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Segundo SOUZA et al. (2003), uma emergência comum durante o atendimento
odontológico nesses pacientes é a hipoglicemia, situação em que a glicemia no sangue cai
abaixo de 45 mg/dl, acompanhado de sinais e sintomas que, quando reconhecidos, devem ser
imediatamente tratados, fazendo-se com que o paciente ingira açúcar puro, água com açúcar,
balas, chocolates, etc. Os sinais e sintomas podem ser de dois tipos básicos:
1) Sintomas adrenérgicos (semelhantes aos causados por sustos, medo ou
raiva) como: desmaio, fraqueza, palidez, nervosismo, suor frio, irritabilidade,
fome, palpitações e ansiedade;
2) Sintomas neuroglicopênicos (consequentes da deficiência no aporte de
glicose ao cérebro): visão turva, diplopia (visão dupla), sonolência, dor de cabeça,
perda de concentração, paralisia, distúrbios da memória, confusão mental,
incoordenação motora, disfunção sensorial, podendo também chegar à
manifestação de convulsões e estado de coma.
2.6.2 – Tratamento periodontal em pacientes diabéticos
A maioria dos autores afirma que pacientes diabéticos bem controlados podem ser
tratados de maneira similar ao paciente não diabético na maioria dos procedimentos dentários
de rotina. Pacientes com bom controle metabólico respondem de forma favorável à terapia
periodontal não cirúrgica, similarmente aos pacientes não diabéticos, SCHNEIDER (1995).
No caso de perda de consciência, a administração de 2cc de glicose a 20% IV
geralmente reverte o quadro GREGORI (1999).
Já pacientes hiperglicêmicos, com glicemia superiores a 400 mg/dl devem ser
encaminhados para o médico. O paciente pode revelar sinais e sintomas característicos de
cetoacidose metabólica, como a presença de hálito cetônico, náuseas, vômitos BARCELLOS
(2000).
O Cirurgião Dentista (CD) deve estar atento para suspeitar previamente de um DM
não diagnosticado, devendo a história dental incluir perguntas relativas à poliúria, polifagia,
polidipsia e perda de peso. Pacientes que apresentam história positiva devem ser
encaminhados a um laboratório de análises clínicas ou ao médico, para uma avaliação
adicional, antes de ser iniciado o tratamento dentário. O paciente que sabe ser portador da
doença deve informar o tipo, a terapia que está sendo empregada, o nível de controle