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Geralmente, “os indivíduos criativos e produtivos”
(Renzulli, 2004, p.96), são pessoas apontadas dentro de um grupo, como detentores de
características que marcam um “trabalho... original, impregnado pelo novo e
configurado pelo inédito” (Fazenda, 1995, p. 11), qu e se destacam, em diferentes “áreas
do saber e do fazer social” (Mettrau, 2000, p. 4).
Entende-se o termo social, segundo a “psicologia
social não marxista, de modo grosseiramente empírico, necessariamente como
multidão, coletivo, relação com outros indivíduos” (Vygotsky, 1999, p. 13). Essas
pessoas, reconhecidas com características de altas habilidades, apresentam um
“modus operandi” (Renzulli, 2004, p. 96), extremamente diferenciado, com um
alto nível de capacidades e habil idades, configuradas no senso comum, como
inteligência. Eles têm recebido diferentes denominações, como, talentosos, criativos,
inteligentes, dentre outros. A literatura específica chamou -os, inicialmente, superdotados
(SD) e, mais recentemente, adotou o t ermo altas habilidades (AH), (Diretrizes nº. 9 e
nº. 10, MEC, 1995), para identificá -los enquanto um grupo especial. Nesse trabalho,
utilizar-se-á, o termo, altas habilidades.
Minha curiosidade sobre o tema começou no campo
profissional, desde o início d a docência, a partir da lida e observação do desempenho
dos alunos, nas diferentes atividades do cotidiano escolar. Eram alunos oriundos de
classes populares, matriculados na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, onde
atuei por mais de vinte anos. Du rante esse período, pude perceber peculiaridades que
diferenciavam alguns alunos, com relação à excelência de suas idéias, produções,
respostas e perguntas, que destoavam da turma.