“se esta necessidade for prioritária em relação a ser considerado portador de altas
habilidades. Aqui o campo emocional; afetivo se sobrepõe ao cognitivo”. Tal afirmativa
nos remete ao diagrama (figura 2) proposto por Mettrau (2004). Já um terceiro professor
descreve “evidente, ser portador de altas habilidades não o faz especial”.
Observa-se que um professor julga como sendo esta situação “uma causa
social quando o grupo que o mesmo freqüenta não tem conhecimento sobre tal. E aí
ocorre o preconceito”. Outro professor descreve que “é uma escolha do aluno
influenciada pelo sistema social”, provavelmente se referindo aos aspectos
socioculturais.
Verifica-se duas respostas relacionadas as reações e emoções da pessoa
superdotada: “a falta de i nformação é que leva ao preconceito e deixa o superdotado
melindrado” e “não, certamente este sujeito será infeliz”. Mettrau (2000) propõe, como
uma das justificativas para o atendimento, a importância deste aluno se sentir feliz.
Percebe-se, no grupo 2 da pesquisa, que o professor não se colocou no
lugar do outro para fazer o julgamento sobre esta pergunta através das seguintes
expressões: “o bom censo é dele. O que não deve ocorrer é frustração”; “depende da
pessoa”; “sim”; “não”; “depende. O que lhe trá s maior satisfação: ser o inteligente ou
ser o popular?”; “correto não é, mas o que leva um aluno agir desse jeito?”; “se ele acha
que dessa forma vai ser aceito pelo grupo?”; “somente o sujeito envolvido sofrerá
conseqüência de ser diferente, portanto é e le quem deve decidir sobre suas ações”.
Algumas respostas neste grupo de professores também evidenciam a
necessidade de orientação e atendimento detectada nas seguintes justificativas: “não, ele
deve ser orientado, pois chegou a esse tipo de comportamento por se considerar fora de
um grupo”; “não, esse tipo de problema deveria ter sido trabalhado com Maria”; “não,
se ele tiver oportunidade de freqüentar espaços apropriados isso não ocorrerá”.
A necessidade de ser aceito também aparece no grupo 2 da seguint e
forma: “não, mas existe a questão de ser aceito pelo grupo”; “correto não acho, mas
conheço outra criança que tem esse posicionamento para se manter integrada no grupo”;
“é compreensível, às vezes o meio social não perdoa, mas não é justo”; “acredito ser
uma defesa para se sentir aceito. Não trata de ser certo ou errado”;
Um dos professores justifica sua resposta através da necessidade de
aceitação e atendimento: “ Conforme as etapas do desenvolvimento humano, é normal
que, por exemplo, no caso de Maria, u ma jovem, querendo ser aceita no grupo submeta -