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Os AP são tóxicos e muitos vegetais que contém altas
concentrações de tais compostos são conhecidos como responsáveis
pela morte lenta de animais, equinos e bovinos, principalmente, pelos
danos severos que provocam no fígado (Pozetti, 1991).
Os AP formam um grupo diverso com cerca de 360
estruturas, com ocorrência restrita a certas plantas superiores. São
sintetizados nas raízes, folhas e caules, dependendo da família da planta.
Mais de 350 tipos de AP tem sido identificados em mais de 6000
diferentes plantas das famílias das Boraginaceae, Compositae e de
determinadas leguminosas entre outras (Silva, 2000).
São representados por um anel pirrolizidínico. (Figueiredo;
Kaplan, 1997; Silva 2000). Os APs são compostos de uma base necina e
um ácido nécico, que podem formar monoésteres, diésteres ou triésteres
de cadeias abertas e diésteres macrocíclicos, sendo que a base necina
pode apresentar ou não insaturação na posição 1,2 (Figura 1). Estes AP
ocorrem preferencialmente na forma N-óxido em plantas e insetos. Na
espécie de Senecio os AP são sintetizados exclusivamente como N-
óxidos, que são a forma molecular específica para translocação a longa
distância, e armazenamento dentro do vacúolo (Silva, 2000).
O risco de saúde para humanos e animais domésticos é
devido ao fato dos vertebrados terem a capacidade metabólica de
converter muitos AP em pirróis tóxicos, que são hepatotóxicos,
mutagênicos e carcinogênicos (Figueiredo; Kaplan, 1997).
Os alcalóides pirrolizidínicos encontrados nas espécies
Heliotropium, Senecio, Symphytum
e
Crotalaria
são particularmente
hepatotóxicos (Stickel, 2005).
Em relação ao confrei, o conteúdo de alcalóides pode ser
variável de acordo com a época do ano e a idade da planta. Também há
diferença, entre o conteúdo de alcalóides na raiz e nas partes aéreas da
planta, com maior conteúdo nas raízes (Stickel, 2000). O confrei contém
pelo menos 7 tipos de alcalóides: intermedina, licopsamina, acetil