série de fatores pós natais como: hiperdistensão vesical secundária a poliúria ,
que ocorre devido a nefropatia ,diminuição da sensibilidade da bexiga e grande
resíduo pós miccional , que assim impedem a restauração da função vesical,
eles propuseram que, após realização de diário miccional que comprove esta
poliúria , deve se realizar sondagem vesical noturna em uma dupla fralda ,para
assim evitar esta hiperdistensão vesical e a manutenção do quadro. Nos
casos que precisam de transplante renal e apresentem diminuição da CCM,
deve ser realizado primeiro a ampliação vesical. Glassberg
(34)
avaliou 32
unidades renais, em 20 pacientes que apresentavam dilatação pós ablação da
válvula eles foram acompanhadas por uma média de 31 meses, todos em
uso de anticolinérgicos, 4 associaram cateterismo limpo, e um foi submetido a
ampliação vesical , ele observou diminuição da hidronefrose em 20 unidades
renais. Não se deve esperar melhora imediata da hidronefrose que pode
demorar até anos para sua normalização.
(42)
Os que apenas apresentarem
hiperatividade detrusora com complacência normal devem ser tratados com
uso de anticolinérgicos. pacientes com dificuldade de esvaziamento da bexiga
podem se beneficiar com uso de alfa-bloqueadores(tansulosina),
(35)
que são
drogas utilizadas com o objetivo de diminuir o tônus do colo vesical e assim
facilitar a micção. Nos com falência detrusora, deve ser realizado o estudo
urodinâmico junto com a USG para evitar hiperdiagnóstico. Deve se iniciar
cateterismo intermitente limpo e acompanhamento da função renal , o próprio
cateterismo pode como já foi dito vir a gerar uma melhora da função vesical.
(41)
Em alguns casos ,em crianças maiores deve ser realizado um desvio urinário
continente e definitivo, podendo assim evitar os inconvenientes sociais de uma
incontinência urinária, utilizamos de rotina a técnica proposta por Macedo ou
Mitrofanoff.
(43,44)
Todos devem ser acompanhados no ambulatório de nefrologia
e urologia pediátrica, realizando monitoramento da função renal com dosagens
sanguíneas e exames de imagem rotineiros. Estes pacientes devem realizar
uma urodinâmica anual, pois como já foi dito, muitos apresentarão alteração
da evolução do quadro vesical com o passar dos anos. Como já foi visto
anteriormente, a urodinâmica gera uma série de informações , que associada
a exames de imagem criam um arsenal importante para tentarmos melhorar o
prognóstico destes pacientes.
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