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3.5.1.2 Sujeito 2: recortes de trechos da entrevista (ANEXO 6) relacionados com as
Categorizações
Quadro 2A: Sujeito 2 - Situações que propiciam diminuição ou superação das dificuldades para o surdocego adquirido na comunicação
Opinião do Sujeito2 sobre a importância do guia-intérprete no processo de comunicação
Descrição das situações Categorização
Em relação à comunicação: “o guia-intérprete precisa conviver com o
surdocego para conseguir ajudar”.
Convivência
Em relação à comunicação: “o guia-intérprete pode ajudar em
qualquer lugar, no médico, no banco, na justiça, no supermercado,
nas viagens... O guia-intérprete precisa fazer o curso de língua de
sinais, treinar para atuar com o surdocego... a comunicação melhorou
muito, não era mais truncada”.
Conhecimento e treino em LIBRAS; treino; interpretação
No esporte: “... em uma piscina... lá tem o guarda-vidas cuidando do
local, e como ele não sabe a língua de sinais fica preocupado por ter
um surdocego na piscina... o guia-intérprete precisa explicar que o
surdocego sabe nadar, que ele consegue nadar livremente e que ele
pode ficar tranqüilo. No caso de esportes radicais como o instrutor
tem dificuldades na comunicação, o guia-intérprete transmite
resumidamente ao surdocego a informação obtida com o instrutor e
depois este participa da atividade. Participar dos esportes radicais
junto com o guia-intérprete facilita muito devido à responsabilidade
desse profissional”.
Troca de informação com as outras pessoas; transmissão das
mensagens de forma resumida; interpretação; esclarecimento da
situação respondendo a dúvidas
Em um passeio com um grupo de amigos: “o guia-intérprete consegue
facilitar as atividades em todos os passeios, em parques, em
montanhas, dando as informações e os nomes das coisas. Facilita
muito”.
Descrição de detalhes; interpretação
Em visitas às exposições, pinacotecas (exposição de quadros),
museus: “explicando e descrevendo tudo com calma. Mostrando os
detalhes através do tato ou da Libras tátil e do alfabeto dactilológico”.
Descrição de detalhes; transmissão da mensagem através do tato;
transmissão da mensagem com tranqüilidade
Em uma palestra, seminário, reunião: “... precisa saber a língua de
sinais para facilitar as minhas atividades... o guia-intérprete precisa
ter curso de língua de sinais, treinar bastante...”.
Conhecimento e treino em LIBRAS
Em relação aos meios de transporte e viagens: “...viajar de avião, o
guia-intérprete facilita, porque ele vai estar ao meu lado me ajudando,
por exemplo, na comunicação com a aeromoça. Ela pergunta ao guia-
intérprete o que eu quero comer e beber e ele dirige essa pergunta
para mim. Eu respondo ao guia-intérprete qual é a minha escolha e
este transmite a minha informação para a aeromoça...”
Troca de informação com as outras pessoas
Nas atividades da vida diária: “para ir ao supermercado eu preciso da
ajuda do guia-intérprete para pegar as coisas... entrego para o guia-
intérprete e lá ele me mostra todas as marcas do que eu quero
comprar para que eu possa escolher. Durante as compras ele me ajuda
a fazer a soma dos gastos e no final me ajuda a pagar. Nesse caso, a
presença do guia-intérprete me ajuda muito... ir ao banco junto com o
guia-intérprete é mais fácil e mais tranqüilo... para fazer compras em
lojas é muito importante estar com o guia-intérprete porque ele me
ajuda a procurar o que eu quero comprar para que eu possa escolher”.
Propicia que eu tome decisão; troca de informação com os
outros; interpretação
Independência, autonomia e auto-estima: “melhor... com o tempo eu
comecei a colocar as mãos sobre as do guia-intérprete e entendi que
não precisava ver para entender, porque eu sentia a língua de sinais e
o alfabeto dactilológico na minha mão... a minha vida mudou de
verdade... na comunicação e na mobilidade... a minha vida é livre, o
guia-intérprete me ajuda e eu tenho uma vida livre, independente e
também com autonomia... junto com o trabalho do guia-intérprete
melhorou muito para mim”.
Interpretação
Atuação do guia-intérprete: “... se eu estiver desenvolvendo um
trabalho, se eu estiver em um Congresso, em uma palestra ou reunião
é preciso estar acompanhado do guia-intérprete profissional por causa
da fluência na comunicação em Língua de Sinais... o guia-intérprete
conhece a língua de sinais e as formas de comunicação...”.
Conhecimento em LIBRAS; interpretação
Fonte: Recortes do 1º passo da análise do Sujeito2 (ANEXO 6)