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UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM ODONTOLOGIA
CARINA CASTRO TOSCANO DE CARVALHO
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DISTÚRBIOS
PSIQUIÁTRICOS MENORES E DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR SEVERA”
Natal / RN
2008
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CARINA CASTRO TOSCANO DE CARVALHO
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DISTÚRBIOS
PSIQUIÁTRICOS MENORES E DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR SEVERA”
ORIENTADORA: Profª. Drª. Samira Albuquerque de Sousa
Natal / RN
2008
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação do
curso de Odontologia da
Universidade Potiguar, como requisito
parcial para obtenção do título de
Mestre em Odontologia, com área de
Concentração em Clínica
Odontológica.
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@ 2008 Universidade Potiguar – UnP
Universidade Potiguar – UnP
Av. Senador Salgado Filho, nº 1610,
Lagoa Nova, Natal/RN - 59056-000
Telefone: (84) 3215-1200
www.unp.br
Chanceler
Prof. Paulo Vasconcelos de Paula
Reitor
Prof. Manoel Pereira dos Santos
Vice-reitor e Pró-Reitor Administrativo
Prof. Eduardo Benevides de Oliveira
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação
Profª Lecy de Maria Araújo Gadelha Fernandes
Pró-Reitoria de Extensão e Ação Comunitária
Profª Jurema Márcia Dantas da Silva
Carvalho, Carina Castro Toscano de.
Análise comparativa entre distúrbios psiquiátricos
menores e disfunção temporomandibular severa / Carina
Castro Toscano de Carvalho. – Natal, 2008.
Dissertação (Mestrado em Odontologia). Universidade
Potiguar. Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
1. Dores Orofaciais Dissertação. 2. Fatores
Psicológicos menores – Dissertação. I.Título.
CÓPIA DA ATA DE SESSÃO DE DEFESA
Dedicatória
Dedico este trabalho:
Ao inigualável Mestre Jesus Cristo, que durante sua crucificação
experimentou a dor na sua mais terrível expressão e, assim, libertou os homens de
todos os pecados mostrando o caminho da Vida Eterna.
Aos meus pais, Sérgio e Elba, pelo amor incondicional, exemplos de vida,
ensinaram-me a viver e lutar pelos meus ideais, com em DEUS, determinação e
honestidade.
À minha irmã, Renata, por ter partilhado sua vida afetiva e profissional
comigo, incentivando-me a seguir o fascinante caminho da Odontologia.
À minha irmã Tarcila, pela alegria com que sempre realizou mimos afetivos
depositando fortunas de carinho em minha vida.
Aos meus sobrinhos Serginho e Rodriguinho pela magia de seus sorrisos
que sua simples presença me contagia.
Ao meu amado Kíldery, que embarcou comigo nesse sonho tomando-o pra
si, incentivando-me e acreditando na minha capacidade de realizá-lo.
Agradecimentos Especiais
À DEUS, pela minha vida, meus dons e por ter me acompanhado e carregado
no colo nos momentos mais difíceis.
À Universidade Potiguar e Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
pela oportunidade de realizar este trabalho e minha formação como mestra e
pesquisadora.
À Profª Drª
Samira Albuquerque de Sousa, não somente pela orientação
deste trabalho, mas por seu companheirismo, confiança e paciência que sempre tem
me dispensado.
Ao Prof. Dr.
João Carlos Alchieri, que ante suas inúmeras ocupações
sempre se mostrou solicito oferecendo grande contribuição à pesquisa.
À amiga Judite, simplesmente pela sua amizade afetiva e sincera, na partilha
de todos os momentos.
Às amigas Josélia, Líbia e Cristina, que me acolheram no aconchego de
seus lares, tornando minha vida estudantil familiar.
Agradecimentos
À Faculdade de Odontologia de Caruaru pela formação não somente como
cirurgiã-dentista, mas também como cidadã.
Ao Prof. Uoston Holder da Silva, por ter visto em mim uma potencial
docente, incentivando a busca pelo objetivo.
Aos meus primos Renato, Rogéria e Laura, pela receptividade como
conterrâneos e afeto como família.
Ao meu cunhado Rodrigo, pelo irmão que tem sido durante essa jornada.
Aos colegas: Crisêuda, Letícia, Lúcio, Anajara, Melissa, Rogério, Larissa,
Fadul, Tarcísio, Joedy, Glória, Olímpia, Alana, Catarina, Macel, Eduardo,
Leonardo e Steyner pela troca de amizade e experiências durante o curso.
À querida Vanísia, secretária da pós-graduação de odontologia da UnP, por
seu carinho e tranqüilidade em executar cada solicitação.
Ao Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa pelo apoio e colaboração na
realização deste trabalho.
Aos pacientes que participaram desta pesquisa, cuja participação tornou
possível a realização deste sonho.
Aos professores Dr. Flávio Seabra e Dr. Alexandre Dias pelas importantes
considerações em prol da melhoria desse trabalho durante o momento da
qualificação.
“A competência, por sua vez, é associada a três
habilidades: estudo, treino e continuidade.”
Roberto Shinyashiki
RESUMO
A necessidade de correlacionar fatores psicológicos menores em pacientes
portadores de DTM (Disfunção temporomandibular) foi realizada como meio de
direcionar um diagnóstico fidedigno para um prognóstico seguro durante a
realização do tratamento de pacientes portadores dessa disfunção. O objetivo deste
estudo foi verificar a correlação entre distúrbios psiquiátricos menores e disfunção
temporomandibular severa em pacientes que procuraram voluntariamente o
Programa de atendimento a pacientes com Disfunção do Aparelho Estomatognático
do curso de Odontologia da UFRN e clínicas de odontologia da Universidade
Potiguar/UnP. Foram selecionados 137 pacientes de ambos os sexos, sendo 57
diagnosticados com DTM Severa e 80 sem DTM (grupo controle). Os pacientes
foram submetidos ao questionário anamnésico (índice de Fonseca) com o intuito de
quantificar o grau de DTM. Após a aplicação do questionário anamnésico, os
pacientes responderam ao Questionário de Saúde Geral (QSG), o qual avalia fatores
como estresse psíquico, desejo de morte, desconfiança no próprio desempenho,
distúrbio do sono, distúrbios psicossomáticos e saúde geral. Os resultados foram
submetidos a testes estatísticos (teste t-Student não pareado) para observar se
correlação entre os fatores analisados, a análise demonstrou diferenças significantes
entre os fatores psicossomáticos, distúrbios do sono, estresse, desconfiança no
desempenho e saúde geral em pacientes portadores de DTM (p=0,001). Conclui-se
que a relação entre DTM Severa e as variáveis psicológicas (estresse psíquico,
desejo de morte, distúrbios do sono, distúrbios psicossomáticos, saúde geral) é de
fato estreita e estatisticamente significativa. Devendo o cirurgião-dentista fazer uma
análise específica e individualizada em cada caso.
Palavras-chave: Desordens Temporomandibulares – Distúrbios Psiquiátricos
Menores.
ABSTRACT
The need to correlate minor psychological factors in patients with temporomandibular
disorder was performed as a means to target a reliable diagnosis for a prognosis
insurance during the treatment of patients with the condition mentioned. The purpose
of this study was to assess the correlation between minor psychiatric disorders and
severe temporomandibular dysfunction in patients who voluntarily sought the
assistance program for patients with dysfunction of the apparatus Stomatognathic the
course of Dentistry of UFRN and clinical dentistry at the University of Potiguar / UnP.
We selected 137 patients of both sexes, of which 57 diagnosed with Severe
temporomandibular dysfunction and 80 without temporomandibular dysfunction
(control group). The patients underwent anamnestic questionnaire (index of Fonseca)
in order to quantify the degree of temporomandibular dysfunction. After the
implementation of anamnestic questionnaire, the patients responded to the General
Health Questionnaire, which assesses factors such as psychological stress, desire to
death, mistrust in their own performance, sleep disorder, psychosomatic disorders
and general health. The results were subjected to statistical tests to observe the
existence or not of correlation among the factors, the analysis showed a significant
association (p = 0001) among the factors psychosomatic, sleep disorders, stress,
distrust in the performance and general health in patients patients with
temporomandibular dysfunction. It follows that the relationship between
temporomandibular dysfunction Severe and the psychological variables
(psychological stress, desire to death, sleep disorders, psychosomatic disorders,
general health) is in fact close and significant. As the dentist to make an
individualized and specific analysis in each case.
Key Words: Temporomandibular Disorders – Minor Psychiatric Disturbances.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................2
2. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................................6
3. PROPOSIÇÃO ......................................................................................................23
4. METODOLOGIA ....................................................................................................24
5. RESULTADOS ......................................................................................................32
6. DISCUSSÃO .........................................................................................................35
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................46
ANEXOS ....................................................................................................................53
1. INTRODUÇÃO
O sistema estomatognático é um conjunto de componentes craniofaciais
relacionados entre si, tanto anatômica como funcionalmente, o qual envolve a
participação de várias estruturas articulações temporomandibulares (ATMs),
músculos, ligamentos, ossos, dentes, periodonto, glândulas, nervos e vasos, que
permitem o equilíbrio quando apresentam integridade anatômica e funcional
(CARREIRO e FELÍCIO, 2001; CUNHA et al., 2003; AMANTÉIA, et al., 2004).
As funções do sistema estomatognático são controladas pelo sistema
nervoso, como as funções adaptativas e as clássicas. Consideramos funções
adaptativas: o beijo, o sorriso, a mordida, o choro, o bocejo, a expressão facial, entre
outras. As funções clássicas são: a postura mandibular, a mastigação, a sucção, a
fonoarticulação, a deglutição e a respiração (DOUGLAS, 1998; CUNHA et al., 2003;
BIANCHINI, 2004). Com exceção da respiração, as demais funções são exclusivas
do sistema estomatognático (DOUGLAS, 1994).
Alguns tipos de estímulos originados no sistema nervoso central parecem
provocar várias reações orgânicas, entre elas o aumento das excitações motoras
neuromusculares, o qual associado a outros fatores poderia resultar em
comportamentos parafuncionais (MACIEL, 1998).
A ocorrência de condições desfavoráveis que afetam as ATMs costuma ser
freqüente, pois essa articulação precisa acomodar adaptações oclusais, musculares
e cervicais. Se a tolerância estrutural da ATM e da musculatura for menor que a
necessidade de compensações funcionais pode ser desencadeados alguns
distúrbios acompanhados de sintomatologia dolorosa, interferindo na situação
muscular e articular (BIANCHINI, 2004).
A Disfunção da temporomandibular (DTM) é o funcionamento anormal da
articulação temporomandibular, ligamentos, músculos da mastigação, ossos maxila
e mandíbula, dentes e estruturas de suporte dentário. Quando existe a disfunção, o
paciente apresenta sintomas, como dor de cabeça, dor de ouvido e/ou zumbidos,
dor ou cansaço dos músculos da mastigação, ruídos articulares e dificuldade para
abrir a boca (CONTI et al. 1995; GONÇALVES; PEREIRA & PRADO, 2003).
A disfunção da ATM pode está relacionada a hábitos comuns, como o
apertamento dentário e o bruxismo, morder objetos estranhos, roer unhas, mastigar
chicletes, postura da cabeça, o de prender o telefone com o queixo ou ainda
apresentar fatores relacionados com o estresse, depressão e ansiedade ou eventos
traumáticos (CONTI et al, 1995; PAIVA et al, 1993).
Os pacientes com DTMs, na maioria dos casos, apresentam tensão
emocional aumentada que pode em algumas situações, se manifestar através de
parafunções e hábitos funcionais deletérios; os quais podem iniciar um quadro de
dor miofacial. Se essa dor passar a ser crônica, a ansiedade e tensão muscular
perpetuam o problema físico, com conseqüente dor persistente e mais ansiedade e
tensão muscular (SERGER, 1998).
Os resultados de algumas pesquisas sobre componentes emocionais nas
DTMs demonstraram níveis elevados de ansiedade e depressão nesses pacientes; o
que pareceu sugerir que testes psicológicos poderiam dividir esses pacientes em
subgrupos para serem identificados de acordo com fatores comportamentais
(SUVINEN, 1997).
A ansiedade, depressão e estresse são colaboradores no delineamento do
quadro patológico das DTMs. Os pacientes sob essas condições geram, através de
mecanismo de descarga emocional, hábitos parafuncionais como o bruxismo e o
apertamento dental; tais hábitos, quando crônicos, podem levar a hiperatividade
muscular e conseqüente sintomatologia dolorosa (CONTI, 1996).
Os fatores psicológicos, relacionados às DTMs, podem ser divididos em:
cognitivos, comportamentais e afetivos ou emocionais. Estes três fatores não atuam
isoladamente, apresentando uma interação entre si e com a situação física do
paciente (RUGH & SOLBERG, 1979).
Para compreender a dor humana é preciso, além de identificar a natureza
física do agente agressor, discriminar os fatores psicológicos situacionais que
podem alterar a sua percepção, o que é um evento individual e pessoal. Existem
síndromes e doenças de origem psíquicas associadas, muitas vezes, à desordem
temporomandibular (DTM), (MONTEIRO & ROCHA, 2003).
A dor acompanha a vida do ser humano como um dos grandes desafios da
ciência em decorrência de suas múltiplas implicações. O interesse em desenvolver
uma pesquisa sobre dor orofacial, a qual envolvesse saúde bucal e seu impacto na
qualidade de vida, surgiu devido à importância do assunto nessa área. Sabe-se que
as pessoas, durante sua experiência de dor, têm seu comportamento alterado em
virtude de ações desencadeadas pelo estímulo doloroso. As atividades rotineiras e
cotidianas das pessoas podem sofrer alterações, tendo suas atenções desviadas no
intuito de aliviar seu desconforto. A dor influencia, de uma forma ou de outra, em
todos os segmentos da vida das pessoas. Influencia na vida profissional,
promovendo o aumento do número de faltas ao trabalho em decorrência da procura
por assistência. A experiência de dor influencia nos estudos, aumentando a
freqüência de faltas na escola ou desviando a atenção dos estudantes, dificultando a
concentração e o aprendizado. A dor pode também influenciar nas atividades
sociais, deixando as pessoas acamadas e afastadas dos parentes e amigos (NARDI,
2005).
2. REVISÃO DE LITERATURA
A fim de favorecer a construção dos conceitos envolvidos no tema em estudo
e facilitar a compreensão de tais conceitos este capítulo foi subdividido em tópicos,
discorridos a seguir.
2.1 - Histórico da DTM
COSTEN (1934) foi o primeiro autor a fornecer bases anatômicas para o
estabelecimento desta patologia. Desenvolveu a teoria do deslocamento mecânico,
que determinava que sinais e sintomas como perda de audição, sensação de
vertigem e dores nas articulações, poderiam ser causados provavelmente pelo
deslocamento póstero-superior do côndilo durante o fechamento excessivo da
mandíbula, na ausência de dentes posteriores.
Em 1955, Schwartz, estudando a suposta síndrome da articulação
temporomandibular (ATM), afirmou que os pacientes com problemas caracterizados
por dor e limitação do movimento mandibular, eram devido ao espasmo dos
músculos mastigatórios. O autor adotou o termo “Síndrome de dor e disfunção da
ATM” para esta condição.
Com a continuação dos estudos Schwartz (1959) enfatizou a influência da
oclusão dentária para o reconhecimento de que os distúrbios funcionais na
musculatura mastigatória originam-se de alterações oclusais, podendo ser o fator
primário na etiologia da disfunção da ATM.
Laskin (1969) sugeriu o termo “síndrome dor-disfunção miofascial”, atribuindo
a tensão emocional como fator principal da disfunção, é iniciada mais por estresse
emocional do que fatores mecânicos. O espasmo pode ser iniciado por três modos:
distensão muscular excessiva, contratura muscular excessiva ou fadiga muscular.
De acordo com a teoria psicofisiológica, os hábitos orais crônicos, como apertar e
ranger os dentes podem ser iniciados por fatores oclusais, porém acredita-se que a
principal causa seja um mecanismo involuntário de alívio de tensão.
Segundo Wenberg (1973), os fatores etiológicos da disfunção da ATM devem
ser agrupados em sistêmicos e disfuncionais. Divide os fatores disfuncionais em três
subgrupos: síndrome do estresse, oclusão e trauma. Chama a atenção para o que
denomina a etiologia circular da síndrome de dor e disfunção da ATM. Explica o
mecanismo de sustentação como sendo: a fadiga muscular crônica, o apertamento
dentário crônico, hábitos de dormir e fatores sexuais.
A “teoria da etiologia multifatorial”, reconhecida por estudiosos como Krough-
Poulsen (1979), afirma que fatores oclusais, associados às respostas nos músculos
e articulações temporomandibulares e as condições gerais e emocionais do
paciente, podem deflagrar o quadro (PAIVA et al, 1993).
Solberg (1989) conceitua “desordens craniomandibulares” e comenta que as
mesmas se constituem em desconforto ou disfunções musculosesqueletais no
sistema mastigatório, agravadas pela mastigação ou outro uso da mandíbula, mas
independentes de moléstia local, envolvendo os dentes e a boca. A característica
das desordens craniomandibulares é a dor provocada pela função. Para o autor a
dor e a disfunção caminham juntas.
Paiva et al. (1993) caracterizam a “síndrome dor-disfunção estomatognática”
como um conjunto de sinais e sintomas que podem se manifestar nos músculos da
mastigação propriamente ditos, nas articulações temporomandibulares ou em outras
estruturas do sistema estomatognático, como resultado de alterações no mecanismo
neuromuscular que rege tanto os movimentos mandibulares como as demais
funções do sistema. É de etiologia multifatorial e requer tratamento interdisciplinar.
Para McNEILL (1990), controvérsias existem por causa do limitado
conhecimento relativo à etiologia e história natural ou o curso da desordem
temporomandibular. Alguns fatores etiológicos contribuintes são apenas fatores de
risco, outros são causais na natureza, e outros resultam, ou são puramente
coincidentes para o problema. Esses fatores são classificados como predisponentes,
iniciadores (precipitantes), e perpetuadores dando ênfase no papel da progressão da
desordem temporomandibular. Fatores predisponentes incluem condições
estruturais, metabólicas, e/ou psicológicas que adversamente afetam o sistema
mastigatório suficientemente para aumentar o risco de desenvolver uma desordem
temporomandibular. Fatores iniciadores direcionam para o avanço de sintomas que
são primariamente relatados por trauma ou carregamentos adversos repetitivos do
sistema mastigatório. Fatores perpetuadores tais como: a parafunção, fatores
hormonais, ou fatores psicossociais, podem ser associados com alguns fatores
predisponentes ou iniciadores e podem sustentar a desordem do paciente,
complicando o seu procedimento. Afirmou que, historicamente, o tratamento para
este tipo de patologia tem sido fundamentado em sistemas e opiniões particulares,
de acordo com a teoria etiológica mais aceita pelo profissional. A premissa mais
comum advinha de que, uma saúde ótima era dependente de critérios morfológicos
muito específicos e precisos. Uma anormalidade ou uma variação do relacionamento
interoclusal, ou das estruturas intra-articulares era aceita como o único fator a
predispor as estruturas do sistema mastigatório, à disfunção e à doença. Entretanto,
idéias preconcebidas baseadas unicamente em aspectos morfológicos, sem
considerar os funcionais, não possuem qualquer relacionamento com a saúde do
sistema mastigatório. Como resultado destes sistemas morfológicos, o sucesso do
tratamento destas alterações, no passado, estava sempre comprometido por uma
abordagem terapêutica puramente mecânica, sem considerar os aspectos
multidisciplinares. Em função das alterações funcionais do sistema estomatognático
ser numerosas e multifatoriais do ponto de vista etiológico, sua terapêutica requer
uma associação de modelos odontológicos com modelos médicos. Em função de
muito pouco ser conhecido sobre o curso natural desta patologia; ou seja, quais
sinais e sintomas podem progredir para condições mais agravantes e, em função de
todas as abordagens terapêuticas serem direcionadas para um ponto em comum, a
cura; devemos sempre ser cuidadosos no sentido de evitar formas terapêuticas
agressivas e não reversíveis.
De BONT et al. (1991), estudaram os aspectos epidemiológicos e a
progressão natural das alterações funcionais do sistema estomatognático de origem
articular. Afirmaram que o termo “desordens temporomandibulares”, é uma
denominação coletiva que engloba tanto desordens de origem muscular, oclusal e
articular; assim, o estudo dos aspectos epidemiológicos deste tipo de patologia pode
causar confusões, uma vez que, se constituem não apenas em uma simples doença,
mas em várias e diferentes doenças com sinais e sintomas similares como, dor,
ruídos articulares e restrição de movimentos da mandíbula.
MOHL & OHRBACH (1992), estudando os fatores etiológicos relacionados às
alterações funcionais do sistema estomatognático, afirmaram que a etiologia
multifatorial relacionada a esta patologia, implica que um grande número de fatores
estejam envolvidos; entretanto, a sua importância relativa é diferente para cada
indivíduo. Afirmaram que alguns fatores estão envolvidos mais freqüentemente na
etiologia deste tipo de patologia, em uma grande porcentagem de pacientes. Estes
fatores foram denominados pelo autor, como fatores de risco e, podem exercer um
papel determinante, em situações específicas. Segundo o autor, diferentes fatores
de risco podem estar envolvidos ao mesmo tempo e possuir um efeito cumulativo.
Concluíram que, este raciocínio poderia explicar a duração, geralmente longa, da
transformação de determinados sinais em sintomas. Em função destes aspectos, os
autores afirmaram que na literatura, muitos estudos enfocaram fatores específicos
em relação à etiologia das alterações funcionais do sistema estomatognático;
entretanto, para o clínico, os resultados são decepcionantes porque apontam em
direções completamente distintas.
Em 1992, OHRBACH & STOHLER, sugeriram que os fatores etiológicos
relacionados às DTMs, fossem classificados em fatores de predisposição, de início e
de perpetuação. Afirmou que os fatores predisponentes geralmente são subdivididos
em sistêmicos, psicológicos (personalidade e comportamento) e estruturais
(discrepâncias oclusais, tratamento dentário inadequado ou lassidão articular); os de
iniciação, traumas, estruturas articulares sobrecarregadas e hábitos parafuncionais.
Os fatores de perpetuação incluem as tensões mecânicas e musculares e os
problemas metabólicos, mas principalmente as dificuldades comportamentais,
sociais e emocionais. Atentou para o fato de que, um dos erros mais freqüentemente
cometidos pelos cirurgiões dentistas, é o de confinar um destes fatores a apenas
uma das três categorias.
RUGH et al. (1993), avaliando os fatores psicológicos associados às
desordens temporomandibulares afirmou que, a ansiedade, o estresse, a depressão,
hábitos orais auto-destrutivos e dor crônica são sinais observados com freqüência. O
crescimento emergente no campo da medicina psicossomática tem evidenciado a
necessidade de aprimorarmos nossos conhecimentos dentro desta área e, embora
vários métodos sofisticados tenham sido descritos para comprovar o envolvimento
do fator psicológico nas disfunções temporomandibulares, uma metodologia
direcionada ao diagnóstico clínico ainda não foi desenvolvida. Os autores concluíram
que a utilização de métodos clínicos para a avaliação de pacientes portadores de
DTM pode contribuir para o esclarecimento da mesma.
Segundo DeBOEVER & CARLSSON (2000), os conceitos de alterações
funcionais do sistema estomatognático, baseados em um único fator, por exemplo
prematuridades na oclusão ou ausência de uma oclusão molar como na teoria do
deslocamento mecânico, perderam sua credibilidade clínica e científica. Ficou cada
vez mais claro que a etiologia é multifatorial e que nenhuma destas teorias poderia
explicar os mecanismos etiológicos dos pacientes com disfunção
temporomandibular. Logo foi geralmente aceito como modelo simplificado, que três
grupos principais de fatores etiológicos estavam envolvidos: fatores anatômicos,
incluindo a oclusão e a articulação propriamente dita, fatores neuromusculares e
fatores psicogênicos. Se dois ou todos os três destes grupos de fatores estivessem
presentes, o risco de desenvolver a dor e a disfunção aumentava.
Segundo Munhoz et al.(2005), a definição teórica de DTM varia de autor para
autor segundo a amplitude na qual este se apóia para avaliá-la, para estabelecer
sua etiologia, a abrangência de suas manifestações clínicas e correspondente
terapêutica.
2.2 - Etiologia
McNEILL et al. (1980), relataram que os fatores etiológicos das desordens
temporomandibulares são multifatoriais, podendo incluir aspectos genéticos, de
desenvolvimento, fisiológico, traumáticos, ambientais e comportamentais. Os autores
classificaram as desordens temporomandibulares em três itens, de acordo com sua
origem:
- I. Desordens temporomandibulares de origem orgânica:
a) distúrbios articulares (desarranjo do disco, deslocamento condilar, condições
inflamatórias, artrites, anquilose, fraturas, neoplasias, desenvolvimento anormal);
b) distúrbios não articulares (condições neuromusculares, condições da oclusão
dental, distúrbios envolvendo sintomas secundários);
- II. Desordens temporomandibulares de origem não orgânica (funcional):
a) Síndrome da dor-disfunção miofascial;
b) dores fantasmas;
c) sensação de oclusão positiva;
d) conversão histérica;
- III. Desordens temporomandibulares de origem não orgânica combinadas
com mudanças do tecido orgânico secundário:
a) articular;
Rugh (1984), afirma que os fatores emocionais podem aumentar ou diminuir
os impulsos nervosos a partir de nociceptores periféricos e, assim, modificar a
percepção do paciente à dor.
Para SOLBERG (1989), a compreensão deste tipo de patologia não se
constitui na aplicação de determinados achados epidemiológicos. Ambos os fatores,
centrais e periféricos, parecem ser importantes, juntamente com os fatores
morfofuncionais (oclusão, bruxismo) e psicológicos (ansiedade, tensão) envolvidos
como causas multifatoriais.
Em 1993, Paiva et al. afirmaram existir duas correntes dividem os estudiosos
quanto à etiologia das DTMs, uma que acreditam na Teoria dento-muscular
(alterações oclusais), e a segunda, preconizada por Laskin é a Teoria psico-
fisiológica. o consenso de que é de etiologia multifatorial e requer tratamento
interdisciplinar.
Koids et al., (1993) relataram que a tensão emocional poderia aumentar a dor,
precipitando a atividade do sistema psicológico, que também é ativado por excitação
nociva. Ansiedade, depressão, fúria e outras emoções provocam atividade visceral,
e de esqueleto, e a interação entre esses sistemas biológicos é ilustrado bem pelo
ciclo de dor-ansiedade-tensão, que foi proposto, freqüentemente, responder por
algumas formas de dor aguda e crônica, observado em desordens que envolvem o
sistema musculoesqueletal (MONTEIRO & ROCHA, 2003).
CONTI (1996) propôs que algumas condições psicológicas tais como
ansiedade, depressão, e algumas características de personalidade podem predispor
e perpetuar uma desordem temporomandibular (DTM).
Segundo Paiva
et al (1993), os fatores etiológicos das DTMs são múltiplos,
incluindo fatores genéticos, fisiológicos, traumáticos, patológicos, ambientais,
mentais e comportamentais.
Para Korzum
et al. (1998) a DTM é parte de um espectro de síndrome do
estresse-associado, caracterizado pela freqüência de queixas somáticas e
psicológicas incluindo fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e depressão.
Após realizar alguns estudos Carlson et al. (1998) concluíram que os
pacientes com dor na musculatura mastigatória mostram maior nível de sintomas de
depressão e ansiedade que o grupo assintomático.
Os estudos mais recentes de natureza interdisciplinar indicam que o estresse
excessivo associado às respostas fisiológicas orgânicas pode alterar a defesa do
hospedeiro, com um possível mecanismo de quebra da homeostasia, podendo
causar, então, a supressão do sistema imune e, conseqüentemente, a instalação da
doença. O estresse desencadeia uma serie de reações sobre nossas glândulas de
secreção interna, que, por sua vez, inundam nosso organismo com quantidades
exageradas dos hormônios que fabricam, os quais “modulam” o sistema imune
(BIANCHINI, 2000).
Enquanto o estresse psicológico pode se manifestar em qualquer parte do
corpo, as estruturas relacionadas as Sistema Estomatognático parecem
particularmente predispostas a esta tensão. A razão pela qual a boca é selecionada
para este hábito é mais bem compreendida quando se volta às atividades da
infância. É pela boca que recebemos alimentos e exploramos o ambiente. Ela está
intimamente ligada as emoções como satisfação, frustração, ansiedade e raiva.
Estas associações são significativas desde o nascimento e parecem durar a vida
toda, é por esta razão que os indivíduos adultos voltam para a cavidade oral durante
períodos de estresse, fumando, comendo, mascando e rangendo os dentes
(OLIVEIRA, 2002).
O conceito de estresse é algo bastante complexo, a princípio é preciso
diferenciar o que é agente estressor e o que é estresse. Segundo Barra (2002), o
agente estressor consiste no agente estimulante ou a situação que está
desencadeando a excitação do organismo, e o estresse é o processo
psicofisiológico em que o agente estressor se encontra. Assim o estresse é um
processo no qual o indivíduo está inserido e a partir da avaliação que ele fizer do
agente estressor poderá disparar uma resposta multidimensional (emocional,
comportamental e fisiológica), podendo reagir de maneira que ocorra uma
adaptação.
O estresse é uma experiência que todo indivíduo passa, sendo suas reações
naturais para a própria vida, na busca de um equilíbrio, mas quando a experiência
de estresse fica comprometida, é gerado um prejuízo ao funcionamento do
organismo, diminuindo significativamente a sua resposta à doença (BARRA, 2002).
Num quadro de DTM o estresse pode ser fator de origem ou se apresentar
como algo decorrente da sintomatologia. Como origem, o estresse pode ser
conseqüência de um momento difícil, conflito, angústia, expectativa que o indivíduo
possa estar vivendo. Sendo decorrente, o estresse não esteve presente no início a
desordem, e o fator físico, ou seja, a condição oclusal teve mais destaque: portanto,
o indivíduo tem que adaptar sua vida acometido de um quadro de dor, os sinais e
sintomas da DTM tornam-se agentes estressores gerando um processo de estresse,
deixando-lhe vulnerável do ponto de viste físico e funcional (BARRA, 2002).
Fatores psicológicos como o estresse tem papel importante nas desordens
temporomandibulares (MONTEIRO; ROCHA, 2003). O estresse leva a contração
muscular (voluntária ou involuntária) com apertamento dental. Os danos causados
levam a um ciclo vicioso de dor/estresse/dor. A dor produz mudança de
comportamento psicológico no paciente que passa a desenvolver com mais
facilidade problemas como irritação e depressão (GONÇALVES; PEREIRA e
PRADO, 2003).
Existe uma relação complexa entre dor e depressão que vem recebendo
considerável atenção: de um lado, afirma-se que a depressão é a principal
psicopatologia, sendo que a dor representa um sintoma somático da depressão; por
outro lado, tem-se também postulado que os sintomas da depressão desenvolvem-
se como conseqüência do sofrimento físico (MONTEIRO & ROCHA, 2003).
A dor é uma experiência complexa e multifatorial que não inclui somente
dimensões sensoriais, mas também fatores afetivos e cognitivos. Para compreender
a dor humana é preciso que, além de identificar a natureza física do agente
causador, sejam discriminados os fatores psicológicos situacionais que alteram sua
percepção, o que é um evento individual (MONTEIRO & ROCHA, 2003).
Bisotto-Gonzalez (2005) afirma que achados etiológicos como hábitos
parafuncionais, mostram ser o fator causal mais comum nas DTMs e que podem
contribuir para desarranjos da ATM. Diferentemente de má-oclusão, alterações
posturais, alterações emocionais, traumas, doenças sistêmicas e desordens do
crescimento que vão agir exacerbando os sintomas.
2.3 - Diagnóstico em DTM
HELKIMO (1974) avaliou três índices utilizados pela comunidade científica
para estudar a ocorrência de sinais e sintomas das alterações funcionais do sistema
estomatognático. Índice de disfunção clínica para avaliação do estado funcional do
sistema mastigatório, baseado em cinco grupos de sintomas: amplitude de
movimento da mandíbula prejudicada, função da articulação temporomandibular
prejudicada, dor no movimento da mandíbula, dor na articulação temporomandibular,
dor nos músculos mastigatórios. Índice anamnésico de disfunção, baseado em
dados da entrevista com a pessoa investigada. Índice para o estado oclusal,
baseado na avaliação da oclusão em quatro aspectos: número de dentes, número
de dentes ocluindo, interferências na oclusão e na articulação. Como resultado
observou que, no índice de disfunção clínica, 70% das pessoas examinadas não
apresentaram prejuízo da mobilidade mandibular, em 3% a mobilidade foi
marcadamente prejudicada; a articulação temporomandibular estava livre de
sintomas em 40% dos pacientes examinados, a sensibilidade durante a palpação
muscular foi encontrada em 45% dos casos; enquanto que, dores no movimento
mandibular foi reportada por 30% das pessoas examinadas. No índice anamnésico
de disfunção, 43% reportaram ser livres de sintomatologia, 31% disseram ter
sintomas suaves de disfunção e 26% tiveram sintomas severos de disfunção. No
índice para o estado oclusal, 14% dos pacientes não apresentaram desordens;
enquanto que 86% deles, apresentaram desordens severas, incluindo a ausência de
dentes e interferências na articulação dos dentes.
Fonseca, et al. (1994), utilizaram uma amostra de 100 pacientes com queixas
compatíveis com diagnóstico de disfunçäo temporomandibular, aos quais se aplicou
um índice anamnético simplificado (10 questões), e o índice clínico de Helkimo.
Através de análise estatística observou-se a correlaçäo entre os dados obtidos dos
dois índices e seu grau de confiabilidade. Concluiram que a correlaçäo entre a
anamnese e o exame clínico para diagnóstico da DTM permite que a suspeita e a
triagem dos pacientes seja feita apenas pela anamnese, onde o grau de
confiabilidade dos valores propostos para ambos os exames foi da ordem de 95%.
Para avaliar os movimentos mandibulares, Garcia (1997) examinou 200
estudantes universitários. Inicialmente classificou quanto ao grau de disfunção com
o questionário anamnésico validado por Fonseca et al. (1994) e através de exame
físico aferiu o grau de abertura bucal e movimentos excêntricos. Dos pesquisados
102 indivíduos apresentaram DTM Leve, 17 com DTM Moderada e 3 com DTM
severa. Verificou que nos 10% da amostra que apresentavam disfunção a dor de
cabeça foi a queixa principal, enquanto que a limitação dos movimento mandibulares
foi raramente observada.
Com o objetivo de avaliar a concordância entre o relato do paciente e o
exame físico das articulações temporomandibulares através de estetoscópio, em
relação à presença ou ausência de sons articulares, Compagoni et al. (2001)
realizaram um estudo avaliando 400 indivíduos. Observaram 72% de concordância
entre os achados subjetivos e objetivos do exame. Concluíram que os dois métodos
são válidos podendo ser praticados em associação, principalmente quando a
resposta do paciente for positiva.
De acordo com Saueressig
et al. (2003) a ausência de mútua proteção em
uma oclusão dentária pode exigir um esforço exagerado da musculatura da
mastigação, provocando pontos de gatilho da dor. Nesse contexto relatam que ao
avaliar os músculos do sistema estomatológico, veremos a íntima relação destes
com o da região cévico-dorsal, os quais atuam sobre a coluna vertebral. A falta de
equilíbrio isométrico desses músculos pode trazer a sensação de dor local ou à
distância nos casos em que há pinçamento de algum ramo nervoso de outras
regiões.
Silveira (2007), visando verificar a prevalência de pacientes portadores de
DTM em um serviço de otorrinolaringologia, avaliou 221 pacientes do Serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital de Passo Fundo. Foi utilizado um questionário
anamnésico que visa à detecção de DTM, tendo o modelo e sua interpretação,
validados por Fonseca
et al. (1994). Considerando somente os sintomas
otorrinolaringológicos dos pacientes portadores de DTM, tem-se otalgia presente em
75% dos pacientes; 48 pacientes (21.72%) considerados como necessitando de
tratamento para DTM (índice de DTM moderada e severa), apenas 15 indivíduos do
total (7.24%) estavam totalmente livres de sintomas de DTM. Quanto aos demais,
apresentaram: dor de cabeça (33,5%), dor no pescoço e ombro (28,5%), dor na
região do ouvido (29%) e ruídos articulares (25%).
2.4 - Qualidade de vida e DTM
Para verificar o impacto da dor na vida de indivíduos portadores de disfunção
da articulação temporomandibular Oliveira et al. (2003) realizaram um estudo com
pacientes portadores de DTM submetendo-os a uma versão brasileira do
Questionário McGill de Dor (Br-MPQ), que inclui questões específicas sobre a
qualidade de vida, como: 1) prejuízo social; 2) atividades da vida diária; 3)
percepção do outro; 4) tolerância à dor; 5) sensação de estar doente; 6) sensação
de utilidade; 7) satisfação com a vida. Os resultados mostraram que a dor da DTM
prejudicou as atividades do trabalho (59,09%), da escola (59,09%), o sono (68,18%)
e o apetite/alimentação (63,64%). Os autores concluíram que a dor da DTM tem um
impacto negativo na qualidade de vida do paciente.
Martins et al. (2007), objetivando verificar a associação da classe econômica
e do estresse com a ocorrência de disfunção temporomandibular (DTM), realizaram
um estudo com 354 indivíduos de ambos os sexos, pertencentes a diferentes
classes econômicas da zona urbana de São Paulo. Para isso, utilizaram o Critério de
Classificação Econômica Brasil (CCEB) para a estratificação econômica da
população e o Questionário de Fonseca para verificar o grau de DTM, e a Escala de
Reajustamento Social (SRRS) para verificar o grau de estresse. Os dados coletados
foram analisados estatisticamente por meio do Teste Qui-Quadrado, com nível de
significância de 5%. Os chefes das famílias foram assim distribuídos: 4 famílias
pertencentes à "Classe A2", 14 à "Classe B1", 25 à "Classe B2", 112 à "Classe C",
174 à "Classe D" e 25 à "Classe E". Após a análise estatística não foi observada
associação significativa entre classe econômica e disfunção temporomandibular
(DTM); entretanto, a mesma ocorreu entre estresse e DTM (p<0,01). A classe
econômica não influencia na ocorrência de DTM, mas existe associação direta entre
estresse e disfunção temporomandibular.
2.5 - Questionários Psicológicos e DTM
RUGH et al. (1993), avaliando os fatores psicológicos associados às
desordens temporomandibulares afirmaram que, a ansiedade, o estresse, a
depressão, hábitos orais autodestrutivos e dor crônica são sinais observados com
freqüência. O crescimento emergente no campo da medicina psicossomática tem
evidenciado a necessidade de aprimorarmos nossos conhecimentos dentro desta
área e, embora vários métodos sofisticados tenham sido descritos para comprovar o
envolvimento do fator psicológico nas disfunções temporomandibulares, uma
metodologia direcionada ao diagnóstico clínico ainda não foi desenvolvida. Os
autores concluíram que a utilização de métodos clínicos para a avaliação de
pacientes portadores de DTM pode contribuir para o esclarecimento da mesma.
De acordo com Kleinmand e Cohen (1997), compilando dados da
Organização Mundial da Saúde, tem se registrado, nos últimos anos, um aumento
substancial de pessoas que se queixam de sintomas que poderiam ser
caracterizados como típicos de doenças mentais, entre os quais a ansiedade e a
depressão. Não obstante, advertem estes mesmos autores, tais sintomas são muitas
vezes confundidos com problemas orgânicos, sendo tratados erroneamente.
Apesar do valor prático de classificações, a sintomatologia é identificada a
partir de observações do comportamento do paciente e de queixas levadas ao
consultório. De modo geral, estas são pouco precisas e difusas, reunindo e
misturando tanto fatores físicos como psíquicos da saúde. Percebe-se, portanto, a
necessidade de contar com medidas objetivas para avaliar com exclusividade a
saúde mental das pessoas, principalmente entre aquelas da população geral
(GOUVEIA et al, 2003).
Os estudos em epidemiologia psiquiátrica vêm sendo, em sua maioria,
realizados nos países ocidentais e os resultados indicam que 90% da morbidade
psiquiátrica encontrada refere-se a distúrbios não-psicóticos (GOLDBERG &
HUXLEY, 1992). Porém, devido às várias questões conceituais e metodológicas
imbricadas no diagnóstico dos distúrbios não-psicóticos, especialmente as que se
referem à distinção entre depressão e ansiedade, alguns estudos têm utilizado
categorias diagnósticas mais amplas, designando-as por morbidade psiquiátrica
menor, transtornos mentais comuns e problemas psiquiátricos menores
(CERCHIARI et al, 2005).
Castro et al. (2008), objetivando comparar aspectos psicológicos de dor
orofacial entre neuralgia trigeminal (NT) e disfunção temporomandibular (DTM),
avaliaram 30 pacientes (15 com NT, 15 com DTM) utilizando entrevista semi-dirigida
e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD). Como resultado encontrou:
Pacientes com NT sabiam melhor sobre seu diagnóstico (p<0,001). A maioria destes
considerou sua doença grave (87%), em oposição às pacientes com DTM (p=0,004);
ambos tiveram um alto nível de limitações durante atividades diárias, e o tratamento
seguido da religiosidade foram considerados os aspectos mais positivos para
superação da dor (p<0,04). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a
HAD (p=0,20), sendo a média dos índices foi 10,9 para ansiedade (moderada) e
11,67 para depressão (leve). Concluíram que tanto pacientes com NT como
pacientes com DTM apresentaram níveis semelhantes de ansiedade e depressão.
Para realizar avaliação da depressão e de testes neuropsicológicos em
pacientes com desordens temporomandibulares, Selaimen et al. (2007) obteve uma
amostra de 43 mulheres divididas em três grupos. O Grupo I formado por pacientes
com DTM que apresentaram melhora com o tratamento (n = 18; 41,9%). O Grupo II
formado por pacientes com DTM que não melhoraram após o tratamento (n = 15;
34,9%). Grupo III (n = 10; 23,2%), formado por pacientes sem queixas relacionadas
à dor e DTM, considerado grupo controle. Observando os resultados dos testes
neuropsicológicos (CVLT CR, CVLT CL, CCC AL e CCC CR) aplicados na amostra
deste trabalho, não se verificaram diferenças significativas entre os escores
encontrados. Observa-se, entretanto, a existência de uma correlação direta entre os
testes neuropsicológicos (correlação de Spearman), acarretando uma similaridade
entre os resultados dos diferentes grupos. Houve diferenças estatísticas nos escores
do teste de depressão entre o grupo DTM não-respondente ao tratamento e os
outros grupos (DTM respondente ao tratamento e grupo controle). Concluem, de
acordo com os resultados observados, que a DTM é uma doença multifatorial e que
as desordens psicossociais desempenham um papel fundamental no surgimento e
perpetuação dos sintomas.
2.6 - Questionário de Saúde Geral
GOLDBERG (1976) comparando dois testes psicométricos, o SCL (Sympton
Ckeck List) e o QSG (Questionário de Saúde Geral), verificou que ambos os testes
mostraram igual correlação, bem como avaliações clínicas independentes. Ambos
os testes funcionaram melhor em homens do que em mulheres; entretanto, nenhum
dos testes foi afetado pela classe social ou idade nas respostas. O estudo revelou
uma alta correlação entre os problemas de ansiedade e depressão, e também que o
QSG é um melhor discriminador que o SCL; porém, este último apresentou a
vantagem de promover separadamente as sub-escalas para ansiedade e depressão,
sintomas psicofisiológicos, os quais não são avaliados pelo QSG.
TARNOPOLSKY (1979), realizou um estudo para verificar a validade do teste
psicométrico QSG em uma determinada comunidade. Verificou que o QSG
apresentava uma alta especificidade e sensibilidade, apresentando uma baixa
proporção de falsos negativos.
Segundo Banks et al. (1980), os estudos desde a proposição do QSG têm
mostrado sua validade como um questionário auto-administrável para identificar
desordens psiquiátricas menores. O desenvolvimento original da medida por
Goldberg, em 1972 (Banks et al, 1980) resultou em uma versão de 60 itens (QSG-
60) e depois, com a extração dos melhores 30, 20 e 12 destes itens, viabilizou
versões mais reduzidas (QSG-30, QSG-20 e QSG-12, respectivamente). Cada um
dos itens mostrava uma diferença em endossos de pelo menos 40%, entre a
proporção de normal e severo, definida por índices clínicos. Os itens consistem em
uma pergunta que investiga se o participante experimentou recentemente um
sintoma particular ou indício de comportamento taxado em uma escala de quatro
pontos. Os estudos mostraram que a escala plena exibiu alta consistência interna e
boa confiabilidade de reteste num período de 6 meses. Todas as versões da escala
também apresentaram altas correlações umas com as outras. O original e estudos
empíricos subseqüentes (resumido em Goldberg, 1976) oferecem evidências da
validade do QSG, como mostrado por suas associações lineares com avaliações
clínicas independentes, e sua sensibilidade e especificidade, discriminando entre
casos patológicos e o normal (BORGES,2002).
As formas com mais itens se mostram consistentes para mensurar tanto um
fator geral de saúde mental quanto os fatores componentes, que, na forma adaptada
no Brasil (QSG-60) por Pasquali, Gouveia, Andriola e Ramos (1996) são: estresse
psíquico, desejo de morte, desconfiança do próprio desempenho, distúrbio do sono,
distúrbio psicossomático e suporte organizacional.
O Questionário de Saúde Geral (QSG) é um instrumento de rastreamento,
auto-aplicável, simples, confiável, destinado a identificar distúrbios menores em
saúde mental (depressão, ansiedade, disfunção social e sintomas somáticos), o qual
avalia se um determinado sentimento percebido pelo sujeito no presente é diferente
de seu sentimento usual. Focaliza a habilidade do sujeito de identificar as funções
normais e o surgimento de qualquer distúrbio. É ideal para ser usado na comunidade
e em ambientes não psiquiátricos. É constituído por cinco fatores: (1) tensão ou
estresse psíquico; (2) desejo de morte; (3) falta de confiança na capacidade de
desempenho/auto-eficácia; (4) distúrbios do sono; (5) distúrbios psicossomáticos e o
fator geral que verifica a severidade da ausência de saúde mental. Os itens
consistem de questões que procuram saber se a pessoa experimentou
recentemente um determinado sintoma ou comportamento numa escala de 4 pontos,
variando de 1 (não absolutamente) a 4 (muito mais do que de costume) sendo que,
uma parte dos itens expressa os sintomas diretamente e outra parte expressa o
comportamento normal (CERCHIARI et al, 2005).
A escala de Saúde Geral de Goldberg (QSG), originalmente elaborada por
Goldberg (1972) e validada para o Brasil por Pasquali et al. (1996) visa a avaliar a
saúde mental das pessoas, por meio de itens que indicam a presença ou ausência
de sintomas ou distúrbios clínicos não-psicóticos ou transtornos mentais comuns. O
QSG permite identificar pessoas com perfil sintomático, casos limítrofes e pessoas
sem perfil sintomático. Pessoas que apresentam perfil sintomático no GSG possuem
índices desviantes de saúde mental e estado de disfunção que dificulta um
funcionamento adequado. Esse estado incapacita as pessoas a terem vidas pessoal
e social satisfatórias (BANDEIRA et al, 2007)
3. PROPOSIÇÃO
Avaliar se existe associação entre distúrbios psiquiátricos menores e
disfunção temporomandibular severa através de análise comparativa entre os
grupos caso e controle.
4. METODOLOGIA
4.1 Tipo do estudo
O delineamento do presente trabalho é estudo observacional do tipo caso-
controle.
4.2 Localização do estudo
Este estudo foi desenvolvido no Departamento de Odontologia da
Universidade Potiguar (UnP) e no PROADE (Programa de Atendimento a pacientes
com Disfunção do Aparelho Estomatognático) da área de oclusão, do departamento
de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, durante o
período de março a novembro de 2008.
4.3 Seleção da amostra e critérios de inclusão
Para este estudo foram avaliados 137 pacientes de ambos os sexos, com faixa
etária entre 18 e 70 anos, que procuraram voluntariamente os departamentos de
Odontologia da Universidade Potiguar e a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte para tratamento odontológico.
Para definir os grupos a serem estudados, foram selecionados por conveniência
57 indivíduos portadores de sinais e sintomas de desordem temporomandibular
severa e 80 indivíduos assintomáticos aleatoriamente. Sendo considerados
portadores de DTM Severa os pacientes que responderam as 10 questões contidas
no questionário anamnésico, apresentando pontuação final entre 70 e 100 pontos
(FONSECA, 1992).
4.4 Critérios de exclusão
Foram excluídas pacientes grávidas por estarem em fase de modificação
psicológica fisiológica;
Pacientes com menos de 18 anos ou mais de 80 de idade: em razão do
aspecto legal da autorização à inclusão deles na pesquisa e por se enquadrarem
fora da idade média das mulheres e homens portadores de DTM;
Pacientes que tivessem sofrido acidente e/ou intervenção cirúrgica na face
durante os últimos seis meses, por estarem em período de tratamento;
Portadores de deficiência física ou mental que pudessem afetar o
discernimento para o preenchimento do questionário;
Pacientes portadores de DTM Severa que já tivessem iniciado tratamento.
4.5 Considerações éticas
A metodologia utilizada neste estudo foi submetida e aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Potiguar UnP, sob o protocolo n
o
095/2008 (Anexo I).
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi apresentado, deixando a
liberdade de recusa da participação ou retirar seu consentimento em qualquer fase
da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado (Anexo II).
Esclareceu-se que não haveria custo e nem remuneração financeira pela mesma.
Uma Carta de Apresentação foi enviada ao Diretor do Curso de Odontologia
da Universidade Potiguar, assim como uma Carta de Anuência ao Chefe de
Departamento da UFRN e ao Coordenador do Programa de Atendimento a
pacientes com Disfunção do Aparelho Estomatognático da UFRN para que estes
dessem o consentimento para realização da pesquisa (Anexos III e IV).
4.6 Coleta de dados
Os dados foram obtidos através da análise de dois questionários
estruturados, um para diagnóstico de desordem temporomandibular (DTM) que foi
realizado através de entrevista face a face sem interferência do examinador e outro
auto-aplicável para detectar a presença de distúrbios psicológicos menores.
4.6.1 Questionário Anamnésico
O questionário anamnésico validado é composto por questões que abordam
informações sobre seus dados pessoais e anamnese com relação ao histórico da
doença (Anexo V). Com o objetivo de facilitar a obtenção dos dados, este
questionário é caracterizado por apresentar 10 questões objetivas relacionadas à
presença de sinais e sintomas de Dores Orofaciais, permitindo a obtenção de uma
classificação do indivíduo em relação ao grau de disfunção. Os pesquisados tiveram
possibilidade de três respostas em cada item: “sim”, “não” ou ”às vezes”. Para cada
resposta que indicasse a presença do sintoma (sim) seria atribuído um valor “10”,
sendo que a ausência de sintomas (não) recebe valor “0” e a resposta “às vezes”,
valor “5”. A somatória dos valores obtidos determina a classificação da amostra em
relação à DTM (Valores de 0-15 = não portador de DTM; De 20-40 = DTM Leve; De
45-65 = DTM Moderada e de 70-100 = DTM Severa), conforme o índice DMF
(FONSECA, 1992) – para DTM.
Após a aplicação do questionário anamnésico, os pacientes portadores de
DTM Severa e os que não apresentem DTM foram submetidos à aplicação do
Questionário de Saúde Geral (QSG).
4.6.2 Questionário de Saúde Geral.
Todos os pacientes responderam ao Questionário de Saúde Geral de
Goldberg (QSG- Adaptação Brasileira por Pasquali PASQUALI et al., 1996), que
consiste de sessenta questões (Anexo VI). O questionário é auto-aplicável, podendo
o paciente avaliado contar com a ajuda do avaliador, que no caso deste trabalho foi
sempre o mesmo, caso não entendesse o conteúdo de algumas questões. O
questionário foi respondido individualmente, com o paciente acomodado em cadeira
odontológica das clínicas da UnP e da UFRN, onde lhe era fornecido o questionário
e caneta. Inicialmente eram preenchidos os dados pessoais: idade, sexo, estado
civil, endereço. O examinador deu uma breve explicação, leu com o paciente as
instruções, esclareceu as dúvidas e orientou que seria necessário responder sempre
como está o seu estado atual.
Ao paciente também era esclarecido, que suas informações eram sigilosas e
que mesmo para o examinador a resposta era transformada em números e escores,
não verificando as suas respostas individualmente. Tais explicações eram
necessárias para ganhar a confiança e credibilidade do paciente, que o contato
entre ambos era de apenas uma sessão.
Para a obtenção do questionário, treinamento para aplicação e apuração de
seus resultados, foi necessário a supervisão de um profissional da área de
Psicologia, o que é exigido para a aplicação de questionários psicológicos no Brasil.
O QSG é dividido em seis fatores:
I - Estresse psíquico. Verifica a experiência com irritação, impaciência,
cansaço e sobrecarga, que tornam a vida uma luta constante, infeliz (13 questões).
II - Desejo de morte - Verificam o desejo de acabar com a própria vida,
sensação de inutilidade e sem perspectivas (08 questões).
III -
Desconfiança no próprio desempenho - Mostra a capacidade de conseguir
realizar de maneira satisfatória suas atividades diárias, falta de confiança no próprio
desempenho (17 questões).
IV -
Distúrbios do sono Problemas relacionados ao sono, como pesadelos,
dificuldade de conciliar o sono (6 questões).
V - Distúrbios psicossomáticos Sensação de problemas de ordem orgânica,
como mal de saúde, dores de cabeça, fraqueza, calafrios (10 questões).
VI -
Saúde Geral - É a soma das sessenta questões, demonstra o estado de
saúde geral do paciente avaliado, referindo-se à severidade da ausência de saúde
mental.
Como os diversos fatores apresentam um número diferente de
questões, não possibilidade de comparações de seus escores brutos, devendo-
se obter então, escores sintomáticos, os quais foram representados através da
somatória dos valores das respostas 1 a 4 de cada fator, dividindo-se pelo número
de questões contidas em cada fator.
Questionários com mais de dez por cento de questões não respondidas
foram desconsiderados, havendo menos de dez por cento, o questionário foi
utilizado como válido, porém quando da obtenção dos escores sintomáticos, as
questões não respondidas foram levadas em conta e subtraídas na hora do cálculo
do escore.
Como se trata de uma população normal foi utilizado a tabela de normas de
interpretação dos escores sintomáticos do QSG, que é aplicada em função do sexo
respondente. Escores sintomáticos iguais ou superiores a 03 indicam presença de
distúrbios, casos que se aproximam desse valor devem ser considerados limítrofes.
4.7 - Análise dos Resultados
Os dados obtidos através do questionário anamnésico foram tabulados e
agrupados em tabelas e gráficos em forma de porcentagem para comparação entre
o grupo com DTM Severa e o grupo controle (sem DTM). Para análise dos dados do
Questionário de saúde Geral os indivíduos foram separados por sexo, conforme
norma de aplicação e avaliação deste questionário.
As variáveis categóricas foram apresentadas como freqüências e percentuais
e as variáveis contínuas como média e desvio padrão (Técnicas de estatística
descritivas). Verificou-se a distribuição da normalidade para as variáveis
quantitativas (estresse, desconfiança do próprio desempenho, morte, distúrbios do
sono, distúrbios psicossomáticos, e estado de saúde geral) através do teste
Komogorov-Smirnov Z. À exceção de morte todas as variáveis apresentaram
distribuição normal, utilizando-se para esta o teste não-paramétrico de Mann-Witney.
Utilizou-se o teste t-Student não pareado na análise para comparações entre o
grupo controle e grupo caso (Técnicas de estatística inferencial). A verificação da
hipótese de igualdade de variâncias foi realizada através do teste F de Levene.
Considerou-se o nível de significância α=0,05. Os dados foram digitados na planilha
Excel e o “software” utilizado para a obtenção dos cálculos estatísticos foi o SPSS
(Statistical Package for the Social Science) na versão 13.0.
5. RESULTADOS
Associação das variáveis dos distúrbios psiquiátricos menores em pacientes
portadores de DTM severa:
Para variável Desejo de morte foi realizado o teste de Mann-Whitney, fez-se a
transformação de dados em postos, de acordo com os grupos, e a partir destes
valores calculou-se a estatística e seu p-valor (Tabela 1).
Tabela 1 Distribuição das médias dos postos dos grupos em relação ao desejo de
morte. Natal-RN / Brasil, 2008.
Grupos
DTM Severa
(n=57)
Sem DTM
(n=80)
Variáveis
Média dos postos Média dos postos
Z p*
Morte
88,47 55,13 4,892 0,0001
Teste Mann-Whitney
Em cada grupo foram medidas as variáveis: estresse psíquico (estresse),
desconfiança no próprio desempenho (desempenho), distúrbios do sono (sono),
distúrbios psicossomáticos (somáticos) e saúde geral (saúde geral) (Tabela 2).
Tabela 2 Distribuição das médias e desvio padrão dos grupos em relação à
estresse, desempenho, distúrbios do sono, distúrbios do psicossomáticos e saúde
geral. Natal-RN / Brasil, 2008.
Grupos
DTM Severa
(n=57)
Sem DTM
(n=80)
Variáveis
média±dp média±dp
t p*
Estresse
2,28 ± 0,48 1,66 ± 0,33 8,13 0,0001
Desempenho
2,32 ± 0,49 1,73± 0,34 7,77 0,0001
Sono
2,52 ± 0,81 1,75 ± 0,50 6,29 0,0001
Somáticos
2,53 ± 0,62 1,70 ± 0,39 8,86 0,0001
Saúde Geral
2,24 ± 0,48 1,65 ± 0,31 7,99 0,0001
(*) - Diferença significante a 5%.
(1) – Através do teste t-Student com variâncias desiguais.
Nos pacientes portadores de DTM severa todas as variáveis do teste
psicológico mostram resultados estatisticamente significantes (Gráfico 1).
Gráfico 1 – Distribuição das médias de estresse, morte, desempenho, distúrbios do
sono, distúrbios psicossomáticos e saúde geral com relação ao grupo caso e ao
grupo controle.
6. DISCUSSÃO
A fim de favorecer a construção dos conceitos envolvidos no tema em estudo,
este capítulo foi subdividido em tópicos, discorridos a seguir:
I - Caracterização da amostra com relação a sinais e sintomas:
Sinais e sintomas de DTM são bastante comuns na população. Pesquisas
epidemiológicas demonstraram que mais de 50% da população apresentam pelo
menos um ou mais sinais de DTM, porém esses números não se traduzem em
necessidade de tratamento; estima-se que somente 3.6% a 7% desses indivíduos
necessitem de algum tipo de intervenção (PAIVA, 1993; SILVEIRA et. al, 2007).
Motivo pelo qual se conduziu a presente pesquisa a restringir os pacientes do grupo
de casos apenas a DTM Severa, como sendo a população específica que necessita
de tratamento. Assim o objetivo de buscar fatores influentes nas DTMs seria mais
seguro.
Garcia et. al. (1997) realizaram pesquisa com 200 universitários de
odontologia utilizando o índice anamnésico de Fonseca, a análise mostrou que
83,6% dos pacientes apresentaram DTM leve, 13,9% DTM moderada e 2,5% DTM
severa. Silveira et. al, (2007) realizaram um estudo epidemiológico avaliando 221
pacientes do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital da Cidade de Passo Fundo-
RS, encontraram DTM ausente 37.56%; DTM leve 40.72%; DTM moderada 19%, e
DTM severa 2.72%, consideraram 48 pacientes (21.72%) considerados como
necessitando de tratamento para DTM (índice de DTM moderada e severa). Nomura
et al. (2007) obtiveram resultados semelhantes, a saber: 47,8% ausência de DTM,
35,7% DTM leve, 11,9% DTM moderada e 5,5% DTM severa. Todas essas
pesquisas demonstram poucos casos de DTM severa, o presente trabalho logrou de
muitos casos, comparado a outros trabalhos, devido à pesquisa ter sido realizada
em dois grandes centros de atendimento odontológico, sendo um deles
especializado para pacientes portadores de DTM. Durante a realização da pesquisa,
a obtenção da amostra foi dificultada apenas pela impossibilidade de que todos os
pacientes diagnosticados com DTM severa participarem, pois os que já tinham
iniciado tratamento foram descartados pela possibilidade de alteração do estado
psicológico provocada pela eventual melhora do quadro do paciente com terapia
instituída.
A procura por sinais e sintomas que auxiliem a formulação de um diagnóstico
diferencial para as desordens temporomandibulares (DTMs) tem sido muito
estudada (ANSELMO, 2003). Inúmeros pesquisadores têm desenvolvido bases de
dados estruturadas para tal fim, permitindo uma aplicação clínica segura e
viabilizando estudos epidemiológicos e clínicos. Neste contexto, o índice
anamnésico de Fonseca (DMF) para DTM, vem sendo utilizado com sucesso,
mostrando-se eficaz, simples e objetivo (FONSECA, 1992; SILVA, 2000).
Em relação a sinais e sintomas os resultados para o grupo com DTM Severa
demonstram que 78% dos pacientes se dizem pacientes tensos. Quanto aos
sintomas físicos a maior prevalência foi dor de cabeça com freqüência (77%),
cansaço durante a mastigação (73,5%) e dores na nuca e no pescoço (70%).
Resultados que concorrem com os de Montal & Guimarães (2001), que após avaliar
121 pacientes com DTM, obtiveram a cefaléia como queixa principal por 82,2% dos
participantes, seguida de dor na região mandibular (68,0%). Rocha et al. (2002),
realizaram um estudo com 1000 pacientes portadores de DTM, os resultados
demonstraram presença significativa de dores de cabeça em quase todos os grupos
etários, apresentando o mencionado sintoma em 70,1% dos pacientes, associado à
artralgias (75,7%), e mialgias (71,7%). Embora as expressões “dor de cabeça por
tensão” e “dor de cabeça por contração muscular”, muitas vezes sejam utilizadas
como sinônimo, o papel da atividade muscular na DTM tem sido questionado
(GOMES et al, 2006). Segundo Okeson (1998), existem controvérsias se a
contração muscular é o principal fator etiológico da cefaléia ou se é, meramente,
uma resposta a dor. Outros fatores parecem contribuir para a ocorrência dos
episódios de cefaléia, especialmente aqueles relacionados ao estresse emocional,
ansiedade e depressão.
No grupo controle a dor de cabeça com freqüência também foi o sintoma mais
prevalente (32%), seguido de problemas oclusais (25%) e de ruídos na ATM (20%),
que compilam com os resultados encontrados por Bonarjin (2005), cujo resultado
obteve ruídos articulares (26,72%) e dor de cabeça (21,65%) dentre os sintomas
mais relatados.
II - Distinção da amostra em relação aos grupos casos e controle:
Quanto à distribuição por sexo foi encontrado para o grupo com DTM Severa
96,5% de mulheres e 3,5% de homens, já para o grupo sem DTM essa proporção foi
de 37,5% de homens e 62,5% de mulheres. A proporção de 27:1 para a amostra
com DTM diverge com achados da literatura que apontam uma diferença de 3 a 9:1
(AGERBERG, 1990; CONTI, 1993; DWORKIN, 1990; MILAN, 1986; SOLBERG,
1989). Acredita-se que tal fenômeno ocorre pela amostra específica da pesquisa,
onde se supõe que quanto maior o grau de severidade da disfunção, maior a
prevalência de pacientes do sexo feminino.
Segundo Milan, 1986, estas diferenças podem ser explicadas pelo fato das
mulheres apresentarem receptores de estrógeno nas ATMs e também devido ao fato
de ocorrer alterações hormonais e psíquicas durante o ciclo menstrual, predispondo-
as mais aos eventos dolorosos. Este autor acreditava ainda, que as mulheres eram
mais cuidadosas com a saúde que os homens procurando mais por tratamento; o
que nesse trabalho foi refutado, que a procura por tratamento para o sexo
feminino com DTM, foi realmente bem maior pelas mulheres. As evidências
epidemiológicas em dor clínica sugerem uma predominância feminina na maioria
das condições de dor crônica, mais que o dobro das desordens que possuem
predileções masculinas (BERKLEY, 1997). Presumi-se, portanto, que as mulheres
possuem um aparato perceptivo mais sensível que os homens, o que pode ser
atribuído a causas hormonais, que continuam a serem investigadas.
Quanto à faixa etária, não houve diferença entre o número de pacientes sem
DTM. para o grupo com DTM Severa houve uma forte prevalência para a faixa
etária de 18-40 anos (68,5%). Muitos estudos epidemiológicos, normalmente
restringem a faixa etária num grupo menor, por considerar mais fácil de estudá-las,
entender sua etiologia e planejar formas de tratamento, como no estudo e
SOLBERG, 1979, que utilizou 739 estudantes na faixa de 10 a 25 anos, CONTI em
1993, que utilizou estudantes de 17 a 25 anos. Nesse estudo foram avaliados
pacientes de 18 a 70 anos, pela procura por este serviço incluir uma ampla faixa
etária. Gale (2000), utilizou pacientes com a faixa etária de 19 a 75 anos. Silva
(2000) utilizou a faixa etária de 17 a 65 anos e encontrou os maiores valores na faixa
etária de 17 a 30 e de 31-40 anos. Anselmo (2003) encontrou para o grupo sem
DTM prevalência de pacientes com faixa etária entre 50 a 65 anos (29%), para o
grupo com DTM de 31 a 40 anos, com 35% da distribuição dos pacientes
SHAFER et al. (1959) relata que a maior prevalência (80%) se dá entre
mulheres com menos de 40 anos de idade. Alegando que o quadro sempre está
acompanhado de um forte componente psicogenético com nítidas evidências de
estresse emocional. SHORE (1967) descreveu que a prevalência das disfunções
dolorosas da ATM é maior no sexo feminino, com 95% dos casos, e na faixa etária
de 35 a 45 anos. SOLBERG et al. (1989) descreveram que as disfunções dolorosas
da ATM são mais freqüentes em mulheres, com idade entre 20 e 40 anos. CORREIA
(1983) avaliou 303 pacientes com disfunção dolorosa da ATM e encontrou maior
prevalência no sexo feminino e na faixa etária de 20 a 30 anos de idade. GELB e
BERNSTEIN (1983) analisaram 200 pacientes com disfunção dolorosa da ATM e
encontraram uma predominância do sexo feminino e das faixas etárias de 21 a 30
anos e de 31 a 40 anos. KOIDIS (1993) relatou que a relação entre as mulheres e
homens com DTM é de 4:1, e que havia uma diferença na severidade de sintomas
relacionada ao sexo e a idade das mulheres (MONTEIRO & ROCHA, 2003). Várias
pesquisas indicam que a freqüência de DCM é significativamente maior em
mulheres de 20 a 40 anos de idade, numa relação de 4:1, em razão provavelmente,
do fator hormonal (BIANCHINI, 2000). Biasotto-Gonzalez (2005), expõe que a DTM
tem sua maior prevalência entre 20 e 45 anos, sendo que até os 40 anos, a principal
causa é de origem muscular, DTM miogênica, a partir dos 40 anos, o principal
fator etiológico é a degeneração articular, DTM artrogênica. Todos corroboram com
os resultados encontrados.
Ao acarear os fatores sexo e faixa etária, na maioria das pesquisas
mencionadas tem-se uma forte prevalência em pacientes do sexo feminino e com
idade entre 20 e 40 anos. Tais dados levam a acreditar que esse grupo, doravante
considerado de risco, se trata do período fértil da vida da mulher. Tenta-se explicar
esta alta incidência, devido ao fato da mulher estar exposta ao estresse emocional,
às mudanças hormonais durante o ciclo menstrual e também pelo fato de
procurarem com maior freqüência ajuda médica comparada aos homens. A
presença de hormônios sexuais nos tecidos que formam a articulação
temporomandibular é bem demonstrada, assim como que no desenvolvimento de
patologias articulares. Outro fator relevante é a influência do potencial hormonal no
nível de dor miofacial entre os contraceptivos orais usados podendo representar um
dos vários efeitos adversos induzidos por eles na área trigeminal em sensações
subjetivas (MONTEIRO & ROCHA, 2003). LeResche et al (2003), encontraram
variações clínicas na intensidade da dor em mulheres com DTM durante o ciclo
menstrual. Os autores citam que os maiores valores de dor coincidiram com o
período de maiores concentrações de estrogênio.
6.3 – Fatores Psicológicos e DTM
Os resultados analisados na presente pesquisa alertam para a ocorrência de
importantes alterações no estado de saúde mental da amostra estudada. Verificou-
se que, entre os indivíduos pesquisados do grupo de casos, uma porcentagem
elevada de pessoas que apresentam indicadores de sintomas de transtornos
mentais não-psicóticos, nas cinco dimensões avaliadas pela escala QSG e no
escore global. Foi constatada maior porcentagem de pessoas com estresse psíquico
e com desconfiança do próprio desempenho e menor ocorrência de outros tipos de
transtornos (distúrbios psicossomáticos, transtornos do sono e desejo de morte).
Esses dados apontam para problemáticas distintas que requerem atendimentos e
encaminhamentos diferenciados, assim como a necessidade de aprofundar o
conhecimento sobre diferenças entre grupos da população-alvo.
Os dados do presente estudo concorrem com resultados de outras pesquisas,
descrevendo os tipos de transtornos mentais ocorridos. Entretanto, uma comparação
desses resultados com os outros estudos não seria possível, uma vez que esse tipo
de descrição utilizando o QSG numa população específica de DTM (tipo severa) não
foi encontrado nas demais pesquisas.
Quanto à significância de casos observados, no estudo de Anselmo (2003)
identificou-se uma ocorrência estatisticamente significante de transtornos mentais
comuns na população estudada (pacientes com DTM) e essa ocorrência foi maior
para as mulheres em todos os itens do questionário (estresse psíquico, desejo de
morte, desconfiança no próprio desempenho, distúrbios do sono, distúrbios
psicossomáticos e saúde geral), entretanto, sem diferenças estatisticamente
significantes quando comparadas aos homens. Essa taxa global mais baixa do que a
obtida no presente trabalho explica-se pela amostragem aleatória do estudo de
Anselmo (2003), contrariamente à da presente pesquisa. Quanto à diferenciação por
sexo, esses dados estão em acordo com o presente estudo apenas no que se refere
a uma das sub escalas do QSG, que é a de Desejo de Morte. Entretanto, a diferença
entre as amostragens dos dois estudos possa explicar essa diferença de resultados.
Embora muitas pesquisas relatem que fatores psicológicos mostram um
significante valor na etiologia e manutenção das DTMs, seu impacto individual é
difícil de determinar (GALE, 1989). Ainda não sustentação científica, que
comprove se os fatores emocionais atuam como etiológicos ou se são resultantes de
experiências dolorosas crônicas (GAMSA, 1990). Verifica-se, atualmente, uma
grande preocupação no desenvolvimento de instrumentos capazes de mensurar os
aspectos físicos e psicológicos das DTMs; porém, vários estudos sobre aspectos
psicológicos das DTMs apresentam resultados divergentes, o que poderia ser
explicado, em parte, pela diferença na seleção das amostras, na metodologia e na
análise dos dados e; em parte às diferenças relacionadas às dimensões sensoriais
(limiar de tolerância), como também às diferenças cognitivas, emocionais,
comportamentais e ambientais (SUVINEN, 1997). Também não existem meios, na
literatura atual de identificar um tipo ou subtipo de personalidade que possa estar
envolvida ou mais predisposta a desenvolver DTMs. Porém, pesquisas têm
demonstrado níveis aumentados de ansiedade e depressão nesses pacientes.
Entretanto, existem pesquisas no sentido de distribuir esses pacientes em
subgrupos que possam ser divididos de acordo com fatores comportamentais
(SUVINEN, 1997).
Em nosso trabalho foi utilizado o Questionário de Saúde Geral (QSG)
(GOLDBERG, 1996), cuja indicação é auxiliar a detecção dos chamados distúrbios
psiquiátricos menores, sendo utilizado em vários países para vários tipos de
enfermidades. Optamos por ele por ter a capacidade de avaliar cinco variáveis em
apenas um único questionário, dando-nos uma maior riqueza de informações, como
também por ser de simples aplicação (TARNOPOLSKY, 1979). No Brasil, tem sido
utilizado desde 1997, após sua tradução para o português e validação para a
população brasileira por PASQUALI (1996).
Embora existam evidências para acreditar que as DTMs causem um impacto
na qualidade de vida dos pacientes, um pequeno número de trabalhos documenta o
uso de ferramentas específicas com esse intuito (OLIVEIRA, 2003). Estes mesmos
autores verificaram em seus trabalhos o impacto negativo provocado pela dor em
pacientes com DTM, embora não tenham feito o uso de questionários específicos
para esta avaliação. O questionário utilizado no presente trabalho também não é
específico para qualidade de vida em pacientes portadores de DTM, entretanto
apresenta como vantagens ser de fácil administração, compreensão e completo,
capaz de avaliar a qualidade de vida em aspectos físicos, emocionais e funcionais
de modo geral. O que nos permite, a partir de então, fazer uma análise dos aspectos
mais afetados nos pacientes com DTM, possibilitando assim a criação de um
questionário resumido e mais específico para avaliação desses pacientes.
Fornecendo, assim, ao cirurgião-dentista um parâmetro para indicar de forma
direcionada o paciente para uma terapia multidisciplinar com um psicólogo
especialista.
Cabe ao Cirurgião Dentista especializado a grande responsabilidade para o
correto controle das dores orofaciais. A experiência e a busca constante de
melhorias nos serviços técnicos prestados, orientados pela ética e responsabilidade
profissional, é que irão identificar a verdadeira etiologia para um tratamento eficaz e
seguro.
7. CONCLUSÃO
1- A relação entre DTM Severa e as variáveis psicológicas (estresse psíquico,
desejo de morte, distúrbios do sono, distúrbios psicossomáticos, saúde geral)
é de fato estreita e significativa na presente pesquisa. Devendo o cirurgião-
dentista fazer uma análise específica e individualizada em cada caso;
2- Um diagnóstico fidedigno será imprescindível para uma eficaz terapêutica
multidisciplinar nos casos de DTMs.
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desordens temporomandibulares: estudo da prevalência da sintomatologia e sua
interrelação com a idade e o sexo dos pacientes. Rev Serviço ATM. 2002
jan./jun.;2(1): 5-10.
63. RUGH, J; BARGH, N; DRAGO, C. Experimental oclusal discrepancies and
nocturnal bruxism. J Prosthet Dent, v. 51, p. 548-53, 1984.
64. RUGH, JD; SOLBERG, WK. Psychological implications in temporomandibular
pain and dysfunction. In: RUGH, J.D.; ZARB, G.A.; CARLSSON, G.E.
Temporomandibular joint, function and dysfunction. Saint Louis: Mosby,
Cap.9, p.239-268, 1979
65. RUGH, JD; WOODS, BJ; DAHLSTROM, L. Temporomandibular disorders:
assessment of psychological factors. Adv Dent Res, Washington, v.7, n.2 p.127-
136, Aug, 1993.
66. SAUERESSIG, NS; KAYSER, FG; OLIVEIRA, FL. Disfunções
temporomandibulares e sua relação com o zumbido auditivo e dorsalgia: relato de
caso clínico. J. Bras. Oclusão ATM Dor Orofac; 3(9): 21-5, jan-mar, 2003.
67. SCHWARTZ, LL. Disorders of the temporomandibular join. Philadelphia:
Saunders,1959
68. SCHWARTZ, LL; CHAYES, CM. Pain associated with the temporomandibular
join. J. Am. Dent. Assoc., 51(4): 394-97, out, 1955.
69. SEGER, L. et al. Psicologia e Odontologia Uma abordagem
integradora
. 3a ed.,Cap. 09, 1998.
70. SEILAMEN, C. et al. Avaliação da depressão e de testes neuropsicológicos
em pacientes com desordens temporomandibulares.
Ciência & Saúde Coletiva,
12(6): 1629-1639, 2007.
71. SHAFER, W; HINE, N & LEVY, B. Tratado de patologia bucal. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara/Koogan, 1987.
72. SILVA, WAB. Etiologia e prevalência dos sinais e sintomas associados
às alterações funcionais do sistema estomatognático. Piracicaba, 2000. 192p.
Tese (Livre Docência em Prótese Fixa) Faculdade de Odontologia de
Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas.
73. SILVEIRA, AM; FELTRIN, PP; ZANETTI, RV; MAUTONI, MC. Prevalência de
portadores de DTM em pacientes avaliados no setor de otorrinolaringologia. Rev.
Bras. Otorrinolaringol., v.73, n.4, São Paulo jul./ago, 2007.
74. SHORE, NA. The interpretation of temporomandibular joint roentgenograms.
Oral Surg Oral Med Oral Pathol, v.13, n.3, p.341-350, Mar, 1960.
75. SOLBERG, WK. Background e problemas clínicos. Disfunções e desordens
temporomandibulares. São Paulo: Santos, 1989.
76. SUVINEN, TI. et al. Temporomandibular disorders part II. A comparison of
psychologic profiles in Australian and finnish patients. J. Orofac. Pain, v. 11, n.2,
p.147-57, 1997.
77. TARNOPOLSKY, A. et al. Validity and uses of a Screening Questionnaire
(GHQ) in the community. Br J Psychiat, London, v. 134, p.508-515, 1979.
78. WEINBERG LA. Temporomandibular joint function and its effect on centric
relation. J Prosth Dent; 30(2): 176-95. Aug, 1973.
ANEXO I:
ANEXO II
UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
CURSO DE ODONTOLOGIA
GRUPO DE PESQUISA: Arte e Ciência em Odontologia
PROJETO DE PESQUISA: Análise da influência de distúrbios psiquiátricos menores
em pacientes portadores de disfunção temporomandibular severa.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por meio deste documento, o (a) convido (a) a colaborar para nossa pesquisa.
As desordens temporomandibulares (DTM) são responsáveis pela maioria das dores
crônicas orofaciais e afetam com mais freqüência músculos, terminações nervosas e
ligamentos da região de cabeça, pescoço e face, e, ainda, a articulação temporomandibular.
São freqüentemente diagnosticadas por seus característicos sinais e sintomas, como ruídos
articulares, dor a palpação nos músculos da mastigação e cervicais, dores faciais, dor na
ATM, cansaço muscular após refeições ou ao acordar, ruídos articulares, sensibilidade nos
dentes e dores de cabeça. É por esse motivo, que toda vez que nós, cirurgiões dentistas nos
confrontamos com um paciente que apresenta sinais e sintomas de desordem
temporomandibular, procuramos elaborar um plano de tratamento que proporcione o
equilíbrio entre a função muscular, articular e oclusal, restabelecendo-se, com isso, a
normalidade do sistema mastigatório. Vários são os fatores que podem desencadear esta
desordem, no entanto, várias pesquisas têm mostrado a participação de fatores psicológicos,
como ansiedade e estresse. É por esse motivo, que nosso trabalho tem como finalidade avaliar
a prevalência dos fatores psicológicos em pacientes com DTM, comparando com grupo
controle saudável.
Não existem possíveis riscos aos participantes, por tratar-se de exame clínico e físico e
aplicação de um questionário. O que se espera é que o estudo forneça dados que esclareçam
qual a prevalência dos principais fatores psicológicos que acometem a população com esta
desordem e se há alguma diferença com relação à população sem este problema.
Por não haver nenhum custo para o participante, o mesmo não será ressarcido por sua
contribuição na pesquisa.
Você poderá desistir da pesquisa em qualquer momento, mesmo que tenha assinado esse
termo de consentimento. As informações obtidas de cada participante são confidenciais e
somente serão usadas com o propósito científico, sem a divulgação do nome do participante.
A pesquisadora responsável, os demais profissionais envolvidos nessa pesquisa e o Comitê de
Ética e Atividades reguladoras terão acesso aos arquivos dos participantes, para verificação de
dados, sem, contudo violar a confidencialidade necessária.
Você receberá uma cópia deste documento e vale transporte, caso solicite.
Somente com a assinatura desse documento é que podemos realizar o que lhe
explicamos anteriormente, que é a pesquisa em si.
Declaro que, após ter lido e compreendido as informações contidas neste documento,
concordo em participar desse estudo.
E através deste instrumento e da melhor forma de direito, autorizo a Carina Castro
Toscano de Carvalho, Cirurgiã-Dentista, CRO/PE 8047, portadora da cédula de identidade
6.428.828 SSP-PE, a utilizar as informações sobre minha pessoa, através do que for falado,
escrito e observado, com a finalidade de desenvolver trabalho de cunho científico na área de
Odontologia.
Autorizo, também, a publicação do referido trabalho, de forma escrita e resultados dos
formulários. Concedo também, o direito de retenção e uso dos resultados para quaisquer fins
de ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que
mantido o sigilo sobre minha identidade. Estou ciente que nada tenho a exigir a título de
indenização pela minha participação na pesquisa que deverá ser livre e espontânea.
Qualquer dúvida ou esclarecimento o (a) Sr (a) poderá contatar a Dra Carina Castro
Toscano de Carvalho pelos telefones: (81) 9193-6360 – (81) 9957-3932.
Natal, ____/______/______
De acordo,
Assinatura: ____________________________________________________________
Endereço:___________________________________________________________________
_________________________________________________________________
RG: ________________________________CPF: _____________________
Pesquisadora: __________________________________________________
Carina Castro Toscano de Carvalho
ANEXO III
CARTA DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
Ilma. Sr.
Profª. Tarso Gadelha Fernandes
Diretor do curso de Odontologia da Universidade Potiguar - UNP
Vimos por meio desta, apresentar para apreciação, o Projeto de Pesquisa
:
Análise da influência de distúrbios psiquiátricos menores em pacientes
portadores de disfunção temporomandibular severa, a ser realizado na forma de
Projeto de dissertação de mestrado. Igualmente, confirmamos que todos os
pesquisadores envolvidos nesta pesquisa realizaram a leitura e estão cientes do
conteúdo da resolução 196/96 e das resoluções complementares à mesma (240/97;
252/97; 292/99; 303/2000 e 304/2000).
Atenciosamente, subscrevemo-nos,
Samira Albuquerque de Sousa
Orientadora do Projeto
Carina Castro Toscano de Carvalho
Aluna do Mestrado
ANEXO IV
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Natal, 14 de Maio de 2008.
Prezado Prof. Dr. Antônio Ricardo Calazans Duarte
Chefe de Departamento do Curso de Odontologia da UFRN
Eu, Carina Castro Toscano de Carvalho, estou realizando a pesquisa
intitulada Análise da influência de distúrbios psiquiátricos menores em
pacientes portadores de disfunção temporomandibular severa, cujo projeto
encontra-se anexo. Venho através desta, solicitar sua autorização para a coleta de
dados em pacientes da Clínica Odontológica da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte UFRN através do Programa de atendimento à pacientes com
Disfunção do Aparelho Estomatognático - PROADE. Informo que não haverá custos
para a instituição e, na medida do possível, não irei interferir na operacionalização
e/ou nas atividades cotidianas da mesma.
Esclareço que tal autorização é uma pré-condição bioética para execução de
qualquer estudo envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou dimensão, em
consonância com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Agradeço antecipadamente seu apoio e compreensão, certa de sua colaboração para
o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região.
Atenciosamente:
Carina Castro Toscano de Carvalho
Aluna de Mestrado
Profa. Dra. Samira Albuquerque de Sousa
Orientadora
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Natal, 14 de Maio de 2008.
Prezado Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa
Coordenador do Programa de atendimento à pacientes com Disfunção do Aparelho Estomatognático - PROADE
Eu, Carina Castro Toscano de Carvalho, estou realizando a pesquisa
intitulada Análise da influência de distúrbios psiquiátricos menores em
pacientes portadores de disfunção temporomandibular severa
, cujo projeto
encontra-se anexo. Venho através desta, solicitar sua autorização para a coleta de
dados em pacientes da Clínica Odontológica da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte UFRN através do Programa de atendimento à pacientes com
Disfunção do Aparelho Estomatognático - PROADE. Informo que não haverá custos
para a instituição e, na medida do possível, não irei interferir na operacionalização
e/ou nas atividades cotidianas da mesma.
Esclareço que tal autorização é uma pré-condição bioética para execução de
qualquer estudo envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou dimensão, em
consonância com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Agradeço antecipadamente seu apoio e compreensão, certa de sua colaboração para
o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região.
Atenciosamente:
Carina Castro Toscano de Carvalho
Aluna de Mestrado
Profa. Dra. Samira Albuquerque de Sousa
Orientadora
FICHA CLÍNICA DE DORES OROFACIAIS
Protocolo nº _______
Data: ____/____/____
01. DADOS PESSOAIS:
Nome: ________________________________________________________________
Data de nascimento: ____/____/ 19___. Estado civil: __________________________
Endereço: ___________________________________________________ Nº ________
Bairro: ______________________. Complemento:___________ CEP: _____________
Telefone: ( ) ___________________ . Celular: ( ) __________________.
02. QUESTIONÁRIO DMF PARA DTM
0 – 15 = Não DTM; 20 – 40 = DTM Leve; 45 – 65 = DTM Moderada; 70 – 100 = DTM Severa.
03. Abertura bucal máxima - Distância intersticial + transpasse vertical: ______ mm
04. Auscultação - ( ) Estalido ( ) Salto ( ) Crepitação Lado: ( ) D ( ) E
05. Músculos Sensíveis – ( ) Masseter ( ) PT. Lateral ( ) Temporal Lado: ( ) D ( ) E
06. Hábitos – ( ) Apertamento ( ) Bruxismo ( ) Lateralidade ( )Protrusão
Mandibular ( ) Onicofagia ( ) Outros: _________________________
07. Lado predominante da mastigação ( ) Não há ( ) D ( ) E
08. Postura do sono: ___________________________________________________
Paciente ou Responsável Examinador
DATASSINAIS E SINTOMAS
NÃO SIM AV TOTAL
1. Sente dificuldade para abrir a boca?
2. Tem dificuldades para realizar outros movimentos
com a mandíbula?
3. Sente cansaço ou desconforto quando mastiga?
4. Tem dor de cabeça com freqüência?
5. Sente dor de ouvido ou próximo dele?
6. Tem dor na nuca ou no pescoço?
7. Percebe algum ruído nas ATMs quando movimenta a
mandíbula?
8. Tem o habito de ranger ou apertar os dentes?
9. Ao fechar a boca sente que seus dentes não se
articulam bem?
10. Você se considera uma pessoa tensa?
TOTAL DIAGNÓSTICO
ANEXO
V
ANEXO VI
QUESTIONÁRIO DE SAÚDE GERAL DE GOLDBERG
(QSG – ADAPTAÇÃO BRASILEIRA)
Você ultimamente:
1)Tem se sentido perfeitamente bem e com boa saúde?
1) melhor que de costume
2) como de costume
3) pior do que de costume
4) muito pior do que de costume
2) Tem sentido necessidade de tomar fortificantes?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
3)Tem se sentido cansado (fatigado) e irritadiço?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
4)Tem se sentido mal de saúde?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
5)Tem sentido dores de cabeça?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
6)Tem sentido dores na cabeça?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4)muito mais do que de costume
7)Tem sido capaz de se concentrar no que faz?
1) melhor do que de costume
2) como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
8) Tem sentido medo de que você vá desmaiar num lugar público?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
9) Tem sentido sensações (ondas) de calor ou de frio pelo corpo?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
10) Tem suado (transpirado) muito?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
11) Tem acordado cedo (antes da hora) e não tem conseguido dormir de novo?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
12) Tem levantado sentindo que o sono não foi suficiente para lhe renovar as
energias?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
13) Tem se sentido muito cansado e exausto , até mesmo para se alimentar?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
14) Tem perdido muito sono por causa de preocupações?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
15) Tem se sentido lúcido e com plena disposição mental?
1) melhor que de costume
2) como de costume
3) menos lúcido do que de costume
4) muito menos do que de costume
Você ultimamente:
16) Tem se sentido cheio de energia (com muita disposição)?
1) melhor que de costume
2) como de costume
3) com menos energia do que de costume
4) com muito menos do que de costume
17)Tem sentido dificuldade em conciliar o sono? (pegar no sono)
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
18) Tem tido dificuldade em permanecer dormindo após ter conciliado o sono (após
ter pego no sono )?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
19) Tem tido sonhos desagradáveis ou aterrorizantes?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
20) Tem tido noite agitadas e mal dormidas?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
21) Tem conseguido manter-se em atividade e ocupado?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) um pouco menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
22) Tem gasto mais tempo para executar seus afazeres?
1) mais rápido do que de costume
1) como de costume
3) mais tempo do que de costume
4) muito mais tempo do que de costume
23) Tem sentido que perde o interesse nas suas atividades normais diárias?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
Você ultimamente:
24) Tem sentido que está perdendo o interesse na sua aparência pessoal?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
25) Tem tido menos cuidado com as suas roupas?
1) mais cuidado do que de costume
2)como de costume
3) menos cuidado do que de costume
4)muito menos cuidado do que de costume
26) Tem saído de casa com a mesma freqüência que de costume?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
27) Tem se saído tão bem quanto acha que a maioria das pessoas se sairia se
estivesse em seu lugar?
1) melhor que de costume
2) mais ou menos igual
3) um pouco pior
4) muito pior
28) Tem achado que de um modo geral tem dado boa conta de seus afazeres?
1) melhor que de costume
2) como de costume
3) pior do que de costume
4) muito pior do que de costume
29) Tem se atrasado para chegar ao trabalho ou para começar seu trabalho em
casa?
1) não, absolutamente
2) não mais atrasado do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais atrasado do que de costume
30) Tem se sentido satisfeito pela forma qual você tem realizado suas atividades
(tarefa ou trabalho)?
1) mais satisfeito do que de costume
2)como de costume
3) menos satisfeito do que de costume
4) muito menos do que de costume
Você ultimamente:
31)Tem se sentido capaz de sentir afeição por aqueles que o cercam?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
32) Tem achado fácil conviver com outras pessoas?
1) mais fácil do que de costume
2) tão fácil como de costume
3) mais difícil do que de costume
4) muito mais difícil do que de costume
33) Tem gasto muito tempo batendo papo?
1) mais tempo do que de costume
2) tanto quanto de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
34)Tem tido medo de dizer alguma coisa às pessoas e passar por tolo (parecer
ridículo) ?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
35) Tem sentido que está desempenhando uma função útil na vida?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) menos útil do que de costume
4) muito menos do que de costume
36) Tem se sentido capaz de tomar decisões sobre suas coisas?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
37) Tem sentido que você não consegue continuar as coisas que começa?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
38) Tem se sentido com medo de tudo que tem de fazer?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
Você ultimamente:
39) Tem se sentido constantemente sob tensão?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
40) Tem se sentido incapaz de superar suas dificuldades?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
41) Tem achado a vida uma luta constante?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
42) Tem conseguido sentir prazer nas suas atividades diárias?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) um pouco menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
43) Tem tido pouca paciência com as coisas?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) menos paciência do que de costume
4) muito menos do que de costume
44) Tem se sentido irritado e mal humorado?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
45) Tem ficado apavorado ou em pânico sem razões justificadas para isso?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
46) Tem se sentido capaz de enfrentar seus problemas?
1) mais capaz do que de costume
2) como de costume
3) menos capaz do que de costume
4) muito menos capaz do que de costume
Você ultimamente:
47) Tem sentido que suas atividades têm sido excessivas para você?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
48) Tem tido a sensação de que as pessoas olham para você?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
49) Tem se sentido infeliz e deprimido?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
50) Tem perdido a confiança em você mesmo?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
51) Tem se considerado como uma pessoa inútil (sem valor)?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
52) Tem sentido que a vida é completamente sem esperança?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
53) Tem se sentido esperançoso quanto ao seu futuro?
1) mais do que de costume
2) como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
54) Considerando-se todas as coisas, tem se sentido razoavelmente feliz?
1) mais do que de costume
2) assim como de costume
3) menos do que de costume
4) muito menos do que de costume
Você ultimamente:
55) Tem se sentido nervoso e sempre tenso?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
56) Tem sentido que a vida não vale a pena?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
57) Tem pensado na possibilidade em dar um fim em você mesmo?
1) definitivamente, não
2) acho que não
3) passou-me pela cabeça
4) definitivamente, sim
58) Tem achado algumas vezes que não pode fazer nada porque está muito mal dos
nervos?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
59) Já se descobriu desejando estar morto e longe (livre) de tudo?
1) não, absolutamente
2) não mais do que de costume
3) um pouco mais do que de costume
4) muito mais do que de costume
60) Tem achado que a idéia de acabar com a própria vida tem se mantido em sua
mente?
1) definitivamente, não
2) acho que não
3) passou-me pela cabeça
4) definitivamente, sim
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