![](bg48.jpg)
69
Se analisar a evolução desse indicador no período de seis anos, observar-se-
á que apenas oito microrregiões conseguiram melhorá-lo: Faxinal, que o diminuiu em 20%,
seguido por Goioerê, Prudentópolis, Jacarezinho, Pitanga, Astorga, Capanema e Maringá, que
o reduziram em 7,4%, 7%, 6,4%, 1,4%, 1%, 1% e 0,7%, respectivamente (Gráfico 2). Assim,
com exceção dessas microrregiões, todas as demais mantiveram ou elevaram esse indicador.
Como uma alta taxa de rotatividade da mão-de-obra, ao prejudicar o investimento em
treinamento e ao inibir a experiência adquirida no ambiente de trabalho, impede, em parte, o
aumento da produtividade da mão-de-obra, então, esses resultados sinalizam uma baixa
contribuição da experiência, da capacitação, para a acumulação do capital humano no Paraná
neste período de seis anos.
Mais especificadamente, a contribuição do treinamento, analisado não no
ambiente de trabalho, mas como sendo uma capacitação externa que o indivíduo busca
visando futuros rendimentos, resulta no Gráfico 3, o qual apresenta o percentual de
trabalhadores de cada microrregião que recebeu treinamento do Sesi, do Sesc e do Senai nos
anos de 1999 e em 2006
41
. Infere-se que 44% das microrregiões tinham menos de 1% de seus
trabalhadores recebendo treinamento em 1999, destacando que Irati, que auferiu o maior
percentual, apresentava um valor de apenas 6,2%. Com essas características, a média da
população paranaense qualificada no ano de 1999 ficou em 1,89%, com uma discrepância de
1,71%.
No ano de 2006, 62% das microrregiões conseguiram melhorar esse
percentual, passando a ter uma média de treinamento ao longo do Estado de 2,18%, com valor
máximo de 10,4% para Irati, que continuou a apresentar o maior contingente de trabalhadores
qualificados. Infere-se que o número de microrregiões com menos de 1% de seus
trabalhadores treinados diminuiu de 44% para somente 31%. Neste contexto, observa-se um
avanço quanto à qualificação profissional dos paranaenses e, consequentemente, uma melhora
quanto ao capital humano disponível no Estado.
Se cruzar os dados dos Gráficos 1, 2 e 3 verificar-se-á uma correlação
negativa e significativa entre a elevação da escolaridade no período de 1999 para 2006 e entre
a diminuição da taxa de rotatividade, não encontrando nenhuma correlação significativa entre
essas duas variáveis e o aumento do treinamento
42
. Isso significa que boa parte das
41
Portanto, essa variável é uma medida de fluxo, tendo em vista que considera a média de
trabalhadores que anualmente recebeu treinamento.
42
O coeficiente de correlação obtido para as variáveis foi: -0,5 para a escolaridade e a taxa
de rotatividade; 0,05 para a escolaridade e o treinamento, e; -0,08 para treinamento e taxa de rotatividade,
destacando que apenas o primeiro coeficiente foi significativo a um nível de 5%.