Introdução 19
envolvida (Gerschman et al., 1987). Como conseqüência dessa perda de integridade
estrutural, da alteração funcional ou mesmo dos esforços biomecânicos atípicos sobre
o sistema estomatognático, ocorre um comprometimento da capacidade adaptativa,
aumentando a possibilidade de uma disfunção se instalar. Assim, fatores associados
resultariam nas dores locais nas articulações temporomandibulares e nas dores
irradiadas pela face, fronte e orelhas (Marbach et al., 1990). Havendo um desequilíbrio
entre as estruturas anatômicas, fatores psicológicos, como o stress, poderiam atuar como
coadjuvantes em indivíduos com disfunção (McCreary et al., 1991), e a depressão e a
ansiedade, em situações marcantes, poderiam levá-lo a uma mudança comportamental
ante as sensações de incômodo, desconforto ou mesmo dor (Okeson, 1998).
A realização de estudos epidemiológicos sobre DTM foi bastante escassa até o nal
da década de 70, porém tomou maior volume a partir da década de 80 com trabalhos
que resultaram em publicações por todo o mundo (Kononen et al., 1987; Okeson, 1989;
Tuerlings e Limme, 2004; Díaz-Serrano e Porciúncula, 2005).
A literatura arma que os principais sinais e sintomas de DTM encontrados em
adultos são: dor espontânea, dor à palpação dos músculos mastigatórios e articulações
temporomandibulares, sons articulares e limitação ou assimetria nos movimentos
mandibulares (Svensson et al., 2001; Acosta-Ortiz et al., 2004). Fatores emocionais
como stress e transtorno psicossocial inuenciando na rotina do indivíduo, podem fazer
parte do quadro (Dworkin et al., 2002).
Em relação ao gênero, quando os sintomas individuais são avaliados separadamente,
as mulheres apresentam mais cefaléia, estalos, dores na articulação temporomandibular
e dor muscular, do que os homens (Okeson, 1998).
A maioria dos trabalhos foram realizados preferencialmente em adultos. Atualmente,