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público, quer dizer ações que hoje o Ministério da Saúde preconiza como: Humanização do
parto, o relaxamento o controle da dor por parto normal, já faço isso há muito tempo e acho
que passei isso para alguns alunos que se interessaram pela área, eu desenvolvi um trabalho
bastante voltado para a questão do aleitamento materno, que são 24 anos exatamente, coinci-
de com a minha primeira gravidez também , que eu passei a me interessar mais pelas pessoas
do aleitamento materno e também foi uma área em que houve um significativo crescimento
com ações e desenvolvimento de vários atores de diferentes segmentos, o assunto aleitamento
não é um assunto que pertence só ao pediatra, ao obstetra, ao ginecologista, é um assunto que
envolve qualquer profissional da área de saúde, e com isso as ações pedagógicas sempre a-
companhavam esse movimento da saúde paralela com as ações de educação, embora, nós não
percebêssemos até bem pouco tempo essa intenção do Ministério da educação de estar for-
mando um profissional de saúde que estivesse em consonância com as ações de saúde imple-
mentada no país, só a partir do final do governo do Fernando Henrique mais no início do
governo Lula, é que começou a haver uma preocupação manifesta, quando em 2002, com a
liberação das diretrizes curriculares, o profissional de saúde tinha que estar apto para trabalhar
com as questões da saúde pública, também a gente pode atribuir ao próprio papel do profis-
sional de fisioterapia, que era sempre vista como profissional de reabilitação, então não se
tinha essa idéia ou a dimensão da necessidade de uma intervenção precoce em relação a pro-
moção, a prevenção de saúde, embora nós fizéssemos com a questão do aleitamento, as ações
com as gestantes e tudo mais, mas, ele não estava explicitamente declarado, e hoje em dia nós
temos profissionais e aí, com a questão do mestrado, eu passei a estar mais fazendo orienta-
ções de trabalhos acadêmicos, na supervisão de estágio, e atualmente eu estou no Programa
de Saúde da Família, fazendo não só fazendo as ações de promoção de saúde, mas também
fazendo, atendendo uma parcela da população e que é a que mais precisa de nossos atendi-
mentos, que é o paciente acamado domiciliar, é aquele que mora no local de difícil acesso que
não tem condições de ter um acesso de carro, até por conta da realidade geográfica do muni-
cípio, é muito morro, então quem não pode pagar um atendimento particular é porque mora
num local em que o carro, o táxi, a ambulância não chegam e aí fica preso e limitado ao seu
espaço físico, então nós vamos com os alunos, fazemos a visita domiciliar e além disso, nós
também fazemos outras ações, porque a fisioterapia não é só a questão do atendimento da
saúde pública , mas atendemos também um outro segmento com uma prática que no municí-
pio ela é inovadora, porque nós fazemos atendimento ambulatorial fora do espaço da clínica
que é numa piscina, num local que a Universidade mantém conveniado, e lá nós fazemos
promoção de saúde, com grupos de hipertensos e diabéticos, pacientes ortopédicos, neuroló-
gicos, reumatológicos e toda essa demanda é do serviço público, então não tem um paciente
que poderia estar custeando o tratamento, a posição é precisar daquilo, é não ter condição de
pagar, às vezes a dificuldade é até maior quando o paciente não tem passe, temos custear o
transporte, acho que nesse tempo todo, nós estamos evoluindo, conforme o momento está
ditando, as nossas ações são sempre em consonância com as orientações do MEC do Ministé-
rio da Saúde, atualmente a gente tem participado da ABENFISIO, que é Associação Brasilei-
ra de Ensino em Fisioterapia, que inclusive orienta e regulamenta as atividades dos profissio-
nais docentes, tudo sempre uma consonância muito grande junto ao Conselho de Fisioterapia ,
mesmo porque a presidente do Conselho de Fisioterapia da 2ª região que é o estado do Rio e
o Espírito Santo, é uma ex-aluna nossa a R.B uma que formou na turma de 1978, e isso nos dá
uma proximidade muito grande de estarmos articulando, tendo um pensamento coletivo para
a formação de profissionais que vão atender a demanda nacional e a gente passa a ver o paci-
ente pela visão tecnicista, uma atuação dicotomizada, uma atuação mais integrada, mais ple-
na, muito multidisciplinar, na questão do PSF, a gente tem essa oportunidade, a médica, a
enfermagem, os agentes de saúde, nós temos também parceria com a Fundação Municipal de
Saúde onde os alunos fazem estágio no Hospital Universitário que também tem curso de me-