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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TELEINFORMÁTICA
GLENDO DE FREITAS GUIMARÃES
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE SISTEMA MODULADO PPM/PAM OPERANDO
COM CODIFICAÇÃO OCDMA E CÓDIGOS GOLD SOB EFEITOS ÓPTICOS
NÃO-LINEARES
FORTALEZA
2010
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ii
GLENDO DE FREITAS GUIMARÃES
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE SISTEMA MODULADO PPM/PAM OPERANDO
COM CODIFICAÇÃO OCDMA E CÓDIGOS GOLD SOB EFEITOS ÓPTICOS
NÃO-LINEARES
Tese submetida à Coordenação do Curso de Pós-
Graduação em Engenharia de Teleinformática, da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial para obtenção do grau de Doutor em
Engenharia de Teleinformática.
Orientador: Prof. Dr. Antônio Sergio Bezerra
Sombra.
FORTALEZA
2010
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iii
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE SISTEMA MODULADO PPM/PAM OPERANDO
COM CODIFICAÇÃO OCDMA E CÓDIGOS GOLD SOB EFEITOS ÓPTICOS
NÃO-LINEARES
Tese submetida à Coordenação do Curso
de Pós-Graduação em Engenharia de
Teleinformática, da Universidade Federal
do Ceará, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Engenharia de
Teleinformática.
Aprovada em ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Prof. Dr. Antônio Sergio Bezerra Sombra (Orientador).
Universidade Federal do Ceará – UFC.
_____________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Leite Lyra (Avaliador)
Universidade Federal de Alagoas – UFAL
_____________________________________________
Prof. Dr. Roberto Ricardo Panepucci (Avaliador)
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer – CTI
_____________________________________________
Prof. Dr. Hilma Helena Macedo de Vasconcelos (Avaliador)
Universidade Federal do Ceará – UFC
____________________________________________
Prof. Dr. Walter da Cruz Freitas Junior (Avaliador)
Universidade Federal do Ceará – UFC
iv
Dedico este trabalho a
minha mãe Luiza, minha esposa
Luciana, meu pai Verani, meus
irmãos Rodrigo e Sâmya e minhas
sobrinhas Giovanna e Mariana.
v
AGRADECIMENTOS
A minha Mamãe Luiza.
A minha esposa Luciana.
Ao professor Sombra pela paciência e orientação fundamental para o
desenvolvimento do trabalho.
A todos meus parentes e amigos.
Ao departamento de Engenharia de Teleinformática: Professores e
funcionários.
Aos amigos de laboratório.
À FUNCAP pelo apoio financeiro.
vi
RESUMO
Neste trabalho foi apresentado um estudo de simulação numérica do desempenho da
codificação e decodificação de pulsos ópticos curtos (ps) em sistemas OCDMA (Optical Code
Division Multiple Access acesso múltiplo por divisão de código no domínio óptico). A
realização da codificação e decodificação de pulsos curtos é obtida através do dispositivo
FBG (Fiber Bragg Grating grade de Bragg em fibra óptica) onde os códigos são inseridos
através de saltos discretos na fase óptica (±π). Para geração de pulsos codificados foram
utilizados códigos de Gold obtidos analiticamente. Analisamos como a inserção de códigos
adicionais afeta a autocorrelação e correlação cruzada. Uma figura de mérito (Figura de
interferência) foi obtida para quantificar a interferência de multiusuários na autocorrelação,
onde foi obtido um máximo de interferência de 13,45 dB em
1
54,120
= mk para seis
usuários, além do processo de autocorrelação apresentar uma dependência não-linear com a
constante de acoplamento. Foi observado aumento na largura temporal de pulsos
decodificados em acoplador óptico não-linear, um aumento de 6,8 ps considerando os
chaveamento de 0 dB de ganho (largura temporal 5,7 ps) e 30 dB (largura temporal 12,5
ps). Análise da codificação e decodificação de palavras “a” e “w” foi avaliada. Considerando
a propagação com γ = 9 W
-1
km
-1
da palavra “w”ocorreu erro em todas as modulações exceto
para a modulação simultânea PPM/PAM, que apresentou melhor características de
autocorrelação que as modulações apresentadas (OOK, PAM e PPM), além de duplicar a taxa
de transmissão. Os efeitos não-lineares afetam diretamente no processo de autocorrelação dos
códigos devido às interferências dos chips adjacentes constituintes do código.
Palavras Chaves: Grade de Bragg, OCDMA, Modulação OOK, PAM e PPM.
vii
ABSTRACT
In this paper we presented a numerical simulation study of the performance of encoding and
decoding of short optical pulses (ps) in OCDMA (Optical Code Division Multiple Access -
division multiple access code in the optical domain) systems. The performance of encoding
and decoding of short pulses are obtained through the FBG (Fiber Bragg Grating - Fiber
Bragg grating optical) devices, where the codes are inserted through discrete jumps in the
optical phase (± π). To generate coded pulses were used Gold codes obtained analytically. We
analyzed how the inclusion of additional codes affects the autocorrelation and cross-
correlation. A figure of merit (Interference Figure) was obtained to quantify the interference
autocorrelation in multiuser, where was obtained a maximum of 13.45 dB in interference to 6
users, and the process of autocorrelation present a non-linear dependence with coupling
constant. An increase in the temporal width, was observed, for the pulses decoded due to the
nonlinearity, an increase of 6.8 ps considering switching from 0 dB gain (temporal width - 5.7
ps) and 30 dB (temporal width - 12.5 ps). Analysis of coding and decoding words "a" and "w"
was assessed. Considering the propagation to γ = 9 W
-1
km
-1
of a word "w" error occurred in
all modulations except for simultaneous PPM / PAM modulation has better autocorrelation
characteristics that the obtained with the OOK, PAM and PPM modulations alone, and could
double the transmission rate. The nonlinear effects directly affect the process autocorrelation
codes due to interference from adjacent chips components of the code.
Keywords: Fiber Bragg grating, OCDMA, Modulation OOK, PAM e PPM.
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Cross-correlação entre os polinômios
(
)
1
3
++= xxxf e
(
)
1
23
++= xxxg
- linha tracejada. Autocorrelação do polinômio f linha contínua.
23
Figura 2. Pares preferidos de comprimento 63.
24
Figura 3.1. Linha tracejada: forma do pulso Gaussiano em na entrada da fibra. Linha
contínua: forma do pulso após a propagação de 2 e 4 comprimentos de não-
linearidade.
27
Figura 3.2. Linha tracejada: forma do pulso Secante hiperbólico em na entrada da
fibra. Linha contínua: forma do pulso após a propagação de 2 e 4 comprimentos de
não-linearidade.
28
Figura 3.3. Esquematização da grade de Bragg em fibra óptica, onde é apresentado o
índice modulado.
29
Figura 3.4. Estrutura esquemática do processo de codificação e decodificação de
pulsos curtos.
36
Figura 3.5. Pulso de 2,5 ps codificado correspondente a reflexão da grade de Bragg
apresentado no esquema da figura 3.4.
37
Figura 3.6. (a) Autocorrelação utilizando a sequência 1 seção 2.2. (b) Cross-
correlação obtida com a sequência 1 para codificação e sequência 2 para
decodificação.
38
Figura 3.7. A figura apresenta a estrutura utilizada para o estudo da interferência
multiusuário, onde é utilizado até seis canais simultâneos para a análise.
39
Figura 3.8. A figura apresenta a estrutura utilizada para o estudo da interferência
multiusuário, onde é utilizado até seis canais simultâneos para a análise.
39
Figura 3.9. Razão de interferência em função do número de usuários e da constante
de acoplamento da FBG.
41
Figura 3.10. Energia excedente no processo de autocorrelação devido a interferência
(linha cheia). Energia total no processo de cross-correlação para 2 a 6 usuários
simultaneamente.
42
Figura 3.11. Acoplador óptico 2x2.
43
Figura 3.12a - Acoplador Direcional Não Linear (NLDC) de fibra óptica com uma
ilustração esquemática do processo de chaveamento. Os pulsos aplicados na porta 1
aparecem em diferentes portas de saídas dependendo de suas potências de pico.
Figura 3.12b - Seção transversal do NLDC.
44
Figura 3.13 – Estrutura do acoplador simétrico.
46
ix
Figura 3.14 Estrutura do acoplador assimétrico. Os índices “M” e “m” referem-se
respectivamente aos núcleos maior e menor.
47
Figura 3.15 – Chaveamento de pulsos ópticos codificados.
50
Figura 3.16 Perfil do pulso codificado nas saídas 1 e 2 (figura 3.15) do acoplador
óptico não-linear .
51
Figura 3.17 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 0 dB.
52
Figura 3.18 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 10 dB.
53
Figura 3.19 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 20 dB.
54
Figura 3.20 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 30 dB.
55
Figura 3.21 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 30 dB.
56
Figura 3.22 Esquemático para a codificação, propagação e decodificação de pulso
ópticos. Propagação em fibra óptica em partes, metade em dispersão anômala
0
2
<
β
e metade em dispersão normal
0
2
>
β
.
59
Figura 3.23 (a) Pulso codificado. (b) Perfil do pulso codificado após a propagação
na fibra óptica com γ = 3 W
-1
km
-1
. (c) Perfil do pulso codificado após a propagação
na fibra óptica com γ = 24
-1
km
-1
.
60
Figura 3.24 A figura apresenta o pulso decodificado após a propagação de 10 km de
fibra óptica divididos em: 5 km com dispersão anômola
0
2
<
β
e 5 km com dispersão
normal
0
2
>
β
, considerando
.3
11
= kmW
γ
61
Figura 3.25 A figura apresenta o pulso decodificado após a propagação de 10 km de
fibra óptica divididos em: 5 km com dispersão anômola
0
2
<
β
e 5 km com dispersão
normal
0
2
>
β
, considerando
.24
11
= kmW
γ
62
Figura 3.26 – Razão Sinal Interferência em função do parâmetro de não-linearidade.
63
Figura 3.27 Largura temporal a meia altura do pulso propagado em fibra e
decodificado em função do parâmetro de não-linearidade.
64
Figura 4.1: Modelo de sinais RZ Return-to-Zero Retorno ao Zero, figura superior.
Modelo de sinal NRZ Nonreturn-to-Zero – Não Retorno ao Zero.
66
Figura 4.2 Sequência de bit’s formando a palavra “a” em modulação OOK com RZ
retorno ao zero, pulsos com largura temporal de 2 ps e time slot de 20 ps.
67
Figura 4.3 Sequência de bit’s formando a palavra “w” em modulação OOK com RZ
retorno ao zero, pulsos com largura temporal de 2 ps e time slot de 20 ps.
68
Figura 4.4 Palavra “a” codificada – 01100001, com largura temporal de 520 ps.
69
x
Figura 4.5 Palavra “a” decodificada 01100001, com constante de acoplamento de κ
= 24,05 m
-1
.
70
Figura 4.6 Palavra “a” decodificada 01100001, com constante de acoplamento de κ
= 240,05 m
-1
.
71
Figura 4.7 Palavra “w” codificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ =
24,05 m
-1
.
71
Figura 4.8 Palavra “w” decodificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ
= 24,05 m
-1
.
72
Figura 4.9 Palavra “w” decodificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ
= 240,05 m
-1
.
73
Figura 4.10 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
74
Figura 4.11 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra
óptica para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
75
Figura 4.12 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
75
Figura 4.13 Representação de bit 1 e 0 em Modulação PAM – Modulação por
Amplitude de Pulso.
76
Figura 4.14. Palavra “a” em modulação PAM com parâmetro de modulação de ε
PAM
=
0,1 u.a..
77
Figura 4.15. Palavra “w” em modulação PAM com parâmetro de modulação de ε
PAM
= 0,1 u.a..
78
Figura 4.16. Palavra “a” em modulação PAM decodificada.
78
Figura 4.17. Palavra “w” em modulação PAM decodificada. 79
Figura 4.18 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra
óptica para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
80
Figura 4.19 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra
óptica para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
80
Figura 4.20 Modulação pela posição temporal de pulsos.
82
Figura 4.21 (a) Pulsos sólitons sem modulação; (b) Pulsos sólitons modulados, na
seqüência de níveis lógicos 110010, pela posição temporal dentro de cada time slot.
82
Figura 4.22. Palavra “a” em modulação PPM com parâmetro de modulação de ε
PPM
=
83
xi
2 ps.
Figura 4.23. Palavra “w” em modulação PPM com parâmetro de modulação de ε
PPM
=
2 ps.
84
Figura 4.24. Palavra “a” em modulação PPM decodificada.
84
Figura 4.25. Palavra “w” em modulação PPM decodificada.
85
Figura 4.26 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
86
Figura 4.27 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
86
Figura 4.28 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
87
Figura 4.29 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra
óptica para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
87
Figura 4.30. Palavra “a” em modulação PPM/PAM com os parâmetros de modulação
de ε
PAM
= 0,1 e ε
PPM
= 2 ps.
89
Figura 4.31. Palavra “w” em modulação PPM/PAM com os parâmetros de modulação
de ε
PAM
= 0,1 e ε
PPM
= 2 ps.
90
Figura 4.32. Palavra “a” decodificada em modulação PPM/PAM.
91
Figura 4.33 Palavra “w” decodificada em modulação PPM/PAM.
91
Figura 4.34 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica
para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
figura a
direita.
92
Figura 4.35 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra
óptica para: parâmetro não-linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
figura a direita.
93
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tabela 1 Polinômios primitivos com grau
10
n em representação octal
18
xiii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
LISTA DE TABELAS
xii
1. INTRODUÇÃO
15
2. GERAÇÃO ANALÍTICA DE CÓDIGOS
17
2.1 Sequência M
17
2.2 Códigos de Gold
20
3. ANÁLISE DA CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO OCDMA DE
PULSOS CURTOS
26
3.1 Pulsos ópticos
26
3.2 Grade de Bragg em fibra óptica e codificação de pulsos curtos
28
3.2.1. Histórico
28
3.2.2 Fotossensibilidade
30
3.2.3 Fabricação de grade em fibras
31
3.2.4 Grade de Bragg analiticamente
32
3.3. Análise da codificação e decodificação de pulsos ópticos utilizando FBG
35
3.4 Acoplador óptico e chaveamento de pulsos curtos codificados
43
3.4.1 Introdução
43
3.4.2 Acoplador óptico simétrico
46
3.4.3 Acoplador óptico Assimétrico
47
3.4.4 Análise analítica do acoplador óptico
47
3.4.5 Chaveamento de pulsos codificados em acoplador óptico simétrico
49
3.5 Propagação em fibra óptica de pulsos curtos codificados
56
4. CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO OCDMA DE PALAVRAS
66
4.1. Modulação OOK
66
4.1.1 Codificação e decodificação de palavras
67
4.1.2 Propagação de palavras com modulação OOK
73
4.2 Modulação PAM
76
4.2.1 Codificação e decodificação de palavras com modulação PAM
76
4.2.2 Propagação de palavras com modulação PAM
79
xiv
4.3 Modulação PPM
81
4.3.1 Codificação e Decodificação de palavras com modulação PPM
83
4.3.2 Propagação de palavras com modulação PPM
85
4.4 Modulação PAM/PPM
88
4.4.1 Codificação e Decodificação de palavras com modulação PAM/ PPM
88
4.4.2 Propagação de palavras com modulação PAM/ PPM
92
5. CONCLUSÃO
94
6. TRABALHOS FUTUROS
96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
97
15
1 INTRODUÇÃO
A crescente demanda por tráfego de informações traz a necessidade do avanço da
capacidade e funcionalidade dos sistemas de comunicações. Neste contexto características
como largura de banda, segurança da informação transmitida e taxa de transmissão de dados
são pontos cruciais para evolução dos sistemas.
Técnicas de acesso e multiplexação possibilitam a existência simultânea de diversos
usuários na rede compartilhando o mesmo meio em determinado domínio óptico. As técnicas
mais conhecidas são TDMA (Time Division Multiple Access – acesso múltiplo por divisão no
tempo), FDMA (Frequency Division Multiple Access – acesso múltiplo por divisão na
freqüência) e CDMA (Code Division Multiple Access – acesso múltiplo por divisão de
código).
Como dito anteriormente as técnicas que destacam-se em acesso múltiplo são: TDMA,
FDMA e CDMA. Nas técnica de acesso múltiplo por divisão do tempo cada usuário transmite
sequencialmente e em intervalo de tempo próprio. Na técnica FDMA os usuários transmitem
a informação simultaneamente, porém para cada usuário é designado uma faixa de freqüência
diferente. Por último, no CDMA todos os usuários transmitem ao mesmo tempo espalhados
na faixa de freqüência disponível e os usuários são diferenciados por um código próprio [1].
Umas das principais vantagens do CDMA em relação às outras cnicas é a segurança
fornecida, pois cada usuário existente na rede terá um código único. Neste trabalho focamos o
OCDMA (Optical Code Division Multiple Acess), que apresenta entre suas atrações
particulares a capacidade para uma conectividade mais elevada, um uso mais flexível da
largura de faixa, desempenho melhorado da interferência, acesso assíncrono e sua
potencialidade para a segurança [2, 3]. Têm-se demonstrado que utilizando FBG (Fiber
Bragg Grating Grade de Bragg em Fibra) pode-se realizar esquemas de codificação e
decodificação de pulsos ópticos curtos, obtendo-se boa características de auto-correlação e
cross-correlação [2, 3].
Uma das formas de codificar sinais ópticos utilizando FBG é organizando as grades
em uma seqüência específica, perfazendo-se da freqüência central de reflexão das grades.
Neste esquema de codificação a posição da grade e o comprimento de onda de reflexão são os
pontos chaves para codificar a informação espectralmente e temporalmente. Já a
decodificação é realizada dispondo a seqüência de grades codificadoras de maneira inversa.
16
Na codificação em amplitude o código é inserido através da presença/ausência de
amplitude de modulação da FBG. Utilizando a fase óptica da luz como parâmetro de
codificação, torna-se interessante à medida que se sabe que códigos bipolares exibem melhor
correlação cruzada que códigos unipolares, conseqüentemente, uma menor interferência entre
canais, e mais usuários para um determinado comprimento de código é obtido [2, 3, 4]. A
tecnologia de codificação utilizando a fase óptica da luz como parâmetro é alcançada
inserindo saltos discretos de fase π) na grade de Bragg em fibra. As sequências das fases
inseridas são definidas pelo código utilizado.
Vários códigos são utilizados em sistemas de espelhamento espectral. Entre os códigos
podemos citar: Códigos de Barker, seqüência M ou seqüência de comprimento máximo,
Códigos de Gold e Códigos de Kasami . Neste trabalho foram utilizados os códigos de Gold.
Por apresentar excelentes propriedades de autocorrelação a seqüência M é utilizada
nas etapas de sincronismo de alguns sistemas de comunicações, contudo os códigos de
seqüência M não possuem boas propriedades de correlação cruzada. A seqüência M pode ser
gerada por um gerador de seqüências sendo este definido a partir de um polinômio de grau n
de coeficientes binários. O período de uma seqüência é no máximo
12 =
n
N
sendo n o
número de andares de registro de deslocamento [2, 3]. A vantagem relativamente às
sequências M é que passa a haver mais sequências (de Gold) com funções de correlação
cruzada com três valores. Isso é desejável em certas aplicações (CDMA, por exemplo),
assim por possuir uma correlação cruzada melhor que as seqüências M, realizamos a
simulação da interferência entre dois canais na decodificação apenas utilizando o código de
Gold.
No capítulo 2 foi descrito e gerado códigos de Gold. Neste capítulo descrevemos a
geração analítica de códigos de Gold utilizados nesta Tese.
No capítulo 3 foi realizado um estudo de simulação numérica do desempenho da
codificação e decodificação de pulsos curtos. Interferência multiusuários é avaliada, bem
como sua dependência com a banda de reflexão da grade de Bragg. Foi analisada os efeitos da
não-linearidade no processo de codificação e decodificação através do chaveamento em
acoplador não-linear e propagação em fibra óptica.
No capítulo 4 foi apresentado o desempenho da codificação das palavras “a” e w”
utilizando as modulações OOK, PAM, PPM e PAM/PPM. Foi avaliada a interferência não-
linear durante a propagação de palavras.
17
2. GERAÇÃO ANALÍTICA DE CÓDIGOS
Podem-se classificar esquemas de codificação OCDMA em seis categorias principais:
codificação na amplitude do pulso, codificação na fase do pulso, codificação na amplitude
espectral, codificação na fase espectral, codificação espacial e codificação comprimento de
onda-tempo. O primeiro método é baseado no processamento incoerente envolvendo códigos
no domínio do tempo. Apesar da fácil implementação o método da codificação na amplitude
do pulso requer códigos unipolares pseudo-ortogonais, estes com função de cross-correlação
não-zero. A codificação na fase do pulso utiliza processamento coerente, permitindo o uso de
códigos ortogonais bipolares, tais como, sequência de comprimento máximo ou sequência M,
códigos de Walsh e códigos de Gold, estes possuindo funções de cross-correlação close-to-
zero [2].
Os métodos de codificação na fase e amplitude espectral são executados no domínio
de comprimento de onda, onde a natureza espectral dos códigos são desacopladas da natureza
temporal dos dados. A codificação espacial utiliza múltiplas fibras ou fibras multi-núcleos
com códigos ópticos bidimensionais no domínio do tempo e espaço simultaneamente [2]. Já o
método de codificação comprimento de onda-tempo usa códigos bidimensionais no domínio
do comprimento de onda e tempo, estes oferecem baixa probabilidade de intercepção,
oferecendo escalabilidade e flexibilidade [2].
2.1 Sequência M
Um gerador de sequência pode ser definido por um polinômio de grau n de
coeficientes binários conhecido como polinômio gerador ou polinômio característico. O
período da sequência é no máximo 12 =
n
N . Uma sequência que possua período máximo é
chamada de sequência de comprimento máximo ou sequência M, também conhecidas como
sequências pseudoaleatórias ou sequência PN (pseudonoise) [3].
Considerando-se um polinômio gerador e um conteúdo inicial podemos construir uma
sequência de valores 0 e 1. Se o polinômio gerador for primitivo a sequência será uma
sequência de comprimento máximo. A tabela 1 apresenta os polinômios primitivos até o grau
18
10, onde os polinômios estão representados sobe a forma octal, nesta tabela não estão
apresentados os polinômios recíprocos, desta forma estão representados metade dos
polinômios primitivos possíveis [4]. Neste trabalho foi considerado polinômios primitivos
para nossas simulações, dados por [4]:
(
)
1001000011103
6
++= xxxf
(
)
1001100111147
256
++++= xxxxxg [2.2],
com
6
=
n , ou seja, possuem comprimento de
6312
6
==N .
Polinômios primitivos de grau 10
n
Grau n Representação em octal
2 7
3 13
4 23
5 45, 75, 67
6 103, 147, 155
7 211, 217, 235, 367, 277, 325, 203, 313, 345
8 435, 511, 747, 453, 545, 537, 703, 543
9 1021, 1131, 1461, 1423, 1055, 1167, 1541, 1333, 1605,
1751, 1743, 1617, 1553, 1157
10 2011, 2415, 3771, 2157, 3515, 2773, 2033, 2443, 2461,
3023, 3543, 2745, 2431, 3177
Tabela 1 Polinômios primitivos com grau
10
n
em representação octal.
Fonte: [5]
Para gerarmos a sequência binária a partir de polinômios, consideramos o conteúdo
inicial, que para f foi utilizado
(
)
1
24
++= xxxa e para g consideramos o polinômio
(
)
xxxxb ++=
34
, pois se o polinômio característico for primitivo, qualquer conteúdo inicial
gera uma sequência M. Desta forma, para calcular a sequência primeiro é calculado o
polinômio recíproco do polinômio gerador. Assim,
19
Calcula-se o polinômio recíproco;
(
)
(
)
1110000110000111
566
++=++= xxxfxxxf
r
Multiplica-se o conteúdo inicial pelo polinômio recíproco, e considera-se o polinômio
com grau
51
=
n ;
(
)
(
)
(
)
(
)
111
2456789105624
++++++++=++×++=× xxxxxxxxxxxxxfxa
r
Assim, obtemos um polinômio igual a
1
245
+++ xxx . A sequência é então obtida
através da divisão deste polinômio pelo polinômio recíproco:
...1
1
1
22171110987642
65
542
xxxxxxxxxx
x
x
xxx
++++++++++=
+
+
+++
, que gera a
sequencia abaixo:
Sequência 1 {S
1
}: [1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1
0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1].
O mesmo foi realizado para o polinômio
(
)
1
256
+++= xxxxg :
Polinômio recíproco;
(
)
(
)
1111001111001111
456256
++++=++++= xxxxxgxxxxxg
r
Multiplica-se o conteúdo inicial pelo polinômio recíproco, e considera-se o polinômio
com grau 51
=
n ;
(
)
(
)
(
)
(
)
1
25634
++++×++=× xxxxxxxxgxb
r
, obtendo-se xxx ++
23
Desta forma, obtemos,
...
1
15131110987643
654
32
xxxxxxxxxxx
x
x
x
x
xxx
++++++++++=
+
+
+
+
++
, que gera
a sequência abaixo:
Sequência 2 {S
2
}: [0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0
1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0].
2.2 Códigos de Gold
Devido ao fato de possuir boas propriedades de autocorrelação, as sequências
pseudoaleatórias tornam-se bastante atrativas em sistemas de Spread-spectrum. Entretanto as
propriedades de cross-correlação de duas sequências pseudoaleatórias de mesmo
20
comprimento não apresentam o mesmo desempenho da autocorrelação, podendo apresentar
altos picos de cross-correlação [3]. Consideramos dois polinômios geradores para ilustrar o
problema da cross-correlação, sendo
(
)
1
3
++= xxxf com conteúdo inicial dado por
2
x , e o
polinômio gerador
(
)
1
23
++= xxxg com conteúdo inicial 1
2
++ xx , que gerou através do
método discutido na seção anterior as sequências S
1
0010111 e S
2
1110100,
respectivamente.
A cross-correlação é calculada através da equação 2.1, ou seja, fixando umas das
sequências (S
1
), e comparando bit a bit para obtermos a quantidade de acordo e desacordos
[3].
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
ll
ba
baDbaAlR ,,
,
=
(2.1)
onde,
(
)
lR
ba,
é o valor para a cross-correlação para o deslocamento
l
, que pode variar de 0 a
622 =
n
;
(
)
(
)
l
baA ,
é a quantidade de acordos entre
a
e
(
)
l
b
;
(
)
(
)
l
baD ,
é a quantidade de desacordos, ou seja, pela adição módulo 2 temos,
=
=
lii
lii
lii
base
base
ba
,1
,0
. (2.2)
Assim, os valores para a cross-correlação entre f e g será:
( )
1043
1100011
1110100
0010111
0
,
===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
( )
5061
1111110
1101001
0010111
1
,
1
===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
21
( )
3025
1000100
1010011
0010111
2
,
2
+===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
( )
3025
0110000
0100111
0010111
3
,
3
+===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
( )
1043
1011001
1001110
0010111
4
,
4
===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
( )
3025
0001010
0011101
0010111
5
,
5
+===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
( )
.1043
0101101
0111010
0010111
6
,
6
===
=
ba
ii
RDeA
ba
l
Fazendo o mesmo para a autocorrelação de f, mas observando que na equação 2.1
(
)
lR
ba,
torna-se
(
)
lA
aa,
, obtemos:
22
( )
7007
0000000
0010111
0010111
0
,
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
1143
0111001
0101110
0010111
1
,
1
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
1243
1001011
1011100
0010111
2
,
2
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
1043
0101110
0111001
0010111
3
,
3
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
1043
1100101
1110010
0010111
4
,
4
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
1043
1110010
1100101
0010111
5
,
5
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
( )
.1043
1011100
1001011
0010111
6
,
6
===
=
aa
ii
ADeA
aa
l
Os resultados para autocorrelação e cross-correlação para o exemplo discutido acima
são apresentados na figura 1.
23
-2 0 2 4 6 8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Correlação
Deslocamento l
Autocorrelação
Cross-correlação
Figura 2.1. Cross-correlação entre os polinômios
(
)
1
3
++= xxxf
e
(
)
1
23
++= xxxg
- linha tracejada.
Autocorrelação do polinômio f linha contínua
.
A cross-correlação de duas sequências PN possuem valores altos em comparação a
autocorrelação. Isto foi observado no exemplo apresentado na figura 1, onde encontramos
picos de cross-correlação de -5, a autocorrelação apresentou um pico com valor 7
repetindo-se com período igual a 7.
Para solucionar o problema da cross-correlação, Gold considera a adição modulo 2
(equação 2) bit a bit de duas sequências pseudoaleatórias com o mesmo comprimento mas
gerada por polinômios primitivos diferentes (ver tabela 1) como os polinômios f e g
apresentados na seção anterior [3]. Como o comprimento das sequências é
12 =
n
N
a
sequência gerada tem o mesmo comprimento. E se considerarmos o deslocamento de uma
seqüência relativamente a outra, cada deslocamento irá gerar através da adição módulo 2 uma
seqüência resultante diferente. Como são possíveis
1
2
n
deslocamentos, e considerando a
duas seqüências originais, então são possíveis
1
2
+
n
seqüências de Gold de mesmo
comprimento. Gold em [4] observou que para determinados pares de seqüências de
24
comprimento máximo os picos de cross-correlação eram menores que para outros. Assim, as
seqüências de Gold são geradas com dois pares de seqüência conhecidos como pares
preferidos de comprimento máximo, alcançando picos de cross-correlação que possuem os
menores valores entre qualquer par de seqüência de comprimento máximo com mesmo
período.
Desta forma, uma seqüência de Gold é obtida combinando dois pares preferidos de
sequências M por deslocamento de uma delas relativamente à outra. A figura 2 apresenta
todos os pares preferidos de comprimento 63, onde os pares preferidos são aqueles que estão
ligados através da linha [5]
Figura 2.2. Pares preferidos de comprimento 63.
Fonte : [6]
Como são possíveis
12 =
n
N
deslocamentos de uma sequência relativamente à
outra, existem 122 +=+
n
N sequências de Gold de comprimento N (incluindo as duas
sequências originais). Neste trabalho utilizamos polinômios geradores com grau
6
n
=
(
(
)
1
6
++=
xxxf e
(
)
1
256
+++=
xxxxg ), desta forma podem ser gerados
6
2 1 65
+ =
sequências de Gold, as duas originais mais os 63
=
N possíveis descolamentos).
103
147
155
141
163
133
25
A partir de um par preferido
(
)
1 2
;
s s
obtemos um conjunto de seis sequências de Gold,
contando com o par preferido. Os quatros códigos encontrados foram obtidos a partir da soma
booleana com o deslocamento de uma sequência relativa à outra.
{
}
;;...;;;;;
2
1
12
2
12
1
12121
STSSTSSTSSSSSS
N
Gold
+
=
(2.3)
Através da equação 2.3 foram obtidas as quatros sequências de Gold apresentadas
abaixo.
Sequência 3 (
21
SS
) {S
3
}: [1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0
1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1].
Sequência 4 (
2
1
1
STS
) {S
4
}: [0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1].
Sequência 5 (
2
2
1
STS
) {S
5
}: [1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0
1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0].
Sequência 6 (
2
3
1
STS
) {S
6
}: [0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0
0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1].
26
3. ANÁLISE DA CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO OCDMA DE
PULSOS CURTOS
3.1 Pulsos ópticos
A partir do desenvolvimento de lasers capazes de gerar pulsos luminosos da ordem de
1 ps foi possível realizar o estudo de fenômenos desta ordem de grandeza em fibra óptica.
Pulsos ópticos são modelados matematicamente por funções Gaussianas e funções
secante hiperbólico [7, 8]. No caso do pulso Gaussiano a expressão é da forma de 3.1.
( )
=
2
0
2
0
2
exp,0
T
t
AtA
(3.1)
onde, T
0
é a meia largura em 1/e do ponto de intensidade [3.1]. É comum utilizar a largura
máxima a meia altura da intensidade (F
ull Width at Half Maximum - FWHM
) no lugar de T
0
, que
para o pulso Gaussiano é expresso pela equação 3.2 [7,8].
( )
00
2
1
665,12ln2 TTT
FWHM
=
(3.2)
O pulso Gaussiano mantém sua forma ao longo da propagação, mas alarga
temporalmente, como discutido em [7]. O alargamento temporal do pulso Gaussiano é
apresentado na figura 3.1, a qual foi gerada a partir de simulação numérica da propagação de
do pulso na fibra óptica. A propagação de pulsos curtos codificados foi discutida no capítulo
4. A figura 3.1 apresenta em tracejado um pulso Gaussiano de T
FWHM
=2 ps gerado a partir da
equação 3.1 com amplitude unitária, e mesmo após propagar 2 e 4 comprimentos de dispersão
dado pela equação 3.3. Nesta simulação foi considerado um parâmetro não-linear de
γ = 3 W
−1
m
−1
e o coeficiente de dispersão de segunda ordem de
β
2
= −20.10
−27
s
2
m
−1
.
Considerando estes valores para dispersão e não-linearidade, e a equação 3.3 [7, 8], obtemos
um comprimento de dispersão de Ld = 64,3 m.
27
2
2
0
β
T
L
d
=
(3.3)
-8 -4 0 4 8
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
z
=
4.Ld
z
=2.Ld
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
z
=0
z=2.Ld
z=4.Ld
z=0
Figura 3.1. Linha tracejada: forma do pulso Gaussiano em na entrada da fibra. Linha contínua: forma do pulso
após a propagação de 2 e 4 comprimentos de não-linearidade.
Sólitons ópticos são pulsos que casam as características de dispersão (regime de
dispersão anômala dispersão de segunda ordem negativa) e não-linearidade (automodulação
de fase) para manter sua forma ao longo da propagação na fibra óptica.
O sóliton é de
fundamental interesse, devido ao grande número de aplicações no campo da comunicação, através
de fibras ópticas. Pulsos sólitons podem ser modelados matematicamente utilizando funções do
tipo Secante Hiperbólico. Os pulsos ópticos da forma Secante Hiperbólico geralmente o dados
da forma da equação 3.4:
( )
=
0
0
sec,0
T
t
hAtA
(3.4)
A largura máxima a meia altura do pulso secante hiperbólico é dado pela expressão
3.5. É apresentado na figura 3.2 a forma dos pulsos secante hiperbólico na entrada da fibra e
após propagado 2 e 4 comprimentos de dispersão, tendo sido gerada a partir de simulação
28
numérica da propagação do pulso na fibra óptica, considerando os mesmos parâmetros
utilizados no pulso Gaussiano.
(
)
00
763,121ln2 TTT
FWHM
+=
(3.5)
-8 -4 0 4 8
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
z
=
4.Ld
z
=2.Ld
z=0 z=0
z=2.Ld
z=4.Ld
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Figura 3.2. Linha tracejada: forma do pulso Secante hiperbólico em na entrada da fibra. Linha contínua: forma
do pulso após a propagação de 2 e 4 comprimentos de não-linearidade.
3.2 Grade de Bragg em fibra óptica e codificação de pulsos curtos
3.2.1. Histórico
Uma grade de Bragg numa fibra óptica consiste de uma perturbação periódica do
índice de refração do núcleo ao longo da fibra, como mostra a Fig. 3.3. O princípio
fundamental das grades de difração foi descoberto a mais de 200 anos atrás [7, 9]. A formação
de grades em fibra óptica foi primeiramente demonstrada em 1978 por Hill et al. [7, 9 , 10],
neste experimento foi observado que um feixe gerado por laser de argônio (luz azul-verde)
propagando por uma fibra dopada com Germânio interferiu com uma luz contra-propagante,
proveniente de uma reflexão, ocasionando mudanças nas características da transmissão. Foi
29
observado através deste experimento que um filtro de Bragg muito estreito tinha se formado
ao longo de 1 metro de comprimento da fibra [10]. Foi observado que uma reflexão de 4%
ocorreu na região entre ar-fibra, criando um padrão de
Índice modulado
núcleo
casca
capa
Índice modulado
núcleo
casca
capa
Figura 3.3. Esquematização da grade de Bragg em fibra óptica, onde é apresentado o índice modulado.
onda permanente e a luz laser foi absorvida somente nas regiões brilhantes. Como
conseqüência, a estrutura do vidro muda de tal maneira que o índice de refração cresce
permanentemente nas regiões brilhantes [10].
Até 1989 grades em fibra não era um tema de intensa investigação, substanciada neste
período apenas pela observação da geração de segundo harmônico em fibras fotossensíveis.
Em 1989, um estudo discutiu uma técnica holográfica que possibilitou fabricar grades em
fibra com período controlado, fazendo ressurgir grande interesse neste tópico [7, 10]. A
técnica holográfica foi rapidamente adotada para produzir grades em fibras na região de
comprimento de onda de aproximadamente 1,55
µ
m, devido sua importância em sistemas de
comunicações em fibras ópticas.
Na década de 90 vários estudos foram realizados para entender o mecanismo por trás
da fotosensibilidade e desenvolver técnicas capazes de promover largas mudanças no índice e
refração. Em 1995, grades em fibra óptica tornaram-se disponíveis comercialmente se
apresentando em 1997 como um componente padrão em tecnologias de onda de luz. O
30
próximo passo do desenvolvimento da grade foi o desenvolvimento de sua aplicação sensores
de fibra e sistemas de comunicações de fibra óptica [7].
3.2.2 Fotossensibilidade
A fotossensibilidade é um efeito que ocorre quando um feixe de luz ultravioleta
incidente sobre uma fibra óptica, faz com que o índice de refração da fibra seja alterado
permanentemente. A presença de Germânio é crucial para ocorrer a fotossensibilidade em
fibras ópticas, entretanto, em fibras padrão para telecomunicações a quantidade Germânio é
menos que 3% em média. O uso de outros dopantes como alumínio e fósforo, pode aumentar
a fotossensibilidade, mas também aumentam as perdas. Portanto, as fibras ópticas com núcleo
dopado com Germânio continuam a ser o material mais importante para a fabricação das
grades em fibra [7].
A amplitude da mudança do índice de refração (n) depende de vários fatores, como
as condições de radiação (comprimento de onda, intensidade e dosagem total de radiação), da
composição do núcleo e de qualquer processamento da fibra, anterior à impressão da grade.
Uma grande variedade de fontes laser de luz contínua e pulsada, com comprimentos de onda
variando na faixa do ultra-violeta, podem ser usadas para foto-induzir mudanças do índice de
refração em fibras ópticas. Na prática, as mais comuns são lasers excimer KrF e ArF, que
geram pulsos ópticos em, respectivamente, 248 e 193 nm (largura de pulso de cerca de 10 ns),
a uma taxa de repetição situada na faixa compreendida entre 50 e 75 Hz. As condições de
radiação típicas correspondem a uma exposição à luz ultra-violeta por poucos minutos, sob
intensidades que variam de 100 a 1000 mJ/cm
2
. Se a fibra for irradiada por níveis de energia
superiores a 1000 mJ/cm
2
, ela sofrerá um processo de fotossensibilidade não-linear [tutorial].
Os mecanismos físicos relativos à fotossensibilidade, ainda não muito bem compreendidos,
podem ser associados aos centros de cor dos materiais vítreos. Por exemplo, a fotoexcitação
dos estados de vacância defeituosa de oxigênio, contidos em fibras Ge-SiO
2
, formam centros
paramagnéticos que contribuem para a mudança do índice de refração [11]. Existe, também,
evidência de que o re-arranjo estrutural da matriz do vidro, possivelmente densificação, esteja
relacionado ao aumento do índice [11]. O resultado destas mudanças foto-induzidas é a
mudança permanente do índice de refração do material vítreo, num comprimento de onda
distante daquele da luz ultravioleta sobre ele radiada.
31
3.2.3 Fabricação de grade em fibras
Várias técnicas foram desenvolvidas para produzir grades de Bragg, entre elas
podemos citar: Técnica interna de feixe único, técnica holográfica de duplo feixe, técnica de
máscara de fase e técnica de fabricação ponto a ponto.
A técnica interna de feixe único original de 1978 é realizada pelo lançamento de um
único feixe laser operando monomodo em torno de 488 nm, normalmente obtido de um laser
de argônio, em uma fibra de sílica dopada com Germânio. A luz é então monitora no fim da
fibra, e a refletividade cresce de 4% a até 90% em poucos minutos. A desvantagem desta
técnica é que a grade só poderá ser usada em comprimentos de onda próximos a do laser
usado na sua fabricação, 488 nm no caso, distante da região importante em telecomunicações
[7].
Na técnica holográfica de feixe duplo dois raios ópticos (operando na região do
ultravioleta) obtidos do mesmo laser, e fazendo entre eles um ângulo de 2θ, interferem num
núcleo de uma fibra óptica. Uma lente cilíndrica é usada para expandir o raio ao longo do
comprimento da fibra, desta forma o índice da grade é gerado pelo padrão de interferência. O
período da grade está relacionado com o comprimento de onda do laser ultravioleta e o ângulo
2θ, o que proporciona a fabricação de grade em uma larga escala de período de grade, apenas
variando o ângulo θ [7].
A técnica de máscara de fase usa uma máscara de fase com período relativo ao período
da grade. A grade é gravada por técnicas foto-litográficas ou de litografia por feixe de
elétrons. A máscara de fase típica é fabricada numa placa plana de vidro de sílica, que é
transparente à luz ultravioleta. É induzida variações na fase da radiação incidente em 242 nm,
traduzindo dentro da máscara de fase um padrão de intensidade similar ao produzido pela
técnica holográfica, assim, variações na intensidade é convertida em variações do índice da
grade pela fotossensividade da fibra óptica. A principal vantagem é que a demanda pelas
coerências espacial e temporal é muito menor devido a natureza não-interferométrica da
técnica. É possível variar o comprimento de onda de máxima reflexão.
A técnica de fabricação ponto a ponto contorna a necessidade de uma mascara de fase
mestre, fabricando a grade diretamente na fibra, período por período, pela exposição a um
pulso de alta energia em seções curtas. Esta técnica apresenta algumas limitações práticas,
como por exemplo: somente grades curtas ~1 cm são fabricadas; é difícil controlar o
32
movimento de um estágio de deslocamento suficientemente exato para fabricar grades longas;
não é fácil focalizar um raio laser para um spot de tamanho pequeno que é somente uma
fração do período da grade.
3.2.4 Grade de Bragg analiticamente
A perturbação do índice de refração do núcleo de uma fibra óptica é uma estrutura
periódica que age como um filtro rejeita-faixa. Assim, uma faixa espectral estreita de um
campo óptico, incidente através de uma fibra, é refletida por espalhamentos sucessivos,
coerentes, causados pelas variações do índice. A interação mais forte, ou seja, o acoplamento
mais intenso entre modos ocorre no comprimento de onda de Bragg,
λ
B
, na condição dita ‘de
casamento de fase’, definida pela equação 3.6 dada abaixo,
N
n
eff
B
Λ
=
2
λ
(3.6),
onde n
eff
é o índice efetivo do núcleo da fibra (também conhecido como ‘índice modal’),
Λ
é
o período da grade e N é um inteiro que indica a ordem de interação entre modos.
Teoria de modo acoplado tem sido utilizada exaustivamente para estudar propagação
de onda em meios periódicos lineares. No caso de fibras ópticas os efeitos não lineares devem
ser considerados de forma que o índice de refração deve ser escrito na forma dada por 3.7
( ) ( ) ( )
znEnnzn
g
δωω
++=
2
2
_
~
,
(3.7),
onde n
2
é o parâmetro não-linear e δn
g
(z) quantifica as variações periódicas no índice de
refração dentro da grade [7].
Utilizando as equações de Maxwell e considerando o índice de refração dado pela
equação 3.7 e que os efeitos não-lineares são pequenos podemos trabalhar no domínio da
freqüência solucionando a equação de Helmholtz dada por [8]:
33
(
)
0
~
,
~
~
2
22
=+ E
c
znE
ω
ω
(3.8),
onde
E
~
representa a transformada de Fourier do campo elétrico em relação ao tempo.
Incluindo as ondas copropagantes e contra-propagantes, expressamos
E
~
na forma
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
[
]
zizAzizAyxFrE
BbBf
βωβωω
+= exp,
~
exp,
~
,,
~
(3.9),
onde o número de onda de Bragg para uma grade primeira ordem é
Λ
=
π
β
B
.
Desta forma, as equações de modo acoplado no domínio da freqüência, considerando
as equações 3.6-3.9, que
f
A
~
e
b
A
~
variam lentamente com z e mantendo apenas os termos de
casamento de fase, obtém-se [7]
( )
[ ]
bf
f
AiAi
z
A
~~
~
κβωδ
++=
(3.10)
( )
[ ]
fb
b
AiAi
z
A
~~
~
κβωδ
++=
(3.11),
onde
δ
é a medida de dessintonização da freqüência de Bragg, expressa por [7]
( ) ( )
B
cn
ωωωδ
= /
_
(3.12),
β
inclui os efeitos não-lineares definidos em por [8]
( )
( )
=
dxdyyxF
dxdyyxFn
2
2
0
,
,
κ
β
(3.13)
e o coeficiente de acoplamento é expresso por [7]
34
( )
( )
=
dxdyyxF
dxdyyxFn
2
2
10
,
,
δκ
κ
(3.14).
Para expressar as equações dos campos coopropagantes e contrapropagantes 3.10 e
.11 no domínio do tempo escrevemos o campo elétrico na forma como em [8]
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
[
]
( )
..expexp,exp,,
2
1
,
0
cctizizAzitzAyxFtrE
BbBf
++=
ωβωβ
(3.15).
Assim, expandindo
β
em séries de Taylor e considerando os termos de segunda
ordem, trocamos os termos
0
ωω
pelo operador
t
i
e obtemos [7]
( )
fbfbf
f
fff
AAAiAiAi
A
t
A
i
t
A
z
A
2
2
2
2
2
1
2
22
+++=
+
+
+
γκδ
α
β
β
(3.16)
(
)
bfbfb
b
bbb
AAAiAiAi
A
t
A
i
t
A
z
A
2
2
2
2
2
1
2
22
+++=
+
+
+
γκδ
α
β
β
(3.17),
onde A
f
e A
b
são amplitudes copropagantes e contrapropagantes, respectivamente [7].
Para grades transversalmente uniformes, podemos escrever
λπδ
/2
1
nk =
. As
equações (3.16) e (3.17) incluem os efeitos não lineares
SPM
(
Self-Phase Modulation
automodulação de fase) e
XPM
(
Cross-Phase Modulation
modulação de fase cruzada), nos
termos que multiplicam o parâmetro não linear dado por
)/(
02
ff
e
cAn
ωγ
=
,
ff
e
A
é a área
efetiva do núcleo da fibra óptica. Os termos
1
β
e
2
β
são relativos ao inverso da velocidade de
grupo e dispersão de velocidade de grupo (
GVD Group - Velocity Dispersion
). O termo
2/
α
nas equações é referente às perdas inseridas pelo sistema, que no caso da simulação das
grades de Bragg em fibra será negligenciado, devido ao pequeno comprimento do dispositivo,
tipicamente da ordem de centímetros [7].
35
3.3. Análise da codificação e decodificação de pulsos ópticos utilizando FBG
Para geração de pulsos ópticos codificados foram utilizadas as equações 3.16 e 3.17,
através da simulação numérica na linguagem Matlab e utilizando o método numérico Runge-
Kutta de 4ª ordem. Como esquematizado na figura 3.4 um pulso secante hiperbólico
representado através da equação 3.4 com largura temporal a meia altura da intensidade de
psT
FWHM
5,2= é inserido na grade de Bragg em fibra óptica através de um circulador óptico
de onde o pulso refletido é o pulso codificado. Alternativas de multiplexação tem sido
investigadas agora que taxa de terabits por segundo tem sido demonstrada [13-20].
O processo de codificação ocorre na grade de Bragg devido à inserção de um código
ao longo da mesma. Os códigos utilizados neste trabalho o códigos de Gold descrito na
seção 2.2 e representados pelas sequências de 1 a 6 (ver seção 2.2) desenvolvidas
analiticamente. A codificação foi realizada no domínio da fase óptica, pois características
essenciais para sistemas CDMA como, cross-correlação e crosstalk exibem melhores
resultados em códigos bipolares (codificação em fase) que em códigos unipolares (codificação
em amplitude) [3]. Desta forma, códigos bipolares possibilitam mais usuários simultâneos
para um mesmo comprimento de código, pois apresentam baixa interferência entre os
usuários.
Os códigos são inseridos através de saltos discretos na fase de π e -π. Como
apresentado na figura 3.4 o processo de decodificação é realizado similar ao de codificação,
utilizando o mesmo dispositivo FBG, apresentando as mesmas características físicas como:
comprimento, constante de acoplamento, coeficiente não-linear e índice de refração efetivo. A
única diferença entre a grade codificadora e decodificadora está na introdução dos códigos,
uma vez que na segunda as sequências são inseridas de maneira inversa a da sequência
codificadora, a fim de recuperar o pulso de entrada.
Foi utilizada inicialmente para análise da codificação e decodificação de pulsos curtos,
a grade com índice de refração efetivo de 452,1=
eff
n , coeficiente de não-linearidade de
11
3
= kmW
γ
, dispersão de velocidade de grupo kmps /20
2
2
=
β
, constante de
acoplamento
1
24.05
m
κ
= e comprimento de 41,58 mm. Os códigos utilizados nesta tese
forma desenvolvidos como apresentado na seção 2.2, com sequência de comprimento 63,
onde cada bit é referido como chip possuindo 0,66 mm de comprimento. O comprimento do
dispositivo (L=0,04158 m) é pequeno em comparação a distâncias suficientes para que os
36
efeitos de dispersão e não-linearidade fossem notórios, de maneira que, os efeitos de dispersão
e não-linearidade (automodulação de fase e modulação de fase cruzada) são imperceptíveis no
processo de codificação e decodificação, podendo até serem desprezados na equações 3.16 e
3.17.
Figura 3.4. Estrutura esquemática do processo de codificação e decodificação de pulsos curtos.
O pulso óptico codificado é alargado temporalmente de acordo com a equação (3.18),
onde L é o comprimento da grade possuindo, assim, uma largura temporal de
aproximadamente 402,5 ps [12].
c
Ln
t
eff
2
= (3.18)
A figura 3.5 apresenta a reflexão da grade de Bragg esquematizada na figura 3.4,
correspondente a codificação do pulso secante hiperbólico de largura temporal a meia altura
da intensidade de 2,5 ps. A forma do pulso codificado é determinado pela sequência geradora,
que neste caso corresponde a sequência 1 apresentada na seção 2.2. Como descrito no
Pulso entrada
Pulso saída
FBG/codificadora
FBG/decodificadora
Pulso codificado
37
parágrafo anterior e observado na figura 3.5, o pulso codificado apresenta largura temporal de
402,5 ps, correspondendo ao tempo de percurso na FBG.
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Pulso codificado - código 1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Figura 3.5. Pulso de 2,5 ps codificado correspondente a reflexão da grade de Bragg apresentado no
esquema da figura 3.4.
A decodificação do pulso codificado apresentado na figura 3.5 é obtida através da
interação do mesmo na grade decodificadora que apresenta o código 1 invertido. A
autocorrelação que foi obtida utilizando a sequência 1 tanto para codificação como para
decodificação é apresentada na figura 3.6 (a), na qual pode-se observar que a sequência de
Gold apresenta boa característica de autocorrelação, tendo em vista a baixa interferência
apresentada no pulso decodificado. Como o espectro para obtenção tanto do pulso, como do
código, são obtidos pela reflexão da grade, e somente parte da energia de entrada é refletida
(banda em freqüência do pulso de saída menor que do pulso de entrada), o pulso decodificado
obtido após as duas reflexões (codificação e decodificação) é temporalmente mais largo que o
pulso de entrada. Na figura 3.6 (a) o pulso decodificado apresenta largura temporal de 5,71 ps,
2,5 ps maior que do pulso de entrada.
Na figura 3.6 (b) é apresentado a cross-correlação entre a codificação utilizando a
sequência 1 e a decodificação com a sequência 2 apresentada na seção 2.2. Podemos observar
através da figura que o código obtido apresenta cross-correlação próxima de zero, tornando
este método bastante atrativo para comunicações CDMA.
38
0 1 00 20 0 30 0 4 0 0 50 0
0 ,0
0 ,2
0 ,4
0 ,6
0 ,8
1 ,0
A u tocor relaçã o
Seq u ência 1
I n te n sid ad e [u .a .]
T em p o [ p s]
(a )
0 10 0 2 00 3 0 0 40 0 5 0 0
0 ,0
0 ,2
0 ,4
0 ,6
0 ,8
1 ,0
C ro ss-co rrelaçã o
S eq u ên cia 1/ se qu ência 2
T e m po [p s]
(b )
Figura 3.6. (a) Autocorrelação utilizando a sequência 1 seção 2.2. (b) Cross-correlação obtida com a sequência 1
para codificação e sequência 2 para decodificação.
Neste trabalho consideramos o estudo da interferência de multiusuários (MAI), onde
foi inserido de um a seis códigos diferentes simultaneamente. O esquema para o estudo da
interferência de multiusuários é apresentado na figura 3.7, na qual podemos observar que o
sinal codificado é inserido na grade codificadora relativo a sequência 1 (seção 2.2). As
sequências realizadas neste estudo foram obtidas analiticamente como descrito no capítulo 2.
A figura 3.8 apresenta a autocorrelação, considerando de um a cinco canais adicionais,
sempre realizando a autocorrelação para a sequência 1. Através da figura 3.8 podemos
observar que quando está presente apenas um usuário (código), a autocorrelação, como
discutido pela figura 3.6 (a), apresenta um perfil de pulso bastante limpo em relação ao pulso
de entrada. A medida que canais adicionais são inseridos no processo o perfil do pulso de
saída distancia-se do perfil do pulso de entrada no qual pretende-se obter, isso devido a
interferência da sobreposição dos resultados de autocorrelação (código 1) e correlação
cruzada (códigos 2 a 6).
39
Figura 3.7. A figura apresenta a estrutura utilizada para o estudo da interferência multiusuário, onde é utilizado
até seis canais simultâneos para a análise.
-600 -400 -200 0 200 400 600
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
1
2
3
4
5
6
-600 -400 -200 0 200 400 600
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
1
2
3
4
5
6
Figura 3.8. A figura apresenta a estrutura utilizada para o estudo da interferência multiusuário, onde é utilizado
até seis canais simultâneos para a análise.
Decodificador
código 1
Código 1
Código 2
Código 6
Sinal
codificado
40
Para quantificar a interferência multiusuários foi obtido uma figura de mérito (figura
de interferência) expressa na equação 3.19. Nesta equação temos SRI
1
(Signal Ratio
Interference Razão sinal interferência), a razão sinal interferência considerando apenas um
usuário (sequência 1 – seção 2.2) presente no processo de codificação e decodificação, e SRI
i
,
a razão sinal interferência para i usuários enviando informação simultaneamente.
=
i
SRI
SRI
IF
1
log10
(3.19)
A medida de SRI é alcançada através da razão entre a energia do sinal pela energia de
interferência, sendo esta a parte do perfil excedente do pulso decodificado considerando o
pulso de entrada.
A figura 3.9 apresenta o resultado para a evolução da figura de rito dada pela
equação (3.19), na qual é mostrado o aumento na figura de interferência à medida que
aumenta-se o número de usuários enviando informações simultaneamente. Nessa figura
também é apresentado o resultado da figura de mérito para diversos valores de constante de
acoplamento (banda de reflexão da FBG), sendo observado um aumento na figura de
interferência quando o valor para banda da FBG vai de
1
24.11
m
κ
=
até
1
120.54
m
κ
=
, com um máximo de 13,45 dB para
1
120.54
m
κ
=
com seis usuários.
A partir deste valor é observado uma redução na figura de mérito à medida que se aumenta o
valor de
κ
com um nimo de 11,36 dB para
1
241.08
m
κ
=
, sugerindo uma
dependência não linear com o valor da constante de acoplamento.
Como discutido na figura 8 e apresentado através da razão de interferência da figura
3.9 a quantidade de usuários de usuários presente na rede considerando o sistema OCDMA,
interferem significativamente no processo de autocorrelação, atingindo pelo calculado neste
trabalho a um valor de 13,5 dB a mais para seis usuários em relação a um único usuário
presente na decodificação.
41
Figura 3.9. Razão de interferência em função do número de usuários e da constante de acoplamento da FBG.
Para confirmar a exatidão dos resultados obtidos anteriormente, foi realizada uma
análise comparativa entre as energias da interferência para autocorrelação e cross-correlação.
Na a autocorrelação a metodologia realizada para a obtenção na energia da interferência é a
realização da integração para a área remanescente ao pulso decodificado, mesma metodologia
utilizada no estudo da figura 3.9. O cálculo da energia da interferência para a cross-correlação
foi realizada a integração da área total do pulso decodificado, considerando as situações onde
temos os códigos: 2; 2 e 3; 2, 3 e 4; 2, 3, 4 e 5; 2, 3, 4, 5 e 6 simultaneamente e o código 1
(sequência 1) para decodificação.
A figura 3.10 revela que a metodologia utilizada para calcular a razão de interferência
discutido anteriormente é bastante precisa, tendo em vista que os resultados para as energias
da interferência obtidas nos dois métodos apresentam resultados semelhantes como
apresentado na figura 3.10. Desta forma, a energia de interferência considerada no estudo da
razão de interferência de multiusuários é a energia da cross-correlação dos usuários adicionais
no processo de decodificação (sequências 2 a 6).
1 2 3 4 5 6
0
2
4
6
8
10
12
14
Razão de Interferência [dB]
de usrios
k=24,11 m
-1
k=72,32 m
-1
k=120,54 m
-1
k=192,86 m
-1
k=241,08 m
-1
42
2 3 4 5 6
2 3 4 5 6
Autocorrelação
Cross-correlação
k=24,11 m
-1
Autocorrelação
Cross-correlação
k=72,32 m
-1
Energia
Autocorrelão
Cross-correlação
k=120,54 m
-1
Autocorrelação
Cross-correlação
k=192,86 m
-1
Autocorrelação
Cross-correlação
k=241,08 m
-1
de usuários
Figura 3.10. Energia excedente no processo de autocorrelação devido a interferência (quadrado cheio). Energia
total no processo de cross-correlação para 2 a 6 usuários simultaneamente (quadrado vazados).
3.4 Acoplador óptico e chaveamento de pulsos curtos codificados
3.3.1 Introdução
43
O acoplador a fibra óptica é um dispositivo de n portas de entrada por n portas de
saída capaz de chavear luz de uma determinada fibra óptica para outra que se queira (a figura
3.11 apresenta um acoplador óptico do tipo 2×2). Também conhecidos como acopladores
direcionais, acopladores a fibra óptica, são dispositivos essenciais em sistemas ópticos e são
utilizados em diversos outros dispositivos ópticos (amplificadores ópticos, processo de
comutação óptica, laser de fibra óptica e etc.), que necessitam da divisão do feixe óptico em
outros feixes coerentes, mas fisicamente separados (e vice-versa). Embora a maioria das
aplicações de acopladores em fibra utilizem suas características lineares, desde 1982 seu
comportamento em regime não linear vem despertando um grande interesse dos pesquisadores
por suas aplicações em processamento óptico ultra-rápido [23 - 26].
Figura 3.11. Acoplador óptico 2x2.
A construção de acopladores em óptica integrada é realizada através do crescimento
ou deposição de materiais com índices de refração diferentes, construindo acopladores ópticos
utilizando uma estrutura multicamadas. No caso de acopladores baseados em fibra, é
necessária uma modificação na estrutura de acoplamento de maneira a aproximar os núcleos
das fibras. Para este fim, três métodos básicos têm sido desenvolvidos na literatura: retirada
da maioria da camada de casca por meio de corrosão química; remoção parcial da camada de
casca em ambas as fibras por meio de um polimento mecânico controlado; fusão de duas, ou
mais, fibras após um leve entrelaçamento entre elas e um posterior aquecimento.
Independente do tipo de acoplador escolhido, fibra óptica ou óptica integrada é possível
produzir diferentes taxas de acoplamento pela simples variação das condições de propagação
em cada um dos guias.
44
Os acopladores mais utilizados são constituídos de duas fibras ópticas paralelas
separadas por uma distância “d”, conforme ilustram as Figuras 3.12a e 3.12b [26]. O processo
de chaveamento ocorre de acordo com o projeto do acoplador óptico, pois a luz incidente em
uma determinada porta pode ser direcionada para outra porta parcialmente ou completamente.
Um fator determinante pata o projeto do acoplador é o comprimento de acoplamento L
C
, pois
este em regime de baixa potência óptica e coeficiente de não-linearidade da ordem de fibras
comuns ~ 3 W
-1
km
-1
(regime linear) é o parâmetro que determina a fração da potência que
sairá nas portas do acoplador. A figura 3.12 ilustra o processo de chaveamento onde um pulso
de menor intensidade é chaveado da porta 1 para 4, e simultaneamente ilustra um pulso de
maior intensidade chaveado para a porta 3, isto ocorrendo devido ao chaveamento ocorrer em
regime de não-linearidade.
Figura 3.12a - Acoplador Direcional Não Linear (NLDC) de fibra óptica com uma ilustração esquemática do
processo de chaveamento. Os pulsos aplicados na porta 1 aparecem em diferentes portas de saídas dependendo
de suas potências de pico. Figura 3.12b - Seção transversal do NLDC.
Dependendo da potência de pico aplicada às entradas do acoplador, um pulso óptico
pode ser direcionado para diferentes portas de saídas. A partir dos sinais aplicados à porta 1
do acoplador na figura 3.12a, temos que para baixa potência de luz (abaixo da potência
crítica), o dispositivo se comporta como um acoplador linear, ou seja, o feixe óptico se
propaga periodicamente entre os guias que constituem o acoplador. Por causa do acoplamento
evanescente, o sinal de baixa intensidade aplicado à porta 1 é chaveado para a porta 4. Se o
sinal aplicado à porta 1 do acoplador apresentar uma intensidade maior (acima da potência
crítica), a potência de luz simplesmente emerge no mesmo guia (porta 3) devido aos efeitos
não-lineares ocorridos.
45
Para o acoplador das figuras 3.12a e 3.12b, temos que “d” é a separação entre os
centros dos núcleos das fibras e ρos raios dos núcleos. Para que ocorra a interação entre os
campos que se propagam nos guias do acoplador, a relação d/ρ usualmente varia entre 2 e 4,
ou seja, a relação d/ρ deve ser, no mínimo, da ordem do diâmetro do núcleo das fibras que
constituem o acoplador [26].
Seus núcleos são bastante próximos de maneira que os modos fundamentais de
propagação de cada núcleo sobrepõem-se parcialmente na região da casca entre os dois
núcleos. Tal acoplamento, entre os dois modos, provoca a transferência da potência óptica de
um núcleo para o outro. A potência crítica P
C
,
que é a potência necessária para se obter uma
transferência de 50% entre os guias do acoplador é dada por:
cNL
C
Ln
Sλ
P =
(3.20)
em que
S
representa a área de seção transversal efetiva do guia de onda,
λ
é o comprimento
de onda no vácuo,
n
NL
é o índice de refração não linear e
L
C
é o comprimento de acoplamento
necessário para a transferência de um guia para outro.
Para um acoplador óptico em regime linear as potências de saídas nas portas 3 e 4 são
escritas através das expressões 3.21 e 3.22.
(
)
LckPP =
2
13
cos.
(3.21)
(
)
LcksenPP =
2
14
.
(3.22)
Considerando o acoplador discutido na figura 3.12, onde em regime de baixa potência
(regime linear) a luz é chaveada para a porta 4, o comprimento de acoplamento é dado por
3.23, como discutido em [7].
κ
2
π
L
C
= (3.23)
sendo
κ
o coeficiente de acoplamento linear entre os guias adjacentes. Como podemos
verificar pela equação 3.20, a potência crítica é inversamente proporcional ao comprimento de
acoplamento.
46
3.4.2 Acoplador óptico simétrico
A Figura 5.2 apresenta a estrutura de um acoplador simétrico. Os acopladores são
ditos simétricos quando seus núcleos apresentam mesmo raio (ρ
1
=ρ
2
) e também possuem
iguais índices de refração (n
1
=n
2
). Em outras palavras, os acopladores são simétricos quando
seus núcleos são idênticos sob todos os aspectos. No caso dos acopladores direcionais
simétricos, a diferença de fase entre os dois modos dos núcleos é sempre zero.
Figura 3.13 – Estrutura do acoplador simétrico.
3.4.3 Acoplador óptico Assimétrico
A Figura 3.14 mostra uma das estruturas para um acoplador assimétrico. Existem
diversas formas pelas quais os núcleos de um acoplador tornam-se diferentes. Por exemplo, os
núcleos podem ter diferentes formas ou tamanhos, diferentes propriedades dispersivas, podem
ter diferentes dopagens ou bombeamento, ou ainda, um ou mais núcleos podem ser integrados
47
com redes de Bragg, por este motivo os efeitos não-lineares, em acopladores assimétricos,
têm atraído crescente interesse nos últimos anos [28- 30]. O processo de acoplamento em um
acoplador direcional assimétrico ocorre de uma forma mais complexa, comparativamente ao
acoplador simétrico, devido a diferentes velocidades de fases nos dois núcleos.
Figura 3.14 Estrutura do acoplador assimétrico. Os índices “M” e “m” referem-se
respectivamente aos núcleos maior e menor.
3.4.4 Análise analítica do acoplador óptico
Assim como foi obtido as equações para grade de Bragg na seção 3.2.4 a teoria de
modo acoplado é utilizada para encontrar as equações que descrevem a interação da luz com
acopladores ópticos. Partindo da equação de Helmholtz
3.8
as equações de modo acoplado
para um acoplador duplo são descrita como [7]:
[ ]
212111
1
~~
~
AiAi
dz
Ad
NL
κβββ
++= (3.24)
[ ]
121222
2
~~
~
AiAi
dz
Ad
NL
κβββ
++= (3.25),
48
onde
ij
κ
é o coeficiente de acoplamento e
NL
i
β
é a contribuição não-linear. Fazendo as
mesmas considerações realizadas na seção 3.2.4, pode-se escrever as equações 3.24 e 3.25 no
domínio do tempo. Desta forma, as equações para o acoplador duplo no domínio do tempo
são:
(
)
1
2
212
2
1121211
2
1
2
211
11
1
2
2
AACAAiAiA
t
Ai
t
A
z
A
a
+++=+
+
+
γκδ
α
β
β
(3.26)
(
)
2
2
121
2
2212122
2
2
2
222
12
2
2
2
AACAAiAiA
t
Ai
t
A
z
A
a
+++=+
+
+
γκδ
α
β
β
(3.27),
sendo A
j
a intensidade de campo no guia j (j=1,2),
m1
β
o inverso da velocidade de grupo,
m2
β
a dispersão de velocidade de grupo,
α
coeficiente de perdas,
δ
é a medida de assimetria entre
os núcleos,
κ
o coeficiente de acoplamento,
γ
j
o coeficiente de automodulação de fase e C
o
coeficiente de modulação de fase cruzada [7].
Para descrevermos a propagação de pulsos no acoplador é necessária uma equação de
evolução para cada uma das fibras que constituem o dispositivo e cada equação deve conter o
termo de acoplamento entre os guias. Nossa abordagem somente considera a presença dos
efeitos devido a não-linearidade do tipo Kerr e a dispersão de velocidade de grupo, β
2
. A
modelagem do acoplador é feita por um sistema de equações diferenciais acopladas e este
sistema está fundamentado na equação não-linear de Schrödinger (NLSE) sendo o sistema
que descreve um acoplador de n fibras semelhantes dado por [26]:
jk,...,n e ,, j ),A,A,A(ASAAγ
t
A
β
z
A
i
j
*
K
*
jKjjj
jj
==++
+
3210
2
1
2
2
2
2
(3.28)
Este sistema de equações para um acoplador com n núcleos acoplados terá n equações
diferenciais. O índice j refere-se ao pulso que se propaga na fibra j, k nas demais fibras, e o
asterisco representa o complexo conjugado do campo. O termo de acoplamento
j
S
depende
do tipo de acoplamento considerado. Esses processos de acoplamento podem ser lineares ou
não lineares nas amplitudes dos pulsos dos guias e ainda podem conter termos cruzados que
dependem simultaneamente da amplitude do pulso em evolução e dos demais campos.
Para acopladores duplos simétricos utilizados neste trabalho, como o da Figura 3.13,
as equações que descrevem sua dinâmica são dadas por [7]:
49
0
2
1
21
2
1
2
1
2
2
1
=++
+
AAA
t
A
z
A
i
κγβ
(3.29)
0
2
1
12
2
2
2
2
2
2
2
=++
+
AAA
t
A
z
A
i
κγβ
(3.30).
O parâmetro
2
β
na equação (3.28) pode assumir um valor positivo ou negativo. No
regime de dispersão normal (
2
β
> 0) os efeitos do GVD e SPM podem ser usados para
técnicas de compressão de pulsos ao passo que no regime de dispersão anômalo (
2
β
< 0) os
efeitos do GVD e SPM permitem que o sistema suporte pulsos solitônicos. No sistema de
equações (3.29 e 3.30) consideramos
2
β
negativo, o que corresponde a um regime de
dispersão anômala.
3.4.5 Chaveamento de pulsos codificados em acoplador óptico simétrico
Neste estudo nós consideramos o efeito de não-linearidades em pulsos codificados
OCDMA utilizando os processos de chaveamento em acopladores ópticos. O projeto para
simulação do chaveamento é apresentado na figura 3.15, na qual está representado um pulso
codificado sendo inserido no acoplador óptico, e dependendo da energia do pulso na entrada o
pulso emergirá na porta 1, 2 ou em ambas, ocorrendo assim, a decodificação nas grades
apresentadas nas saídas 1 e 2. Também foi considerado como ilustrado na figura um fator de
ganho, que é considerado para se verificar o processo de chaveamento mais efetivo, tendo em
vista a baixa potência de pico dos pulsos codificados.
Nas simulações foi utilizada a sequência 1 para o pulso codificado (figura 3.5). Foi
empregada as equações 3.29 e 3.30 (equações de acoplador simétrico) para simulação do
chaveamento óptico. Em ambas as grades decodificadoras os códigos foram escritos
(sequência 1 invertida) para se obter autocorrelação do pulso de entrada.
50
Figura 3.15 – Chaveamento de pulsos ópticos codificados.
O projeto do acoplador é realizado para que em potências de entrada abaixo da
potência crítica (1,32 W) o sinal é chaveado para porta 2, ou seja, pelas equações 3.21 e 3.22,
a relação
Lc.
κ
deve ser igual a
2
π
. Um fator de ganho (0, 10, 20 e 30 dB) foi introduzido
antes do acoplador óptico não-linear para a análise da performance dos efeitos não-lineares no
processo de chaveamento e decodificação.
A figura 3.16 apresenta os perfis do pulso codificado nas saídas do acoplador óptico
não-linear antes das grades decodificadora para os fatores de ganho de 0, 10, 20 e 30 dB. É
observado através da figura, que nas situações com fatores de ganho de 0 e 10 dB, o perfil do
pulso é semelhante do pulso de entrada. Como o pulso é totalmente chaveado para a outra
fibra, a potência do mesmo está abaixo da potência crítica, visto que, o projeto do acoplador
óptico foi realizado de tal forma que, para potências abaixo da crítica o pulso é chaveado. Isto
explica a semelhança entre os perfis de entrada e saída, pois como estamos em regime linear,
o pulso não sofre distorções.
Na mesma figura verificamos que para o fator de ganho correspondente a 20 dB parte
do pulso codificado de entrada é chaveado para a saída 2 e parte para saída 1. A maior porção
da energia do pulso ainda permanece na saída 2. Entretanto, é observado que parte do pulso
chaveia da saída 2 para a saída 1 devido aos efeitos não-lineares causados pelo aumento na
energia do pulso de entrada. O resultado apresentado na figura nos conduz a entender que
Acoplador
1
2
G
Fator de ganho
FBG/
decodificadora
51
cada sequência de 1’s do pulso codificado funciona no processo de chaveamento como se
fosse um único pulso, pois é observado pela mesma figura que as maiores sequências
apresentam para este fator de ganho (20 dB) a maior porção chaveada.
Observando o perfil de saída do acoplador para o fator de ganho de 30 dB observamos
que o pulso está totalmente presente na porta 1, isto ocorrendo devido a potência do pulso ser
maior que a potência crítica. Além disso, é observado que apesar da forma da sequência dos
chips permanece inalterada o pulso chaveado apresenta distorções causadas pela não-
linearidade.
Saída 1
Saída 2
Fator de ganho:
30 dB
Saída 1
Saída 2
Fator de ganho:
20 dB
Intensidade [u.a.]
Saída 1
Saída 2
Fator de ganho:
0 dB
Intensidade [u.a.]
Sda 1
Sda 2
Fator de ganho:
10 dB
-100 0 100 200 300 400 500
Tempo [ps]
-100 0 100 200 300 400 500
Tempo [ps]
Figura 3.16 – Perfil do pulso codificado nas saídas 1 e 2 (figura 3.15) do acoplador óptico não-linear .
Depois dos sinais decodificados interagirem com o acoplador óptico não-linear, o
processo de decodificação acontece através da FBG/decodificadora (ver figura 3.15). Desta
forma, os pulsos das saídas 1 e 2 (ver figura 3.16) serão decodificados.
As figuras 3.17 e 3.18 apresentam as decodificações dos pulsos nas saídas 1 e 2 para
os fatores de ganho de 0 dB e 20 dB. Como discutido através da figura 3.16 o pulso codificado
52
está totalmente presente na porta 2, tendo vista que, o pulso de entrada está abaixo da potência
crítica, desta forma a decodificação ocorre totalmente na porta 2. O pulso decodificado para
ambos os fatores de ganho não sofrem distorções não-lineares. A largura temporal dos pulsos
decodificados para ambas as situações é 5,71 ps, o mesmo valor para a largura temporal
obtida na seção 3.3 onde estudamos apenas o processo de codificação e decodificação.
-40 -20 0 20 40
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso de Entrada
Sda 1
Sda 2
Sem ganho
Figura 3.17 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 0 dB
Para o fator de ganho 20 dB como discutido anteriormente, parte do pulso codificado
emergirá na porta 2 e parte na porta 1, esta devido aos efeitos não-lineares. Como pode ser
observado através da figura 3.19, é obtido a decodificação em ambas as saídas, sendo que a
maior energia se encontra na porta 2. O pulso decodificado na porta 2 apresenta o mesmo
perfil que os anteriores (0 e 20 dB), pois esta codificação acontece em regime de linearidade.
o pulso decodificado na porta 1, apresenta um perfil distorcido devido os efeitos não-
lineares (automodulação de fase).
53
Ainda na figura 3.19, é notado que as formas dos pulsos decodificados se assemelham
aquelas apresentadas na literatura para estudo do chaveamento de pulsos em acoplador óptico
não linear.
-40 -20 0 20 40
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso de Entrada
Saída 1
Saída 2
Ganho 10 dB
Figura 3.18 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 10 dB.
54
-40 -20 0 20 40
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso de Entrada
Sda 1
Sda 2
Ganho 20 dB
Figura 3.19 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 20 dB.
Para um fator de ganho de 30 dB o pulso de entrada possui potência acima da potência
crítica, desta forma o pulso de entrada é totalmente chaveado para a fibra 1. Isso ocorre
devido a não-linearidade da fibra óptica e a potência do pulso de entrada. A figura 3.20
apresenta o pulso decodificado na saída 2 após a interação com o acoplador óptico. O perfil
do pulso decodificado apresenta fortes distorções em comparação ao perfil do pulso de
entrada. Comparando com o pulso decodificado das figuras 3.17 e 3.18, onde a interação com
o acoplador ocorreu em regime de linearidade, o pulso apresentado na figura 3.20 apresenta
largura temporal maior, com valor de 12,5ps, demonstrando que a largura temporal dos pulsos
decodificados no acoplador óptico apresenta uma forte dependência com a não-linearidade.
55
-150 -100 -50 0 50 100 150
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso de Entrada
Sda 1
Sda 2
Ganho de 30 dB
Figura 3.20 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 30 dB.
A figura 3.21 apresenta a relação de interferência para os pulsos decodificados na
saída 1 do acoplador como descrito na figura 3.15. A relação de interferência como discutido
na seção 3.3 é a razão entre a energia do pulso decodificado pela energia remanescente do
mesmo.
A figura 3.21 mostra a relação de interferência para os pulsos das figuras 3.17 a 3.20.
Nós observamos pela figura que o aumento do ganho diminui a relação de interferência,
devido a dependência da o-linearidade com a intensidade do pulso descrito nas equações
3.20. Quanto maior o ganho maior a energia chaveada para a saída 1, consequentemente
maior a interferência não linear no pulso. Na figura também é apresentada a relação antes do
acoplador cujo valor é 0,12 dB superior em comparação com o ganho de 0 dB (figura 3.17). É
observado que para o fator de ganho de 30 dB a relação de interferência é negativa devido a
energia remanescente ser maior que a do pulso decodificado.
56
0 10 20 30
-2
0
2
4
Relação de inteferência [dB]
Fator de ganho [dB]
As o acoplador
Antes do acoplador
Figura 3.21 – Pulsos decodificados nas saídas 1 e 2 para o fator de ganho de 30 dB.
3.5 Propagação em fibra óptica de pulsos curtos codificados
O comportamento de pulsos ópticos codificados em sistema OCDMA utilizando
códigos de Gold durante a propagação em fibra óptica foi estudado nesta seção, para análise
dos efeitos não-lineares no processo de codificação e decodificação.
As equações de ondas que regem a propagação de pulsos ópticos em fibras é obtida
através do desenvolvimento das equações de Maxwell, dadas no sistema internacional de
unidades (SI) por [31]:
57
0=
=
+=×
=×
B
D
t
D
JH
t
B
E
f
r
r
r
rr
r
r
ρ
(3.24),
onde
E
r
e
H
r
são os vetores campo elétrico e magnético, respectivamente, e
D
r
e
B
r
representam as densidades de fluxo elétrico e magnético. Para meios como a fibra óptica
livres de cargas as densidades de corrente e a carga, são respectivamente
0=J
r
e 0=
f
ρ
[8].
Como a fibra óptica é um meio não-magnético, aplicando o rotacional na primeira
equação do conjunto 3.24 e usando a segunda equação obtemos:
2
2
0
2
2
2
1
t
P
t
E
c
E
=××
r
r
r
µ
(3.25)
onde
c
é a velocidade da luz no vácuo e
0
µ
a permeabilidade magnética no vácuo. Para
campos intensos a polarização é formada por uma parte linear e uma parte não-linear [8]:
(
)
(
)
trPtrPtrP
NLL
,),(,
r
r
r
+= (3.26)
(
)
(
)
(
)
(
)
...:.
321
0
+++= EEEP
r
M
r
r
r
χχχε
(3.27)
onde
0
ε
é a permissividade elétrica no vácuo e
(
)
i
χ
é suscetibilidade de ordem i
=
0,1,2,3,....,
onde
)1(
χ
é o tensor de susceptibilidade linear, enquanto
)3(
χ
é o tensor de susceptibilidade de
terceira ordem, responsável pela geração de terceiro harmônico e pelo efeito não-linear do
tipo Kerr. Em particular, a parte real de
)3(
χ
está relacionada com o efeito Kerr ao passo que
a parte imaginária relaciona-se com o efeito Raman [8].
Na presença de
)3(
χ
, pode-se observar que o índice de refração
n(ω)
depende do
índice de refração não linear
n
NL
e da intensidade do campo. Este tipo de não-linearidade é
conhecida como Kerr. Em particular, pode-se escrever o índice de refração como:
2
)) Enn
NLo
+=
ωω
(n( (3.28)
58
onde [8]
)(8
3
)3(
ω
χ
o
jkz
NL
n
n = (3.29)
A não-linearidade Kerr dá origem a vários efeitos, dependendo das condições com que
o sinal óptico é inserido no guia (intensidade). Dentre eles estão a automodulação de fase
(SPM - Self Phase Modulation), a modulação de fase cruzada (XPM - Cross Phase
Modulation) e a instabilidade modulacional. Inúmeras são as aplicações para esses efeitos,
dentre elas pode-se citar o chaveamento óptico, implementação de portas lógicas ópticas e
compressão de pulsos [8].
Considerando a relação dada por 3.30 e a expressão 3.26, obtemos escrever a equação
3.25 da forma como 3.31
(
)
EEE
2
r
r
r
=×× (3.30)
2
2
0
2
2
0
2
2
2
2
1
t
P
t
P
t
E
c
E
NL
L
=
r
r
r
r
µµ
(3.31)
Considerando que a polarização não-linear P
NL
é uma pequena perturbação da
polarização linear P
L
, além de assumir que os campos mantém a polarização, podemos
escrever através das equações 3.30 e 3.31 e as considerações feitas em [nonlinear] as
expressões para as amplitudes dos campos ópticos na expressa como:
Ai
t
A
i
t
A
z
A
βββ
+
=
2
2
21
(3.32)
onde
β
inclui os termos de perdas e não-linearidade, e é expresso da forma:
( )
( )
=
dxdyyxF
dxdyyxFn
2
2
0
,
,
κ
β
, (3.33)
59
com
0
2
2
~
k
i
Enn
NL
α
+=
(3.34)
Desta forma a equação 3.32 para as amplitudes de campos em fibra óptica fica escrita
da forma como em 3.35. Esta equação descreve a propagação de pulsos ópticos da ordem de
picossegundos em fibras ópticas monomodo, onde esta incluindo a dispersão de velocidade
de grupo, as perdas e os efeitos não-lineares [8].
AAA
t
A
i
t
A
z
A
2
2
2
2
1
2
2
γ
α
β
β
=+
+
+
(3.35)
onde o parâmetro não-linear e a área efetiva do núcleo dada por
ff
e
NL
cA
n
0
ω
γ
=
(3.36)
( )
( )
=
dxdyyxF
dxdyyxF
A
ff
e
4
2
2
,
,
(3.37).
A simulação da decodificação de pulsos ópticos após a propagação em fibra óptica foi
realizada através da equação 3.35 utilizando o método
Runge-Kutta
de ordem. A figura
3.22 apresenta o esquemático utilizado para análise dos efeitos da propagação em fibra óptica.
Na figura podemos observar que o pulso codificado proveniente do circulador, ao qual é
considerado um fator de ganho (20
dB
) com objetivo de analisar os efeitos da não-linearidade,
pois como o pulso codificado é largo temporalmente. Em seguida o pulso é inserido na fibra
óptica cuja dispersão é negativa (dispersão anômala) e desta propagará numa fibra
compensadora de dispersão, ou seja, com dispersão positiva (
DCF Dispersion
Compensating Fiber
). Esta estrutura teve como objetivo eliminar os efeitos de dispersão de
segunda ordem que interferem significativamente no processo de decodificação, tendo em
60
vista que o pulso propagante (largura temporal de 402,5ps seção 3.3) apresenta pulsos
temporalmente menores (chips) com largura temporal da ordem de dezenas ps. Desta forma a
propagação com dispersão positiva compensa a propagação com dispersão negativa, ambas as
fibras com o mesmo comprimento.
Para a codificação do pulso foi utilizado para a constante de acoplamento e
comprimento da grade,
1
1,48
= m
κ
e mmL 58,41= , respectivamente. A fibra óptica com
comprimento de propagação de kmL 10= apresenta para o parâmetro de dispersão de
velocidade de grupo
kmps /20
2
2
=
β
, o parâmetro de não-linearidade foi variado para
analisar a interferência não-linear no processo de decodificação.
Figura 3.22 – Esquemático para a codificação, propagação e decodificação de pulso ópticos. Propagação em
fibra óptica em partes, metade em dispersão anômala
0
2
<
β
e metade em dispersão normal
0
2
>
β
.
A figura 3.23 apresenta o pulso codificado antes de propagar na fibra óptica 3.23 (a),
após a propagação na fibra (antes da grade decodificadora) para γ = 3 W
-1
km
-1
figura 3.23 (b)
e γ = 24 W
-1
km
-1
figura 3.23 (c). É possível notar pelo perfil das figuras a interferência não-
linear causada pela propagação na fibra óptica, além da dependência com o parâmetro não-
linear.
Pulso entrada
FBG/codificadora
FBG/decodificadora
Circulador
0
2
<
β
0
2
>
β
Fator de
Ganho
Pulso saída
61
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso codificado na entrada da fibra
(a)
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso após a fibra
γ
γγ
γ
= 3 W
-1
km
-1
(b)
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso após a fibra
γ
γγ
γ
= 24 W
-1
km
-1
(c)
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso codificado na entrada da fibra
(a)
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso após a fibra
γ
γγ
γ
= 3 W
-1
km
-1
(b)
0 100 200 300 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Pulso após a fibra
γ
γγ
γ
= 24 W
-1
km
-1
(c)
Figura 3.23 – (a) Pulso codificado. (b) Perfil do pulso codificado após a propagação na fibra óptica com γ = 3 W
-
1
km
-1
. (c) Perfil do pulso codificado após a propagação na fibra óptica com γ = 24
-1
km
-1
.
A figura 3.24 apresenta o pulso decodificado após a propagação de 10 km de fibra
óptica (foi considerado 5km em dispersão anômala
0
2
<
β
e 5 km em dispersão normal
0
2
>
β
, a fim de eliminar os efeitos de dispersão) considerando o parâmetro de não-
linearidade da fibra comum (
11
3
= kmW
γ
). O perfil do pulso decodificado apresentado na
figura apresenta-se como na figura 3.6(a), desta forma, para padrões de não-linearidade de
fibra comum, a autocorrelação apresenta-se inalterada.
62
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Propagação
γ
= 3 W
-1
km
-1
Pulso de Entrada
Figura 3.24 – A figura apresenta o pulso decodificado após a propagação de 10 km de fibra óptica divididos em:
5 km com dispersão anômola
0
2
<
β
e 5 km com dispersão normal
0
2
>
β
, considerando
.3
11
= kmW
γ
A mesma simulação da figura anterior foi realizada para os parâmetros de não-
linearidade γ = 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 e 24 W
-1
km
-1
, pois é comum fibras HNLF Highly Non-
linear Fiber (Fibras altamente não-lineares), encontra-se na literatura fibra Bi-HNLF (fibra de
Bismuto) com não-linearidade da ordem de 1000 W
-1
km
-1
[32]. Foi possível observar através
dos perfis analisados para os diversos parâmetros de não-linearidade que, a autocorrelação é
diretamente afetada com o aumento da não-linearidade, mesmo considerado valores baixos de
potência de pico, pois o pulso codificado é largado para ordem de centenas de ps no processo
de codificação. A figura 3.25 apresenta o resultado para
11
24
= kmW
γ
, de onde podemos
observar que a interferência da não-linearidade na autocorrelação resulta no perfil de pulso
“ruidoso”, o que pode ser crucial considerando processos de modulação PAM (Pulse
Amplitude Modulation – Modulação por Amplitude de Pulso).
O pulso decodificado apresentou aumento em sua largura temporal com o aumento do
parâmetro não-linear.
63
-200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Propagação
γ
= 24 W
-1
km
-1
Pulso de entrada
Figura 3.25 – A figura apresenta o pulso decodificado após a propagação de 10 km de fibra óptica divididos em:
5 km com dispersão anômola
0
2
<
β
e 5 km com dispersão normal
0
2
>
β
, considerando
.24
11
= kmW
γ
Como realizado na seção 3.3 para quantificar a interferência causada pelo processo de
codificação/decodificação, foi levantada a figura de mérito SRI, obtida através da razão entre
a energia do sinal pela energia de interferência, sendo esta a parte do perfil excedente do pulso
decodificado considerando o pulso de entrada. Na figura 3.26, é apresentada a Razão Sinal
Interferência em função do parâmetro de não-linearidade, onde é possível observar que, os
efeitos não lineares são danosos no processo de decodificação. A diminuição em SRI é
devido ao aumento da energia de interferência em relação a energia do sinal. Um aumento de
8 dB é observado quando se varia o parâmetro não linear de 3 a 24 W
-1
km
-1
. Esta energia de
interferência pode prejudicar o processo de decodificação de bits adjacentes, pois como
observamos através da figura 3.25, ela se espalha numa amplitude temporal de 800 ps.
A figura 3.27 apresenta o aumento na largura temporal a meia altura do pico de
intensidade do pulso em função do parâmetro não-linear da fibra óptica. Por meio da figura
pode-se observar o aumento da duração temporal do pulso com o aumento dos efeitos não-
lineares.
64
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27
-4
-2
0
2
4
SRI [dB]
Parâmetro de não-linearidade
γ
γγ
γ
(W
-1
km
-1
)
RaoSinal Interferência
Figura 3.26 – Razão Sinal Interferência em função do parâmetro de não-linearidade.
Para o valor de γ = 3 W
-1
km
-1
, os efeitos não-lineares não causam alargamento
temporal no pulso decodificado em relação ao pulso codificado e decodificado sem
propagação, onde neste caso apresentou largura temporal igual a 5,2 ps. Em relação ao pulso
de entrada cuja largura temporal a meia altura de intensidade é de 2 ps, um alargamento de 3,2
ps é observado, porém este alargamento é devido ao processo de codificação e decodificaçã.
para o valor de máximo simulado de γ = 24 W
-1
km
-1
, foi observado uma largura temporal
de 6,5 ps, um aumento de 1,3 ps. Esse alargamento temporal pode causar interferência inter-
simbólica entre bits adjacentes dependendo do time slot considerado.
65
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
Largura Temporal [ps]
Pametro de não-linearidade
γ
γγ
γ
[W
-1
km
-1
]
Largura Temporal
do pulso decodificado - T
FWHM
Figura 3.27 – Largura temporal a meia altura do pulso propagado em fibra e decodificado em função do
parâmetro de não-linearidade.
66
4. CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO OCDMA DE PALAVRAS
4.1. Modulação OOK
O processo de modulação OOK (On-Off Keying Chaveamento Liga Desliga) é
processo mais simples e amplamente usado em sistemas de comunicações ópticas. A
modulação OOK é caso especial do processo de modulação ASK (Amplitude Shift Keying
Chaveamento por Deslocamento de Amplitude), onde esta é realizada de duas maneiras: a
primeira maneira utiliza modulação direta, no qual o sinal óptico modulado é obtido através
da modulação das luz laser por meio do sinal elétrico modulado, ou seja, o sinal elétrico
utilizado no laser semicondutor para geração da luz contém a modulação, desta forma a
sequência de saída da luz dependerá da entrada de corrente (presença de corrente – geração de
luz; ausência de corrente não geração de luz); a segunda forma é utilizando a modulação
externa, este processo consiste na modulação após a geração de luz contínua (CW - Continuos
Wave Onda Contínua) por lasers como o DFB (Distributed Feedback Laser - . O processo
de modulação direta é frequentemente usado em sistemas com taxas de 2,5 Gb/s, já o processo
de modulação externa é utilizado em sistemas digitais com taxas de transmissão superiores a
10 Gb/s [32, 33].
Em modulação OOK os sinais mais comuns são o RZ (Return-to-Zero Retorno ao
Zero) e (Nonreturn-to-Zero Não Retorno ao Zero) ilustrados na figura 4.1. No formato RZ,
cada pulso óptico, representando o bit 1, é mais estreito do que o time slot, de modo que sua
amplitude retorna a zero antes da duração do time slot terminar. no formato NRZ, o pulso
óptico permanece ao longo de toda duração do time slot, de forma que sua amplitude não
decresce a zero, entre dois ou mais bits 1s sucessivos. Como resultado, a largura do pulso
varia, dependendo do padrão de bits, o que não acontece no formato RZ. Uma vantagem do
formato NRZ é que a largura de banda, associada com o fluxo de bits, é menor do que no
formato RZ por um fator de 2, simplesmente porque as transições, de retorno a zero, ocorrem
menos vezes. Entretanto, seu uso requer um controle preciso na largura temporal do pulso e
pode resultar em muitos efeitos que dependem do padrão de bits, se o pulso óptico espalhar
durante a transmissão [34, 35].
67
Figura 4.1: Modelo de sinais RZ Return-to-Zero – Retorno ao Zero, figura superior. Modelo de sinal NRZ
Nonreturn-to-Zero – Não Retorno ao Zero, figura inferior. Fonte [33].
4.1.1 Codificação e decodificação de palavras
As informações enviadas em um canal de comunicação, são geradas a partir de um
conjunto de bit’s 0’s e 1’s. A palavra “a” é formada por oito bits, sendo eles 01100001. A
figura 4.2 apresenta a representação da palavra “a” em termos de seus bits representativos,
utilizando modulação OOK. Cada pulso representando o bit 1, são pulsos ópticos secante
hiperbólico gerados como em 3.1 (equação 3.4), onde cada pulso apresenta largura temporal a
meia altura de 2 ps, e time slot de duração de 20 ps para operação em 50Gb/s. O modelo do
sinal em modulação OOK apresentado na figura 4.1 é retorno ao zero (RZ).
Foi gerada a palavra “w”, cuja composição de bit’s é 01110111, apresenta duas
sequências tripla de 1’s. Cada bit 1, como anteriormente, é representado por um pulso secante
hiperbólico. A representação da sequência é apresentada na figura 4.3, onde é observado um
pulso de 2 ps de largura a meia altura e time slot de 20 ps. Uma maior interferência na
decodificação é esperada para palavra “w” em relação a palavra “a”, tendo vista a maior
68
quantidade de 1’s (palavra “wseis 1’s / palavra “a” três 1’s). A razão da escolha destas
palavras está no fato de analisarmos a dependência no número de bits constituintes das
informações no processo de codificação, propagação e decodificação. A palavra “w” é
representa por uma maior quantidade de bits 1’s, causando assim, maior interferência.
Figura 4.2 Sequência de bit’s formando a palavra “a” em modulação OOK com RZ retorno ao zero, pulsos com ]
argura temporal de 2 ps e 50Gb/s.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra a
01100001
69
Figura 4.3 Sequência de bit’s formando a palavra “w” em modulação OOK com RZ retorno ao zero, pulsos com
largura temporal de 2ps e time slot de 20 ps e 50Gb/s.
Para o processo de codificação e decodificação a grade de Bragg apresenta como
parâmetros índice de refração efetivo de 452,1=
eff
n , coeficiente de não-linearidade de
11
3
= kmW
γ
, dispersão de velocidade de grupo
12
2
20
= kmps
β
, constante de
acoplamento
1
24.05
m
κ
= e comprimento de 41,58 mm. Foi utilizado a sequência de Gold
S
1
descrita no capítulo 2. O processo de codificação e decodificação apresenta o mesmo
esquemático do apresentado na figura 3.4. A figura 4.4 apresenta a palavra “a” codificada. O
pulso codificado apresenta largura temporal de 520ps, maior em relação a apenas um pulso,
isso é ocorre porque a palavra “a” apresenta em sua totalidade a largura de 140 ps. O processo
de codificação torna o sistema seguro visto que, sem o código o como apreciar a
informação contida na figura apresentada.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra w - 01110111
70
-100 0 100 200 300 400 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a"
codificada
κ =
κ =κ =
κ =
24,05 m
-1
Figura 4.4 Palavra “a” codificada – 01100001, com largura temporal de 520 ps.
A decodificação, como discutido anteriormente, é realizada com inserção da sequência
inversamente a codificação. A figura 4.5 apresenta a decodificação da palavra “a” codificada
como apresentado na figura 4.4, onde é observado que a autocorrelação apresenta satisfatória,
visto que, a palavra a ser obtida mantém-se como a entrada (figura 4.2). Pela figura 4.5 à
direita, é possível observar que os bits permanecem em suas posições nos times slots. A
largura temporal dos pulsos é 5,1 ps.
71
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada
κ
= 24,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0 1 1 0 0 0 0 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada
κ
= 24,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0 1 1 0 0 0 0 1
Figura 4.5 Palavra “a” decodificada – 01100001, com constante de acoplamento de κ = 24,05 m
-1
.
O processo de codificação e decodificação foi realizado para diversos valores de constante de
acoplamento, numa região de
κ
= 24,05 a 240,05
m
-1
, e observou-se e é exemplificado na
figura 4.6 que, apesar de obter a palavra, houve variações na intensidade dos
bits
. Como
discutido no capítulo 3 perfil do obtido apresenta-se com mais interferência, pois como a
banda da grade de Bragg é maior a energia do pulso codificado para
κ
= 240,05
m
-1
é maior
que para
κ
= 24,05
m
-1
gerando maior interferência na autocorrelação.
O processo de codificação e decodificação da palavra “w” foi realizado, o objetivo da
escolha dessa palavra está no fato da mesma ser representada com a maior quantidade de
bits
1 do que outras, assim podemos estimar o resultados para as outras. A figura 4.7 apresenta a
palavra “w” codificada com largura temporal de 520
ps
, a mesma que a palavra “a”, o que é
esperado pois a largura efetiva da palavra é para ambas de 140
ps
. As palavras neste sistema
de modulação
OOK
apresenta largura temporal total de 160
ps
, 20
ps
para cada
bit
, o que
permite taxas de transmissão de 50 Gbps.
72
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a" decodificada
κ
= 240,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempos [ps]
Tempos [ps]
0 1 1 0 0 0 0 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a" decodificada
κ
= 240,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempos [ps]
Tempos [ps]
0 1 1 0 0 0 0 1
Figura 4.6 Palavra “a” decodificada – 01100001, com constante de acoplamento de κ = 240,05 m
-1
.
-100 0 100 200 300 400 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w"
codificada
κ
κκ
κ
= 24,05 m
-1
Figura 4.7 Palavra “w” codificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ = 24,05 m
-1
.
73
A decodificação para a palavra “w” apresentou-se mais interferente que para a palavra
“a”, o que é observado pela figura 4.8. O perfil com maior interferência para a palavra “w”, se
deve pelo fato de que existe uma maior quantidade de bits.
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w" decodificada
κ
κ κ
κ
= 24,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w" decodificada
κ
κ κ
κ
= 24,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
Figura 4.8 Palavra “w” decodificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ = 24,05 m
-1
.
O processo de decodificação da palavra “w” foi realizado para diversos valores de
constante de acoplamento (κ = 24,05 a 240,05 m
-1
), e foi observado que a interferência
aumenta no processo de decodificação com o aumento da constante de acoplamento. Como
visto pela figura 4.9 a esquerda (κ = 240,05 m
-1
), o perfil do pulso decodificado apresenta
pulsos adjacentes que podem ser considerado como bit 1, o que pode ser danoso para palavras
adjacentes. O aumento da interferência causada pelo aumento de k é devido aos valores de
energia do pulsos, pois a energia do pulso decodificado é tão maior quanto for a banda de
reflexão da grade, ou seja, quanto maior for a constante de acoplamento.
74
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w" decodificada
k = 240,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w" decodificada
k = 240,05 m
-1
Intensidade [u.a.]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
Figura 4.9 Palavra “w” decodificada – 01110111, com constante de acoplamento de κ = 240,05 m
-1
.
4.1.2 Propagação de palavras com modulação OOK
A simulação da propagação de pulsos codificados é realizado como o esquema
apresentado na figura 3.22, onde é considerado como parâmetros para fibra óptica:
comprimento de propagação de
kmL 10= , parâmetro de dispersão de velocidade de
grupo
kmps /20
2
2
=
β
, o parâmetro de não-linearidade foi variado para analisar a
interferência não-linear no processo de decodificação.
Foi realizado a propagação da palavra “a” e “w”, onde variamos o parâmetro não-
linear em γ = 3 a 9 W
-1
km
-1
. A figura 4.10 exibe o perfil da palavra “a” decodificada após a
propagação para γ = 3 e 9 W
-1
km
-1
, de onde podemos observar que a palavra “a” por
apresentar três bits “1” e apenas dois adjacentes, apresenta um perfil pouco interferente.
Assim, a palavra “a” é satisfatoriamente obtida, mesmo para altos valores de parâmetro não-
linear.
75
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Tempo [ps]
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Figura 4.10 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
Realizamos o mesmo processo de propagação para a palavra “w”, onde os resultados
estão apresentados nas figuras 4.11 e 4.12. A palavra “w” como discutido na seção anterior
apresenta perfil mais interferente em relação a palavra “a”. Como observado através da figura
4.11 a esquerda, para γ = 3 W
-1
km
-1
valor de não-linearidade de fibra comum, a palavra foi
obtida com sucesso apesar de apresentar pulsos laterais. Já para γ = 9 W
-1
km
-1
, é observado
que o código foi destruído, não podendo assim obter a informação original. A figura 4.12
apresenta o resultado da figura 4.11 considerando apenas o intervalo contendo a palavra. Na
figura 4.12 a esquerda é notado que o conteúdo inicial da informação (01110111) é
recuperado após a propagação. Na figura 4.12 a direita o conteúdo da informação obtido é
11111111 que é diferente do conteúdo inicial, considerando um limite de decisão para bit “1”
a intensidade de 0,2 u.a.. Para a palavra “w” os efeitos não-lineares destruíram o código.
76
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Tempo [ps]
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Figura 4.11 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-
linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Tempo [ps]
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Tempo [ps]
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Figura 4.12 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
77
4.2 Modulação PAM
Na modulação por amplitude (PAM), o bit 1 é representado por um pulso cuja
intensidade está acima de determinado nível de referência previamente definido. Por outro
lado, o bit 0 é representado por um pulso cuja intensidade está abaixo do nível de referência,
como apresentado na figura 4.13. A amplitude do pulso sofrerá um acréscimo acima desse
nível (ε
PAM
), assim, qualquer pulso entre a amplitude padrão mais esse acréscimo será
definida como bit 1; do contrário, será bit 0.
Figura 4.13 Representação de bit 1 e 0 em Modulação PAM – Modulação por Amplitude de Pulso.
4.2.1 Codificação e decodificação de palavras com modulação PAM
Neste trabalho foi utilizado como nível de referência o valor de intensidade em 0,5
u.a., desta forma qualquer pulso com intensidade maior que 0,5 será considerado bit “1”, e
qualquer pulso abaixo deste valor será bit “0”. A figura 4.14 apresenta a representação da
palavra “a(01100001) em modulação PAM com parâmetro de modulação de ε
PAM
= 0,1 u.a..
bit 1
bit 0
PAM
ε
+
PAM
ε
Nível de referência
78
Cada bit é representado por um pulso secante hiperbólico com largura temporal a meia altura
de 2ps em um time slot de 20 ps.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
pam
= 0,1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
pam
= 0,1
Figura 4.14. Palavra “a” em modulação PAM com parâmetro de modulação de ε
PAM
= 0,1 u.a..
Da mesma forma foi gerada a palavra “w” (01110111) em modulação
PAM
com
parâmetro de modulação
ε
PAM
= 0,1 u.a. (ver figura 4.15).
Codificação e decodificação foram realizadas, paras ambas as palavras “a” e “w”. A
figura 4.16 apresenta a decodificação da palavra “a”, de onde podemos observar que os
bits
“1” tiveram sua intensidade aumentada no processo de decodificação, enquanto os
bits
representativos dos “0” diminuíram sua intensidade, mesmo assim a palavra foi decodificada.
79
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w" ε
pam
= 0,1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w" ε
pam
= 0,1
Figura 4.15. Palavra “w” em modulação PAM com parâmetro de modulação de ε
PAM
= 0,1 u.a..
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada
ε
pam
= 0,1
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada
ε
pam
= 0,1
Figura 4.16. Palavra “a” em modulação PAM decodificada.
80
A figura 4.17 apresenta a palavra “w” decodificada. A palavra “’w” por possuir uma
maior quantidade de “1s” apresenta maior interferência. Alguns bits “1” como pode-se
observar tiveram sua intensidade diminuída, abaixo de 0,6 da entrada, mas ainda assim no
limite de acerto PAM.
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w" decodificada
ε
pam
= 0,1
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w" decodificada
ε
pam
= 0,1
Figura 4.17. Palavra “w” em modulação PAM decodificada.
4.2.2 Propagação de palavras com modulação PAM
Para simulação da propagação de palavras moduladas em PAM, utilizamos os mesmos
parâmetros da seção anterior. Foi realizada a propagação da palavra “a” e “w”, onde variamos
o parâmetro não-linear em γ =3 a 9 W
-1
km
-1
. As figuras 4.18 e 4.19 apresentam as palavras “a”
e “w” decodificadas, respectivamente, após a propagação para os valores de γ = 3 e 9 W
-1
km
-1
.
Para a palavra “a” não houve erro PAM, já para a palavra “w” foi observado erro PAM para a
propagação com γ = 9 W
-1
km
-1
, onde a informação obtida foi 01110110 que representa a
palavra “v” e não “w”.
81
-400 -200 0 200 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
Figura 4.18 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-
linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
-400 -200 0 200 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
Figura 4.19 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-
linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
82
4.3 Modulação PPM
A modulação por posição de pulso consiste no deslocamento, da posição temporal
original do pulso óptico, por valores quantificados por
τ
. Para deslocamentos com acréscimo
de tempo
(
)
τ
+
, a modulação representa o nível lógico 1 ou, simplesmente, bit 1, e para
deslocamentos com decréscimo de tempo
(
)
τ
, em relação ao mesmo tempo referencial
r
t
, a
modulação representa o nível lógico 0, ou simplesmente, bit 0 (veja Figura 4.20).
A Figura 4.21 (a) apresenta o exemplo de uma seqüência de pulsos o modulados,
onde cada pulso está, exatamente, no centro de um intervalo de tempo
(
)
B
t
predefinido
(time slot). Em seguida, na saída de um modulador PPM [22], os pulsos são deslocados
temporalmente de
τ
±
, de acordo com a modulação da informação, na seqüência de bits
110010 como apresentado na figura 4.21 (b). Caso o pulso, modulado como nível lógico 1,
seja colocado fora da sua posição, em qualquer fase do processo de transmissão da
informação, por um deslocamento superior a
τ
+
, então o bit 1, em questão, corresponderá,
neste momento, ao nível lógico 0, se o deslocamento for com decréscimo de tempo. Se o
deslocamento, superior a
τ
+
, for com acréscimo de tempo, o bit 1 pode ainda permanecer
dentro do seu time slot, ou até mesmo, dependendo do tamanho do deslocamento, ser
interpretado como bit 0 no time slot consecutivo. Por este motivo, torna-se importante
estabelecer que o máximo deslocamento do pulso modulado, em qualquer fase do processo de
transmissão, seja menor do que
τ
(parâmetro de ajuste da modulação), mantendo os efeitos
resultantes da interação entre sólitons vizinhos, em níveis aceitáveis, de forma a garantir a
manutenção da taxa de transmissão do sistema. Pela própria de definição da modulação por
posição de pulso, correspondendo ao bit 1, em todos os casos onde o pulso em questão
apresente um deslocamento superior a
τ
+
, são considerados como erro PPM [23]. O mesmo
raciocínio é aplicado à modulação do nível lógico 0. Devido a estes fatos, na modulação por
posição de pulso (PPM), a estabilidade do pulso durante a propagação, torna-se um fator
muito significante.
Assim, a modulação do pulso por posição consistirá no deslocamento da posição
temporal original por uma quantidade ε
PPM.
83
Figura 4.20 Modulação pela posição temporal de pulsos.
Figura 4.21 (a) Pulsos sólitons sem modulação; (b) Pulsos sólitons modulados, na seqüência de níveis lógicos
110010, pela posição temporal dentro de cada time slot.
4.3.1 Codificação e Decodificação de palavras com modulação PPM
84
Para modulação PPM, neste trabalho foi utilizados ε
PPM
= 2 ps. Na figura 4.22 temos
representado a palavra “a” em modulação PPM. Cada bit é representado por um pulso secante
hiperbólico com largura temporal de 2 ps, e um time slot de 20 ps.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
ppm
= 2 ps
0 1 1 0 0 0 0 1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
ppm
= 2 ps
0 1 1 0 0 0 0 1
Figura 4.22. Palavra “a” em modulação PPM com parâmetro de modulação de ε
PPM
= 2 ps.
Da mesma forma foi gerada a palavra “w” em modulação
PPM
apresentada na figura
4.23.
Codificação e decodificação das palavras “a” e “w” foi realizada. As figuras 4.24 e
4.25 apresentam as palavras decodificadas, onde é observado acerto PPM em ambas as
situações. Pelas figuras pode ser observado que apesar da interferência gerada na codificação
e decodificação, não foi observado deslocamento temporal dos
bits
no processo, o que poderia
causar erro
PPM
, apesar de que ocorre alargamento temporal dos pulsos individuais.
85
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w"
ε
ppm
= 2 ps
0 1 1 1 0 1 1 1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "w"
ε
ppm
= 2 ps
0 1 1 1 0 1 1 1
Figura 4.23. Palavra “w” em modulação PPM com parâmetro de modulação de ε
PPM
= 2 ps.
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
ppm
= 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0 1 1 0 0 0 0 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Tempo [ps]
Palavra "a"
ε
ppm
= 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0 1 1 0 0 0 0 1
Figura 4.24. Palavra “a” em modulação PPM decodificada.
86
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w"
ε
ppm
= 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w"
ε
ppm
= 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 10 1 1 1 0 1 1 1
Figura 4.25. Palavra “w” em modulação PPM decodificada.
4.3.2 Propagação de palavras com modulação PPM
A simulação para a propagação de palavras moduladas em PPM foi levantada neste
trabalho e é apresentada pelas figuras 4.26 e 4.27. Através das figuras podemos observar a
interferência causada pelos feitos não-lineares na propagação.
Em ambas as situações como observado para situação em que γ= 9W
-1
km
-1
, a
informação propagada é totalmente perdida e na situação em que γ= 9W
-1
km
-1
as
informações são recuperadas. O perfil da decodificação apresenta-se com mais interferência
que para as modulações OOK e PAM, isto é devido à modulação PPM apresentar para todos
os bits um pulso representativo.
87
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
Figura 4.26 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
-400 -200 0 200 400
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-400 -200 0 200 400
Tempo [ps]
Figura 4.27 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
88
As figuras 4.28 e 4.29 apresentam o mesmo resultado da figura e 4.26 e 4.27,
considerando a região temporal contida as palavras. É possível observar que para ambos os
casos com γ = 9 W
-1
km
-1
a informação é perdida.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 0 0 0 0 1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 0 0 0 0 1
Figura 4.28 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w"
γ = 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ = 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Palavra "w"
γ = 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ = 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80
Tempo [ps]
0 1 1 1 0 1 1 1
Figura 4.29 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-
linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
.
89
4.4 Modulação PPM/PAM
4.4.1 Codificação e Decodificação de palavras com modulação PPM/PAM
Foi analisada a codificação de palavras com duas modulações simultâneas, ou seja,
modulação por amplitude do pulso e modulação por posição do pulso. Assim, é aplicado um
deslocamento temporal ±ε
PPM
e uma adição na amplitude ±ε
PAM
do pulso, observando o
máximo deslocamento correspondente aos pulsos. Desta forma, cada bit representado por um
pulso secante hiperbólico receberá duas modulações, contendo assim duas informações, ou
seja, um pulso representará dois bits.
Como cada pulso representa agora dois bits, a taxa de transmissão do sistema duplica,
tendo em vista que o número de pulsos para representar uma palavra é reduzido à metade. Nas
seções anteriores, consideramos um time slot de 20 ps, portanto a palavra representada por
oito bits apresentava uma duração temporal de 160 ps. Como na modulação PPM/PAM
precisamos apenas da metade dos bits, a palavra passa a ter duração temporal de 80 ps. Deste
modo, o sistema de modulação das seções anteriores que fornecia taxa de transmissão de 50
Gbps passa para 100 Gbps.
A figura 4.30 apresenta a palavra “a” em modulação PPM/PAM considerando os
parâmetros ε
PAM
= 0,1 u.a. para modulação PAM e ε
PPM
= 2 ps para a modulação PPM. Para
representar a sequência de bits da palavra “a” (01100001) foi considerando bits em pares.
Como apresentado na figura 4.30 os primeiros dois bits (01) da palavra “a” são representados
por um pulso secante hiperbólico com duração temporal 2 ps e parâmetros de modulação ε
PPM
= - 2 ps e ε
PAM
= + 0,1 u.a, representando os bits 0 e 1, respectivamente. Outros pares de bits
são obtidos com a mesma metodologia.
90
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" epam = 0,1 / eppm = 2 ps
01 10 00 01
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" epam = 0,1 / eppm = 2 ps
01 10 00 01
Figura 4.30. Palavra “a” em modulação PPM/PAM com os parâmetros de modulação de ε
PPM
= 2
ps e ε
PAM
= 0,1.
As figuras 4.30 e 4.31 apresentam as palavras “a” e “w” em modulação simultânea
PPM/PAM. É observado pelas figuras que as palavras obtidas pela modulação PPM/PAM tem
suas durações temporais reduzidas pela metade em relação as modulações apresentadas
anteriormente.
91
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Palavra "w" epam = 0,1 / eppm = 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
01 11 01 11
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Palavra "w" epam = 0,1 / eppm = 2 ps
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
01 11 01 11
Figura 4.31. Palavra “w” em modulação PPM/PAM com os parâmetros de modulação de ε
PPM
= 2
ps e ε
PAM
= 0,1.
Codificação e decodificação das palavras “a” e “w” foi obtida, e é possível observar
pelas figuras 4.32 2 4.33 que o perfil das palavras decodificadas apresenta baixa interferência
em relação as modulações anteriores (OOK, PAM e PPM). Como é necessário menos bits
para representar uma palavra na modulação PPM/PAM, menor interferência na decodificação
se apresentará. Isso torna o sistema bastante atrativo, pois além de aumentar a taxa de
transmissão do sistema, reduz a interferência no processo de codificação e decodificação.
92
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada ε
pam
= 0,1 / ε
ppm
= 2 ps
01 10 00 01
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
Palavra "a" decodificada ε
pam
= 0,1 / ε
ppm
= 2 ps
01 10 00 01
Figura 4.32. Palavra “a” decodificada em modulação PPM/PAM.
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Tempo [ps]
Intensidade [u.a.]
Palavra "w" decodificada
ε
pam
= 0,1 /
ε
ppm
= 2 ps
01 11 01 11
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Tempo [ps]
Intensidade [u.a.]
Palavra "w" decodificada
ε
pam
= 0,1 /
ε
ppm
= 2 ps
01 11 01 11
Figura 4.33 Palavra “w” decodificada em modulação PPM/PAM.
93
4.4.2 Propagação de palavras com modulação PPM/PAM
As figuras 4.34 e 4.35 apresentam a decodificação das palavras “a” e “w” após a
propagação em fibra óptica, como descrito na seção 3.4 figura 3.22. É possível notar através
da figura que, em todas as situações analisadas com γ = 3 a 9 W
-1
km
-1
a informação não foi
perdida. A interferência foi menor em relação aos modelos de modulação anteriores visto que
um menor números de pulsos são necessários para representação da palavra. Os pulsos
propagados sofreram alargamento temporal, possuindo após a propagação uma largura
temporal de aproximadamente 5,5 ps. O alargamento é prejudicial ao sistema pois, como
podemos verificar pela figuras 4.34 e 4.35 os pulsos centrais se sobrepõem.
-40 -2 0 0 2 0 40
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
T em p o [ps]
-40 -20 0 20 4 0
T em p o [ps]
-40 -2 0 0 2 0 40
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Palavra "a"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "a"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Intensidade [u.a.]
T em p o [ps]
-40 -20 0 20 4 0
T em p o [ps]
Figura 4.34 Decodificação da palavra “a” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-linear
de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
figura a direita.
94
-40 -20 0 20 40
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-40 -20 0 20 40
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Tempo [ps]
-40 -20 0 20 40
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Intensidade [u.a.]
Tempo [ps]
-40 -20 0 20 40
Palavra "w"
γ
= 9 W
-1
km
-1
Palavra "w"
γ
= 3 W
-1
km
-1
Tempo [ps]
Figura 4.35 Decodificação da palavra “w” após a propagação em 10 km de fibra óptica para: parâmetro não-
linear de γ = 3 W
-1
km
-1
figura a esquerda e γ = 9 W
-1
km
-1
figura a direita.
95
5. CONCLUSÃO
Através deste estudo foi possível analisar em diversas situações o comportamento da
codificação e decodificação de pulsos ópticos da ordem de picossegundos de largura
temporal. Foi gerada analiticamente códigos de Gold com 63 chips e utilizada as sequências
em grades de Bragg para a codificação e decodificação.
Foi apresentada a codificação e decodificação de pulsos ópticos, onde pode-se
observar qualidades de autocorrelação e cross-correlação deste sistema de codificação. Foi
possível observar características de autocorrelação e cross-correlação satisfatória para os
códigos gerados.
A interferência multiusuário foi observada, e verificou-se a dependência da
autocorrelação em função do número de usuários presente na rede. Foi realizado um estudo da
interferência multiusuário em função da banda de reflexão da grade de Bragg, uma figura de
mérito (Figura de interferência) foi obtida para quantificar a interferência de multiusuários na
autocorrelação, onde foi obtido um máximo de interferência de 13,45 dB em
1
54,120
= mk
para seis usuários, além do processo de autocorrelação apresentar uma dependência não-linear
com a constante de acoplamento.
Autocorrelação e cross-correlação foi obtida após o chaveamento o-linear em
acopladores ópticos. Foi possível observar o chaveamento não-linear sem detrimento do pulso
de entrada. À medida que aumentamos o fator ganho uma maior interferência foi observada
devido ao aumento dos efeitos não-lineares, situação para potências acima da potência crítica
do acoplador óptico. Foi observado aumento na largura temporal de pulsos decodificados em
acoplador óptico não-linear, um aumento de 6,8 ps considerando os chaveamento de 0 dB de
ganho (largura temporal 5,7 ps) e 30 dB (largura temporal 12,5 ps). Figura de mérito de
relação de interferência demonstrou um aumento na interferência de ~ 7 dB para as situações
limites estudadas (ganho 0 e 30 dB).
Na propagação de pulsos codificados foi observado a mesma dependência da largura
temporal do pulsos decodificados em função da não-linearidade. Observou-se uma diferença
máxima de 1,3 ps na largura temporal do pulso entre os coeficientes de não-linearidade γ = 3
W
-1
km
-1
e γ = 24 W
-1
km
-1
, e em relação ao pulso de entrada essa diferença chega a 4,5 ps. Em
relação a interferência devido aos efeitos não-lineares, foi obtida uma diferença para figura de
mérito (Razão Sinal Interferência)
de até 9,6 dB, quando consideramos o menor e o maior
valores de γ estudados.
96
Foi estudada a codificação e decodificação das palavras “a” e “w” moduladas nos
seguintes processos: OOK, PAM, PPM e PPM/PAM. Inicialmente foi observado uma
dependência na decodificação em relação à constante de acoplamento da grade de Bragg. A
decodificação de palavras apresentou melhor resultados de autocorrelação para valores
menores de κ, mais especificamente κ = 24,05 m
-1
. Entre os processos de modulação, o
PPM/PAM apresentou-se menos interferente, ou seja, melhores resultados para a
autocorrelação. Observamos que mesmo para propagação em fibras com altos valores de não-
linearidade a modulação simultânea apresentou perfis de decodificação satisfatórios, enquanto
para os outros processos de modulação a informação foi perdida (palavra “a” γ = 9 W
-
1
km
-1
com modulação PPM; palavra “a” γ = 9 W
-1
km
-1
nas modulações OOK, PAM e
PPM) . Sugerimos que o melhor desempenho da modulação simultânea PPM/PAM está no
fato de utilizar a metade de pulsos para representar a mesma informação, o que torna o
processo bastante atrativo, visto que além de apresentar boas características para sistemas
OCDMA, duplica a taxa de transmissão.
Como efeitos não-lineares afetam diretamente no processo de codificação e
decodificação devido às interferências dos chips adjacentes constituintes do código, sistemas
de modulação que utilizem menores quantidades de bits para representação das informações
tornam-se mais interessantes.
97
6. TRABALHOS FUTUROS
(*) Propor uma codificação híbrida (em fase e em amplitude);
(*) Considerar outros códigos;
(*) Acrescentar nos efeitos não-lineares modulação de fase cruzada.
(*) Analisar para quais parâmetros de modulação a propagação ocasiona erro.
(*) Simular a codificação e decodificação em fibras fotônicas.
98
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TRABALHOS
a) TRABALHOS LIGADOS A TESE
Publicações Submetidas em Periódicos Internacionais.
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FERREIRA, A. C., SOBRINHO, C. S., SABOIA, K.D.A., AND SOMBRA, A. S. B..
Analysis of the Performance of Optical Code-Division Multiple-Access System (OCDMA),
Operating with Gold Codes Under Nonlinear Effects. Submetido ao Optical and Quantum
Electronics (julho 2010).
2. GUIMARÃES, G. F., FILHO, A. G. F. , MENEZES, J. W. M., FRAGA, W. B.,
FERREIRA, A. C., SOBRINHO AND SOMBRA, A. S. B.. Analysis of the Propagation of
Words Modulated (OOK, PAM, PPM and PPM/PAM) and coded/decoded in Optical Code-
Division Multiple-Access System (OCDMA), Operating with Gold Codes. Submetido ao
Optical and Quantum Electronics (dezembro 2010).
Patente Submetida.
1. “Processo de codificação e decodificação de pulsos curtos via OCDMA, modulados por
posição de pulso (PPM – pulse position modulation) utilizando grade de bragg em fibra óptica
(FBG – Fiber Bragg Granting)”
Coferências Nacionais
1. GUIMARAES, G. F. ; FRAGA, W. B. ; SALES, J. C. ; MENEZES, J. W. M. Estudo da
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2010, Teresina-PI. XXVIII Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2010.
103
2. GUIMARAES, G. F. ; FRAGA, W. B. ; SALES, J. C. ; MENEZES, J. W. M. ; SOMBRA
Análise da interferência não-linear na decodificação de pulsos curtos codificados em cdma
óptico. In: XXVIII Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2010, Teresina-PI. XXVIII
Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2010.
3. GUIMARAES, G. F. ; FURTADO FILHO, A. F. G. ; FRAGA, W. B. ; SALES, J. C. ;
MENEZES, J. W. M. ; SOMBRA, A. S. B. . Análise de desempenho de pulsos curtos,
codificados em sistema CDMA utilizando FBG, aplicados em sistemas ópticos. In: XXVI
Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2008, Recife-PE. Proc. do XXVI Encontro de
Físicos do Norte e Nordeste, 2008.
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SOBRINHO, C. ; SOUSA, J. R. R. ; SOMBRA, A. S. B. . Estudo comparativo do
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em grades de Bragg Superestrutura de Fibras Ópticas - Codificadores e Decodificadores:
Investigação Numérica. In: XXVI Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2008, Recife-PE.
Proc. do XXVI Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, 2008.
b) TRABALHOS CORRELACIONADOS AO TRABALHO DA TESE
Publicações Submetidas em Periódicos Internacionais.
1. SILVA FILHO, J. M. ; MENEZES, J. W. M. ; GUIMARAES, G. F. ; FERREIRA, A. C. ;
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and Optical Short Pulse Generation in a Waveguide With Periodic Gain. Optics
Communications, v. 281, p. 5804-5810, 2008.
2. FURTADO FILHO, A. F. G. ; SOUSA, J. R. R. ; LIMA, F. T. ; FRAGA, W. B. ;
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Nonlinear All Fiber Michelson Interferometer, Add-Drop Multiplexer, Based in Fyber Bragg
Grating Mirrors. Optical and Quantum Electronics, v. 40, p. 525-534, 2008.
3. SARAIVA SOBRINHO, C. ; FERREIRA, A. C. ; MENEZES, J. W. M. ; GUIMARÃES,
G. F. ; FRAGRA, W. B. ; FURTADO FILHO, A. F. G. ; ROCHA, H. H. B. ; MARCIANO,
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10 FERREIRA, A.C., SOBRINHO, C.S.,MENEZES, J.W.M., FRAGA,W.B., ROCHA,
H.H.B.,WIRTH, A.L. JR.,SABÓIA,K.D.A.,GUIMARÃES, G.F., FILHO, J.M.S., SOMBRA,
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Optics 56(8), 1004–1013 (2009)
Artigos Submetidos em Periódicos Internacionais.
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planar waveguide with Periodically Modulated Cubic-Quintic Nonlinearity. . Submetido ao
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2. MENEZES, J. W. M., W. B. FRAGA, A. C. FERREIRA, C. S. SOBRINHO, G. F.
GUIMARÃES, J. L. S. LIMA, K.D.A. SABÓIA, A. F. G. F. FILHO , LIMA, F. T, LIMA
JUNIOR. A. W and SOMBRA, A. S. B.. Delayed and Instantaneous Nonlinear Kerr
Response for Generation of the All-Optical Half Adder. . Submetido ao Optical and Quantum
Electronics.
3. MENEZES, J. W. M., W. B. FRAGA, A. C. FERREIRA , C. S. SOBRINHO, G. F.
GUIMARÃES, J. L. S. LIMA, K.D.A. SABÓIA, A. F. G. F. FILHO, LIMA, F. T, LIMA
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