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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
APLICAÇÃO DA ANÁLISE GRÁFICA NO MERCADO DE OPÇÕES
André Ricardo Adamo Idoeta
Orientadora: Profª. Drª. Alessandra de Ávila Montini
SÃO PAULO
2009
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Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Profª. Drª. Suely Vilela
Reitora da Universidade de São Paulo
Prof. Dr. Carlos Roberto Azzoni
Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Prof. Dr. Isak Kruglianskas
Chefe do Departamento de Administração
Prof. Dr. Lindolfo Galvão de Albuquerque
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração
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ANDRÉ RICARDO ADAMO IDOETA
APLICAÇÃO DA ANÁLISE GRÁFICA NO MERCADO DE OPÇÕES
Dissertação apresentada ao Departamento de
Administração da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade
de São Paulo como requisito para a obtenção do
título de Mestre em Administração de Empresas.
Orientadora: Profª. Drª. Alessandra de Ávila Montini
SÃO PAULO
2009
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Seção de Processamento Técnico do SBD/FEA/USP
Idoeta, André Ricardo Adamo
Aplicação da análise gráfica no mercado de opções / André
Ricardo Adamo Idoeta. – São Paulo, 2009.
203 p.
Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, 2009
Bibliografia.
1. Ações 2. Opções financeiras 3. Análise gráfica (Investimentos)
I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade. II. Título.
CDD – 332.63
ii
À Mayra
que fez parte desta conquista
iii
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, professora Alessandra, pelas valiosas sugestões para o
desenvolvimento do texto e por me guiar pelos melhores caminhos.
Ao Prof. Dr. Marco Antonio de Barros Penteado que, através de seus estudos e de uma
aula generosa, foi meu primeiro contato com a Análise Gráfica.
A dois grandes amigos, Allysson Carbonera e Fábio Oliveira, que compartilharam
comigo o interesse pela Análise Gráfica e contribuíram para o meu desenvolvimento no
tema.
À minha família e aos meus amigos, pela torcida.
À Mayra, minha namorada, pessoa mais presente nos momentos delicados do
desenvolvimento deste estudo, por me dar a energia e a motivação necessárias quando
elas já pareciam extintas.
Aos meus irmãos, Paula e Fábio, pelos exemplos de competência e de caráter que deles
recebi desde sempre.
Aos meus pais, Mariângela e Carlos, pela eterna dedicação às minhas formações pessoal,
acadêmica e profissional.
Muito obrigado
iv
“Você pode ser livre. Você pode viver e
trabalhar em qualquer lugar do mundo.
Você pode ser independente em relação à
rotina e não prestar contas a ninguém.”
Dr. Alexander Elder
v
RESUMO
A versatilidade do mercado de opções o torna atrativo para diversos perfis de investidores.
Especuladores e hedgers dispõem de uma grande variedade de estratégias e conseguem
modelar uma relação risco-retorno apropriada para o seu perfil de investimento. Operar nesse
mercado, no entanto, exige do investidor muito cuidado em suas análises, que uma
operação malsucedida pode ter um efeito muito mais desastroso do que no mercado à vista.
Surge, então, o interesse no uso da Análise Gráfica, como uma poderosa ferramenta de
reconhecimento de tendências, para a identificação de melhores oportunidades de operação. O
objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência da aplicação da Análise Gráfica no mercado de
opções. A estratégia adotada foi a de realizar operações com opções a partir da Análise
Gráfica dos ativos no mercado à vista. Foram estudadas séries históricas das cotações da
Petrobras PN (2004 a 2008), Telemar PN (2004 a 2006) e Vale do Rio Doce PNA (2006 a
2008). Foram identificadas 79 oportunidades de operação e seus resultados variaram entre um
prejuízo de 95,72% e um lucro de 801,96%. Os resultados sugerem que operar no mercado de
opções a partir da Análise Gráfica dos ativos no mercado à vista pode ser uma estratégia
muito lucrativa, desde que alguns cuidados fundamentais sejam tomados para amenizar a
exposição ao grande risco imposto pelas operações com opções.
vi
ABSTRACT
The versatility of the options market makes it attractive to investors of various profiles.
Speculators and hedgers hold a great variety of strategies and manage to model an
appropriate risk-return relationship which fits their investment profile. Nevertheless, in order
to trade in this market, an investor must be very careful in his analysis, once an unsuccessful
trade might have a much more disastrous effect than in the stock market. It comes to light,
then, the interest in the usage of the Technical Analysis as a powerful tool for spotting trends
in order to identify the best trade opportunities. The objective of this study was to evaluate the
efficiency of the application of the Technical Analysis in the options market. The adopted
strategy was to trade options based on the Technical Analysis of its underlying instrument. A
variety of historical prices of Petrobras PN (2004 to 2008), Telemar PN (2004 to 2006) and
Vale do Rio Doce PNA (2006 to 2008) were studied. Seventy-nine trade opportunities were
identified and their results varied from a 95.72% loss to an 801.96% profit. The results
suggest that trading in the options market based on the Technical Analysis of its underlying
instrument might be a very profitable strategy, provided that some fundamental precautions
are taken in order to minimize the exposure to the great risk presented by the options trading.
SUMÁRIO
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................. 3
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
1.1 O mercado de opções ................................................................................................... 7
1.2 A Análise Gráfica ......................................................................................................... 8
1.3 Objetivo ...................................................................................................................... 10
1.4 Justificativa ................................................................................................................ 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 11
2.1 Análise Gráfica .......................................................................................................... 11
2.1.1 Conceito ................................................................................................................... 11
2.1.2 Teoria de Dow .......................................................................................................... 12
2.1.3 Gráficos .................................................................................................................... 15
2.1.3.1 Gráfico de Barras ............................................................................................. 15
2.1.3.2 Candlestick ....................................................................................................... 17
2.1.4 Tendências ................................................................................................................ 18
2.1.5 Suporte e Resistência ............................................................................................... 19
2.1.6 Força de uma linha de tendência .............................................................................. 20
2.1.7 Volume ..................................................................................................................... 21
2.1.8 Padrões gráficos ....................................................................................................... 22
2.1.8.1 Padrões de Continuação ................................................................................... 22
2.1.8.2 Padrões de Reversão ......................................................................................... 25
2.1.9 Indicadores ............................................................................................................... 26
2.1.9.1 Rastreadores ..................................................................................................... 26
2.1.9.2 Osciladores ....................................................................................................... 29
2.2 Mercado de opções ..................................................................................................... 31
2.2.1 Introdução ................................................................................................................. 31
2.2.2 Conceitos básicos ..................................................................................................... 32
2.2.3 Notação ..................................................................................................................... 33
2.2.4 Classificação das séries de opções ........................................................................... 34
2.2.5 Apreçamento ............................................................................................................ 35
2.2.5.1 Valor de uma opção .......................................................................................... 35
2.2.5.2 Modelo Black & Scholes (B&S) ...................................................................... 37
2.2.6 Estratégias ................................................................................................................ 38
2.2.6.1 Estratégias básicas ............................................................................................ 39
2.2.6.1.1 Long Call .................................................................................................... 39
2.2.6.1.2 Long Put ..................................................................................................... 40
2.2.6.1.3 Short Call ................................................................................................... 40
2.2.6.1.4 Short Put ..................................................................................................... 41
2.2.6.2 Estratégias compostas ...................................................................................... 41
2.2.6.2.1 Vertical Bull Call Spread ........................................................................... 41
2.2.6.2.2 Vertical Bear Put Spread ........................................................................... 42
2.2.6.2.3 Long Straddle ............................................................................................. 42
2.3 Análise Gráfica aplicada ao mercado de opções ........................................................ 43
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 47
3.1 Descrição .................................................................................................................... 47
3.1.1 Escolha da opção ...................................................................................................... 48
3.1.1.1 Preço de exercício ............................................................................................ 48
2
3.1.1.2 Mês de vencimento ........................................................................................... 48
3.1.2 Proventos .................................................................................................................. 49
3.2 Escopo da pesquisa .................................................................................................... 49
3.2.1 Período ..................................................................................................................... 49
3.2.2 Ativos ....................................................................................................................... 49
4 APLICAÇÃO E RESULTADOS ................................................................................... 53
4.1 Petrobras PN .............................................................................................................. 56
4.2 Telemar PN ................................................................................................................ 68
4.3 Vale do Rio Doce PNA .............................................................................................. 74
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 83
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 85
APÊNDICES ............................................................................................................................ 89
3
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Exemplo de Gráfico de Barras – Petrobras PN (01/10/2008 a 30/12/2008) ......... 16
Gráfico 2 – Exemplo de Candlestick – Petrobras PN (01/10/2008 a 30/12/2008) .................. 17
Gráfico 3 – Linha de Tendência de Alta – Petrobras PN (01/08/2007 a 31/01/2008) ............. 18
Gráfico 4 – Linha de Tendência de Baixa – Telemar PN (01/06/2005 a 30/09/2005) ............ 19
Gráfico 5 – Suporte e Resistência – Petrobras PN (01/09/2004 a 28/02/2005) ....................... 19
Gráfico 6 – Inversão entre suporte e resistência – Telemar PN (02/05/2007 a 31/01/2008) ... 20
Gráfico 7 – Preços com volume – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 29/08/2008) ......... 22
Gráfico 8 – Preços com MM21 – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008) .......... 27
Gráfico 9 – Preços com MACD – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008) ......... 29
Gráfico 10 – Preços com IFR – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008) ............. 30
5
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 – Tendência de alta e tendência de baixa ............................................................. 14
Ilustração 2 – Barra de alta e barra de baixa ............................................................................ 16
Ilustração 3 – Vela de alta e vela de baixa ............................................................................... 17
Ilustração 4 – Retângulos de alta e de baixa ............................................................................ 23
Ilustração 5 – Bandeiras de alta e de baixa .............................................................................. 24
Ilustração 6 – Flâmulas de alta e de baixa ................................................................................ 24
Ilustração 7 – Ombro-cabeça-ombro ........................................................................................ 25
Ilustração 8 – Diagrama risco-retorno da Long Call ................................................................ 39
Ilustração 9 – Diagrama risco-retorno da Long Put ................................................................. 40
Ilustração 10 – Diagrama risco-retorno da Short Call ............................................................. 40
Ilustração 11 – Diagrama risco-retorno da Short Put ............................................................... 41
Ilustração 12 – Diagrama risco-retorno da Vertical Bull Call Spread ..................................... 41
Ilustração 13 – Diagrama risco-retorno da Vertical Bear Put Spread ..................................... 42
Ilustração 14 – Diagrama risco-retorno da Long Straddle ....................................................... 42
7
1 INTRODUÇÃO
1.1 O mercado de opções
“Lucros fabulosos, perdas limitadas”. Esse é o título do capítulo inaugural do livro The
Option Game(O Jogo das Opções), de Kenneth B. Platnick (1975). E é exatamente assim
que Platnick descreve o mercado de opções, como um jogo. O jogador aposta na subida ou na
queda de uma determinada ação e, se estiver errado, perde tudo o que apostou. Acertar a
tendência, entretanto, rende ao jogador um lucro muitas vezes maior do que a quantia
apostada. Platnick usa uma boa dose de euforia nas palavras, sugerindo que o mercado de
opções oferece ao investidor tudo aquilo que ele sempre quis: possibilidades de lucros rápidos
e fabulosos, a troco de um risco limitado.
Thompkins (1994) compara o mercado de opções com a roleta de um cassino. O risco do
apostador se limita ao valor da ficha que ele coloca na mesa, em troca da oportunidade de um
ganho significativamente maior do que a quantia apostada.
Elder (2006) mostra um lado bem mais perverso desse mercado. Ele argumenta que um
investimento em que se arrisca 100% do capital não pode ser considerado um investimento de
risco limitado. Ele também afirma tratar-se de um jogo, comparando a compra de opções com
a compra de um bilhete de loteria. Em ambos os casos o apostador arrisca todo o capital
investido na esperança de um ganho significativamente maior.
Para ter sucesso no mercado de ações, segundo Elder, o investidor precisa acertar na escolha
da ação, na amplitude de sua movimentação e no tempo que a ação levará para atingir o preço
previsto. Errar em apenas um desses três pilares resultará em prejuízo. Essa tripla
complexidade do mercado faz dele um jogo mortal. Elder classifica as promessas de ganhos
ilimitados com riscos limitados como “o canto das sereias” e afirma que operadores
experientes compram opções apenas em situações especiais, que ocorrem com pouca
frequência, normalmente com o intuito de reduzir riscos.
8
Essa visão do “tudo ou nada” é, para Augen (2008), a grande deficiência na bibliografia sobre
este mercado. Ele acredita que grande parte dos autores peca ao avaliar um investimento em
opções simplesmente pela relação risco-retorno que ele oferece na data de vencimento das
opções. Segundo Augen, as posições devem ser acompanhadas e ajustadas do primeiro ao
último dia, a fim de se aproveitar ao máximo as acentuadas oscilações de preços sofridas
pelas opções.
O mercado de opções é dono de uma versatilidade não encontrada em outros mercados. O
grande número de estratégias que se pode formar combinando posições compradas e vendidas
o torna atrativo tanto para especuladores quanto para hedgers (Daigler, 1994).
Do ponto de vista dos hedgers, o mercado de opções oferece diversas alternativas para
modelar a relação risco-retorno de um investimento de acordo com sua necessidade a um
custo muito reduzido (Daigler, 1994).
Para os especuladores, o mercado de opções permite o controle de grandes posições a partir
de pequenos desembolsos de caixa (alavancagem). A um custo muito reduzido, um
especulador consegue iniciar uma posição que pode trazer um retorno acentuado no caso de
uma previsão acurada sobre a situação do mercado à vista (Daigler, 1994).
Não há, no entanto, uma fórmula mágica para se faturar milhões de dólares com opções. O
caminho do sucesso nesse mercado é um bom palpite sobre o comportamento futuro do ativo-
objeto.
Nesse contexto surge o interesse sobre a Análise Gráfica como uma boa ferramenta de
identificação de tendências de preços dos ativos.
1.2 A Análise Gráfica
A Análise Gráfica utiliza os gráficos de preços e o volume de negociação dos ativos com o
objetivo de identificar tendências de comportamento do preço desses ativos. Ao contrário da
escola fundamentalista, os grafistas não avaliam o contexto macroeconômico e político,
9
balanços de empresas ou informações setoriais. A escola grafista parte do princípio que o
preço de um ativo reflete toda a informação relevante sobre ele, não havendo a necessidade de
conhecer detalhes dos fundamentos das empresas.
Penteado (2003) demonstrou a eficiência da Análise Gráfica aplicada no mercado de ações
brasileiro. Ele estudou séries históricas de nove papéis negociados na Bovespa, além do
próprio índice iBovespa, por um período de oito anos. Seus resultados apontaram que 75,2%
dos sinais (de reversão ou de confirmação de tendência) identificados se revelaram
verdadeiros.
A Análise Técnica sobre gráficos de preços de opções, no entanto, provoca erros de
interpretação. Opções de compra (venda) com preço de exercício muito maior (menor) do que
o valor atual do ativo-objeto, aproximando-se do vencimento, tendem ao seu valor intrínseco
de zero e apresentam variações de preço cada vez menores. Por outro lado, quanto menor
(maior) for o preço de exercício de uma opção de compra (venda), mais suas variações de
preço refletirão a variação do ativo-objeto. Essas particularidades causadas pela passagem do
tempo e pelo preço de exercício tornam inútil qualquer tentativa de reconhecimento de
padrões gráficos ou de uso de indicadores técnicos aos preços de opções (SHALEEN, 1992).
Shaleen (1992) propõe, então, que toda a Análise Técnica seja aplicada aos preços do ativo-
objeto, não ao preço das opções. Dependendo do resultado apresentado pela análise do ativo
no mercado à vista, uma grande variedade de estratégias pode ser seguida operando no
mercado de opções.
As análises de Shaleen são feitas quase que exclusivamente em gráficos diários. O ativo-
objeto varia a cada estudo de caso, entre contratos futuros, índices e ações. Ele destaca a
necessidade de, uma vez iniciada uma posição, se fazer um acompanhamento cuidadoso do
ativo-objeto e, se necessário, tomar ações corretivas, adaptando a relação risco-retorno da
posição à nova situação do mercado.
Shaleen explora um grande número de estratégias através de estudos de casos, mostrando as
situações mais indicadas para o uso de cada uma delas e eventuais ações corretivas que podem
ser tomadas. Ele oferece, inclusive, exemplos onde o preço do ativo-objeto se comporta de
forma não esperada, forçando o investidor a liquidar a posição e realizar um prejuízo.
10
1.3 Objetivo
O objetivo deste estudo é avaliar a eficiência da aplicação da Análise Gráfica no mercado de
opções. Para isso serão utilizados os indicadores gráficos IFR, MACD e as médias móveis,
além das linhas de tendência, suporte e resistência, na busca de sinais de confirmação ou de
reversão de tendências nos gráficos de preços dos ativos no mercado à vista e, com base
nesses sinais, serão emitidas ordens de compra no mercado de opções.
1.4 Justificativa
A natureza extremista das operações com opções (risco e retorno elevados) torna o
reconhecimento das tendências de preço dos ativos ainda mais importante do que nas
operações no mercado à vista. A acurácia da análise pode ser a diferença entre um lucro
extraordinário ou a perda total.
É justamente o reconhecimento precoce de tais tendências o objetivo principal da Análise
Gráfica. Surge, então, o interesse em se aplicar a Análise Gráfica como ferramenta de decisão
sobre as operações no mercado de opções.
11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Análise Gráfica
2.1.1 Conceito
A Análise Gráfica é o estudo da evolução dos preços de mercado dos ativos ao longo do
tempo (PENTEADO, 2008). Ela assume que todas as informações relevantes para a análise do
mercado (fatores macroeconômicos e políticos, balanços das empresas, informações setoriais)
estão refletidas no preço dos ativos, isentando o analista da necessidade de uma análise
cuidadosa dos demais fatores de mercado. O grafista, portanto, não se preocupa com os
motivos que levam o preço de um ativo a subir ou cair, mas procura reconhecer as tendências
nos comportamentos do mercado para identificar a hora certa de comprar ou vender.
Para Edwards e Magee (2001) a Análise Gráfica é a ciência de registrar a história das
transações do mercado na forma gráfica e, a partir do quadro formado, identificar prováveis
tendências futuras de comportamento.
Murphy (1986) a define como sendo um estudo da ação do mercado baseado no passado, na
psicologia humana e na lei das probabilidades, através do uso de gráficos.
Para Noronha (2006), a Análise Gráfica usa registros gráficos multiformes associados a
formulações matemático-estatísticas para, através de padrões que se repetem, projetar o
comportamento futuro dos preços, seguindo uma lógica probabilística.
Botelho (2003) afirma tratar-se de uma arte, que procura interpretar o comportamento atual da
massa para tentar identificar quais são, ou quais serão as forças predominantes do mercado.
Pring (2002) a define como a arte de identificar a formação de uma tendência em seu estágio
inicial e usufruir dela até que as evidências mostrem que ela se reverteu.
12
A Análise Gráfica tem como principais objetivos auxiliar o analista a reconhecer tendências
(de alta ou de baixa) na evolução dos preços de um ativo e identificar, com alguma
antecedência, reversões de tais tendências.
Na bibliografia sobre o tema, é muito comum encontrarmos a máxima “O PREÇO
DESCONTA TUDO”. Isso significa que a opinião de muitos analistas de mercado sobre o
valor de um ativo, as esperanças, medos, suposições e humores de centenas de potenciais
compradores e vendedores, suas necessidades e seus recursos, tudo isso está refletido no preço
(EDWARDS; MAGEE, 2001).
O preço, no entanto, não é a única informação usada pelo grafista em sua análise. O volume
de negociações também é de extrema importância, além do número de contratos em aberto, no
caso do mercado de opções e futuros.
Segundo Penteado (2008), a Análise Gráfica como é conhecida hoje tem sua origem
diretamente ligada à Teoria de Dow.
A Análise Gráfica é também conhecida por Análise Técnica e, ao longo deste texto, ambos os
termos serão usados sem distinção de significado.
2.1.2 Teoria de Dow
A Teoria de Dow, segundo Noronha (2006), é a espinha dorsal não apenas da análise dos
gráficos de barras, foco principal deste trabalho, mas de todos os estudos técnicos sobre o
mercado.
Sua autoria é creditada a Charles Henry Dow, embora a teoria tenha recebido seu nome
apenas após a sua morte.
Ao lado de Edward Jones, em 1882, Charles Dow fundou a Dow Jones & Company, com a
finalidade de divulgar cotações de ações e notícias sobre o mercado financeiro de Nova York.
Juntos, eles foram os primeiros editores do Wall Street Journal, fundado em 1889 (LEITE;
SANVICENTE, 1995).
13
Segundo Edwards e Magee (2001), os trabalhos de Dow não tinham a pretensão de predizer o
comportamento do mercado de ações ou de servir de guia para investidores, mas de criar um
barômetro da tendência geral dos negócios.
Com essa intenção ele criou o primeiro índice (média de cotações) de que se tem notícia, o
Dow Jones Transportation Avarage (DJTA), publicado em 1884. O DJTA era composto de
ações de 11 companhias, sendo nove ferroviárias e duas industriais. Em 1897, esse índice foi
dividido em dois índices diferentes, um composto por 20 ações de companhias ferroviárias e
outro, o Dow Jones Industrial Avarage (DJIA), composto por 12 ações de companhias
industriais. Em 1928, o DJIA passou a ser formado por 30 ações e assim permanece até os
dias de hoje (MURPHY, 1986).
Dow não chegou a escrever um livro sobre sua teoria. Foi em uma série de editoriais do Wall
Street Journal que ele enunciou os princípios daquela que, apenas após sua morte, ficaria
conhecida como a Teoria de Dow. A formulação da teoria como a conhecemos hoje é
creditada a William P. Hamilton, sucessor de Dow como editor do jornal, que ao longo de 27
anos escrevendo sobre o mercado de ações, organizou e compilou os trabalhos de Dow e, em
1922, os publicou em seu livro The Stock Market Barometer (PENTEADO, 2003).
Murphy (1986) destaca os seis princípios que se seguem como sendo os princípios básicos da
Teoria de Dow:
O índice desconta tudo
É a premissa básica do estudo técnico do mercado. Todos os fatores potencialmente influentes
na oferta e na demanda estão refletidos nos índices de mercado. A exceção é feita aos “atos
divinos” (desastres naturais) que, embora não possam ser previstos pelo mercado, são
prontamente assimilados pelos índices.
O mercado tem três tendências
De acordo com Dow, uma tendência de alta existe enquanto os picos e vales sucessivos forem
mais altos do que os anteriores. Analogamente, uma tendência de baixa existe enquanto os
picos e vales forem mais baixos que os anteriores. Em outras palavras, uma tendência de alta
14
é uma sucessão de picos e vales crescentes e uma tendência de baixa é uma sucessão de picos
e vales decrescentes (Ilustração 1).
Ilustração 1 – Tendência de alta e tendência de baixa
FONTE: PENTEADO, 2008
Dow dividiu as tendências do mercado em três categorias diferentes: primárias, secundárias e
terciárias. As tendências primárias têm duração superior a um ano, podendo durar vários anos.
As tendências secundárias, de duração entre três semanas e três meses, representam correções
das tendências primárias. Elas oscilam dentro da tendência primária e podem corrigir de um a
dois terços da mesma. As tendências terciárias representam flutuações de curto prazo dentro
da tendência secundária. Elas normalmente duram menos de três semanas.
Esse princípio da Teoria de Dow serviu como base para a Teoria das Ondas de Elliott
1
, no
final da década de 1940.
Tendências primárias têm três fases
Tendências primárias, tanto de alta como de baixa, podem ser divididas em três fases.
No caso de uma tendência de alta, a primeira fase, a acumulação, é o momento em que os
investidores bem informados entram no mercado, normalmente após um período de baixas
sucessivas. A segunda fase ocorre quando os investidores seguidores de tendência,
incentivados pelas altas ocorridas durante a fase de acumulação, resolvem entrar no mercado,
acelerando o ritmo de elevação dos preços. A terceira fase é chamada de distribuição e é
caracterizada pelo aumento da participação pública no mercado, impulsionada por um cenário
econômico bastante otimista. É durante essa fase que os investidores bem informados, que
acumularam posições quando a demanda era baixa, começam a distribuir no momento de
demanda elevada.
1
Informações sobre a Teoria das Ondas de Elliott em Noronha (2006), Pring (2002) e Murphy (1986).
15
As tendências de baixa seguem o mesmo princípio, porém com as direções invertidas.
Os índices devem confirmar um ao outro
Esse princípio se refere aos índices Industrial e Ferroviário. Segundo Dow, sinais relevantes
de alta ou de baixa seriam sempre confirmados pelos dois índices de mercado que ele criou.
O volume deve confirmar a tendência
Para confirmar a tendência, o volume deve ser crescente na direção da tendência principal
(primária). Na tendência primária de alta, o volume de negociações é crescente quando os
preços sobem e cai durante as correções da tendência. Na tendência de baixa, o volume cresce
quando os preços caem e diminui durante as correções.
Uma tendência dura até sinais definitivos de reversão
Durante uma tendência primária, oscilações no sentido oposto não representam
necessariamente uma reversão de tendência, mas podem ser apenas uma correção (tendência
secundária).
2.1.3 Gráficos
A Análise Técnica possui algumas variantes, cada uma utilizando um tipo diferente de
gráfico. Os gráficos mais conhecidos são o Gráfico de Barras, o Candlestick e o Gráfico
Ponto-Figura. Por serem de maior interesse para este trabalho, apresentaremos a seguir apenas
os dois primeiros.
2.1.3.1 Gráfico de Barras
O gráfico de barras é uma forma bastante simples de representar os quatro valores mais
relevantes para a Análise Técnica: o preço de abertura, de fechamento, o preço mínimo e o
máximo de um determinado ativo.
Cada barra vertical representa em suas extremidades a mínima e a máxima atingida pela ação.
Um pequeno traço à esquerda da barra representa o valor de abertura e um traço à direita
indica o valor de fechamento.
16
A Ilustração 2 mostra exemplos de uma barra de alta (fechamento acima da abertura) e de
uma barra de baixa (fechamento abaixo da abertura).
Ilustração 2 – Barra de alta e barra de baixa
É importante ressaltar que uma barra pode representar qualquer período de negociação (um
dia, uma semana, um mês, 15 minutos, 30 minutos e etc). Portanto, se estivermos analisando
um gráfico diário, cada barra representa os valores de abertura e de fechamento, a mínima e a
máxima de uma determinada ação (ou índice) durante um dia de negociação. Se analisarmos
um gráfico intraday de 120 minutos, por exemplo, cada barra representa um período de 120
minutos de negociação.
Gráfico 1 – Exemplo de Gráfico de Barras – Petrobras PN (01/10/2008 a 30/12/2008)
O Gráfico 1 é um exemplo de um gráfico diário de barras. Ele mostra as cotações das ações
preferenciais da Petrobras durante o último trimestre de 2008. Cada barra no gráfico
representa um dia de negociações.
17
2.1.3.2 Candlestick
O Candlestick (ou Candelabro Japonês) é construído de forma muito semelhante ao Gráfico
de Barras. Ele representa em cada barra (ou cada vela) os mesmos quatro valores
representados por uma barra do Gráfico de Barras. A diferença é que os valores de abertura e
fechamento são interligados, formando um retângulo. Esse retângulo é chamado de corpo da
vela e é preenchido com uma determinada cor para as velas de alta e outra cor para as velas de
baixa. A Ilustração 3 mostra um exemplo onde a cor branca foi usada para a vela de alta e a
cor preta para a vela de baixa.
Ilustração 3 – Vela de alta e vela de baixa
Assim como no Gráfico de Barras, cada vela do Candlestick pode representar qualquer
período de negociação.
Gráfico 2 – Exemplo de Candlestick – Petrobras PN (01/10/2008 a 30/12/2008)
O Gráfico 2 mostra um exemplo de um Gráfico Candlestick. Ele apresenta os mesmos dados
exibidos pelo Gráfico 1, ou seja, as cotações diárias (cada vela representa um dia de
negociações) das ações preferenciais da Petrobras durante o último trimestre de 2008.
18
Observando os dois gráficos nota-se como são semelhantes essas duas representações. Essa
semelhança permite ao analista gráfico aplicar as mesmas técnicas de análise a qualquer um
dos gráficos, sem prejudicar a qualidade da análise.
2.1.4 Tendências
Segundo Murphy (1986), tendência nada mais é do que a direção na qual o mercado se move.
O mercado, entretanto, não se move em uma tendência linear, mas em uma série de
ziguezagues, que formam no gráfico pontos de máximos e mínimos facilmente identificáveis.
A direção desses pontos define a tendência do mercado.
Uma tendência de alta é definida por uma linha reta traçada por mínimos (ou fundos)
crescentes no tempo. Essa linha é denominada Linha de Tendência de Alta, ou LTA. O
Gráfico 3 mostra um exemplo de uma LTA.
Gráfico 3 – Linha de Tendência de Alta – Petrobras PN (01/08/2007 a 31/01/2008)
Uma tendência de baixa é definida por uma linha reta traçada por máximos (ou picos)
decrescentes no tempo. Essa linha é denominada Linha de Tendência de Baixa, ou LTB. O
Gráfico 4 mostra um exemplo de uma LTB.
19
Gráfico 4 – Linha de Tendência de Baixa – Telemar PN (01/06/2005 a 30/09/2005)
2.1.5 Suporte e Resistência
Suporte é um nível de preço que gera uma demanda por uma ação suficientemente forte para
superar a oferta dos vendedores, interrompendo ou revertendo uma tendência de baixa.
Analogamente, resistência é um vel de preço que gera uma oferta por uma ação maior do
que a demanda dos compradores, interrompendo ou revertendo uma tendência de alta
(EDWARDS; MAGEE, 2001).
Gráfico 5 – Suporte e Resistência – Petrobras PN (01/09/2004 a 28/02/2005)
20
Noronha (2006) afirma que os veis de suporte e resistência existem devido à memória dos
investidores. A memória induz os investidores a comprar ou vender ações quando o preço se
aproxima de um nível que, no passado, ao ser atingido, marcou uma reversão de tendência.
Linhas de suporte e resistência podem ter seus papéis invertidos. Segundo Edwards e Magee
(2001), sempre que uma linha de suporte é significativamente penetrada, ela se torna um nível
de resistência. O mesmo ocorre com a linha de resistência, que assume o papel de suporte
quando é penetrada.
Gráfico 6 – Inversão entre suporte e resistência – Telemar PN (02/05/2007 a 31/01/2008)
2.1.6 Força de uma linha de tendência
Penteado (2003) afirma que todas as linhas de tendência (LTA, LTB, Suporte e Resistência)
têm memória, que elas voltam a influenciar o preço das ações mesmo após terem sido
penetradas. Apesar da memória, a duração de uma linha de tendência é limitada e seu
rompimento representa uma oportunidade de compra ou de venda. É imediato, portanto, o
interesse em estimar a força de uma linha de tendência a fim de se determinar até quando ela
deve durar e quando pode ocorrer sua reversão.
Noronha (2006) destaca os fatores a seguir como sendo os principais indicadores da força de
uma linha de tendência:
21
Duração
Quanto mais tempo durar uma tendência, mais forte ela será e menos provável será sua
reversão.
Número de testes
Quanto mais vezes uma linha de tendência for testada sem ser perfurada, mais difícil será seu
rompimento.
Inclinação
Quanto menor a inclinação da linha de tendência, maior a probabilidade de ela ser respeitada.
Amplitude
No caso específico de um deslocamento lateral entre uma linha de suporte e uma de
resistência, quanto maior a amplitude desse movimento, ou seja, quanto maior for a
defasagem entre o suporte e a resistência, maior será a tendência de essas linhas serem
respeitadas.
2.1.7 Volume
O volume de títulos negociados durante um pregão é um parâmetro importante que ajuda a
fortalecer as conclusões tiradas a partir da análise do gráfico de preços. Volume crescente
quando o mercado está se movendo na direção da tendência principal (primária) representa
uma confirmação dessa tendência.
O volume normalmente acompanha o gráfico de preços de um ativo. Ele é plotado na forma
de um histograma na parte inferior do gráfico de preços. Abaixo de cada barra (ou vela) de
preço é plotada uma barra de histograma representando o número de títulos negociados
durante o período que aquela barra representa. O Gráfico 7 mostra um exemplo de um gráfico
de preços com o histograma do volume.
22
Gráfico 7 – Preços com volume – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 29/08/2008)
2.1.8 Padrões gráficos
Padrões gráficos são figuras que aparecem no gráfico de preços de um ativo que auxiliam o
analista, por analogia ao comportamento passado do mercado, a identificar confirmações ou
reversões de tendência (NORONHA, 2006).
Esses padrões gráficos podem ser classificados como Padrões de Continuação ou Padrões de
Reversão. Vemos a seguir alguns dos principais padrões da Análise Gráfica.
2.1.8.1 Padrões de Continuação
Retângulos
Consistem de flutuações de preços para cima e para baixo, respeitando uma linha de suporte e
uma linha de resistência, refletindo um grande equilíbrio das forças oponentes do mercado.
Ocorrem como padrão de continuação tanto de alta como de baixa. O volume tende a diminuir
durante sua formação e volta a crescer durante e após a perfuração. Dentro dos retângulos de
alta, o volume tende a crescer nas subidas e a diminuir nas quedas. Nos retângulos de baixa
esse padrão se inverte. Quando um retângulo é perfurado, é comum uma volta dos preços ao
nível perfurado (pullback) antes de uma retomada na direção da perfuração. Após o
23
rompimento, pode-se determinar o objetivo mínimo pela projeção da altura do retângulo na
direção da perfuração (NORONHA, 2006).
Noronha (2006) afirma que os retângulos podem surgir também, embora em menor
frequência, como um padrão de reversão.
A Ilustração 4 mostra exemplos de retângulos de continuação de alta e de baixa, bem como
seus padrões de volume e determinação do objetivo mínimo.
Ilustração 4 – Retângulos de alta e de baixa
FONTE: NORONHA, 2006
Bandeiras
São pequenas flutuações de preços que formam paralelogramos ligeiramente inclinados na
direção oposta à tendência principal, até seu rompimento na direção da tendência. As
bandeiras surgem após um forte movimento vertical, durante o qual se observa um aumento
do volume. A construção da bandeira se inicia quando este movimento encontra uma
resistência. Os preços dão uma ligeira recuada e ficam contidos dentro de duas linhas
paralelas com uma ligeira inclinação na direção oposta ao movimento inicial. Durante essa
formação, observa-se uma gradual redução do volume. A perfuração da bandeira é
acompanhada de um novo aumento de volume. Após o rompimento, pode-se esperar que o
movimento que se segue tenha a mesma extensão do movimento que originou a formação da
bandeira (NORONHA, 2006).
24
A Ilustração 5 mostra exemplos de bandeiras de alta e de baixa, bem como seus padrões de
volume. O movimento que precede a formação é representado por h e o movimento que
sucede seu rompimento, de igual magnitude, é representado por P.
Ilustração 5 – Bandeiras de alta e de baixa
FONTE: NORONHA, 2006
Flâmulas
Possuem as mesmas características das bandeiras, a não ser pelo formato, que se parece com
um triângulo inclinado (NORONHA, 2006).
Ilustração 6 – Flâmulas de alta e de baixa
FONTE: NORONHA, 2006
25
2.1.8.2 Padrões de Reversão
Ombro-cabeça-ombro
É o mais comum e mais confiável dos padrões de reversão. É formado por uma forte elevação
de preços, sobre a qual ocorre um grande aumento de volume, seguida por uma leve correção,
acompanhada de uma pequena queda de volume.Esse movimento inicial forma o ombro
esquerdo (ponto A na Ilustração 7).
Outra elevação com volume crescente faz o preço superar o último pico e é seguida por nova
forte correção sobre volume decrescente, formando a cabeça (ponto B).
Uma terceira elevação, desta vez com volume inferior às subidas anteriores, é insuficiente
para atingir o pico anterior e é seguida por mais uma queda acentuada, formando o ombro
direito (ponto C).
O rompimento se quando esta terceira queda ultrapassa a chamada linha de pescoço”
(linha traçada através dos dois fundos anteriores). O afastamento de aproximadamente 3% do
nível da linha de pescoço confirma o rompimento (ponto D). Frequentemente, o preço retorna
à linha de pescoço após a perfuração (ponto E) antes de traçar um movimento mais forte na
direção do rompimento, sobre um volume crescente.
O objetivo mínimo do movimento após o rompimento é determinado pela distância vertical
do pico da cabeça até a linha de pescoço, conforme Ilustração 7 (NORONHA, 2006).
Ilustração 7 – Ombro-cabeça-ombro
FONTE: NORONHA, 2006
26
2.1.9 Indicadores
Indicadores são ferramentas que acompanham os Gráficos de Barras e auxiliam o analista a
reconhecer tendências e a determinar pontos de reversão das mesmas. Os indicadores são
divididos em duas categorias: os rastreadores de tendência (ou simplesmente rastreadores) e
os osciladores.
2.1.9.1 Rastreadores
Rastreadores de tendência são indicadores que, por serem calculados a partir de séries
históricas, têm a característica de indicar o início ou o fim de uma tendência com um pequeno
atraso. Seu objetivo, portanto, é de confirmar, e não de prever, que uma tendência se iniciou
ou chegou ao seu final.
Segundo Noronha (2006), os rastreadores são mais indicados quando o mercado tem uma
tendência definida, mas podem fornecer sinais falsos quando o mercado está andando de lado.
Existe na bibliografia uma grande variedade de indicadores rastreadores de tendência. Neste
trabalho, entretanto, atentaremos apenas aos dois mais populares: as Médias Móveis e o
MACD (Convergência – Divergência da Média Móvel).
Médias Móveis
Média Móvel (MM) é uma média de uma série de dados em uma determinada janela de
tempo. Uma MM de 10 períodos (dias, semanas, meses), por exemplo, é a média dos preços
nos últimos 10 períodos. No décimo primeiro período, substitui-se o primeiro elemento da
série pelo décimo primeiro e calcula-se a nova média (NORONHA, 2006).
Segundo Murphy (1986), o objetivo da MM é indicar o início de uma nova tendência ou o
término da tendência atual. Por ser um rastreador, entretanto, ela indica o início ou o fim de
uma tendência apenas após ela ter de fato se iniciado ou terminado. Sua principal
característica é o de suavizar os movimentos dos gráficos de preços.
Existem três formas de se calcular a MM. A mais simples é a Média Móvel Aritmética
(MMA), na qual todos os períodos que a compõem têm o mesmo peso. Com o intuito de dar
27
maior importância aos períodos mais atuais, foram criadas as Médias Móveis Ponderada
(MMP) e Exponencial (MME).
Noronha (2006) cita dois estudos (um da Merrill Lynch e outro dele próprio) que visaram
determinar qual dos três tipos de médias móveis levaria a melhores resultados. Ambos
mostraram um melhor desempenho da MMA. Por esse motivo, esse trabalho se restringirá ao
uso da MMA que, daqui para frente, será tratada apenas por Média Móvel, ou MM.
As médias móveis podem ser calculadas a partir dos preços máximos de um ativo, dos preços
mínimos, dos preços de abertura, de fechamento e etc. Esse trabalho fauso da média dos
preços de fechamento, por ser a forma mais usual de uso desse indicador.
Segundo Penteado (2003), normalmente se faz uso de um conjunto de duas ou três médias
móveis com periodicidades diferentes. As periodicidades mais comuns são as extraídas da
sequência de Fibonacci. A média de uma semana de pregão, por exemplo, tem cinco períodos.
Um mês de pregão pode ser simbolizado por 21 períodos (aproximadamente 21 dias úteis por
mês). A média de um ano de pregão pode ser calculada por 233 períodos (252 dias úteis).
Essas periodicidades são muito usadas por analistas e suas médias podem ser representadas,
respectivamente, pelas notações MM5, MM21 e MM233. No caso de gráficos semanais,
utiliza-se a média de 55 semanas (52 semanas por ano), ou a MM55.
Gráfico 8 – Preços com MM21 – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008)
28
A inclinação da MM mostra o comportamento do mercado. Quando é crescente, a MM indica
que o mercado está otimista (altista) e os preços variam acima dela. Uma MM decrescente
indica um mercado pessimista (baixista) e os preços variam abaixo dela. Nos mercados sem
tendência, a MM se aproxima de uma linha horizontal e os preços variam alternadamente
acima e abaixo da mesma (NORONHA, 2006).
O cruzamento dos preços pela linha da MM é considerado uma oportunidade de operação. Se
o cruzamento for de baixo para cima, considera-se um sinal de compra. Um cruzamento de
cima para baixo é considerado um sinal de venda. Por ser um rastreador de tendência, a MM
não deve ser usada quando o mercado não apresenta uma tendência definida, que os preços
cruzarão insistentemente a MM, emitindo muitos sinais falsos.
Quando se usa a combinação de duas ou mais médias móveis com períodos diferentes, os
sinais de compra e venda são obtidos a partir do cruzamento entre elas.
MACD (Moving Avarage Convergence – Divergence)
O MACD é calculado a partir de três MME, formando sobre o gráfico duas linhas cujos
cruzamentos geram sinais de compra e de venda. A primeira linha é chamada de Linha do
MACD. Ela representa a diferença entre a MME de 12 dias e a MME de 26 períodos dos
preços de fechamento de um determinado ativo. Sua característica é responder rapidamente às
variações do preço. A segunda linha, a Linha de Sinal, é a MME de 9 períodos da Linha do
MACD. Ela responde às variações do preço mais lentamente do que a Linha do MACD
(NORONHA, 2006).
Segundo Noronha (2006), o cruzamento dessas duas linhas representa mudanças no equilíbrio
de forças entre compradores e vendedores. A Linha do MACD reflete o consenso da massa de
investidores no curto prazo. A Linha do Sinal reflete o consenso dos investidores no longo
prazo. O cruzamento da Linha do MACD de baixo para cima da Linha do Sinal indica maior
força dos compradores e, portanto, pode ser interpretado como um sinal de compra. O
cruzamento da Linha do MACD de cima para baixo da Linha do Sinal indica que os
vendedores estão no domínio do mercado e, portanto, é um sinal de venda.
29
Gráfico 9 – Preços com MACD – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008)
O histograma do MACD representa a diferença entre a Linha do MACD e a Linha do Sinal.
Quando a Linha do Sinal está acima da Linha do MACD, o histograma é positivo. Caso
contrário, o histograma é negativo. Nos cruzamentos entre as duas linhas, o histograma é igual
a zero.
A inclinação do histograma identifica o grupo dominante no mercado. Quando o histograma é
crescente, ele indica que os compradores estão ficando mais fortes e sugere que se opere na
compra. O histograma decrescente indica que os vendedores estão ficando mais fortes e
sugere que se opere na venda. O encolhimento das barras do histograma pode representar uma
antecipação dos sinais de compra e venda do MACD, que indica que a Linha do Sinal e a
Linha do MACD estão se aproximando e podem se cruzar nos períodos que se seguem
(NORONHA, 2006).
2.1.9.2 Osciladores
Os osciladores são indicadores apropriados para momentos em que o mercado não apresenta
tendência definida. Ao contrário dos rastreadores, eles são anteriores à tendência e podem ser
usados para prevê-las.
30
Existe na bibliografia uma grande variedade de indicadores osciladores. Neste trabalho,
entretanto, atentaremos apenas ao mais conhecido e utilizado entre os grafistas, o Índice de
Força Relativa (IFR).
IFR
O IFR, segundo Noronha (2006), tem por característica ser um indicador líder ou coincidente,
nunca um retardatário. Ele mede a força de um determinado ativo através de variações em seu
preço de fechamento. Varia entre 0 e 100 e é calculado através da seguinte fórmula:
Os sinais do IFR são dados quando este ultrapassa valores de referência estabelecidos pelo
analista (normalmente usa-se 30 e 70 ou 20 e 80). Quando o IFR ultrapassa a referência
superior ele indica uma possível reversão de tendência de alta para baixa, portanto, um sinal
de venda. Analogamente, quando o IFR ultrapassa a referência inferior ele sugere uma
reversão de tendência de baixa para alta, indicando um sinal de compra (NORONHA, 2006).
Gráfico 10 – Preços com IFR – Vale do Rio Doce PNA (03/03/2008 a 28/11/2008)
períodos em baixo para variaçõesdas média
períodos em cima para variaçõesdas média
FRonde
FR1
100
-100IFR
n
n
=
+
=
(1)
(2)
31
2.2 Mercado de opções
2.2.1 Introdução
No mercado de opções, ao contrário do mercado à vista, não se negociam produtos (ações,
ouro, dólar, commodities e etc), mas direitos futuros sobre eles. Uma opção é um contrato
negociado entre dois investidores, conferindo ao titular o direito e ao lançador a obrigação
sobre a negociação de uma quantidade prefixada de um ativo, durante sua vigência ou na data
de vencimento, a um preço estabelecido na data inicial do contrato (BESSADA et al, 2007).
Uma opção de compra, ou call, garante ao titular o direito de comprar do lançador um
determinado ativo (ativo-objeto) por um preço fixo (preço de exercício). Caso o titular exerça
esse direito, o lançador da opção tem a obrigação de vender o ativo pelo preço de exercício.
Uma opção de venda, ou put, garante ao titular o direito de vender ao lançador o ativo-objeto
pelo preço de exercício. Caso o titular exerça o direito, o lançador tem a obrigação de comprar
o ativo pelo preço de exercício.
A decisão de exercer ou não uma opção depende do preço pelo qual o ativo-objeto está sendo
negociado no mercado à vista. Se um investidor tem o direito de comprar um ativo por um
preço menor, ou vender um ativo por um preço maior do que o preço de mercado, ele exercerá
esse direito.
Suponha que um investidor possua uma opção de compra da Petrobras com preço de exercício
de R$32,00 e que, na data de vencimento da opção, a ação da Petrobras esteja cotada a
R$33,50. Esse investidor exercerá sua opção e comprará as ações a R$32,00. Caso não queira
manter o ativo em carteira, ele pode imediatamente vender o ativo pelo preço de mercado
(R$33,50), realizando um lucro de R$1,50 por ação negociada (descontando-se taxas de
corretagem). Se, no entanto, na data de vencimento da opção, a ação estiver valendo menos do
que R$32,00, o investidor não exercerá sua opção, já que pode comprar o ativo no mercado à
vista por um preço menor do que o preço de exercício da opção. Nesse caso, a opção expira
sem valor.
32
O mesmo vale para opções de venda. Suponha que o mesmo investidor possua ações da
Petrobras e uma opções de venda sobre elas com preço de exercício de R$32,00 e que, no
vencimento da opção, o valor de mercado de uma ação da Petrobras seja R$31,00. O
investidor exercerá sua opção e venderá suas ações por R$32,00. Se quiser manter o ativo em
carteira, ele pode comprar novamente as ações pelo preço de mercado (R$31,00), realizando
um lucro de R$1,00 por ação negociada. Caso o valor de mercado das ões da Petrobras, no
vencimento da opção, seja superior a R$32,00, o investidor não exercerá sua opção, que
expira sem valor.
2.2.2 Conceitos básicos
Apresentamos a seguir os conceitos básicos sobre o mercado de opções, segundo BESSADA
et al (2007).
Ativo-objeto
Ativo sobre o qual a opção é negociada. O ativo-objeto pode ser um lote de ações, um
contrato futuro, ouro, dólar, taxa de juros e etc.
Titular
Investidor que compra a opção e, portanto, recebe o direito (não a obrigação) sobre a
negociação do ativo-objeto.
Lançador
Investidor que vende a opção e, portanto, assume a obrigação sobre a negociação do ativo-
objeto, caso o titular da opção exerça seu direito.
Prêmio
Preço de mercado da opção. É o valor que o titular paga pelo direito e o lançador recebe por
assumir a obrigação da negociação do ativo-objeto.
Opção de compra (call option)
Modalidade de opção em que o titular possui o direito de compra e o lançador assume a
obrigação da venda do ativo-objeto.
33
Opção de venda (put option)
Modalidade de opção em que o titular possui o direito de venda e o lançador assume a
obrigação da compra do ativo-objeto. No mercado brasileiro, as puts são pouco líquidas.
Preço de exercício
Preço pré-estabelecido para a negociação do ativo-objeto. É o valor que o titular deve pagar
ao lançador em troca do ativo-objeto caso exerça sua opção de compra, ou o valor que o
titular deve receber do lançador caso exerça sua opção de venda.
Vencimento
Data de encerramento do contrato, quando cessam os direitos do titular de exercer sua opção.
Opção americana
Contrato de opção em que o titular pode exercer seu direito em qualquer momento, desde a
compra da opção até o vencimento do contrato.
Opção europeia
Contrato de opção em que o titular pode exercer seu direito apenas na data de vencimento do
contrato.
2.2.3 Notação
No mercado brasileiro, uma opção é representada pelo símbolo do ativo-objeto, associado a
uma letra e a um número. O número guarda uma relação com o preço de exercício da opção.
A letra representa tanto o tipo de opção (de compra ou de venda) quanto o mês de
vencimento. O Quadro 1 apresenta as letras que identificam o mês de exercício e o tipo da
opção.
Sendo assim, o símbolo PETRB34 representa uma opção de compra sobre um lote de ações
da Petrobras PN (PETR4), com vencimento em fevereiro e preço de exercício a R$34,00.
Analogamente, o ativo VALEW30 representa uma opção de venda sobre um lote de ações da
Vale do Rio Doce PNA (VALE5), com vencimento em novembro e preço de exercício de
R$30,00.
34
Quadro 1 – Notação das opções
Opção de compra Vencimento Opção de venda
A Janeiro M
B Fevereiro N
C Março O
D Abril P
E Maio Q
F Junho R
G Julho S
H Agosto T
I Setembro U
J Outubro V
K Novembro W
L Dezembro X
FONTE: BESSADA et al, 2007
Na Bovespa, as opções de compra são do estilo americano e as opções de venda são do estilo
europeu. Os vencimentos ocorrem na terceira segunda-feira de cada mês (BESSADA et al,
2007).
2.2.4 Classificação das séries de opções
Uma série de opções é um conjunto de opções do mesmo tipo (de compra ou de venda), sobre
um mesmo ativo-objeto, com mesma data de vencimento, diferenciando-se apenas pelo preço
de exercício. A série PETRD, por exemplo, é a série de opções de compra sobre a Petrobras
PN, com vencimento em abril. Ela pode ser formada pelas opções PETRD32, PETRD34,
PETRD36 e etc.
Cada opção de uma série pode ser classificada de acordo com sua proximidade do dinheiro
(moneyness), ou seja, pela proximidade de seu preço de exercício em relação ao preço atual
do ativo-objeto.
Uma opção é classificada como fora-do-dinheiro (out-of-the-money) quando sua
probabilidade de exercício é baixa. Opções de compra com preço de exercício acima do preço
atual do ativo-objeto e opções de venda com preço de exercício abaixo do preço atual do
ativo-objeto são consideradas fora-do-dinheiro.
Opções com grande probabilidade de exercício são classificadas como dentro-do-dinheiro (in-
the-money). Opções de compra com preço de exercício abaixo do preço atual do ativo-objeto
35
e opções de venda com preço de exercício acima do preço atual do ativo-objeto são
consideradas dentro-do-dinheiro.
Uma opção com preço de exercício muito próximo ao preço atual do ativo-objeto, seja ela de
compra ou de venda, é classificada como no-dinherio (at-the-money).
No jargão do mercado de opções, é muito comum o uso de expressões como “muito dentro-
do-dinheiro” e “muito fora-do-dinheiro” para as opções com preço de exercício mais distantes
do valor do ativo-objeto, ou “a opção mais no-dinheiro”, referindo-se à opção com preço de
exercício mais próximo do valor atual do ativo-objeto.
2.2.5 Apreçamento
2.2.5.1 Valor de uma opção
O preço de uma opção pode ser divido em dois componentes: seu valor intrínseco e o valor do
tempo (THOMPKINS, 1994).
O valor intrínseco é simplesmente a diferença entre o preço de exercício e o preço do ativo-
objeto. Representa o quanto a opção está dentro-do-dinheiro, ou a entrada de caixa em caso de
exercício da opção. Opções fora-do-dinheiro possuem valor intrínseco zero (THOMPKINS,
1994). Suponha que a ão da Petrobras está sendo negociada a R$33,00. O valor intrínseco
de uma opção de compra da Petrobras com preço de exercício de R$32,00 é de R$1,00. Assim
como o valor intrínseco de uma opção de venda da mesma Petrobras com preço de exercício
de R$36,00 é de R$3,00.
Subtraindo o valor intrínseco de uma opção de seu valor total, encontra-se o valor do tempo
da opção (THOMPKINS, 1994). Voltando ao exemplo de uma ação da Petrobras custando
R$33,00, suponha que uma opção de compra deste ativo com preço de exercício de R$32,00
custe R$2,50. Sabe-se que o valor intrínseco desta opção é de R$33 – R$32 = R$1,00. O valor
do tempo desta opção equivale, portanto, a R$2,50 R$1,00 = R$1,50. O mesmo raciocínio
pode ser aplicado para as opções de venda.
36
A seguir são listadas algumas das variáveis que mais influenciam o valor do prêmio de uma
opção, extraídas de Bessada et al (2007), Daigler (1994), Hull (1997) e Natenberg (1994).
Preço do ativo-objeto
O preço do ativo-objeto influencia diretamente o valor intrínseco de uma opção e, portanto, o
valor de seu prêmio. Quanto maior for o preço do ativo-objeto, mais alto será o valor do
prêmio da opção de compra e mais baixo será o prêmio da opção de venda.
Preço de exercício
O preço de exercício representa o valor que o preço do ativo-objeto precisa superar para que o
exercício de uma opção de compra seja lucrativo. É um fator determinante do valor intrínseco
das opções. Sendo assim, quanto maior o preço de exercício, menor será o valor do prêmio de
uma opção de compra. Para as opções de venda, essa relação é invertida e o valor do prêmio é
maior para opções com maior preço de exercício.
Taxa de juros
Quanto maior a taxa de juros da economia, maior será o valor esperado do ativo-objeto no
momento do vencimento da opção. O prêmio de uma opção, portanto, para taxas de juros
mais elevadas, é maior se a opção for de compra e menor se a opção for de venda.
Tempo até o vencimento
Para opções europeias, de compra ou de venda, não existe um consenso sobre a influência do
tempo até o vencimento de uma opção no valor do seu prêmio. Isso porque o exercício da
opção pode ocorrer apenas na data do vencimento e não se sabe qual será o comportamento
do ativo-objeto até esta data.
No caso das opções americanas, como o exercício pode ocorrer a qualquer momento até a
data de vencimento do contrato, um prazo maior representa uma vantagem para o titular da
opção. Sendo assim, quanto maior for o tempo até o vencimento, maior será o valor prêmio de
uma opção americana.
37
Volatilidade do ativo-objeto
Volatilidade é uma medida estimada das variações que o valor de um ativo pode sofrer ao
longo do tempo. Quanto maior a volatilidade do ativo-objeto, maior a variação do seu preço
ao longo do tempo, maior a incerteza quanto ao preço esperado no futuro e, portanto, maior a
probabilidade de exercício da opção. Sendo assim, o prêmio das opções, de compra ou de
venda, cresce com o aumento da volatilidade do ativo-objeto.
2.2.5.2 Modelo Black & Scholes (B&S)
Em 1973, Fischer Black e Myron Scholes revolucionaram a teoria de apreçamento de
derivativos com a publicação de um modelo matemático de apreçamento que quantifica a
influência do tempo e da incerteza sobre o valor de um derivativo. Tempos depois, Robert
Merton desenvolveu uma extensão do modelo considerando a influência de outras variáveis,
como o pagamento de dividendos, taxa de juros variável e etc. Esse modelo estendido rendeu
a Scholes e a Merton o Prêmio Nobel da Economia em 1997, dois anos após a morte de
Black. O modelo B&S é uma referência na teoria de apreçamento de opções (AUGEN, 2008).
O Modelo B&S simplificado (antes da extensão desenvolvida por Merton) parte da premissa
que o preço do ativo-objeto tem comportamento estocástico contínuo e que sua distribuição é
log-normal. O modelo assume também que, durante o período de vigência da opção, a
volatilidade do ativo-objeto e a taxa de juros são constantes e que o ativo-objeto não paga
dividendos (BESSADA et al, 2007).
O modelo precifica opções do estilo europeu. O exercício precoce de opções do estilo
americano, entretanto, é algo que raramente faz algum sentido do ponto de vista financeiro.
Um investidor que exerce uma opção antes do vencimento recebe por ela apenas seu valor
intrínseco. Se ele vender a opção no mercado, entretanto, ele receberá por ela o valor do
prêmio, que consiste do seu valor intrínseco somado ao valor do tempo. O exercício precoce
de opções é um recurso usado em raríssimas situações (normalmente com o intuito de
encerrar posições de baixa liquidez) e pode ser desconsiderado. O modelo B&S, portanto,
pode ser estendido a opções do estilo americano (AUGEN, 2008).
38
Temos a seguir, extraídas de Augen (2008), as equações de B&S para o apreçamento de
opções de compra (calls – C) e de opções de venda (puts – P):
ano. um de mporcentage como expresso opção, da o vencimento para restante tempot
;toativo-obje do preço do devolatilida
juros; de taxar
opção; da exercício de preço X
y; apadronizad normal variáveluma de acumulada adeprobabilid função N(y)
0; tem toativo-obje do preçoS
;tσd
tσ
t
2
σ
r
X
S
ln
d
;
tσ
t
2
σ
r
X
S
ln
d
onde
)N(-dS)N(-dXeP
)N(dXe)N(dSC
0
1
2
0
2
2
0
1
102
rt
2
rt
10
=
=σ
=
=
=
==
=
+
=
++
=
=
=
2.2.6 Estratégias
O mercado de opções, ao contrário de outros mercados, oferece ao investidor a possibilidade
de realizar lucros não somente acertando uma previsão da direção e do timing do movimento
do mercado, mas através de uma mudança na percepção de risco e através da passagem do
tempo (THOMPKINS, 1994).
Essa grande versatilidade do mercado de opções resulta do grande número de estratégias que
se pode formar a partir da combinação de suas estratégias básicas.
A seguir veremos as quatro estratégias básicas (estratégias formadas por uma posição simples,
não pela combinação de mais de uma posição) que o mercado de opções oferece. Mais adiante
veremos algumas dentre as muitas estratégias compostas possíveis de se formar a partir das
estratégias simples.
(3)
(4)
(5)
(6)
39
Para cada estratégia analisada será apresentado um quadro resumindo as características da
posição, bem como o seu diagrama risco-retorno, que é representado pelo retorno (lucro ou
prejuízo) da posição assumida em função do preço do ativo-objeto na data de vencimento.
Todos os diagramas desconsideram os custos de corretagem para se formar as posições.
Essas estratégias, entretanto, são apresentadas apenas a título de exemplo, como uma
demonstração da versatilidade oferecida pelo mercado de opções. Neste trabalho, apenas a
estratégia básica Long Call será utilizada, pois a baixa liquidez das opções de venda no
mercado brasileiro torna difícil e arriscada a formação de estratégias compostas.
Os diagramas e os quadros a seguir não foram retirados de nenhuma obra específica da
bibliografia, mas foram elaborados a partir da compilação de informações encontradas em
diversos livros sobre estratégias no mercado de opção.
2.2.6.1 Estratégias básicas
2.2.6.1.1 Long Call
Quadro 2 – Características da Long Call
Estrutura
Compra de uma call
Natureza
Altista (gera lucro em caso de alta do preço do ativo-objeto)
Custo
Prêmio pago pela opção (P)
Risco
Limitado ao custo da operação (P)
Retorno
Ilimitado
Ilustração 8 – Diagrama risco-retorno da Long Call
40
2.2.6.1.2 Long Put
Quadro 3 – Características da Long Put
Estrutura
Compra de uma put
Natureza
Baixista (gera lucro em caso de queda do preço do ativo-objeto)
Custo
Prêmio pago pela opção (P)
Risco
Limitado ao custo da operação (P)
Retorno
Ilimitado
Ilustração 9 – Diagrama risco-retorno da Long Put
2.2.6.1.3 Short Call
Quadro 4 – Características da Short Call
Estrutura
Lançamento (venda) de uma call
Natureza
Baixista
Receita
Prêmio recebido pela opção (P)
Risco
Ilimitado
Retorno
Limitado à receita da operação (P)
Ilustração 10 – Diagrama risco-retorno da Short Call
41
2.2.6.1.4 Short Put
Quadro 5 – Características da Short Put
Estrutura
Lançamento de uma put
Natureza
Altista
Receita
Prêmio recebido pela opção (P)
Risco
Ilimitado
Retorno
Limitado à receita da operação (P)
Ilustração 11 – Diagrama risco-retorno da Short Put
2.2.6.2 Estratégias compostas
2.2.6.2.1 Vertical Bull Call Spread
Quadro 6 – Características da Vertical Bull Call Spread
Estrutura
Compra de uma call e venda de outra call com mesmo vencimento e maior preço de exercício
Natureza
Altista
Custo
(PL – PS)
Risco
Limitado ao custo da operação (PL – PS)
Retorno
Limitado a [(KS – KL) – (PL – PS)]
Ilustração 12 – Diagrama risco-retorno da Vertical Bull Call Spread
42
2.2.6.2.2 Vertical Bear Put Spread
Quadro 7 – Características da Vertical Bear Put Spread
Estrutura
Venda de uma put e compra de outra put com mesmo vencimento e maior preço de exercício
Natureza
Baixista
Receita
[(KL – KS) – (PL – PS)]
Risco
Limitado a (PL – PS)
Retorno
Limitado à receita da operação [(KL – KS) – (PL – PS)]
Ilustração 13 – Diagrama risco-retorno da Vertical Bear Put Spread
2.2.6.2.3 Long Straddle
Quadro 8 – Características da Long Straddle
Estrutura
Compra de uma call e compra de uma put com mesmo preço de exercício
Natureza
Neutra
Custo
Prêmio pago pelas opções (PC + PP)
Risco
Limitado ao custo da operação (PC + PP)
Retorno
Ilimitado
Ilustração 14 – Diagrama risco-retorno da Long Straddle
43
2.3 Análise Gráfica aplicada ao mercado de opções
A Análise Gráfica vem sendo objeto de estudo por parte de analistas de mercado por muitos
anos. Há na bibliografia uma grande variedade de títulos sobre suas diversas formas de
aplicação, seus padrões gráficos e seus osciladores.
O mercado de opções também foi estudado à exaustão. É muito farta a bibliografia
explorando as variedades de estratégias, os modelos de precificação e as demais
características desse mercado.
A aplicação específica da Análise Gráfica para o mercado de opções, entretanto, é um assunto
ainda um pouco carente de publicações e estudos acadêmicos.
A obra de Shaleen (1992) é uma das poucas que abordam a Análise Técnica considerando as
particularidades do mercado de opções. Ele propõe o uso de uma matriz de estratégias
(Quadro 9) que relaciona diversas situações identificadas pela Análise Técnica à melhor
estratégia a ser usada no mercado de opções.
Shaleen sugere que seja aplicada a Análise Técnica ao gráfico de preços do ativo-objeto e,
dependendo da situação identificada pela análise (terceira coluna da matriz), uma determinada
estratégia será formada a partir do lançamento e da compra de puts e calls.
Em comum com a obra de Shaleen, dois pontos puderam ser identificados no texto de Augen
(2008) e foram usados como pilares na elaboração da metodologia deste estudo:
1)
A Análise Técnica deve ser aplicada ao gráfico de preços do ativo-objeto, não ao
gráfico de preços da opção.
A variação de preço de um ativo provoca uma reação exagerada no preço de uma opção sobre
este ativo. Os gráficos de preço das opções, portanto, apresentam uma volatilidade acentuada
que torna qualquer Análise Gráfica pouco eficiente. Espera-se conseguir melhores resultados
aplicando a Análise Técnica aos preços do ativo-objeto para identificar a melhor estratégia a
ser realizada com as séries de opções sobre este ativo.
44
Quadro 9 – Matriz de Estratégias
Estratégia Quando usar Análise Técnica
Mercado apresenta alguma tendência
1 Long Call Mercado em alta
Rumo ao objetivo de preço
de um padrão gráfico
2 Synthetic Long Call Mercado em alta
Gap de abertura superando
uma ordem de stop
3 Short Call Fortes indícios de que o mercado não vai subir
Dentro de um triângulo de
baixa ou após a formação
de topos duplos com
volatilidade crescente
4 Long Put Mercado em baixa
Rumo ao objetivo de preço
de um padrão gráfico
5 Synthetic Long Put Mercado em baixa
Gap de abertura superando
uma ordem de stop
6 Short Put Fortes indícios de que o mercado não vai cair
Dentro de um triângulo de
alta ou quando a
volatilidade é alta demais
para uma Long Call
7 Vertical Bull Call Spread Algum indício de alta
Antecipando uma formação
O-C-O de alta
8 Vertical Bear Put Spread Algum indício de baixa
Antecipando uma formação
O-C-O de baixa
9 Call Ratio Back Spread Maior probabilidade de alta
Dentro de um triângulo
simétrico em um mercado
em alta
10 Put Ratio Back Spread Maior probabilidade de baixa
Dentro de um triângulo
simétrico em um mercado
em baixa
Estimativa de preço do ativo-objeto no vencimento
11 Long Butterfly
Estratégia conservadora usando séries de
opções de longo prazo
Quando se mede o objetivo
de preço em um gráfico
semanal
12 Calendar Spread
Mercado andando de lado no curto prazo, para
depois retomar uma tendência de longo prazo
Na onda de Elliott II ou IV
Forte variação de preços esperada, em qualquer direção, perto do vencimento
13 Short Butterfly Variação de preços iminente
1. Linhas de tendência
convergentes
2. Dentro de um triângulo
simétrico
14 Vertical Credit Spread
Movimento mais provável para uma
determinada direção
Possível mudança da
tendência de curto prazo
Forte variação de preços esperada, em qualquer direção, longe do vencimento
15 Long Straddle Variação de preços iminente
1. Dentro de um triângulo
simétrico
2. Testando uma linha de
tendência
3. Contratos em aberto
aumentando muito
Mercado sem tendência
16 Short Straddle
Mercado andando de lado
1. Volume e contratos em
aberto decrescentes
2. Triângulo em formação
no gráfico semanal
3. Na onda de Elliott II ou
IV
4. Variando entre um
suporte e uma resistência
17 Short Strangle
18 Neutral Calendar Spread
FONTE: SHALEEN, 1992
45
2)
A análise de uma opção não deve se restringir à sua relação de risco e retorno no
momento do vencimento.
Segundo Augen (2008), a deficiência da maior parte da bibliografia sobre o mercado de
opções é tratar as calls e puts como ativos estáticos com um determinado valor na data de
vencimento. Augen afirma que muitas opções “nascem” com valor próximo de zero, atingem
ao longo de seu período de vigência um pico de valor muitas vezes maior do que o valor
inicial, voltam a perder valor e expiram fora-do-dinheiro. Analisar a opção apenas do ponto
de vista do risco e retorno que ela oferece no vencimento representa não apenas ignorar
movimentos de preços potencialmente muito lucrativos, mas também uma estratégia suicida
que pode levar o investidor a entrar em uma posição de risco ilimitado e mantê-la até seu
vencimento.
Ambos Shaleen e Augen sugerem que, uma vez iniciada uma estratégia, o investidor deve
fazer um acompanhamento cuidadoso da posição até que ela seja liquidada, ajustando-a a uma
possível nova realidade do mercado.
47
3 METODOLOGIA
A diretriz seguida durante a elaboração da metodologia deste estudo foi a criação de uma
estratégia de investimento com um bom potencial de retorno que atendesse às seguintes
condições:
Objetividade
O uso dos indicadores (osciladores e rastreadores) da Análise Técnica foi preferido à análise
dos padrões gráficos (ombro-cabeça-ombro, triângulo simétrico e etc). Dessa forma, elimina-
se uma boa dose de subjetividade das análises.
Simplicidade
Para a identificação de tendências, foram escolhidos alguns dos indicadores mais populares da
Análise Técnica, presentes na maioria dos softwares voltados para este fim.
Realidade do mercado
No mercado brasileiro de opções, as puts apresentam liquidez muito reduzida. As calls muito
fora-do-dinheiro, muito dentro-do-dinheiro ou com vencimento muito distante também são
posições pouco liquidas. Apenas as calls mais próximas do dinheiro, a vencer no mês corrente
ou no mês seguinte apresentam boa liquidez (BESSADA et al, 2007). Esse fator limitou o
estudo ao uso de uma única estratégia, a Long Call.
Fundamentação bibliográfica
A estratégia foi embasada na bibliografia sobre o tema. O ponto de partida foi o estudo de
Shaleen (1992), que foi adaptado para atender as condições citadas acima.
3.1 Descrição
Será feito um acompanhamento do gráfico diário dos ativos selecionados, utilizando as
ferramentas oferecidas pela Análise Técnica (linhas de tendência, suporte e resistência,
MACD, IFR e médias veis). Sempre que a análise apontar para um sinal de compra, será
48
simulada a compra de uma call sobre o ativo-objeto em questão no dia seguinte e o preço de
compra será considerado o preço de abertura da opção no dia da compra.
A partir da compra, continua-se acompanhando o gráfico diário do ativo-objeto até que este
indique um sinal de venda e, então, vende-se a call no dia seguinte. Caso a análise não aponte
nenhum sinal de venda até a data de vencimento da opção, a call será vendida no dia do
vencimento. Para ambos os casos, o preço de venda será considerado o preço de abertura da
opção no dia da negociação (dia seguinte ao sinal de venda ou o dia do vencimento).
A partir da venda, retoma-se o acompanhamento do ativo-objeto em busca de um novo sinal
de compra e o ciclo se repete durante todo o período de análise.
3.1.1 Escolha da opção
A cada sinal de compra fornecido pelo gráfico do ativo-objeto, uma opção dentre as muitas
alternativas disponíveis deve ser escolhida. A decisão consiste em escolher um preço de
exercício e o mês de vencimento. O critério adotado para a decisão dessas duas variáveis,
descrito a seguir, foi elaborado com a intenção de se escolher para a negociação uma opção
entre as mais líquidas disponíveis.
3.1.1.1 Preço de exercício
O preço de exercício escolhido para a call será o da primeira opção disponível que estiver
fora-do-dinheiro, ou seja, aquela que apresentar preço de exercício imediatamente acima do
preço de fechamento do ativo-objeto no dia da identificação do sinal.
3.1.1.2 Mês de vencimento
O mês de vencimento escolhido será o da próxima série de opções, caso faltem mais de cinco
pregões para o vencimento da mesma. Faltando cinco pregões ou menos, será escolhida uma
opção da série com vencimento no mês seguinte. Esse critério será adotado porque, como a
opção comprada estará um pouco fora-do-dinheiro (seguindo o critério adotado para o preço
49
de exercício), é desejável que não faltem poucos dias para o vencimento da opção para
aumentar suas chances de exercício, ou seja, para dar tempo para que ela entre no dinheiro.
3.1.2 Proventos
Todos os gráficos onde a Análise Técnica será aplicada, ou seja, todos os gráficos de preços
dos ativos no mercado à vista, foram ajustados por proventos. Dessa forma, a análise não será
prejudicada pelas descontinuidades que aparecem nos gráficos de preços em decorrência das
distribuições de proventos.
Os valores utilizados nas simulações de operações, entretanto, são os valores reais, vigentes
na data da transação, sem qualquer ajuste.
3.2 Escopo da pesquisa
3.2.1 Período
As análises foram realizadas sobre o período de cinco anos compreendido entre 01/01/2004
até 31/12/2008.
3.2.2 Ativos
Os ativos escolhidos para a análise foram aqueles que apresentaram maior liquidez durante o
período determinado para o estudo.
Para que as simulações tenham maior credibilidade, é necessário que o ativo-objeto
movimente um grande número de negócios no mercado de opções de compra. Isso garante
que, se a transação fosse realizada na data real da operação que está sendo simulada, o
investidor disposto a comprar (vender) a opção não teria problemas para encontrar um
vendedor (comprador) para fechar o negócio.
50
As Tabelas 1, 2, 3, 4 e 5 apresentam os dez ativos que movimentaram maior número de
negócios de opções de compra e os dez ativos mais negociados no mercado à vista, entre 2004
e 2008.O número de negócios de opções de compra inclui todos os negócios realizados com
todas as séries de opções de compra do ativo-objeto em todos os pregões do ano.
Tabela 1 – Número de negócios de opções de compra e no mercado à vista em 2004
Opções de compra Mercado à vista
Ativo-objeto Número de negócios Ativo Número de negócios
1
Telemar PN 4.786.402
Telemar PN 407.078
2
Petrobras PN 297.123
Petrobras PN 350.138
3
Embratel PN 117.158
Embratel PN 276.254
4
Net PN 52.174
Usiminas PNA 264.770
5
Telesp Celular PN 34.310
Telesp Celular PN 230.462
6
Acesita PN 15.788
Vale do Rio Doce PNA 211.658
7
Vale do Rio Doce PNA 10.575
Eletrobras PNB 201.871
8
iBovespa 4.816
Gerdau PN 191.009
9
Celesc PNB 3.509
CSN ON 186.719
10
Plascar PN 1.254
Brasil Telecom PN 151.823
FONTE: BM&FBOVESPA
Tabela 2 – Número de negócios de opções de compra e no mercado à vista em 2005
Opções de compra Mercado à vista
Ativo-objeto Número de negócios Ativo Número de negócios
1
Telemar PN 4.595.493
Petrobras PN 505.154
2
Petrobras PN 710.512
Vale do Rio Doce PNA 475.841
3
Vale do Rio Doce PNA 249.555
Telemar PN 404.923
4
Net PN 163.527
Usiminas PNA 360.708
5
Embratel PN 115.908
CSN ON 277.001
6
Telesp Celular PN 11.579
Gerdau PN 271.516
7
iBovespa 6.829
Caemi PN 248.978
8
Brasil Telecom PN 5.274
Braskem PNA 240.872
9
Caemi PN 5.070
Embratel PN 234.515
10
Celesc PNB 953
Eletrobras PNB 213.446
FONTE: BM&FBOVESPA
Tabela 3 – Número de negócios de opções de compra e no mercado à vista em 2006
Opções de compra Mercado à vista
Ativo-objeto Número de negócios Ativo Número de negócios
1
Petrobras PN 4.587.537
Petrobras PN 1.099.483
2
Telemar PN 940.054
Vale do Rio Doce PNA 773.666
3
Vale do Rio Doce PNA 877.877
Bradesco PN 401.634
4
Net PN 56.219
Usiminas PNA 350.844
5
Embratel PN 42.664
Telemar PN 327.043
6
Vivo PN 17.701
Itau Banco PN 306.825
7
iBovespa 9.743
Gerdau PN 304.638
8
Brasil Telecom PN 4.903
CSN ON 235.782
9
Braskem PNA 3.985
Braskem PNA 233.452
10
Light S/A ON 2.751
Unibanco UNT 212.017
FONTE: BM&FBOVESPA
51
Tabela 4 – Número de negócios de opções de compra e no mercado à vista em 2007
Opções de compra Mercado à vista
Ativo-objeto Número de negócios Ativo Número de negócios
1
Petrobras PN 5.830.507
Petrobras PN 1.818.664
2
Vale do Rio Doce PNA 3.113.467
Vale do Rio Doce PNA 1.786.891
3
Telemar PN 185.583
Bradesco PN 655.927
4
Net PN 19.676
Itau Banco PN 519.620
5
iBovespa 13.864
Gerdau PN 514.139
6
Vivo PN 6.387
Itau S/A PN 501.331
7
Plascar PN 2.149
Unibanco UNT 494.049
8
Ideiasnet ON 2.071
Vale do Rio Doce ON 471.941
9
Brasil Telecom PN 1.979
Usiminas PNA 438.596
10
Bradesco PN 1.718
All Amer Lat Log UNT 399.789
FONTE: BM&FBOVESPA
Tabela 5 – Número de negócios de opções de compra e no mercado à vista em 2008
Opções de compra Mercado à vista
Ativo-objeto Número de negócios Ativo Número de negócios
1
Petrobras PN 7.217.453
Petrobras PN 4.825.664
2
Vale do Rio Doce PNA 4.542.329
Vale do Rio Doce PNA 3.482.280
3
Telemar PN 84.169
Itau Banco PN 1.314.653
4
iBovespa 9.389
Bradesco PN 1.308.102
5
Net PN 6.405
Gerdau PN 1.283.736
6
Bradesco PN 2.763
CSN ON 1.187.762
7
Gerdau PN 1.121
Vale do Rio Doce ON 1.057.261
8
Itaú S/A PN 1.115
Itau S/A PN 1.003.320
9
CSN ON 960
Banco do Brasil ON 960.633
10
Ambev PN 735
Usiminas PNA 953.612
FONTE: BM&FBOVESPA
Os três ativos de maior liquidez em cada ano foram testados e a prática mostrou que aqueles
que movimentaram menos de 250 mil negócios sobre suas opções de compra ao longo do ano
não geraram liquidez suficiente para fazer parte deste estudo, já que muitas vezes a opção
escolhida não gerava nenhum negócio no dia em que se tentava simular a compra ou a venda
da mesma.
Sendo assim, as análises serão feitas nos ativos que movimentaram, ao longo de um ano, mais
de 250 mil negócios sobre suas opções de compra. São eles:
Petrobras PN: 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008
Telemar PN: 2004, 2005 e 2006
Vale do Rio Doce PNA: 2006, 2007 e 2008.
53
4 APLICAÇÃO E RESULTADOS
A Análise Gráfica dos três ativos no período determinado identificou 79 oportunidades de
operação. Cada uma delas será justificada por um comentário apresentado a seguir, e seus
respectivos gráficos podem ser encontrados nos Apêndices.
A operação n°. 01, por exemplo, remete aos Gráficos A1.1 e A1.2, apresentados no Apêndice
1. O Gráfico A1.1 mostra a evolução dos preços da Petrobras PN no mercado à vista. É o
gráfico onde se aplicou a Análise Técnica e onde se identificou os sinais de compra e de
venda. O sinal de compra foi observado no dia 30/12/2003 e foi registrado no gráfico por uma
linha vertical. A compra ocorre no pregão seguinte, pelo preço de abertura da opção
escolhida. A segunda barra vertical, no dia 14/01/2004, identifica a data do sinal de venda. Da
mesma forma, a venda é feita pelo preço de abertura da opção no pregão seguinte à
identificação do sinal.
Ainda no Gráfico A1.1 encontramos os indicadores técnicos usados na análise. As médias
móveis de 8 e 21 períodos são as duas linhas sobrepostas aos preços, respectivamente em
vermelho e verde. Logo abaixo dos preços temos o MACD e seu histograma. A linha azul é a
Linha do MACD e a vermelha é a Linha do Sinal. O histograma é positivo e suas barras
aparecem em verde quando a Linha do MACD for superior à Linha do Sinal, o que sugere um
comportamento de alta. Se a Linha do MACD for inferior à Linha do Sinal, sugerindo um
comportamento de baixa, o histograma é negativo e suas barras aparecem em vermelho.
Abaixo do MACD aparece o IFR com as duas linhas horizontais de referência, em 30% e
70%.
O Gráfico A1.2 apresenta a evolução dos preços da PETRA78, opção escolhida para montar a
posição na operação n°. 01. Nesse gráfico não há a representação de nenhum indicador
técnico, já que toda a análise é feita no gráfico do ativo-objeto. O intervalo de tempo
apresentado é o mesmo intervalo do Gráfico A1.1, de forma a facilitar a visualização conjunta
dos dois gráficos. A parte esquerda do Gráfico A1.2 está em branco porque não houve
negócios sobre a PETRA78 durante este período, mas ele foi incluído por fazer parte da
justificativa para o sinal de compra.
54
Ambos os gráficos mostram exatamente o mesmo intervalo de tempo, de modo que é possível
observar no gráfico da opção os efeitos provocados pelas variações de preço do ativo-objeto.
O período de cada par de gráfico foi escolhido de modo a abranger toda a vigência da opção e,
em alguns casos, um período anterior ao seu primeiro negócio, quando se julgar necessário
para justificar o sinal de compra.
A operação n°. 04 é um exemplo de operação na qual não se observou sinal de venda. O
Gráfico A1.7, com os preços da Petrobras PN, apresenta apenas uma barra vertical, no dia
06/09/2004. A barra representa a data do sinal de compra e nenhum sinal de venda foi
observado até o dia do vencimento da opção negociada. Nestes casos, a opção é vendida pelo
seu preço de abertura no último dia mostrado no gráfico, que é o dia do seu vencimento.
Não se julgou necessário incluir neste gráfico um longo período anterior ao dia do sinal para
justificá-lo. O período apresentado compreende apenas os dias em que houve negócios sobre a
PETRI84, opção escolhida para a operação. Não há, portanto, no gráfico da opção (Gráfico
A1.8), um período em branco como havia no exemplo anterior.
Os Apêndices 1, 2 e 3 contêm, respectivamente, os gráficos referentes às operações realizadas
sobre a Petrobras PN, Telemar PN e Vale do Rio Doce PNA.
Os Apêndices 4, 5 e 6 mostram uma visão geral das operações realizadas sobre cada um dos
três ativos através de uma tabela e uma sequência de gráficos.
A Tabela A6.1 (Apêndice 6), por exemplo, resume todas as operações realizadas a partir das
análises da Vale do Rio Doce PNA durante os três anos de estudo deste ativo.
A coluna 1 de cada tabela mostra o ano das operações e a coluna 2 identifica cada operação
por um número sequencial.
As colunas 3 e 4 mostram, respectivamente, a data da identificação do sinal de compra e o
preço de fechamento do ativo-objeto nesta data. Este preço será diferente do valor observado
no gráfico do ativo-objeto, uma vez que a tabela apresenta os valores reais vigentes na data do
sinal e o gráfico foi ajustado por proventos. A data do sinal e o preço de fechamento do ativo-
55
objeto compõem o critério de escolha da opção a ser comprada, cujo código de negociação,
preço de exercício e data de vencimento aparecem, respectivamente, nas colunas 5, 6 e 7.
A coluna 8 indica a data da compra da opção e a coluna 9 mostra o seu preço de abertura
nesse dia, que será considerado o preço de compra.
As três colunas que se seguem referem-se à venda da opção. A coluna 10 indica a data de
observação do sinal de venda, se houver. A coluna 11 indica a data da venda da opção (na
ausência de um sinal de venda, a data de venda será o dia do vencimento da opção) e a coluna
12 mostra seu preço de abertura nesse dia, que será considerado o preço de venda.
As três últimas colunas representam o desempenho das operações. A coluna 13 mostra o
resultado da operação em questão. A coluna 14 representa o resultado acumulado no ano
corrente e a última, a coluna 15, mostra o resultado acumulado desde a primeira operação
feita sobre o ativo-objeto em análise.
As operações apresentados na Tabela A6.1 estão registradas nos Gráficos A6.1, A6.2 e A6.3
através de linhas verticais numeradas que indicam o pregão do sinal de compra. Cada um dos
gráficos apresenta a evolução do preço do ativo-objeto ao longo de um ano inteiro.
O Gráfico A6.1, por exemplo, mostra a evolução dos preços da Vale do Rio Doce PNA
durante todo o ano de 2006, com destaque para os sinais de compra das operações de 58 a 66.
Apesar de os gráficos e tabelas estarem divididos entre os Apêndices de acordo com o ativo-
objeto, a numeração de todas as operações segue uma sequência contínua, de 01 a 79.
Todos os gráficos de preços dos ativos no mercado à vista, incluindo os gráficos que resumem
as operações no final do texto e os gráficos usados como exemplo na apresentação da teoria
deste estudo, foram criados a partir do software
BI Desktop Streamer 4.0
, desenvolvido pela
corretora Banif CVC S.A. e de uso exclusivo de seus clientes. Todas as ferramentas e
indicadores utilizados, no entanto, são comuns à maioria dos softwares do mercado.
Os gráficos de preços das opções foram elaborados com o
Microsoft Excel 2007
, a partir das
cotações históricas coletadas em BM&FBOVESPA.
56
4.1 Petrobras PN
As análises do ativo Petrobras PN foram feitas entre os anos de 2004 e 2008 e acarretaram na
realização de 38 operações. Ao final de cada ano de análise será apresentado um breve
resumo dos principais destaques do ano. Os gráficos relativos a cada operação encontram-se
no Apêndice 1 e o resumo das operações no Apêndice 4.
Operação n°. 01
Ano: 2004 Ativo: PETRA78 Compra: R$ 1,36 Venda: R$ 4,65 Variação: +241,91%
Apesar do IFR estar acima dos 70%, as duas médias móveis mostravam uma firme tendência
de alta, confirmadas pelas linhas do MACD. Como o período selecionado para o estudo
iniciava-se no primeiro pregão de 2004, optou-se por considerar o último pregão de 2003
como um sinal de compra, que o gráfico vinha apresentando oportunidades de compra
durante toda a tendência de alta que se iniciou em março e intensificou-se em novembro de
2003. Após três pregões seguidos de forte valorização, a tendência de alta começou a
apresentar sinais de exaustão até que, em 14/01/2004, foi disparado o sinal de venda com os
cruzamentos do IFR pela linha dos 70% e dos preços pela MM de curto prazo. O histograma
decrescente do MACD ajudou a confirmar o sinal de venda.
Operação n°. 02
Ano: 2004 Ativo: PETRF72 Compra: R$ 2,40 Venda: R$ 2,70 Variação: +12,50%
Após o fim da tendência de alta anterior, os preços oscilaram dentro de uma zona de suporte e
resistência, chegando a apresentar um falso rompimento para cima em meados de abril, mas
rompendo para baixo em meados de maio. Os preços então caíram até o menor valor dos
últimos cinco meses antes de iniciarem um movimento de alta. No dia 26/05/2003, os preços
furaram a MM de curto prazo, junto com um cruzamento das linhas do MACD. Esperou-se
por uma confirmação da perfuração da MM, que veio no dia 28, quando os preços fecharam
acima da mesma pelo terceiro pregão seguido e o MACD manteve sua trajetória de alta,
disparando um sinal de compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
57
Operação n°. 03
Ano: 2004 Ativo: PETRI82 Compra: R$ 2,38 Venda: R$ 2,35 Variação: -1,26%
Após o fim da operação anterior, os preços andaram de lado por algumas semanas, testando
por três vezes o nível de resistência mostrado no gráfico. A perfuração da resistência ocorreu
no dia 10/08/2004, mas aguardou-se a confirmação, que ocorreu no dia 16, disparando o sinal
de compra. Após uma curta trajetória de alta, os preços voltaram a cair até perfurarem a MM
de curto prazo, junto com um cruzamento da linha de referência do IFR. O terceiro
fechamento seguido abaixo da MM coincidiu com o cruzamento das linhas do MACD,
disparando um sinal de venda. As semanas seguintes mostraram que o sinal não foi seguido
de uma reversão de tendência e os preços retomaram a alta.
Operação n°. 04
Ano: 2004 Ativo: PETRI84 Compra: R$ 1,59 Venda: R$ 4,50 Variação: +183,02%
O sinal de venda anterior se mostrou falso. A MM de longo prazo se comportou como um
suporte e os preços retomaram a trajetória de alta. No dia 02/09/2004 os preços superaram a
média movia de curto prazo e o rompimento foi confirmado no dia 06, quando o histograma
do MACD já apontava para um provável cruzamento de suas linhas e o sinal de compra foi
disparado. Os preços seguiram, então, em uma firme trajetória de alta e nenhum sinal de
venda foi observado até o vencimento da opção.
Operação n°. 05
Ano: 2004 Ativo: PETRJ90 Compra: R$ 2,40 Venda: R$ 2,00 Variação: -16,67%
O primeiro pregão após o vencimento anterior mostrou que a tendência de alta ainda não
havia sido interrompida e foi considerado um novo sinal de compra. A tendência permaneceu
firme até que três quedas seguidas derrubaram subitamente os preços e romperam a MM de
curto prazo. Além do rompimento da MM, o cruzamento do IFR pela linha dos 70% e o
cruzamento entre as linhas do MACD ratificaram o sinal de venda em 13/10/2004. No pregão
seguinte, os preços caíram mais e provocaram um falso rompimento da MM de longo prazo,
mas logo voltaram a subir até o vencimento da opção.
58
Resumo de 2004
Foram realizadas cinco operações, das quais três foram lucrativas e duas deficitárias. O
resultado acumulado no final do ano foi positivo em 795,76%. Os cinco sinais de compra
observados ocorreram durante tendências de alta e os preços subiram nos primeiros dias de
todas as operações. Durante as operações 03 e 05, entretanto, os preços apresentaram súbitas
correções para baixo que dispararam os sinais de venda e encerraram as posições com
prejuízo.
Operação n°. 06
Ano: 2005 Ativo: PETRB12 Compra: R$ 0,67 Venda: R$ 1,00 Variação: +49,25%
Após quase quatro meses oscilando dentro de uma zona de suporte e resistência, em
09/02/2005 os preços superaram a resistência e dispararam o sinal de compra, confirmado
pela firme alta do MACD. Nenhum sinal de venda foi identificado até o vencimento da opção.
Operação n°. 07
Ano: 2005 Ativo: PETRC16 Compra: R$ 3,25 Venda: R$ 5,48 Variação: +68,62%
O pregão seguinte à última venda mostrou que a tendência de alta deveria continuar, com os
preços afastando-se novamente da MM de curto prazo. O sinal de compra foi confirmado pelo
MACD crescente. O falso rompimento da MM de curto prazo não interrompeu a trajetória de
alta que durou até o dia 07/03/2005. Três pregões seguidos de queda serviram para furar a
MM de curto prazo junto com um cruzamento das linhas do MACD, disparando um sinal de
compra, que foi retificado pela queda do IFR.
Operação n°. 08
Ano: 2005 Ativo: PETRF10 Compra: R$ 3,85 Venda: R$ 8,00 Variação: +107,79%
O sinal de venda anterior marcou o início de uma tendência de baixa que durou dois meses. A
LTB foi furada em 05/05/2005, junto com o cruzamento das linhas do MACD. Decidiu-se,
entretanto, aguardar por uma confirmação de que a tendência havia se encerrado, que veio no
pregão seguinte e disparou o sinal de compra. Quatro quedas seguidas levaram os preços a um
nível que poderia ser considerado um sinal de venda, com o rompimento das duas médias
móveis. Como este era um nível de forte suporte, que durava quase quatro meses, decidiu-
se por não vender a posição e aguardar um rompimento ou um pullback. Os preços então
iniciaram uma forte subida que não foi interrompida até o vencimento da opção.
59
Operação n°. 09
Ano: 2005 Ativo: PETRH26 Compra: R$ 1,76 Venda: R$ 9,30 Variação: +428,41%
Após o rompimento das duas médias móveis e do cruzamento das linhas do MACD, bastava o
rompimento de um importante nível de resistência para a confirmação do sinal de compra, que
veio em 02/08/2005. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 10
Ano: 2005 Ativo: PETRI34 Compra: R$ 3,60 Venda: R$ 3,60 Variação: +300%
Depois de uma aproximação até a MM de longo prazo, os preços retomaram a tendência de
alta e a mantiveram até o vencimento da opção.
A Petrobras realizou um desdobramento de 1:4 em suas ações no dia 01/09/2005. Com isso, o
preço das ações foi dividido por quatro e cada acionista recebeu três novas ações para cada
ação em carteira no fechamento do dia 31/08/2005. No caso das opções, o preço de exercício
e o prêmio foram divididos por quatro e cada titular recebeu três novas opções da mesma série
para cada opção em carteira. É possível ver no gráfico dos preços do ativo PETRI34 o gap
entre os dias 31/08 e 01/09. O mesmo gap não aparece no gráfico do ativo-objeto, pois este já
sofreu o ajuste de proventos.
Esse desdobramento explica o lucro de 300% em uma operação em que a compra e a venda
foram feitas pelo mesmo preço. O número de ativos negociados na venda foi, na verdade,
quatro vezes maior do que na compra.
Operação n°. 11
Ano: 2005 Ativo: PETRJ3 Compra: R$ 0,85 Venda: R$ 0,33 Variação: -61,18%
Após o último vencimento, os preços afastaram-se novamente da MM de curto prazo,
indicando que a tendência de alta poderia continuar e disparando o sinal de compra. A
tendência, no entanto, perdeu força e, com o cruzamento do IFR pela linha dos 70%, seguido
pelo cruzamento entre as linhas do MACD e, finalmente, pelo rompimento das duas médias
móveis, o sinal de venda foi disparado.
60
Operação n°. 12
Ano: 2005 Ativo: PETRK33 Compra: R$ 1,14 Venda: R$ 0,10 Variação: -91,23%
No último pregão de outubro, os preços superaram as duas médias móveis junto com um
cruzamento das linhas do MACD. Decidiu-se, entretanto, aguardar pela confirmação do
rompimento, que veio em 01/11/2005, disparando o sinal de compra. Os preços, então,
andaram de lado por alguns pregões até que três quedas seguidas os derrubaram para baixo
das duas médias móveis. O histograma decrescente do MACD ajudou a confirmar o sinal de
venda em 11/11/2005.
Operação n°. 13
Ano: 2005 Ativo: PETRL34 Compra: R$ 0,89 Venda: R$ 2,13 Variação: +139,33%
O sinal de venda anterior acabou se revelando apenas um pullback dos preços, que pouco
depois voltaram a subir e a superar as duas médias móveis. O terceiro fechamento seguido
acima das médias móveis confirmou o rompimento, alguns pregões depois do cruzamento das
linhas do MACD, que ratificou o sinal de compra. Os preços assumiram uma trajetória de alta
que não foi interrompida até o vencimento da opção.
Resumo de 2005
Foram realizadas oito operações, das quais apenas duas resultaram em prejuízo. O resultado
acumulado no final do ano foi um lucro de 800,87%. Apenas a operação 11, iniciada no final
de uma tendência de alta, e a operação 12, executada quando os preços não apresentavam
tendência definida, foram deficitárias. O prejuízo acumulado pelas duas operações foi de
96,59%. Os demais sinais de compra do ano, com exceção do sinal 08, foram observados
durante tendências de alta.
Operação n°. 14
Ano: 2006 Ativo: PETRA39 Compra: R$ 0,51 Venda: R$ 4,60 Variação: +801,96%
Após o vencimento anterior, os preços andaram de lado por alguns pregões, respeitando um
nível de resistência que já durava três meses. No dia 02/01/2006, essa resistência foi superada,
junto com um cruzamento das linhas do MACD, disparando o sinal de compra. Foi o início de
um movimento de alta muito forte que durou até o vencimento da opção.
61
Operação n°. 15
Ano: 2006 Ativo: PETRB45 Compra: R$ 1,15 Venda: R$ 1,30 Variação: +13,04%
Após o vencimento anterior, os preços caíram até a MM de curto prazo e voltaram a subir,
indicando uma continuidade do movimento de alta e emitindo um sinal de compra. A alta de
fato persistiu por mais alguns pregões, até que uma forte queda foi suficiente para furar a LTA
e a MM de curto prazo, além de provocar o cruzamento das linhas do MACD e o cruzamento
do IFR pela linha dos 70%, disparando um sinal de venda.
Operação n°. 16
Ano: 2006 Ativo: PETRC44 Compra: R$ 2,08 Venda: R$ 0,55 Variação: -73,56%
O sinal de venda anterior representou o início de uma breve tendência de baixa, que foi
interrompida em 16/02/2006, com os preços superando a LTB em mais de 3% e superando a
MM de curto prazo em quase 3%. Como o histograma do MACD era crescente e o IFR
havia superado a linha dos 30% no pregão anterior, considerou-se um rompimento
confirmado da tendência de baixa e, portanto, um sinal de compra. Os preços esboçavam um
movimento de alta quando duas fortes baixas seguidas derrubaram os preços para baixo das
duas médias móveis. O sinal de venda foi ratificado pelo cruzamento das linhas do MACD.
Operação n°. 17
Ano: 2006 Ativo: PETRF50 Compra: R$ 0,98 Venda: R$ 0,81 Variação: -17,35%
Depois de mais de três meses andando de lado, no dia 18/04/2006 os preços superaram o nível
de resistência R1. Esse rompimento, entretanto, não foi considerado um sinal de compra, pois
os preços atingiram um nível muito próximo a outra zona de resistência, R2, tornando
arriscada uma operação do lado comprado. Em 05/05/2006, após testar e respeitar a LTA e a
MM de curto prazo, os preços subiram novamente e confirmaram o rompimento da resistência
R2, disparando um sinal de compra. A trajetória de alta continuou por pouco tempo, até que
duas fortes quedas furaram a MM de curto prazo e a LTA, emitindo um sinal de venda que foi
confirmado pelo MACD.
62
Operação n°. 18
Ano: 2006 Ativo: PETRF46 Compra: R$ 1,01 Venda: R$ 0,20 Variação: -80,20%
Em 26/05/2006, os preços romperam a MM de curto prazo e uma LTB de poucos dias.
Somando isso ao comportamento crescente do histograma do MACD e com o IFR superando
a linha dos 30%, foi emitido um sinal de compra. Os preços, então, andaram de lado por uma
semana, testando e respeitando a MM de longo prazo, até que uma forte queda levou os
preços para baixo da MM de curto prazo, confirmou a tendência de queda e disparou o sinal
de venda.
Operação n°. 19
Ano: 2006 Ativo: PETRG40 Compra: R$ 1,33 Venda: R$ 4,00 Variação: +200,75%
O terceiro fechamento acima da MM de curto prazo, em 20/06/2006, confirmou seu
rompimento. O fato de o fechamento ter sido muito pouco superior à MM poderia colocar em
dúvida o seu rompimento. O histograma do MACD, em franca ascensão, quase passando para
o lado positivo, e o recente cruzamento do IFR pela linha dos 30% ajudaram a ratificar o
comportamento altista e o sinal de compra. Um breve cruzamento dos preços pela MM de
curto prazo no dia 10/07/2006 não foi suficiente para disparar um sinal de venda e os preços
seguiram em uma alta modesta até o vencimento da opção.
Operação n°. 20
Ano: 2006 Ativo: PETRH44 Compra: R$ 1,20 Venda: R$ 1,07 Variação: -10,83%
Após o vencimento anterior, os preços recuaram até o vel de LTA, mas voltaram a subir,
sugerindo uma continuidade da alta e emitindo um sinal de compra. O sinal de venda veio dia
14/08/2006, com o rompimento da mesma LTA, junto com os cruzamentos das linhas do
MACD e do IFR pela linha dos 70%.
Operação n°. 21
Ano: 2006 Ativo: PETRK42 Compra: R$ 1,34 Venda: R$ 2,29 Variação: +70,90%
Depois do sinal de venda anterior, os preços seguiram uma trajetória de baixa que foi
intensificada no início de setembro. A partir de 25/09/2006, quatro pregões seguidos de alta
furaram a MM de curto prazo, o que poderia ser considerado um sinal de compra. Os preços,
63
entretanto, ainda oscilavam abaixo LTB e sofreriam nos próximos pregões uma forte
resistência imposta tanto pelo nível demarcado pela reta R, quanto pela MM de longo prazo.
Considerou-se prudente, portanto, aguardar por uma confirmação do sinal de compra. A
resistência R ainda foi respeitada por cerca de duas semanas até o dia 13/10/2006, quando foi
superada junto com a LTB. Aguardou-se a confirmação desse duplo rompimento, que veio
quando os preços recuaram até a LTB e tornaram a subir, emitindo o sinal de compra. A partir
desse rompimento iniciou-se uma trajetória de alta, interrompida apenas no sinal de venda do
dia 16/11/2006, quando a MM de curto prazo foi rompida, o IFR desceu a um nível inferior à
linha de 70% e o histograma do MACD era decrescente, quase negativo.
Operação n°. 22
Ano: 2006 Ativo: PETRL48 Compra: R$ 0,57 Venda: R$ 0,45 Variação: -21,05%
Os pregões que se sucederam ao sinal de venda anterior mostraram os preços testando e
respeitando a LTA por duas vezes, indicando uma continuidade da alta. O sinal de compra
ainda não havia sido disparado porque os preços oscilavam em um nível perigoso, um pouco
abaixo de uma resistência muito forte, que já durava quatro meses. O rompimento dessa
resistência marcou o sinal de compra e a posição foi mantida até o vencimento da opção.
Resumo de 2006
Foi um ano muito irregular, apresentando um número elevado de bruscas reversões de
tendências. Das nove operações executadas, apenas quatro foram lucrativas, mas ainda assim
o resultado acumulado foi um lucro de 59,65%. A primeira operação do ano teve o melhor
desempenho entre todas as operações deste estudo, com um lucro superior a 800%. Após uma
segunda operação lucrativa, as três operações que se seguiram acumularam um prejuízo de
95,67% e conseguiram derrubar o resultado acumulado desde 2004, que já superava os
80.000%, para 3.460,85%. As quatro últimas operações dividiram-se entre duas lucrativas e
duas deficitárias.
Operação n°. 23
Ano: 2007 Ativo: PETRB46 Compra: R$ 1,25 Venda: R$ 0,20 Variação: -84,00%
Depois de uma aceleração da alta no final de 2006, o ano de 2007 começou com uma forte
queda, que durou pouco mais da metade do mês de janeiro e foi interrompida no dia
64
19/01/2007, com o rompimento da LTB. O histograma crescente do MACD e o IFR
superando a linha dos 30% ajudaram a confirmar o sinal de compra. Depois de esboçar o
início de uma tendência de alta, os preços caíram abruptamente por três pregões seguidos e
furaram as duas médias móveis, disparando um sinal de venda.
Operação n°. 24
Ano: 2007 Ativo: PETRD44 Compra: R$ 1,10 Venda: R$ 5,99 Variação: +444,55%
No final de fevereiro, os preços chegaram a ameaçar um movimento de alta, quando
superaram as duas médias móveis. A confirmação do rompimento no pregão seguinte,
entretanto, não veio, e o que se viu foi o início de uma queda curta e intensa. Em 20/03/2007
os preços romperam a LTB junto com um cruzamento das linhas do MACD. Ratificado pelo
recente cruzamento do IFR pela linha dos 30%, foi disparado o sinal de compra. Não houve
sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 25
Ano: 2007 Ativo: PETRF48 Compra: R$ 1,14 Venda: R$ 4,00 Variação: +250,88%
O cruzamento das linhas do MACD e o rompimento da MM de longo prazo dispararam o
sinal de compra em 18/05/2007. Os preços, então, andaram de lado por alguns dias até
começarem um movimento acelerado de alta que não foi interrompido até o vencimento da
opção.
Operação n°. 26
Ano: 2007 Ativo: PETRG54 Compra: R$ 0,58 Venda: R$ 1,60 Variação: +175,86%
Após o vencimento anterior, os preços andaram de lado por alguns dias, até que a alta do dia
02/07/2007 rompeu um breve período de resistência, disparando o sinal de compra. Não
houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 27
Ano: 2007 Ativo: PETRH58 Compra: R$ 1,10 Venda: R$ 0,88 Variação: -20,00%
O pregão seguinte ao último vencimento parecia indicar uma continuidade do movimento de
alta e foi considerado um sinal de compra. A tendência, entretanto, mostrava alguns sinais de
65
exaustão. Em 24/07/2007, uma forte queda rompeu a MM de curto prazo e disparou o sinal de
compra, confirmado pelo cruzamento das linhas do MACD e pelo cruzamento do IFR pelo
nível dos 70%.
Operação n°. 28
Ano: 2007 Ativo: PETRI52 Compra: R$ 0,78 Venda: R$ 2,25 Variação: +188,46%
O pregão de 24/08/2007 marcou o fim da tendência de baixa que durava cerca de um mês. Os
rompimentos confirmados da LTB e das duas MÉDIAS MÓVEIS, somados aos sinais
emitidos pelo MACD e pelo IFR, dispararam o sinal de compra. Não houve sinal de venda até
o vencimento da opção.
Operação n°. 29
Ano: 2007 Ativo: PETJ588 Compra: R$ 2,32 Venda: R$ 9,05 Variação: +290,09%
O pregão seguinte ao último vencimento mostrou que o movimento de alta ainda não havia
sido interrompido e foi considerado um sinal de compra. A tendência prosseguiu até uma
ameaça não confirmada de reversão em 04/10/2007 e, depois disso, acelerou ainda mais a alta
até o vencimento da opção.
Operação n°. 30
Ano: 2007 Ativo: PETRK68 Compra: R$ 3,30 Venda: R$ 10,60 Variação: +221,21%
Depois do último vencimento, os preços recuaram até a LTA e, em 22/10/2007, chegaram a
ameaçar uma reversão de tendência. Aguardou-se, portanto, uma confirmação do rompimento
da LTA, que não veio. O pregão de 24/10/2007 mostrava que o rompimento era falso e
disparou um sinal de compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 31
Ano: 2007 Ativo: PETRL76 Compra: R$ 2,75 Venda: R$ 3,80 Variação: +38,18%
A LTA foi novamente testada e respeitada, emitindo um sinal de compra em 04/12/2007. Não
houve sinal de venda até o vencimento da opção, quando se esboçava uma possível reversão
da tendência de alta.
66
Resumo de 2007
Mesmo com o forte prejuízo de 84% provocado pela primeira operação, o ano de 2007
terminou com um lucro acumulado de 33.596,33%, o melhor resultado anual de todo o
estudo. A explicação para esse impressionante desempenho pode ser observada no gráfico do
ativo-objeto, que mostra duas fortes tendências de alta, de aproximadamente quatro meses
cada uma, separadas por uma correção de baixa de aproximadamente um mês. A primeira
tendência de alta, que vigorou entre março e julho, valorizou o ativo em mais de 40%. A
segunda teve início em meados de agosto, não foi interrompida até o fim do ano e mais do que
dobrou o valor do ativo.
Operação n°. 32
Ano: 2008 Ativo: PETRA82 Compra: R$ 5,14 Venda: R$ 0,22 Variação: -95,72%
A LTA resistiu a mais um teste e, em 19/12/2007, emitiu o sinal de compra. Em 07/01/2008,
o fechamento foi ligeiramente abaixo da LTA e o MACD havia emitido o sinal de venda.
Como a LTA representava uma resistência muito forte à queda dos preços, decidiu-se esperar
por uma confirmação do rompimento, que ainda não veio. No dia 14/01/2008 o fechamento
encostou novamente na LTA. Apesar de o MACD continuar emitindo sinal de venda, com seu
histograma em queda acentuada, decidiu-se novamente aguardar pela confirmação do
rompimento da LTA, que veio no pregão seguinte, disparando o sinal de venda.
Operação n°. 33
Ano: 2008 Ativo: PETRB78 Compra: R$ 2,76 Venda: R$ 6,35 Variação: +130,07%
A queda dos preços do início de 2008 intensificou-se a partir de 10/01/2008, demarcando uma
LTB muito inclinada. O rompimento dessa LTB disparou o sinal de compra, ratificado pelo
histograma crescente do MACD e pelo recente cruzamento do IFR pela linha dos 30%. Não
houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 34
Ano: 2008 Ativo: PETRD76 Compra: R$ 2,60 Venda: R$ 10,72 Variação: +312,31%
O rompimento da LTB e o cruzamento das linhas do MACD dispararam o sinal de compra.
Os preços seguiram em forte alta até o vencimento da opção.
67
Operação n°. 35
Ano: 2008 Ativo: PETRE88 Compra: R$ 1,30 Venda: R$ 4,20 Variação: +223,08%
O dia do último vencimento marcou o início de uma breve queda de preços que chegou a
ameaçar o rompimento da LTA. A confirmação do rompimento não veio e, em 05/05/2008 o
histograma do MACD já era crescente novamente e a tendência de alta dava sinais de
continuidade, disparando um sinal de compra. Os preços seguiram em uma tendência firme de
alta até o vencimento da opção.
Operação n°. 36
Ano: 2008 Ativo: PETRF14 Compra: R$ 2,80 Venda: R$ 1,25 Variação: -55,36%
Após o último vencimento, os preços continuaram subindo e afastando-se da LTA1 que
sustentava a alta, disparando um sinal de compra. Com os preços muito distantes da LTA1, a
posição comprada começou a ficar perigosa, que um recuo até a LTA1, ainda que não a
rompesse, poderia causar um grande prejuízo. Formou-se, então, a LTA2, cujo rompimento
coincidiu com o cruzamento do IFR para baixo da linha dos 70% e emitiu um sinal de venda.
O histograma decrescente do MACD ratificou o sinal.
Operação n°. 37
Ano: 2008 Ativo: PETRG46 Compra: R$ 1,48 Venda: R$ 1,18 Variação: -20,27%
O sinal de compra foi disparado com a confirmação do rompimento da LTB. O histograma
crescente do MACD reforçava o sinal Três pregões depois, uma forte queda levou os preços
para baixo das duas médias móveis e reverteu a tendência do MACD, antes que esse pudesse
confirmar o cruzamento de suas linhas. Foi disparado um sinal de venda.
Operação n°. 38
Ano: 2008 Ativo: PETRI36 Compra: R$ 1,20 Venda: R$ 0,83 Variação: -30,83%
A tendência de baixa seguiu muito forte até o rompimento confirmado da LTB, em
20/08/2008, que disparou o sinal de compra. Os preços, então, testaram por duas vezes o nível
de resistência e não conseguiram superá-lo, disparando um sinal de venda.
68
Resumo de 2008
A forte tendência de alta observada no final de 2007 foi interrompida logo no início de 2008.
Essa reversão fez da primeira operação de 2008 (iniciada no final de 2007) a pior entre todas
as operações deste estudo, com um prejuízo de 95,72%. Depois disso, três operações
lucrativas seguidas recuperaram toda essa perda e ainda acumularam, no ano, um lucro de
mais de 30%. A operação 36 foi iniciada na véspera do pregão em que os preços da Petrobras
PN atingiram sua máxima histórica, antes de começarem a sofrer os efeitos da crise
econômica que derrubou as bolsas de valores em todo o mundo. As operações 37 e 38
ocorreram durante correções de alta dentro da forte tendência de baixa que se estendeu até
dezembro. O ano terminou com três operações lucrativas, quatro deficitárias e um prejuízo
acumulado de 67,71%.
4.2 Telemar PN
As análises do ativo Telemar PN foram feitas entre os anos de 2004 e 2006 e acarretaram na
realização de 19 operações. Ao final de cada ano de análise será apresentado um breve
resumo dos principais destaques do ano. Os gráficos relativos a cada operação encontram-se
no Apêndice 2 e o resumo das operações no Apêndice 5.
Operação n°. 39
Ano: 2004 Ativo: TNLPA48 Compra: R$ 0,26 Venda: R$ 0,21 Variação: -19,23%
O ativo vinha em tendência de alta desde 19/11/2003. A partir da segunda quinzena de
dezembro, a tendência começou a se acelerar, formando uma segunda LTA mais inclinada.
Como o inicio do escopo deste estudo é o primeiro pregão de 2004, e considerando que os
preços já vinham respeitando uma LTA, optou-se por considerar o último pregão de 2003
como um sinal de compra. Os preços ainda respeitaram a mesma LTA até o dia 15/01/2004,
quando o fechamento foi abaixo da mesma. Devido à proximidade ao dia do vencimento da
opção, decidiu-se não esperar pela confirmação do rompimento da LTA e foi disparado um
sinal de venda, corroborado pelo histograma decrescente do MACD.
69
Operação n°. 40
Ano: 2004 Ativo: TNLPB50 Compra: R$ 1,89 Venda: R$ 1,01 Variação: -46,56%
O rompimento que disparou o sinal de venda anterior se mostrou falso e os preços voltaram a
superar a LTA, disparando um sinal de compra. A tendência de alta ainda persistiu por mais
alguns pregões, até que três quedas seguidas derrubaram os preços para baixo não apenas da
LTA, mas das duas MÉDIAS MÓVEIS. O IFR já havia cruzado para baixo da linha dos 70%
e o MACD ratificou o sinal de venda.
Operação n°. 41
Ano: 2004 Ativo: TNLPC44 Compra: R$ 1,28 Venda: R$ 0,36 Variação: -71,88%
O sinal de venda anterior marcou o início de uma forte queda, representada pela LTB1. Em
11/02/2004 os preços superaram a LTB1 em aproximadamente 5%, caracterizando seu
rompimento. O sinal de compra, entretanto, não foi disparado porque, durante aquele pregão,
os preços chegaram a atingir o nível de resistência R1, mas recuaram e fecharam abaixo do
mesmo. Aguardou-se por um rompimento de R1 antes de disparar um sinal de compra, mas os
preços voltaram a cair, formando a LTB2, um pouco menos inclinada. Em 20/02/2004, os
preços atingiram o nível de suporte que durava quase três meses e fecharam bem acima do
mesmo. Com os preços muito abaixo da LTB2 e respeitando o nível de suporte, o sinal de
compra foi disparado. Os preços, então, subiram e superaram a LTB 2, mas falharam em
romper o nível de resistência R2, emitindo um sinal de venda.
Operação n°. 42
Ano: 2004 Ativo: TNLPD40 Compra: R$ 0,77 Venda: R$ 0,87 Variação: +12,99%
Após a venda anterior, os preços seguiram em queda até que, em 24/03/2004, atingiram e
respeitaram um nível de suporte de quase sete meses, fechando um pouco acima do mesmo. A
leve queda no pregão seguinte não voltou a atingir o nível de suporte, mas também não
confirmou uma reversão. Finalmente, em 26/03/2004, o pregão de alta sinalizou para uma
reversão da baixa e disparou o sinal de compra. Os preços subiram até o nível da máxima
anterior, mas não foram capazes de superá-lo, disparando o sinal de venda.
70
Operação n°. 43
Ano: 2004 Ativo: TNLPF34 Compra: R$ 1,06 Venda: R$ 2,05 Variação: +93,40%
Em 18/05/2004, o fechamento do pregão superou a LTB. Aguardou-se a confirmação do
rompimento, que veio no pregão seguinte, junto com o cruzamento das linhas do MACD,
disparando o sinal de compra. Formou-se então uma LTA, que chegou a ser rompida no dia
14/06/2004, mas a confirmação não veio no pregão seguinte e a trajetória de alta continuou
até o vencimento da opção.
Operação n°. 44
Ano: 2004 Ativo: TNLPG36 Compra: R$ 1,54 Venda: R$ 4,99 Variação: +224,03%
No pregão seguinte ao vencimento anterior, nenhum dos indicadores apontava para uma
reversão da tendência de alta, emitindo um sinal de compra. A tendência de alta continuou e,
ao entrar no mês de julho, começou a demonstrar alguns sinais de exaustão. Não foi
suficiente, entretanto, para romper a LTA e nenhum sinal de venda foi emitido até o
vencimento da opção.
Resumo de 2004
Foram realizadas seis operações ao longo do ano, das quais as três primeiras resultaram em
perdas e as três últimas em ganhos. A operação 39 foi executada durante uma tendência de
alta, mas uma forte correção de baixa disparou o sinal de venda e encerrou a posição com
prejuízo. A operação 40 foi iniciada no final de uma tendência de alta, cuja reversão provocou
novo prejuízo. As operações 41 e 42 foram iniciadas em correções de alta durante uma
tendência de baixa. A retomada da trajetória de baixa após a correção se deu um pouco mais
devagar no caso da operação 42, o que tornou possível a realização de um pequeno lucro. As
operações 43 e 44 foram executadas durante uma tendência de alta e ambas resultaram em
bons lucros. O resultado acumulado do ano foi um prejuízo de 14,05%.
Operação n°. 45
Ano: 2005 Ativo: TNLPA44 Compra: R$ 1,10 Venda: R$ 0,73 Variação: -33,64%
Após a última venda, os preços oscilaram dentro de uma zona de suporte e resistência por
mais de cinco meses. O sinal de venda foi disparado pelo rompimento da resistência
confirmado em 15/12/2004. Os preços seguiram em alta até o primeiro pregão de 2005,
71
quando uma forte queda rompeu a MM de curto prazo e provocou o cruzamento das linhas do
MACD. O sinal de venda ainda foi confirmado pelo IFR.
Operação n°. 46
Ano: 2005 Ativo: TNLPB38 Compra: R$ 0,51 Venda: R$ 4,19 Variação: +721,57%
O ativo atravessou uma fortíssima queda que durou todo o mês de janeiro, mas não foi
suficiente para romper o nível de suporte, que já era respeitado por aproximadamente sete
meses. Em 02/02/2005, um novo teste do nível de suporte jogou os preços novamente para
cima, confirmando o rompimento da LTB. O histograma do MACD, que era crescente por
muitos pregões, antecipava um provável cruzamento entre as linhas e ajudou a ratificar o sinal
de compra. Um forte movimento de alta se iniciou e foi ameaçado na véspera do
vencimento da opção.
Operação n°. 47
Ano: 2005 Ativo: TNLPE42 Compra: R$ 1,93 Venda: R$ 1,00 Variação: -48,19%
Após o último vencimento, os preços andaram de lado por alguns pregões até o final de
fevereiro. Uma forte alta no início de março poderia ter disparado um sinal de compra, mas os
preços se aproximaram de um perigoso nível de resistência, que foi testado e respeitado no
primeiro pregão do ano e que já se mantinha por mais de um ano. Depois de uma ameaça não
confirmada de rompimento, os preços iniciaram uma trajetória de baixa que durou cerca de
um mês. Um sinal de compra foi disparado em 12/04/2005 com o que parecia ser a
confirmação do rompimento da LTB, junto com o cruzamento das linhas do MACD. Os dois
pregões seguintes mostraram que não haveria força para reverter a tendência de baixa e o sinal
de venda foi disparado.
Operação n°. 48
Ano: 2005 Ativo: TNLPF40 Compra: R$ 0,84 Venda: R$ 1,99 Variação: +136,90
Em 30/05/2005, a confirmação do rompimento de uma nova LTB, um pouco menos inclinada
que a anterior, disparou um sinal de venda, reforçado pelo recente cruzamento das linhas do
MACD. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
72
Operação n°. 49
Ano: 2005 Ativo: TNLPJ36 Compra: R$ 1,81 Venda: R$ 1,89 Variação: +4,42%
Depois do vencimento anterior, os preços entraram em uma tendência de baixa de mais
aproximadamente três meses. O sinal de compra foi disparado com o rompimento da LTB,
que veio alguns pregões depois do cruzamento das linhas do MACD. Os preços, então,
traçaram uma LTA de inclinação acentuada. O rompimento desta LTA, associado ao
histograma decrescente do MACD, disparou o sinal de venda em 05/10/2005.
Operação n°. 50
Ano: 2005 Ativo: TNLPK38 Compra: R$ 1,21 Venda: R$ 2,30 Variação: +90,08%
Após a última venda, os preços ainda recuaram até a MM de longo prazo, mas rebateram nela
e retomaram a trajetória de alta. As linhas do MACD chegaram a se cruzar emitindo um sinal
de queda, mas também reverteram a tendência e voltaram a se cruzar, ratificando o sinal de
compra em 13/10/2005. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 51
Ano: 2005 Ativo: TNLPL42 Compra: R$ 1,29 Venda: R$ 0,77 Variação: -40,31%
O pregão que sucedeu o último vencimento foi considerado um sinal de compra, pois com os
preços voltando a subir após um recuo até a LTA e com o cruzamento das linhas do MACD,
ele sugeriu uma continuidade da tendência de alta. Não houve sinal de venda até o
vencimento da opção.
Resumo de 2005
O ativo passou boa parte do ano sem apresentar uma tendência bem definida, seja de alta ou
de baixa. Esse comportamento acarretou em resultados bastante irregulares, com uma
alternância entre três operações deficitárias e quatro lucrativas. O resultado acumulado do ano
foi um lucro de 692,90%.
Operação n°. 52
Ano: 2006 Ativo: TNLPC40 Compra: R$ 1,12 Venda: R$ 0,82 Variação: -26,79%
73
O ativo iniciou o ano em tendência de queda. A aceleração da queda no final de janeiro
formou uma nova LTB, mais inclinada do que a primeira, cujo rompimento disparou o sinal
de compra, ratificado pelo IFR e pelo MACD. O sinal de venda foi disparado com a
confirmação do rompimento da LTA, junto com um cruzamento do IFR para baixo da linha
dos 70%.
Operação n°. 53
Ano: 2006 Ativo: TNLPE38 Compra: R$ 1,20 Venda: R$ 0,96 Variação: -20,00%
A venda anterior marcou o início de uma tendência de baixa de quase dois meses. O
rompimento da LTB e o cruzamento das linhas do MACD dispararam o sinal de compra. Os
preços, então, esboçaram um movimento de alta, mas ele foi interrompido depois de poucos
dias. Um pregão de forte queda trouxe os preços de volta à LTA. O pregão seguinte, com uma
queda um pouco mais suave, perfurou a LTA e disparou o sinal de venda. Após a venda,
houve ainda uma ameaça de retomada da alta, mas os três últimos pregões até o vencimento
da opção voltaram a derrubar os preços.
Operação n°. 54
Ano: 2006 Ativo: TNLPG30 Compra: R$ 0,45 Venda: R$ 0,15 Variação: -66,67%
Uma violenta queda levou os preços ao nível mais baixo dos últimos dois anos. Em
29/06/2006, com o rompimento confirmado da LTB, o cruzamento das linhas do MACD e o
cruzamento do IFR pela linha dos 30%, foi disparado um sinal de compra. Os preços subiram
um pouco até a resistência exercida pelo pico anterior, mas não foram capazes de superá-la.
Com o primeiro recuo dos preços, formou-se uma LTA, que foi rompida dois pregões depois,
em 07/07/2006, disparando o sinal de venda. A queda persistiu até o vencimento da opção.
Operação n°. 55
Ano: 2006 Ativo: TNLPJ30 Compra: R$ 0,59 Venda: R$ 0,39 Variação: -33,90%
Após a venda anterior, os preços recuaram novamente até o nível de suporte e passaram a
oscilar dentro de uma zona de suporte e resistência. O rompimento confirmado da resistência
R1 deu-se no dia 18/08/2006. Esse rompimento, entretanto, não disparou um sinal de compra,
pois a alta do dia foi muito forte e elevou os preços até um vel próximo a outra resistência
(R2). Os preços falharam em romper R2 e traçaram uma LTB que, ao ser rompida, disparou o
74
sinal de compra. Alguns dias depois, a LTA que começava a ser desenhada foi rompida e o
sinal de venda foi disparado.
Operação n°. 56
Ano: 2006 Ativo: TNLPJ30 Compra: R$ 0,35 Venda: R$ 2,20 Variação: +528,57%
Depois da última venda, os preços recuaram novamente até o nível de suporte e voltaram a
subir, disparando um sinal de compra. A alta não foi interrompida até o vencimento da opção.
Operação n°. 57
Ano: 2006 Ativo: TNLPK34 Compra: R$ 0,45 Venda: R$ 0,19 Variação: -57,78
O último vencimento ocorreu muito próximo a um vel de resistência que não era superado
desde meados de maio. A confirmação do rompimento dessa resistência ocorreu em
07/11/2006, junto com um cruzamento das linhas do MACD, disparando um sinal de compra.
Os preços ameaçaram voltar para baixo do nível da resistência rompida, mas logo voltaram a
subir e não emitiram sinal de venda até o vencimento da opção.
Resumo de 2006
O ativo passou novamente o ano inteiro sem apresentar uma tendência de alta, resultando em
cinco operações deficitárias das seis executadas no ano. O único lucro foi auferido na
operação 56, cujo sinal de compra se deu no início de um curto e forte movimento de alta.
Essa operação conseguiu amortecer boa parte das perdas das demais operações, mas ainda
assim o resultado acumulado do ano foi um prejuízo de 67,75%.
4.3 Vale do Rio Doce PNA
As análises do ativo Vale do Rio Doce PNA foram feitas entre os anos de 2006 e 2008 e
acarretaram na realização de 22 operações. Ao final de cada ano de análise será apresentado
um breve resumo dos principais destaques do ano. Os gráficos relativos a cada operação
encontram-se no Apêndice 3 e o resumo das operações no Apêndice 6.
75
Operação n°. 58
Ano: 2006 Ativo: VALEB90 Compra: R$ 3,10 Venda: R$ 5,00 Variação: +61,29%
Nos últimos meses de 2005, os preços oscilavam dentro de uma zona de suporte e resistência.
O sinal de compra foi disparado com a confirmação do rompimento da resistência, em
06/01/2006. Os preços, então, traçaram uma firme trajetória de alta até que, em 02/02/2006,
uma brusca queda furou a LTA, disparando o sinal de venda.
Operação n°. 59
Ano: 2006 Ativo: VALEC88 Compra: R$ 3,00 Venda: R$ 1,75 Variação: -41,67%
A venda anterior marcou o início de um curto e intenso movimento de queda. Em menos de
um mês, a LTB foi superada e um novo sinal de compra foi disparado. Poucos dias depois,
entretanto, os preços retomaram a queda. A LTA foi rompida e o MACD mudou sua direção e
seu histograma voltou a apontar para baixo, emitindo um sinal de venda.
Operação n°. 60
Ano: 2006 Ativo: VALED84 Compra: R$ 4,00 Venda: R$ 9,20 Variação: +130,00%
Depois da venda anterior, os preços caíram bruscamente até um nível de suporte respeitado
por mais de quatro meses. A queda não foi suficiente para furar o suporte e os preços
voltaram a subir, disparando um sinal de compra em 14/03/2006. Iniciou-se, então, uma forte
tendência de alta. A LTA sofreu uma ameaça de rompimento às vésperas do vencimento da
opção, mas não houve tempo para uma confirmação e nenhum sinal de venda foi disparado.
Operação n°. 61
Ano: 2006 Ativo: VALEE96 Compra: R$ 2,95 Venda: R$ 0,68 Variação: -76,95%
O pregão seguinte ao vencimento anterior indicava uma continuidade da tendência de alta,
disparando o sinal de compra. Até o vencimento da opção, a LTA sofreu duas ameaças de
rompimento. A primeira não foi confirmada e os preços voltaram a subir. A segunda ameaça
seria confirmada no pregão seguinte, mas era o dia do vencimento da opção. Não houve,
portanto, nenhum sinal de venda.
76
Operação n°. 62
Ano: 2006 Ativo: VALEF60 Compra: R$ 2,19 Venda: R$ 2,36 Variação: +7,76%
Após o último vencimento, os preços entraram em uma tendência de baixa, interrompida por
um nível de suporte. Ao testar e respeitar o suporte, os preços emitiram um sinal de compra,
confirmado pelo IFR, que superou a linha dos 30% e corroborado pela mudança na direção do
histograma do MACD, que voltava a apontar para cima. Após uma breve alta, duas quedas
seguidas mostraram que a tendência não havia se revertido e queda deveria continuar,
disparando o sinal de venda.
Operação n°. 63
Ano: 2006 Ativo: VALEG80 Compra: R$ 1,81 Venda: R$ 4,20 Variação: +132,04%
Os preços retomaram a tendência de queda, que foi intensificada no mês de junho, formando
uma nova LTB (LTB2), bem mais inclinada que a primeira (LTB1). A queda continuou até os
preços encontrarem um novo e ainda mais forte nível de suporte, que já durava nove meses. A
rebatida nesse suporte rompeu a LTB2 e disparou o sinal de compra. Os preços subiram até a
primeira resistência, mas sem força para superá-la. Duas quedas após testar e respeitar a
resistência, os preços confirmaram o rompimento da LTA e dispararam o sinal de venda.
Operação n°. 64
Ano: 2006 Ativo: VALEJ40 Compra: R$ 0,84 Venda: R$ 3,81 Variação: +353,57%
Os preços oscilaram por aproximadamente dois meses entre o suporte S1 e a resistência R1.
Após o rompimento de R1, uma nova zona de suporte e resistência (S2 e R2) conteve os
preços por pouco mais de um mês. O rompimento de S2 derrubou os preços para o nível do
suporte S3, que durava quase um ano. Ao rebater neste suporte, os preços dispararam um
sinal de compra e seguiram em forte alta até o vencimento da opção.
Operação n°. 65
Ano: 2006 Ativo: VALEK46 Compra: R$ 0,85 Venda: R$ 3,00 Variação: +252,94%
O pregão seguinte ao último vencimento indicava uma continuidade da alta e emitiu um sinal
de compra. Em 13/11/2006, a LTA foi rompida junto com o cruzamento do IFR para baixo da
linha dos 70%. Decidiu-se, entretanto, aguardar por uma confirmação do rompimento, que
77
veio no pregão seguinte, com novo fechamento abaixo da LTA e com o cruzamento das linhas
do MACD, disparando o sinal de venda.
Operação n°. 66
Ano: 2006 Ativo: VALEL50 Compra: R$ 1,75 Venda: R$ 4,51 Variação: +157,71%
Após a última venda, os preços recuaram um pouco até a MM de longo prazo e voltaram a
subir, disparando um sinal de compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Resumo de 2006
Nove operações foram executadas ao longo do ano, das quais apenas duas provocaram perdas.
O lucro acumulado no ano foi superior a 5.000%, dos quais mais de 4.000% foram auferidos
nas três últimas operações, executadas ao longo da forte tendência de alta observada no último
trimestre do ano.
Operação n°. 67
Ano: 2007 Ativo: VALEB54 Compra: R$ 1,74 Venda: R$ 6,05 Variação: +247,70%
Após uma queda até o suporte, dois pregões seguidos de alta firme dispararam o sinal de
compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 68
Ano: 2007 Ativo: VALEC62 Compra: R$ 2,70 Venda: R$ 1,71 Variação: -36,67%
O pregão que sucedeu o vencimento anterior indicou uma continuidade da tendência de alta e
foi considerado um sinal de compra. Os preços, de fato, seguiram em uma tendência de alta,
mas ela foi brutalmente interrompida pela queda do dia 27/02/2007, o que disparou o sinal de
venda.
Operação n°. 69
Ano: 2007 Ativo: VALED66 Compra: R$ 1,63 Venda: R$ 4,70 Variação: +188,34%
O dia do último sinal de venda marcou um nível de resistência cujo rompimento confirmado
disparou um sinal de compra. Não houve sinal de venda.
78
Operação n°. 70
Ano: 2007 Ativo: VALEE74 Compra: R$ 1,90 Venda: R$ 1,00 Variação: -47,37%
O primeiro pregão após o vencimento anterior sugeria uma continuidade da tendência de alta
e disparou um sinal de compra. O sinal de venda foi disparado pelo rompimento da LTA, pelo
cruzamento das linhas do MACD e pelo cruzamento do IFR para baixo dos 70%.
Operação n°. 71
Ano: 2007 Ativo: VALEH78 Compra: R$ 2,66 Venda: R$ 5,50 Variação: +106,77%
Depois da última venda, os preços oscilaram dentro de uma zona de suporte e resistência por
quase três meses. Em 04/05/2007, o fechamento ligeiramente acima do suporte e o
cruzamento das linhas do MACD alertavam para um provável rompimento do suporte.
Decidiu-se, entretanto, aguardar a confirmação, que veio no pregão seguinte com nova alta
dos preços e com o afastamento das linhas do MACD, disparando o sinal de compra. O sinal
de venda veio em 24/07/2007, com o rompimento da LTA.
Operação n°. 72
Ano: 2007 Ativo: VALEI76 Compra: R$ 2,75 Venda: R$ 5,70 Variação: +314,55%
A queda iniciada na venda anterior acelerou-se em agosto, formando uma LTB muito
inclinada. O rompimento da LTB se deu em 22/08/2007, junto com o IFR cruzando para cima
da linha dos 30%. A confirmação do rompimento veio com a forte alta do pregão seguinte,
disparando um sinal de compra fortalecido pelo histograma crescente do MACD fortaleceu o
sinal de compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
A Vale do Rio Doce realizou um desdobramento de 1:2 em suas ações no dia 03/09/2007.
Com isso, o preço das ações foi dividido por dois e cada acionista recebeu uma nova ão
para cada ação em carteira no fechamento do dia 31/08/2005. No caso das opções, o preço de
exercício e o prêmio foram divididos por dois e cada titular recebeu uma nova opção da
mesma série para cada opção em carteira. É possível ver no gráfico dos preços do ativo
VALEI76 o gap entre os dias 31/08 e 03/09. O mesmo gap não aparece no gráfico do ativo-
objeto, pois este já sofreu o ajuste de proventos.
79
Esse desdobramento explica o lucro de 314,55% em uma operação em que a compra foi a
R$2,75 e a venda foi a R$5,70. O número de ativos negociados na venda foi, na verdade, duas
vezes maior do que na compra.
Operação n°. 73
Ano: 2007 Ativo: VALEJ94 Compra: R$ 2,70 Venda: R$ 6,70 Variação: +148,15%
O pregão que sucedeu o vencimento anterior indicava continuidade da tendência de alta e foi
considerado um sinal de compra. Em 04/10/2007, o rompimento da LTA alertava para um
provável sinal de venda. Decidiu-se, entretanto, aguardar a confirmação do rompimento,
que não houve cruzamento das linhas do MACD e o fechamento foi aproximadamente 2%
abaixo da LTA.A alta do pregão seguinte devolveu os preços para cima da LTA, mesmo com
o cruzamento das linhas do MACD. Os preços então seguiram em alta, alternando fechamento
acima e abaixo da LTA, até o vencimento da opção, sem disparar qualquer sinal de venda.
Resumo de 2007
Todas as sete operações do ano foram realizadas nos três primeiros trimestres do ano, período
em que o ativo-objeto mais do que dobrou de valor. Com cinco operações lucrativas e duas
deficitárias, o lucro acumulado do ano foi de 7.008,20%.
Operação n°. 74
Ano: 2008 Ativo: VALEB48 Compra: R$ 0,88 Venda: R$ 0,71 Variação: -19,32%
Após o último vencimento, os preços passaram o resto do ano oscilando dentro de uma zona
de suporte e resistência aque, no início de janeiro, o suporte foi rompido. Formou-se então,
uma LTB cujo rompimento, em 01/02/2008, disparou o sinal de compra. O cruzamento e
afastamento das linhas do MACD ratificaram o sinal. Não houve sinal de venda até o
vencimento da opção.
Operação n°. 75
Ano: 2008 Ativo: VALEC52 Compra: R$ 2,00 Venda: R$ 1,00 Variação: -50,00%
O pregão seguinte ao fechamento anterior provocou uma leve queda nos preços. Em
20/02/2008, os preços voltaram a subir indicando que a tendência de alta poderia continuar e
disparando um sinal de compra. Os preços subiram um pouco mais até que, em 29/02/2008,
80
uma forte queda jogou os preços para baixo da LTA junto com um cruzamento do IFR para
baixo da linha dos 70%, disparando o sinal de venda. O histograma do MACD já era
decrescente por vários pregões, ajudando a fortalecer o sinal.
Operação n°. 76
Ano: 2008 Ativo: VALED50 Compra: R$ 2,25 Venda: R$ 2,90 Variação: +28,89%
O rompimento da LTB, em 26/03/2008, disparou o sinal de compra. O histograma do MACD
era crescente, quase positivo, fortalecendo o sinal. Os preços oscilaram pouco e não emitiram
nenhum sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 77
Ano: 2008 Ativo: VALEE54 Compra: R$ 1,55 Venda: R$ 5,20 Variação: +235,48%
O vencimento anterior ocorreu muito próximo a um vel de resistência cujo rompimento
confirmado, em 02/05/2008, ratificado pelo cruzamento das linhas do MACD, disparou o
sinal de compra. Não houve sinal de venda até o vencimento da opção.
Operação n°. 78
Ano: 2008 Ativo: VALEG50 Compra: R$ 1,35 Venda: R$ 0,48 Variação: -64,44%
O vencimento anterior se deu na máxima histórica do preço do ativo. A tendência de baixa
muito intensa que se iniciou parecia ter sido interrompida em 25/06/2008, com a confirmação
do rompimento da LTB e com o cruzamento das linhas do MACD. Dois pregões antes, o IFR
havia cruzado para cima da linha dos 30%, fortalecendo o sinal de compra. O sinal,
entretanto, se mostrou falso e os preços retomaram a forte queda que o precedeu, disparando o
sinal de venda em 01/07/2008.
Operação n°. 79
Ano: 2008 Ativo: VALEI38 Compra: R$ 2,19 Venda: R$ 1,50 Variação: -31,51%
Os preços permaneceram em forte queda até que, em 20/08/2008, o rompimento da LTB,
confirmado pelo cruzamento do IFR para cima da linha dos 30%, disparou o sinal de compra.
Os preços subiram por mais um pregão e voltaram a cair. Em uma nova tentativa de subida, os
81
preços testaram o nível de resistência imposto pelo último pico e não foram capazes de
superá-lo, disparando o sinal de venda.
Resumo de 2008
Foram executadas seis operações ao longo do ano, das quais apenas duas foram lucrativas. O
resultado acumulado no ano foi um prejuízo de 57,52%. Os sinais 74 e 75 foram observados
durante um movimento de alta dentro de uma zona de suporte e resistência e resultaram em
operações deficitárias. As operações 76 e 77 foram executadas durante o último movimento
de alta antes dos impactos da crise econômica mundial e foram lucrativas. Os sinais 78 e 79
ocorreram durante a forte tendência de baixa provocada pela crise internacional, fechando o
ano com novos prejuízos.
83
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo avaliou a eficiência da aplicação da Análise Gráfica no mercado de opções. A
estratégia adotada foi a de realizar operações com opções a partir da Análise Gráfica do ativo-
objeto no mercado à vista. As 79 operações simuladas dividiram-se entre 45 operações
lucrativas e 34 deficitárias.
Os impressionantes resultados acumulados, principalmente nos casos da Petrobras e da Vale
do Rio Doce, devem ser analisados com cautela. É importante lembrar que o resultado
acumulado de uma sequência de investimentos é um indicador que pressupõe que todo o
capital remanescente de um investimento seja aplicado no investimento seguinte, o que não é
recomendável no mercado de opções. Ainda assim, os altíssimos níveis atingidos por esse
indicador ao longo do estudo destacam o potencial de lucratividade das opções.
Fica evidente, portanto, que operar no mercado de ações utilizando a análise gráfica aplicada
ao ativo-objeto pode ser uma estratégia bastante lucrativa. É fundamental, no entanto, que
alguns cuidados sejam observados de modo que os prejuízos causados pelas inevitáveis
operações malsucedidas não sejam tão acentuados quanto alguns dos prejuízos observados
neste estudo.
O primeiro cuidado a ser tomado é o de não se adotar a estratégia do reinvestimento total dos
recursos em todas as operações. Face ao elevado risco que o mercado de opções oferece, é
importante que o investidor comprometa, em cada operação, uma fração muito pequena do
seu patrimônio. É claro que, com essa atitude, o investidor vai limitar, junto com o risco, o
seu potencial de ganho.
Além disso, é importante que se opere sempre a favor da tendência primária dos preços.
Tentar tirar proveito de correções contrárias à tendência principal, ou operar em oscilações
entre um suporte e uma resistência se mostraram estratégias de alto risco. A dificuldade aqui
consiste em determinar quando um movimento contrário à tendência principal é apenas uma
correção da mesma, ou se ela foi de fato revertida. Não existe ferramenta mais apropriada
para enfrentar este obstáculo do que a experiência do analista.
84
Outra estratégia que deve contribuir para melhores resultados é o uso dos stops de proteção. A
análise das operações malsucedidas deste estudo não deixa dúvidas com relação à importância
dessa ferramenta. Na grande maioria das vezes, o sinal de compra foi sucedido por um
período de alta de preços e as operações foram lucrativas por alguns pregões. A espera pelo
sinal de venda antes de encerrar a operação acabou tornando deficitárias algumas operações
potencialmente lucrativas. O uso de stops teria protegido o lucro gerado pelo movimento
inicial dos preços.
Além disso, a ordem stop oferece ao investidor a possibilidade de travar suas perdas e
melhorar seus pontos de entrada e de saída do mercado, tornando-se uma ferramenta
indispensável ao investidor que não pode acompanhar o mercado durante o pregão.
É importante ressaltar que esse estudo realizou apenas simulações de investimentos e
nenhuma importância financeira foi de fato comprometida nas operações. Isso elimina todas
as emoções naturalmente envolvidas nas operações em bolsas de valores. Sentimentos como
medo, ganância, euforia e pânico fazem parte do dia a dia do mercado financeiro e
representam um grande obstáculo para se reproduzir, na prática, o que foi aqui simulado na
teoria.
85
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89
APÊNDICES
APÊNDICE 1 – PETROBRAS PN – OPERAÇÕES
APÊNDICE 2 – TELEMAR PN – OPERAÇÕES
APÊNDICE 3 – VALE DO RIO DOCE PNA – OPERAÇÕES
APÊNDICE 4 – PETROBRAS PN – RESUMO DAS OPERAÇÕES
APÊNDICE 5 – TELEMAR PN – RESUMO DAS OPERAÇÕES
APÊNDICE 6 – VALE DO RIO DOCE PNA – RESUMO DAS OPERAÇÕES
APÊNDICE 1
PETROBRAS PN – OPERAÇÕES
93
Gráfico A1.1 – Operação n° 01 – Petrobras PN (03/11/2003 a 19/01/2004)
Gráfico A1.2 – Operação n° 01 – PETRA78 (03/11/2003 a 19/01/2004)
94
Gráfico A1.3 – Operação n° 02 – Petrobras PN (02/01/2004 a 21/06/2004)
Gráfico A1.4 – Operação n° 02 – PETRF72 (01/03/2004 a 21/06/2004)
95
Gráfico A1.5 – Operação n° 03 – Petrobras PN (01/06/2004 a 20/09/2004)
Gráfico A1.6 – Operação n° 03 – PETRI82 (01/06/2004 a 20/09/2004)
96
Gráfico A1.7 – Operação n° 04 – Petrobras PN (20/07/2004 a 20/09/2004)
Gráfico A1.8 – Operação n° 04 – PETRI84 (20/07/2004 a 20/09/2004)
97
Gráfico A1.9 – Operação n° 05 – Petrobras PN (16/08/2004 a 18/10/2004)
Gráfico A1.10 – Operação n° 05 – PETRJ90 (16/08/2004 a 18/10/2004)
98
Gráfico A1.11 – Operação n° 06 – Petrobras PN (01/10/2004 a 21/02/2005)
Gráfico A1.12 – Operação n° 06 – PETRB12 (01/10/2004 a 21/02/2005)
99
Gráfico A1.13 – Operação n° 07 – Petrobras PN (17/01/2005 a 21/03/2005)
Gráfico A1.14 – Operação n° 07 – PETRC16 (17/01/2005 a 21/03/2005)
100
Gráfico A1.15 – Operação n° 08 – Petrobras PN (24/01/2005 a 20/06/2005)
Gráfico A1.16 – Operação n° 08 – PETRF10 (24/01/2005 a 20/06/2005)
101
Gráfico A1.17 – Operação n° 09 – Petrobras PN (21/06/2005 a 15/08/2005)
Gráfico A1.18 – Operação n° 09 – PETRH26 (21/06/2005 a 15/08/2005)
102
Gráfico A1.19 – Operação n° 10 – Petrobras PN (04/08/2005 a 19/09/2005)
Gráfico A1.20 – Operação n° 10 – PETRI34 (04/08/2005 a 19/09/2005)
103
Gráfico A1.21 – Operação n° 11 – Petrobras PN (09/09/2005 a 17/10/2005)
Gráfico A1.22 – Operação n° 11 – PETRJ4 (09/09/2005 a 17/10/2005)
104
Gráfico A1.23 – Operação n° 12 –Petrobras PN (19/09/2005 a 21/11/2005)
Gráfico A1.24 – Operação n° 12 – PETRK33 (19/09/2005 a 21/11/2005)
105
Gráfico A1.25 – Operação n° 13 – Petrobras PN (13/10/2005 a 19/12/2005)
Gráfico A1.26 – Operação n° 13 – PETRL34 (13/10/2005 a 19/12/2005)
106
Gráfico A1.27 – Operação n° 14 – Petrobras PN (21/09/2005 a 16/01/2006)
Gráfico A1.28 – Operação n° 14 – PETRA39 (21/09/2005 a 16/01/2006)
107
Gráfico A1.29 – Operação n° 15 – Petrobras PN (26/12/2005 a 20/02/2006)
Gráfico A1.30 – Operação n° 15 – PETRB45 (26/12/2005 a 20/02/2006)
108
Gráfico A1.31 – Operação n° 16 – Petrobras PN (04/01/2006 a 20/03/2006)
Gráfico A1.32 – Operação n° 16 – PETRC44 (04/01/2006 a 20/03/2006)
109
Gráfico A1.33 – Operação n° 17 – Petrobras PN (31/01/2006 a 19/06/2006)
Gráfico A1.34 – Operação n° 17 – PETRF50 (31/01/2006 a 19/06/2006)
110
Gráfico A1.35 – Operação n° 18 – Petrobras PN (21/03/2006 a 19/06/2006)
Gráfico A1.36 – Operação n° 18 – PETRF46 (21/03/2006 a 19/06/2006)
111
Gráfico A1.37 – Operação n° 19 – Petrobras PN (18/04/2006 a 17/07/2006)
Gráfico A1.38 – Operação n° 19 – PETRG40 (18/04/2006 a 17/07/2006)
112
Gráfico A1.39 – Operação n° 20 – Petrobras PN (01/06/2006 a 21/08/2006)
Gráfico A1.40 – Operação n° 20 – PETRH44 (01/06/2006 a 21/08/2006)
113
Gráfico A1.41 – Operação n° 21 – Petrobras PN (01/08/2006 a 21/11/2006)
Gráfico A1.42 – Operação n° 21 – PETRK42 (01/08/2006 a 21/11/2006)
114
Gráfico A1.43 – Operação n° 22 – Petrobras PN (03/08/2006 a 18/12/2006)
Gráfico A1.44 – Operação n° 22 – PETRL48 (03/08/2006 a 18/12/2006)
115
Gráfico A1.45 – Operação n° 23 – Petrobras PN (10/11/2006 a 12/02/2007)
Gráfico A1.46 – Operação n° 23 – PETRB46 (10/11/2006 a 12/02/2007)
116
Gráfico A1.47 – Operação n° 24 – Petrobras PN (15/01/2007 a 16/04/2007)
Gráfico A1.48 – Operação n° 24 – PETRD44 (15/01/2007 a 16/04/2007)
117
Gráfico A1.49 – Operação n° 25 – Petrobras PN (21/03/2007 a 18/06/2007)
Gráfico A1.50 – Operação n° 25 – PETRF48 (21/03/2007 a 18/06/2007)
118
Gráfico A1.51 – Operação n° 26 – Petrobras PN (17/04/2007 a 16/07/2007)
Gráfico A1.52 – Operação n° 26 – PETRG54 (17/04/2007 a 16/07/2007)
119
Gráfico A1.53 – Operação n° 27 – Petrobras PN (23/05/2007 a 20/08/2007)
Gráfico A1.54 – Operação n° 27 – PETRH58 (23/05/2007 a 20/08/2007)
120
Gráfico A1.55 – Operação n° 28 – Petrobras PN (20/06/2007 a 17/09/2007)
Gráfico A1.56 – Operação n° 28 – PETRI52 (20/06/2007 a 17/09/2007)
121
Gráfico A1.57 – Operação n° 29 – Petrobras PN (18/07/2007 a 15/10/2007)
Gráfico A1.58 – Operação n° 29 – PETRJ58 (18/07/2007 a 15/10/2007)
122
Gráfico A1.59 – Operação n° 30 – Petrobras PN (15/08/2007 a 19/11/2007)
Gráfico A1.60 – Operação n° 30 – PETRK68 (15/08/2007 a 19/11/2007)
123
Gráfico A1.61 – Operação n° 31 – Petrobras PN (15/08/2007 a 17/12/2007)
Gráfico A1.62 – Operação n° 31 – PETRL76 (15/08/2007 a 17/12/2007)
124
Gráfico A1.63 – Operação n° 32 – Petrobras PN (15/08/2007 a 21/01/2008)
Gráfico A1.64 – Operação n° 32 – PETRA82 (15/08/2007 a 21/01/2008)
125
Gráfico A1.65 – Operação n° 33 – Petrobras PN (12/11/2007 a 18/02/2008)
Gráfico A1.66 – Operação n° 33 – PETRB78 (12/11/2007 a 18/02/2008)
126
Gráfico A1.67 – Operação n° 34 – Petrobras PN (22/02/2008 a 22/04/2008)
Gráfico A1.68 – Operação n° 34 – PETRD76 (22/02/2008 a 22/04/2008)
127
Gráfico A1.69 – Operação n° 35 – Petrobras PN (04/03/2008 a 19/05/2008)
Gráfico A1.70 – Operação n° 35 – PETRE88 (04/03/2008 a 19/05/2008)
128
Gráfico A1.71 – Operação n° 36 – Petrobras PN (18/03/2008 a 16/06/2008)
Gráfico A1.72 – Operação n° 36 – PETRF14 (18/03/2008 a 16/06/2008)
129
Gráfico A1.73 – Operação n° 37 – Petrobras PN (13/05/2008 a 21/07/2008)
Gráfico A1.74 – Operação n° 37 – PETRG46 (13/05/2008 a 21/07/2008)
130
Gráfico A1.75 – Operação n° 38 – Petrobras PN (02/07/2008 a 15/09/2008)
Gráfico A1.76 – Operação n° 38 – PETRI36 (02/07/2008 a 15/09/2008)
APÊNDICE 2
TELEMAR PN – OPERAÇÕES
133
Gráfico A2.1 – Operação n° 39 – Telemar PN (10/11/2003 a 19/01/2004)
Gráfico A2.2 – Operação n° 39 – TNLPA48 (10/11/2003 a 19/01/2004)
134
Gráfico A2.3 – Operação n° 40 – Telemar PN (02/12/2003 a 16/02/2004)
Gráfico A2.4 – Operação n° 40 – TNLPB50 (02/12/2003 a 16/02/2004)
135
Gráfico A2.5 – Operação n° 41 – Telemar PN (27/11/2003 a 15/03/2004)
Gráfico A2.6 – Operação n° 41 – TNLPC44 (27/11/2003 a 15/03/2004)
136
Gráfico A2.7 – Operação n° 42 – Telemar PN (29/08/2003 a 19/04/2004)
Gráfico A2.8 – Operação n° 42 – TNLPD40 (29/08/2003 a 19/04/2004)
137
Gráfico A2.9 – Operação n° 43 – Telemar PN (26/04/2004 a 21/06/2004)
Gráfico A2.10 – Operação n° 43 – TNLPF34 (26/04/2004 a 21/06/2004)
138
Gráfico A2.11 – Operação n° 44 – Telemar PN (13/05/2004 a 19/07/2004)
Gráfico A2.12 – Operação n° 44 – TNLPG36 (13/05/2004 a 19/07/2004)
139
Gráfico A2.13 – Operação n° 45 – Telemar PN (22/06/2004 a 17/01/2005)
Gráfico A2.14 – Operação n° 45 – TNLPA44 (22/06/2004 a 17/01/2005)
140
Gráfico A2.15 – Operação n° 46 – Telemar PN (06/08/2004 a 21/02/2005)
Gráfico A2.16 – Operação n° 46 – TNLPB38 (06/08/2004 a 21/02/2005)
141
Gráfico A2.17 – Operação n° 47 – Telemar PN (03/01/2005 a 16/05/2005)
Gráfico A2.18 – Operação n° 47 – TNLPE42 (03/01/2005 a 16/05/2005)
142
Gráfico A2.19 – Operação n° 48 – Telemar PN (04/03/2005 a 20/06/2005)
Gráfico A2.20 – Operação n° 48 – TNLPF40 (04/03/2005 a 20/06/2005)
143
Gráfico A2.21 – Operação n° 49 – Telemar PN (20/06/2005 a 17/10/2005)
Gráfico A2.22 – Operação n° 49 – TNLPJ36 (20/06/2005 a 17/10/2005)
144
Gráfico A2.23 – Operação n° 50 – Telemar PN (12/09/2005 a 21/11/2005)
Gráfico A2.24 – Operação n° 50 – TNLPK38 (12/09/2005 a 21/11/2005)
145
Gráfico A2.25 – Operação n° 51 – Telemar PN (12/09/2005 a 19/12/2005)
Gráfico A2.26 – Operação n° 51 – TNLPL42 (12/09/2005 a 19/12/2005)
146
Gráfico A2.27 – Operação n° 52 – Telemar PN (19/12/2005 a 20/03/2006)
Gráfico A2.28 – Operação n° 52 – TNLPC40 (19/12/2005 a 20/03/2006)
147
Gráfico A2.29 – Operação n° 53 – Telemar PN (17/02/2006 a 15/05/2006)
Gráfico A2.30 – Operação n° 53 – TNLPE38 (17/02/2006 a 15/05/2006)
148
Gráfico A2.31 – Operação n° 54 – Telemar PN (18/04/2006 a 17/07/2006)
Gráfico A2.32 – Operação n° 54 – TNLPG30 (18/04/2006 a 17/07/2006)
149
Gráfico A2.33 – Operação n° 55 – Telemar PN (05/06/2006 a 16/10/2006)
Gráfico A2.34 – Operação n° 55 – TNLPJ30 (05/06/2006 a 16/10/2006)
150
Gráfico A2.35 – Operação n° 56 – Telemar PN (07/08/2006 a 16/10/2006)
Gráfico A2.36 – Operação n° 56 – TNLPJ30 (07/08/2006 a 16/10/2006)
151
Gráfico A2.37 – Operação n° 57 – Telemar PN (17/05/2006 a 21/11/2006)
Gráfico A2.38 – Operação n° 57 – TNLPK34 (17/05/2006 a 21/11/2006)
APÊNDICE 3
VALE DO RIO DOCE PNA – OPERAÇÕES
155
Gráfico A3.1 – Operação n° 58 – Vale do Rio Doce PNA (21/10/2005 a 20/02/2006)
Gráfico A3.2 – Operação n° 58 – VALEB90 (21/10/2005 a 20/02/2006)
156
Gráfico A3.3 – Operação n° 59 – Vale do Rio Doce PNA (18/01/2006 a 20/03/2006)
Gráfico A3.4 – Operação n° 59 – VALEC88 (18/01/2006 a 20/03/2006)
157
Gráfico A3.5 – Operação n° 60 – Vale do Rio Doce PNA (28/10/2005 a 17/04/2006)
Gráfico A3.6 – Operação n° 60 – VALED84 (28/10/2005 a 17/04/2006)
158
Gráfico A3.7 – Operação n° 61 – Vale do Rio Doce PNA (20/02/2006 a 15/05/2006)
Gráfico A3.8 – Operação n° 61 – VALEE96 (20/02/2006 a 15/05/2006)
159
Gráfico A3.9 – Operação n° 62 – Vale do Rio Doce PNA (13/03/2006 a 19/06/2006)
Gráfico A3.10 – Operação n° 62 – VALEF60 (13/03/2006 a 19/06/2006)
160
Gráfico A3.11 – Operação n° 63 – Vale do Rio Doce PNA (18/04/2006 a 17/07/2006)
Gráfico A3.12 – Operação n° 63 – VALEG80 (18/04/2006 a 17/07/2006)
161
Gráfico A3.13 – Operação n° 64 – Vale do Rio Doce PNA (29/05/2006 a 16/10/2006)
Gráfico A3.14 – Operação n° 64 – VALEJ40 (29/05/2006 a 16/10/2006)
162
Gráfico A3.15 – Operação n° 65 – Vale do Rio Doce PNA (21/08/2006 a 21/11/2006)
Gráfico A3.16 – Operação n° 65 – VALEK46 (21/08/2006 a 21/11/2006)
163
Gráfico A3.17 – Operação n° 66 – Vale do Rio Doce PNA (09/10/2006 a 18/12/2006)
Gráfico A3.18 – Operação n° 66 – VALEL50 (09/10/2006 a 18/12/2006)
164
Gráfico A3.19 – Operação n° 67 – Vale do Rio Doce PNA (22/11/2006 a 12/02/2007)
Gráfico A3.20 – Operação n° 67 – VALEB54 (22/11/2006 a 12/02/2007)
165
Gráfico A3.21 – Operação n° 68 – Vale do Rio Doce PNA (21/12/2006 a 19/03/2007)
Gráfico A3.22 – Operação n° 68 – VALEC62 (21/12/2006 a 19/03/2007)
166
Gráfico A3.23 – Operação n° 69 – Vale do Rio Doce PNA (24/01/2007 a 16/04/2007)
Gráfico A3.24 – Operação n° 69 – VALED66 (24/01/2007 a 16/04/2007)
167
Gráfico A3.25 – Operação n° 70 – Vale do Rio Doce PNA (23/02/2007 a 21/05/2007)
Gráfico A3.26 – Operação n° 70 – VALEE74 (23/02/2007 a 21/05/2007)
168
Gráfico A3.27 – Operação n° 71 – Vale do Rio Doce PNA (11/04/2007 a 20/08/2007)
Gráfico A3.28 – Operação n° 71 – VALEH78 (11/04/2007 a 20/08/2007)
169
Gráfico A3.29 – Operação n° 72 – Vale do Rio Doce PNA (20/06/2007 a 17/09/2007)
Gráfico A3.30 – Operação n° 72 – VALEI76 (20/06/2007 a 17/09/2007)
170
Gráfico A3.31 – Operação n° 73 – Vale do Rio Doce PNA (31/07/2007 a 15/10/2007)
Gráfico A3.32 – Operação n° 73 – VALEJ94 (31/07/2007 a 15/10/2007)
171
Gráfico A3.33 – Operação n° 74 – Vale do Rio Doce PNA (20/09/2007 a 18/02/2008)
Gráfico A3.34 – Operação n° 74 – VALEB48 (20/09/2007 a 18/02/2008)
172
Gráfico A3.35 – Operação n° 75 – Vale do Rio Doce PNA (10/01/2008 a 17/03/2008)
Gráfico A3.36 – Operação n° 75 – VALEC52 (10/01/2008 a 17/03/2008)
173
Gráfico A3.37 – Operação n° 76 – Vale do Rio Doce PNA (21/01/2008 a 22/04/2008)
Gráfico A3.38 – Operação n° 76 – VALED50 (21/01/2008 a 22/04/2008)
174
Gráfico A3.39 – Operação n° 77 – Vale do Rio Doce PNA (16/01/2008 a 19/05/2008)
Gráfico A3.40 – Operação n° 77 – VALEE54 (16/01/2008 a 19/05/2008)
175
Gráfico A3.41 – Operação n° 78 – Vale do Rio Doce PNA (25/04/2008 a 21/07/2008)
Gráfico A3.42 – Operação n° 78 – VALEG50 (25/04/2008 a 21/07/2008)
176
Gráfico A3.43 – Operação n° 79 – Vale do Rio Doce PNA (19/05/2008 a 15/09/2008)
Gráfico A3.44 – Operação n° 79 – VALEI38 (19/05/2008 a 15/09/2008)
APÊNDICE 4
PETROBRAS PN – RESUMO DAS OPERAÇÕES
179
Ano Op
Sinal de
compra
Fechamento do
ativo-objeto
Opção
Preço de
exercício
Vencimento Compra
Preço de
compra
Sinal de
venda
Venda
Preço de
venda
Variação
Acumulado
no ano
Acumulado
01 30-dez 76,40R$ PETRA78 78,00R$ 19-jan 2-jan 1,36R$ 14-jan 15-jan 4,65R$ 241,91% 241,91% 241,91%
02 28-mai 71,00R$ PETRF72 72,00R$ 21-jun 31-mai 2,40R$ - 21-jun 2,70R$ 12,50% 284,65% 284,65%
03 16-ago 79,95R$ PETRI82 82,00R$ 20-set 17-ago 2,38R$ 30-ago 31-ago 2,35R$ -1,26% 279,80% 279,80%
04 6-set 83,27R$ PETRI84 84,00R$ 20-set 8-set 1,59R$ - 20-set 4,50R$ 183,02% 974,91% 974,91%
05
21-set
88,95
R$
PETRJ90
90,00
R$
18-out
22-set
2,40
R$
13-out
14-out
2,00
R$
-16,67%
795,76%
795,76%
06 9-fev 101,61R$ PETRB12 102,00R$ 21-fev 10-fev 0,67R$ - 21-fev 1,00R$ 49,25% 49,25% 1.236,96%
07 22-fev 104,80R$ PETRC16 106,00R$ 21-mar 23-fev 3,25R$ 10-mar 11-mar 5,48R$ 68,62% 151,66% 2.154,31%
08 6-mai 98,73R$ PETRF10 100,00R$ 20-jun 9-mai 3,85R$ - 20-jun 8,00R$ 107,79% 422,94% 4.584,28%
09 2-ago 113,72R$ PETRH26 114,30R$ 15-ago 3-ago 1,76R$ - 15-ago 9,30R$ 428,41% 2.663,26% 24.652,19%
10 22-ago 122,20R$ PETRI34 124,00R$ 19-set 23-ago 3,60R$ - 19-set 3,60R$ 300,00% 10.953,04% 98.908,74%
*
11 20-set 35,67R$ PETRJ3 36,00R$ 17-out 21-set 0,85R$ 4-out 5-out 0,33R$ -61,18% 4.191,18% 38.338,69%
12 1-nov 32,72R$ PETRK33 33,00R$ 21-nov 3-nov 1,14R$ 11-nov 14-nov 0,10R$ -91,23% 276,42% 3.271,81%
13
21-nov
33,04
R$
PETRL34
34,00
R$
19-dez
22-nov
0,89
R$
-
19-dez
2,13
R$
139,33%
800,87%
7.969,62%
14 2-jan 38,09R$ PETRA39 38,58R$ 16-jan 3-jan 0,51R$ - 16-jan 4,60R$ 801,96% 801,96% 72.684,84%
15 19-jan 43,70R$ PETRB45 44,58R$ 20-fev 20-jan 1,15R$ 2-fev 3-fev 1,30R$ 13,04% 919,61% 82.178,52%
16 16-fev 43,12R$ PETRC44 44,00R$ 20-mar 17-fev 2,08R$ 7-mar 8-mar 0,55R$ -73,56% 169,61% 21.656,34%
17 5-mai 47,48R$ PETRF50 49,42R$ 19-jun 8-mai 0,98R$ 12-mai 15-mai 0,81R$ -17,35% 122,84% 17.882,28%
18 26-mai 45,00R$ PETRF46 45,42R$ 19-jun 29-mai 1,01R$ 5-jun 6-jun 0,20R$ -80,20% -55,87% 3.460,85%
19 20-jun 39,30R$ PETRG40 40,00R$ 17-jul 21-jun 1,33R$ - 17-jul 4,00R$ 200,75% 32,71% 10.609,32%
20 24-jul 43,57R$ PETRH44 44,01R$ 21-ago 25-jul 1,20R$ 14-ago 15-ago 1,07R$ -10,83% 18,33% 9.449,14%
21 19-out 41,79R$ PETRK42 42,00R$ 21-nov 20-out 1,34R$ 16-nov 17-nov 2,29R$ 70,90% 102,23% 16.219,05%
22
4-dez
46,14
R$
PETRL48
47,15
R$
18-dez
5-dez
0,57
R$
-
18-dez
0,45
R$
-21,05%
59,65%
12.783,46%
23 19-jan 45,18R$ PETRB46 45,62R$ 12-fev 22-jan 1,25R$ 7-fev 8-fev 0,20R$ -84,00% -84,00% 1.961,35%
24 20-mar 42,07R$ PETRD44 42,77R$ 16-abr 21-mar 1,10R$ - 16-abr 5,99R$ 444,55% -12,87% 11.125,01%
25 18-mai 46,50R$ PETRF48 47,64R$ 18-jun 21-mai 1,14R$ - 18-jun 4,00R$ 250,88% 205,71% 39.286,00%
26 2-jul 52,80R$ PETRG54 54,00R$ 16-jul 3-jul 0,58R$ - 16-jul 1,60R$ 175,86% 743,34% 108.551,03%
27 17-jul 56,30R$ PETRH58 58,00R$ 20-ago 18-jul 1,10R$ 24-jul 25-jul 0,88R$ -20,00% 574,67% 86.820,83%
28 24-ago 49,75R$ PETRI52 51,58R$ 17-set 27-ago 0,78R$ - 17-set 2,25R$ 188,46% 1.846,16% 250.633,15%
29 18-set 56,85R$ PETRJ58 57,58R$ 15-out 19-set 2,32R$ - 15-out 9,05R$ 290,09% 7.491,71% 977.975,45%
30 24-out 67,20R$ PETRK68 67,58R$ 19-nov 25-out 3,30R$ - 19-nov 10,60R$ 221,21% 24.285,50% 3.141.596,89%
31
4-dez
74,50
R$
PETRL76
76,00
R$
17-dez
5-dez
2,75
R$
-
17-dez
3,80
R$
38,18%
33.596,33%
4.341.153,88%
32 19-dez 81,33R$ PETRA82 82,00R$ 21-jan 20-dez 5,14R$ 15-jan 16-jan 0,22R$ -95,72% -95,72% 185.712,42%
33 24-jan 76,74R$ PETRB78 77,74R$ 18-fev 28-jan 2,76R$ - 18-fev 6,35R$ 130,07% -90,15% 427.403,22%
34 1-abr 75,76R$ PETRD76 76,00R$ 22-abr 2-abr 2,60R$ - 22-abr 10,72R$ 312,31% -59,40% 1.762.528,66%
35 5-mai 43,85R$ PETRE88 43,91R$ 19-mai 6-mai 1,30R$ - 19-mai 4,20R$ 223,08% 31,18% 5.694.546,44%
36 20-mai 51,66R$ PETRF14 52,00R$ 16-jun 21-mai 2,80R$ 27-mai 28-mai 1,25R$ -55,36% -41,44% 2.542.152,87%
37 27-jun 45,30R$ PETRG46 46,00R$ 21-jul 30-jun 1,48R$ 2-jul 3-jul 1,18R$ -20,27% -53,31% 2.026.831,34%
38
20-ago
34,21
R$
PETRI36
36,00
R$
15-set
21-ago
1,20
R$
29-ago
1-set
0,83
R$
-30,83%
-67,71%
1.401.860,85%
* Desdobramento das ações em 01/09/2005. Vide página 59.
2004200520062007
Tabela A
4
.
1
-
Resumo das operações
-
Petrobras PN
2008
180
Gráfico A4.1 – Sinais de compra – Petrobras PN – 2004
181
Gráfico A4.2 – Sinais de compra – Petrobras PN – 2005
182
Gráfico A4.3 – Sinais de compra – Petrobras PN – 2006
183
Gráfico A4.4 – Sinais de compra – Petrobras PN – 2007
184
Gráfico A4.5 – Sinais de compra – Petrobras PN – 2008
APÊNDICE 5
TELEMAR PN – RESUMO DAS OPERAÇÕES
187
Ano Op
Sinal de
compra
Fechamento do
ativo-objeto
Opção
Preço de
exercício
Vencimento Compra
Preço de
compra
Sinal de
venda
Venda
Preço de
venda
Variação
Acumulado
no ano
Acumulado
39 30-dez 45,42R$ TNLPA48 46,98R$ 19-jan 2-jan 0,26R$ 15-jan 16-jan 0,21R$ -19,23% -19,23% -19,23%
40 19-jan 48,13R$ TNLPB50 48,98R$ 16-fev 20-jan 1,89R$ 29-jan 30-jan 1,01R$ -46,56% -56,84% -56,84%
41 20-fev 42,24R$ TNLPC44 43,78R$ 15-mar 25-fev 1,28R$ 9-mar 10-mar 0,36R$ -71,88% -87,86% -87,86%
42 26-mar 38,00R$ TNLPD40 39,98R$ 19-abr 29-mar 0,77R$ 7-abr 8-abr 0,87R$ 12,99% -86,28% -86,28%
43 19-mai 33,09R$ TNLPF34 34,00R$ 21-jun 20-mai 1,06R$ - 21-jun 2,05R$ 93,40% -73,47% -73,47%
44
22-jun
35,90
R$
TNLPG36
36,00
R$
19-jul
23-jun
1,54
R$
-
19-jul
4,99
R$
224,03%
-14,05%
-14,05%
45 15-dez 42,73R$ TNLPA44 44,00R$ 17-jan 16-dez 1,10R$ 3-jan 4-jan 0,73R$ -33,64% -33,64% -42,96%
46 2-fev 37,05R$ TNLPB38 38,00R$ 21-fev 3-fev 0,51R$ - 21-fev 4,19R$ 721,57% 445,22% 368,63%
47 12-abr 41,92R$ TNLPE42 42,00R$ 16-mai 13-abr 1,93R$ 14-abr 15-abr 1,00R$ -48,19% 182,50% 142,81%
48 30-mai 36,80R$ TNLPF40 37,03R$ 20-jun 31-mai 0,84R$ - 20-jun 1,99R$ 136,90% 569,25% 475,23%
49 22-set 35,81R$ TNLPJ36 36,00R$ 17-out 23-set 1,81R$ 5-out 6-out 1,89R$ 4,42% 598,83% 500,66%
50 13-out 36,82R$ TNLPK38 38,00R$ 21-nov 14-out 1,21R$ - 21-nov 2,30R$ 90,08% 1.228,36% 1.041,75%
51
22-nov
41,54
R$
TNLPL42
41,93
R$
19-dez
23-nov
1,29
R$
-
19-dez
0,77
R$
-40,31%
692,90%
581,51%
52 16-fev 39,35R$ TNLPC40 40,00R$ 20-mar 17-fev 1,12R$ 6-mar 7-mar 0,82R$ -26,79% -26,79% 398,96%
53 12-abr 37,30R$ TNLPE38 38,00R$ 15-mai 13-abr 1,20R$ 24-abr 25-abr 0,96R$ -20,00% -41,43% 299,17%
54 29-jun 28,00R$ TNLPG30 30,00R$ 17-jul 30-jun 0,45R$ 7-jul 10-jul 0,15R$ -66,67% -80,48% 33,06%
55 13-set 28,13R$ TNLPJ30 30,00R$ 16-out 14-set 0,59R$ 20-set 21-set 0,39R$ -33,90% -87,09% -12,05%
56 25-set 28,00R$ TNLPJ30 30,00R$ 16-out 26-set 0,35R$ - 16-out 2,20R$ 528,57% -18,88% 452,85%
57
7-nov
33,30
R$
TNLPK34
34,00
R$
21-nov
8-nov
0,45
R$
-
21-nov
0,19
R$
-57,78%
-65,75%
133,42%
200420052006
Tabela A
5
.
1
-
Resumo das operações
-
Telemar PN
188
Gráfico A5.1 – Sinais de compra – Telemar PN – 2004
189
Gráfico A5.2 – Sinais de compra – Telemar PN – 2005
190
Gráfico A5.3 – Sinais de compra – Telemar PN – 2006
APÊNDICE 6
VALE DO RIO DOCE PNA – RESUMO DAS OPERAÇÕES
193
Ano Op
Sinal de
compra
Fechamento do
ativo-objeto
Opção
Preço de
exercício
Vencimento Compra
Preço de
compra
Sinal de
venda
Venda
Preço de
venda
Variação
Acumulado
no ano
Acumulado
58 6-jan 89,07R$ VALEB90 90,00R$ 20-fev 9-jan 3,10R$ 2-fev 3-fev 5,00R$ 61,29% 61,29% 61,29%
59 22-fev 87,88R$ VALEC88 88,00R$ 20-mar 23-fev 3,00R$ 6-mar 7-mar 1,75R$ -41,67% -5,91% -5,91%
60 14-mar 83,95R$ VALED84 84,00R$ 17-abr 15-mar 4,00R$ - 17-abr 9,20R$ 130,00% 116,40% 116,40%
61 18-abr 94,90R$ VALEE96 94,95R$ 15-mai 19-abr 2,95R$ - 15-mai 0,68R$ -76,95% -50,12% -50,12%
62 24-mai 43,00R$ VALEF60 43,48R$ 19-jun 25-mai 2,19R$ 30-mai 31-mai 2,36R$ 7,76% -46,25% -46,25%
63 16-jun 39,60R$ VALEG80 40,00R$ 17-jul 19-jun 1,81R$ 6-jul 7-jul 4,20R$ 132,04% 24,73% 24,73%
64 27-set 39,59R$ VALEJ40 40,00R$ 16-out 28-set 0,84R$ - 16-out 3,81R$ 353,57% 465,75% 465,75%
65 19-out 44,50R$ VALEK46 46,00R$ 21-nov 20-out 0,85R$ 14-nov 16-nov 3,00R$ 252,94% 1.896,76% 1.896,76%
66
21-nov
49,28
R$
VALEL50
49,51
R$
18-dez
22-nov
1,75
R$
-
18-dez
4,51
R$
157,71%
5.045,94%
5.045,94%
67 11-jan 53,10R$ VALEB54 54,00R$ 12-fev 12-jan 1,74R$ - 12-fev 6,05R$ 247,70% 247,70% 17.792,50%
68 13-fev 61,73R$ VALEC62 62,00R$ 19-mar 14-fev 2,70R$ 27-fev 28-fev 1,71R$ -36,67% 120,21% 11.231,92%
69 21-mar 64,63R$ VALED66 66,00R$ 16-abr 22-mar 1,63R$ - 16-abr 4,70R$ 188,34% 534,96% 32.574,86%
70 17-abr 72,40R$ VALEE74 74,00R$ 21-mai 18-abr 1,90R$ 26-abr 27-abr 1,00R$ -47,37% 234,19% 17.097,29%
71 5-jul 76,75R$ VALEH78 78,00R$ 20-ago 6-jul 2,66R$ 24-jul 25-jul 5,50R$ 106,77% 591,00% 35.458,31%
72
22-ago
74,36
R$
VALEI76
76,00
R$
17-set
23-ago
2,75
R$
-
17-set
5,70
R$
314,55%
2.764,50%
147.305,36%
*
73
18-set
46,80
R$
VALEJ94
47,00
R$
15-out
19-set
2,70
R$
-
15-out
6,70
R$
148,15%
7.008,20%
365.683,68%
74 1-fev 47,00R$ VALEB48 48,00R$ 18-fev 6-fev 0,88R$ - 18-fev 0,71R$ -19,32% -19,32% 295.020,92%
75 20-fev 50,25R$ VALEC52 52,00R$ 17-mar 21-fev 2,00R$ 29-fev 3-mar 1,00R$ -50,00% -59,66% 147.460,46%
76 26-mar 49,75R$ VALED50 50,00R$ 22-abr 27-mar 2,25R$ - 22-abr 2,90R$ 28,89% -48,01% 190.089,04%
77 2-mai 53,50R$ VALEE54 53,60R$ 19-mai 5-mai 1,55R$ - 19-mai 5,20R$ 235,48% 74,43% 637.953,56%
78 25-jun 49,48R$ VALEG50 50,00R$ 21-jul 26-jun 1,35R$ 1-jul 2-jul 0,48R$ -64,44% -37,98% 226.763,49%
79
20-ago
37,90
R$
VALEI38
38,00
R$
15-set
21-ago
2,19
R$
29-ago
1-set
1,50
R$
-31,51%
-57,52%
155.285,95%
* Desdobramento das ações em 03/09/2007. Vide página 78.
2008 20062007
Tabela A
6
.
1
-
Resumo das operações
-
Vale do Rio Doce PNA
194
Gráfico A6.1 – Sinais de compra – Vale do Rio Doce PNA – 2006
195
Gráfico A6.2 – Sinais de compra – Vale do Rio Doce PNA – 2007
196
Gráfico A6.3 – Sinais de compra – Vale do Rio Doce PNA – 2008
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