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passa a ser ‘jardim público’ e se transforma na primeira praça de Joinville,
projeto do arquiteto Alberto Kroene. Atualmente, é a área na qual se
localiza a biblioteca pública, conhecida como praça Lauro Müller.
Na administração do prefeito Procópio Gomes de Oliveira –
1903 a 1906 -, iniciaram-se as preocupações com a cidade em seus
aspectos urbanos, tais como de embelezamento, saneamento e limpeza e
melhorias nos arruamentos.
No início do século XX, encontravam-se, em Joinville, casas
destacadas umas das outras, em meio a jardins bem cuidados. As ruas
eram largas e recobertas com macadame.
Em 1895, é elaborada a primeira lei orgânica do município,
criando disposições legais, tais como, licença e autorização para
edificações, com respectivas obrigatoriedades e código de postura.
Nos anos de 1920, a cidade adquire feições urbanas ainda mais
definidas, com novas praças e jardins, implantação de meio-fio de pedra,
macadamização e instalação de bueiros para escoamento pluvial.
Segundo DOUAT apud SILVEIRA (2008), a partir de 1940 a
cidade vai se estendendo gradativamente, contando já 80 quilômetros de
ruas, compreendidos nos perímetros urbano e suburbano. Dando
seguimento à tendência de dispersão apresentada pelo município, surgem
alguns problemas que, por serem custosos e complexos, exigem da
administração grande esforço para atendê-los. Ao aspecto topográfico da
cidade e às condições do seu desenvolvimento, deve-se juntar ainda o
fator climático, com predominância de chuvas, muitas vezes na forma de
enxurradas, que contribui para tornar o problema da construção e/ou
conservação das vias públicas cada vez mais difícil e oneroso.
Na década de 40, a base econômica caracteriza-se pela
consolidação do processo de industrialização e, juntamente com a
economia estadual, Joinville se insere no circuito econômico nacional,
estabelecendo importantes ligações com os centros produtores de São
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Tem início a ascensão do setor
dinâmico (metal-mecânico) e reforço da indústria tradicional,
principalmente têxtil. A indústria é o elemento propulsor da expansão
urbana. Inicialmente na região central, em seguida, nos parques fabris,
atuando como elementos catalisadores de novos assentamentos, gerando
e consolidando bairros com características operárias, tais como o Boa
Vista e Iririú, associados à Fundição Tupy, e bairros da zona sul e oeste,
estes mais recentemente (SAMA apud SILVEIRA, 2008).
No princípio dos anos 60, na gestão do prefeito Helmuth
Fallgatter, começaram as preocupações acerca de um Plano Diretor. A
etapa inicial é concluída em 1965, com a assinatura de um contrato com