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Este estudo apresenta proporções semelhantes de aleitamento materno no momento da alta,
entretanto, maior porcentagem de aleitamento materno no 3º e 6º mês quando comparada com
os trabalhos de Verronen
18
e Xavier et al
20
. Os autores estudaram a prevalência do
aleitamento materno na década de 80, respectivamente na Finlândia e no Brasil, de crianças
nascidas com peso inferior à 2500g. Em relação à proporção do aleitamento materno na alta,
no 3º e 6º mês, o presente estudo encontrou taxas de 97,8%, 85,4% e 68,5%, respectivamente.
O estudo finlandês apresentou 91,0% das crianças em aleitamento materno na alta hospitalar,
67,0% no 3º mês e 46,0% no 6ºmês e o trabalho brasileiro, também realizado há 20 anos,
incidências de 86,5% na alta hospitalar e 62,5% e 38,5% nos 3º e 6º mês respectivamente.
Uma possível explicação, para os melhores índices de aleitamento materno encontrados neste
trabalho, é a política de incentivo ao aleitamento materno.
Quando comparada com trabalho desenvolvido com crianças prematuras nascidas em um
Hospital Amigo da Criança na cidade de Londrina, em 2002-2003
28
, esta pesquisa mostra
melhor prevalência de aleitamento materno no sexto mês, 68,5%, e menor duração média
desta prática, 5,3±1,4 meses. Este trabalho paranaense apresenta prevalência de 54,7% de
crianças sendo amamentadas nos primeiros seis meses de vida e duração média de aleitamento
materno maior que 180 dias. Provavelmente, a proximidade nas taxas de aleitamento materno
se deva ao fato dos dois trabalhos utilizarem idade cronológica, serem realizados em Hospital
Amigo da Criança e na mesma época.
A freqüência do aleitamento materno exclusivo satisfatória no momento da alta, observada
neste estudo, não se manteve no 3º e 6º meses de idade cronológica. Divergindo desta
pesquisa, Lefebvre & Ducharme
19
, em 1989, observaram que no momento da alta apenas 3%
das crianças nascidas com baixo peso estavam em aleitamento materno exclusivo.
Possivelmente isso se explica pelo tempo decorrido e pelas características prol aleitamento
materno do Hospital Sofoia Feldman.
Entretanto, verifica-se concordância deste trabalho com os de Cattaneo et al
21
e Flacking et
al
23
, em relação as taxas de aleitamento materno exclusivo. O estudo de Cattaneo et al
21
apresentou freqüências de 83,0% na Etiópia, 98% na Indonésia e 80% no México.
Provavelmente a prática do Método Canguru, que também é realizada no Hospital Sofia
Feldman, justifique esta semelhança. A pesquisa de Flacking et al
23
mostra um índice de 74%