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As pesquisas com métodos alternativos eficientes, que ofereçam menos riscos que os
fungicidas químicos convencionais, determinam o uso de produtos naturais, obtidos de
diversas partes da planta, e constituem-se numa perspectiva bastante promissora ao manejo
integrado de doenças e pragas (PENTEADO, 1999; INNECCO, 2004).
O alho (Allium sativum L.) é utilizado na forma de tinturas, extratos e misturados com
outros materiais no controle de doenças bacterianas, míldio, brusone, podridão do colmo, da
espiga e raiz em milho e sorgo, manchas foliares (Alternaria spp., Helminthosporium spp),
podridões e ferrugem (ABREU JÚNIOR, 1998; PENTEADO, 2001; SOUZA, 2007).
Apresenta como principais constituintes químicos alicina, inulina, nicotinamida, galantamina,
ajoeno, ácidos fosfórico e sulfúrico, vitaminas A, B e C, proteínas e sais minerais, óleos
essenciais, glicosídios, glicinas, resinas, enzimas e sulfuretos (VIEIRA, 1992; LORENZI &
MATOS, 2002; MARTINS et al., 2003).
Muitos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o alho na forma de óleo e de extratos
aquosos ou hidrólicos no controle de diferentes doenças de plantas. Resultados promissores
foram observados por Ribeiro & Bedendo (1999), Nery (2006) e Nascimento et al., (2008)
com extrato de alho no controle da antracnose em mamoeiro, cauada pelo fungo C.
gloeosporioides. Viegas et al., (2005) observaram a eficiência in vitro do óleo essencial de
alho no controle de fungos do grupo Aspergillus flavus isolados de amendoim. Souza et al.,
(2007) observaram a influência do extrato de alho sobre o desenvolvimento do Fusarium
proliferatum (Matsush) Nirenberg ex Gerlach & Nirenberg em milho.
Outra espécie promissora é a citronela (Cymbopogon nardus (D.C.) Stapt), uma planta
muito utilizada na fabricação de perfumes e cosméticos, sendo também útil como repelente de
insetos e, atualmente, utilizada no controle de fitopatógenos (MARTINS et al., 2003;
BALDO, 2005; FRANZENER et al., 2007). O óleo retirado das folhas tem mais de 80
componentes, entre eles: citronelal, geraniol, limonemo. Os teores de óleo essencial na
matéria seca e na matéria fresca são de 1,4% e 0,84% respectivamente (KETOH et al., 2002).
Franzener et al., (2007) observaram efeito significativo de hidrolato de citronela no
controle bacteriano de Xanthomonas campestris pv. campestris a medida que se aumentava a
concentração do produto. Resultados semelhantes foram obsrvados por Baldo (2005) no efeito
in vitro de Cladosporium fulvum na cultura do tomateiro e por Candido et al., (2007) usando
extrato aquoso de resíduos orgânicos de citronela no controle de F. oxysporum f. sp.
vasinfectum em quiabeiro. Medice et al., (2007) verificaram efeito significativo do óleo