44
de inteligência e na prova PISA (variáveis dependentes). Para tanto, empregou-se a
análise de diferenças entre médias usando o teste paramétrico t.
Os resultados do teste revelaram um efeito principal significativo da variável
sexo no fator de personalidade N [t (4,62), p < 0,0001] a favor das meninas (sexo
feminino: M = 32,49, DP = 4,12; sexo masculino: M = 28,76, DP = 4,25). Entretanto,
no fator de personalidade P o efeito principal significativo da variável sexo foi a favor
dos meninos [t (- 2,92), p < 0,004] (sexo feminino: M = 19,39, DP = 2,55; sexo
masculino: M = 21,00, DP = 3,09).
Em relação à escala de TDAH verificaram-se as diferenças individuais
significativas em relação variável sexo e as subescalas DA, PA e AS a favor dos
meninos, ou seja, os adolescentes do sexo masculino apresentaram escores mais altos
nas referidas subescalas, a saber: DA [t (- 3,60), p < 0,0001]; (sexo feminino: M =
38,37, DP = 12,68; sexo masculino: M = 48,98, DP = 17,29), PA [t (- 3,83), p<0,0001];
(sexo feminino: M = 36,35 DP = 11,43; sexo masculino: M = 45,74, DP = 13,80) e AS
[t (-3,59), p < 0,0001]; (sexo feminino: M = 13,43, DP = 2,27; sexo masculino: M =
16,05, DP = 4,74).
A partir desses resultados, em seguida, verificou-se as associações entre os
traços de personalidade, as subescalas de TDAH e o desempenho escolar em função da
variável sexo.
Os resultados revelaram que quando a correlação foi feita em função do sexo, o
desempenho escolar apresentou uma associação significativa e negativa com a subescala
HI apenas para as meninas (r = - 0,333; p < 0.05). Constatou-se também uma correlação
significativa e negativa entre o desempenho escolar e a escala AS, sendo mais robusta (r
= - 0,489; p < 0.01) para os adolescentes do sexo feminino do que para os adolescentes
do sexo masculino (r = - 0,295; p < 0.05).