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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE DEPORTOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
LETICIA MIRANDA DE MIRANDA
A INTERNET ENQUANTO FERRAMENTA DE ORIENTAÇÃO DE
ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO
FLORIANÓPOLIS
2009
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LETICIA MIRANDA DE MIRANDA
A INTERNET ENQUANTO FERRAMENTA DE ORIENTAÇÃO DE
ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO
Dissertão apresentada ao programa de Pós-Graduação
em Educação Física da Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do título de
mestre em Educão Física.
Área de concentração: Atividade Física relacionada à
Saúde
Orientador: Sidney Ferreira Farias
Florianópolis
2009
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Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da
Universidade Federal de Santa Catarina
M672 Miranda, Leticia Miranda de
A Internet enquanto ferramenta de orientação de atividade física
na promoção da saúde do idoso [dissertação] / Leticia Miranda
de Miranda ; orientador, Sidney Ferreira Farias. - Florianópolis,
2009.
96 f.: tabs.
Dissertação (mestrado) - Universidade federal de Santa Catarina,
Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física.
Inclui bibliografia
1. Educação fisica. 2. Exercicios fisicos para idosos. 3. Educação
em saúde. 4. Internet na educação. I. Farias, Sidney Ferreira.
II. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação
em Educação Física. III. Título.
CDU 796
À minha vó, Yolanda, ao meu marido
e ao meu filho.
AGRADECIMENTOS
Um trabalho de conclusão, seja de qual espécie ele seja, sempre representa
uma viria. Vitória na sentido de crescimento pessoal e profissional, aprendizado e
amadurecimento. Além dele ser fruto de intensa dedicação e conquistas por parte do
autor, ele se concretiza pelo envolvimento de terceiros, que, muitas vezes, nem
tomaram conhecimento de tamanha contribuição.
Agradeço primeiramente a Deus, por colocar essas pessoas em minha vida.
Ao professor Sidney Ferreira Farias, orientador, agradeço pela oportunidade e
pela confiança num primeiro momento, e pela amizade e cumplicidade de todos os
momentos.
Obrigada aos professores membros da banca pelas contribuições na melhoria
da qualidade do trabalho, agradecimento extensivo à todos os professores do
Programa de Pós Graduação em Educação Física e a professora Adriana Coutinho
de Azevedo Guimaes, eterna orientadora.
Agradeço a todos os voluntários que concordaram em participar da pesquisa
pela disponibilidade e espírito de cooperação.
Aos amigos da turma do mestrado, agradeço todos os momentos de estudo e
troca de experiências, especialmente à Adriana, Alexandra, Lucélia, Diogo e Raíldo.
Agradeço a minha família, principalmente aos meus pais José Augusto e
Tania apoiarem incondicionalmente as minhas escolhas de vida. Mãe, obrigada por
participar tão ativamente, com tanto carinho, de todas as etapas deste trabalho. A
minha irmã Carolina, obrigada por estar sempre presente e disposta a ajudar.
Ana Lúcia, sócia e amiga, obrigada pelo suporte e companheirismo. Amiga
Michele Bolan, obrigada por seu profissionalismo e perseverança, és o exemplo
inspirador de dedicação e sucesso ao qual recorro nos momentos mais difíceis.
Aos Morescos”, obrigada por todo o apoio e orientação nessa minha
caminhada profissional.
E finalmente, agradeço em especial ao meu marido, Fabiano, cujo entusiasmo
pelo estudo e conhecimento sempre me incentivam a seguir a diante e buscar
sempre mais; obrigada por todo o seu amor e atenção.
“O segredo é não corer atrás das
borboletas… É cuidar do jardim para que
elas venham até você.”
Mário Quintana
vii
RESUMO
MIRANDA, LM. A Internet enquanto ferramenta de orientação de atividade física na
promão da saúde do idoso. 2009. 96 pg. Dissertação (Mestrado em Educação
Física) - Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal
de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
O objetivo deste estudo foi investigar a contribuição de um site com conteúdo
informativo sobre atividade física e saúde na promão de hábitos de vida sauveis
para a população idosa. O estudo foi do tipo experimental, sendo a amostra não
probabilística intencional por voluntariado, sendo que os critérios de inclusão da
foram: ter mais de 60 anos, ser usuário de Internet a pelo menos um ano, não estar
praticando atividade sica, não estar participando de outras pesquisas que objetivem
mudanças em hábitos de vida e estar apto a realizar atividades físicas. A amostra foi
dividida em dois grupos (controle - GC e tratamento - GI) de forma aleatória. O
tratamento caracterizou-se pelo acesso ao site “Saber+Saúde”, com conteúdo
informativo sobre atividade física e saúde. Cada participante do GI recebeu uma
senha de acesso, evitando a leitura do GC do conteúdo do mesmo. O tratamento
aconteceu por quatro meses e, quinzenalmente, o conteúdo do site foi atualizado
com novas informações, sendo estas baseadas principalmente nas premissas de
Nahas (2003) para promão da atividade física e saúde. Foram realizadas duas
coletas de dados, uma pré tratamento e outra pós, sendo os seguintes instrumentos
utilizados para a coleta: IPAQ versão longa, para aferição do nível de AF, Perfil do
Estilo de Vida Individual adaptado, para verificação do estilo de vida. As variáveis
coletadas foram: IMC (peso e altura autoreferidos), nível de atividade sica, estilo de
vida, hábitos de uso da Internet e uso do site (apenas para o GI). O tratamento
estatístico aplicado foi descritvo e inferencial, sendo aplicados os testes de Wilcoxon
nas comparações intragrupos, Mann Whitney e Qui-quadrado para as intergrupos e
ainda a correlação de Spearman e teste Qui-quadrado para associação entre
variáveis. A amostra inicial foi composta por 40 sujeitos, de idade média 65 anos
(60-80), de ambos os gêneros (22 mulheres e 18 homens). No decorrer do estudo, 2
sujeitos não acessaram o site, caracterizando perda amostral. Assim, o GC foi
composto de 20 idosos e o GI, 18 idosos. A maioria era casado, com renda familiar
acima de 10 salários mínimos e de nível de escolaridade superior completo. O site
mostrou-se efetivo para modificar o estilo de vida significativamente no fator
atividade física (realização de 30 minutos/dia de atividade física p=0,001 e prática
de exercícios de força e alongamento p=0,001). O nível de AF mostrou diferença
significativa no domínio lazer/esporte pré e pós para o GI (p=0,03) e em comparação
com o GC (p=0,05). A variável escolaridade mostrou uma relação com o domínio
lazer/esporte. Grande parte da amostra estudada afirmou utilizar a Internet de 4 a 7
xs/semana, com duração de 21 minutos a uma hora. A busca por temas de saúde foi
bem frequente entre eles, porém a busca por atividade física não se mostrou
expressiva. Todos afimaram que o site “Saber+Saúde” foi importante no sentido de
conscientização para a mudança de hábitos. Logo, concluiu-se que um site com
objetivos de informar e intervir sobre atividade física e saúde, personalizado para a
população idosa, pode ser efetivo e obter bons resultados.
Palavras-chaves: atividade física, saúde, idoso, Internet
viii
ABSTRACT
MIRANDA, LM. The Internet as a tool for promoting physical activity among elderly
people. 2009. 96 pg. Dissertation (Master in Physical Education) Program of Post-
graduate in Physical Education of the Federal University of Santa Catarina,
Florianópolis, 2009.
This research intended to investigate how a website with physical activity (PA) and
healthy content can influence elderly people. The study was experimental with a
volunteer and non-probabilistic intentional sample. The subjects should be able to
practice PA, be more than 60 years old, be an Internet user for at least a year, and
they also should not be practicing PA and participating of other kinds of research that
influence their life style. The sample was divided in two groups (control GC e
treatment GI) randomly. The treatment was characterized by the access to
“Saber+Saúde” website that contained PA and health content. Each GI’s subject
received a password to access the website. The treatment lasted four months, but
the website’s content was updated with new information fortnightly. Such information
was based on Nahas (2003) premises to promote PA and health. It was collected
data twice, one before and the other after the treatment, and the following
instruments were used in the collecting process: long version of IPAQ, to measure
PA level, and adapted individual profile of life style questionarie. The collected
variables were: BMI (weight and height), level of physical activity, life style, the habit
of using the Internet, and the use of the “Saber+Saúde” website. The statistic model
applied was descriptive and inferential, and the tests were Wilcoxon, to comparisons
between groups, Mann Whitney and Qui-Square, to intergroup comparisons, and the
Spearman and Qui-Square correlations to measure the association between
variables. The initial sample was composed of 40 subjects, with the average age of
65 (60-80) years old, of both genders (22 women and 18 men). During the study two
subjects did not access the website, therefore the GC and GI group was composed
of 20 and 18 elderly respectively. Most of them were married and graduated, with
incoming higher than 10 minimum wage salaries. The Saber+Saúde” website was
effective in changing their life style specifically about PA (30 minutes of PA per day
p=0,001 and the practicing of strength and stretch exercises p=0,001). The PA
level showed a significant difference in the leisure/sport domain before and after the
GI (p=0,03) and in comparison with the GC (p=0,05). The schooling variable showed
a relation with the leisure/sport domain. Most subjects stated to use the Internet from
4 to 7 times/week, between 21 minutes to an hour. The research for health related
topics was very common between them, however the research for PA topics was not
so expressive. All of them stated that the “Saber+Saúde” website was very important
because they found out how important to change their habits is. As a conclusion, a
website with physical activity and health information personalized to elderly can be
very effective and useful.
Keywords: physical activity, health, elderly, Internet
ix
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS E TABELAS............................................................................xi
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................xii
LISTA DE ANEXOS..................................................................................................xiii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
1.1 Problema...................................................................................................... 1
1.2 Objetivos ...................................................................................................... 2
1.2.1 Objetivo Geral....................................................................................... 2
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................ 2
1.3 Justificativa................................................................................................... 3
1.4 Delimitação do estudo.................................................................................. 4
1.5 Definição de termos ..................................................................................... 4
1.6 Definição de variáveis.................................................................................. 5
1.7 Classificação das variáveis .......................................................................... 6
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 7
2.1 Estilo de vida, atividade física e saúde do idoso.......................................... 7
2.2 Programas e estudos de intervenção/orientação de atividade física para
idosos…................................................................................................................ 10
2.3 A Internet e a saúde do idoso..................................................................... 11
2.4 A internet como ferramenta de intervenção e fonte informativa sobre
atividade física e saúde......................................................................................... 15
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................. 19
3.1 Caracterização da Pesquisa....................................................................... 19
3.2 População e Seleção da Amostra.............................................................. 19
3.2.1 População........................................................................................... 19
3.2.2 Seleção da amostra e randomização.................................................. 19
3.3 Instrumentos de Pesquisa.......................................................................... 21
3.3.1 Questionário de identificão e dados demográficos e sócio-
econômicos ....................................................................................................... 21
3.3.2 Índice de massa corporal (IMC) .......................................................... 21
3.3.3 Nível de atividade física ...................................................................... 22
3.3.4 Estilo de vida....................................................................................... 22
3.3.5 Questionário para idosos usuários de Internet.................................... 23
x
3.4 Estudo Piloto.............................................................................................. 24
3.5 Tratamento Experimental (Intervenção Virtual).......................................... 24
3.5.1 Descrição............................................................................................ 24
3.5.2 Validade Interna e Externa.................................................................. 25
3.5.3 Conteúdo............................................................................................. 26
3.5.4 O Website ........................................................................................... 29
3.5.4.1 Tecnologias de desenvolvimento .................................................... 29
3.5.4.2 Controle de acesso.......................................................................... 29
3.5.5 Estrutura do site.................................................................................. 31
3.6 Coleta de Dados......................................................................................... 32
3.7 Tratamento Estatístico ............................................................................... 33
3.8 Desenho experimental do estudo............................................................... 33
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................. 23
4.1 Perda amostral........................................................................................... 35
4.2 Perfil dos participantes............................................................................... 35
4.3 Índice de Massa Corporal .......................................................................... 36
4.4 Estilo de vida.............................................................................................. 38
4.4.1 Nutrição............................................................................................... 39
4.4.2 Atividade física.................................................................................... 41
4.4.3 Comportamento Preventivo................................................................. 43
4.4.4 Relacionamentos ................................................................................ 44
4.4.5 Controle do stress............................................................................... 45
4.4.6 Sono e introspecção ........................................................................... 47
4.5 Nível de atividade física ............................................................................. 48
4.6 Uso da internet........................................................................................... 50
4.6.1 Frequência semanal, tempo de acesso a Internet e tipo de buscas ... 50
4.7 Uso do site ................................................................................................. 54
5. CONCLUSÕES ................................................................................................. 56
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 58
xi
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Tabela 1. Relações sociais de usuários e não usuários de Internet......................... 12
Quadro 1. Classificação internacional de baixo peso, sobrepeso e ......................... 22
obesidade de acordo com o IMC.............................................................................. 22
Tabela 2. Relação de conteúdos que caracterizou o tratamento experimental........ 27
Tabela 3. Dados coletados para cada grupo e nos momentos pré e pós tratamento33
Tabela 4. Características da amostra do estudo divididas em grupo controle e....... 35
intervenção coletadas no início do estudo................................................................ 35
Tabela 5. Distribuição da amostra segundo classificação do Índice de Massa........ 37
Corporal (IMC), de acordo com WHO (2000), de ambos os grupos (GC e GI), ....... 37
antes e depois da intervenção.................................................................................. 37
Tabela 6. Distribuição da amostra por hábitos alimentares e comparação entre
momento pré e pós intervenção ............................................................................... 39
Tabela 7. Distribuição da amostra por atividade física e comparação entre momento
pré e pós intervenção............................................................................................... 41
Tabela 8. Distribuição da amostra pelo aspecto comportamento preventivo e
comparação entre momento pré e pós intervenção.................................................. 43
Tabela 9. Distribuição da amostra pelo aspecto relacionamento e comparação entre
momento pré e pós intervenção ............................................................................... 44
Tabela 10. Distribuição da amostra pelo aspecto controle do stress e comparação
entre momento pré e pós intervenção...................................................................... 45
Tabela 11. Distribuição da amostra pelo aspecto sono e introspecção e comparação
entre momento pré e pós intervenção...................................................................... 47
Tabela 12. Classificação do nível de atividade física do grupo ................................ 48
controle e intervenção, pré e pós tratamento, segundo minutos.............................. 48
de atividade física semanal ...................................................................................... 48
Tabela 13. Média de minutos semanais gastos em atividade física por domínio, pré e
pós tratamento, de ambos os grupos ....................................................................... 49
Tabela 14. Frequência semanal de acesso a Internet de ambos os grupos............. 51
Tabela 15. Tempo de duração de cada acesso a Internet de ambos os grupos...... 51
Tabela 16. Frequência semanal de busca de informões sobre saúde de............. 51
ambos os grupos...................................................................................................... 51
Tabela 17. Frequência semanal de busca de informões sobre atividade............. 52
física de ambos os grupos........................................................................................ 52
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Convite enviado aos idosos por e-mail e divulgado na academia ............ 20
Figura 2. Tela inicial do site..................................................................................... 30
Figura 3. Esquema de controle de acesso ao site Saber + Saúde.......................... 31
Figura 4. Desenho pré-experimental do estudo....................................................... 33
xiii
LISTA DE ANEXOS
ANEXO 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido....................................... 67
ANEXO 2 - Reprodutibilidade do Perfil do Estilo de Vida Adaptado para Idosos..... 68
ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO COMPLETO.............................................................. 71
ANEXO 4 – Questionário para Idosos Usuários de Internet..................................... 76
ANEXO 5 – Aprovação do Comitê de Ética.............................................................. 79
ANEXO 6 – Estudo Piloto......................................................................................... 80
ANEXO 7 - Valores de significância estatística entre grupos das variáveis associadas
ao estilo de vida........................................................................................................ 83
ANEXO 8 - Conteúdo do site.................................................................................... 85
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Problema
“Com maior acesso à informação e à participação ativa em
diferentes vivências, outra marca da sociedade globalizada, o
idoso vem tendo oportunidades, nos mais diversos âmbitos... de
ressignificar sua existência, sua aprendizagem, sua importância
como cidadão detentor de direitos e garantias legais, seu
envelhecimento, sua própria velhice e os níveis de sua efetiva
participação dentro da sociedade.”
(GASPARI e SCHWARTZ 2005)
A partir do seu surgimento, a Internet rapidamente passou a fazer parte do
dia-a-dia das pessoas. Para uma parcela da população que tinha experiência com
computadores, a adaptação a esta nova tecnologia aconteceu em um curto período
de tempo e a rede passou a ser usada por milhões de pessoas. Assim, a Internet
tomou proporções mundiais como uma das mais revolucionárias invenções do
século. A eletricidade 1873 por exemplo, atingiu 50 milhões de usuários depois
de 46 anos de existência, o telefone 1876 levou 35 anos para atingir a mesma
marca, o automóvel 1886 – 55 anos e a televisão – 1926 – 26 anos. Por sua vez a
Internet – 1995 – levou apenas 4 anos para atingir 50 milhões de usuários no mundo
(BALDESSAR, 2005).
Por um lado, seu surgimento intensificou o processo chamado de “exclusão
digital”, ou seja, aqueles que não fazem uso freqüente do computador, geralmente
limitados pela condição financeira ou idade, não têm acesso às facilidades e
comunidades do mundo virtual. Ainda assim, estudos demonstram que os idosos
cada vez mais vêm buscando se atualizar e informatizar (IBGE, 2005).
Asla et al. (2006), buscando aprofundar os debates sobre a relação idoso x
Internet, afirmam que existem ainda muitas lacunas a serem preenchidas, dúvidas a
serem sanadas e poucos estudos que se propõem a estudar esta relação. Outros
gerontologistas enfatizam que a tecnologia está sendo imposta a sociedade mais
rapidamente do que suas implicações podem ser estudadas e compreendidas
(COULSON, 2000). Dickinson e Gregor (2006), baseados em uma metanálise de
diversas pesquisas sobre o tema, enfatizam a necessidade da realização de mais
pesquisas que esclareçam a associação da Internet com o bem-estar do idoso.
2
Neste sentido, Slone (2003) explorou os objetivos dos idosos na rede e
encontrou que a busca por algum tópico de interesse diverso é uma atividade
comum à maioria dos idosos. Lewis (2006) comprovou que dentre esses tópicos, o
mais popular é a procura por assuntos relacionados a saúde, incluindo informações
sobre atividades físicas.
Assim, em concordância com os achados, a situação problema desse estudo
busca responder a seguinte questão: Qual a contribuição de um site com conteúdo
informativo sobre atividade física e saúde, personalizado para o blico idoso, para a
promoção de hábitos saudáveis desta população?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
o Investigar a contribuição de um site com conteúdo informativo sobre atividade
física e saúde, personalizado, para a promoção de hábitos de vida saudáveis de
idosos.
1.2.2 Objetivos específicos
o Identificar o estado nutricional, através do índice de massa corporal (IMC), dos
idosos participantes do estudo;
o Identificar o nível de atividade física dos idosos participantes;
o Identificar o estilo de vida dos idosos participantes;
o Identificar os hábitos de uso da Internet para busca de informões sobre
atividade física dos idosos;
o Identificar os hábitos de uso da Internet para busca de informões sobre saúde
dos idosos;
o Verificar se um site informativo sobre atividade física e saúde, personalizado para
o público idoso, interfere no estado nutricional dos idosos;
o Verificar se um site informativo sobre atividade física e saúde, personalizado para
o público idoso, interfere no nível de atividade física dos idosos e
o Verificar se um site informativo sobre atividade física e saúde, personalizado para
o público idoso, interfere no estilo de vida dos idosos participantes do estudo.
3
1.3 Justificativa
A Internet, sistema de informação global formado por uma rede mundial de
computadores interconectados (FNC, 1995), representa hoje o maior repositório de
informações acessíveis a qualquer pessoa que a acesse de qualquer parte do
mundo. É inegável que o advento da Internet e do computador trouxeram facilidades
para o dia-a-dia das pessoas, sem falar da contribuição para a ciência e processos
administrativos. A Internet introduziu uma nova forma de aquisão de informão,
de pensamento, de busca por conhecimento, de comunicação social e de lazer.
Dos últimos resultados publicados pelo IBGE (2005) - Pesquisa Nacional de
Amostra por Domicílios - destaca-se por um lado o visível envelhecimento da
população brasileira, o aumento significativo do número de idosos, caracterizado
principalmente pelo aumento da expectativa de vida, e por outro a estatística de que
um em cada cinco lares brasileiros possui computador e 13,7% possuem Internet
domiciliar. O cruzamento desses dados nos remete a reflexão de como essa parcela
da população idosa se comporta frente aos recursos que essa nova tecnologia,
presente cada vez mais nos lares brasileiros, disponibiliza.
Dessa forma, como todos os fenômenos de proporções mundiais que
acarretam uma mudança de comportamento da sociedade, estudos são necessários
para verificar o impacto causado e suas conseqüências na vida dos cidadãos (NIE,
2001). Em se tratando da Internet, como este impacto foi devido à introdução de
uma nova tecnologia, entende-se que a faixa etária mais atingida foi a acima dos 60
anos, o contingente populacional que mais cresce no Brasil.
Logo, busca-se atualmente identificar quais os objetivos dos idosos quando
utilizam a Internet e como ela pode contribuir positivamente para a sua velhice.
Nesse sentido, um dos principais campos de investigação é o da saúde, pois a
Internet, mais do que qualquer outra mídia, oferece possibilidades de acesso a
informações específicas e científicas sobre o tema, abrangendo também vários
aspectos da atividade física e exercício físico (LEWIS, 2006).
De acordo com o acima exposto, visando preencher uma das lacunas
existentes a respeito da relação idoso – Internet – atividade física e saúde, e
desenvolver um estudo de intervenção, escasso e necessário na área de promão
da saúde (KOHL, 2007), esta pesquisa procura contribuir com evidências
4
científicas a cerca dos efeitos da disponibilidade de informações sobre o tema, na
vida da população idosa, na rede mundial de computadores.
Faz-se importante acrescentar ainda a essas evidências da literatura, as
motivações pessoais da autora para a escolha de um tema novo e desafiante dentro
da área de Atividade Física e Saúde, tratam-se de duas em especial: a formação de
vel superior em Ciências da Computação, a qual lhe colocou em contato com o
mundo da tecnologia e todas as suas possibilidades e a segunda, a irreverência e
ânsia do orientador Prof. Dr. Sidney em inovar, alçar grandes vôos e enxergar além
dos limites que acabam sendo criados no mundo da ciência e da pesquisa.
1.4 Delimitação do estudo
Este estudo abrangeu os indivíduos usuários de Internet, com experiência de uso
de pelo menos 01 (hum) ano, o praticantes de atividade física, que possuíam
idade cronológica de 60 anos ou mais, completados até o final do ano de 2008,
residentes de Florianópolis Santa Catarina. O período do estudo, incluindo coletas
e intervenção, foi de 01º de setembro de 2008 à 01 º de janeiro de 2009.
1.5 Definição de termos
o Internet: sistema de informação formado por uma rede mundial de
computadores interconectados, sendo hoje o maior repositório de dados
acessíveis a qualquer pessoa de qualquer parte do mundo (FNC, 1995).
o Idoso: consideram-se como idosas as pessoas de 65 anos ou mais, se
residem em países desenvolvidos e de 60 anos ou mais se residem em
países em desenvolvimento (ONU, 1982).
o Site ou website: uma seqüência de páginas da web relacionadas e
normalmente criadas por uma única empresa ou organização (HEIDE &
STILBORNE, 2000).
o Usabilidade: usabilidade é a extensão na qual um produto pode ser usado por
usrios específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade,
eficiência e satisfação em um contexto de uso específico (ISO, 1998).
5
o Atividade física: é definida como qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética que resulte num gasto energético além do que é
gasto em repouso (CASPERSEN, POWELL & CHRISTENSON, 1985, p.129).
1.6 Definição de variáveis
o Acesso a informações, via Internet, sobre atividade física e saúde,
personalizadas para o público idoso:
Definição conceitual: utilização de um site com conteúdo de cunho
informativo sobre atividade física e saúde, sendo este especialmente
desenvolvido para o público idoso.
Definição operacional: entrada no site, através de login e senha, por
idosos usuários de Internet, para leitura de informões sobre atividade
física e sde.
o Nível de atividade física:
Definição conceitual: representa as atividades físicas realizadas numa
semana normal, com intensidade vigorosa, moderada e leve, com
duração mínima de 10 minutos contínuos, distribuídos em quatro
domínios de atividade física: trabalho, transporte, atividade doméstica e
atividade de lazer/recreação (BENEDETTI, 2004).
Definição operacional: serão considerados os minutos gastos por
semana em atividades físicas.
o Estilo de vida:
Definição conceitual: conjunto de ões habituais que refletem as
atitudes, valores e oportunidades das pessoas. Envolve os domínios de
nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos
e controle do stress (NAHAS, 2003, p. 11).
Definição operacional: valor númerico que representa a cada dimensão
avaliada, onde absolutamente o faz parte do seu estilo de vida tem
valor 0 (zero), às vezes corresponde ao seu comportamento 1 (um),
quase sempre verdadeiro no seu comportamento 2 (dois), a afirmão
é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida 3
(três).
6
o Índice de massa corporal (IMC):
Definição conceitual: medida de massa corporal relativa a altura,
calculada como peso (kg) / altura
2
(m
2
) (OMS ,1995).
Definição operacional: varvel numérica contínua, definida pela
fórmula massa corporal (kg) / estatura
2
(m
2
); categorizada como baixo
peso, peso normal, sobrepeso, pré-obesidade, obesidade grau I,
obesidade grau II e obesidade grau III.
o Tempo de acesso dedicado ao site:
Definição conceitual: tempo despendido por cada idoso participante do
estudo em visitas ao site sobre atividade física e saúde.
Definição operacional: número representativo dos dias e horas
despendidos por cada idoso participante do estudo em visitas ao site
sobre atividade física e saúde.
1.7 Classificação das variáveis
o Variável independente:
Acesso a informações, via Internet, sobre atividadesica e saúde,
personalizadas para o público idoso
o Variáveis dependentes:
Nível de atividade física
Estilo de vida
IMC
o Variável de controle:
Tempo de acesso dedicado ao site
7
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Estilo de vida, atividade física e saúde do idoso
De acordo com Nahas (2003, p. 49) define-se estilo de vida como um
conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades
na vida das pessoas”. Este conjunto de ações é composto pelos seguintes fatores:
nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e stress. O
autor afirma ainda que pesquisas em diversos países têm demonstrado que o estilo
de vida é determinante da saúde de indivíduos, grupos e comunidades.
Por exemplo, uma pesquisa realizada na Austrália, com 7.989 homens entre
65 e 83 anos de idade, demonstrou que o estilo de vida é indicador de longevidade.
Spencer et. al. (2005), analisaram comportamentos relacionados à saúde desses
idosos e as cinco anos do estudo, observaram uma associação positiva entre
mortalidade e os idosos que relataram maus hábitos de saúde.
A partir da meia-idade (40 60 anos) a mobilidade, a autonomia e a
qualidade de vida das pessoas estão diretamente relacionadas aos fatores do estilo
de vida. Existem fatores do nosso estilo de vida que são controveis, e que caso
não sejam, podem afetar negativamente nossa saúde: fumo, álcool, drogas, stress,
isolamento social, sedentarismo e esforços intensos ou repetitivos (NAHAS, 2003).
Assim sendo, segundo Barth et al. (2002), na velhice, o estilo de vida exerce
influências que vão além da saúde física, determinando a perda, ou não, da
qualidade de vida. O estudo por eles realizado, envolvendo 80 idosos do Rio Grande
do Sul, concluiu que o processo de envelhecimento e a perda de qualidade de vida
não estão associados ao aumento da idade e sim ao estilo de vida dos sujeitos.
Shepard (2003) concluiu que as pessoas devem se preocupar em manter um
estilo de vida ativo durante a velhice, superando as dificuldades e a forte tendência à
inatividade e a hipocinesia (pouca utilização de movimentos corporais). O praticante
de exercícios regulares pode ter benefícios que vão desde o aumento da sua rede
de relacionamentos, melhora da saúde física e emocional e redução do risco de
patologias crônicas, até a manutenção de suas funções.
8
É importante lembrar que a maioria dos idosos está propensa a sofrer quedas
no seu dia-a-dia. Schoenfelder et. al. (2004) realizaram um estudo para comprovar
os benefícios da atividade sica na velhice tamm para este aspecto. Dividindo 81
idosos em dois grupos, sendo um grupo controle e outro que realizava sessões de
atividade física, comprovaram que o medo da queda e o equilíbrio, melhoraram no
grupo que praticava atividade física em relação ao grupo controle.
Os benefícios para o idoso que pratica atividade física são muitos, pois esta
prática proporciona um reencontro com a própria corporeidade a partir do momento
que permite ao indivíduo recuperar parte da sua independência perdida através de
atividades simples como, por exemplo, amarrar o próprio sapato, pentear os cabelos,
caminhar com mais facilidade e fazer novas amizades (FERREIRA, 2003).
A mobilidade é uma importante variável associada à qualidade de vida na
terceira idade. Hirvensalo et al. (2000) comprovaram que as alterações na
mobilidade e no nível de atividade física predizem a dependência e a morte em
homens e mulheres idosos. Um risco maior de morte e dependência foi associado
àqueles indivíduos com alterações de mobilidade, eles apresentaram sete vezes
mais risco de perder a independência do que os ativos sem alteração.
Em geral, os idosos realizam atividade sica por indicação de um médico, de
amigos, familiares ou acabam aderindo pelo seu lado social, ou seja, buscam a
atividade física procurando integrar-se na sociedade. Por outro lado, os idosos não
praticantes de atividade física, citam como barreiras para a prática: falta de
companhia, falta de interesse, problemas de saúde, artrite e medo de quedas
(MATSUDO, 2001a).
Desta forma, Ferreira (2003) afirma que a mudança de hábitos de uma
pessoa acima dos 60 anos é muito difícil e que o estímulo à prática da atividade
física deve ser despertado a partir de exercícios recreativos e, gradualmente, o
profissional deve inserir exercícios físicos orientados. Paralelamente, deve acontecer
à realização de um programa de conscientização sobre os benefícios da atividade
física para esta faixa etária.
Além dos aspectos motores e sociais, segundo Arent et al. (2000), o exercício
esassociado tamm a melhoras significativas no humor de pessoas idosas. O
autor enfatiza o treinamento de força que, quando realizado em intensidade leve a
moderada, demonstra mais efeitos positivos sobre o humor dos idosos quando
comparado com outras formas de exercício físico. Já o exercício com ênfase no
9
condicionamento aeróbio, faz com que os indivíduos envelheçam com melhor função
neurocognitiva.
Os benefícios do treinamento de força após os 50 anos, claramente vão além
da melhoria do humor. Westcott et al. (2001) citam alguns deles: manutenção do
tecido muscular, manutenção do metabolismo (o funcionamento dos músculos
garantem um consumo de calorias apropriado que o será estocado como
gordura), aumento da densidade óssea (prevenindo a osteoporose), melhoria do
metabolismo da glicose (diminuindo a probabilidade do desenvolvimento da diabete),
redução da pressão arterial, melhoria da região lombar das costas e da dor artrítica
(melhora as funções articulares).
Christovam (2003) constatou também que os exercícios com pesos têm um
importante papel na manutenção e incremento da massa óssea. Com o aumento da
força e massa muscular, desenvolve-se uma maior densidade mineral óssea,
reduzindo os riscos de quedas e fraturas por osteoporose, evitando assim a
hipocinesia associada a doenças e limitações.
Com relação à associação entre atividade física e mortalidade, Matsudo et al.
(2001b), baseados em diversos estudos sobre as evidências epidemiológicas da
atividade física, afirmam que existe uma clara e inversa associação entre esses dois
aspectos em se tratando de indivíduos idosos, de ambos os gêneros, ativos ou
sedentários. Desta forma, o estímulo à atividade física regular, mesmo após os 60
anos, é fundamental, pois a mudança para um estilo de vida mais ativo, tem um
impacto real na mortalidade e longevidade desse indiduo.
Vários estudos m comprovado as melhorias que o exercício físico regular
tem sobre a saúde do sistema cardiovascular. Ramos, (2002) afirma que a principal
causa da morte de idosos, para ambos os sexos, é por doeas do aparelho
circulatório. Para o autor, as doenças cardiovasculares são doenças da urbanizão
e o combate ao sedentarismo pode diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de
vida nesta idade.
Para Papaléo-Neto (2002), o estilo de vida de idosos residentes na zona
urbana é bastante diferenciado dos residentes na zona rural, principalmente em se
tratando da atividade física e dos relacionamentos sociais. A grande presença de
idosos residentes na zona urbana é um agravante dos problemas sociais
enfrentados nessa idade, para o indivíduo e o seu convívio na sociedade. Segundo o
IBGE (2005), mais da metade da população brasileira reside na área urbana.
10
Como observado na revisão acima, os estudos que relacionam estilo de vida
e envelhecimento apresentam bastante ênfase para a prática de atividade física
regular como um determinante crucial da longevidade, bem-estar e saúde de idosos.
Para Conn et al. (2002) os níveis de atividade sica de idosos ainda o baixos
em vista dos vários benefícios que a prática pode lhes proporcionar e este fato deve-
se à escassez de estudos que elucidem, aos profissionais e pesquisadores, as
intervenções efetivas para a promão de um estilo de vida ativo desta população.
Assim sendo, estudos que visam investigar novas formas de intervenções para
idosos são de importante relevância, principalmente pelo crescente aumento desta
parcela da população.
2.2 Programas e estudos de intervenção/orientação de atividade física para
idosos
WHO (2008) reconhece o processo de envelhecimento como um tópico de
saúde. Portanto, desenvolveu uma política focada no envelhecimento sadio,
pensando não apenas nos fatores econômicos e sistemas de saúde dos diferentes
países que estuda, mas principalmente no bem-estar da população mundial. Parte
da sua publicação é dedicada ao chamado Active ageing”, incentivo à participação
dos idosos na vida social, econômica, cultural e cívica, onde define alguns
determinantes comportamentais para tal participação ser possível e efetiva. Dentre
eles, destaca-se a prática de atividades físicas, sendo esta necessária não apenas
para a manutenção das capacidades físicas, mas também da saúde mental e da
vida social.
Os idosos são focos de políticas de promoção de saúde, incentivados por
diferentes órgãos da sociedade, sendo que estes programas incluem o estímulo à
prática de atividadesica. Segundo Benedetti, Gonçalves e Mota (2007), no Brasil, o
primeiro órgão a promover atividades físicas para idosos foi o Serviço Social do
Comércio (SESC-SP), em 1977, seguido pela Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM), no estado do Rio Grande do Sul, em 1982, seguida pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), no estado de Santa Catarina, em 1985.
O Ministério da Saúde incentiva ações municipais que favoreçam o
envelhecimento ativo e saudável compreendendo ações que promovam modos de
viver favoráveis à saúde e à qualidade de vida, orientados pelo desenvolvimento de
11
hábitos como: alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios
físicos, convincia social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que
atenuem o estresse, redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco
e diminuição significativa da auto-medicação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
Pesquisas científicas com este foco, de intervenção de atividade física para
idosos, são cada vez mais frequentes. Conn, Valentine e Cooper em 2002,
realizaram uma metanálise buscando identificar os estudos de intervenção
realizados com amostra total acima de seis idosos que se mostraram mais eficientes
e verificaram que as intervenções que orientavam atividade físicas moderadas,
atividades em grupo e coletas p e pós com intervalo de no máximo 90 dias,
apresentaram os melhores resultados.
Outra metanálise mais recente (NETZ et al., 2005), investigou 36 estudos de
intervenção de atividade física com foco nos efeitos sob o bem-estar psicológico dos
idosos. Os autores concluíram que exercícios aeróbios e moderados, e melhorias na
força, capacidade funcional e aptidão cardiovascular são as intervenções mais
eficientes para a melhora do bem-estar e da auto eficácia.
Na busca por estudos acadêmicos (dissertações e teses) de
intervenção/promão de atividade física no Brasil, Kohl (2007), pesquisador
participante de um projeto de pesquisa de intervenções de atividade física na
América Latina, afirmou existirem poucos estudos que se arriscam nesta direção e
sugere que estes são de grande importância na definição de estratégias de ação
para grupos e indivíduos.
2.3 A Internet e a saúde do idoso
Certos aspectos psicossociais negativos comuns na velhice (como solidão,
isolamento social, alienação) podem ser minimizados com o apropriado uso da
Internet. Criar uma nova rede de amigos, buscar informações sobre assuntos de
interesse pessoal e sobre o que acontece ao seu redor e no mundo, são atitudes
que inserem o idoso novamente no meio social em que vive, conforme constataram
Karavidas et al (2005) no estudo que envolveu 222 idosos de ambos os sexos. Para
alcançar esses resultados, os autores investigaram a relação entre o uso do
computador e da Internet com a auto-eficácia e a satisfação com a vida.
De acordo com White et al (1999), o uso regular da Internet reduz
12
significativamente os índices de solidão e depressão na senescência, principalmente
porque promove a interação e o convívio social sobrepondo barreiras limitantes,
como as deficiências físicas. Os pesquisadores realizaram um estudo experimental,
onde um grupo de 15 idosos residentes de uma casa de repouso recebeu
orientações sobre o uso da Internet durante 5 meses e os dados coletados
(cognição, status de saúde, equilíbrio, depressão e aspectos sociais) foram
comparados a um grupo controle de 15 idosos não usuários de computador.
Nos Estados Unidos pesquisas regulares são realizadas pelo projeto
Pesquisa Internet e Vida Americana, o qual tem como objetivo principal explorar o
impacto da Internet nas famílias, comunidades, educação e em outros âmbitos do
dia-a-dia dos cidadãos. Diversos relatórios anuais são divulgados explorando
diferentes questões e uma importante constatação feita no ano 2000, cujo relatório
investigou 3.533 americanos (PEW, 2000), demonstra que quanto mais experiência
e anos de uso de Internet um usuário possui, maior a sua rede de contatos,
conforme demonstrado na tabela abaixo.
Tabela 1. Relações sociais de usuários e não usuários de Internet
Não usuários Usuários novos
(< 6 meses de
uso)
Usuários
avançados
(≥ 3 anos)
Possuem várias pessoas a quem
recorrer em caso de necessidade
38% 43% 51%
Conversou com alguém ontem 61% 71% 70%
Ligou para alguém apenas para
conversar
58% 61% 62%
Fonte: Pew Internet and American Life (2000, p. 21).
Por outro lado, Nie (2001) relata em seu estudo de revisão, que explorou a
Internet e a sociabilidade, que para aqueles com uma ampla rede de contatos
sociais, o uso da Internet não modifica ou até prejudica a socializão, pois o tempo
dedicado às atividades virtuais diminui o tempo que seria dedicado a encontro com
amigos e parentes, por exemplo. O pesquisador afirma que os estudos que
demonstram a relação direta entre a sociabilidade e uso da Internet não buscam
identificar quais atividades que foram substituídas pelas atuais horas gastas no
13
computador, apenas verificam os contatos virtuais do usuário.
Indo além dos aspectos psicológicos afetados pelo envelhecimento, outra
função mental sofre um declínio: a cognição. Mais do que apenas os diferentes tipos
de memória, a cognição é o processo do “conhecer”. A função cognitiva é composta
pela combinação das seguintes funções cerebrais: aquisição de conhecimento,
atenção, intuição, linguagem, percepção do outro, habilidade e comportamento
motor, tomada de decisões, planejamento e julgamento (GUYTON, 1993).
Para Freese et al (2006), o uso da Internet auxilia na prevenção do
envelhecimento cerebral, mantendo-o cognitivamente ativo e dinâmico. Os autores
verificaram em um estudo longitudinal, que dentre os 6.857 idosos participantes do
estudo, aqueles que mais dedicavam seu tempo à Internet eram os que possuíam
maiores habilidades cognitivas. Destacam que toda a amostra possuía nível de
escolaridade de, no mínimo, ensino médio completo e, por esse fato, sugerem
futuros estudos que definam a relação causa-efeito envolvida: idosos possuem
maiores habilidades cognitivas porque utilizam a Internet, ou aqueles que
possuem maiores habilidades se sentem mais confortáveis em usar o ambiente
virtual.
De qualquer forma, com o propósito da manutenção da cognição, a Internet
vem sendo utilizada como ferramenta de estímulos cerebrais por meio de uma
variada gama de opções: jogos interativos, música, deo, bibliotecas, ensino a
disncia, comunidades virtuais e outros. Muitos softwares estão à disposição dos
idosos, tendo como objetivo a melhoria da memória, da atenção e até da audição.
Um exemplo da aplicabilidade do computador e da Internet com estes fins, é a casa
de repouso Erickson Retirement Communitie, que a exemplo de outras nos Estados
Unidos, dispõe para seus residentes uma sala de computação com aulas periódicas
buscando manter e estimular a saúde mental destes.
Porém, a Internet ainda pouco faz parte da rotina da maioria dos idosos,
principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil, acarretando na falta
de dados sobre os verdadeiros benefícios que a sua utilizão regular poderia
proporcionar. Um dos empecilhos para o uso da Internet foi descrito por Mead et al.
(2000) quando compararam adultos jovens com idosos. Concluíram que adultos
mais velhos encontram mais dificuldades em buscas na Internet devido a uma maior
quantidade de erros de sintaxe cometidos e também porque fazem uso de
ferramentas menos complexas de busca.
14
Slone (2003), pesquisando o hábito de 31 usuários de diferentes faixas
etárias, demonstrou que esta dificuldade é devida à escassez de domínio sobre o
modelo dinâmico da rede Internet, pois de forma similar a observada nas crianças,
os indivíduos idosos costumam digitar diretamente na ferramenta de navegação o
site a visitar, pouco explorando o formato intertextual da Internet, ou seja, sem fazer
o uso de âncoras.
uma pesquisa cujo instrumento de pesquisa era aplicado em forma de
entrevista, onde a amostra envolveu 324 idosos moradores de uma zona residencial
predominantemente composta por aposentados, as barreiras para o acesso à
Internet foram: custo, complexidade, impedimentos ergonômicos e falta de interesse.
Os autores sugeriram então que programas específicos para o público idoso fossem
desenvolvidos, levando em consideração a percepção deles sobre a tecnologia e
também personalizado de acordo com as características dessa faixa etária
(CARPENTER e BUDAY, 2006).
No estudo de Alemagno et al (2004), o computador foi utilizado para auxiliar
os idosos a controlar os medicamentos que cada um deles deveria ingerir durante o
dia. O estudo foi realizado por 2 meses e incluiu 412 idosos. Cada participante
utilizava o computador para registrar diariamente os medicamentos ingeridos e
assistir a vídeos de conscientização sobre os efeitos negativos da administração
de remédios. Quando questionados sobre o uso do computador, 96% dos idosos
relataram que consideraram fácil seu uso, 89% consideraram que esse tipo de
intervenção poderia ser eficiente para outros idosos e 63% afirmaram que
aprenderam coisas novas ao usar o computador para assistir aos vídeos.
Para Cuervo (2006), psicanalista e professor de Filosofia, dois são os tipos de
comportamentos dos idosos frente às novas tecnologias: rejeição ou aceitação.
Afirma que o indivíduo que apresenta uma percepção otimista da vida passa a
aceitar e fazer uso das novas tecnologias, àquele que se auto-intitula como velho
rejeita qualquer tipo de mudança ou novidade, atitude que reflete nas suas escolhas
por usar ou não computadores e Internet.
Nesse sentido, Slone (2003) procurou explorar os objetivos dos idosos no
ambiente da Internet e encontrou que, respectivamente, são: busca por informações
referentes a profissão, por atualidades e por algum pico de interesse diverso.
Aditivamente Fox (2004), na mesma vertente dos resultados obtidos no estudo
Merrel (2001), verificou que a atividade mais popular entre os idosos na Internet é a
15
troca de e-mails.
2.4 A internet como ferramenta de intervenção e fonte informativa sobre
atividade física e saúde
No Brasil, o IBGE (2005) constatou que os jovens acessam a rede com menor
intensidade do que os mais velhos: no contingente de usuários de 10 a 17 anos de
idade, 24,1% utilizaram a rede pelo menos uma vez por dia, enquanto na faixa etária
de 40 anos ou mais, este percentual é de 45,3%. Grande parte desses usuários tem
como atividade costumeira na Internet a busca por informações. Com este fim, é
muito comum a utilização de ferramentas de buscas, sistemas de recuperação de
informação que localizam informões nos sites públicos da Internet. Nestes portais
de busca, uma pesquisa sobre determinado assunto na área de saúde, realizada por
uma pessoa o treinada, resulta em uma infinidade de respostas, dentre elas
informações relevantes e importantes, podendo apresentar inconsistências e
divergências (SALES e TOUTAIN, 2005).
De acordo com Lewis (2006), que investigou de forma qualitativa os
conteúdos sobre saúde disponíveis na Internet, uma grande preocupação relatada
na literatura médica é a grande variedade de informações sobre o tema acessível
para um público majoritariamente leigo; os conteúdos abordados vão desde material
comercial, passando por sites pessoais até abordagens alternativas de saúde. Sales
e Toutain (2005) afirmam que uma necessidade real de se verificar a qualidade
de informação em saúde na Web para o público leigo. No Brasil, não existe
legislação específica para regulamentar o uso da Internet ou o comércio eletrônico, o
que, segundo CREMESP (2001), incentiva a auto-regulamentação do setor para
estabelecimento de padrões mínimos de qualidade, segurança e confiabilidade dos
sites de saúde. Este dado motivou o órgão brasileiro a redigir o Manual de Princípios
Éticos para Sites de Medicina e Saúde, obrigando os profissionais registrados neste
conselho a seguirem-no.
Esta preocupação faz-se importante em face a crescente demanda por
informações sobre saúde na rede. Lewis (2006) afirma que a maioria dos estudos
que avaliam o uso da Internet como ferramenta de busca de informões em saúde
tem perfil quantitativo e poucos apenas são qualitativos, avaliando verdadeiramente
o impacto dessa informão na vida dos usuários.
16
Sendo os Estados Unidos o país com o maior número de computadores por
residência e também o país com maior acesso a Internet, é compreensível que a
grande parte dos estudos comportamentais relacionando usuários e Internet, seja
realizada naquele país. Importante destacar a vasta quantidade de sites e fóruns de
discussão americanos dedicada ao público sênior, de interesses variados, abrangem
desde aposentadoria a treinamento para uso do computador.
Estima-se que 80% dos usuários adultos americanos de Internet utilizam ou já
utilizaram em algum momento a rede como fonte de informões sobre saúde; o
tópico exercícios sicos teve 36% das respostas e dietas e nutrição 44% (FOX &
FALLOWS, 2003). Faz-se importante ressaltar a observação dos autores de que
nem sempre a informação encontrada é precisa e completa. Contraditoriamente,
idosos naturalmente menos familiarizados com computadores, logo com mais
dificuldades de buscar a informão, são, não maioria das vezes, os que mais
precisam dela.
DeOllos e Morris (1999) afirmam que a Internet facilita a busca por
informações relacionadas a saúde e ainda contribui para um comportamento
preventivo com relação ao processo de envelhecimento. Porém, Meischke et al.
(2005) verificaram que o comportamento preventivo é pouco comum no que diz
respeito ao infarto agudo do miocárdio, doença cujo tratamento preventivo pode ser
decisivo. Dos 316 participantes (idosos, média de idade de 74 anos) 49% afirmaram
buscar informações sobre saúde na Internet e poucos (7%) foram os que relataram
se informar sobre prevenção do infarto e em casos de emergências, sendo estes
pertencentes a um grupo de alto risco. Os autores concluíram indicando que os
profissionais da saúde devem buscar recursos que atinjam mais efetivamente a
população idosa usuária de Internet.
Ainda em se tratando da pesquisa por específicas patologias na Internet, o
estudo de Hardymann et al. (2005) comparam duas formas de obtenção de
informações sobre o câncer, a Internet e um “disque informações”. Observou-se que
ambas se complementavam, pois o site informativo foi mais acessado para obtenção
de informações científicas e factuais sobre a doença, a conversa telefônica serviu
como forma de encontrar um apoio emocional para o momento vivido. Para obter
estes resultados, os autores compararam 994 telefonemas com 3.096 questionários
respondidos digitalmente; a amostra participante foi composta por sujeitos com
diferentes tipos de câncer com idade igual ou superior a 50 anos.
17
A Internet tamm vem sendo utilizada como ferramenta auxiliar dos
profissionais de Educação Física. Em São Paulo, após uma avaliação dos
participantes, cuja idade variava até 74 anos, os mesmos recebiam via correio digital
o programa de exercícios físicos a cada semana e realizavam o que foi solicitado
nos parques da cidade. Esta forma, o supervisionada e com acompanhamento à
disncia, mostrou-se efetiva para redução da preso arterial e da composição
corporal (NUNES et al., 2006).
Costa et al. (2005) comprovaram a efetividade da Internet como forma auxiliar
de tratamento para perda de peso. Os 532 participantes, adultos, com sobrepeso e
idade média não relatada, foram acompanhados durante 13 meses e enviavam
diariamente via Internet sua ingestão de alimentos e a massa corporal pesada toda
semana. O IMC médio foi reduzido de 30,9 kg/m
2
para 28,2 kg/m
2
e o peso corporal
médio de 82,3 para 75 kg.
Estudos demonstram também a utilidade do uso de websites como forma de
intervenção para aumentar a quantidade de atividade física diária da população.
Spittaels et al. (2007) separaram em três grupos distintos 434 indivíduos
voluntariamente participantes, com idades que variavam de 20 a 55 anos.
Participantes do grupo 1 (n=173) recebiam conselhos sobre um estilo de vida mais
ativo através do site e preenchiam um questionário cuja resposta informava sobre
vel de atividade física atual e mais dicas e sugestões para melhorar seu
comportamento. O grupo 2 (n=129), além das visitas ao site, tinham acesso a outras
sessões, onde encontravam informações sobre tipos de exercícios físicos, fóruns de
discussão, informações de contato, entre outros. O grupo 3 (n=132) não tinha
acesso ao site, nem a nenhum tipo de intervenção durante os 6 meses do estudo.
Os resultados mostraram que houve um incremento significativo do nível de
atividade física (medido através do questionário IPAQ versão longa) do grupo 1 e 2,
demonstrando um bom resultado da intervenção realizada pela Internet.
Com este mesmo intuito, porém buscando intervenções para a população
idosa, Hageman et al. (2005) realizaram um estudo experimental pré e pós teste
com a participação de 30 mulheres que reportaram no começo do estudo não
praticar exercíciossicos regulares, ter idade entre 50 e 69 anos e ter acesso
domiciliar a Internet. Além da medida do nível de atividadesica (com a utilizão de
um recordatório de 7 dias), foi medida a capacidade cardiorrespiratória (teste de uma
milha), massa de gordura corporal (bioimpedância), altura e peso, flexibilidade
18
(sentar e alcançar) e outros parâmetros comportamentais. A amostra foi dividida em
2 grupos, ambos os grupos receberam 3 e-mails durante os 3 meses do estudo,
sendo 1 por mês. Um dos grupos recebeu e-mails com informações personalizadas
e o outro apenas informações gerais sobre os benefícios da prática de atividades
físicas. Os resultados mais expressivos foram a cerca da diminuição da percepção
das barreiras para a prática em ambos os grupos, melhora da flexibilidade e do % de
gordura corporal.
De acordo com Mezey et al. (2001), a Internet se tornará a maior fonte de
informações sobre educação e cuidados com a saúde no próximo século. Ainda
segundo a mesma fonte, os idosos constituem o segmento da população que mais
cresce em se tratando de uso da Internet. Os autores vão mais longe e arriscam que
os idosos com acesso a essa ferramenta, o mais bem informados e estão mais
aptos a tomar decisões sobre sua saúde.
19
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Caracterização da Pesquisa
Quanto à natureza, este estudo caracterizou-se como pesquisa aplicada, sendo
quantitativa no que se refere à abordagem do problema, experimental e empírica
quanto aos objetivos e aos procedimentos técnicos (VAN DALEN & MEYER, 1975).
O delineamento do estudo foi pré-experimental de grupos randomizados com
testes pré e pós-tratamento (THOMAS et al, 2005).
3.2 População e seleção da Amostra
3.2.1 População
A população desta pesquisa foi composta por homens e mulheres com idade
superior a 60 anos, usuário de Internet a pelo menos 01 (hum) ano, residentes em
Florianópolis – SC.
3.2.2 Seleção da amostra e randomização
O processo de seleção dos participantes iniciou-se na Escola Técnica Federal de
Santa Catarina, Unidade de Ensino Florianópolis, no curso de Informática para a
Terceira Idade, no período de julho de 2008. Num primeiro momento, contactou-se a
coordenadora do projeto professora Rosemeri Coelho Nunes que autorizou a
realização da pesquisa entre seus alunos.
Após a aprovação do estudo no Comi de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos (CEP) da Universidade Federal de Santa Catarina (processo número
066/08, aprovado em 28 de julho de 2008), iniciou-se a divulgação do estudo através
de contatos telefônicos e via e-mail, pois tratava-se de um período de recesso dos
grupos. Durante o contato, identificava-se os pesquisadores e a instituição a qual
pertenciam, detalhava-se o projeto e seus objetivos e enfatizava-se a necessidade
de formão de um grupo.
20
Outra etapa do processo de seleção, foi a explanação do estudo entre os alunos
idosos da academia Saúde, Equilíbrio & Bem-Estar, para que popularizassem o
estudo entre seus amigos e parentes, com objetivo de angariar mais voluntários.
Figura 1. Convite enviado aos idosos por e-mail e divulgado na academia
Após este processo e mediante a avaliação das características dos possíveis
participantes da pesquisa, foi possível definir a amostra do estudo que foi do tipo não
probabilística intencional por voluntariado e utilizou os seguintes critérios de
inclusão:
o ter acima de 60 anos de idade,
o ser usuário de Internet a pelo menos 01 (hum) ano,
o não estar praticando atividade física no momento inicial do estudo,
o não estar participando de nenhuma outra pesquisa com intuito de
mudanças no estilo de vida e
A INTERNET ENQUANTO FERRAMENTA DE ORIENTAÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA NA
PROMÃO DA SAÚDE DO IDOSO
- CONVITE DE PARTICIPAÇÃO EM ESTUDO -
SOBRE O PROJETO
Este estudo está sendo desenvolvido pela mestranda Leticia Miranda de Miranda, do Programa de s-Graduação em Educação
Física da Universidade Federal de Santa Catarina, sob orientação do Prof. Doutor Sidney Ferreira Farias.
Nosso objetivo é conhecer qual pode ser a contribuição de sites, com informações sobre atividade física e saúde na Internet, para o
bem-estar, a qualidade de vida e o estilo de vida de idosos. Mais especificamente, saber se essas informações disponíveis são efetivas
para influenciar/conscientizar para mudanças de hábitos e atitudes mais saudáveis.
Para isso, a metodologia adotada prevê a coleta de dados por meio de perguntas referentes à dois questionários sobre: 1) estilo de
vida e 2) nível de atividade física. O preenchimento destes tem a duração de aproximadamente 20 mintos e os voluntários deverão
respondê-los nos próximos dias (1ª etapa) e novamente depois de 120 dias do início do estudo (2ª etapa).
Após a primeira etapa, os volunrios serão divididos em 2 grupos por sorteio. Os voluntários do primeiro grupo receberão uma
senha para acessar um site na Internet onde encontrarão informações sobre os tópicos Atividade Física, Alimentação, Prevenção de
Doenças, Hábitos Sauveis, entre outros. O segundo grupo não terá acesso ao site e apenas precisará responder novamente o
questionário ao final do estudo.
Os critérios para participação são:
- Ter 60 anos ou mais;
- Ser usuário de Internet a pelo menos 01 (um) ano;
- Não estar participando de outros estudos que objetivem a mudanças de hábitos e
- Não praticar exercício físico.
Contamos com a sua participação!
Para mais esclarecimentos:
- Leticia Miranda de Miranda
Telefones: (48) 8814-5377 / 3025-4522 / 3879-8820
Email: lemmiranda@gmail.com
- Sidney Ferreira Farias
Email: sidney@cds.ufsc.br
21
o não estar limitado fisicamente para prática de atividade física.
A amostra selecionada foi composta por 40 sujeitos, com idade média de 65,0
anos ±4,8, sendo idade mínima de 60 anos e máxima de 80, de ambos os gêneros,
sendo 22 mulheres e 18 homens.
A randomização por blocos foi a cnica escolhida para formar os dois grupos de
igual tamanho necessários ao estudo (INDEXA, 2008). A partir do tamanho da
amostra total selecionada, 40, prosseguiu-se com a alocação aleatória
primeiramente para o grupo controle, a que este compusesse 20 sujeitos. Os
demais membros foram então alocados no grupo experimental. Esta técnica garantiu
que um mero igual de indivíduos fosse alocado em cada um dos grupos, logo,
cada grupo foi composto por 20 idosos.
3.3 Instrumentos de Pesquisa
3.3.1 Questionário de identificação, dados demográficos e sócio-econômicos
A identificação dos participantes e os dados sócio-econômicos foram coletados
com o intuito de caracterizar a amostra. Para isso, pesquisou-se: data de nascimento
(dd/mm/aaaa), gênero (feminino, masculino), estado civil (solteiro(a),
casado(a)/morando junto, divorciado(a)/separado(a), viúvo(a), outros), nível de
escolaridade (ensino fundamental, ensino médio, nível superior completo, nível
superior incompleto) e renda familiar (abaixo de 2 salários mínimos, de 2 a 5 salários
mínimos, de 5 a 10 salários mínimos, acima de 10 salários mínimos). O valor base
do salário mínimo, segundo Medidia Provisória 456/2009, de 30.01.2009, vigente, é
de R$ 465,00.
3.3.2 Índice de massa corporal (IMC)
Para cáculo do IMC foram utilizados peso e altura auto-referidos e inseridos
na fórmula IMC = peso (kg) / altura
2
(m
2
). Para classificação, utilizou-se os pontos de
corte sugeridos pela Organização Mundial da Saúde (WHO, 2000), relacionados no
quadro abaixo:
22
Quadro 1. Classificação internacional de baixo peso, sobrepeso e
obesidade de acordo com o IMC
Classificação
Pontos de corte
Baixo Peso <18.50
Magreza severa <16.00
Magreza moderada 16.00 - 16.99
Magreza leve 17.00 - 18.49
Eutrofia 18.50 - 24.99
Sobrepeso ≥25.00
Pré-obesidade 25.00 - 29.99
Obesidade 30.00
Obesidade grau I 30.00 - 34-99
Obesidade grau II 35.00 - 39.99
Obesidade grau III 40.00
Fonte: WHO, 2000
3.3.3 Nível de atividade física
O Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), forma longa, adaptado
para idosos (BENEDETTI et al., 2004; BENEDETTI et al., 2007) apresenta questões
relacionadas com as atividades físicas realizadas numa semana normal, com
intensidade vigorosa, moderada e leve, com duração mínima de 10 minutos
contínuos, distribuídos em cinco domínios de atividade física: trabalho, transporte,
atividade doméstica, atividade de lazer/recreação e tempo sentado.
Nestes domínios, foram considerados os minutos despendidos por semana em
atividades físicas, sendo classificadas como pouco ativos os idosos que praticavam
menos de 150 minutos por semana de atividade sica nos domínios citados e como
ativos, aqueles que reportaram 150 minutos ou mais de atividade sica por semana
(MAZO, 2003).
Este instrumento possui coeficiente de consistência de medidas teste - re-teste
de 0,88, caracterizando um bom nível de reprodutibilidade e, quando testado para
validade de forma concorrente, foi classificado como de nível moderado.
3.3.4 Estilo de vida
23
Para investigar o estilo de vida dos sujeitos, optou-se pela utilização do
questionário Perfil do Estilo de Vida Individual de Nahas, Barros e Francalacci
(2000), que analisa cinco dimensões do estilo de vida: nutrição, atividade física,
comportamento preventivo, relacionamentos e controle do stress. Em cada
dimensão, três aspectos foram avaliados, sendo classificados por uma escala ordinal
em: absolutamente não faz parte do seu estilo de vida (0), às vezes corresponde ao
seu comportamento (1), quase sempre verdadeiro no seu comportamento (2), a
afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia (3). Os índices de confiabilidade e
reprodutibilidade deste questionário não são disponibilizados pelos autores.
Este questionário foi inicialmente desenvolvido para avaliar o perfil do estilo de
vida de indivíduos ou grupo, de adultos; para a sua utilização nesta pesquisa, ele
passou por uma adaptação (inserção do domínio “Sono e Instrospecção”) e por um
processo de validação junto a população idosa e apresentou um bom nível de
reprodutibilidade: coeficiente Kappa de 0,44 - 0,87, índice de concordância de
63,3% a 90,0% e coeficiente de correlação intraclasse de 95% variando de 0,52 a
0,80 – em anexo (MIRANDA & FARIAS, 2008).
3.3.5 Questionário para idosos usuários de Internet
A fim de investigar sobre os hábitos da população idosa na Internet, no que
concerne a procura por informações sobre atividade física e saúde, criou-se um
questionário estruturado composto de questões objetivas e abertas.
Ao final deste questionário, 07 perguntas relativas ao site “Saber+Saúde” (site
este utilizado para o tratamento experimental e descrito mais adiante), destinaram-se
a obter informações sobre as dificuldades encontradas pelos usuários durante visitas
ao site e os assuntos abordados considerados mais interessantes, além de abrir um
espaço para sugestões e opiniões em geral.
Este questionário passou pelo processo de validação, recebendo índice de
validade de 0,99 e clareza de 0,91. Para lculo do índice de validade, ele passou
pela apreciação de 05 professores Doutores da área de Informática. O índice de
clareza foi atribuído após a avaliação do questionário por 10 indivíduos idosos
usrios de Internet.
24
3.4 Estudo Piloto
A coleta de dados foi precedida por um estudo piloto cuja finalidade consistiu no
refinamento dos instrumentos e procedimentos de coleta de dados, além de ajustes
na programão do site e do banco de dados do mesmo.
O estudo foi conduzido durante o período de 10 dias (de 05/08 à 15/08/2008),
com duas participantes do sexo feminino, que correspondiam a todos os critérios de
inclusão da amostra desta pesquisa e passaram por todas as etapas do tratamento
experimental.
Após o preenchimento dos questionários, cada participante recebeu um login e
uma senha para acessar o site. Durante os oito dias consecutivos ao preenchimento,
as atualizões de conteúdo foram realizadas diariamente e um e-mail foi enviado às
participantes convidando a uma visita ao site. Ao final dos oito dias, as participantes
responderam ao questionário direcionado ao grupo experimental.
A realização deste estudo foi importante para testar de forma adequada o site e o
banco de dados, bem como antever possíveis problemas no respondimento do
questionário.
Em anexo, estão relatados os dados coletados durante o período do estudo
piloto.
3.5 Tratamento Experimental (Intervenção Virtual)
3.5.1 Descrição
O tratamento experimental foi realizado via Internet, meio no qual os participantes
do grupo de tratamento tiveram acesso a um website com conteúdos sobre atividade
física e saúde personalizado para sua idade, neste caso, conteúdos específicos para
idosos. Os temas tratados foram os seguintes: 1) nutrição, 2) atividade física, 3)
comportamento preventivo, 4) controle do stress, 5) envelhecendo com sde, 6)
saúde mental, 7) mudança de comportamento e 8) atividade física, internet e idoso.
Cada componente do grupo de interveão recebeu um login e uma senha para
utilização do site, através de contato por e-mail, o qual continha o endereço de
acesso ao site e as instruções para a primeira visita.
25
A cada atualização, que se dava a cada 15 dias, os participantes recebiam um e-
mail convidativo e informativo, de que o site havia sido atualizado com novos
conteúdos e que ele(a) era bem-vindo(a) para uma nova visita. Porém, o site ficava
diponível para acesso 24 horas por dia e os participantes poderiam acessá-lo
qualquer momento, sem restrições, necessitando apenas login e senha.
Considerando o número de assuntos tratados e as atualizações quinzenais, o
período de intervenção foi de 120 dias, tendo sido iniciado em 0de setembro de
2008 e finalizado em 01º de janeiro de 2009.
3.5.2 Validade Interna e Externa
Algumas medidas foram tomadas com o propósito de se controlar as ameaças à
validade interna deste estudo, buscando assegurar que os resultados obtidos
refletissem uma relação causal entre o uso do site informativo e mudanças no estilo
de vida e vel de atividade sica. Com base na definição de Campbell e Stanley
(1963) sobre as fontes de invalidação, detalhamos a seguir cada um desses fatores:
- História: incluindo um grupo controle com características semelhantes ao grupo
de tratamento, procurou-se minimizar as fontes de distorção advindos da história.
Não se tomou conhecimento de campanhas, vinculadas em meios de comunicação,
com os mesmos interesses do estudo em questão, que pudessem ter tido influência
sobre os indivíduos dessa pesquisa.
- Testagem: a testagem, no caso desta pesquisa, diz respeito ao preenchimento
do questionário. Como o tempo para reaplicação do questionário foi relativamente
longo, aproximadamente quatro meses, acredita-se que a testagem tenha sido uma
ameaça pequena, porém não inexistente. Thomas, Nelson e Silverman (2007)
também afirmam que este efeito é controlado pela comparão entre os grupos.
- Expectativa: o fato de os pesquisadores não conhecerem previamente os
voluntários do estudo, assegurou que este fator não intervisse diretamente sobre os
resultados.
- Distorção na seleção: efeito em parte anulado pela escolha aleatória dos
participantes de cada grupo. Porém, Borg e Gall (1989) citados por Thomas, Nelson
e Silverman (2007), ressaltam que a amostra que se utiliza de voluntários pode
sofrer influência deste fator.
26
- Maturação: não aplicável neste estudo, de apenas quatro meses e com amostra
de idosos.
- Regressão estatística: o aplicável neste estudo, pois não selecionou-se
participantes por nenhuma habilidade/desempenho específico.
- Perda experimental ou mortalidade: este foi um fator de distorção presente pois,
apesar do grupo controle permanecer o mesmo do início ao fim do estudo, o grupo
de tratamento não manteve todos os participantes. Dos 20 iniciais, dois deles foram
excluído do estudo por não terem acessado o site pelo menos uma vez a cada
atualização feita.
- Interação maturação seleção: não presentes neste tipo de delineamento pré-
experimental com grupos randomizados com testes pré e pós tratamento.
- Instrumentação: peso e altura referidos e questionário auto-aplicável, sem
avaliador e observador, garantiram a não ameaça deste fator.
A validade externa refere-se à possibilidade de extrapolar as conclusões do
experimento desta pesquisa ao universo dos idosos de um modo geral. A este
respeito, cabe ressalvar que a amostra de sujeitos submetidos aos tratamentos
experimentais não foi calculada de modo a replicar a população atual de idosos.
Conseqüentemente, não é possível pleitear sua validade externa nestes termos, não
se podendo, portanto, afirmar que os resultados deste estudo sejam válidos para a
população de idosos em geral.
Sendo um estudo experimental, com participantes idosos, usuários de Internet
e moradores de Florianópolis, acredita-se que os resultados possam ser
extrapolados para indivíduos de mesmo perfil e que a extensão desses resultados
para outros indivíduos não seja válido sem uma prévia replicação do estudo.
Considerando que a validade externa possa ser alcançada mediante esta
replicação do experimento, como não tomou-se como base nenhum outro estudo de
mesmas características e propósitos, não foi possível a comparação, porém
procurou-se descrevê-lo de forma a permitir que outro pesquisador o faça.
3.5.3 Conteúdo
A escolha dos tópicos a serem contemplados foi baseada nos domínios
abrangidos no questionário Perfil do Estilo de Vida Individual de Nahas, Barros e
Francalacci (2000), instrumento escolhido para a análise do estilo de vida da
27
amostra, e no livro de Nahas (2003) - Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida:
Conceitos e Sugestões para um Estilo de Vida Ativo. Na relação abaixo, encontram-
se as referências utilizadas na elaboração de cada texto. As referências completas,
segundo norma ABNT, encontram-se ao final do documento.
Tabela 2. Relação de conteúdos do site que caracterizou o tratamento experimental
Conteúdo Referências de base
Nutrição o Nutricionista Ana Lúcia Corrêa – CRN/SC 4393
o RGNUTRI. Importância do fracionamento das refeições.
http://www.rgnutri.com.br/sqv/saude/ifr.php.
o NAEQ. Núcleo de Apoio ao Ensino da Química. úcar: vício
moderno e perigoso.
http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/
o WHO. World Health Organization. OMS e FAO anunciam
estratégia integrada para promover o consumo de frutas e
verduras.
http://www.who.int/hpr/NPH/fruit_and_vegetables/fruit_vegetabl
es_pr_por.pdf
o SBD. Sociedade Brasileira de Diabetes. Pirâmide Alimentar.
http://www.diabetes.org.br/nutricao/piramide.php.
Atividade Física o ACSM. American College of Sports Medicine. Guidelines for
exercise testing and prescription.
o Site Terra. Malhe com materiais que você tem em casa.
o WHO. World Health Organization. The World Helath Report
2008. http://www.who.int/whr/2008/en/index.html
Comportamento
Preventivo
o Portal do Trânsito. Palavra do especialista.
http://www.portaldotransito.com.br
o Manual Merck. Distúrbios do coração e dos vasos sanguíneos.
http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/
Controle do
stress
o CHOBANIAN, A. V. et al. The Seventh Report of the Joint
National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and
Treatment of High Blood Pressure.
o PICKERING, T. G. Papel do estresse no desenvolvimento da
hipertensão.
o HOSPITAL PILAR. Neurociência.
http://www.hospitalpilar.com.br/news_det.php?cod=9
Envelhecendo o CARVALHO FILHO, E. T.; PAPALÉO NETTO, M. Geriatria:
28
com saúde Fundamentos, Clínica e Terapêutica.
o MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento e Atividade Física.
Saúde mental o TANAKA, H.; SHIRAKAWA, S. Sleep health, lifestyle and
mental health in the japanese elderly: Ensuring sleep to promote
a healthy brain and mind.
o Revista Eletrônica de Investigação Científica em Neurociência.
http://www.cerebromente.org.br/n16/opiniao/dormir-bem1.html
o MIRANDA, LM; FARIAS, SF. A influência do exercício físico na
atividade cerebral do idoso.
o BOCK, AMB; FURTADO, O; TEIXEIRA, ML. Psicologias. Uma
Introdução ao Estudo de Psicologia.
Mudança de
comportamento
o PROCHASKA, JO & MARCUS, BM. The trans-theoretical
model: aplications to exercise. In: RK. Dischman, Advances in
Exercise Adhrence.
Leitura de artigos o MIRANDA, LM; FARIAS, SF. A influência do exercício físico na
atividade cerebral do idoso.
o MIRANDA, L.M.; FARIAS, S.F. As contribuições da internet
para o idoso: uma revisão de literatura.
Além do conteúdo abordado, em algumas situações, foram sugeridas leituras
complementares, sites disponíveis na Internet ou livro relacionado ao assunto, a
saber:
- Fumar pra quê? Livro eletrônico. http://www.cigarro.med.br/
- Álcool. Aspectos culturais históricos.
http://www.imesc.sp.gov.br/infodrogas/alcool.htm
- Colesterol - mitos e verdades.
http://www.segmentofarma.com.br/institucional/noticias_textos.asp?noticias_codi
go=62
- Frente Parlamentar em Defesa da Atividade Física
http://www.fpdatividadefisica.com.br/
- Educação Física.org. http://www.educacaofisica.org/
- A Semente da Vitória - Livro do autor Nuno Cobra.
http://www.nunocrobra.com.br
- Site do Dr. Dráuzio Varela. http://drauziovarella.ig.com.br
- Alimentação saudável. http://www.alimentacaosaudavel.org/
29
- Curiosidades e orientações. http://saude.terra.com.br/alimentacao
- Alimentação equilibrada
http://www.incor.usp.br/unidades/nutricao/alimentacao_saudavel_net.pdf
- 5 ao dia. http://www.5aodia.com.br/
- Você é o que come? Teste informativo.
http://istoe.terra.com.br/planetadinamica/produtos/teste_come/index.asp
- História do açúcar refinado e mais. http://www.padilla.adv.br/saude/acucar/
3.5.4 O Website
A autora deste estudo tamm foi responsável pelo desenvovimento do site, que
foi hospedado no endereço http://www.saudeequilibrio.com/mestrado/coleta e
denominado “Saber + Saúde”. Nos picos seguintes, são detalhadas as tecnologias
utilizadas na sua criação e a estrutura do mesmo.
3.5.4.1 Tecnologias de desenvolvimento
As tecnologias utilizadas são descritas aqui apenas para fins de documentação e
não com o intuito de detalhamento.
Assim, as linguagens de programação utilizadas foram HTML
1
, JavaScript
2
e
PHP versão 4.3.1
3
. O banco de dados de armazenamento dos dados referentes as
visitas dos usuários foi o MySQL, versão 4.1.11
4
.
3.5.4.2 Controle de acesso
Ao acessar o site, o usuário deparava-se com a primeira tela (figura 2), a qual
solicitava login e senha para visualização do conteúdo. Esta solicitação de senha foi
necessária para restringir o acesso do grupo controle às informõescontidas.
Através desse login, efetuado logo no início da navegação, além da filtragem de
acesso, controlou-se a regularidade das visitas de cada participante, bem como as
sessões do site acessadas e o tempo gasto em cada visita (figura 3).
1
http://www.w3.org/TR/html401/
2
http:///java.sun.com
3
http://www.php.net
4
http://www.mysql.com
30
Após se conectar no site, o visitante era direcionado para o assunto que estava
sendo tratado naquela quinzena, ou seja, a cada atualização do site, os usuários
visualizavam uma página inicial diferente, após a tela de login.
Esses dados armazenados foram importantes também para garantir que os
voluntários do grupo de intervenção estavam utilizando o site, o que no caso desse
estudo, era fundamental. A cada nova atualização, caso não fosse encontrado
registro de visita de algum participante no assunto anterior, este recebia um e-mail,
relembrando login e senha de acesso e convidando-o a uma visita. Sendo mantida a
falta de acesso, mesmo após tentativa por contato telefônico, caracterizava-se perda
amostral.
Figura 2. Tela inicial do site
31
Figura 3. Esquema de controle de acesso ao site Saber + Saúde
3.5.5 Estrutura do site
O site foi desenvolvido de acordo com as especificações de Sales (2002) as
quais relacionam as dificuldades sensoriais e cognitivas encontradas por alguns
idosos, criando um modelo padrão para sites na Internet direcionados para este
público, sugerindo sete critérios a serem seguidos:
a) Compatibilidade: inserção de descrições textuais associadas a imagens,
gráficos, sons, animações, ícones, vídeos, etc., isto é, equivalentes textuais para
componentes que não sejam textuais.
b) Flexibilidade: buscando prevenir lesões por esforço repetitivo (LER).
c) Legibilidade: contrastar as cores do texto e as do fundo no qual o texto se
encontra, assim como discriminação entre cores de mesmo tom, principalmente para
azul, verde e amarelo.
d) Controle do usuário: não inserir atualizações periódicas automáticas.
e) Significados dos códigos e denominações: os enunciados dos links devem
ser concisos e significativos, fazendo sentido mesmo quando lidos fora de contexto.
Grupo de
intervenção
Acesso ao site
Recebimento de
email individual
Grupo
controle
Sem acesso ao
site
Registro no banco
de dados:
Usuário:_________
Data:___________
Hora:___________
Duração da
visita:___________
Sessões
visitadas:________
________________
32
f) Consistência: apresentar informões e objetos de interação (campo de
edição, botão de comando, etc.) que ocorrem repetidos nas diferentes ginas, em
posições e formas consistentes.
g) Densidade informacional: disponibilizar no site apenas informações
relevantes, não repetitivas ou impertinentes.
Todos os critérios acima foram observados e implementados no site
“Saber+Saúde.
3.6 Coleta de Dados
O procedimento de coleta de dados iniciou-se com a entrega dos questionários,
aos grupos controle e intervenção, os quais verificavam as variáveis
sóciodemográficas e econômicas (gênero, data de nascimento, estado civil, renda
familiar e escolaridade), peso, altura (estes dois últimos foram auto-referidos), estilo
de vida (Perfil do Estilo de Vida Individual) e nível de atividade sica (IPAQ). O
termo de compromisso, entregue juntamente com os questionários, deixava claro o
sigilo das respostas e identidade dos correspondentes.
Os questionários, auto-aplicáveis, foram entregues na residência dos
participantes e recoletados após contato via e-mail ou telefone. Ao receber o
questionário, cada documento era cuidadosamente revisado para garantir o
preenchimento de todas as questões, bem como a legibilidade de cada resposta e a
assinatura do termo de compromisso.
A segunda coleta, no momento pós intervenção, aproximadamente 120 dias após
a primeira, seguiu os mesmos procedimentos no que se refere à distribuição dos
questionários e recolhimento dos mesmos. Porém, além das informões coletadas
de peso, estilo de vida e nível de atividade física, incluíu-se o Questionário para
Idosos Usuários de Internet e para o grupo de intervenção ainda as perguntas sobre
o site “Saber+Saúde”.
A partir dos questionários preenchidos e recolhidos, os dados foram digitalizados
e armazenados no software estastico SPSS versão 15.0 para Windows, para
posterior análise.
33
Tabela 3. Dados coletados para cada grupo e nos momentos pré e pós tratamento
Pré Intervenção Pós Intervenção
Grupo Controle - dados demográficos
- dados sócio-econômicos
- peso e altura
- estilo de vida
- nível de atividade física
- peso
- estilo de vida
- nível de atividade física
- uso da Internet
Grupo Experimental - dados demográficos
- dados sócio-econômicos
- peso e altura
- estilo de vida
- nível de atividade física
- peso
- estilo de vida
- nível de atividade física
- uso da Internet
- uso do site Saber+Saúde
3.7 Tratamento Estatístico
Para análise dos dados utilizou-se o software SPSS versão 15.0 para Windows.
A estatística utilizada foi descritiva: média, desvio padrão e distribuição de
freqüência. Para comparação intra-grupos optou-se pelo teste de Wilcoxon para
dados não normais (avaliados por meio do teste Shapiro-Wilk). Para comparação
inter-grupos, aplicou-se o teste Qui-quadrado para os dados nominais e teste de
Mann Whitney para as variáveis ordinais e escalares. A possível relação entre
variáveis foi verificada com a aplicação do teste Qui-quadrado e da correlação de
Spearman.
3.8 Desenho experimental do estudo
O desenho do estudo pré-experimental de grupos randomizados com testes pré e
pós-tratamento, está representado na figura abaixo:
R O
1
T
O
2
R O
3
O
4
Figura 04. Desenho pré-experimental do estudo
Onde:
R – atribuição randômica de indivíduos ao grupo
34
O
1
– testagem pré-tratamento no grupo experimental (vide tabela 3)
T – tratamento experimental: visitas ao site Saber + Saúde durante 120 dias
O
2
– testagem pós-tratamento no grupo experimental (vide tabela 3)
O
3
– testagem pré-tratamento no grupo controle (vide tabela 3)
O
4
– testagem pós tratamento no grupo controle (vide tabela 3)
3.9 Limitações do estudo
Detectou-se três limitações durante o desenvolvimento deste trabalho:
1) perda amostra de dois sujeitos alocados no grupo de intervenção, devido a
não visitação do site de pelo menos uma vez a cada conteúdo atualizado;
2) realização da pesquisa durante o período de final de ano, que se
caracterizaou por um período de férias, o qual pode ter tido alguma influência
sobre os resultados (variáveis não controladas) e
3) não possibilidade de aplicão do questionário em forma de entrevista,devido
a falta de recursos humanos e tempo.
35
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo, expõe-se os resultados seguidos da discussão a respeito de cada
variável analisada.
4.1 Perda amostral
Ao longo dos 120 dias de intervenção, houve uma perda amostral de 02
idosos do grupo de intervenção, motivada pela falta de visitação ao site de no
mínimo um acesso a cada nova atualizão do site. Estes dados foram
desconsiderados nas análises aqui expostas. Assim, o grupo controle totalizou 20
indivíduos e o grupo experimental 18.
4.2 Perfil dos participantes
Firzeram parte do grupo controle (GC), 20 indivíduos cuja idade média foi de 66,0
anos ± 4,3 (60-74 anos), sendo 11 do gênero feminino e 09 do gênero masculino. O
grupo de intervenção (GI) foi composto por 18 indivíduos com idade média de 63,6
anos ± 3,75 (60-73), sendo 10 mulheres e 08 homens. A tabela 04 abaixo descreve
ainda o perfil sócio-econômico (estado civil, vel de escolaridade e renda familiar)
dos participantes dos dois grupos. Não foi encontrada significância estastica para a
análise de diferença entre os grupos para estas variáveis (teste Qui-quadrado e
Mann-Whitney).
Tabela 4. Características da amostra do estudo divididas em grupo controle e
intervenção coletadas no início do estudo
Grupo Controle
(n=20)
Grupo Interveão
(n=18)
Idade Média em anos (DP) 66,0 (4,3) 63,6 (3,75)
Gênero (n)
- Feminino 11 10
- Masculino 09 08
Estado civil (n)
- Solteiro(a) 01 0
36
- Casado(a)/morando junto 14 16
- Separado(a)/divorciado(a) 03 01
- Viúvo(a) 02 01
Renda familiar (n)
- Abaixo de 2 salários mínimos 02 0
- De 2 a 5 salários mínimos 02 02
- De 5 a 10 salários mínimos 02 03
- Acima de 10 salários mínimos 14 13
Escolaridade (n)
- Quarta série do ensino fundamental 02 0
- Oitava série do ensino fundamental 0 01
- Terceiro ano do ensino médio 03 0
- Ensino superior incompleto 02 0
- Ensino superior completo 13 17
Os participantes eram em sua maioria mulheres, característica presente também
em cada um dos grupos. Em Florianópolis, local onde o estudo foi conduzido, há a
predominância de mulheres na população idosa, segundo o último censo do IBGE
(2004), onde do total de idosos do município, 15.778 são mulheres e 11.575
homens.
Ambos os grupos foram compostos por idosos em sua maioria casados, com
renda familiar acima de 10 salários mínimos e de nível de escolaridade de ensino
superior completo.
Como um dos critérios de inclusão para a amostra deste estudo foi o de uso da
Internet de pelo menos um ano, e como de acordo com IBGE (2005), 7,3% da
população de idosos do Brasil utilizam a Internet e seu perfil é de idosos na faixa de
60 a 70 anos, de renda familiar de mais de 5 salários mínimos e com mais de 15
anos de estudo, os idosos selecionados mantiveram-se dentro dessas
características, refletindo a tendência do idoso brasileiro usuário de Internet.
4.3 Índice de Massa Corporal
A rmula para cálculo do índice de massa corporal envolve os valores de peso
corporal e altura. Para isto, foram utilizados peso e altura referidos informados pelos
37
indivíduos através de questionário. Segundo Schmidt et al. (1993), o peso auto
referido tem alta correlação com o peso medido (r=0,97), assim como no estudo de
Peixoto, Benicio e Veiga (2006) onde não foram encontradas diferenças
significativas entre peso tomado e peso referido, tornando viável a metodologia
utilizada.
Os pontos de corte utilizados para a classificação foram os sugeridos pela
Organização Mundial da Saúde (WHO, 2000), que assegura ser uma classificação
idependente de faixas etária enero.
Tabela 5. Distribuição da amostra segundo classificação do Índice de Massa
Corporal (IMC), de acordo com WHO (2000), de ambos os grupos (GC e GI),
antes e depois da intervenção
Grupo Controle Grupo
Intervenção
Pré (n) Pós (n) Pré (n) Pós (n)
Baixo Peso
0 0 0 0
Eutrofia 05 04 07 07
Sobrepeso 15 16 11 11
Pré-obesidade
11
12
09
06
Obesidade grau I
03
03
02
05
Obesidade grau II
0
0
0
0
Obesidade grau III
01
01
0
0
TOTAL
20 20 18 18
A média do IMC do grupo controle pré e pós intervenção, foi de 27,32 kg/m
2
(dp=4,47) e 27,57 kg/m
2
(dp=4,29); do grupo de intervenção foi de 26,30 kg/m
2
(dp=3,17) e 26,56 kg/m
2
(dp=3,49), respectivamente.
De acordo com a classificação, a maior parte dos idosos estavam na faixa de
sobrepeso, sendo que as diferenças de valores entre grupos não foram
estatisticamente significativos (teste de mann-whitney nível de significância de 95% -
p=0,534 e p=0,633).
Observando-se a tabela 05 acima, é possível constatar que não houveram
mudanças significativas nesta variável do momento pré para pós tratamento dentro
de ambos os grupos, que os valores dentro das categorias permaneceram
praticamente os mesmos, constatação confirmada através de teste estatístico
(Wilcoxon - p=0,83 e p= 0,55).
38
Embora a Organização Mundial da Saúde preconize que seus pontos de corte e,
consequentemente sua classificação, sejam internacionais, muitos pesquisadores
sugerem pontos de corte específicos para a população idosa. Lipschitz (1994), por
exemplo, sugeriu a utilização de padrões de IMC específicos para indivíduos
maiores de 65 anos, baseado nas modificações de composição corporal decorrentes
do aumento da idade, como: ganho de peso corporal, aumento de gordura corporal e
diminuição da massa muscular (SHEPARD, 2003).
Entretanto, adotou-se neste estudo a classificação da OMS por se tratar de um
padrão internacional e levando em consideração a média de idade da amostra, pois
grande parte dos novos ponto de corte propostos para idosos, tem como base a
idade acimda de 65 anos, faixa etária adotada pelos países desenvolvidos
(SAMPAIO, 2004).
A averiguação do IMC do idoso torna-se importante na medida que este é um
indicador de baixo peso e obesidade, sendo este último associado com um aumento
no risco de desenvolver doenças crônicas. o baixo peso, relaciona-se fortemente
a quantidade de massa muscular, a qual apresenta uma correlação direta com a
manutenção da saúde e longevidade (SHEPARD, 2003; PAPALÉO-NETTO, 2002).
O tratamento proposto por este estudo experimental, não apresentou influência
sobre a variável IMC, principalmente pela não deteão de alteração de peso
corporal, cujas médias dos grupos pré e pós não modificaram significativamente de
forma a melhorar o perfil do IMC desses idosos (GC: p=0,85 e GI: p=0,92).
O estudo de Carr et al. (2007), o qual similarmente utilizou-se da Internet para
orientar sobre mudanças de comportamento para tornar o dia-a-dia de adultos mais
ativo, e que também teve a duração de 16 semanas, mesmo sendo efetivo no
incremento do nível de atividade física, não obteve mudanças nos valores de IMC,
assim como os resultados obtidos neste estudo.
4.4 Estilo de vida
A análise do estilo de vida englobou seis aspectos: nutrição, atividade física,
comportamento preventivo, relacionamentos, stress e sono e instropecção.
Apresenta-se a seguir, a distribuição da amostra em cada um desses aspectos,
pré e pós interveão, e os testes estatísticos de análise dos resultados.
39
4.4.1 Nutrição
A tabela 06 demonstra três aspectos dos hábitos alimentares dos idosos da
amostra de ambos os grupos. O primeiro aspecto analisado foi sobre o consumo de
frutas e verduras. A freqüência de consumo desses alimentos mostrou-se
relativamente igual, distribuída entre as quatro opções da escala de avaliação, para
o grupo controle, tanto no pré quanto no s tratamento, sem diferença significante
(p = 0,58). No grupo intervenção, no momento pré tratamento, 07 idosos afirmaram
consumir apenas às vezes e 09 quase sempre. No pós intervenção, detectou-se que
10 idosos quase sempre consumiam as frutas e verduras dentro da recomendação e
02 afirmaram sempre consumir, diferença não significativa (p=0,26).
Com relação à ingestão de alimentos gordurosos e doces, a maioria dos
idosos do grupo controle (n=11) afirmou sempre evitar no período pintervenção,
enquanto no pós a frequência predominante foi quase sempre (n=07), seguido de
sempre (n=06). No grupo intervenção, grande parte (n=8) evitava este tipo de
ingestão apenas às vezes, porém no pós intervenção a maioria (n=12) afirmou que
quase sempre. Quando analisadas essas diferenças estatisticamente (teste de
Wilcoxon), não foi encontrada significância (GC: p=0,12 e GI: p=1,00)
As diferenças entre o pré e s de ambos os grupos para o ítem refeições
variadas, não apresentou diferença estatística significativa (GC: p=0,28 e GI:
p=0,55). Destaca-se que o hábito de realizar várias refeições ao longo do dia,
apresenta-se comum entre os dois grupos.
Tabela 6. Distribuição da amostra por hábitos alimentares e comparação entre momento pré
e pós intervenção
Frutas e hortaliças Gorduras e doces Refeições variadas
GC GI GC GI GC GI
Pré Pós
Pré Pós Pré s
Pré Pós Pré Pós Pré
Pós
Não faz parte 03 05 01 01 01 02 00 01 02 04 01 01
Às vezes 07 05 07 05 05 05 08 04 04 02 04 06
Quase sempre 05 05 09 10 03 07 07 12 06 08 06 05
Sempre 05 05 01 02 11 06 03 01 08 06 07 06
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
40
Nahas (2003) afirma que uma alimentação saudável deve observar os aspectos
qualitativo e quantitativo, ou seja, a qualidade dos alimentos e a quantidade
necessária de cada um dos alimentos que deve compor uma refeição, observando a
necessidade calórica do indivíduo. A necessidade de calorias a ser ingerida vai
diminuindo à medida que a idade vai avançando, sendo assim, o idoso tem
necessidades calóricas menores do que um indivíduo jovem, por exemplo. Porém
Goran e Poehlman (2004) investigaram a quantidade de energia necessária a um
indivíduo idoso e constataram que esta está diretamente relacionada com a
atividade física realizada por este, logo, pode ser a mesma de um indivíduo mais
jovem com baixo nível de atividade física.
Um estudo realizado na Inglaterra por Hickson e Frost (2004), concluiu que o
tipo de alimentação não apresentou influência direta sobre a qualidade de vida, mas
sim sobre a redução da função física. Porém, fatores que afetam a ingestão dos
alimentos (como a não autonomia para comer) têm um grande impacto na qualidade
de vida, o que demonstra a importância dos alimentos e da alimentação como um
aspecto de qualidade de vida.
Com base nessa importância, Winett et al. (2007) desenvolveram uma
pesquisa, cujo foco foi na orientação de nutrição e atividade física via Internet
durante sete meses, sem considerar outros fatores do estilo de vida. Os
pesquisadores obtiveram resultados expressivos e significativos com este tipo de
intervenção.
Outro estudo experimental com resultados positivos de uso da Internet e
orientações sobre nutrição foi o realizado por Oenoma et at. (2005). Após o
preenchimento do questionário, orientações personalizadas sobre melhoria nos
hábitos alimentares foram disponibilizadas em um site para o grupo de tratamento. O
grupo controle não recebeu nenhum tipo de orientação. Como conclusão, designou-
se que as informações personalizadas foram primordiais para a eficiência do
tratamento, pois foram consideradas mais relevantes e interessantes do que as
genéricas.
A intervenção voltada para a nutrição neste estudo foi realizada na primeira
quinzena de tratamento, sendo que as informões estavam em destaque no site
por 15 dias. Após este período, elas passaram para um link de acesso secundário.
Logo, fazendo um paralelo com os resultados da pesquisa de Winett et al. (2007) e
Oenoma et at. (2005), associa-se a não efetividade da interveão deste estudo no
41
fator nutrição, pelo tempo dedicado ao tema, pelos bons hábitos de nutrição da
amostra já no momento pré-teste e pelo fato de as informações passadas não serem
individualizadas e personalizada.
4.4.2 Atividade física
A tabela 07 mostra três fatores da atividade sica habitual: freqüência de
atividade física de cinco ou mais vezes na semana, realização de exercícios de força
e alongamento muscular e a utilização de escadas e caminhadas como meio de
transporte.
Tabela 7. Distribuição da amostra por atividade sica e comparação entre momento pré e
pós intervenção
30 min. Drios Força e alongamento Transporte
GC GI GC GI GC GI
Pré Pós
Pré*
Pós* Pré Pós Pré*
Pós* Pré
Pós
Pré
Pós
Não faz parte 09 09 09 02 09 10 09 02 12 09 05 03
Ãs vezes 09 05 04 05 06 03 06 09 03 05 07 07
Quase
sempre
02 02 05 07 05 03 03 02 03 04 06 07
Sempre 00 04 00 04 00 04 00 05 02 02 00 01
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
*diferença estatística significativa para p<0,05 – Teste de Wilcoxon (p=0,001 e p=0,001).
Pela tabela acima, observou-se que o grupo controle manteve predominante o
hábito da não prática de atividade física, tanto no momento pré quanto pós
intervenção, não obtendo diferenças significativas entre estes dois momentos, para
todos os aspectos verificados.
O grupo de intervenção demonstrou melhoria significativa pré e pós para os
aspectos da realização de pelo menos 30 minutos diários de atividade e do
envolvimento em exercícios de força e alongamento muscular. No aspecto
transporte, observou-se uma mudança não estatisticamente significante.
Observa-se que os idosos desta amostra não tem incorporado no seu estilo de
vida a prática de atividade física, seja ela na forma de caminhadas, como meio de
transporte ou na forma sistematizada, como exerçicios de foa. Para Nahas (2003)
42
os idosos devem praticar atividades físicas que englobem os seguintes aspectos da
aptidão física relacionada a saúde: aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade e
resistência muscular, pois só assim podem garantir a sua autonomia por mais tempo
e a independência nas atividades de vida diária.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME),
Nóbrega et al. (2000), o conceito de que a atividade física é fundamental para a
promoção da saúde do idoso e a elaboração de ações objetivas e concretas que
viabilizem a prática regular de atividade física orientada nessa faixa etária, deve
partir do governo, em seus diferentes níveis, das instituições médicas e científicas,
das entidades não governamentais e da mídia.
O estímulo a prática de atividade física pelo idoso visando à saúde, como
sugere a SBME e outros órgãos internacinais de igual notoriedade como o Colégio
Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2006) e o Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC, 2008), pode vir por meio de mídias como a Internet,
de amplo alcance e baixo custo. Considera-se esta a importância de realizão
deste estudo, principalmente no Brasil, onde o uso da Internet vem crescendo,
juntamente com o sedentarismo e o aumento da população idosa, e iniciativas como
este estudo são praticamente inexistentes.
Assim, analisando os resultados obtidos por esta pesquisa para a prática de
atividade física enquanto fator do estilo de vida, destaca-se a significância obtida das
diferenças pré e pós acesso ao site do grupo de tratamento, enfatizando que este
tipo de mídia deve ser considerada quando se pretende atingir a população idosa.
Mais pesquisas obtiveram conclusões positivas a respeito do uso da Internet
para disseminação de informações sobre atividade física como meio de
estímulo/orientação para a prática (HAGEMAN et al., 2005; SPITTAELS et al., 2007).
Assim como aconteceu nesta intervenção, as orientações sobre atividade física
desses outros estudos com resultados positivos, foram feitas por no mínimo dois
meses, o que pode ter contribuido para os resultados, diferentemente do fator
anteriormente analisado nutrição cuja intervenção o destacou por apenas 15
dias.
Por outro lado, a revisão de literatura publicada por Vandelanotte et al. (2007)
que analisou 15 estudos de intervenção por meio da Internet visando a promão da
atividade sica de grupos, concluiu que estas mediações são mais eficazes quando
o tempo de tratamento é menor do que três meses.
43
4.4.3 Comportamento Preventivo
Observa-se pela tabela 8 abaixo, que tanto os idosos do GC quanto do GI
possuem bons hábitos de comportamento preventivos, tanto com relação ao controle
da pressão arterial e colesterol, uso de cigarros e consumo de álcool e às práticas
corretas no trânsito.
Assim sendo, mudanças neste comportamento não eram esperadas, o que
refletiu na não diferença estatística intra grupopré e pós tratamento – em todos os
três fatores (pressão e colesterol: GC p=0,20 e GI p=0,41 / fumo e álcool: GC p=0,44
e GI p=0,31 / trânsito: GC p=0,19 e GI p=0,70).
Tabela 8. Distribuição da amostra pelo aspecto comportamento preventivo e comparação
entre momento pré e pós intervenção
Pressão e colesterol Fumo e álcool Trânsito
GC GI GC GI GC GI
Pré Pós
Pré Pós Pré s
Pré Pós Pré Pós Pré
Pós
Não faz parte 00 00 01 01 05 03 03 04 01 00 00 00
Ãs vezes 00 01 01 02 00 00 00 00 01 00 01 00
Quase sempre 02 04 04 04 01 17 02 02 01 01 03 04
Sempre 18 15 12 11 14 00 13 12 17 19 14 14
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
Os controles adequados da pressão arterial e dos veis de colesterol na velhice
refletem uma preocupação positiva com a saúde e a prevenção de doenças
(NAHAS, 2003). A prevalência de tabagismo no idoso é menor, porém se
evidenciou que a expectativa de vida e a qualidade de vida do idoso aumentam
quando deixam de fumar, salientando-se também, que a adeo aos programas de
suspensão do tabagismo é maior nesta faixa etária. No entanto, pesquisadores
salientam que a redução da incidência de tabagistas com a idade não significa
redução do número total de idosos fumantes, reforçando a importância dos
programas de cessação tabágica para qualquer grupo etário (PEIXOTO, FIRMO &
LIMA-COSTA, 2005).
Segundo Santana, Braga e Santos (2004), indivíduos idosos estão mais expostos
a riscos no trânsito, sendo este pedestre ou motorista, quando comparados com
44
outras faixas etárias adultas. Essa vulnerabilidade está associada à fragilidade típica
da faixa etária. Um acidente que causa ferimento é seis vezes mais provável de ser
fatal em alguém com idade igual ou superior a 80 anos do que em alguém na faixa
dos 40. Enquanto a maior parte das mortes em acidentes de tráfego para os não
idosos é causada por ferimentos na cabeça, idosos são altamente vulneráveis a
ferimentos internos. Dentre as características típicas do envelhecimento que estão
relacionadas com o desempenho do motorista, destacam-se os problemas
relacionados com a visão, especificamente a acuidade visual estática e dinâmica, o
aumento da sensibilidade a reflexos, a visão noturna deficiente, sensibilidade ao
contraste, redução da habilidade de processar informação e a diminuição da
flexibilidade do pescoço e da parte superior do corpo.
4.4.4 Relacionamentos
O fator relacionamentos, que expressa principalmente o envolvimento social do
indivíduo, não foi abordado diretamente em nenhum dos tópicos tratados no site.
Entende-se que é um aspecto de igual importância dentro da análise do estilo de
vida de um indivíduo e, por este motivo foi incluído nas investigações.
O primeiro aspecto do fator relacionamento analisado é ovel de satisfação com
as amizades e o cultivo de novas amizades, o segundo diz respeito à participação
em associações e entidades sociais e o lazer comunitário e o terceiro item refere-se
a sentir-se útil no seu ambiente social. Observa-se pela tabela 9, a seguir, que os
idosos da amostra estão satisfeitos com os seus laços de amizade e buscam
participar de entidades, associações e do lazer na sua comunidade.
Tabela 9. Distribuição da amostra pelo aspecto relacionamento e comparação entre
momento pré e pós intervenção
Amizades Participação social Sentir-se útil
GC GI GC GI GC GI
Pré Pós
Pré Pós Pré Pós
P Pós Pré Pós Pré
Pós
Não faz parte 01 01 0 0 04 02 04 03 04 03 01 01
Ãs vezes 0 01 01 01 04 05 05 06 02 05 06 08
Quase sempre 04 05 04 05 04 08 05 05 02 05 06 05
Sempre 15 13 13 12 08 05 04 04 12 07 05 04
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
45
Mesmo apresentando diferentes valores de frequências, os grupos não foram
diferentes significativamente nos momentos pré e s tratamento (amizades: GC
p=0,49 / GI p=0,65 / participação social: GC p=0,77 e GI p=0,79 / sentir-se útil: GC
p= 0,48 e GI p= 0,31).
O tempo de lazer comunitário representa um papel importante quando
consideramos o chamado sucesso no envelhecimento” e contribui para superar os
problemas relacionados à redução dos pais sociais, favorecendo uma melhor
adaptação na terceira idade. Mauro et al (2001), concluíram que o tempo de lazer é
um fator indispensável da vida social de indivíduos idosos e tem um importante valor
na vida afetiva e nas expectativas e necessidades individuais dos idosos.
Verificaram tamm que o tipo de atividade realizada no lazer está relacionado aos
índices de afetividade e auto-suficiência do idoso, a escolaridade dos sujeitos não
apresentou influência sobre o mesmo.
Motivado pelo estudo dos autores, testou-se esta relação escolaridade x lazer
comunitário (a qual está incluída neste segundo aspecto, juntamente com
participação em associações) por meio do Qui-quadrado, e tamm não detectou-se
associação entre as variáveis em ambos os grupos (GC p=0,66 e GI p= 0,16).
4.4.5 Controle do stress
É possível verificar pela tabela 10 que os idosos da amostra, em sua maioria,
possuem um comportamento que previne o stress, segundo Nahas (2003). O
primeiro aspecto analisado é se o indivíduo reserva um tempo no dia para o
descanso, o segundo verifica as reações emocionais ao discutir ou se sentir
contrariado, se consegue controlar irritação ou raiva e o terceiro verifica se o
indivíduo equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer.
As informações passadas no site com relação ao controle do stress, trataram de
três aspectos: 1) o que é o Stress?, 2) stress e doenças e 3) atividade física e stress.
Tabela 10. Distribuição da amostra pelo aspecto controle do stress e comparação entre
momento pré e pós intervenção
Descanso diário Calma ao discutir Trabalho x Lazer
GC GI GC GI GC GI
46
Pré Pós
Pré Pós Pré s
Pré Pós Pré Pós Pré
Pós
Não faz parte 06 03 03 02 02 03 02 02 03 02 03 04
Ãs vezes 02 05 02 03 09 06 09 07 05 05 03 04
Quase sempre 03 02 03 03 04 07 06 06 04 06 09 04
Sempre 09 10 10 10 05 04 01 03 08 07 03 06
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
Observando a tabela 10, verifica-se que o segundo aspecto analisado, que diz
respeito ao controlar-se quando numa discussão, foi o que apresentou menos
resultados positivos quando se considera o momento pintervenção de ambos os
grupos.
As análises estatisticas não demonstraram diferenças intra grupos. Buscou-se
uma associação entre renda familiar e os três aspectos do controle do stress e
encontrou-se uma relação positiva e significativa entre a renda familiar e equilíbrio
entre trabalho e lazer, sendo p=0,03 (correlação de Spearman, nível de significância
95%). Esta relação sugere que o equilíbrio entre o trabalho e o lazer é dependente
da renda familiar que o indivíduo possui, no caso deste estudo, quanto maior a
renda, menor o tempo dedicado ao lazer.
A relação lazer do idoso e renda familiar, demonstrou-se diferente neste estudo
de outras pesquisas, as quais relatam um menor tempo dedicado ao lazer, quanto
menor a renda (ZAITUNET et al., 2007). Relacionou-se a diferença aqui apresentada
pelo tamanho da amostra, suficiente para um estudo experimental, porém
insuficiente para estudos epidemiológicos, refletindo apenas uma característica da
amostra aqui estudada.
O stress no idoso é associada a inúmeros fatores, sendo os principais:
aposentadoria, morte de entes queridos, mudanças de papéis sociais, entre outros.
Outras pesquisas indicam que o stress está associado ao desenvolvimento de
doenças cardiovasculares e cognitivas (GOLDMAN et al., 2005).
A intervenção aqui proposta não mostrou resultados substanciais para modificar
o comportamento de controle do stress dos idosos, porém entende-se que esta
investigação deve ser feita, pois esta variável não tem recebido atenção nos estudos
com os idosos no Brasil (PORCU et al., 2002).
47
4.4.6 Sono e introspecção
O componente sono e introspecção foi tratado no site por meio do tópico “Saúde
mental”, onde foram abordados a importância do pensamento positivo e do sono.
Tabela 11. Distribuição da amostra pelo aspecto sono e introspecção e comparação entre
momento pré e pós intervenção
Otimismo Sono Sentir-se feliz
GC GI GC GI GC GI
Pré Pós
Pré Pós Pré s
Pré Pós Pré Pós Pré
Pós
Não faz parte 01 01 00 00 01 01 01 01 00 00 00 00
Ãs vezes 01 01 02 02 02 04 06 04 00 01 00 02
Quase sempre 07 05 08 08 09 06 05 08 06 05 09 07
Sempre 11 13 08 08 08 09 06 05 14 14 09 09
TOTAL 20 20 18 18 20 20 18 18 20 20 18 18
A análise deste componente nos leva a constar que grande parte dos idosos
conhece a importância e mantem pensamentos positivos e otimistas. O mesmo é
visível para a análise do sentimento de felicidade.
Em se tratando do sono, uma tendência maior ao dormir bem porém, foram
constatadas que as frequências às vezes e quase sempre, estiveram presentes nas
respostas. Na análise estatística, não encontrou-se diferenças intra grupos.
A importância do sono em qualquer fase da vida foi relatada por inúmeros
pesquisadores. Na idade avançada, os idosos apresentam uma diminuição do tempo
dedicado ao dormir, às vezes apresentando insônia e qualidade do sono
(PAPALEO-NETO, 2002). O sono do idoso deve ter uma atenção especial, pois es
fortemente associado a sintomatologia de depressão, principalmente nos do gênero
feminino; a depressão associa-se fortemente com a prática de atividade física,
quanto maior o tempo dedico a prática, menor a tendência a este distúrbio
psicológico (FARIA, BARRETO & PASSOS, 2008). Não se encontrou associação
neste estudo com nenhuma das variáveis analisadas por este componente do estilo
de vida aqui descrito e o nível de atividade física.
48
Qualidade de vida é um conceito bastante subjetivo, pois varia de pessoa para
pessoa (NAHAS, 2003). Porém, para grande parte dos idosos, o sono é um fator
primordial de qualidade de vida, como demonstrou a investigação realizada por
Vecchia et al. (2005).
De forma geral, das variáveis do estilo de vida, a atividade física foi a que mais
sofreu influência da interveão, constatação atribuída à uma maior dedicação dos
conteúdos do site a este aspecto e ao fato de esta variável ter sido a que apresentou
resultados menos positivos no momento pré intervenção.
O teste de Mann-Whitney foi aplicado para a verificação de significância inter
grupos para todas as variáveis do estilo de vida, porém não verificou-se diferença
estatística para nenhuma das variáveis do estilo de vida. Os valores de p para estes
testes encontram-se em anexo.
4.5 Nível de atividade física
O nível de atividade física foi medido por meio do questionário IPAQ versão
longa, o qual analisa os minutos semanais gastos em atividades físicas em quatro
domínios: trabalho, transporte, tarefas domésticas e atenção à família e no período
de recreação, esporte, exercício e lazer.
Tabela 12. Classificação do nível de atividade física do grupo
controle e intervenção, pré e pós tratamento, segundo minutos
de atividade física semanal
Grupo Controle Grupo Intervenção
Pré (n) Pós (n) Pré (n) Pós (n)
Inativo 09 10 04 01
Ativo 11 10 14 17
TOTAL
20 20 18 18
A classificação dos indivíduos em ativo ou inativo foi atribuída com base na
preconização do Colégio Americano de Medicina do Esporte de que 150 minutos
semanais o suficientes para a promoção da saúde. Aplicou-se teste estatístico de
Wilcoxon buscando significância, porém não foram encontradas (GC p=0,09 e GI
p=0,97).
49
A média de minutos dispendida pelo grupo controle pré intervenção foi de 754,25
minutos semanais e do grupo de intervenção foi de 620,83 minutos. Os valores
médios pós intervenção resultaram em 1.204,15 pelo grupo controle, e 625,72 pelo
grupo de intervenção.
Optou-se também por apresentar o tempo médio em minutos acumulados de
cada domínio para a verificação do domínio mais ativo e inativo em cada um dos
grupos.
Tabela 13. Média de minutos semanais gastos em atividade física por domínio, pré e s
tratamento, de ambos os grupos
Grupo Controle Grupo Intervenção
Pré
(minutos)
Pós
(minutos)
Pré
(minutos)
Pós
(minutos)
Trabalho 54 (0-390) 255,75 (0-3120) 55,83 (0-480) 67,67 (0-948)
Transporte 67 (0-360) 143,15 (0-1200) 100 (0-240) 147,22 (0-540)
Casa 542 (0-4440) 655,25 (0-5760) 393,89 (0-3600)
268,33 (0-1260)
Lazer/Esporte 105,75 (0-480)
91,75 (0-480)
1
71,11 (0-375) *
142,5 (0-435)*
1
* diferença significativa pré e pós para p 0,05 – teste de Wilcoxon (p = 0,03)
1
diferença significativa inter grupos etapa s intervenção para p 0,05 teste de Mann-
Whitney (p = 0,05)
A média de tempo sentado do grupo controle pré e pós foram respectivamente
1248 e 1161. Para o grupo intervenção, esta média foi de 1560,22 e 1495,83.
Diferenças não significativas a nível 95%.
A exemplo dos resultados obtidos com a intervenção para a variável atividade
física na análise do estilo de vida, observa-se um incremento significativo dovel de
atividade física do grupo de intervenção, no domínio relacionado a recreação,
esporte, exercício e lazer, intra grupo (p=0,03) e inter grupos (p=0,05).
Este incremento, foi associado ao aumento ocorrido na variável atividade sica
realização de 30 minutos diários, para o grupo de intervenção, pós tratamento
(correlão de Spearman para p≤0,05, p=0,002).
Com relação ao grupo de intervenção, observou-se uma diminuição dos minutos
despendidos em atividades em casa, domésticas e acréscimos de minutos em todos
os outros domínios.
Encontrou-se uma associão positiva entre os minutos despendidos com
atividades de lazer e esporte e escolaridade (teste qui-quadrado (95%), valor de
50
p<0,001), sendo que quanto maior a escolaridade, menor o tempo gasto neste tipo
de atividade física. Este resultado foi ao encontro do divulgado por Malta et al.
(2006): quanto maior a idade e a escolaridade, maior o índice de sedentarismo
(n=54.396).
Outras iniciativas foram bem sucedidas na tentativa de intervenção, visando
incremento de atividade física, via Internet. A proposta por Spitaells et al. (2007)
utilizou o mesmo instrutmento de pesquisa (IPAQ versão longa) para medição do
vel de atividade sica, porém o ponto de corte proposto pelos atores foram
diferentes para classificão em ativo e inativo, sendo inativo o participante que
realizava < 210 minutos/semana de atividades de intensidade moderada a vigorosa
e menos de 20 minutos contínuos de de atividades de intensidade vigorosa, três
vezes por semana. Foram encontradas diferenças também significativas no domínio
lazer/esporte e ainda no domínio do transporte, o qual neste estudo também mostrou
um incremento, porém sem significância estatística.
Por outro lado, Hageman et al. (2005) obteve melhoras significativas no VO
2max
(teste de caminhada de Rockport),
flexibilidade (teste de sentar e alcançar) e no
percentual de gordura, porém não conseguiu encontrar modificações significativas
no nível de atividade física.
O resultado de que a intervenção foi bem sucedida com respeito ao aumento do
vel de atividade física dos idosos, é de suma importância, pois sugere que esta
forma de intervenção deve ser replicada em outras realidades, visando a promão
da atividade sica dentre os idosos, já que, de acordo com Conn et al. (2000), as
populações idosas ainda reportam baixos níveis de atividade física, fato atribuído
pelo autor à escassez de estudos que focam seus objetivos na busca de
intervenções que funcionem na prática profissional.
4.6 Uso da internet
4.6.1 Frequência semanal, tempo de acesso a Internet e tipo de buscas
Nas tabelas abaixo, são apresentadas as distribuições da amostra com relação a
frequência de uso semanal da Internet e o tempo de duração aproximado de cada
acesso, por ambos os grupos. Não verificou-se diferença significativa quanto ao
51
tempo dedicado ao acesso a internet e tão pouco quanto a frequência semanal, inter
grupos.
Tabela 14. Frequência semanal de acesso a Internet de ambos os grupos
Grupo controle Grupo intervenção
De 1 a 3 vezes por semana 07 06
De 4 a 6 vezes por semana 03 08
Todos os dias 10 04
Tabela 15. Tempo de duração de cada acesso a Internet de ambos os grupos
Grupo controle Grupo intervenção
De 1 a 10 minutos 02 02
De 11 a 20 minutos 03 01
21 a 30 minutos 01 05
Aproximadamente 1 hora 04 05
Mais de uma hora 10 05
Constata-se que grande parte dos idosos acessam a rede todos os dias ou de
quatro a seis vezes por semana. O tempo de duração dos acessos do grupo controle
apresentou-se maior do que o grupo de tratamento, porém não significativo.
Pode-se afirmar que a amostra em questão, tem um hábito de uso da Internet
que reflete a rotina dos outros usuários do Brasil, segundo informações do IBGE
(2007).
O acesso e interesse dos idosos pela Internet vem crescendo, mas algumas
barreiras ainda são descritas pelos mesmos, impedindo uma maior expressividade
de acesso da terceira idade à rede: custo, complexidade e impedimentos
ergonômicos (CARPENTER & BUDAY, 2006).
Tabela 16. Frequência semanal de busca de informações sobre saúde de
ambos os grupos
Grupo controle Grupo intervenção
De 1 a 3 vezes por semana 01 03
De 4 a 6 vezes por semana 01 00
52
Todos os dias 00 00
Esporadicamente 15 10
Nunca 03 05
O tipo de informação sobre saúde mais citado como sendo os mais buscados
pelos idosos da amostra foram, respectivamente:
dieta e nutrição (n=12);
patologias (n=11) e medicina e tratamentos alternativos (n=11);
processo de envelhecimento (n=05) e saúde mental e aspectos psicológicos
(n=5) e
exercícios físicos (n=02).
“Grupos de apoio” foi o único conteúdo o assinalado. No item “outros” foram
citados ainda: busca por princípios ativos de remédios fitoterápicos e busca por
novos medicamentos para uma doença específica.
O tema “dieta e nutrição” foi o mais citado igualmente no estudo de Fox e Fallows
(2003), sendo que este correspondeu a 44% das respostas. os exercícios sicos
tiveram um percentural de 36%.
Verifica-se que há um grande interesse dos idosos pela busca por temas
associados a sde, sendo que DeOllos e Morris (1999) acrescentam que a Internet
é um facilitador na busca por informões relacionadas a saúde e que esta busca
contribui para um comportamento preventivo com relação ao processo de
envelhecimento. Por outro lado, Lewis (2006) demonstra preocupação com a grande
variedade e quantidade deste tipo de informão disponível, a um público
majoritariamente leigo. Não se apresentou ainda nenhum estudo que verificasse a
qualidade das informações sobre sde disponível na Internet, sendo esta uma
lacuna a ser preenchida (SALES & TOUTAIN, 2005).
Tabela 17. Frequência semanal de busca de informações sobre atividade
física de ambos os grupos
Grupo controle Grupo intervenção
De 1 a 3 vezes por semana 02 01
De 4 a 6 vezes por semana 00 00
Todos os dias 00 00
Esporadicamente 05 10
53
Nunca 13 07
A busca específica por atividade física não se apresentou tão comum quanto a
busca por saúde em geral e não existiu diferenças entre o grupo controle e
tratamento (p=0,25).
Os conteúdos associados a atividade física assinalados como conteúdos
frequentes de busca foram, respectivamente:
novidades (n=07);
tipos de atividade para o meu perfil (n=06);
programas de treinamento (n=02) e consulta sobre o esporte preferido (n=02)
e
alimentação para os dias de treino (n=01).
Não foram encontrados estudos relacionando o tipo de busca dentro do tema
“ativdade física”. A partir dos resultados deste estudo, pode-se sugerir que um site
dedicado para este tema, deve abranger notícias trazendo novidades na área da
prática da atividade física e também deve ser um site personalizado. Esta última
característica, foi uma conclusão do estudo de Oenoma et at. (2005) que destacou a
importância das informações serem personalizadas para a efetividade da
intervenção.
Quando questionados sobre o interesse e a importância de um site dedicado ao
perfil do idoso com conteúdos sobre atividade física e saúde, 22 deles classificaram
como interessante e 19 deles consideraram importante, sendo total da amostra de
38 sujeitos.
A questão aberta correspondente a importância do uso da Internet no dia-a-dia,
foi respondida por 22 dos 38 da amostra total, e foram incluídas em categorias,
resultando em (o valor de n corresponde ao número de vezes que a categoria foi
citada, sendo que cada um deles relacionou quantospicos desejaram):
atualização: leitura de jornais, revistas, previsão do tempo e notícias (n=8);
interação social: troca de emails, troca de mensagens online (n=10);
aprendizagem (n=1);
lazer: jogos, rádio, música (n=7);
busca por conteúdos diversos: técnicos, saúde, religião, viagens, receita de
comidas, curiosidades e cultura (n=13);
54
mecanismo de inclusão do idoso (n=1);
serviços financeiros de bancos: pagamento de contas (n=2).
A atividade predominante citada foi a busca por conteúdos diversos, destacando
que a ferramenta de busca Google
5
foi bastante citada com esse objetivo. A
interação social, citada por muitos com o uso da palavra “comunicação”, foi a
segunda importância atribuída a Internet. A atualização através da leitura de
notícias, foi a terceira atividade proporcionada pela Internet que lhe atribui
importância dentro das ativdades diárias.
Foram encontrados apenas estudos realizados nos EUA que objetivaram
explorar as atividades de idosos na rede. Nestas pesquisas, Slone (2003) encontrou
os mesmos resultados aqui relatados, sendo o principal objetivo dos idosos na rede,
a busca por informações. Outros dois estudos chegaram a conclusão que a
importância da Internet é principalmente a interação social, sendo a atividade mais
frequente com este fim, a troca de emails (FOX, 2004; MERREL, 2001).
A facilidade de comunicação que a Internet proporciona, além de ser uma
atividade de cunho social importante, também favorece a redução significativa dos
índices de solidão e depresssão, comuns na faixa etária superior aos 60 anos
(WHITE et al., 1999; KARAVIDAS, 2005). Quanto maior a experiência e anos de uso
da Internet, maior a rede de contatos do idoso (PEW, 2000).
4.7 Uso do site
Esta seção do questionário investigou os participantes com relação aos
conteúdos disponibilizados no site, dificuldades encontradas e percepção sobre a
importância das informações passadas. Ela foi respondida apenas pelo grupo de
intervenção (n=18).
Com relação as dificuldades encontradas, 15 deles relataram não ter enfrentado,
enquanto 03 idosos reportaram ter tido algum obstáculo, sendo que todos eles
descreveram que o empecilho foi a pouca prática com o uso do computador e
Internet. Esta associação foi confirmada pelo teste qui-quadrado, aplicado a nível de
significância de 95% (p=0,027) o qual verificou a associação entre a variável
“frequência semanal” e “dificuldades enfrentadas”.
5
http://www.google.com.br
55
Logo, pode-se afirmar que quanto maior o tempo dedicado ao uso da Internet
pelo idoso, menores dificuldades são encontradas devido a experiência que o
usuario vai adquirindo (MEAD et al., 2000). Para Slone (2003), os obstáculos que o
idoso se depara ao acessar a rede mundial de computadores, diz respeito a falta de
domínio sobre o modelo dinâmico desta ferramenta, que é composto por links, os
quais caracterizam uma estrutura diferente das observadas em livros sequenciais
e estáticas.
Quanto aos conteúdos mais citados como sendo os que despertaram a maior
atenção dos usuários foram:
nutrição (n=08) e envelhecendo com saúde (n=08);
atividade física (n=07) e mudança de comportamento (n=07);
comportamento preventivo (n=05), saúde mental (n=05) e controle do stress
(n=05);
leituras extras (n=04) e
artigos (n=02).
Como assuntos considerados conhecidos e o tão atrativos, foram
relacionados: comportamento preventivo (n=02) e envelhecendo com saúde (n=02).
Todos da amostra consideraram que o conteúdo do site foi importante e que o
mesmo conscientizaram-os para a importância da manutenção e/ou introdução de
hábitos saudáveis no seu dia-a-dia. DeOllos e Morris (1999) comprovaram que as
informações transmitidas por sites, contribuem para um comportamento preventivo
em relação os hábitos de saúde e Hageman et al. (2005), obtiveram, similarmente ao
nosso este estudo, o feedback de que as orientações transmitidas foram importantes
para a mudança de hábitos.
56
5. CONCLUES
Os idosos estão cada vez mais aderindo ao uso da Internet e usando este
recurso como meio de acesso a todo tipo de informação, incluindo informações
sobre saúde. Um site com objetivos de informar e intervir sobre atividade física e
saúde, personalizado para a população idosa, é efetivo e obtém bons resultados.
Este estudo concluiu que um site com foco na fase do envelhecimento, deve ser
construído de forma a facilitar o uso pelos idosos. As informões ali contidas,
devem ser dirigidas à faixa etária para a qual está se procurando atingir. No caso de
idosos, orientações sobre atividade física e saúde via Internet, não influenciam
alterações significativas no índice de massa corporal, mesmo proporcionando um
incremento significativo na prática de atividade física diária, esta enquanto
componente do estilo de vida de idosos, que inclui atividades de força e
alongamento muscular;
Esta é portanto uma importante conclusão obtida por esta pesquisa: a Internet
pode ser utilizada como ferramenta de intervenção para promoção de atividade
física, influenciando significativamente o aumento do nível de atividade física de
idosos.
Conhece-se a importância da disseminação de informações na área da saúde,
especialmente quando se objetiva a prevenção de doenças e mudanças de
comportamento. A Internet é atualmente uma das ferramentas mais eficientes para
divulgação de informões, pois é capaz de abranger milhares de pessoas de forma
rápida e com baixo custo. Os temas de busca mais procurados dentro da área da
saúde pelos idosos é “dieta e nutrição”, seguido de patologias” e “medicina e
tratamentos alternativos”. Em se tratando de seu uso para para orientão de
atividade física e educão em saúde, os idosos consideram interessante e muito
importante.
O conteúdo de um site voltado para intervir nos hábitos de saúde de idosos,
construído com base em estudos que determinam a usabilidade para esta
população, mostrou-se importante e de grande influência para a
manutenção/introdução de hábitos saudáveis no dia-a-dia.
Mesmo que nos tempos atuais, a Internet consiga atingir em sua maioria idosos
pertencentes a classes sociais mais privilegiadas, a tendência para os próximos
57
anos é que a população de idosos online cresça, principalmente devido à
popularização do computador, ao aumento da expectativa de vida e a presença cada
vez mais marcante da tecnologia na nossa vida diária. Outra premissa
comprovada é a importância da atividade física para esta faixa etária. Assim,
acredita-se que não só estudos que relacionem o uso da Internet e suas
potencialidades como meio de intervenção e disseminação de informão sobre
atividade sica e saúde devam se multiplicar, como a Internet deva ser explorada e
incluída nas políticas de saúde com este intuito.
58
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Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Site>
WHITE H, MCCONNELL E, CLIPP E, BYNUM L, TEAGUE C, NAVAS L, et al.
Surfing the net in later life: A review of the literature and pilot study of computer use
and quality of life. Journal of Applied Gerontology. 1999; 18(3), 358–378.
WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO
Consultation. WHO Technical Report Series 894. Geneva: World Health
Organization, 2000.
WHO. World Health Organization. Active Ageing. Acesso em: 10/05/2008.
Disponível em: < http://www.who.int/ageing/publications/active/en/index.html>.
WINETT RA, ANDERSON ES, WOJCIK JR, WINETT SG, BOWDEN T. Guide to
health: nutrition and physical activity outcomes of a group-randomized trial of an
Internet-based intervention in churches. Ann Behav Med. 2007; 33(3):251-261.
ZAITUNE MPA, BARROS MBA, CÉSAR CLG, CARANDINA L, GOLDBAUM M.
Fatores associados ao sedentarismo no lazer em idosos. Cad Saude Pública. 2007;
23(6): 1329-1338.
65
Referências complementares de uso na elaboração do site Saber+Saúde
- Nutricionista e consultora Ana Lúcia Corrêa - CRN/SC 4393
- NAHAS, M. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugeses para
um estilo de vida ativo. 3 ed. Londrina: Midiograf, 2003. 278 p.
- RGNUTRI. Importância do fracionamento das refeições. Acesso em: setembro
2008. Dispovel em: http://www.rgnutri.com.br/sqv/saude/ifr.php
- NAEQ. Núcleo de Apoio ao Ensino da Química. úcar: vício moderno e perigoso.
Acesso em: setembro 2008. Disponível em:
http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/textos_interativos_02.htm
- WHO. World Health Organization. OMS e FAO anunciam estratégia integrada para
promover o consumo de frutas e verduras. Acesso em: setembro 2008. Disponível
em: http://www.who.int/hpr/NPH/fruit_and_vegetables/fruit_vegetables_pr_por.pdf
- SBD. Sociedade Brasileira de Diabetes. Pirâmide Alimentar. Acesso em: setembro
2008. Dispovel em: http://www.diabetes.org.br/nutricao/piramide.php
- ACSM. American College of Sports Medicine. 2000 e 2007. Guidelines for exercise
testing and prescription. Lippincott Williaws 7 Wilkins.
- Site Terra. Malhe com materiais que você tem em casa. Acesso em: novembro
2008. Disponível em: http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI221298-EI1500,00.html
- WHO. World Health Organization. The World Helath Report 2008. Acesso em:
novembro 2008. Dispovel em: http://www.who.int/whr/2008/en/index.html
- Portal do Trânsito. Palavra do especialista. Acesso em: novembro 2008.
Disponível em: http://www.portaldotransito.com.br
- Manual Merck. Distúrbios do coração e dos vasos sanguíneos. Acesso em:
novembro 2008. Disponível em: http://www.msd-
brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec3_25.html
- CHOBANIAN, A. V. et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on
Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: The JNC 7
Report JAMA, May 21, v.289:2560-2571, 2003.
- PICKERING, T. G. Papel do estresse no desenvolvimento da hipertensão.
In.:Hipertensão. Trad.: Lélis B. Couto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
- HOSPITAL PILAR. Neurologia. Acesso: novembro de 2008. Disponível em:
http://www.hospitalpilar.com.br/news_det.php?cod=9
66
- CARVALHO FILHO, E. T.; PAPALÉO NETTO, M. Geriatria: Fundamentos, Clínica e
Terapêutica. São Paulo: Atheneu, 2000.
- MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento e Atividade Física. Londrina: Midiograf, 2001
- TANAKA, H.; SHIRAKAWA, S. Sleep health, lifestyle and mental health in the
japanese elderly: Ensuring sleep to promote a healthy brain and mind. Journal of
Psychosomatic Research, USA, mai. 2004. v. 56, p. 465 – 477.
- MIRANDA, LM; FARIAS, SF. A influência do exercício físico na atividade cerebral
do idoso. EFDeportes Digital, 2008; 125.
- MIRANDA, LM; FARIAS, SF. As contribuições da Internet para o idoso: uma
revisão de literatura. Revista Interface Comunicação, Saúde e Educação. 2008.
Pré publicação.
- BOCK, AMB; FURTADO, O; TEIXEIRA, ML. Psicologias. Uma Introdução ao
Estudo de Psicologia. São Paulo: Ed. Saraiva, 1995.
- PROCHASKA, JO & MARCUS, BM. The trans-theoretical model: aplications to
exercise. In: RK. Dischman, Advances in Exercise Adhrence. Champain, Illinois:
Human Kinetics, 1994.
67
ANEXO 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE DESPORTOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Campus Universitário - Trindade - Florianópolis/SC - CEP 88040-900
Fone (048) 3331-9926 Fax (048) 3331-9792 - e-mail ppgef@cds.ufsc.br
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado(a) Senhor(a),
Considerando a Resolução 196, de outubro de 1996, do Conselho Nacional de
Saúde e as determinações da Comissão de Ética em Pesquisa com Seres Humanos,
gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa intitulada Efeito de um programa de
orientação de atividade física e saúde via Internet sobre os hábitos de vida e vel de
atividade física de idosos”.
Este estudo tem por objetivo investigar qual a contribuição de uma página (site) na
Internet com conteúdo informativo sobre atividade física e saúde, personalizado para o
público idoso, para a promoção de hábitos de vida saudáveis desta população.
Para tal, a metodologia adotada prevê a coleta de dados por meio de perguntas
referentes aos dois questionários sobre: 1) estilo de vida e 2) nível de atividade física, e mais
medições de peso corporal. Os questionários empregados são validados para a faixa etária,
os quais não apresentam riscos ou constrangimentos que venham afetar a integridade
física, mental e moral. Os participantes serão divididos em dois grupos por meio de sorteio,
sendo que ambos os grupos responderão aos mesmos questionários.
Informamos que será mantido sigilo das informações obtidas bem como o anonimato
dos participantes. As informações coletadas serão utilizadas exclusivamente para o
desenvolvimento desta pesquisa, as quais serão armazenadas nos computadores da
pesquisadora, cujo acesso está limitado aos investigadores.
Os benefícios imediatos proporcionados pela investigação serão o fornecimento de
informações sobre a utilidade da Internet para fins de orientação sobre Atividade Física e
Saúde.
Desde já agradecemos à atenção dispensada e o interesse em participar dessa
pesquisa, e colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos, por meio do
endereço eletrônico: lemmira[email protected], ou pelo telefone: (48) 8814-5377.
TERMO DE CONSENTIMENTO
De acordo com o esclarecido, eu _____________________
_________________
concordo em participar da pesquisa ““Efeito de um programa de orientação de atividade sica e
saúde via Internet sobre os hábitos de vida e nível de atividade física de idosos,
estando
devidamente informado sobre a natureza da pesquisa,
objetivos propostos, metodologia
empregada e benefícios previstos.
Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.
Assinatura _____________________________________ Florianópolis, ____/____/____ .
68
ANEXO 2 - Reprodutibilidade do Perfil do Estilo de Vida Adaptado para Idosos
A adaptação diz respeito a inserção de mais um domínio denominado “Sono e
instrospecção”, acoplando um componente voltado a avaliação da saúde mental,
psicológica, já comprovada e aceita como sendo também um fator modificável do estilo de
vida causador/agravador de doenças (ROHRER et al., 2005). As questões inseridas neste
domínio, foram retiradas de um questionário já validado proposto para a avaliação do estilo
de vida, chamado Fantástico, que constitui a bateria de testes Plano Canadense de
Avaliação da Atividade Física, Aptidão e Estilo de Vida, validado no Brasil por Rodriguez-
Añez e Petroski
(2002).
A validação deste instrumento para a população idosa foi realizada através do
método teste reteste. O intervalo entre as coletas, realizadas através de entrevistas, foi de
48 horas. Participaram 30 indivíduos, com média de idade de 66,8 anos (±5,8), sendo 12 do
sexo masculino e 18 do sexo feminino.
A estatística Kappa, formulada por Cohen (1960), foi a medida de concordância
adotada para verificar a consistência do questionário para a população estudada. Landis &
Koch (1977) propuseram uma escala de seis níveis para interpretar os valores de kappa,
nos quais valores de zero são considerados concordância ruim; 0,00 a 0,20, leve; 0,21 a
0,40, sofvel; 0,41 a 0,60, moderada; 0,61 a 0,80, boa; e valores acima de 0,81, como
quase perfeita concordância.
Conforme a tabela 1, onde estão apresentados os valores kappa (k) e o índice de
concordância (IC) para cada questão do questionário, verifica-se que as questões
classificaram-se de moderada a excelente concordância (0,44-0,87). O índice de
concordância (IC), entre teste e reteste variou de 63,3% a 90,0%.
Os resultados indicam que o instrumento apresenta bom nível de consistência, teste
e re-teste, com 48 horas de intervalo.
Tabela 1. Índice de concordância (IC) e valor Kappa (K) obtidos em teste reteste do
questionário Perfil do Estilo de Vida adaptado para idosos
Questão IC K p
a. Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e
verduras
76,7%
0,66 p<0,001
b. Vo evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas,
frituras) e doces
70,0%
0,58 p<0,001
c. Vofaz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da
manhã completo
76,7%
0,69 p<0,001
69
d. Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas
moderadas / intensas, de forma contínua ou acumulada, 5 ou
mais dias na semana
80,0%
0,68 p<0,001
e. Ao menos duas vezes por semana vorealiza exercícios que
envolvam força e alongamento muscular
83,3%
0,77 p<0,001
f. No seu dia-a-dia, você caminha ou pedala como meio de
transporte e, preferencialmente, usa as escadas ao invés do
elevador
80,0%
0,73 p<0,001
g. Você conhece sua pressão arterial, seus níveis de colesterol e
procura controlá-los
86,7%
0,59 p<0,001
h. Você não fuma e não bebe mais que uma dose por dia 90,0%
0,80 p<0,001
i. Você respeita as normas de trânsito (pedestre,ciclista ou
motorista); se dirige usa sempre o cinto de segurança e nunca
ingere álcool
86,7%
0,71 p<0,001
j. Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus
relacionamentos
86,7%
0,75 p<0,001
k. Seu lazer inclui encontros com amigos, atividades esportivas
em grupo, participação em associações ou entidades sociais
63,3%
0,53 p<0,001
l. Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no
seu ambiente social
80,0%
0,72 p<0,001
m. Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para
relaxar
80,0%
0,68 p<0,001
n. Vomantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando
contrariado
76,7%
0,71 p<0,001
o. Você equilibra tempo dedicado ao trabalho com o tempo
dedicado ao lazer
73,3%
0,54 p<0,001
p. Você pensa de forma positiva e otimista 73,3%
0,44 p=0,003
q. Você dorme bem e se sente descansado 83,3%
0,77 p<0,001
r. Você se sente feliz 90,0%
0,87 p<0,001
Em seguida, os itens do instrumento do Perfil do Estilo de Vida Individual foram
agrupados por categorias. Nesse caso foi utilizada a medida do coeficiente de correlação
intraclasse (IC95%), conforme tabela 2.
Tabela 2. Coeficiente de correlação intraclasse (ICC) para os componentes do Perfil do
Estilo de Vida Individual adaptado
70
Componentes ICC
Nutrição 0,79
Atividade Física 0,74
Relacionamentos 0,80
Comportamento preventivo 0,66
Controle do stress 0,52
Sono e instrospecção 0,79
REFERÊNCIAS
COHEN J. A coefficient of agreement for nominal scales. Educational and Psychological
Measurement. 1960; 20: 37- 46.
LANDIS JR, KOCH GG. The measurement of observer agreement for categorical
data. Biometrics. 1977; 33: 159- 174.
NAHAS MV, BARROS MVG, FRANCALACCI VL. O pentáculo do bem-estar: base
conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de
Atividade Física e Saúde. 2000; 5(2): 48-59.
RODRIGUEZ-AÑEZ CR, PETROSKI EL. Reprodutibilidade do questionário estilo de
vida fantástico em candidatos a soldado da Polícia Militar do Estado de Santa
Catarina: um estudo piloto. In: XXV Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, 2002,
São Paulo Anais XXV Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São Paulo: Sitta
Gráfica, v.1, n.1, p.169-169, 2002.
ROHRER JE, PIERCE JR, BLACKBUM C. Lifestyle and mental health. Preventive
Medicine. 2005; 40: 438– 443.
Publicação:
MIRANDA LM, FARIAS SF. Adaptação e validação de um questionário de estilo de vida para
a população idosa. In: XII Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos Países
de Língua Portuguesa, 2008, Porto Alegre. Guia de Resumos. Porto Alegre : CDCopy,
2008.
71
ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO COMPLETO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE DESPORTOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Campus Universitário - Trindade - Florianópolis/SC - CEP 88040-900
Fone (48) 3331-9926 Fax (48) 3331-9792 - e-mail ppgef@cds.ufsc.br
QUESTIONÁRIO
Lembrete:
a) o existem respostas certas ou erradas porque não se trata de um teste.
b) Por favor, responda todas as perguntas de forma consciente e responsável. Isso é muito
importante!
I – INFORMAÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS
A. Data de hoje: _____/______/________
B. Sexo: [ ]
1
feminino [ ]
2
masculino
C. Data de nascimento: ______/_____/________
D. Estado civil: [ ]
1
solteiro(a) [ ]
2
casado(a)/morando junto
[ ]
3
separado(a)/divorciado(a) [ ]
4
viúvo(a)
[ ]
3
outros
E. Qual o seu peso? ____________kg
F. Qual a sua altura? _____________ m
G. Qual a sua renda familiar? [ ]
1
abaixo de 2 salários mínimos
[ ]
2
de 2 a 5 salários mínimos
[ ]
3
de 5 a 10 sarios mínimos
[ ]
4
acima de 10 salários mínimos
H. Marque com um “X” até que ano escolar o (a) senhor (a) estudou:
Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior
1[ ]
1
2[ ]
2
3[ ]
3
4[ ]
4
5[ ]
5
6[ ]
6
7[ ]
7
8[ ]
8
1[ ]
9
2[ ]
10
3[ ]
11
[ ]Incompleto
12
[ ]Completo
13
Este questionário tem como objetivo proporcionar a coleta de dados referentes a
pesquisa “A Internet enquanto ferramenta de orientação de atividade física na
promoção de saúde do idoso”.
Procure ler com a atenção todos os itens, em caso de dúvida pergunte.
Muito obrigada pela colaboração!
72
II – INFORMAÇÕES SOBRE O PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL
Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar
individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala:
0
absolutamente
não faz parte
do seu estilo de vida
1
às vezes
corresponde ao seu comportamento
2
quase sempre
ve
rdadeiro no seu comportamento
3 a afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia
NUTRIÇÃO
[ ]
1
a. Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e verduras.
[ ]
2
b. Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces.
[ ]
3
c. Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo ca da manhã completo.
ATIVIDADE FÍSICA
[ ]
1
d. Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas / intensas, de
forma contínua ou acumulada, 5 ou mais dias na semana.
[ ]
2
e. Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e
alongamento muscular.
[ ]
3
f. No seu dia-a-dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e,
preferencialmente, usa as escadas ao invés do elevador.
COMPORTAMENTO PREVENTIVO
[ ]
1
g. Você conhece sua pressão arterial, seus níveis de colesterol e procura controlá-los.
[ ]
2
h. Você NÃO fuma e NÃO bebe mais de uma dose por dia.
[ ]
3
i. Você respeita as normas de trânsito (pedestre,ciclista ou motorista); se dirige usa
sempre o cinto de segurança e nunca ingere álcool.
RELACIONAMENTOS
[ ]
1
j. Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos.
[ ]
2
k. Seu lazer inclui encontros com amigos, atividades esportivas em grupo,
participação em associações ou entidades sociais.
[ ]
3
l. Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social.
CONTROLE DO STRESS
[ ]
1
m. Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar.
[ ]
2
n. Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado.
[ ]
3
o. Você equilibra tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer.
SONO E INTROSPECÇÃO
[ ]
1
p. Você pensa de forma positiva e otimista.
[ ]
2
q. Você dorme bem e se sente descansado.
[ ]
3
r. Você se sente feliz.
73
III – INFORMAÇÕES SOBRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
SEÇÃO 1 – ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO
Esta seção inclui as atividades que você faz no seu trabalho, seja ele remunerado ou
voluntário. Inclua as atividades que você faz na universidade, faculdade ou escola. Você não
deve incluir as tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família.
Estas serão incluídas na seção 3.
1a. Atualmente você tem ocupação remunerada ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?
[ ]
1
Sim [ ]
2
Não (vá para seção 2 – Transporte)
1b. Em quantos dias de uma semana normal você participa (realiza) de atividades sicas
VIGOROSAS, de forma contínua por pelo menos 10 minutos (exemplo: trabalho de
construção pesada, levantar e transportar objetos pesados, cortar lenha, serrar madeira,
cortar grama, pintar casa, cavar valas ou buracos, etc.)?
____dias por semana [ ] Não faz atividades físicas vigorosas ( para a questão 1c)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
1c. Em quantos dias de uma semana normal você participa (realiza) de atividades físicas
MODERADAS, de forma contínua por pelo menos 10 minutos (exemplo: levantar e
transportar pequenos objetos, limpar vidros, varrer ou limpar o chão, carregar crianças no
colo, lavar roupas com as mãos, etc.)?
____dias por semana [ ] Não faz atividades físicas moderadas (vá para a questão
1d)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
1d. Em quantos dias de uma semana normal você realiza caminhadas no seu trabalho, de
forma contínua, por pelo menos 10 minutos?
____________ dias por semana [ ] Não faz caminhadas (vá para a seção 2
Transporte)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
SEÇÃO 2 – TRANSPORTE
74
As perguntas desta seção estão relacionadas às atividades que vo realiza para se
deslocar de um lugar para outro. Você deve incluir os deslocamentos para o trabalho (se
você trabalha), encontro do grupo da terceira idade, cinema, supermercado, lojas ou
qualquer outro local.
2a. Em quantos dias de uma semana normal você anda de carro, ônibus, metrô ou trem?
________ dias por semana [ ] Não utiliza veículos a motor (vá para a questão 2b)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
2b. Em quantos dias de uma semana normal você anda de bicicleta, por pelo menos 10
minutos contínuos, para ir de um lugar para outro?
_______ dias por semana [ ] Não anda de bicicleta (vá para a questão 2c)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
2c. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos
contínuos, para ir de um lugar para outro?
__________ dias por semana [ ] Não faz caminhadas (vá para a seção 3)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
SEÇÃO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA, TAREFAS DOMÉSTICAS E ATENÇÃO À
FAMÍLIA
3a. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades físicas VIGOROSAS no
jardim ou quintal, por pelo menos 10 minutos contínuos (exemplo: carpir, cortar lenha,
serrar, pintar, levantar e transportar objetos pesados, cortar grama com tesoura, etc.)?
___dias por semana [ ] o faz atividade física vigorosa em casa (vá para a
questão 3b)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
TEMPO
3b. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades físicas MODERADAS no
jardim ou quintal, por pelo menos 10 minutos contínuos (exemplo: levantar e carregar
pequenos objetos, limpar a garagem, jardinagem, caminhar ou brincar com crianças, etc.)?
75
___dias por semana [ ] o faz atividade sica moderada no quintal (vá para a questão
3c)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
3c. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades físicas moderadas dentro
da sua casa, por pelo menos 10 minutos contínuos (exemplo: limpar vidros ou janelas, lavar
roupas à mão, limpar banheiro, esfregar o chão, carregar crianças pequenas no colo, etc.)?
______ dias por semana [ ] Não faz atividade sica moderadas em casa (vá para a
seção 4)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
SEÇÃO 4 – ATIVIDADE FÍSICA DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E LAZER
4a. No seu tempo livre, sem incluir qualquer caminhada que vo já tenha citado nas
perguntas anteriores, em quantos dias de uma semana normal você caminha, por pelo
menos 10 minutos contínuos?
__________ dias por semana [ ] Não faz caminhadas no lazer (vá para a questão
4b)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
4b. No seu tempo livre, durante uma semana normal em quantos dias você participa de
atividades físicas VIGOROSAS, por pelo menos 10 minutos contínuos (exemplo: correr,
nadar rápido, pedalar rápido, canoagem, remo, musculação, esportes em geral, etc.)?
___dias por semana [ ] o faz atividades físicas vigorosas no lazer (vá para a questão
4c)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
TEMPO
4c. No seu tempo livre, durante uma semana normal em quantos dias você participa de
atividades físicas MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos (exemplo: pedalar em
ritmo moderado, voleibol recreativo, natação, hidroginástica, ginástica e dança, etc.)?
________ dias por semana [ ] Não faz atividade física moderada no lazer (vá para a
seção 5)
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
SEÇÃO 5 – TEMPO QUE VOCÊ PASSA SENTADO
DIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta bado Domingo
TEMPO
76
ANEXO 4 – Questionário para Idosos Usuários de Internet
01. DADOS SOBRE O USO DA INTERNET
01. O Sr(a). acessa a Internet com que freqüência?
a. ( ) 1 a 3 vezes por semana
b. ( ) 4 a 6 vezes por semana
c. ( ) todos os dias
02. Quanto tempo o Sr(a). gasta nesta atividade em cada acesso?
a. ( ) 1 a 10 minutos
b. ( ) 11 a 20 minutos
c. ( ) 21 a 30 minutos
d. ( ) aproximadamente 1 hora
e. ( ) mais de 1 hora
03. Existem atividades que o Sr(a). realiza na Internet que considere como lazer?
a. ( ) não
b. ( ) sim. Por favor, identifique as atividades que o Sr(a). realiza na Internet como forma de
lazer:_____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
04. Com que freqüência o(a) Sr(a). costuma buscar informações sobre SAÚDE na Internet?
a. ( ) 1 a 3 vezes por semana
b. ( ) 4 a 6 vezes por semana
c. ( ) todos os dias
d. ( ) esporadicamente
e. ( ) nunca (caso assinalou esta opção, por favor, vá para a questão 06)
05. Especificamente sobre o tema SAÚDE, qual é seu comportamento na Internet?
Assinale mais de um tópico se necessário.
a. ( ) busco informações sobre alimentação, nutrição e/ou dieta
b. ( ) busco informações sobre doenças que eu, amigos ou parentes tenham
c. ( ) troco informações com grupos de apoio
d. ( ) busco informações sobre o processo de envelhecimento
e ( ) busco informações sobre medicina e tratamentos alternativos
f. ( ) busco informações sobre saúde mental e aspectos psicológicos
g. ( ) outros. Quais?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
06. Com que freqüência o(a) Sr(a). costuma buscar informões sobre ATIVIDADES
FÍSICAS na Internet?
a. ( ) 1 a 3 vezes por semana
b. ( ) 4 a 6 vezes por semana
c. ( ) todos os dias
d. ( ) esporadicamente
e. ( ) nunca (caso assinalou esta opção, por favor, vá para a questão 09)
77
07. Especificamente sobre o tema ATIVIDADE FÍSICA, qual é seu comportamento na
Internet?
Assinale mais de um tópico se necessário.
a. ( ) busco informações sobre tipos de atividades físicas para o meu perfil
b. ( ) busco informações sobre novidades
c. ( ) busco programas de treinamento para minha idade
d. ( ) busco me informar sobre o tipo de alimentação para os dias de treino
e. ( ) acompanho os sites com informações sobre o meu esporte preferido
f. ( ) outros. Quais?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
08. O Sr(a). considera este tempo, empregado para busca de tópicos relativos a
ATIVIDADES FÍSICAS, um momento de lazer?
a. ( ) sim
b. ( ) na maioria das vezes
c. ( ) às vezes
d. ( ) não
09. Como o Sr(a). classificaria, quanto ao grau de interesse, um site da Internet com
conteúdo dedicado a atividade física e saúde para o seu perfil (idade, sexo, características
físicas)?
a. ( ) muito interessante
b. ( ) interessante
c. ( ) nada interessante
10. Como o Sr(a). classificaria, quanto ao grau de importância, um site da Internet com
conteúdo dedicado a atividade física e saúde para o seu perfil (idade, sexo, características
físicas)?
a. ( ) muito importante
b. ( ) importante
c. ( ) sem importância
11. Por favor, descreva abaixo a importância do uso da Internet no seu dia-a-dia.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
02. DADOS SOBRE O USO DO SITE
01. O(A) Sr(a). encontrou dificuldades para usar o site Saber+?
a. ( ) Sim
b. ( ) Algumas vezes
c. ( ) Não (caso assinalou esta opção, vá para a pergunta 03)
78
02. Por favor, relate essas dificuldades.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
03. Sugira alterações que, na sua opinião, tornariam o site mais atrativo.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
04. Qual o conteúdo que mais despertou a sua atenção? Assinale mais de uma opção se
necessário.
( ) nutrição
( ) atividade física
( ) comportamento preventivo
( ) controle do stress
( ) envelhecendo com saúde
( ) saúde mental
( ) mudança de comportamento
( ) artigos
( ) leituras extras
05. Algum conteúdo exposto no site lhe pareceu desinteressante e/ou tratava de um
assunto que o(a) Sr(a). já tinha conhecimento? Assinale mais de uma opção se necessário.
( ) nutrição
( ) atividade física
( ) comportamento preventivo
( ) controle do stress
( ) envelhecendo com saúde
( ) saúde mental
( ) mudança de comportamento
( ) artigos
( ) leituras extras
06. O(A) Sr(a). considera que os conteúdos expostos no site foram importantes para
aumentar o seu conhecimento sobre saúde?
a. ( ) Sim
b. ( ) Não
c. ( ) Apenas em alguns aspectos.
Quais?____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
07. O(A) Sr(a). considera que os conteúdos expostos no site o(a) conscientizaram sobre a
importância da manutenção e introdução de hábitos saudáveis no seu dia-a-dia?
a. ( ) Sim
b. ( ) Não
Muito obrigada!
79
ANEXO 5 – Aprovação do Comitê de Ética
80
ANEXO 6 – Estudo Piloto
RESULTADOS ESTUDO PILOTO
PERFIL DOS PARTICIPANTES
Tabela 1. Dados demográficos e sócio-econômicos
Sujeito 1 Sujeito 2
Gênero Feminino Feminino
Idade 60 anos 60 anos
Estado civil Casada Casada
Renda familiar Acima de 10 SM Acima de 10 SM
Escolaridade Superior completo Superior completo
Tabela 2. Dados antropométricos
Sujeito 1 Sujeito 2
Pré-tratamento
Peso 63 kg 58 kg
Altura 1,58 m 1,53 m
IMC 25 kg/m
2
25 kg/m
2
Pós-tratamento
Peso 60 kg 58 kg
Altura 1,58 m 1,53 m
IMC 24 kg/m
2
25 kg/m
2
ESTILO DE VIDA
Tabela 3. Variáveis do estilo de vida do sujeito 1antes de depois da intervenção
Pré tratamento Pós tratamento
- Nutrição -
Frutas e leguminosas Às vezes Às vezes
Evita doces e gorduras* Às vezes Quase sempre
Refeições variadas Sempre Sempre
- Atividadesica -
30 minutos por dia Não faz parte Não faz parte
Alongamento e força* Às vezes Sempre
Evita uso de carro/elevador* Não faz parte Quase sempre
- Comportamento preventivo -
Controle PA e colesterol Não faz parte Não faz parte
Não fuma e não bebe Sempre Sempre
Respeita normas de trânsito Sempre Sempre
- Relacionamentos -
Satisfação com amizades Sempre Sempre
Lazer Às vezes Às vezes
Ativo na comunidade* Quase sempre Sempre
- Controle do stress -
5 minutos de descanso/dia Não faz parte Não faz parte
Discuti sem alterar-se* Não faz parte Às vezes
Tempo trabalho/lazer Não faz parte Não faz parte
- Sono e introspecção -
Pensamento positivo/otimismo*
Quase sempre Sempre
Dorme bem e é descansado* Não faz parte Às vezes
81
Sente-se feliz Quase sempre Quase sempre
* variáveis do estilo de vida que tiveram uma mudança positiva após a leitura do site
Tabela 4. Variáveis do estilo de vida do sujeito 2 antes de depois da intervenção
Pré tratamento Pós tratamento
- Nutrição -
Frutas e leguminosas Sempre Sempre
Evita doces e gorduras Quase sempre Quase sempre
Refeições variadas* Sempre Quase sempre
- Atividadesica -
30 minutos por dia* Às vezes Não faz parte
Alongamento e força Sempre Quase sempre
Evita uso de carro/elevador * Quase sempre Às vezes
- Comportamento preventivo -
Controle PA e colesterol Sempre Sempre
Não fuma e não bebe Sempre Sempre
Respeita normas de trânsito Sempre Sempre
- Relacionamentos -
Satisfação com amizades Quase sempre Quase sempre
Lazer Sempre Sempre
Ativo na comunidade Sempre Sempre
- Controle do stress -
5 minutos de descanso/dia Às vezes Às vezes
Discuti sem alterar-se Às vezes Às vezes
Tempo trabalho/lazer Às vezes Às vezes
- Sono e introspecção -
Pensamento positivo/otimismo Quase sempre Quase sempre
Dorme bem e é descansado * Quase sempre Às vezes
Sente-se feliz Quase sempre Quase sempre
* variáveis do estilo de vida que tiveram uma mudança positiva após a leitura do site
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
Tabela 5. Nível de atividade física do sujeito 1 antes de depois da intervenção
Pré tratamento Pós tratamento
Trabalho N/A * N/A *
Transporte 50 minutos 70 minutos
Tarefas domésticas 3600 minutos 440 minutos
Lazer 0 minutos 30 minutos
Tempo sentado 2700 minutos 1320 minutos
TOTAL 3650 minutos 540 minutos
Classificação ATIVA ATIVA
* o sujeito não exerce trabalho remunerado ou voluntário
Tabela 6. Nível de atividade física do sujeito 2 antes de depois da intervenção
Pré tratamento Pós tratamento
Trabalho 0 minutos 0 minutos
Transporte 0 minutos 0 minutos
Tarefas domésticas 0 minutos 0 minutos
Lazer 120 minutos 240 minutos
Tempo sentado 2880 minutos 2700 minutos
TOTAL 120 minutos 240 minutos
Classificação INATIVA ATIVA
82
USO DA INTERNET E BUSCA POR ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
Tabela 7. Dados sobre o uso da Internet e busca por fontes de atividade e saúde
Sujeito 1 Sujeito 2
Frequência de uso Internet 4 -6 xs/semana Todos os dias
Tempo gasto cada acesso 11 – 20 minutos Mais de 1 hora
Lazer Sim Sim
Frequencia de busca de informações
sobre saúde
Esporádica Esporádica
Tipo de informação saúde - Nutrição
- Doenças de parentes
- Nutrição
- Doenças de parentes
- Saúde mental
Frequencia de busca de informações
sobre atividade sica (AF)
Nunca Esporádica
Tipo de informação AF N/A * - AF para o meu perfil
Busca por AF é lazer N/A * Às vezes
Interesse site sobre AF e saúde para
idosos
Muito interessante Muito interessante
Importância site sobre AF e saúde
para idosos
Muito importante Muito importante
* não aplicável pois sujeito nunca busca informões sobre este tópico
ACESSO AO SITE SABER + SAÚDE
Tabela 8. Dados sobre o uso do site Saber + Saúde
Sujeito 1 Sujeito 2
Encontrou dificuldades de uso Não o
pico que mais despertou atenção Assinalou todos - Atividade física
- Controle do stress
- Saúde mental
Conteúdo desinteressante Nenhum Nenhum
Considerou importante os
conteúdos para aumentar seus
conhecimentos sobre saúde
Sim Sim
Conscientizou-se da importância da
manutenção de hábitos saudáveis
Sim Sim
83
ANEXO 7 - Valores de significância estatística entre grupos das variáveis
associadas ao estilo de vida
Teste estatístico aplicado: Mann-Whitney
Tabela 1. Nutrição
Pré Pós
Frutas e hortaliças p=0,942 p=0,573
Gorduras e doces p=0,105 p=0,613
Refeições variadas p=0,942 p=0,919
Tabela 2. Atividade física
Pré Pós
30 minutos diários p=0,784 p=0,063
Força e alongamento p=0,675 p=0,126
Transporte p=0,206 p=0,726
Tabela 3. Comportamento preventivo
Pré Pós
Pressão e colesterol p=0,393 p=0,206
Fumo e álcool p=0,393 p=0,828
Trânsito p=0,377 p=0,784
Tabela 4. Relacionamentos
Pré s
Amizades p=0,897 p=0,874
Atividades em grupo p=0,426 p=0,478
Comunidade p=0,303 p=0,654
Tabela 5. Controle do stress
Pré Pós
5 minutos descanso p=0,443 p=0,633
Discussão sem alterações p=0,496 p=0,874
Equilíbrio trabalho/lazer p=0,553 p=0,593
Tabela 6. Sono e introspecção
84
Pré Pós
Pensamento positivo p=0,633 p=0,346
Sono p=0,331 p=0,460
Instrospecção p=0,303 p=0,276
85
ANEXO 8 - Conteúdo do site “Saber+Saúde”
Após a finalizão do estudo, gerou-se uma senha de acesso ao site para
possível visualizão do conteúdo lá abordado, em sua estrutura e forma.
Para acessar o site, digitar o endereço:
http://www.saudeequilibrio.com/mestrado/coleta
Para campos de login e senha, digitar:
o Login: conteudo
o Senha: diss2009
O usuário será direcionado para o primeiro assunto tratado Nutrição, sendo
que para acessar os outros conteúdos, deve-se clicar no menu do cabeçalho, sob os
links de título: 2º Tópico, 3º Tópico, etc.
Informação complementar para leitores:
Garante-se que este site estadisponivel durante todo o ano de 2009. Após
esta data, verificar-se-á a manutenção do mesmo.
Para contatos com o autor, enviar e-mail para lemmiranda@gmail.com
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
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