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cérebro e dos órgãos sensitivos, os nomes densos e as formas aparecem, quando ela fica no
coração, os nomes e formas desaparecem.
Não deixar a mente fugir, mas mantê-la no Coração é o que é chamado “intimidade”
(antarmukha).
Deixar a mente fugir do Coração é conhecido como “exteriorização” (bahir-mukha).
Portanto, quando a mente fica no Coração, o ‘eu’ que é a fonte de todos os pensamentos
passará, e o Ser que sempre existiu brilhará. Qualquer coisa que se faz deveria ser feita sem
o “eu” egoísta. Se alguém age deste modo, tudo surgirá como da natureza de Shiva (Deus).
12. Não existem outros meios para fazer a mente aquietar-se?
Além da investigação de si, não existem meios adequados. Se através de outros
meios pudéssemos buscar o controle da mente, a mente pareceria estar controlada, mas de
novo seguiria adiante. Também através do controle da respiração, a mente se tornará quieta;
mas ela estará quieta somente durante o tempo que a respiração permanecer controlada; e
quando a respiração retomar (seu fluxo) a mente também começará a mover-se de novo e
irá vagar como impelida por impressões residuais.
A fonte é a mesma tanto para a mente como para a respiração. Pensamento, de fato, é a
natureza da mente. O pensamento ‘eu’ é o primeiro pensamento da mente; e isto é egoísmo.
É dali que se origina o egoísmo e também a respiração. Portanto, quando a mente torna-se
quieta, a respiração é controlada, e quando a respiração é controlada a mente torna-se
quieta. Mas, em sono profundo, embora a mente torne-se quieta, a respiração não pára. Isto
ocorre pela vontade de Deus, de modo que o corpo possa ser preservado e outras pessoas
possam não estar sob a impressão de que ele está morto. No estado desperto e no samadhi,
quando a mente torna-se quieta a respiração é controlada. Respiração é a forma densa da
mente. Até o momento da morte, a mente mantém a respiração no corpo; e quando o corpo
morre a mente leva a respiração junto com ela. Portanto, o exercício de controle-
respiratório é somente um auxílio para deixar a mente quieta (manonigraha); ele não
destruirá a mente (manonasa).
Assim como a prática do controle-respiratório, meditar sobre as formas de Deus, repetição
de mantras, restrição de comida, etc.; são apenas auxiliares para render a mente quieta.
Através da meditação das formas de Deus e através da repetição de mantras, a mente torna-
se focada. A mente sempre estará vagando. Assim como quando uma corrente é dada a um
elefante para segurá-la em sua tromba, ele seguirá agarrado à corrente e nada mais; do
mesmo modo quando a mente está ocupada com um nome ou forma ela apenas agarrará
aquilo. Quando a mente se expande na forma de incontáveis pensamentos, cada pensamento
torna-se fraco; mas assim que os pensamentos conseguem decidir-se, a mente torna-se
focada e forte: para uma mente assim a Auto-investigação se torna fácil. De todas as regras
restritivas, aquela relacionada a comer comida ‘sattvic’
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em quantidades moderadas é a
melhor; através da observação desta regra, a qualidade ‘sattvic’ da mente crescerá, e isto
será útil para a Auto-investigação.
13. As impressões residuais (pensamentos) de objetos parecem ir como as ondas de
um oceano. Quando todas elas serão destruídas?
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Uma dieta ‘sattva’, também referida como uma dieta iogue ou dieta sensível, é uma dieta baseada em alimentos que,
segundo o Ayurveda e a Yoga, são fortes no ‘guna sattva’, e levam à clareza e a serenidade de espírito, enquanto também
é benéfica para o corpo. Água, frutas, cereais, pão, a maioria dos legumes, feijões, castanhas, grãos, leite e derivados
(queijo, manteiga, nata, iogurte), e mel referem-se à comida ‘sattvic’.