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128,5%. Segundo o DEPEN, em junho de 2009, a população carcerária paulista é de
158.704, e a taxa de encarceramento é de 386,9/100 mil. Entre 1996 e junho de 2009, a
taxa de encarceramento de São Paulo aumentou mais 98,9%. Num período de quase 33
anos, entre 1976 e junho de 2009, a população carcerária paulista aumentou 823,1%; e a
taxa de encarceramento cresceu em 387,8%.
Ainda segundo o DEPEN, em junho de 2009, apenas três estados apresentam taxas de
encarceramento superiores a de São Paulo: Rondônia, com 433,9/100 mil; Acre, com
463,5/100 mil; e Mato Grosso do Sul, com 527,5/100 mil. Somando a população
carcerária desses três estados chega-se ao número de 21.966 presos, o que representa
apenas 4,6% da população carcerária nacional. No mesmo período, excetuando esses
três estados e São Paulo, sete estados apresentam taxas de encarceramento superiores à
média nacional: Roraima, com 386,6/100 mil; Mato Grosso, com 374,9/100 mil;
Paraná, com 343,4/100 mil; Distrito Federal, com 319,7/100 mil; Amapá, com
314,3/100 mil; Espírito Santo, com 300,5/100 mil; Rio Grande do Sul, com 263,6/100
mil. Somando a população carcerária desses sete estados chega-se ao número de 98.145
presos, o que equivale a 20,9% de toda a população carcerária brasileira. Só o estado de
São Paulo, por sua vez, concentra 33,8% da população carcerária nacional. Ainda que o
aumento da taxa nacional de encarceramento seja resultante do aumento acumulado da
taxa mesmo naqueles estados que, em junho de 2009, apresentam taxas inferiores a
média nacional; esses elementos de distribuição da população carcerária pelos estados
com as maiores taxas de encarceramento permitem identificar o estado de São Paulo
como a principal “locomotiva” do processo de massificação do encarceramento no
Brasil.
Outro elemento que corrobora essa tese é a dimensão do parque penitenciário estadual.
Comparando São Paulo com o segundo estado brasileiro em população carcerária, a
preeminência do sistema penitenciário paulista fica evidente. O estado de Minas Gerais
contabiliza 46.926 presos, e apresenta uma taxa de encarceramento de 236,4/100 mil,
em junho de 2009. Segundo o DEPEN, Minas Gerais dispõe de um total de 84
estabelecimentos penais, sendo 19 Penitenciárias, 60 Cadeias Públicas, 3 Hospitais de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico e 2 Casas de Albergados. Segundo a Secretaria de
Administração Penitenciária (SAP, 2010) de São Paulo, existem no estado 147 unidades
prisionais, sendo 1 Unidade de Segurança Máxima, 74 Penitenciárias, 36 Centros de