>24,63
Número de frutos por cacho
5,86 5,86 < CV 16,10
16,10 < CV 21,23
>21,23
Comprimento do fruto
2,62 2,62 < CV 13,16
13,16 < CV 18,42
>18,42
Ciclo
5,51 5,51 < CV 9,81
9,81 < CV 11,96 >11,96
Na Tabela 4 é apresentada a frequência percentual do número de
experimentos avaliados por faixa de classificação dos coeficientes de variação.
Observa-se que todos os experimentos avaliados tiveram seus coeficientes de
variação classificados como dio, com exceção da variável diâmetro do fruto em
21
que 41,67% dos experimentos foram classificados como baixos. A maior
percentagem de experimentos classificados como médio foi observado para a
variável peso da penca, com 64,00%, seguida das variáveis peso do cacho e peso
do fruto, com 59,09% e 56,67%, respectivamente.
Tabela 4. Frequência percentual (%) do número de experimentos por faixa de classificação
dos coeficientes de variação.
Variável Baixo Médio Alto Muito alto
Altura de planta
30,91 49,09 7,27 12,73
Diâmetro do pseudocaule
35,14 40,54 13,51 10,81
Peso do cacho
22,73 59,09 10,23 7,95
Peso da penca
20,00 64,00 8,00 8,00
Peso do fruto
20,00 56,67 20,00 3,33
Número de frutos por cacho
25,58 48,84 16,28 9,30
Comprimento do fruto
32,43 40,54 16,22 10,81
Diâmetro do fruto
41,67 22,22 13,89 22,22
Número de pencas
31,91 38,30 17,02 12,77
Ciclo
28,79 48,48 12,12 10,61
CONCLUSÕES
Cada variável avaliada apresenta faixas de classificação dos coeficientes
de variação específica.
As variáveis diâmetro do fruto, diâmetro do pseudocaule, número de
pencas e comprimento do fruto apresentam os menores valores de coeficientes de
variação.
As variáveis peso do cacho, peso do fruto e peso da penca apresentam
os maiores valores de coeficientes de variação.
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25
CAPÍTULO 2
CORRELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE BANANEIRA
AVALIADOS EM DOIS CICLOS DE PRODUÇÃO
1
1
Artigo que será submetido ao comitê editorial do periódico cientifico Revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira
CORRELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE
BANANEIRA AVALIADOS EM DOIS CICLOS DE PRODUÇÃO
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar as principais correlações entre as
características da planta da bananeira em dois ciclos de produção visando o estudo
das relações entre caracteres. O experimento foi realizado em Guanambi, BA, com a
cultivar Tropical (YB 42 21), híbrido tetraplóide AAAB, plantado no espaçamento
de 3m x 2m, formando 11 fileiras de 52 plantas cada e consideradas como útil as 9
fileiras centrais com 40 plantas por fileira, num total de 360 plantas e área de
2.160m². Consideraram-se os caracteres: altura de planta, perímetro do
pseudocaule, número de folhas vivas no florescimento, número de filhos na colheita,
número de folhas vivas na colheita, peso do cacho, peso da ráquis, peso das
pencas, comprimento do engaço, diâmetro do engaço, número de pencas, número
de frutos, peso de segunda penca, peso médio do fruto, comprimento externo do
fruto e diâmetro lateral do fruto. As associações entre os caracteres ao longo dos
dois ciclos foram em sua grande maioria positivos e significativos a 1%.
Palavras-Chaves: Correlações, associações, caracteres.
CORRELATION AMONG AGRONOMIC CHARACTERISTICS OF BANANA TREE
EVALUATED DURING TWO PRODUCTION CYCLES
ABSTRACT: The purpose of this work was to evaluate the main correlations among
the characteristics of banana tree plant during two production cycles aiming to study
the relation between the characteristics. The experiment was carried out in
Guananbi, Bahia state, in Tropical cultivar (YB 42 - 21), tetraploid hybrids AAAB,
planted in 3m x 2m space, forming 11 rows of 52 plants each and considering useful
the 9 center rows with 40 plants per row, adding up 360 plants in a 2160 m
2
area.
The evaluated characteristics were: Plant Height, Pseudostem Perimeter, Number of
Living Leaves when Flowering, Number of Shoots, Number of Living Leaves when
Harvesting, Bunch Weight, Raquis Weight, Hands Weight, Peduncle Length and
Diameter, Number of Hands, Second Hand Weight, Fruit Average Weight, External
Length of the Fruits and Fruit Side Diameter. The association among the
characteristics along the two cycles was mostly positive and significant at 1%.
Key- words: Correlations, associations, characteristics.
INTRODUÇÃO
A associação entre características agronômicas em bananeira é de
fundamental importância para estimar a produção do cacho, podendo ser avaliada
por meio das correlações fenotípicas, genéticas e ambientais. O conhecimento
dessas relações pode ser utilizado pelos melhoristas na escolha do método mais
eficaz a ser utilizado em programas de melhoramento (Vencovsky & Barriga, 1992 ).
Segundo Silva et al. (1998) e Silva (2000), a avaliação dos genótipos em
áreas de produção é a etapa final do melhoramento genético da bananeira. Para a
efetiva seleção desses genótipos promissores, uma série de características
agronômicas o mensuradas, destacando-se o ciclo da cultura, porte das plantas,
peso do cacho, número e comprimento dos frutos e diâmetro do pseudocaule
(Moreira & Saes, 1984; Alves, 1990; Ledo et al., 1997; Silva & Alves, 1999; Flores,
2000; Silva et al., 2000; Ledo et al., 2002);
Diferentes trabalhos relacionando características vegetativas e reprodutivas
em bananeira relatam correlação entre diâmetro do pseudocaule e produção do
cacho (Hasselo, 1962; Fernandez Caldas et al., 1977; Holder & Cumbs, 1982). Por
outro lado, Iuchi et al., (1979), avaliando características agronômicas na cultivar
Prata, concluíram que o número de flores na floração não tem relação com a
produção do cacho. Siqueira (1984) constatou, a partir de clones da bananeira
‘Prata’, que dentre os caracteres relacionados ao desenvolvimento vegetativo, o
diâmetro do pseudocaule, seguido pelo número de folhas no florescimento, foi
aquele que mais se correlacionou positivamente com os caracteres da produção.
Vargas (1983) encontrou uma correlação entre comprimento do engaço e
tamanho do fruto e entre o peso do cacho e o perímetro do paseudocaule. Outros
trabalhos em bananeira encontraram resultados semelhantes (Hasselo, 1962;
Lossois, 1963; Garcia et al., 1977; Iuch et al., 1979; Holder & Cumbs, 1982; Siqueira,
1984; Fernandez Caldas et al., 1997; Lima Neto et al., 2003).
Jaramillo (1982), estimou equações de regressão e verificou que o número de
pencas por cacho e o número de frutos por cacho está fortemente relacionado com o
peso do cacho.
Dadzie (1998), avaliando as características pós colheita de híbridos
tetraplóides de bananeira, observou correlações positivas e altas entre peso do fruto,
diâmetro do fruto, área do corte transversal e relação polpa/casca.
Segundo Siqueira (1984), doenças como as Sigatokas amarelas e negra
dificultam a detecção de correlações entre o peso do cacho e o diâmetro do
pseudocaule.
Flori et al. (2006) observaram correlações positivas entre as circunferências
dos pseudocaules entre planta-mãe e planta-filha; a circunferência do pseudocaule
da planta-mãe correlaciona-se positivamente com sua produção, ao passo que para
a planta filha não há correlação entre estas características.
Segundo Flores (2000) as correlações entre peso do cacho e os caracteres
altura da planta, número de frutos, comprimento do fruto, peso médio do fruto,
diâmetro do pseudocaule, número de folhas na colheita e número de dias do plantio
à colheita apresentaram variações entre os ciclos dentro dos genótipos e entre os
genótipos dentro dos ciclos, inclusive entre os híbridos e seus respectivos genótipos.
Diante do exposto este trabalho teve por objetivo correlacionar características
agronômicas mensuradas na cultivar Tropical de bananeira.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi implantado num latossolo vermelho-amarelo distrófico tipo
A, textura média na caatinga hipoxerófila. Relevo plano e suave ondulado na área
experimental da Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira, localizada no
Distrito de Ceraíma, Município de Guanambi, Micro Região da Serra Geral no
Sudoeste da Bahia, distando 108 km da margem direita do Rio São Francisco e
30
cerca de 90 km da divisa Minas-Bahia, com latitude de 1 13’ 30” sul, longitude de
42° 46’ 53” oeste de Greenwich, altitude de 525 m, com média anual de precipitação
de 663,69 mm e temperatura média de 26°C. (Donato, 2007)
A região se localiza no Grande Domínio Morfoclimático da Caatinga, se
enquadrando na divisão política estratégica do Polígono das Secas. Pela
classificação de Koppen, a região tem clima quente, com estação seca bem definida,
coincidindo com o inverno. Apresenta pelo menos um mês com precipitação inferior
a 60 mm. O período chuvoso varia de outubro a março. A temperatura do mês mais
frio é superior a 18°C e a amplitude térmica das dias mensais se mantém abaixo
de C. O clima da região é considerado como subúmi do a semi-árido, precipitação
total entre 500 e 1200 mm, excedente hídrico anual entre 200 e 500 mm, número de
meses com excedente hídrico entre zero e dois, número de meses com deficiência
hídrica entre sete e nove e temperatura média anual entre 21 e 26°C. (Donato, 2007)
Utilizou-se, para a instalação do experimento, mudas micropropagadas,
cedidas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, multiplicadas pelo Campo
Biotecnológico na Biofábrica em Cruz das Almas, BA, aclimatadas em tubetes, e
transportadas para o local do experimento enroladas em embalagem tipo rocambole,
onde foram transplantadas diretamente para o campo, no dia 14 de setembro de
2004.
O experimento constituiu-se de um ensaio de uniformidade com a cultivar
Tropical (YB42-21), híbrido tetraplóide derivado da Yangambi nº 02, grupo genômico
AAAB, resistente a Sigatoka amarela e tolerante ao mal do Panamá, com frutos tipo
maçã, desenvolvido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. A área foi
formada por 11 fileiras de 52 plantas cada, no espaçamento de 3m x 2m, perfazendo
um total de 572 plantas e 3.432 m², e considerada como área útil as 9 fileiras
centrais com 40 plantas cada, num total de 360 plantas e 2.160 m². Foram
realizadas avaliações em dois ciclos de produção.
Baseando-se na metodologia proposta por Carvalho (1995), os caracteres
analisados dividiram-se em caracteres do estádio de florescimento e caracteres do
estádio de colheita do cacho. Sendo eles: Altura de Planta (APL): Corresponde à
31
distância, em metros, da base do pseudocaule até a roseta foliar. Perímetro do
Pseudocaule (PPS): Medida feita na época do florescimento com base na
circunferência do pseudocaule, em centímetros, a uma altura de 30 cm do solo.
Número de Folhas no Florescimento (NFF): Número de folhas vivas presentes nas
plantas na época do florescimento, considerando-se como folha viva ou funcional
aquela que possui mais de 50% do limbo verde. Número de Filhos emitidos até o
Florescimento (NFI): Número de filhos emitidos pela planta até o florescimento.
Número de folhas vivas na colheita (NFC): Número de folhas vivas presentes nas
plantas na época da colheita do cacho, considerando-se como folha viva ou
funcional aquela que possui mais de 50% do limbo verde. Peso do Cacho (PC):
Somatório entre o peso das pencas, o peso do engaço e o peso da ráquis (avaliado
em quilos). Peso da quis (PRA): Feito após a retirada das pencas e do engaço.
Peso das pencas (PPE): Corresponde ao peso de todas as pencas do cacho.
Comprimento do Engaço (CEN): O engaço (ou pendúculo) é a estrutura da planta
que sustenta o cacho. O comprimento do engaço é a distância da saída da
inflorescência no pseudocaule até a primeira penca do cacho, avaliada em
centímetros. Diâmetro do Engaço (DEN): Medido na parte mediana do engaço.
Número de Pencas (NPE): mero total de pencas num cacho. Número de Frutos
(NFR): Contagem de todos os frutos do cacho. Peso da Segunda Penca (PSP): A
segunda penca de cada cacho, considerada de referência. Peso Médio do Fruto
(PMF): Corresponde ao quociente entre o peso das pencas e o número de frutos.
Comprimento externo do Fruto (CEF): Medida da curvatura externa do fruto ou dedo
central da fileira externa de frutos da segunda penca da base ao ápice
(desconsiderando o pedicelo e o ápice do fruto). Diâmetro Lateral do Fruto (DLF):
Parte mediana do fruto central da fileira superior da segunda penca.
Para as variáveis avaliadas em dois ciclos de produção foram calculadas as
seguintes estatísticas descritivas: média, desvio padrão, valores mínimos e máximos
e o coeficiente de variação.
Foram também calculados os coeficientes de correlação de Pearson segundo
a expressão descrita por Gomes (1985).
32
Em que:
“r” é o coeficiente de correlação, “x” e “y” o os dois caracteres considerados e “N”
significa o número de observações (repetições) de cada genótipo (por ciclo).
Para cada correlação calculada, o teste t foi utilizado para verificar a
significância, ao nível de 5% e 1%, de acordo com a expressão descrita por Gomes
(1985).
Com N-2 graus de liberdade, em que:
“r” é o coeficiente de correlação estimado e “N” é o número de observações
(repetições) de cada genótipo (por ciclo).
Todas análises estatísticas foram realizadas pelo Programa Estatístico SAS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O coeficiente de variação oscilou de 4,94% (altura de planta) a 23,85%
(número de filhos emitidos até o florescimento) para o primeiro ciclo e de 6,29%
(altura de planta) a 31,41% (número de filhos emitidos até o florescimento) no
segundo ciclo (Tabela 1). Esses coeficientes foram, em sua grande maioria, baixos a
médios, segundo classificação proposta por Ledo et al. (2003), à exceção daqueles
referentes aos caracteres números de filhos emitidos até o florescimento, peso da
segunda penca e peso médio do fruto que foram altos, observa-se também que à
exceção do caractere número de filhos no florescimento todos os outros caracteres
tiveram os seus coeficientes de variação aumentados do primeiro para o segundo
ciclo.
Estes valores corroboram com os encontrados por outros autores avaliando
cultivares de bananeira para as mesmas características (Siqueira, 1984; Ledo et al.,
=
N
y
y
N
x
x
N
yx
xy
r
2
2
2
2
)()(
2
1
%)5(
2
= N
r
r
t
33
1997; Gomes & Nóbrega, 2000, Flores 2000; Ledo et al., 2003, Donato, 2007;
Amorim et al., 2009; Lessa et al., 2010).
Na Tabela 1 são apresentados as estatísticas descritivas para os caracteres
avaliados em dois ciclos de produção. A altura da planta variou de 2,45 m à 3,45 m
no primeiro ciclo, e de 3,10 m para 4,50 m no segundo ciclo, com média de 3,01 m e
3,83 m para primeiro e segundo ciclos, respectivamente.
Alguns trabalhos mostram aumento contínuo para este caráter até o quarto
ciclo (Flores, 2000) e que o maior incremento na altura da planta é verificado do
primeiro para o segundo ciclo (Sampaio, 1978; Alves, 1984; Flores, 2000), sendo
que a partir do terceiro ciclo há uma tendência de estabilizar-se (Belalcázar Carvajal,
1991; Alves 1997; Flores, 2000). Resultado semelhante foi observado para o
diâmetro do pseudocaule, característica relacionada com a capacidade de
sustentação do cacho e com a definição do espaçamento e da densidade do plantio
(Alves et al., 1997).
Diferentemente do que foi observado nos outros dois caracteres, o número de
folhas no florescimento teve seus valores mantidos do primeiro para o segundo ciclo.
Este caráter influencia diretamente a taxa de fotossíntese da planta (Sampaio,
1978), sendo, portanto decisivo para a expressão da capacidade de produção.
Tabela 1. Estatística descritiva para os ciclos 1 e 2.
Variável Média
Desvio
Padrão
Mínimo Máximo CV (%)
Ciclo 1
APL 301,47 14,88 245,00 345,00 4,94
PPS 79,70 4,13 62,00 92,00 5,18
NFF 12,72 1,52 8,00 16,00 11,92
NFI 4,21 1,00 1,00 6,00 23,85
NFC 8,91 1,21 6,00 12,00 13,59
PCA 14,32 2,23 10,00 22,00 15,59
PRA 1,71 0,32 1,00 2,60 18,90
PPE 12,61 2,06 8,00 19,50 16,37
CEN 45,63 7,76 21,00 77,00 17,00
DEN 56,58 4,32 38,00 74,00 7,64
NPE 5,23 0,52 4,00 7,00 10,04
NFR 80,14 10,84 59,00 129,00 13,52
34
35
PSP 2,67 0,43 1,60 4,20 15,91
PMF 158,01 22,81 96,00 266,00 14,44
CEF 15,88 1,62 11,00 19,00 10,22
DLF 40,73 2,44 29,00 44,00 5,98
Ciclo 2
APL 383,05 24,11 310,00 450,00 6,29
PPS 92,20 7,01 70,00 120,00 7,60
NFF 12,47 1,43 8,00 15,00 11,48
NFI 3,45 1,08 1,00 6,00 31,41
NFC 8,64 1,43 4,00 13,00 16,59
PCA 14,84 2,77 10,00 24,00 18,65
PRA 2,05 0,40 1,00 3,50 19,32
PPE 12,79 2,55 8,00 21,00 19,92
CEN 41,12 7,72 23,00 77,00 18,77
DEN 62,42 5,79 30,00 79,00 9,27
NPE 7,09 0,76 4,00 9,00 10,73
NFR 119,91 19,72 68,00 202,00 16,45
PSP 2,02 0,40 1,14 3,61 19,64
PMF 103,72 20,44 60,00 210,00 19,70
CEF 14,39 1,57 10,00 19,00 10,91
DLF 34,13 2,40 28,00 44,00 7,04
O número de folhas na colheita apresentou estabilidade do primeiro para o
segundo ciclo (Tabela 1). Flores (2000), em Cruz das Almas, encontrou para quatro
ciclos de avaliação valores similares ao deste trabalho, enquanto que, Gonzaga
Neto et al. (1995), em Petrolina (PE) obteve valores superiores. O número de folhas
na colheita está intimamente relacionado com a tolerância a pragas, em especial a
Sigatoka amarela, sendo, portanto uma característica importante para o
melhoramento genético (Sampaio, 1978; Alves, 1990; Ferreira, 1995).
O peso do cacho é um dos caracteres de maior relevância, pois juntamente
com o peso das pencas e dos frutos expressam a produtividade de um dado
genótipo. Entre os dois ciclos avaliados não houve variação expressiva entre os
valores mínimos e máximos com valores médios variando de 14,32 a 14,84 kg
(Tabela 1).
O peso do ráquis variou de 1,00 kg a 2,60 kg no primeiro ciclo e de 1,00 kg a
3,5 kg no segundo correspondendo a aproximadamente 11,5% do peso do cacho,
valor considerado alto se comparado com resultados de Jaramillo (1982) que
encontrou valores médios em torno de 7%. O cálculo do peso da quis é
importante, pela relevância que o caráter possa ter no futuro como fonte de fibra
para usos agroindustriais ou em nutrição mineral (Jaramillo, 1982).
O peso das pencas sofreu poucas variações do primeiro para o segundo
ciclos da mesma forma como observado para o peso do cacho.
O comprimento do engaço teve medidas variando de 21 cm a 77 cm no
primeiro ciclo e de 23 cm a 77 cm no segundo ciclo o que mostra uma grande
discrepância entre os valores. Tal variação pode vir a ser de grande importância
para caracterização de novos materiais (Carvalho, 1995). Os valores médios
encontrados foram de 45,63 cm e 41,12 cm para o primeiro e segundo ciclos,
respectivamente, concordando com Flores (2000) que encontrou 43,67 cm e 42 cm
para o primeiro e segundo ciclos, respectivamente. Gonzaga Neto et al. (1995),
encontraram valores bastante superiores, o que pode ser justificado pelas diferentes
práticas culturais utilizadas.
O diâmetro do engaço variou de 38 mm para 74 mm no primeiro ciclo e de 30
mm para 79 mm no segundo ciclo, com médias de 56,58 mm e 62,42 mm para o
primeiro e segundo ciclos, respectivamente (Tabela 1). O trabalho de Flores (2000)
registrou valores similares entre os genótipos avaliados.
O número de pencas por cacho variou de 4 (valor mínimo) a 7 (valor máximo)
no primeiro ciclo, com valores médios de 5,23 e 7,09 para o primeiro e segundo
ciclos, respectivamente. Valores considerados baixos se comparados com os
resultados médios obtidos por Flores (2000) que variaram de 6,57 a12,59. Porém
alguns trabalhos encontraram resultados superiores aos do presente trabalho. Este
caráter analisado é um dos mais importantes, pois este expressa a produtividade do
fruto e como se trata de uma unidade comercial, o número de pencas é de suma
importância para os trabalhos de melhoramento genético. (Ledo et al., 1997; Ramos
et al., 1994; Bendezú & Goudinho, 1990; Oliveira et al., 1994, Gonzaga Neto et al.,
1995, Dantas & Soares Filho, 1994; Flores, 2000; Jaramillo, 1982.
O número de frutos por cacho tem a mesma importância que o número de
pencas por cacho, pois este caráter também define a produtividade da planta. No
36
39
presente trabalho houve um aumento bastante expressivo entre os ciclos, o valor
mínimo variou de 59 a 68 e o ximo de 129 a 202 frutos (Tabela 1), embora o
número de pencas por cacho seja pequeno. Observou-se também que a quantidade
de frutos por cacho assegurou uma boa média de frutos em cada penca (15 a 17),
valores semelhantes aos encontrados por Flores, (2000) (14 a 20). Jaramillo
(1982) encontrou valores variando de 11 a 26 frutos por penca com até 11 pencas.
O peso da segunda penca variou entre 1,6 kg e 4,2 kg no primeiro ciclo e de
2,02 kg e 3,61 kg no segundo ciclo; os valores dios foram 2,67 kg e 2,02 kg para
o primeiro e segundo ciclo, respectivamente.
Contrariando a uma tendência entre os caracteres analisados, o peso do fruto
sofreu uma queda brusca entre os dois ciclos. O peso mínimo caiu de 96,0 g para
60,0 g e o peso máximo de 266 g para 210 g e o valor médio de 158,01 g para
103,72 g (Tabela 1), contrariando uma “lógica” de evolução do primeiro para o
segundo ciclos dos caracteres analisados neste trabalho e de outros trabalhos.
Flores (2000) analisou os caracteres em quatro ciclos, e do primeiro para o segundo
ciclo o peso médio do fruto aumentou consideravelmente.
O comprimento do fruto também é uma característica essencial na análise de
produção de cachos, alguns mercados consumidores utilizam como critério na
avaliação do fruto o seu comprimento juntamente com o seu peso e o número de
frutos por cachos. Segundo Jaramillo (1982) o comprimento mínimo do fruto para
exportação é 20,3 cm. As medidas do comprimento do fruto deste trabalho variou de
11 cm a 19,0 cm no primeiro ciclo e de 10 cm a 19 cm no segundo ciclo (Tabela 1),
medidas estas que não atenderam às condições mínimas para exportação. Flores
(2000) encontrou valores médios variando de 11,0 cm a 17 cm semelhantes ao
deste trabalho, o mesmo acontecendo com os trabalhos de Oliveira et al. (1993),
Dantas & Soares Filho (1994) e Oliveira et al. (1994).
O diâmetro do fruto não sofreu variações significativas entre os ciclos, com
variação de 40,73 mm a 34,13 mm (Tabela 1). Flores (2000), encontrou variações
consideráveis entre os ciclos, porém os valores médios foram semelhantes ao deste
trabalho, o mesmo ocorrendo com o trabalho de Oliveira et al (1993). O diâmetro do
37
fruto é o caráter que serve como indicação do ponto de colheita do cacho (Alves,
1999).
Correlação entre os Caracteres
Os caracteres perímetro do pseudocaule, peso do cacho, peso da ráquis e
diâmetro do engaço, apresentaram correlações significativas e positivas com todos
os outros caracteres no primeiro ciclo; os caracteres, altura da planta (1º e ciclos),
perímetro do pseudocaule (2º ciclo); número de folhas vivas no florescimento (1º e 2º
ciclos), número de filhos (1º ciclo), número de folhas vivas na colheita (1º e
ciclos); peso do cacho (2º ciclo); peso da ráquis (2º ciclo), peso das pencas (1º e
ciclos), diâmetro do engaço (2º ciclo), número de pencas (1º e ciclos), número de
frutos (1º e ciclos), peso da segunda penca (1º e 2º ciclos), peso médio do fruto
(1º e ciclos), comprimento externo do fruto (1º e ciclos) e diâmetro lateral do
fruto (1º ciclo) apresentaram correlações positivas e significativas com a grande
maioria dos caracteres estudados. Para os caracteres comprimento do engaço (1º e
ciclos) e diâmetro lateral do fruto (2º ciclo) houve equilíbrio entre correlações
significativas e positivas e efeitos não significativos e, por fim, o caractere número de
filhos (2º ciclo) teve sua correlação com todos os outros caracteres estudados com
efeitos não significativos.
Obteve-se correlações de magnitudes alta (>0,7) para as correlações PCA
X PPE (1º e ciclos); PCA X PCP (1º ciclo); PPE X PSP (1º ciclo); NPE X NFR (1º
e 2º ciclos); APL X PPS (2º ciclo); PSP X PMF (2º ciclo); PMF X DLF (2º ciclo).
Obteve-se correlações de magnitudes média (0,5 - 0,7) para os caracteres
PPS X APL (1º ciclo); PCA X PRA (1º e ciclos); PCA X DEN (1º ciclo); PCA X
NFR (1º e 2º ciclos); PCA X PMF (1º ciclo); PCA X PSP (2º ciclo); PRA X CEN (1º
ciclo); PRA X DEN (1º ciclo); PRA X PPE (2º ciclo); PPE X DEN (1º ciclo); PPE X
NFR (1º e 2º ciclos); PPE X PMF ( 1º e ciclos); PPE X PSP (2º ciclo); DEN X NFR
( 1º e ciclos); DEN X NPE (2º ciclo), PSP X PMF (1º ciclo); PSP X CEF ( ciclo);
38
PMF X DLF (1º ciclo); PMF X CEF (2º ciclo). E para todos os outros caracteres
relacionados apresentaram correlações baixas (<0,5).
39
PPS NFF NFI NFC PCA PRA PPE CEN DEN NPE NFR PSP PMF CEF DLF
Ciclo 1
APL 0,50** 0,12* -0,01
ns
0,06
ns
0,26** 0,20** 0,24** 0,08
ns
0,12* 0,08
ns
0,18** 0,19** 0,23** 0,03
ns
0,18**
PPS 0,33** 0,31** 0,23** 0,46** 0,36** 0,44** 0,15** 0,44** 0,25** 0,44** 0,27** 0,19** 0,26** 0,15**
NFF 0,23** 0,36** 0,30** 0,25** 0,28** 0,05
ns
0,25** 0,22** 0,25** 0,19** 0,12* 0,14** 0,13*
NFI 0,21** 0,26** 0,23** 0,25** 0,13* 0,34** 0,25** 0,28** 0,18** 0,03
ns
0,25** 0,01
ns
NFC 0,30** 0,19** 0,29** 0,10* 0,21** 0,20** 0,19** 0,21** 0,10
ns
0,20** 0,14**
PCA 0,57** 0,99** 0,15** 0,57** 0,49** 0,66** 0,73** 0,60** 0,45** 0,40**
PRA 0,47** 0,55** 0,59** 0,29** 0,42** 0,39** 0,22** 0,23** 0,21**
PPE 0,08
ns
0,53** 0,49** 0,65** 0,73** 0,62** 0,45** 0,40**
CEN 0,29** -0,01
ns
0,04
ns
0,09
ns
0,05
ns
0,12* 0,06
ns
DEN
0,40** 0,53** 0,43** 0,18** 0,37** 0,15**
NPE 0,72** 0,23** 0,07
ns
0,30** 0,02
ns
NFR 0,34** 0,10
ns
0,29** -0,03
ns
PSP 0,67** 0,40** 0,45**
PMF 0,42** 0,66**
CEF 0,19**
Ciclo 2
APL 0,72** 0,31** -0,02
ns
0,19** 0,25** 0,22** 0,24** 0,09** 0,20** 0,22** 0,22** 0,21** 0,16** 0,14* 0,12*
PPS 0,33** 0,02
ns
0,20** 0,29** 0,30** 0,27** 0,06
ns
0,29** 0,32** 0,33** 0,19** 0,12* 0,11* 0,13*
NFF -0,04
ns
0,20** 0,14* 0,09
ns
0,14* 0,14* 0,12* 0,07
ns
0,06
ns
0,19** 0,20** 0,15** 0,23**
NFI 0,06
ns
-0,06
ns
-0,06
ns
-0,06
ns
-0,01
ns
-0,05
ns
-0,07
ns
-0,05
ns
-0,07
ns
-0,03
ns
-0,09
ns
0,02
ns
NFC 0,16** 0,18** 0,14** 0,03
ns
0,27** 0,21** 0,14* 0,07
ns
0,05
ns
-0,03
ns
0,10*
PCA 0,60** 0,99** 0,06
ns
0,38** 0,49** 0,63** 0,66** 0,49** 0,42** 0,30**
PRA 0,50** 0,23** 0,46** 0,47** 0,46** 0,36** 0,22** 0,15** 0,09
ns
PPE 0,03
ns
0,34** 0,46** 0,61** 0,66** 0,50** 0,43** 0,32**
CEN 0,09
ns
-0,12* -0,11* 0,16** 0,11* 0,17** 0,03
ns
DEN 0,52** 0,53** 0,14* 0,03
ns
-0,07
ns
0,03
ns
NPE 0,72** 0,12* 0,02
ns
-0,03
ns
-0,01
ns
NFR 0,27** 0,07
ns
0,06
ns
-0,01
ns
PSP 0,77** 0,66** 0,48**
PMF 0,65** 0,72**
CEF 0,40**
** e * significativo a 1 e 5%, respectivamente, pelo teste de t.
ns
não-significativo.
Tabela 3.
Coeficientes de correlação de Pearson para os ciclo 1 e 2.
4
0
CONCLUSÕES
De maneira geral, houveram correlações dias, positivas e significativas
entre os caracteres.
As correlações entre o peso do cacho e peso das pencas, peso do cacho e
peso da segunda penca, peso das pencas e peso da segunda penca, número de
pencas e número de frutos, altura da planta e perímetro do pseudocaule, peso da
segunda penca e peso médio do fruto e diâmetro lateral do fruto apresentaram
valores elevados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada variável avaliada apresenta faixas de classificação dos coeficientes
de variação específica.
As variáveis diâmetro do fruto, diâmetro do pseudocaule, número de
pencas e comprimento do fruto apresentaram os menores valores de coeficientes de
variação.
As variáveis peso do cacho, peso do fruto e peso da penca apresentaram
os maiores valores de coeficientes de variação.
De maneira geral, houveram correlações dias, positivas e significativas
entre os caracteres, sendo que as correlações entre o peso do cacho e peso das
pencas, peso do cacho e peso da segunda penca, peso das pencas e peso da
segunda penca, número de pencas e número de frutos, altura da planta e perímetro
do pseudocaule, peso da segunda penca e peso médio do fruto e diâmetro lateral do
fruto apresentaram valores elevados.
46
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