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perderam significativamente a importância. Trinta e uma empresas que apareceram
no grupo entre 1917 e 1967, não conseguiram se manter nele. Por outro lado, boa
parte das cem maiores de 1967 nem sequer existiam em 1917. Das vinte maiores em
1917, somente sete ficaram em posição de liderança; das cem maiores, apenas 43
restavam em 1967; 28 desapareceram completamente ou foram absorvidas,
incorporadas ou liquidadas; dentre elas, dois gigantes, um do setor de laticínio e
outro do setor coureiro. Oitenta e cinco companhias, que já haviam tido seu nome
incluído em alguma lista 38 das cem maiores da Forbes, não apareceram na lista de
1967. A mudança não parou em 1967. Das dez maiores de 1967, apenas a Ford tinha
a mesma classificação em 1971. O único padrão que podemos estabelecer é que, em
termos de tamanho, a mudança é constante.
Há, ainda, outros dois aspectos importantes ressaltados por Najeberg (2000, p. 40), sendo o
primeiro o fato de que 41% dos estabelecimentos que existiam em 1997 não existiam em
dezembro de 1995 e, o segundo, o fato de que 2,1% e 0,05% de um conjunto de 1 milhão de
micro estabelecimentos existentes em dezembro de 1995, tenham passado à condição de
pequenos e médios em dezembro de 1997.
Outra pesquisa relevante sobre longevidade de organizações foi desenvolvida pelo SEBRAE
MG (2005), intitulada “Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas”. Esta
pesquisa concluiu que para as empresas constituídas na Junta Comercial do Estado de Minas
Gerais nos anos 2002, 2001 e 2000, a taxa de mortalidade encontrada é de 45% para aquelas
com até 2 (dois) anos de existência, 50% no caso dos estabelecimentos com até 3 (três) anos,
e 47,4 % não permanecem no mercado além dos 4 (quatro) anos
De acordo coma a pesquisa do SEBRAE MG (2005) as taxas apuradas nas regiões e para o
resultado ponderado para o Brasil, observa-se que, em todos os anos considerados, as taxas de
mortalidade de empresas no Estado de Minas Gerais são inferiores. Para até 2 (dois) anos de
existência, por exemplo, a mortalidade empresarial em Minas é de 45%, contra 49,4% no
resultado Brasil, e menor que as taxas apuradas para todas as regiões. Se comparada com a
taxa de mortalidade de 47% apurada para empresas com os mesmos 2 (dois) anos de
existência em pesquisa realizada no ano de 1997, observa-se uma queda de 2 pontos
percentuais.
A pesquisa SEBRAE MG (2005) informa ainda que no caso dos estabelecimentos com até 3
(três) anos de constituição, tem-se 50% de empresas mineiras fechadas, taxa essa inferior à
registrada no País (56,4%) e regiões. Para as empresas com até 4 (quatro) anos, o Estado de
Minas apresenta a menor taxa de mortalidade empresarial – 47,4% –, comparativamente às