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3.1. GESTÃO DA TERCEIRIZAÇAO
De fato a terceirização é hoje uma prática plenamente consolidada no meio
empresarial, tanto no Brasil como no resto do mundo. Indispensável à manutenção
da competitividade das empresas, a terceirização está presente nos mais variados
setores da economia e em diversas etapas dos negócios de inúmeras empresas.
Assume então, extrema importância a gestão destes processos, carecendo maior
atenção por parte dos empresários, que ainda cometem muitos erros na implantação
e na política de relacionamento com os terceiros. Podemos considerar a necessidade
de uma maior profissionalização do processo, sob pena da terceirização tornar-se um
ônus, e não uma ferramenta lucrativa, perdendo assim sua razão de existir. Afinal a
terceirização impôs-se não apenas como palavra, mas, fundamentalmente, como
conceito e filosofia na gestão das empresas. Portanto o histórico do processo de
terceirização deverá ser traçado a partir de uma idéia de constante evolução.
Podemos observar que a terceirização vem avançando, sobretudo nas grandes
organizações corporativas, nas quais a intensa compra de serviços e a necessidade
de produção em larga escala, têm como objetivo a obtenção de resultados cada vez
mais significativos, por meio de um processo de sintonia fina entre os parceiros. Um
exemplo deste novo estágio ocorre nas empresas de distribuição de energia elétrica,
que contratam seus parceiros na forma de sistemistas, que funcionam como células
de produção, representando uma evolução neste processo. Neste modelo, o terceiro
está localizado no ambiente de trabalho do tomador de serviços, obtendo ganhos
competitivos na redução de custos para ambas as empresas. Além disto, ganha-se em
agilidade na comunicação, principalmente sobre os objetivos e metas da empresa
tomadora dos serviços. O envolvimento dos trabalhadores terceiros com as metas e
objetivos da corporação, facilitado pelo modelo de internalização, deverá ser foco
constante de atenção destas empresas, visto que é fato que os acontecimentos no
âmbito empresarial e, portanto, no âmbito do trabalho, sofrem grandes influências
do mercado em que estão inseridos, e da necessidade de remunerar o capital que os
sustenta.