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• hardware e seus dispositivos periféricos;
• software e seus recursos;
• sistemas de telecomunicações;
• gestão de dados e informações.
Integrando a corrente que adota a denominação única de tecnologia da informação
tanto para produtos como para processos, Cruz (1998) discorre sobre as razões que o levam a
discordar dos adeptos à corrente contrária, que preferem usar a expressão tecnologia de
processo para definir a que é utilizada no processo produtivo e tecnologia do produto ou
serviço para designar aquela resultante desse processo. Para o referido autor, as dificuldades
para a implantação da tecnologia da informação em muitas empresas se devem, basicamente,
à falta de uma metodologia adequada, capaz de colocar a tecnologia em primeiro lugar, no
sentido de atender às necessidades do usuário, permitindo-lhe o efetivo controle da
informação. No seu entender, a tecnologia só é válida se for de utilidade para as pessoas que
vão utilizá-la, ou seja, se for capaz de simplificar as suas atividades e permitir maior
operacionalidade de suas funções.
Embora reconheça a existência de vozes discordantes quanto à utilização da tecnologia
da informação na elaboração de estratégias para as empresas, Beuren (2000, p. 49) a considera
como um recurso interno da empresa, e entende que, para seu melhor aproveitamento, ela
deve permitir e facilitar a elaboração de estratégias competitivas, o que pode ser viabilizado
pela agilização, diretamente aos gestores, da informação dos diferentes setores. Ressalta, em
favor do seu posicionamento, que grandes organizações que sustentam uma alta posição no
mercado mundial já adotaram como recursos a informação e a tecnologia da informação e,
com isso, alcançaram vantagem competitiva. Mas, em contrapartida, ressalta que ao se
analisar a utilização da TI sob uma perspectiva mais ampla, é possível constatar, comparando-
a com a informação, que a TI desempenha papel secundário na elaboração de estratégias.
Para bem justificar essa afirmação, a referida autora (2000, p. 51) busca embasamento
em Gilbert (1997), que defende a idéia de que as TI, isoladamente, apenas auxiliam na
exploração de “oportunidades criadas pelas fórmulas competitivas”, não sendo, portanto,
suficientes para garantir por longo prazo uma estratégia competitiva. Usando de metáfora para
melhor explicar a questão, Gilbert (apud BEUREN, 2000, p. 51) afirma: “uma caneta de tinta
permanente de alta qualidade é insuficiente para escrever um excelente romance”, o que dá