minha, ou se foi culpa da escola, não adianta olhar o passado. Nós temos que
trabalhar daqui pra frente, né. Então, vamos fazer um trabalho individual com ele,
extra, paralelo, né, mas eu não posso forçá-lo, se eu vejo que ele não tem
condições, né, tá. Então, não existe isso de português proibido. Mas claro que, se
é um pré-avançado, como tem um grupo agora, né, um intermediário 2, tem que
ser 100% em Inglês. Até assim, a nossa meta é fazer, no básico 2 já, toda a aula
em Inglês, né. Então, no básico 1, ainda se aceita o português, mas, no básico 2,
não porque o que o aluno tem que falar em aula é aquela classroom language,
que eles já tão sabendo há muito tempo, e o conteúdo novo, que isso é o que ele
tá aprendendo, então, ele tem condições de usar. Então, evita-se conversas
paralelas, né, que não sejam do assunto da aula, pra que eles não falem em
português.
Pq: Que papéis são desempenhados pelos sujeitos envolvidos, no caso,
alunos e professores, durante o processo, durante o ensino e aprendizagem
de Inglês, de acordo com a abordagem que vocês utilizam, a abordagem
comunicativa, como tu vês o papel do aluno, principalmente, seguindo essa
abordagem, na tua escola, durante as aulas?
Manuela: Bom, eu já comentei, só pra reforçar, né. Nós temos uma opening class,
onde a gente coloca qual é o papel da escola, o papel do professor, o papel do
aluno, né. Então, ele já começa tendo ouvido, mesmo que não tenha incorporado,
vamos dizer assim, qual é o papel dele, né. E ele sempre coloca, no primeiro dia
de aula, as metas, os objetivos dele, no papel, e, no meio do semestre, quando a
gente faz aquela avaliação, me esqueci de comentar, a gente entrega esse papel
pra ele. Ele vai avaliar aquilo ali, se ele tá conseguindo atingir aquilo ali, se ele não
tá e por quê. E, conforme a resposta, a gente conversa com ele depois, pra ver de
que forma, o que que ele acha. Então, sempre existe essa troca, né, professor-
aluno, não é o professor...
(troca de fita)
Manuela: Então, essa folhinha, a gente guarda durante todo o semestre, devolve
ao aluno, no meio do semestre, pra ele verificar como é que tá o processo de
aprendizagem dele, né, se ele tem alguma coisa a sugerir, a questionar, enfim. No
final do semestre, a gente entrega pra eles, né, e é muito bom de ver, assim, “eu
realmente consegui isso”, como que tu te vês agora, né, em relação a quando tu
começaste aqui. Então, ele participa 100%, ele é um agente da aprendizagem,
com certeza, né. Então, pra ele, a gente procura passar isso pra ele, né, e a gente
tem uma política também de homework - é pra aquele dia e não é pro seguinte,
né. Então, é muito legal, porque eles vêm, principalmente, os novos, eles vêm no
dia certo, com tudo prontinho, né, têm alguns, assim, os mais antigüinhos, né, que
continuam tentando, né, mas a gente acaba, o quê, descontando, né. Então, a
gente procura ser bem rígida nessa questão, assim, da avaliação, do homework. É
o comprometimento, então, eu acho, assim, que o nosso aluno, ele se
compromete bastante, né, e também, assim, com questões que a gente
desenvolve aqui dentro, não só em sala de aula, mas campanhas que a gente já
fez, de paz, que eles aderiram em massa, praticamente, atividades extras que a
gente faz, eles participam, né. Então, a gente acha, assim, que a gente tá
conseguindo incutir isso na cabeça deles, que eles também têm que participar
desse processo, quer seja lendo coisas em casa, trazendo coisas pra aula. A