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A ICTIOFAUNA DA REGIÃO MÉDIA A BOCA DO ESTUÁRIO DO RIO
JAGUARIBE (CEARÁ - BRASIL): COMPOSIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS
BIOECOLÓGICOS
ALDENEY ANDRADE SOARES FILHO
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À COORDENAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE PESCA, COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM ENGENHARIA DE PESCA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA PESQUEIRA.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FORTALEZA
1996
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Esta Dissertação foi submetida à Coordenação do Curso de Pós-Graduação como
parte dos requisitos necessários à obtenção do Grau de Mestre em Engenharia de Pesca, área
de concentração Ciência e Tecnologia Pesqueira, outorgado pela Universidade Federal do
Ceará, e encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca Central da referida
Universidade.
A citação de qualquer trecho desta Dissertação é permitida, desde que seja feita de
conformidade com as normas da ética científica.
___________________________________
ALDENEY ANDRADE SOARES FILHO
DISSERTAÇÃO APROVADA EM __05
_/_07_/_96_
_______________________________________
Prof. Dr. PEDRO DE ALCANTARA FILHO
Orientador
_____________________________________
Profª. Drª. MARIA IVONE MOTA ALVES
___________________________________________
Profª. Drª. MARYSE NOGUEIRA PARANAGUÁ
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Dedico,
Aos meus queridos pais Aldeney e Terezinha, irmãos
e irmãs, pelo incentivo que sempre me dispensaram
em minha formação.
iii
A G R A D E C I M E N T O S
Ao Prof. Dr. Pedro de Alcantara Filho pela orientação precisa e todo apoio
durante o Curso de Mestrado.
A Coordenação do Curso de Mestrado em Engenharia de Pesca e ao
Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará, pelo apoio e uso de
suas dependências e equipamentos.
A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela bolsa concedida para a realização do Curso de Mestrado.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME, pelo
fornecimento dos dados pluviométricos da região de Aracati/Fortim - CE.
Aos professores, Drª. Maria Ivone Mota Alves, Drª. Vera Lucia Mota Klein e José
Jarbas Studart Gurgel do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do
Ceará, minha profunda gratidão pelo apoio e constante incentivo em todos os momentos.
Aos amigos Antônio Gérson Bernardo da Cruz, Romulo Aldo de Oliveira, Jacson
Skiavine e Rossi Lélis Munis Souza, pelo companheirismo e ajuda durante as coletas das
amostras.
iv
Aos queridos amigos Alberto Alves Campos, Alberto Jorge Pinto Nunes,
Alexandra Mesquita Magalhães, Maria Selma Ribeiro Viana, Peter Robert von Büldring,
Soraia Barreto Aguiar Fonteles, Maria Petronília de Oliveira Studart Gurgel, Rogéria Maria
Setúbal Oliveira, Francisco Gilmário Araújo Cavalcante, José Flávio Barbosa de Freitas e
Maria Odalice Batista dos Santos, pelo companheirismo, ajuda e estímulo que me dedicaram
durante a realização deste trabalho.
Em especial aos pescadores Pedro Raimundo da Silva “Vuvu” e Aldenor Maia da
Silva, pelos longos dias e noites de coleta.
v
SUMÁRIO
Página
LISTA DE QUADROS ix
LISTA DE TABELAS x
LISTA DE FIGURAS xiii
RESUMO xv
1. INTRODUÇÃO 1
2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA ESTUDADA 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
4. MATERIAL E MÉTODOS 10
4.1 Zonas de Coleta 10
4.2 Climatologia 10
4.3 Hidrologia 14
4.3.1 Temperatura 14
4.3.2 Salinidade e Densidade 14
4.3.3 Oxigênio Dissolvido 14
4.3.4 Transparência 14
4.3.5 pH 14
4.3.6 Condutividade 15
4.3.7 Velocidade da Corrente 15
4.3.8 Profundidade 15
4.3.9 Condições da Maré 15
4.4 Ictiofauna 15
vi
4.4.1 Aspectos Biológicos 16
4.4.2 Aspectos Ecológicos 17
4.4.2.1 Diversidade 17
4.4.2.2 Afinidade 18
4.4.2.3 Distribuição Espacial 19
4.4.2.4 Freqüência de Ocorrência 21
4.4.2.5 Constância 21
4.4.2.6 Abundância relativa 21
4.4.2.7 Dominância 22
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 23
5.1 Climatologia 23
5.2 Hidrologia 25
5.2.1 Temperatura 25
5.2.2 Salinidade e Densidade 25
5.2.3 Oxigênio Dissolvido 27
5.2.4. Transparência 28
5.2.5 pH 29
5.2.6 Condutividade 29
5.2.7 Velocidade da Corrente 30
5.2.8 Profundidade 30
5.2.9 Condições de Maré 30
5.3 Ictiofauna 44
5.3.1 Aspectos Biológicos 44
5.3.1.1 Alimentação 54
5.3.1.2 Reprodução 56
vii
5.3.2 Aspectos Ecológicos 63
5.3.2.1 Diversidade 63
5.3.2.2 Afinidade 66
5.3.2.3 Distribuição espacial 67
5.3.2.4 Freqüência de ocorrência 72
5.3.2.5 Constância 72
5.3.2.6 Abundância relativa 73
5.3.2.7 Dominância 85
6. CONCLUSÕES 94
7. SUMMARY 97
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
9. GLOSSÁRIO DOS NOMES VULGARES 109
viii
LISTA DE QUADROS
Página
QUADRO I - Espécies capturadas entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/ 94 a abril/ 95.
46
ix
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 1 - Características das redes-de-espera, utilizadas na amostragem da
ictiofauna entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
16
TABELA 2 - Variações mensais de pluviometria para a região de Aracati/Fortim
(Ceará), entre janeiro/94 e dezembro/95.
24
TABELA 3 - Dados ambientais obtidos na zona de coleta do Fortim (região média)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
32
TABELA 4 - Valores médios mensais, obtidos na zona de coleta do Fortim (região
média) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
34
TABELA 5 - Variação de parâmetros ambientais durante o período das chuvas
(janeiro a julho) e seco (agosto a dezembro), na zona do Fortim
(região média) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
34
TABELA 6 - Dados ambientais obtidos na zona de coleta da Barra (região inferior e
boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
35
TABELA 7 - Valores médios mensais, obtidos na zona de coleta da Barra (região
inferior e boca) Eestuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
37
TABELA 8 - Variação de parâmetros ambientais durante o período das chuvas
(janeiro a julho) e seco (agosto a dezembro), na zona da Barra (região
inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
37
TABELA 9 - Quantidade, comprimento e peso máximo, mínimo e médio da
ictiofauna capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de março/94 a abril/95.
48
TABELA 10 - Variação do número de espécies (N) e de indivíduos (ni) capturados
nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
53
TABELA 11 - Variação do número de espécies (N) e de indivíduos (ni) com relação
às “estações do ano”, capturados nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
53
x
TABELA 12 - Freqüência de ocorrência (%) para itens alimentares observados no
conteúdo estomacal das 10 espécies mais abundantes da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
55
TABELA 13 - Índice de Diversidade (H) em bit/indivíduo, riqueza de espécies (d) e
equitabilidade (J) para a ictiofauna, com relação as “estações do ano”,
nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
65
TABELA 14 - Índice de Diversidade (H’) em bit/indivíduo, riqueza de espécies (d) e
equitabilidade (J) para a ictiofauna, com relação as “estações do ano”,
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
66
TABELA 15 - Índice de Afinidade de Fager (10
-2
) para a ictiofauna capturada entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
69
TABELA 16 - Informações sobre a Distribuição Espacial da ictiofauna capturada
com rede-de-espera no Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), nas zonas
do Fortim (região média), Barra (região inferior e boca) e no total,
durante o período de maio/94 a abril/95.
70
TABELA 17 - Informações sobre a Distribuição Espacial da ictiofauna capturada
com rede-de-espera, entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
71
TABELA 18 - Freqüência de ocorrência em número (n) e percentagem, da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
74
TABELA 19 - Constância da ictiofauna capturada na região estuarina do Rio
Jaguaribe (Ceará), nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região
inferior e boca), por “estações do ano” e no total, entre maio/94 e
abril/95.
75
TABELA 20 - Quantidade de espécies constantes, acessórias e acidentais da
ictiofauna capturada na região estuarina do Rio Jaguaribe (Ceará), nas
zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca), por
“estações do ano” e no total, entre maio/94 e abril/95.
76
TABELA 21 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada na zona do Fortim
(região média), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
77
TABELA 22 - Espécies mais abundantes (%) da ictiofauna capturada na zona do
Fortim (região média), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
78
xi
TABELA 23 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada na zona da Barra
(região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
79
TABELA 24 - Espécies mais abundantes (%) da ictiofauna capturada na zona da
Barra (região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
80
TABELA 25 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada entre a região
média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
81
TABELA 26 - Espécies mais abundantes (%) da ictiofauna capturada entre a região
média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
82
TABELA 27 - Abundância relativa (%), em relação à biomassa da ictiofauna
capturada entre região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
83
TABELA 28 - Espécies mais abundantes (%), com relação à biomassa da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
84
TABELA 29 - Índice demográfico e seqüência de dominância da ictiofauna capturada
entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
87
TABELA 30 - Espécies dominantes da ictiofauna capturada entre a região média e a
boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a
abril/95, com respectivo índice demográfico.
89
TABELA 31 - Índice trófico e seqüência de dominância da ictiofauna capturada entre
a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
90
TABELA 32 - Espécies dominantes, com relação à biomassa da ictiofauna capturada
entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95, com respectivo índice trófico.
92
TABELA 33 - Índice biológico total das espécies mais abundantes da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
93
xii
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1 - Distribuição mundial da produção primária em termos da produção
bruta anual dos principais tipos de ecossistemas (Segundo Odum,
1986).
2
FIGURA 2 - Bacias hidrográficas do Estado do Ceará, destacando-se a bacia do Rio
Jaguaribe (Segundo Macedo, 1981).
5
FIGURA 3 - Localização da área de estudo. 11
FIGURA 4 - Zona do Fortim, região média do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará). 12
FIGURA 5 - Zona da Barra, destacando-se a região inferior (a) e a boca (b),
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará).
13
FIGURA 6 - Variações mensais de pluviometria para a região de Aracati/Fortim
(Ceará), no período de janeiro/94 a dezembro/95. (Fonte: FUNCEME
- Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos).
24
FIGURA 7 - Variação média da temperatura nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
38
FIGURA 8 - Variação média da salinidade nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
39
FIGURA 9 - Variação média da densidade nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
39
FIGURA 10 - Regimes de salinidades relacionados com a pluviometria, definidos
para o Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre a região média e a
boca, no período de maio/94 a abril/95.
40
FIGURA 11 - Variação média do oxigênio dissolvido nas zonas do Fortim (região
média) e Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), entre maio/94 e abril/95.
41
FIGURA 12 - Variação média da transparência da água obtida com o disco de Secchi
nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
41
FIGURA 13 - Variação média do pH nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
42
xiii
FIGURA 14 - Variação média da condutividade nas zonas do Fortim (região média)
e Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará),
entre maio/94 e abril/95.
42
FIGURA 15 - Variação média da velocidade da corrente nas zonas do (Fortim região
média) e Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), entre maio/94 e abril/95.
43
FIGURA 16 - Variação média da profundidade nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
43
FIGURA 17 - Participação das famílias na composição ictiofaunística, em relação ao
número de espécies capturadas entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
50
FIGURA 18 - Participação das famílias na composição ictiofaunística, em relação ao
total de indivíduos (%) capturados entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
50
FIGURA 19 - Participação das espécies na composição ictiofaunística, em relação ao
total de indivíduos (%) capturados entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
51
FIGURA 20 - Aspectos gonadais (I = Imaturo, EM = Em Maturação, M = Maduro e
D = Desovado) para machos e fêmeas da ictiofauna capturada entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
57
xiv
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido no Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), nas zonas
do Fortim (região média) e da Barra (região inferior e boca), tendo sido realizadas coletas
quinzenais da ictiofauna, entre maio/94 e abril/95, com a finalidade de se verificar a composição,
distribuição e aspectos bioecológicos, bem como, as variações de temperatura da água, oxigênio
dissolvido, transparência, pH, salinidade, densidade, condutividade, velocidade da corrente,
profundidade e condições da maré. As precipitações pluviométricas são bastante heterogêneas
caracterizando um período das chuvas (janeiro a julho) e outro seco (agosto a dezembro). A
grande variação na salinidade possibilitou a caracterização de 4 regimes salinos: eualino,
polialino, mesoalino e oligoalino, com predominância do primeiro. Os baixos níveis de saturação
do oxigênio dissolvido não caracterizaram uma zona poluída. Foram capturados 2.145
indivíduos, com biomassa total de 304,4 Kg, sendo identificadas 67 espécies, 3 delas
pertencentes à classe Chondrichthyes e as demais a Osteichthyes. A ictiofauna foi
essencialmente marinha, apresentando maior quantidade de espécies e de indivíduos no período
das chuvas, ocorrendo o maior número de espécies nas famílias Sciaenidae (10), Ariidae (9),
Carangidae (8), Gerreidae (3), Pomadasyidae (3) e Mugilidae (3) e, 40 dessas espécies utilizam
esta área para reprodução. Para Eugerres brasilianus, Mugil curema, Diapterus rhombeus,
Trachinotus carolinus, Arius spixii, Sciadeichthys luniscutis, Micropogonias furnieri,
Genyatremus luteus, Caranx hippos e Opisthonema oglinum, que apresentaram os maiores
índices biológicos totais, foram analisados os conteúdos estomacais, verificando-se que as
mesmas possuem hábito alimentar fito-zoôfaga.
(H) com 3,43, considerado um alto índice; a riqueza de espécies (d) com 8,60 e equitabilidade (J)
com 0,56, não havendo afinidade entre as espécies. A distribuição espacial mostrou-se variável,
Também analisou-se a diversidade de espécies
xv
predominando ora a distribuição ao acaso ora a agregada. A distribuição de freqüência de
ocorrência revelou-se muito dissimétrica e, das 67 espécies identificadas, 6 foram constantes,
12 acessórias e 49 acidentais. A abundância relativa revelou 36 espécies como as mais
abundantes na área de estudo, com destaque para D. rhombeus, O. oglinum, M. curema, A.
spixii, E. brasilianus, S. luniscutis e T. carolinus; com relação à biomassa, 23 espécies
destacaram-se como as mais abundantes, sendo as principais: T. carolinus, D. rhombeus, E.
brasilianus e S. luniscutis. A estrutura demográfica mostrou que 12 espécies constituíram
86,33% do total de indivíduos capturados e, 11 foram dominantes. A estrutura trófica revelou
13 espécies que constituíram 80,85% da biomassa total, e 11 foram dominantes. O índice
biológico total indicou que E. brasilianus, M. curema, D. rhombeus, T. carolinus e A. spixii,
foram às espécies características e dominantes entre a região média e a boca do Estuário do
Rio Jaguaribe (Ceará).
xvi
1. INTRODUÇÃO
Segundo ODUM (1986), o estuário é uma massa de água costeira semifechada,
que possui uma ligação livre com o mar aberto. Portanto, sofre influência de ação das marés e
dentro do qual a água marinha mistura-se com a água doce oriunda de drenagem terrestre,
envolvendo aspectos físicos e fisiográficos. Apresenta, geralmente, uma cobertura vegetal
característica e fauna transitória, estando entre as áreas de maior fertilidade do planeta e,
conseqüentemente, de alta produção primária apresentando de 10 a 25 x 10
3
kcal x m
-2
x ano
-
¹
(Figura 1).
Esta zona é caracterizada pelo depósito de sedimentos e matéria orgânica, que
tornam o solo às margens dos rios lamacentos com aspecto pantanoso devido às inundações
periódicas das marés. A vegetação de mangue encontra neste substrato, condições favoráveis
a sua colonização, uma vez que se torna impróprio para plantas que não possuem mecanismos
de adaptação para tolerar a presença de sal e de se sustentarem nesse tipo de solo. O
manguezal é composto por plantas lenhosas, cujas raízes formam um sistema intrincado,
criando assim, um substrato para fixação de inúmeros bivalves, cirrípedes, algas entre outros,
bem como um local de proteção contra predadores, para espécies de peixes, muitas das quais
são de grande interesse comercial, as quais vão ao estuário à procura de locais ideais para a
reprodução, alimentação e crescimento (COSTA, 1972; ALCANTARA-FILHO, 1978 e 1982;
ODUM, 1986; COSTA & ALCANTARA-FILHO, 1987; SHAEFFER-NOVELLI, 1982 e
1995).
Segundo SHAEFFER-NOVELLI (1982), a alta produção em corpos de
água, baías, lagunas e estuários é bastante favorecida, quando são margeados por
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
2
FIGURA 1 - Distribuição mundial da produção primária em termos da produção bruta anual
dos principais tipos de ecossistemas (Segundo ODUM, 1986).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
3
bosques de mangue. As folhas e galhos que ingressam no sistema aquático são utilizados, na
forma de detritos e excrementos de herbívoros, pela flora bacteriana, que passa através dos
consumidores primários (planctófagos, detritívoros e onívoros), consumidores secundários (os
anteriores mais os zooplanctófagos) e consumidores terciários, constituídos pelos carnívoros.
LIMA (1983) em estudos realizados no manguezal do Rio Pirangi/Ce, observou uma
participação média relativa dos constituintes dos mangues na produção da matéria orgânica de
60,04% para folhas; 15,33% aos frutos; 11,11% aos caules; 7,31% aos detritos e de 6,18%
para flores. Além disso, verificou a existência da relação entre a textura do solo e a zonação
da floresta de mangue. CADDY & SHARP (1986), salientam que a drenagem terrestre
também contribui com esta alta produtividade, através do carreamento de sais e nutrientes
dissolvidos, materiais orgânicos e fatores de crescimento.
Nesta região as condições ecológicas adversas são muito especiais, o que a torna
altamente vulnerável, podendo ser destruída se houver alterações abruptas em alguns dos seus
parâmetros ambientais. Apresenta uma grande variedade de peixes, de acordo com as
variações dos fatores bióticos e abióticos que determinam o nível de distribuição das
populações e as flutuações de suas abundâncias.
Atualmente, vários estudos ecológicos e do ciclo de vida dos animais aquáticos
em regiões estuarinas vem sendo desenvolvidos, por se tratar de áreas de grande fertilidade,
sendo que estes estudos são de fundamental importância quando se quer definir a qualidade de
vida dos organismos, bem como, a avaliação do potencial de exploração dos recursos e de sua
correta administração. Assim, o objetivo deste trabalho é verificar a composição, distribuição
e aspectos bioecológicos da ictiofauna presente entre a região média e a boca do Estuário do
Rio Jaguaribe (Ceará).
2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA ESTUDADA
O Rio Jaguaribe constitui o maior curso d’água do território cearense com cerca
de 610 km de extensão (POMPEU SOBRINHO, 1962). Sua bacia hidrográfica ocupa uma
área de 73.750 km², aproximadamente 48% da área do Estado do Ceará (Figura 2), sendo um
dos mais importantes da zona setentrional do Nordeste brasileiro (MACEDO, 1981).
Segundo POMPEU SOBRINHO (1962), o Rio Jaguaribe nasce nas serranias que
circundam o elevado sertão dos Inhamuns. Seus terrenos são geralmente impermeáveis
constituídos de rochas nuas, argilas e folhelhos com uma porção insignificante permeável de
rochas sedimentárias, areias e grés frouxos. Seus principais afluentes são, pela margem
esquerda os Rios Banabuiú e Palhano e, pela margem direita, os Rios Caririús, Salgado e
Figueiredo (MACEDO, 1981).
Como a alimentação permanente de fontes do Rio Jaguaribe é quase nula, o
mesmo possui um regime exclusivamente pluvial, característico das regiões de clima quente,
apresentando um regime de vazão variável, permanecendo seco grande parte do ano. Suas
descargas máximas ocorrem no período chuvoso (janeiro a julho); no período seco (agosto a
dezembro) há uma influência muito grande das marés impedindo que o mesmo sofra uma
interrupção no seu curso inferior (FONSÊCA & KLEIN, 1976).
O clima da zona costeira cearense apresenta pluviosidade bastante significativa,
com média anual superior a 1.000 mm de chuvas (OLIVEIRA, 1976) sendo o mesmo
classificado por SILVA (1993) como 4bth Termoxeroquimênio Médio-Tropical Quente de
acordo com o sistema de Gaussen e, de acordo com Koppen é do tipo AW-Clima Tropical
Chuvoso, quente e úmido, com chuva no período de verão/outono.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
5
Bacias
I - Jaguaribe
II - Metropolitana
III - Curú
IV - Litoral
V - Acaraú
VI - Parnaíba
VII - Coreaú
FIGURA 2 – Bacias hidrográficas do Estado do Ceará, destacando-se a bacia do Rio
Jaguaribe (Segundo MACEDO, 1981).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
6
O Rio Jaguaribe apresenta em sua foz uma extensa zona estuarina, localizada
entre as coordenadas 4º23’26’’S e 037º43’45’’W ; 4º36’58’’S e 037º43’45’’W, cuja
penetração das águas do mar se faz sentir até cerca de 30 km da sua desembocadura, bem
como diversos canais “camboas”, ilhas e ilhotas o que influi na largura do sistema estuarino,
chegando o canal principal a apresentar cerca de 900 metros de largura (QUAYLE, 1973).
Segundo AGUIAR (1973), a zona de manguezal possui uma espessa vegetação
arbustiva, sendo mais desenvolvida na margem direita com um desenvolvimento superficial
dos sistemas radiculares bastante grandes, com numerosas raízes aéreas. Ocupa uma área
estimada de 11,8 km² cujas espécies principais são: mangue sapateiro, Ryzophora mangle
(Linnaeus), mangue branco, Laguncularia racemosa (Gaerth), mangue canoé, Avicennia
germinans (L.) Stearn e mangue de botão, Conocarpus erectus (L.). Além dessas espécies
ocorre também o mangue rajado, Avicennia schaueriana Stapf. & Leechman.
PAIVA et al. (1971), salientam que as fortes vagas de Leste-Nordeste agem sobre
uma plataforma continental estreita e arenosa, carreando para o litoral uma grande quantidade
de material que se acumula sob a forma de dunas pela ação dos ventos alísios de Sudeste. De
acordo com AGUIAR (1973), o deslocamento de dunas em direção aos manguezais da zona
estuarina do Rio Jaguaribe, já extinguiu grande parte deste, num processo que ainda continua
ocorrendo.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nas últimas décadas houve um grande interesse pelo estudo bioecológico das
regiões estuarinas do Nordeste brasileiro, resultando em vários trabalhos sobre a ictiofauna,
dentre os quais podemos citar:
ESKINAZI (1970), relacionou 35 espécies de peixes estuarinos de Pernambuco e
outros Estados do Nordeste do Brasil, citando o nome vulgar, local, origem do material
examinado e registro anterior das espécies para a região escolhida.
ESKINAZI (1972), relacionou 81 espécies de peixes presentes no Canal de Santa
Cruz/PE, distribuídos entre 38 famílias, sendo a maioria eurialinos. Foram analisadas a
salinidade e temperatura na superfície e fundo do canal.
ROLIM & OLIVEIRA (1974), descreveram as principais características da pesca
no Estuário do Rio Parnaíba/PI, dando ênfase aos tipos de embarcações, métodos e aparelhos
de pesca, além de assinalar as espécies de maior importância comercial.
OLIVEIRA (1974), identificou 66 espécies de peixes teleósteo, distribuídos em 26
famílias, na região estuarina do Rio Parnaíba/PI, além de verificar a variação da salinidade,
temperatura da água e aspectos da vegetação marginal.
Para a região estuarina de Itamaracá em Pernambuco, destacam-se os trabalhos
de: VASCONCELOS-FILHO (1979), que estudou a alimentação da sardinha bandeira,
Ophisthonema oglinum, ocorrente no Canal de Santa Cruz; AZEVEDO & GUEDES (1980),
que citam 23 novas ocorrência de peixes para o Canal de Santa Cruz; VASCONCELOS-
FILHO et al. (1980), que estudaram os hábitos alimentares das espécies Mugil curema e
Mugil brasiliensis, cultivadas em viveiros; COUTO & GUEDES (1981), que estudaram a
reprodução de Centropomus undecimalis (Bloch, 1792), no Canal de Santa Cruz;
VASCONCELOS-FILHO et al. (1981), que estudaram o regime alimentar de carapebas dos
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
8
gêneros Eugerres e Diapterus, no Canal de Santa Cruz; VASCONCELOS-FILHO (1990),
que estudou os hábitos alimentares das espécies Mugil curema e Mugil liza, cultivadas em
viveiros estuarinos; VASCONCELOS-FILHO et al. (1994/95), realizaram estudos sobre a
fauna ictiológica do Estuário do Rio Paripe, localizado no extremo Sul do Canal de Santa
Cruz na área de Vila Velha em Itamaracá/PE, relacionando 29 espécies.
VASCONCELOS-FILHO et al. (1990), desenvolveram estudos taxonômicos e
ecológicos na área de Suape/PE, relacionando 46 espécies de peixes, pertencentes a 30
famílias, sendo que 38 delas foram consideradas novas, além de verificar a ocorrência dos
peixes de acordo com a amplitude de variação da salinidade.
TEIXEIRA & FALCÃO (1992), estudaram a composição da fauna nectônica do
complexo lagunar Mundaú/Manguaba (AL), verificando que os peixes constituíram o grupo
mais representativo com 121 espécies, distribuídos em 52 famílias e 90 gêneros, seguidos
pelos crustáceos (9 famílias, 13 gêneros e 22 espécies). Fatores abióticos como a salinidade,
temperatura, oxigênio dissolvido e transparência também foram analisados.
O convênio entre a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia/SUDAM
e a Universidade Federal do Maranhão/UFMA, SUDAM/UFMA (1983), permitiu a realização
de estudos com a finalidade de caracterizar a região estuarina do Rio Cururuca/MA, bem
como avaliar o potencial dos seus recursos pesqueiros.
Com relação ao Estado do Ceará, um dos primeiros trabalhos em zona estuarina
foi o de MENEZES & MENEZES (1968), realizando estudos sobre a flora e fauna de águas
estuarinas, relacionando 25 espécies de peixes coletados em salinas e estuários de Fortaleza.
SALES (1983), informa sobre algumas das características do Estuário do Rio
Pirangi/CE, relacionando 31 espécies de peixes presentes no mesmo.
MOTA ALVES (1985), realizou estudos sobre a regulação iônica em alguns
peixes do Estuário do Rio Cocó/CE.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
9
MOTA ALVES & CÂMARA (1987), realizaram estudos histológicos de órgãos
relacionados com a regulação iônica de peixes estuarinos.
LIMA (1989), verificou aspectos bioecológicos, bem como, identificou 19
espécies de peixes que compõe a ictiofauna presente no Estuário Rio Ceará/CE.
OLIVEIRA (1993), estudou a composição e distribuição ecológica da ictiofauna
no Estuário do Rio Pacoti, identificando 56 espécies, abordando aspectos taxonômicos e
análises ecológicas dos mesmos.
Particularmente para o Rio Jaguaribe/CE, AGUIAR (1973) analisou aspectos da
pesca na zona estuarina, identificando as espécies de maior importância comercial,
destacando-se os bagres, tainhas, pescadas e carapebas; OLIVEIRA (1976), estudou a
composição da ictiofauna, identificando 86 espécies e verificando a sua distribuição com
relação à salinidade e estações do ano; MOTA ALVES & SOARES-FILHO, (1991),
realizaram estudos da fisioecologia de peixes do estuário, relacionados com a regulação iônica
dos indivíduos, identificando 85 espécies.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Zonas de Coleta
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foram realizadas coletas quinzenais
(dois dias), totalizando 24, entre maio de 1994 a abril de 1995, no Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), compreendendo duas zonas, classificadas de acordo com o proposto por CARRIKER
(1967).
a) Zona do Fortim - situada entre a localidade de Viçosa e a Pedra do Chapéu, compreende a
região média, apresentando ligeiros movimentos de água, fundo areno-lodoso e salinidade
média entre 18 a 26‰ (Figuras 3 e 4).
b) Zona da Barra - situada entre a Pedra do Chapéu e a embocadura do rio, compreende a
região inferior apresentando rápidos movimentos de água, fundo lodoso, areia ou cascalho
e salinidade média entre 25 e 30‰ e; boca com movimentos de água muito rápidos, fundo
arenoso, de cascalho ou rochoso e salinidade acima de 30‰ (Figuras 3 e 5a,b).
4.2 Climatologia
Este levantamento foi realizado com base nos trabalhos de OLIVEIRA (1976),
FONSÊCA & KLEIN (1976), FUNCEME (1989) e SILVA (1993). Os dados de precipitações
foram obtidos junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME),
para os anos de 1994 e 1995.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
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FIGURA 3 - Localização da área de estudo
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
12
FIGURA 4 - Zona do Fortim , região média do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), destacando
a Pedra do Chapéu, Viçosa e Fortim.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
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( a )
(b)
FIGURA 5 - Zona da Barra, destacando-se a Pedra do Chapéu na região inferior ( a ) e a boca
( b ), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
14
4.3 Hidrologia
As determinações dos parâmetros físico-químicos da água foram realizadas
durante todo o período de coleta in situ, na zona de superfície, e para a salinidade e pH estas
foram procedidas em laboratório.
4.3.1 Temperatura
Determinada com Medidor de O
2
e Temperatura YSI MODEL 58-METER e
termômetro comum.
4.3.2 Salinidade e Densidade
Os dados foram obtidos com refratômetro ótico, precisão de 1‰, modelo S/Mill -
ATAGO. As definições dos regimes de salinidades foram baseadas nos trabalhos de
OLIVEIRA (1980) e ALCANTARA (1989).
4.3.3 Oxigênio Dissolvido
Determinado com Medidor de O
2
e Temperatura YSI MODEL 58-METER e
níveis de saturação calculados com base na tabela oceanográfica internacional (UNESCO,
1973).
4.3.4 Transparência
Determinada através do lançamento do disco de Secchi com 20 cm de diâmetro.
4.3.5 pH
Obtido com o medidor de pH, modelo DMPH-p.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
15
4.3.6 Condutividade
Na determinação da condutividade utilizou-se o medidor Conductivity METER
1481-55 na escala de 199,9 em mS/m.
4.3.7 Velocidade da Corrente (v)
Obtida através do Método do Flutuador, que consiste em se deixar um aparelho
flutuante na superfície da água, marcando-se o tempo (t em segundos) necessário para
percorrer uma distância de 10,0 m e aplicando-se a fórmula v = 10,0/t.
4.3.8 Profundidade
Determinada através do lançamento de uma garatéia, com cabo graduado em
metros.
4.3.9 Condições da Maré
Determinada através de tábuas de marés e por observações direta no campo.
4.4 Ictiofauna
Nas capturas foram utilizadas tarrafas com aberturas de malha de 1,0 e 1,5 cm e
diâmetro de 4,68 e 5,07 m, respectivamente; côcas (instrumento semelhante a um puçá
tendo um cabo de 3 metros) com malha de 2,5 e 1,5 cm, e saco com altura de 88 e 60 cm,
respectivamente, assim como, redes-de-espera: fundo/solta, fundo/fixa, superfície/ solta e
superfície/fixa, dependendo das condições ambientais (Tabela 1).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
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TABELA 1- Características das redes-de-espera, utilizadas na amostragem da ictiofauna entre
a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
Altura Comprimento Malha* Nylon
(m) (m ) (cm) (mm)
1,00 63,7 3,0 0,20
1,05 105,3 3,5 0,25
1,60 90,0 4,0 0,25
1,36 160,0 4,0 0,25
1,10 113,1 5,0 0,25
1,10 118,3 5,5 0,30
1,00 105,3 6,0 0,30
1,20 156,0 6,5 0,30
* medida entre nós
4.4.1 Aspectos Biológicos
Cada indivíduo amostrado foi identificado, relacionando-se as características
externas observadas e o nome vulgar com o científico, utilizando-se os trabalhos de
CERVIGON (1966 a e b), MENEZES & MENEZES (1968), LIMA (1969), GODOY (1975 e
1987), LIMA & OLIVEIRA (1978) e NOMURA (1984) e, determinados o comprimento total
com ictiômetro capaz de registrar décimos de centímetros, o peso total em balança com
precisão de 0,1 g, verificando- se também as características externas, sexo e estádio de
maturação gonadal, segundo as recomendações de MOTA ALVES (1971), MOTA ALVES &
TOMÉ (1967 e 1968), MOTA ALVES & ARAGÃO (1973), MOTA ALVES & SAWAYA
(1973) e MOTA ALVES & SOARES FILHO (1992) considerando-se 4 estádios de
maturação: I) Gônada imatura (machos e fêmeas) - Gônadas muito pequenas, filiformes e
transparentes de coloração branca, não apresentando irrigação periférica; II) Gônada em
maturação (fêmeas) - Gônadas com maior volume, apresentando irrigação periférica e
coloração variando de um tom levemente rosado a laranja claro. Não há liberação de ovócitos
por pressão; III) Gônada madura (machos e fêmeas) - Gônadas em plena maturação, havendo
liberação de ovócitos por leve pressão, apresentando, para os machos, uma coloração
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
17
densamente esbranquiçada e para as fêmeas, amarela com grande volume, ocupando quase
toda a cavidade geral do corpo, exercendo assim, forte pressão sobre o estômago e intestino.
São amplamente irrigadas, evidenciando-se os ovócitos maduros através do fino tecido
muscular que a envolve; IV) Gônada desovada (machos e fêmeas) - Gônadas em processo de
reabsorção, apresentando coloração pardacenta, flacidez e pequeno volume, não exercendo
pressão sobre o estômago e intestino.
Para as análises do conteúdo estomacal das espécies de maior abundância foi
retirado o estômago, conservando-se o material em formol a 10% para análise em laboratório
pelo Método da Ocorrência, com base nos trabalhos de TRÉGOUBOFF & ROSE (1957),
KRASILCHIK (1961), NEWEL & NEWEL (1963), WIMPENNY (1966), BICUDO &
BICUDO (1969), FURTADO (1969) e FONSÊCA & MOTA KLEIN (1976), para
identificação dos diversos componentes.
4.4.2 Aspectos Ecológicos
4.4.2.1 Diversidade – Sendo a relação entre o número de espécies e a
abundância relativa das mesmas, utilizou-se nessa estimativa o índice de diversidade de
Shannon-Weaver (H em bit/indivíduo) modificado por MARGALEF (1957) apud DICKMAN
(1968), dado por:
H =
Pi
log
2
Pi
i
n
onde:
Pi = probabilidade de se encontrar a espécie i na amostra, dada por:
Pi = Ni/Nt;
Ni = número de indivíduos da iésima espécie;
Nt = número total de indivíduos na amostra.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
18
A unidade bit equivale à quantidade de informação para exercer uma relação entre
duas soluções de uma mesma probabilidade.
Segundo MARGALEF (1974), sobre o valor numérico da diversidade influem a
riqueza de espécies, expressa pelo número de espécies presentes na amostra, e a
equitabilidade, expressa pela distribuição do número de indivíduos das diferentes espécies.
Para o cálculo da riqueza de espécies utilizou-se o índice de Margalef (d), dado
por:
d = ( S - 1 )/ ln Nt,
onde:
S = número de espécies na amostra
Nt = número total de indivíduos na amostra
Quanto a equitabilidade, foi usado o índice de Pielou (J) citado por OLIVEIRA
(1993), baseado na razão entre o índice de diversidade observada (H de Shannon-Weaver) e a
diversidade máxima que poderia alcançar a amostra para o número total de indivíduos (Nt) e o
número de espécies ( S ) que ela possui, dado por:
J = H/ log
2
S
Este índice varia de 0 para a diversidade mínima a 1, quando a diversidade é
máxima, considerando-se o valor > 0,5 como sendo significativo.
4.4.2.2 Afinidade – Utilizou-se o índice de afinidade de FAGER (1957), o
qual fornece uma medida da freqüência com a qual as espécies ocorrem juntas, dado pela
seguinte equação:
IAB = J 1
N
N
A
B.
2
N
B
onde:
J = Número de ocorrência juntas;
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
19
NA = Número de ocorrência da espécie A;
NB = Número de ocorrência da espécie B.
Os valores críticos foram definidos com base na tabela “Valores mínimos de J, os
quais são significantes ao nível de 0,05 ”, apresentados por FAGER (1957).
4.4.2.3 Distribuição Espacial – Nas análises da distribuição espacial utilizou-se
apenas a ictiofauna capturada com rede-de-espera, sendo usado o método do Índice de
Agregação (Ia) descrito em SANTOS (1978) e adaptado para redes-de-espera conforme
abaixo:
Seja a rede-de-espera:
onde: b = base
a = altura
1º Caso: Rede parada ( fixa )
d = distância
d = w. t
Onde:
w = velocidade do peixe;
t = tempo de pesca (em horas).
2º Caso: Rede arrastando (solta)
d = w. t
Onde:
w = velocidade de deslocamento da rede;
t = tempo de pesca (em horas).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
20
Então: Di(t) = Nc / v
Onde:
Di(t) = Estimativa da densidade da população;
Nc = Número total de indivíduos capturados;
v = volume de captura;
v = d.b.a ou v = w.t.b.a
Se w = km/h, a = km e b = km
Então v = km
3
e, Di(t) = inds./ km
3
Se a.b.w = k
Onde:
k = constante de proporcionalidade
Então: Di (t) = Nc / kt
Assim, a estimativa do valor proporcional à densidade da população [
~
Di
(t) ] passa a ser:
~
Di
(t) = Nc/t ou (t) = inds./h
~
Di
Hipótese:
Ho: Ia =1 Distribuição espacial ao acaso
H
1
: Ia 1 > 1 Distribuição espacial agregada
< 1 Distribuição espacial uniforme
Ia = s
2
/
~
D
(t):
Onde:
s
2
= variância amostral;
~
D
(t) = valor médio proporcional à densidade da população.
Aplicando-se o Teste do χ
2
( Qui-quadrado ) teremos:
χ
2
=
[
~
Di
(t) -
~
D
(t) ]²
~
D
(t)
Para : χ
2
b
< χ
2
< χ
2
c
, teremos Ia = 1
χ
2
< χ
2
b
, teremos Ia < 1
χ
2
> χ
2
c
, teremos Ia > 1
OBS: χ
2
b
e χ
2
c
são valores tabelados para α = 0,05.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
21
4.4.2.4 Freqüência de Ocorrência – Sendo a percentagem do número de
indivíduos ( n ) de uma espécie em relação ao total de indivíduos capturados, esta foi obtida
através da relação apresentada por DAJOZ (1973).
F = ( ni / Nc ) x 100
Onde:
F = Freqüência de ocorrência (%);
ni = número de indivíduos da iésima espécie;
Nc= número total de indivíduos capturados.
Em função do valor de F tem-se:
1. A distribuição das freqüências é muito dissimétrica e as espécies são numerosas e uma ou
algumas delas formam a maior parte da ictiofauna;
2. A distribuição das freqüências é praticamente simétrica. A ictiofauna é rica e todas as
espécies são mais ou menos igualmente representadas;
3. A distribuição das freqüências é dissimétrica. As espécies que compõem a ictiofauna são
pouco numerosas.
4.4.2.5 Constância – Para a análise da constância, utilizou-se a relação de
DAJOZ (1973):
C = ( pi/P ) x 100
Onde:
C = Constância (%);
pi = número de coletas contendo a espécie i;
P = número total de coletas efetuadas.
Em função do valor de C, distinguem-se as seguintes categorias:
1. Espécies constantes, presentes em mais de 50% das coletas;
2. Espécies acessórias, presentes em 25 a 50% das coletas;
3. Espécies acidentais, presentes em menos de 25% das coletas.
4.4.2.6 Abundância relativa – Utilizou-se nesta análise a relação citada por
OLIVEIRA (1993):
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
22
Ar = ( Ni/Nt ) x 100
Onde:
Ar = Abundância relativa ( % )
Ni = número de indivíduos da iésima espécie na amostra
Nt = número total de indivíduos na amostra
Segundo SÁNCHEZ-GIL et al. (1981) e HORN & ALLEN (1985), as espécies
mais abundantes serão aquelas que apresentarem juntas percentagem de abundância relativa
superior a 70%, em determinada estação ou mês de coleta.
4.4.2.7 Dominância – Na determinação das espécies dominantes e características,
utilizou-se o índice biológico total de SANDER (1960) apud por GÓMEZ-GASPAR (1981),
calculado, tendo em conta a abundância relativa das dez espécies mais comuns em cada
coleta. Assim, a espécie que ocupar o primeiro lugar terá valor 10, a do segundo lugar 9... etc,
de tal maneira que o índice biológico total será a somatória obtida pela espécie em relação ao
número de indivíduos (índice demográfico) e a biomassa (índice trófico).
A organização e citações do texto, bem como, as referências bibliográficas, estão
de acordo com as alterações da NB 6.023, 10.520 e 10.522 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas e OLIVEIRA et al. (1981).
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Climatologia
Dentre os vários fatores que exercem ação sobre o meio ambiente, o clima é um
dos mais importantes.
No Estado do Ceará, predominam condições semi-áridas, associadas à distribuição
irregular de chuvas, caracterizando dois período nitidamente distintos: o seco, que vai de
agosto a dezembro e o das chuvas, de janeiro a julho (OLIVEIRA, 1976 e FONSÊCA &
KLEIN, 1976). Na faixa litorânea do Estado a temperatura média anual é de 28 ºC com
máxima de 30 ºC e mínima de 22 ºC. Os índices de precipitações pluviométricas sofrem
diferenças ao longo da faixa litorânea, observando-se uma diminuição dos totais anuais no
sentido Oeste-Leste, variando de 1.250 a 1.500 mm nas proximidades da fronteira com o
Piauí, a 500 – 750 mm perto do Rio Grande do Norte (FUNCEME, 1989).
Na região de Aracati/Fortim as precipitações pluviométricas durante o ano de
1994, tiveram um mínimo de 0,0mm de julho a novembro, sendo registrado um máximo de
373,4 mm em março, com um total anual de 1.233,6 mm. Para o ano de 1995, o mínimo
ocorreu de agosto a novembro (0,0 mm) e um máximo de 324,5 mm em abril, com um total
anual de 1.106,5mm (Tabela 2 e Figura 6).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
24
TABELA 2 - Variações mensais de pluviometria para a região de Aracati/Fortim (Ceará), no
período de janeiro/94 a dezembro/95.
Precipitações mensais ( mm )
Anos
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1994 109,5 118,0 373,4 288,6 146,9 160,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 37,0
1995 79,8 137,7 128,4 324,5 206,2 157,1 59,8 0,0 0,0 0,0 0,0 13,0
Fonte: Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
( Meses )
Precipitações ( mm )
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
400,0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
1994
1995
FIGURA 6 - Variações mensais de pluviometria para a região de Aracati/Fortim (Ceará), no
período de janeiro/94 a dezembro/95.
Fonte: FUNCEME.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
25
5.2 Hidrologia
Os principais parâmetros físico-químicos no Estuário do Rio Jaguaribe foram
determinados ao longo das coletas a fim de se caracterizar melhor o ambiente, verificando-se
os valores máximos e mínimos, bem como, a média aritmética e o coeficiente de variação
(CV) que mostra o grau de dispersão dos valores em torno da média e, consequentemente a
sua representatividade. Assim, quanto menor for o valor de CV mais representativa é a média.
5.2.1 Temperatura
Em águas estuarinas as variações anuais e diárias da temperatura são maiores que
em águas oceânicas ou costeiras, sendo esta acentuada se o estuário é pouco profundo
(KINNER, 1967).
Não se verificou variação acentuada da temperatura, porém está diretamente
relacionada com a temperatura do ar. Na região média, as variações ao longo do período
analisado, tiveram uma máxima de 30,0 ºC no mês de maio/94 e abril/95, mínima de 25,6 ºC
no mês de janeiro/95, com média de 27,8 ºC e CV de 4,39% (Tabelas 3 a 5, Figura 7). Na
região inferior e boca do estuário a temperatura máxima foi de 30,8 ºC no mês de maio/94,
mínima de 26,0 ºC no mês de janeiro e abril/95 com média de 27,7 ºC e CV de 4,12 (Tabelas
6 a 8, Figura 7).
5.2.2 Salinidade e Densidade
Em águas estuarinas a salinidade apresenta ampla variações, sendo mais baixa que
a da zona costeira ou oceânica, porém em determinados locais pode ser mais elevada, devido
a baixas precipitações e alta evaporação (KINNER, 1967). Estas variações estão associadas
também, as estações do ano, ao volume de descarga fluvial, drenagem terrestre, salinidade do
mar adjacente e das amplitudes de marés.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
26
AGUIAR (1973), salienta que a penetração da água do mar se faz sentir até cerca
de 30 km acima da foz do Rio Jaguaribe. FONSECA & KLEIN (1976), obtiveram valores de
16,5 a 18,9‰ na região inferior e boca, no período das chuvas (janeiro a julho), de 29,2 a
31,7‰ no período seco (agosto a dezembro). Na região média a salinidade variou de 9,4 a
18,9‰ no período das chuvas e de 26,4 a 31,5 no período seco. OLIVEIRA (1976), registrou
na região inferior e boca salinidades de 1,6 a 33,8‰ no período das chuvas e: de 11,8 a
35,9‰ no período seco. Na região média obteve salinidades de 0,9 a 33,0‰ no período das
chuvas e de 15,8 a 30,8‰ no período seco. Na ponte Juscelino Kubitschek (a 18 km da foz), a
salinidade no período das chuvas variou de 0,1 a 1,1‰ e de 1,6 a 16,2‰ no período seco.
MOTA ALVES & SOARES-FILHO (1991), verificaram variações durante o período das
chuvas de 0,8 a 2,3‰ e no período seco de 1,5 a 2,8‰ na ponte Juscelino Kubichek. Na
região média as oscilações no período das chuvas foram de 13,0 a 18,0‰ e no período seco de
19,0 a 26,0‰. Na região inferior e boca estas variações foram de 26,0 a 30‰ no período das
chuvas e de 28,8 a 35,5‰ no período seco.
Neste trabalho, o valor máximo observado para a salinidade na região média, foi
de 38 ‰ em setembro, outubro, novembro, dezembro/94 e janeiro/95, mínimo de 0,0‰ em
abril/95, com média de 25,5 ‰ e CV de 51,93%. Quanto à densidade esta apresentou um
máximo de 1,028 de setembro a dezembro/94 e janeiro/95, mínimo de 1,000 em abril/95,
média de 1,018 e CV de 50,91% (Tabelas 3 a 5, Figuras 8 e 9).
Na região inferior e boca o valor máximo observado foi de 39 ‰ em novembro e
dezembro/94, mínimo de 0,0‰ em abril/95, com média de 26,0 ‰ e CV de 48,84%. Quanto à
densidade esta apresentou um máximo de 1,029 em novembro e dezembro/94, mínimo de
1,000 em abril/95, média de 1,019 e CV de 48,34% (Tabelas 6 a 8, Figuras 8 e 9).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
27
A grande variação da salinidade (CV =51,93% - região média; CV = 48,84% -
região inferior e boca) e, consequentemente da densidade (CV = 50,91% - região média; C.V.
= 48,34% - região inferior e boca), possibilitou a definição de quatro regimes salinos: eualino
(S (‰) > 30), polialino (18 < S (‰)
30), mesoalino (5 < S (‰)
18) e oligoalino (S (‰)
5). Conforme pode ser observado na Figura 10, ocorreu à predominância do regime eualino
ao longo do ano, principalmente durante o período seco, época em que as precipitações
pluviométricas foram mínimas, contribuindo também para este predomínio, o regime de
marés aliado à distância da desembocadura do rio. Nota-se ainda que, à medida que as
precipitações aumentam, ocorre uma mudança no regime salino (polialino, mesoalino e
oligoalino). TRAVASSOS et al. (1991/93), também verificaram estas variações no Estuário
do Rio Capibaribe, bem como, MACÊDO & COSTA (1990), para o Estuário do Rio
Igaraçu/PE e COSTA & MACEDO (1987/89) para o Rio Timbó/PE.
5.2.3 Oxigênio Dissolvido
Os níveis de oxigênio dissolvido na água mostraram variações em ambas as zonas
de coletas. Nas Tabelas 3 a 5, Figuras 11 o valor máximo foi de 5,91 mg/L em abril/95, o
mínimo de 2,65 mg/L em maio/94 com média de 3,91 mg/L e C.V. de 17,28% para a região
média. Na região inferior e boca, os níveis de oxigênio dissolvido apresentaram um máximo
de 5,92 mg/L em janeiro/95 e mínimo de 2,09mg/L em abril/95, com média de 4,07 mg/L e
CV de 16,13% (Tabelas 6 a 8, Figura 11).
Verificou-se que os menores níveis de oxigênio dissolvido ocorreram na maré
vazante e os maiores na maré enchente, principalmente no período das chuvas, para ambas
zonas de coleta, estando os baixo índices relacionados com o aporte de matéria orgânica
provenientes dos esgotos domésticos, principalmente na região média, onde os níveis de
saturação foram os mais baixos, apresentando um mínimo de 35,43%, máximo de 80,70%,
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
28
média de 57,83% e CV de 18,97%. Quanto à região inferior e boca o mínimo foi de 25,8%,
máximo de 89,03%, média de 60,04% e CV de 18,14%.
Em estudos no Estuário do Rio Capibaribe (PE), TRAVASSOS et al. (1991/93),
verificaram valores abaixo de 25% no nível de saturação de oxigênio dissolvido, considerando
este estuário como uma zona poluída, bem como, uma zona de baixa saturação (valores entre
50 e 100%). Neste trabalho, o valor mínimo (25,8%) obtido na região inferior e boca, não
pôde caracterizar um estuário com águas poluídas já que a média está compreendida na faixa
de baixa saturação. No entanto, TELLES (1975), considera as águas estuarinas do Rio
Jaguaribe poluídas por dejetos orgânicos que põem em risco a saúde da população ribeirinha,
principalmente nas zonas do porto de Aracati e Fortim, salientando, porém que durante o
período de amostragem houve grande enchente no rio, chegando a inundar a cidade de
Aracati, o que possibilitou o carreamento de muito dejetos de animais para o leito do rio, e
provavelmente fontes contínuas de contaminação tenham sido formadas.
5.2.4 Transparência
As variações da transparência da água foram bastante acentuadas para ambas
zonas de coleta. Verificou-se para a região média o valor máximo de 2,30 em dezembro/94 e
mínimos 0,05 em março e abril/95, tendo média de 0,88 m e CV de 55,68% (Tabelas 3 a 5,
Figura 12). Quanto à região inferior e boca o valor máximo foi de 1,90 m em janeiro/95,
mínimo de 0,05 m em março/95, média de 0,87 e CV de 51,72% (Tabelas 6 a 8, Figura 12).
Embora esse parâmetro tenha apresentado os menores valores nos meses de março e abril
(período chuvoso), para ambas as zonas de coletas, em virtude da elevada quantidade de
material em suspensão carreada pelo rio, observou-se na região inferior e boca os maiores
valores em comparação a região média, devido, principalmente a grande influência das águas
oceânicas e do regime de marés, este fato também foi observado por MACÊDO et al. (1982)
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
29
na desembocadura do Rio Botafogo/PE, bem como por COSTA & MACEDO (1987/89) para
a foz do Rio Timbó/PE.
5.2.5 pH
Na água, está diretamente relacionado com a quantidade de matéria orgânica em
decomposição (MACEDO, 1974) bem como, com a concentração de CO
2
, diluição por água
de precipitação e composição química da água de drenagem (TUNDISI, 1970). O valor
máximo observado na região média foi de 9,94 em abril/95, mínimo de 7,78 em março/95,
com média de 8,32 e CV de 3,37% (Tabelas 3 a 5, Figura 13). Quanto à região inferior e boca
os valores máximo e mínimo corresponderam a 9,82 em abril/95 e 7,63 em março/95, com
média de 8,33 e CV de 3,36% (Tabelas 6 a 8, Figura 13). Na área estudada as variações de pH
foram mínimas, mantendo-se numa faixa alcalina, sugerindo uma grande influência marinha,
havendo, porém, uma oscilação no período chuvoso, no qual apresentou os maiores e menores
os valores.
5.2.6 Condutividade
Analisando as Tabelas 3 a 5, Figura 14, verificou-se que houve variação
acentuada na condutividade, obtendo-se valores máximos e mínimos de 84,9 mS/m em
novembro/94 e 0,9 mS/m em março/95, respectivamente, média de 39,6 mS/m e CV de
60,6%, para a região média. Na região inferior e boca (Tabelas 6 a 8, Figura 14), observou-se
um máximo de 84,9 mS/m em novembro/94 e mínimo de 0,6 mS/m em março/95 com média
de 42,1 mS/m e CV de 50,59%.
Constatou-se uma queda acentuada na salinidade da água no período das chuvas e,
conseqüentemente, da condutividade que passou a apresentar os menores valores, já que está
diretamente relacionada à quantidade de íons na água (Tabelas 3 a 8, Figura 14).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
30
5.2.7 Velocidade da Corrente
De um modo geral, as corrente superficiais oceânicas estão relacionadas aos
ventos dominantes que atuam sobre a superfície do mar (MARGALEF, 1974). Entretanto, em
zonas estuarinas estão diretamente relacionadas ao fenômeno das marés (gerando correntes de
marés), bem como a vazão do rio. Na região média a velocidade da corrente obtida no
momento em que o aparelho de pesca era lançado, apresentou um máximo de 0,85 m/s,
mínimo de 0,03 m/s e média de 0,44 m/s com CV de 47,73% (Tabelas 3 a 5, Figura 15). Na
região inferior e boca a máxima foi de 0,91 m/s, mínima de 0,06 m/s, média de 0,47 m/s e CV
de 42,55% (Tabelas 6 a 8, Figura 15).
5.2.8 Profundidade
A profundidade na zona estuarina do Rio Jaguaribe é bastante variável, pois sofre
influência das amplitudes de marés, bem como, do material carreado pelo rio que pode gerar
as “croas” (bancos de areia) e das precipitações pluviométricas. Nas Tabelas 3 a 5 e Figura
16, observam-se os valores de profundidade na região média, onde o valor máximo foi de
8,80 m e mínimo de 1,60 m em maio/94 com média de 5,62 e CV de 28,72%. Para a região
inferior e boca o valor máximo foi 7,20 m em agosto, outubro/94 e janeiro/95, mínimo de
1,20m em outubro/94, média de 4,55 m e CV de 27,25% (Tabelas 6 a 8, Figura 16).
5.2.9 Condições de Maré
A ação das marés é de grande importância na fertilidade das zonas estuarinas, pois
ocasionam um fluxo e refluxo de água que alternadamente irrigam e drenam essas áreas,
constituindo um meio natural de transporte de materiais. Essas condições na área estudada
(Tabelas 3 e 6), tiveram grande influência sobre os demais parâmetros ambientais, tais como:
a transparência da água que apresentou os maiores valores na maré enchente, tanto para o
período seco como para o das chuvas; o pH que se manteve na faixa alcalina na maré baixa,
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
31
enchente, cheia, ou vazante, devido à proximidade com o oceano; o oxigênio dissolvido que
apresentou os menores níveis com a maré vazante e os maiores com a maré enchente e;
principalmente a variação de salinidade que permitiu uma marcada influência do regime
eualino comprovada pela predominância de uma ictiofauna tipicamente marinha ao longo do
período de amostragem. Além disso, influenciaram diretamente a velocidade da corrente e a
profundidade na área de estudo.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
32
TABELA 3 - Dados ambientais obtidos na zona de coleta do Fortim (região média) Estuário
do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Temp OD OD pH Sal. Dens. Cond. Prof.
Transp. Vel.Cor
Maré data Hora
(ºC)
(mg/L)
( % ) (‰)
(mS/m)
( m ) (m ) (m/s ) (estado)
30,0 2,86 - - - - 13,8 6,40 0,15 0,67 vazante 03.05.94 17:10
29,3 2,65 35,43 8,21 3 1,003 8,8 3,20 0,40 0,36 vazante 04.05.94 07:10
29,4 2,88 38,77 8,16 4 1,003 5,9 1,60 0,45 0,22 vazante " 07:40
29,5 3,00 40,54 8,02 5 1,004 8,3 6,40 0,40 0,07 Baixa " 08:15
30,0 3,41 48,38 8,25 12 1,009 25,9 6,40 0,50 0,50 enchente " 10:55
29,6 4,40 64,03 8,36 18 1,014 34,2 6,40 0,60 0,50 enchente " 11:30
28,3 3,01 46,07 8,33 31 1,021 7,8 8,80 1,00 0,03 enchente 16.05.94 08:34
28,7 3,43 51,95 8,34 28 1,020 9,1 4,00 1,00 0,50 vazante " 09:35
29,9 3,31 47,15 8,28 13 1,009 24,0 8,80 0,80 0,48 vazante " 14:06
28,7 3,27 48,72 8,37 24 1,017 26,0 4,80 1,70 0,00 Cheia 17.05.94 08:47
28,6 3,24 47,99 8,11 24 1,017 11,2 6,40 0,95 0,20 vazante 06.06.94 08:53
29,5 3,25 46,91 8,26
16 1,011 22,4 8,20 0,75 0,55 enchente " 12:25
29,2 2,80 39,60 8,23 14 1,010 21,2 3,20 0,80 0,00 Cheia 07.06.94 04:52
28,9 3,00 43,39 8,28 19 1,014 - 7,82 1,26 0,31 vazante " 07:17
28,3 3,43 50,21 8,35 23 1,016 - 6,40 1,10 0,20 enchente " 09:23
28,9 3,00 42,68 8,44 16 1,011 21,5 8,00 0,68 0,83 enchente 13.06.94 09:54
28,9 2,74 39,42 8,41 18 1,014 26,1 7,20 0,50 0,83 vazante " 10:51
29,4 2,90 39,11 8,47 5 1,004 5,4 5,60 0,35 0,22 enchente " 15:25
27,8 4,04 58,35 8,34 22 1,015 46,0 5,60 1,20 0,42 vazante 14.06.94 08:46
28,0 4,06 53,48 8,17 5 1,004 14,3 6,40 0,50 0,12 enchente 04.07.94 09:16
27,5 4,47 60,08 8,06 10 1,008 2,2 8.00 0,90 0,13 vazante 05.07.94 08:54
28,2 4,57 63,87 8,18 15 1,011 27,8 5,60
0,85 0,37 enchente " 10:40
28,6 3,75 51,47 7,91 10 1,008 14,4 4,80 0,40 0,71 enchente " 12:00
27,5 5,25 80,70 8,22 34 1,024 50,1 8,00 1,25 0,07 enchente 18.07.94 13:29
27,0 4,04 55,93 8,20 17 1,013 30,5 5,60 0,75 0,67 vazante 19.07.94 06:50
27,3 3,74 54,13 8,14 24 1,017 36,0 4,00 0,90 0,37 Baixa 04.08.94 18:51
26,9 4,10 61,59 8,27 32 1,022 46,2 7,20 0,75 0,77 vazante 05.08.94 06:45
26,4 3,74 56,10 8,27 33 1,023 56,0 5,12 0,80 0,77 vazante 22.08.94 08:27
26,5 4,05 61,60 8,31 35 1,026 56,3 5,60 1,20 0,00 Cheia 23.08.94 06:47
26,5 4,05 61,60 8,33 35 1,026 56,2 4,80 1,20 0,45 vazante " 08:20
26,6 3,77 57,77 8,38 36 1,026 54,4 3,20 0,65 0,48 vazante 05.09.94 07:05
28,1 4,15 64,38 8,37 34 1,024 53,0 8,32 1,15 0,56 enchente "
14:10
26,1 4,15 63,82 8,50 38 1,028 57,5 7,20 0,75 0,37 vazante 06.09.94 06:20
26,3 3,88 59,52 8,46 37 1,027 56,3 6,08 0,55 0,77 vazante " 08:41
26,8 3,98 61,18 8,42 36 1,026 54,8 3,52 0,65 0,50 vazante " 09:28
26,6 4,09 63,27 8,14 38 1,028 57,8 4,32 1,65 0,15 vazante 26.09.94 09:20
26,4 4,15 63,82 8,28 37 1,027 58,2 8,00 0,90 0,00 Baixa 10.10.94 09:45
26,9 4,02 61,98 8,15 36 1,026 54,9 4,90 2,15 0,36 enchente 11.10.94 05:27
26,3 4,12 62,61 8,15 36 1,026 58,5 4,80 1,15 0,50 vazante 25.10.94 12:48
27,8 4,00 63,06 8,20 38 1,028 55,7 4,00 1,45 0,37 vazante " 14:28
26,3 4,62 70,90 8,17 37 1,027 84,9 6,40 1,05 0,56 vazante 07.11.94 09:16
26,0 4,20 64,05 8,30 37 1,027 83,0 4,80 0,65 0,56 enchente " 07:03
26,0 3,95 60,61
8,32 38 1,028 84,2 6,70 0,85 0,40 enchente 08.11.94 07:40
26,4 3,93 60,57 8,34 38 1,028 69,5 5,60 1,90 0,36 vazante 21.11.94 07:56
26,6 3,90 59,74 8,21 36 1,026 67,1 6,40 1,50 0,38 vazante " 10:51
26,4 4,05 61,87 8,31 36 1,026 69,6 5,60 Zero 0,67 vazante " 20:34
26,6 3,90 59,74 8,21 36 1,026 67,1 6,40 1,50 0,38 vazante " 10:51
26,0 4,15 62,99 8,33 36 1,026 67,5 6,40 Zero 0,83 vazante 22.11.94 00:10
27,7 4,50 70,94 8,14 38 1,028 58,8 4,00 2,30 0,33 enchente 12.12.94 08:55
28,0 4,02 63,37 8,45 37 1,027 50,7 4,20 Zero 0,37 vazante 12.12.94 18:10
28,5 3,44 54,65 8,48 37 1,027 59,2 4,00 1,10 0,40 vazante 19.12.94 08:32
27,0 4,35 67,93 8,55 38 1,028 62,8 4,80 Zero 0,50 vazante " 20:05
25,6 4,82 72,69 8,76 36 1,026 59,1
3,20 Zero 0,67 enchente 10.01.95 23:11
28,5 4,60 68,22 8,65 25 1,018 38,5 3,68 0,58 0,40 vazante 30.01.95 10:36
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
33
TABELA 3 - (Continuação)
Temp OD OD pH Sal. dens. Cond. Prof. Transp
Vel.Cor
Maré data Hora
(ºC) (mg/L) ( % ) (‰) (mS/m ) ( m ) ( m ) (m/s ) (estado)
27,5 4,82 75,62 9,01 38 1,028 59,4 7,20 Zero 0,40 vazante 31.01.95 01:30
28,5 4,52 71,17 8,32 36 1,026 57,1 7,20 1,10 0,13 enchente 07.02.95 10:20
27,5 4,33 67,63 8,17 37 1,027 58,3 7,20 1,20 0,00 Cheia 27.02.95 08:29
28,2 4,40 67,99 8,24 33 1,023 52,1 4,80 0,90 0,71 vazante " 10:44
28,0 4,35 67,78 8,20 35 1,026 60,0 7,20 1,20 0,15 vazante 28.02.95 08:43
28,5 4,10 64,06 8,19 34 1,024 55,7 4,50 1,00 0,85 vazante " 10:09
27,5 4,95 76,10 8,57 34 1,024 56,7 5,04 Zero 0,50 vazante 17.03.95 18:48
28,0 4,70 60,92 8,31 2 1,002 1,4 3,74 0,08 0,38 vazante 29.03.95 09:21
27,0 4,10 51,90 7,78 1 1,001 0,9 5,10 0,05 0,65 vazante 30.03.95 09:37
29,0 3,37 44,70 7,90 3 1,003 16,9 5,60 0,35 0,56 vazante 10.04.95 13:20
26,0 3,14 38,87 8,44 0 1,000 2,1
6,40 0,05 0,56 vazante 11.04.95 09:15
30,0 2,77 37,38 9,94 3 1,003 7,1 4,80 0,25 0,15 enchente 24.04.95 09:40
27,5 5,02 66,79 8,32 8 1,006 18,9 4,00 Zero 0,00 Cheia " 23:00
28,5 5,91 76,81 8,76 1 1,001 4,5 3,20 0,20 0,31 enchente 25.04.95 08:25
Máx. 30,0 5,91 80,70 9,94 38 1,028 84,9 8,80 2,30 0,85 - - -
mín. 25,6 2,65 35,43 7,78 0 1,000 0,9 1,60 0,05 0,03 - - -
x
27,8 3,91 57,83 8,32 25,5 1,018 39,6 5,62 0,88 0,44 - - -
s 1,21 0,68 10,97 0,28 13,26 0,009 24,02 1,61 0,49 0,21 - - -
CV (%) 4,35 17,39 18,97 3,36 52,0 50,0 60,6 28,65 55,68 47,73 - - -
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
34
TABELA 4 - Valores médios mensais, obtidos na zona de coleta do Fortim (região média)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Mês Temp OD OD pH Sal. dens. Condut. Prof. Transp Vel.Cor.
(ºC) (mg/L) ( % ) (‰) ( mS/m) ( m ) ( m ) ( m/s )
Maio/94
29,3 3,22 46,78 8,26 15,3 1,011 16,7 5,68 0,70 0,37
Junho
28,8 3,16 45,30 8,32 17,4 1,016 22,0 6,49 0,84 0,44
Julho
27,8 4,37 60,92 8,12 15,2 1,011 23,2 6,40 0,78 0,34
Agosto
26,7 3,94 59,00 8,26 31,8 1,023 50,1 5,34 0,97 0,59
Setembro
26,8 4,00 61,66 8,38 36,5 1,026 55,6 5,44 0,90 0,47
Outubro
26,8 4,07 62,87 8,20 36,8 1,027 56,8 5,42 1,41 0,41
Novembro
26,2 4,11 62,96 8,28 36,9 1,027 75,1 5,99 1,19 0,54
Dezembro
27,8 4,08 64,22 8,40 37,5 1,028 57,9 4,25 1,70 0,40
Janeiro/95
27,2 4,75 72,18 8,81 33,0 1,024 52,3 4,69 0,58 0,49
Fevereiro
28,1 4,34 67,73 8,22 35,0 1,025 56,6 6,18 1,08 0,46
Março
27,5 4,58 62,97 8,22 12,0 1.009 19,7 4,63 0,07 0,51
Abril
28,2 4,04 52,91 8,67 3,0 1,003 9,9 4,80 0,21 0,40
TABELA 5 - Variação de parâmetros ambientais durante no período das chuvas (janeiro a
julho) e seco (agosto a dezembro), na zona do Fortim (região média) Estuário
do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Parâmetros Período das Chuvas Período Seco
max. min.
x
s
CV(%) max. min.
x
s
CV(%)
Temperatura (ºC)
30,0 25,6 28,4 1,02 3,60 28,5 26,0 26,8 0,70 2,60
Oxig. dissolvido (mg/L)
5,91 2,65 3,62 0,83 21,73 4,62 3,44 4,04 0,24 5,94
Oxig. dissolvido ( % )
80,70 35,43 55,07 13,06 23,71 70,94 54,13 62,08 4,01 6,46
pH
9,94 7,78 8,34 0,35 4,20 8,55 8,14 8,31 0,12 1,44
Salinidade ( ‰ )
38,0 0,0 18,8 13,02 69,20 38,0 24,0 35,9 2,89 8,05
Densidade
1,028 1,000 1,014 0,009 64,28 1,028 1,017 1,026 0,002 7,69
Condutividade (mS/m )
60,0 0,9 25,9 19,99 77,18 84,9 36,0 60,4 11,15 18,46
Profundidade ( m )
8,80 1,60 5,77 1,74 30,16 8,32 3,20 5,38 1,38 25,65
Transparência ( m )
1,70 0,05 0,71 0,40 56,34 2,30 0,55 1,15 0,49 42,61
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
35
TABELA 6 - Dados ambientais obtidos na zona de coleta da Barra (região inferior e boca)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Temp. OD OD pH Sal. dens. Cond. Prof. Transp. Vel.Cor Maré data Hora
(ºC) (mg/L) ( % ) (‰) ( mS/m ) ( m ) ( m ) (m/s ) (estado)
30,2 3,40 47,60 8,16 9 1,006 34,4 4,00 0,65 0,07 Cheia 03.05.94 11:10
30,8 4,60 66,80 8,22 14 1,010 27,8 2,40 0,90 0,12 vazante " 11:30
28,8 3,40 48,28 8,40 16 1,011 12,5 4,00 1,00 0,77 vazante 16.05.94 10:20
29,4 3,45 50,95 8,31 21 1,015 40,6 4,00 1,15 0,45 vazante " 12:52
28,7 3,03 43,89 8,28 20 1,014 25,0 5,60 1,30 0,27 enchente 17.05.94 07:01
28,8 3,30 49,57 8,34 26 1,019 13,2 4,00 1,30 0,16 Baixa 06.06.94 09:50
28,8 3,00 43,30 8,27 19 1,014 11,5 5,60 1,10 0,36 vazante 07.06.94 06:41
29,0 2,83 40,08 8,35 15 1,011 24,6 4,00 0,45 0,91 vazante 13.06.94 11:40
29,4 2,95 39,69 8,39 5 1,004 6,9 3,20 0,45 0,38 vazante " 14:01
27,6 3,80 54,96 8,45 23 1,016 32,4 6,40 0,65 0,31 enchente 14.06.94 05:56
28,0 3,66 49,52 8,15
10 1,008 10,6 3,52 0,45 0,06 enchente 04.07.94 07:10
28,9 4,30 60,81 8,14 15 1,011 23,9 5,60 0,60 0,56 vazante 05.07.94 12:24
27,2 4,28 59,88 8,17 18 1,014 29,1 4,80 1,40 0,42 enchente 18.07.94 09:50
27,2 4,95 74,95 8,25 32 1,022 40,7 1,38 0,80 0,00 enchente " 11:24
27,0 2,54 35,18 8,15 17 1,013 28,2 3,20 0,85 0,67 vazante 19.07.94 07:52
27,3 4,24 61,36 8,21 24 1,017 37,5 4,80 0,95 0,59 enchente " 11:27
27,6 4,10 60,93 8,17 28 1,020 42,5 4,80 0,95 0,53 enchente 04.08.94 12:08
27,8 4,12 63,86 8,28 35 1,026 53,0 7,20 0,75 0,56 enchente " 14:08
27,0 3,52 52,34 8,27 30 1,021 45,8 3,80 0,88 0,91 vazante 05.08.94 07:41
27,7 4,03 58,38 8,18 23 1,016 36,6 3,20 1,20 0,43 vazante " 10:22
27,6 3,70 56,30 8,12 32 1,022 49,5 4,00
0,80 0,62 enchente 22.08.94 13:54
26,7 3,50 52,46 8,20 32 1,022 52,3 2,40 1,00 0,48 vazante " 10:33
27,4 3,50 52,46 8,11 30 1,021 49,8 4,00 0,80 0,26 vazante " 11:53
26,7 3,50 52,46 8,20 32 1,022 52,3 2,40 1,00 0,48 vazante " 09:46
26,5 4,05 61,60 8,33 35 1,026 56,2 4,80 1,20 0,45 vazante 23.08.94 08:42
27,1 3,80 57,58 8,21 33 1,023 53,2 4,00 0,80 0,59 vazante " 10:34
26,9 3,88 59,78 8,38 36 1,026 53,2 3,52 0,65 0,62 vazante 05.09.94 08:14
27,8 4,25 65,64 8,39 34 1,024 52,5 4,80 1,10 0,77 enchente " 12:46
26,2 3,93 60,57 8,14 38 1,028 58,0 4,00 1,65 0,00 Cheia 26.09.94 08:38
27,4 4,20 65,48 8,19 37 1,027 55,5 4,90 1,80 0,50 vazante " 12:46
26,6 4,15 63,96 8,18 37 1,027 59,2 6,08 1,65 0,00 Cheia 27.09.94
10:39
26,4 4,30 66,30 8,14 38 1,028 56,4 4,00 0,85 0,20 enchente 10.10.94 08:56
26,3 4,12 62,61 8,15 36 1,026 58,5 4,80 1,15 0,50 vazante " 11:58
26,7 4,15 64,38 8,20 38 1,028 56,5 1,20 1,20 0,37 enchente 11.10.94 08:12
26,7 3,68 56,09 8,11 35 1,026 55,7 5,60 1,45 0,34 enchente 24.10.94 06:11
26,1 4.33 65,58 8,26 36 1,026 58,9 7,20 0,65 0,36 enchente " 08:18
26,4 4,30 66,30 8,14 38 1,028 56,4 4,00 0,85 0,20 enchente 25.10.94 09:00
28,0 4,10 64,20 8,12 36 1,026 80,2 4,00 1,50 0,42 enchente 07.11.94 14:42
26,3 4,62 70,90 8,27 37 1,027 84,9 6,40 1,05 0,56 vazante " 09:51
26,1 4,01 48,25 8,32 37 1,027 84,2 4,00 0,75 0,53 enchente 08.11.94 07:10
26,9 4,20 64,62 8,31 36 1,026 69,1 4,80 1,75 0,67 vazante 21.11.94 09:43
26,4 4,05 62,97
8,29 39 1,029 69,3 6,40 Zero 0,67 vazante " 22:03
28,5 4,60 72,52 8,48 36 1,026 60,2 4,00 Zero 0,56 enchente 12.12.94 21:11
26,5 4,67 71,71 8,43 37 1,027 61,9 4,80 Zero 0,62 enchente 13.12.94 00:05
28,5 3,90 61,90 8,49 37 1,027 59,8 4,80 1,73 0,43 vazante 19.12.94 10:28
28,0 3,20 50,91 8,47 39 1,029 61,4 4,80 Zero 0,18 vazante " 22:47
26,5 3,20 49,45 8,45 38 1,028 62,5 4,80 Zero 0,30 enchente 20.12.94 02:47
27,0 3,98 61,72 8,62 37 1,027 57,5 2,10 1,90 0,50 enchente 10.01.95 09:42
26,0 4,35 65,31 8,60 34 1,024 57,5 4,00 Zero 0,00 Baixa " 19:08
26,0 5,92 89,03 8,66 35 1,026 57,4 4,00 Zero 0,56 enchente " 21:08
28,0 4,58 68,74 8,79 28 1,020 45,4 4,00 0,80 0,67 enchente 30.01.95 13:29
28,5 4,42 69,51 8,90 35 1,026 55,3
5,60 0,60 0,77 enchente " 15:10
28,0 4,25 64,78 8,50 31 1,021 52,5 7,20 Zero 0,56 vazante 31.01.95 00:15
28,5 3,85 60,54 8,37 35 1,026 56,7 5,60 0,60 0,40 enchente 06.02.95 08:58
28,7 4,56 72,50 8,57 37 1,027 57,5 5,60 0,76 0,55 vazante " 10:37
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
36
TABELA 6 - (Continuação)
Temp OD OD pH Sal. dens. Cond. Prof. Transp Vel.Cor Maré data Hora
(ºC) (mg/L) ( % ) (‰) ( mS/m) ( m ) ( m ) (m/s ) (estado)
29,3 4,60 72,85 8,42 34 1,024 53,8 6,40 1,10 0,36 vazante 06.02.95 12:41
27,3 4,45 69,03 8,45 36 1,026 58,7 4,80 0,75 0,50 enchente 07.02.95 08:04
27,2 4,90 74,89 8,27 34 1,024 57,8 4,00 1,05 0,32 enchente 27.02.95 07:49
28,5 5,20 78,11 8,24 27 1,020 45,6 3,52 0,70 0,77 vazante 28.02.95 11:35
29,5 4,63 68,35 8,31 21 1,015 35,5 4,00 1,10 0,28 enchente " 15:18
27,5 5,10 76,12 8,35 29 1,021 47,4 5,40 Zero 0,48 vazante 17.03.95 21:00
27,6 5,13 76,71 8,37 29 1,021 42,9 5,04 0,50 0,63 vazante 18.03.95 09:31
29,0 4,44 62,58 8,34 14 1,010 22,1 4,50 0,45 0,91 vazante " 12:33
28,0 4,70 60,92 8,31 2 1,002 1,4 3,74 0,08 0,38 vazante 29.03.95 10:19
28,0 4,62 59,67 7,63 1 1,001 1,0
4,25 0,08 0,00 Baixa " 11:26
27,0 4,10 51,90 7,78 1 1,001 0,9 5,10 0,05 0,65 vazante 30.03.95 10:25
27,2 4,20 53,36 8,14 1 1,001 0,6 4,25 0,05 0,42 enchente " 12:14
28,0 4,15 54,49 8,44 4 1,003 23,2 5,60 0,40 0,17 enchente 10.04.95 10:22
29,0 4,45 61,43 8,36 7 1,005 31,2 6,40 0,50 0,25 enchente " 12:09
29,0 3,37 44,70 7,90 3 1,003 16,9 5,60 0,35 0,56 vazante " 14:25
26,0 2,09 25,80 8,46 0 1,000 2,0 5,60 0,10 0,43 vazante 11.04.95 07:46
30,5 4,05 55,25 9,17 3 1,003 7,0 4,00 0,40 0,43 vazante 24.04.95 11:48
28,5 4,40 57,79 8,24 3 1,003 7,6 5,60 Zero 0,32 enchente " 21:02
29,0 5,40 74,41 9,82 10 1,008 17,3 4,80 0,25 0,25 enchente 25.04.95 10:25
Máx. 30,8 5,92 89,03 9,82 39 1,029 84,9 7,20 1,90 0,91 - - -
mín. 26,0 2,09 25,80 7,63 0 1,000 0,6 1,20 0,05 0,06 - - -
x
27,7 4,07 60,04 8,33 26 1,019 42,1 4,55 0,87 0,47 - - -
s 1,14 0,66 10,89 0,28 12,64 0,009 21,30 1,24 0,45 0,20 - - -
CV (%) 4,12 16,22 18,14 3,36 48,62 47,37 50,59 27,25 51,72 42,55 - - -
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
37
TABELA 7 - Valores médios mensais, obtidos na zona de coleta da Barra (região inferior e
boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Mês Temp OD OD pH Sal. dens. Condut. Prof. Transp Vel.Cor.
(ºC) (mg/L) ( % ) (‰) ( mS/m ) ( m ) ( m ) (m/s )
Maio/94
29,6 3,58 51,50 8,27 16,0 1,013 28,1 4,00 1,00 0,34
Junho
28,7 3,18 45,52 8,36 17,6 1,014 17,7 4,64 0,79 0,42
Julho
27,6 4,00 56,95 8,18 17,7 1,014 28,3 3,88 0,84 0,46
Agosto
27,2 3,78 56,84 8,21 31,0 1,022 49,1 4,06 0,94 0,53
Setembro
27,0 4,08 63,09 8,26 36,4 1,026 55,7 4,66 1,37 0,63
Outubro
26,4 4,15 63,54 8,17 36,8 1,027 57,1 4,47 1,03 0,33
Novembro
27,0 4,26 62,24 8,30 36,8 1,027 74,6 4,93 1,26 0,57
Dezembro
27,4 3,74 61,30 8,46 37,8 1,028 61,4 4,80 1,73 0,38
Janeiro/95
27,2 4,58 69,85 8,68 33,3 1,024 54,3 4,48 1,10 0,61
Fevereiro
28,4 4,60 70,90 8,38 32,0 1,023 52,2 4,84 0,87 0,45
Março
27,8 4,61 63,42 8,13 11,0 1,008 16,6 4,61 0,21 0,58
Abril
28,6 4,00 53,41 8,63 4,3 1,003 15,0 5,37 0,33 0,34
TABELA 8 - Variação de parâmetros ambientais durante o período das chuvas (janeiro a
julho) e seco (agosto a dezembro), na zona da Barra (região inferior e boca)
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Parâmetros Período das Chuvas Período Seco
max. min.
x
s
CV(%) max. min.
x
s
CV(%)
Temperatura (ºC)
30,8 26,0 28,2 1,13 4,01 28,5 26,1 27,0 0,70 2,60
Oxig. dissolvido (mg/L )
5,92 2,09 4,13 0,80 19,37 4,67 3,20 3,99 0,38 9,52
Oxig. dissolvido ( % )
89,03 25,80 59,47 13,14 22,10 72,52 48,52 60,72 6,53 10,75
pH
9,82 7,63 8,38 0,34 4,06 8,49 8,11 8,26 0,12 1,45
Salinidade ( ‰ )
37,0 0,0 19,3 12,76 66,10 39,0 23,0 35,0 3,57 10,20
Densidade
1,027 1,000 1,014 0,009 64,28 1,029 1,016 1,025 0,003 12,00
Condutividade ( mS/m )
58,7 0,6 30,5 19,45 63,77 84,9 42,5 57,90 10,64 18,38
Profundidade ( m )
7,20 1,38 4,59 1,20 26,14 7,20 1,20 4,50 1,31 29,11
Transparência ( m )
1,90 0,05 0,70 0,42 60,00 1,75 0,65 1,12 0,36 32,14
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
38
Meses
Temperatura ( ºC )
25,0
25,5
26,0
26,5
27,0
27,5
28,0
28,5
29,0
29,5
30,0
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 7 - Variação média da temperatura nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará) , entre maio/94 e
abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
39
Meses
Salinidade ( ‰ )
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 8 - Variação média da salinidade nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
Meses
Densidade
1,000
1,005
1,010
1,015
1,020
1,025
1,030
1,035
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 9 - Variação média da densidade nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
40
S (‰) > 30 18 < S (‰)
30 5 < S (‰)
18 S(‰) 5
FIGURA 10 - Regimes de salinidades relacionados com a pluviometria, definidos para o
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre a região média e a boca, no período
de maio/94 a abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
41
Meses
OD ( mg/L)
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 11 - Variação média do oxigênio dissolvido nas zonas do Fortim (região média) e
Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre
maio/94 e abril/95.
Meses
Transparência ( m )
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 12 - Variação média da transparência da água obtida com o disco de Secchi nas
zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca) Estuário do
Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
42
Meses
pH
7,9
8,1
8,3
8,5
8,7
8,9
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 13 - Variação média do pH nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região
inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Meses
Condutividade ( mS/m
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 14 - Variação média da condutividade nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
43
Meses
Velocidade da Corrente (m/s)
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 15 - Variação média da velocidade da corrente nas zonas do Fortim (região
média) e Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará),
entre maio/94 e abril/95.
Meses
Profundidade ( m )
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Fortim
Barra
FIGURA 16 - Variação média da profundidade nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca) Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
44
5.3 Ictiofauna
A ictiofauna das regiões estuarinas apresenta diversas espécies que buscam locais
ideais para reprodução, alimentação, crescimento e proteção, realizando migrações diárias,
mensais ou anuais, passando parte ou toda a sua vida nestas regiões.
A grande diversidade de espécies nos estuários gerou a necessidade de se utilizar
diversos aparelhos-de-pesca, a fim de se obter maiores produções. As redes tornaram-se
aparelhos mais eficientes que anzóis e armadilha, em virtude da sua grande flexibilidade
quanto à amplitude de habitats e perfis verticais onde podem operar, porém estão dependentes
das condições da água e substrato da região onde devem atuar (COSTA & SALDANHA-
NETO, 1976).
Na zona estuarina do Rio Jaguaribe, além dos aparelhos utilizados nas coletas
(rede-de-espera, tarrafa e côca), verifica-se o uso do espinhel-de-anzóis e de linha e anzol.
Segundo informações obtidas junto aos pescadores, raramente são usados os currais de pesca
(aparelho fixo) e tresmalho ou rede de arrasto, em virtude da baixa produção que o estuário
vem apresentado nos últimos anos, que provavelmente deve estar associada a uma excessiva
quantidade de barcos pesqueiros que atuam no litoral próximo a foz do rio, bem como, ao
fechamento do canal principal por redes-de-espera na desembocadura.
5.3.1 Aspectos Biológicos
Segundo CERVIGÓN (1985), a composição ictiofaunística é bastante uniforme
nas áreas estuarinas desde o Golfo de Paria (Venezuela) até o Sul do Brasil.
Com relação à área estudada do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), compreendida
entre a região média e a boca do estuário, a ictiofauna esteve composta por 2 classes, 8
ordens, 29 famílias, 53 gêneros e 67 espécies , num total de 2.145 indivíduos e biomassa de
304,4kg, estando esta baixa biomassa relacionada ao tipo de pescado, uma vez que 45,41% do
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
45
total de indivíduos capturados esteve composto por Opisthonema oglinum, com peso médio
de 20,4g (Quadro I e Tabela 9).
A classe Chondrichthyes apresentou duas famílias:
a) Dasyatidae com duas espécies:
Dasyatis say e Dasyatis guttata;
b) Myliobatidae com uma espécie,
Aetobatus narinari.
Outras quatro espécies de Chondrichthyes são citadas em ambientes estuarinos do
Nordeste brasileiro por Oliveira (1976), SUDAM/UFMA (1983), Teixeira & Falcão (1992) e
Mota Alves & Soares-Filho (1991), duas das quais ocorrem no Estuário do Rio Jaguaribe:
Sphyrna tiburo e Gymnura micrura, porém não foram capturadas durante o período de
amostragem.
As espécies restantes pertencem à classe Osteichthyes e estão distribuídas entre 27
famílias da infraclasse Teleostei. Entre estas famílias as mais representativas em número de
espécies foram: Sciaenidae, com 10 espécies; Ariidae, com 9 espécies; Carangidae, com 8
espécies; Gerreidae, Pomadasyidae e Mugilidae, com 3 espécies (Figura 17). Quanto ao
número de indivíduos (Figura 18), as famílias que se destacaram foram: Clupeidae, com 974
(45,41%); Eugraulidae, com 209 (9,74%); Ariidae, com 197 (9,18%); Gerreidae, com 185
(8,62%); Mugilidae, com 151 (7,04%); Carangidae, com 107 (5,00%); Sciaenidae, com 66
(3,08%); Exocoetidae, com 52 (2,42%); Pomadasyidae, com 48 (2,24%) e as famílias
restantes, com 156 indivíduos (7,27%).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
46
QUADRO I - Espécies capturadas entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Classe Ordem Família
Espécie
Total de inds.
n %*
CHONDRICHTHYES
Rajiformes Dasyatidae Dasyatis say Le Sueur, 1817 1
( Batoidei )
Dasyatis guttata ( Bloch & Scheider, 1801 ) 6 0,33
Myliobatidae Aetobatus narinari ( Euphrasen, 1790 ) 5 0,23
OSTEICHTHYES Elopiformes Elopidae Elops saurus Linnaeus, 1758 15 0,70
( Teleostei )
Clupeiformes Clupeidae Opisthonema oglinum ( Le Sueur, 1817 ) 974 45,41
Eugraulidae Anchoa spinifer ( Valenciennes, 1848 ) 204
Lycengraulis grossidens ( Cuvier, 1829 ) 5 9,74
Siluriformes Pimelodidae Pimelodella cristata Müller & Troschel, 1849 21 0,98
Ariidae Arius parkeri ( Valenciennes, 1840 ) 3
Arius proops ( Valenciennes, 1840 ) 7
Bagre marinus ( Mitchill, 1814 ) 5
Notarius grandicassis ( Valenciennes, 1840 ) 1
Arius herzbergii ( Bloch, 1794 ) 4
Netuma barba Lacépède, 1802 7
Sciadeichthys luniscutis ( Valenciennes, 1840 ) 67
Bagre bagre ( Linnaeus, 1766 ) 3
Arius spixii ( Agassiz, 1829 ) 100 9,18
Atheriniformes Belonidae Tylosurus crocodilus ( Peron & Le Sueur, 1821 ) 5 0,23
Atherinidae Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) 2 0,09
Exocoetidae Hemirhamphus balao Le Sueur, 1823 48
Hyporhamphus unifasciatus ( Ranzani, 1842 ) 4 2,42
Perciformes Centropomidae Centropomus ensiferus Poey, 1860 2
Centropomus parallelus Poey, 1860 2 0,19
Serranidae Mycteroperca bonací Poey, 1860 2 0,09
Carangidae Selene setapinnis ( Mitchill, 1815 ) 6
Selene vomer ( Linnaeus, 1758 ) 10
Trachinotus falcatus ( Linnaeus, 1758 ) 4
Chloroscombrus chrysurus ( Linnaeus, 1766 ) 16
Trachinotus carolinus ( Linnaeus, 1766 ) 55
Oligoplites palometa ( Cuvier, 1831 ) 1
Caranx latus ( Agassiz, 1831 ) 4
Caranx hippos ( Linnaeus, 1766 ) 11 5,00
Lutjanidae Lutjanus griseus Walbaum, 1792 1
Lutjanus jocus ( Bloch & Scheider, 1801 ) 3 0,19
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
47
QUADRO I - (Continuação)
Classe Ordem Família
Espécie
Total de inds.
n %
OSTEICHTHYES
Perciformes Gerreidae Diapterus rhombeus ( Cuvier, 1829 ) 106
( Teleostei )
Eugerres brasilianus ( Cuvier, 1830 ) 78
Eucionostomus argenteus Baird & Girard, 1855 1 8,62
Pomadasyidae Genyatremus luteus ( Bloch, 1793 ) 24
Pomadasys corvinaeformis ( Steindachner, 1868 ) 23
Haemulon flavolineatum Desmarest, 1823 1 2,24
Sciaenidae Ophioscion naso ( Jordan, 1886 ) 2
Umbrina coroides Cuvier, 1830 2
Micropogonias furnieri ( Desmarest, 1823 ) 26
Bairdiella ronchus ( Cuvier, 1830 ) 13
Menticirrhus littorales Holbrook, 1860 3
Paralonchurus brasiliensis Steindachner, 1868 2
Cynoscion acoupa ( Lacépède, 1802 ) 7
Cynoscion leiarchus ( Cuvier, 1830 ) 9
Cynoscion microlepidotus ( Cuvier, 1830 ) 1
Cynoscion virescens ( Cuvier, 1830 ) 1 3,08
Sparidae Archosargus probatocephalus ( Walbaum, 1792 ) 1 0,05
Ephippidae Chaetodipterus faber ( Broussonet, 1782 ) 5 0,23
Mugilidae Mugil trichodon Poey, 1875 2
Mugil brasiliensis Agassiz, 1829 2
Mugil curema Valenciennes, 1836 147 7,04
Chaetodontidae Pomacanthus arcuatus ( Linnaeus, 1758 ) 8 0,37
Trichiuridae Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758 8 0,37
Scombridae Scomberomorus brasiliensis Collete, Russo & Zavalla,
1978
15 0,70
Gobiidae Bathygobius soporator ( Valenciennes, 1837 ) 4 0,19
Bothidae Citharichthys spilopterus Günther, 1862 4
Paralichthys brasiliensis Ranzani, 1840 1 0,23
Soleidae Trinectes paulistanus ( Ribeiro, 1915 ) 14
Achirus lineatus ( Linnaeus, 1758 ) 17 1,44
Echeneidae Remora remora Linnaeus, 1758 4 0,19
Tetrodontiformes
Tetrodontidae Colomesus psittacus ( Bloch & Schneider, 1801 ) 1
Sphoeroides testudineus ( Linnaeus, 1758 ) 5 0,28
Diodontidae Chylomycterus spinosus ( Linnaeus, 1758 ) 4 0,19
TOTAL
2.145 100
* As porcentagens foram calculadas com base no total de indivíduos por família em relação ao
total de indivíduos capturados (2.145).
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
48
TABELA 9 - Quantidade, comprimento e peso máximo, mínimo e médio da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará),
no período de março/94 a abril/95.
Espécies
Quantidade Comprimento ( cm ) Peso ( g )
máx. mín. médio máx. mín. médio
Opisthonema oglinum
974 19,5 9,5 12,8 57,2 8,5 20,4
Anchoa spinifer
204 22,8 12,5 22,1 91,0 14,0 86,7
Mugil curema
147 40,6 11,2 23,4 694,3 13,1 230,0
Diapterus rhombeus
106 41,5 13,7 37,2 871,0 38,7 338,1
A
rius spixii
100 29,5 12,7 21,5 250,0 17,6 114,3
Eugerres brasilianus
78 38,8 16,1 27,6 800,0 46,2 343,2
Sciadeichthys luniscutis
67 39,6 16,5 28,6 550,0 38,7 276,3
Trachinotus carolinus
55 58,2 16,1 58,6 2.299,7 62,0 697,0
Hemirhamphus balao
48 20,2 13,0 15,7 20,5 8,1 12,8
M
icropogonias furnieri
26 53,2 26,2 26,8 1.392,0 207,0 487,1
Genyatremus luteus
24 33,5 17,0 23,0 610,0 86,0 286,5
Pomadasys corvinaeformis
23 22,5 9,6 12,3 165,0 12,0 66,5
Pimelodella cristata
21 37,6 19,8 24,9 458,2 70,0 210,3
Achirus lineatus
17 23,8 15,4 17,0 200,0 64,5 133,9
Chloroscombrus chrysurus
16 27,5 12,9 18,8 145,0 18,7 66,2
Scomberomorus brasiliensis
15 51,0 33,3 40,6 609,0 254,0 355,1
Elops saurus
15 37,0 16,6 31,8 249,0 20,0 160,3
Trinectes paulistanus
14 23,5 16,0 20,8 175,0 76,0 137,3
Bairdiella ronchus
13 20,3 15,3 29,3 930,0 43,0 264,8
Caranx hippos
11 31,5 11,5 25,6 392,4 25,0 234,5
Selene vomer
10 46,5 12,2 22,6 1.274,0 22,7 252,0
Cynoscion leiarchus
9 36,8 20,9 24,6 410,7 80,0 162,7
Trichiurus lepturus
8 97,8 73,6 85,0 696,0 372,8 478,1
Pomacanthus arcuatus
8 22,8 10,8 14,0 324,0 55,4 129,5
Arius proops
7 30,5 19,7 27,0 298,0 75,8 193,4
Netuma barba
7 29,5 19,0 25,2 156,0 65,0 123,3
Cynoscion acoupa
7 39,0 25,8 32,6 503,0 143,5 357,0
D
asyatis guttata
6 127,9 27,0 62,4 3.370,9 717,0 1.412,0
Selene setapinnis
6 41,0 18,5 23,0 791,0 102,1 272,5
Tylosurus crocodilus
5 77,5 20,4 43,9 125,7 13,8 80,7
A
etobatus narinari
5 187,0 24,8 73,4 6.599,3 1.020,0 2.107,3
Bagre marinus
5 54,6 40,7 54,6 908,0 850,0 935,7
Sphoeroides testudineus
5 35,4 16,0 19,4 1.060,0 98,0 300,4
L
ycengraulis grossidens
5 13,3 9,7 12,8 16,5 8,1 16,9
Chaetodipterus faber
5 18,5 16,0 17,0 210,8 165,7 186,0
Hyporhamphus unifasciatus
4 18,4 13,0 15,8 13,7 8,5 10,5
Arius herzbergii
4 32,5 20,8 28,2 310,0 87,6 244,6
Chylomycterus spinosus
4 12,8 9,8 11,2 135,5 54,6 99,0
Trachinotus falcatus
4 25,6 18,8 23,0 269,0 107,0 205,2
Bathygobius soporator
4 20,1 15,3 18,0 43,4 28,7 34,2
R
emora remora
4 38,7 23,2 30,6 188,5 37,0 105,1
Citharichthys spilopterus
4 21,0 7,6 13,2 164,5 6,8 47,1
Caranx latus
4 32,7 26,5 14,8 417,0 216,2 158,3
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
49
TABELA 9 - (Continuação)
Espécies Quantidade Comprimento ( cm ) Peso ( g )
máx. mín. médio máx. mín. médio
Arius parkeri
3 57,0 18,0 35,0 1.685,0 47,0 844,0
Bagre bagre
3 48,7 45,6 46,9 933,5 890,2 911,2
M
enticirrhus littorales
3 18,7 18,0 17,8 66,5 61,3 68,9
Lutjanus jocus
3 25,4 13,8 14,9 258,2 41,9 95,9
Ophioscion naso
2 11,5 11,4 11,4 18,1 14,8 16,4
Centropomus ensiferus
2 30,5 28,9 29,7 222,5 137,0 178,0
Centropomus parallelus
2 31,0 25,4 28,2 264,0 115,8 189,0
Mugil brasiliensis
2 46,7 37,0 41,8 842,0 394,0 618,0
Umbrina coroides
2 14,8 13,6 14,2 40,1 33,9 37,0
Paralonchurus brasiliensis
2 30,1 18,5 24,3 34,5 21,5 56,0
Xenomelaniris brasiliensis
2 11,9 10,4 8,8 10,1 8,7 10,5
Mycteroperca bonací
2 22,3 18,5 20,4 110,5 81,3 95,9
Mugil trichodon
2 19,2 18,1 18,6 75,4 51,3 63,4
Dasyatis say
1 - - 28,0 - - 715,0
Notarius grandicassis
1 - - 46,3 - - 776,0
Colomesus psittacus
1 - - 10,5 - - 16,0
Haemulon flavolineatum
1 - - 9,0 - - 11,3
Lutjanus griseus
1 - - 17,7 - - 18,0
Eucionostomus argenteus
1 - - 10,7 - - 12,8
Cynoscion microlepidotus
1 - - 40,0 - - 550,0
Cynoscion virescens
1 - - 30,0 - - 180,0
Archosargus probatocephalus
1 - - 15,3 - - 18,6
Paralichthys brasiliensis
1 - - 30,8 - - 361,4
Oligoplites palometa
1 - - 59,2 - - 1.351,7
TOTAL
2.145 304.414,5g
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
50
Famílias
Nº de espécies
012345678910
Outras
Mugilidae
Gerreidae
Pomadasyidae
Carangidae
Ariidae
Sciaenidae
FIGURA 17 - Participação das famílias na composição ictiofaunística, em relação ao número
de espécies capturadas entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Famílias
Participação de Indivíduos ( % )
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Outras
Pomadasyidae
Exocoetidae
Sciaenidae
Carangidae
Mugilidae
Gerreidae
Ariidae
Eugraulidae
Clupeidae
FIGURA 18 - Participação das famílias na composição ictiofaunística, em relação ao número
de indivíduos (%) capturados entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
51
Com relação ao número de indivíduos por espécies (Figura 19), as mais
representativas foram:
Opisthonema oglinum, com 974 (45,41%); Anchoa spinifer, com 204
(9,51%);
Mugil curema, com 147 (6,85%); Diapterus rhombeus, com 106 (4,94%); Arius
spixii, com 100 (4,66%); Eugerres brasilianus, com 78 (3,64%); Sciadeichthys luniscutis,
com 67 (3,12%);
Trachinotus carolinus, com 55 (2,56%); Hemirhamphus balao, com 48
(2,24%);
Micropogonias furnieri, com 26 (1,21% ); Genyatremus luteus, com 24 (1,12%);
Pomadasys corvinaeformis, com 23 (1,07%) e; demais espécies com menos de 1,00%,
acumularam 13,67%. A grande quantidade de
O. oglinum se deve ao fato da espécie constituir
cardumes densos em determinadas épocas do ano, o que facilita a sua captura em maior
volume.
0 102030405
Outras
P. corvinaeformis
P. cristata
G. luteus
M. furnieri
H. balao
T. carolinus
S. luniscutis
E. brasilianus
A. spixii
D. rhombeus
M. curema
A. spinifer
O. oglinum
Espécies
Participação de indivíduos ( %)
0
FIGURA 19 - Participação das espécies na composição ictiofaunística, em relação ao número
de indivíduos (%) capturados entre a região média e a boca do Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
52
Segundo OLIVEIRA (1972), a ictiofauna em zona estuarina, de um modo geral,
não possui espécies com características próprias, e sim, um conjunto de espécies marinhas,
estuarinas e de água doce, sendo as espécies marinhas dominantes na faixa de salinidade
acima de 18 ‰ na região Nordeste do Brasil. Conforme as Tabelas 10 e 11, verificou-se que a
quantidade de espécies e de indivíduos é maior nos primeiros meses do ano e,
consequentemente no período das chuvas, estando a ictiofauna constituída, principalmente de
espécies marinhas. Com a queda acentuada da salinidade, tornando a região em estudo
oligoalina, esperava-se um aumento do número de espécies de água doce invasoras de água
salobra, como ocorreu em anos anteriores (OLIVEIRA, 1976; MOTA ALVES & SOARES-
FILHO, 1991), porém houve apenas a ocorrência de uma espécie,
Pimelodella cristata, fato
este que comprova a grande influência das marés na região de estudo, fazendo com que
predomine uma ictiofauna eurialina.
Quanto às espécies marinhas podemos encontrar aquelas que estão bem adaptadas
às variações ambientais (principalmente, à salinidade) e apresentarem os mais variados
tamanhos, tais como:
M. curema, M. brasiliensis, M. trichodon, L. grossidens, X. brasiliensis,
D. rhombeus, E. brasiliensis, E. argenteus, C. ensiferus, C. parallelus, C. spilopterus, T.
paulistanus, A. lineatus, S. testudineus e A. spixii
. Aquelas que penetram em água doce: E.
saurus, A. proops, A. herzbergii, O. naso e M. furnieri, além de espécies invasoras
facultativas de água de moderada a baixa salinidade como:
A. spinifer, S. luniscutis, T.
carolinus, H. balao, G. luteus, P. corvinaeformis, C. chrysurus, S. brasiliensis, B. ronchus, C.
hippos, S. vomer, C. leiarchus, T. lepturus, P. arcuatus, N. barba, C. acoupa, D. guttata,
S. setapinnis, T. crocodilus, A. narinari B. marinus, S. testudineus, C. faber, H.
unifasciatus, C. spinosus, T. falcatus, B. soporator, R. remora, C. latus, A. parkeri, B. bagre,
M. littorales, L. jocus, O. naso, U. coroides, P. brasiliensis, M. bonaci, D. say, N.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
53
grandicassis, C. psittacus, H. flavolineatum, L. griseus, C. microlepidotus, C. virescens, A.
probatocephalus. P. brasiliensis, O. palometa.
TABELA 10 - Variação do número de espécies (N) e de indivíduos (ni) capturados nas zonas
do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca) Estuário do Rio
Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Variação do número de espécies (N) e de indivíduos (ni)
Meses Fortim Barra Total
N ni N ni N ni
Maio/94 22 89 12 35 26 124
Junho 13 53 20 93 25 146
Julho 15 43 25 1.005 32 1.048
Agosto 8 11 20 141 24 152
Setembro 9 21 11 19 15 40
Outubro 2 2 11 38 11 40
Novembro 10 24 10 17 16 41
Dezembro 5 15 11 59 13 74
Janeiro/95 8 35 8 34 14 69
Fevereiro 7 10 17 235 21 245
Março 6 14 14 47 15 61
Abril 17 57 12 48 20 105
TOTAL 50 374 54 1.771 67 2.145
TABELA 11 - Variação do número de espécies (N) e de indivíduos (ni) com relação às
“estações do ano”, capturados nas zonas do Fortim (região média) e Barra
(região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
Variação do número de espécies ( N ) e de indivíduos ( ni ), por zona de coleta,
estação do ano e total
“Estações do Ano” Fortim Barra Total
N ni N ni N ni
Período das chuvas 47 301 46 1.497 62 1.798
Período seco 20 73 31 274 37 347
TOTAL 50 374 54 1.771 67 2.145
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
54
5.3.1.1 Alimentação – De um modo geral os peixes estuarinos utilizam-se de
várias fontes de alimento disponíveis, embora haja espécies com preferências por um ou outro
item alimentar, contribuindo para isto as flutuações diárias, mensais e anuais nos diversos
parâmetros ambientais da zona estuarina. Os estudos de alimentação se restringiram as 10
espécies mais abundantes, a Tabela 12 mostra a freqüência de ocorrência para os diversos
itens alimentares encontrados, verificando-se que as espécies possuem uma dieta alimentar
fito-zoôfaga, consumindo diversos tipos de alimento, desde vegetais superiores (gramíneas e
mangue), microalgas e até animais (peixes, crustáceos, moluscos, poliquetas e insetos). O
consumo de cereais esteve presente apenas em 5 estômagos analisados da espécie
Arius spixii,
coletada no Fortim em local próximo a descarga de esgoto proveniente dos restaurantes.
Esta dieta está de acordo com aquela descrita por FURTADO (1969), MOTA
ALVES & SAWAYA (1974), MOTA ALVES & SOARES-FILHO (1991), NOMURA
(1984), TEIXEIRA
et al. (1992), VASCONCELOS-FILHO (1979), VASCONCELOS-
FILHO (1990), VASCONCELOS-FILHO
et al. (1980) e VASCONCELOS-FILHO et al.
(1981), para as espécies analisadas.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
55
TABELA 12 - Freqüência de ocorrência (%) para itens alimentares observados no conteúdo
estomacal das 10 espécies mais abundantes, considerando-se o índice
biológico total da ictiofauna capturada entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Espécies
Itens Alimentares
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ALGAE
Diatomáceas - 100,0 - - - - - - - 100,0
Microalga - 100,0 - - - - - - - 100,0
Macroalgas 40,0 - 41,7 - - - - - - -
CEREAIS - - - - 55,6 - - - - -
CRUSTACEA
Camarão - - 25,0 - - 62,5 70,0 87,5 85,7 -
Larvas de camarão - - - 30,0 - 50,0 - 37,5 - -
Copépodos - 69,2 - 20,0 - - 40,0 - 28,6 68,2
Caranguejos - - 25,0 - 22,2 - - - - -
Larvas de crustáceos - 76,9 - - - - - - - 54,5
Restos de crustáceos 70,0 - 58,3 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 -
INSECTA
Insetos não identificados 20,0 30,8 25,0 50,0 11,1 - - - - 9,1
MOLLUSCA
Sururu 100,0 - 100,0 60,0 66,7 100,0 - 75,0 - -
Ostras 70,0 - 33,3 - 55,6 - - - - -
Restos de moluscos 100,0 - 100,0 100,0 66,7 100,0 - 100,0 - 45,4
PISCES
Ova de peixe - - - - - - 80,0 50,0 - -
Peixe não identificado - - - 50,0 44,4 - - - - -
Sardinha bandeira - - - 80,0 - - - 75,0 71,4 -
Restos de peixe 60,0 - 66,7 70,0 - - - - 100,0 -
POLYCHAETA
Poliquetas não identificados - - -
- - 37,5 - - - -
VEGETAIS SUPERIORES
Restos de mangue 80,0 - 83,3 - - - - - - -
Restos de gramíneas 80,0 15,4 75,0 - - - - - - -
ALIMENTO ACIDENTAL
Espículas, fibras sintéticas e
grãos de areia
60,0
84,6
50,0
30,0
100,0
100,0
-
50,0
-
77,3
Nª de estômagos com
conteúdo
10
13
12
10
09
08
10
08
07
22
OBS: 1 - E. brasilianus; 2 - M. curema; 3 - D. rhombeus; 4 - T. carolinus; 5 - A. spixii; 6 - S. luniscutis; 7 - M.
furnieri; 8 - G. luteus; 9 - C. hippos; 10 - O. oglinum.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
56
5.3.1.2 Reprodução – Os estudos sobre a reprodução das espécies com base na
verificação do estádio de maturação gonadal (Figura 20), mostraram que das 67 espécies
coletadas, 40 utilizam-se da zona estuarina para reprodução. No primeiro semestre, os meses
de fevereiro, março e abril foram os que apresentaram maior número de espécies em
reprodução (14, 11 e 12, respectivamente ), enquanto que no segundo semestre, isto ocorreu
nos meses de agosto (12) e setembro (13).
A. spixii, D. rhombeus, E. brasilianus e G. luteus
foram às espécies que estiveram em maturação ou maduros, grande parte do ano. MOTA
ALVES & SOARES-FILHO (1991), também observaram neste estuário, espécimens maduras
de
E. brasilianus nos meses de setembro e novembro; L. grossidens em março e abril e O.
oglinum em junho e julho, o mesmo sendo verificado neste trabalho.
Machos - Maio/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
D. say
A. parkeri
A. proops
A. spixii
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
B. ronchus
T. carolinus
Fêmeas - Maio/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
IEMMD
A. spinifer
A. spixii
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
B. ronchus
T. carolinus
S. setapinnis
S. vomer
G. luteus
C. acoupa
C. leiarchus
T. paulistanus
E. saurus
Machos - Junho/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
A. spinnifer
D. say
D. narinari
S. luniscutis
A. spixii
D. rhombeus
S. setapinnis
C. chrysurus
T. carolinus
T. paulistanus
C. hippos
Fêmeas - Junho/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
IEMMD
A. spinifer
A. spixii
D. rhombeus
S. vomer
T. falcatus
C. chrysurus
T. carolinus
S. brasiliensis
T. paulistanus
E. saurus
FIGURA 20 - Aspectos gonadais ( I = Imaturo, EM = Em Maturação, M = Maduro e D = Desovado) para machos e fêmeas da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a Abril/95.
Machos - Julho/94
Estádios de Maturação
Freqüência (n)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
IM
S. luniscutis
C. spinosus
E. brasilianus
U. coroides
S. vomer
T. falcatus
G. luteus
T. carolinus
M. curema
O. oglinum
C. spilopterus
T. paulistanus
Fêmeas - Julho/94
Estádios de Maturação
Freqüência (n)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
IEMM
A. spinifer
A. herzbergii
S. testudineus
O. naso
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
G. luteus
T. carolinus
P. arcuatus
M. curema
O. oglinum
C. spiloterus
T. paulistanus
M. trichodon
O.
p
alometa
Machos - Agosto/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
IMD
D. narinari
A. spixii
S. testudineus
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
T. lepturus
S. vomer
C. chrysurus
T. carolinus
P. arcuatus
M. curema
O. oglinum
E. saurus
C. hippos
Fêmeas - Agosto/94
Estádios de Maturação
Freqüência (n)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
IEMM
A. spinifer
S. luniscutis
A. spixii
D. rhombeus
E. brasilianus
P. corvinaeformis
B. ronchus
T. lepturus
G. luteus
M. littorales
M. curema
O. oglinum
L. jocus
FIGURA 20 - (Continuação)
Machos - Setembro/94
Esdios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
S. luniscutis
P. cristata
A. spixii
S. testudineus
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
B. ronchus
T. lepturus
S. vomer
T. carolinus
P. arcuatus
M. curema
Fêmeas - Setembro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
IEMM
D. narinari
A. spixii
S. testudineus
D. rhombeus
E. brasilianus
P. corvinaeformis
T. lepturus
T. carolinus
Machos - Outubro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
IM
S. luniscutis
A. spixii
C. spinosus
D. rhombeus
S. vomer
M. curema
Fêmeas - Outubro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
IEMM
D. rhombeus
C. chrysurus
T. carolinus
FIGURA 20 - (Continuação)
Machos - Novembro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
S. luniscutis
P. cristata
A. spixii
E. brasilianus
S. vomer
T. falcatus
T. carolinus
M. curema
C. latus
C. hippos
Fêmeas - Novembro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
IEMM
D. guttata
S. luniscutis
A. spixii
E. brasilianus
E. argenteus
G. luteus
T. carolinus
Machos - Dezembro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
IM
H. balao
H. unifasciatus
T. crocodilus
S. luniscutis
P. arcuatus
C. hippos
Fêmeas - Dezembro/94
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
IEMM
H. balao
H. unifasciatus
A. herzbergii
S. luniscutis
A. spixii
E. brasilianus
S. vomer
M. curema
A. lineatus
E. saurus
FIGURA 20 - (Continuação)
Machos -Janeiro/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
H. balao
T. crocdilus
D. narinari
S. luniscutis
T. falcatus
C. faber
M. curema
A. lineatus
Fêmeas - Janeiro/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
IEMMD
H. balao
S. luniscutis
D. rhombeus
G. luteus
C. faber
M. curema
P. brasiliensis
A. lineatus
C. hippos
Machos - Fevereiro/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
D. guttata
A. proops
A. spixii
H. flavolineatum
E. brasilianus
M. furnieri
B. soporator
T. carolinus
C. faber
P. arcuatus
R. remora
A. probatocephalus
M. curema
O. oglinum
C. spilopterus
C. latus
C. hippos
Fêmeas - Fevereiro/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
IEMM
A. spinifer
A. spixii
E. brasilianus
P. corvinaeformis
M. furnieri
G. luteus
B. soporator
R. remora
M. curema
O. oglinum
T. paulistanus
A. lineatus
FIGURA 20 - (Continuação)
Machos - Março/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IM
S. luniscutis
P. cristata
A. spixii
C. parallelus
E. brasilianus
M. brasiliensis
M. furnieri
B. ronchus
T. paulistanus
M. bonací
Fêmeas - Março/95
Estádios de Maturão
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
IEMMD
A. spinifer
A. herzbergii
S. luniscutis
P. cristata
A. spixii
O. naso
M. furnieri
B. ronchus
G. luteus
M. littorales
C. acoupa
Machos - Abril/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IMD
S. luniscutis
B. bagre
P. cristata
A. spixii
D. rhombeus
E. brasilianus
B. ronchus
C. leiarchus
M. curema
C. hippos
meas - Abril/95
Estádios de Maturação
Freqüência ( n )
0
1
2
3
4
5
6
IEMMD
D. guttata
B. marinus
B. bagre
P. cristata
A. spixii
L. griseus
D. rhombeus
E. brasilianus
M. furnieri
B. ronchus
G. luteus
L. grossidens
C. acoupa
C. leiarchus
M. curema
L. jocus
FIGURA 20 - (Continuação)
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
63
5.3.2 Aspectos Ecológicos
Os estudos ecológicos da ictiofauna capturada entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), consistiram na análise da diversidade, afinidade,
distribuição espacial, freqüência de ocorrência, constância, abundância relativa e dominância,
a fim de uma melhor caracterização das espécies e de suas relações com o ambiente estuarino.
5.3.2.1 Diversidade
Segundo MARGALEF (1974) sobre o valor numérico da
diversidade influem o número de espécies (riqueza de espécies) e a regularidade na qual os
indivíduos estão distribuídos entre as diferentes espécies (equitabilidade ).
Conforme a Tabela 13, os índices de diversidade, riqueza de espécies e a
equitabilidade foram maiores na região média (H = 4,52, d = 8,27 e J = 0,80) que na região
inferior e boca (H = 2,50, d = 7,22 e J = 0,43).
Em relação às “estações do ano”, os índices foram superiores no período das
chuvas na região média (H= 4,48, d = 8,06 e J = 0,81), em comparação ao mesmo período na
região inferior e boca (H = 2,32, d = 6,15 e J = 0,42), e ao período seco em ambas zonas de
coleta, o qual na região inferior e boca apresentou índices superiores ( H = 3,95, d = 5,34 e J
= 0,80) aos da região média (H = 3,44, d = 4,43 e J = 0,79). No total (Tabela 14), a riqueza
de espécies é menor no período seco (d = 6,15), porém os índices de diversidade e
equitabilidade são maiores, 4,14 e 0,79, respectivamente. Os menores valores da diversidade
(3,06) e equitabilidade (0,51), no período das chuvas estão relacionados a grande quantidade
de indivíduos capturados que influiu diretamente sobre estes valores, enquanto que a riqueza
de espécies foi maior (8,14), uma vez que este índice leva em consideração, somente o
número de espécies e de indivíduos.
De um modo geral na zona estudada (Tabela 14), a riqueza de espécies teve um
valor de 8,60 com mínimo de 1,50 em junho/94 e máximo de 4,67 em julho/94 e, a
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
64
equitabilidade com valor de 0,56 e mínimo de 0,49 em junho/94 e máximo de 0,97 em
maio/94. A diversidade apresentou um valor mínimo de 1,78 em janeiro/95 e máximo de 3,80
em maio/94, tendo no geral o elevado índice de 3,43 superando a obtida para peixes do
Estuário do Rio Pacoti/Ceará - Brasil (0,8 a 3,1), OLIVEIRA (1993), peixes do Estuário do
Rio Cayenne / Guiana Francesa (1,24 a 1,68), DE-MORAIS & DE-MORAIS (1994); e
comparável a de peixes da Laguna da Restinga na Ilha de Margarita, Venezuela (1,8 a 3,3),
GÓMEZ-GASPAR (1981) e de peixes de arrecifes (2,5), MARGALEF (1980), bem como, de
peixes bentônicos do Mediterrâneo (1,4 a 3,5), MARGALEF (1968), estando dentro dos
limites para populações de peixes (1,00 a 3,50) segundo MARGALEF (1974).
TABELA 13 - Índice de Diversidade (H) em bit/indivíduo, riqueza de espécies (d) e equitabilidade (J) para a ictiofauna, com relação à “estações
do ano”, nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
Fortim Barra
Meses
Chuvas Seco Chuvas Seco
1ª Coleta 2ª Coleta 1ª Coleta 2ª Coleta 1ª Coleta 2ª Coleta 1ª Coleta 2ª Coleta
H d J H d J H d J H d J H d J H d J H d J H d J
Maio/94 3,05 4,11 0,72 2,64 2,73 0,94 - - - - - - 0 0 0 2,67 2,59 0,59 - - - - - -
Junho 1,50 1,26 0,65 0 0 0 - - - - - - 0,81 0,72 0,81 3,35 4,23 0,78 - - - - - -
Julho 3,14 3,64 0,85 0 0 0 - - - - - - 1,39 3,11 0,33 2,33 1,73 0,90 - - - - - -
Agosto - - - - - - 2,00 2,16 1,00 1,84 1,54 0,92 - - - - - - 2,73 2,63 0,78 3,24 3,05 0,87
Setembro - - - - - - 2,72 2,63 0,85 0 0 0 - - - - - - 3,32 3,26 0,96 0 0 0
Outubro - - - - - - 1,00 1,44 1,00 0 0 0 - - - - - - 2,00 2,16 1,00 2,48 2,55 0,74
Novembro - - - - - - 2,52 2,57 0,97 1,86 1,76 0,71 - - - - - - 2,52 2,60 0,89 1,66 2,65 0,83
Dezembro - - - - - - - - - 1,35 1,17 0,67 - - - - - - 1,66 1,54 0,83 2,24 2,06 0,96
Janeiro/95 0 0 0 2,16 1,92 0,93 - - - - - - 1,78 1,73 0,63 0 0 0 - - - - - -
Fevereiro 1,00 1,44 1,00 2,14 2,40 0,83 - - - - - - 2,78 2,73 0,93 2,13 1.86 0,76 - - - - - -
Março 1,81 1,44 0,90 1,79 1,67 0,89 - - - - - - 1,91 1,92 0,82 2,87 2,73 0,83 - - - - - -
Abril 1,00 1,44 1,00 2,75 2,69 0,79 - - - - - - 1,19 1,86 0,42 2,87 2,23 0,96 - - - - - -
TOTAL H=4,48 d=8,27 J=0,80 H=3,44 d=4,43 J=0,79 H=2,32 d=6,15 J=0,42 H=3,95 d=5,34 J=0,80
GERAL H=4,52 d=8,27 J=0,80 H=2,50 d=7,22 J=0,43
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
66
TABELA 14 - Índice de Diversidade (H) em bit/indivíduo, riqueza de espécies (d) e
equitabilidade (J) para a ictiofauna, com relação à “estações do ano”, capturada entre a região
média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Chuvas Seco
Meses
1ª Coleta 2ª Coleta 1ª Coleta 2ª Coleta
H d J H d J H d J H d J
Maio/94
3,05 4,11 0,72 3,80 4,08 0,97
Junho
1,82 1,50 0,70 3,53 4,22 0,82
Julho
2,35 4,67 0,49 2,47 1,82 0,88
Agosto
2,63 3,08 0,71 3,28 3,45 0,83
Setembro
3,45 3,82 0,88 0 0 0
Outubro
2,25 2,23 0,96 2,48 2,55 0,74
Novembro
3,18 4,24 0,88 2,19 2,20 0,73
Dezembro
2,06 1,82 0,88 2,16 2,00 0,76
Janeiro/95
1,78 1,73 0,63 2,16 1,92 0,93
Fevereiro
2,93 2,95 0,92 3,30 2,85 0,95
Março
2,31 2,16 0,82 2,91 2,89 0,81
Abril
2,01 2,12 0,67 2,83 2,64 0,79
TOTAL
H=3,06 d=8,14 J=0,51 H=4,14 d=6,15 J=0,79
GERAL
H=3,43 d=8,60 J=0,56
5.3.2.2 Afinidade Considerando o número de ocorrência de duas espécies juntas
como uma proporção do número total de ocorrência, portanto a freqüência de ocorrência, o
índice de afinidade proposto por FAGER (1957), não considera associações negativas
(quando as espécies requerem diferentes condições ou competem ativamente entre si), e sim
positiva (as espécies requerem condições similares e/ou quanto existe mutualismos ou relação
presa-predador), pois para ele o fracasso de não se encontrar uma espécies pode ser devido a
vários fatores.
A Tabela 15 mostra os índices de afinidades para as espécies capturadas entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe, verificando-se que os valores testados
não foram significativos e portanto, não há afinidades entre os pares de espécies
consideradas, consequentemente não se pôde definir grupos periódicos, pois não se satisfaz a
condição inicial proposta por FAGER (1957) para classificar tais grupos.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
67
5.3.2.3 Distribuição Espacial Segundo DAJOZ (1973), os indivíduos de uma
população apresentam diversos tipo de distribuição espacial, que traduzem suas reações às
mais variadas influências (busca de alimento, condições favoráveis, competição etc).
FONTELES-FILHO (1989), salienta que para populações móveis, a retirada de amostra em
pontos diversos ou a distância entre indivíduos, não dará resultados confiáveis, sendo
necessário à obtenção do posicionamento relativo dos indivíduos em diferentes épocas do ano,
ao longo do ciclo vital; do tipo de movimento executado para assumir um certo tipo de
distribuição nesses períodos; do fator biológico responsável por esse comportamento
migratório e a conseqüente distribuição espacial.
Conforme a Tabela 16, verificamos que na região média das 35 espécies
analisadas, 19 (54,3%) apresentaram distribuição espacial ao acaso e o restante, distribuição
agregada. Quanto à região inferior e boca, 21 espécies (52,5%) apresentaram distribuição
agregada, 18 (45,0%) ao acaso e 1 (2,5%) com distribuição uniforme. Na área total estudada
(Tabela 17), houve 26 espécies (50,98%) com distribuição ao acaso e 25 (49,02%) com
distribuição agregada. A distribuição espacial uniforme é rara na natureza e ocorre devido,
principalmente à intensa competição entre os diversos indivíduos, enquanto que a distribuição
ao acaso só encontra nos meios homogêneos e nas espécies que não têm nenhuma tendência à
agregação, estando relacionada essencialmente com a procura de alimento. Já a distribuição
agregada é devida a variações freqüentemente pequenas nas características do meio mas
importantes para o ser vivo, ou ao comportamento desses seres vivos condicionados a certas
necessidades, como atingir rapidamente os locais de desova. ( DAJOZ, 1973; FONTELES-
FILHO, 1989).
Das 21 espécies que entraram no estuário (zona da Barra) com distribuição
espacial agregada, 9 mudaram para distribuição ao acaso na região média e, das 18 espécies
que apresentaram distribuição ao acaso na região inferior e boca, somente 3 passaram a
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
68
apresentar distribuição agregada na região média, 2 continuaram com distribuição ao acaso e
o restante não ocorreu nesta região. As espécies que apresentaram distribuição diferentes entre
as zonas; tais como:
A. spinifer, A. narinari, P. cristata, T. lepturus, R. remora, M. curema, e
C. hippos, cujas distribuições nas zonas da Barra e do Fortim foram agregada e ao acaso,
respectivamente, enquanto que
G, luteus, P. arcuatus e T. paulistanus apresentaram
distribuição ao acaso na região inferior e boca e agregada na região média, tiveram
distribuição agregada quando se considerou a análise para a área total estudada. Outras como
S. testudineus e D. guttata com distribuição agregada na região inferior e boca e ao acaso na
região média e,
C. leiarchus com distribuição uniforme na região inferior e boca e ao acaso na
região média, apresentaram distribuição ao acaso na área total.
A variação na distribuição espacial, ora ao acaso ora agregada, reflete a grande
importância das zonas estuarinas, tanto no processo de reprodução como no de alimentação,
crescimento e proteção para as espécies que buscam esta área.
TABELA 15 - Índice de Afinidade de Fager (10
-2
) para a ictiofauna capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
Es
p
écies 0102030405060708091011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484950515253545556575859606162 63 64 65 66 67
01. H. balao
53 4
02. H. unifasciatus
03. T. crocodilus
12 12
04. A. s
p
inifer
-3 16 -3 6 16 -3 -3 3 0 -4 -5 2 -3 -5 2 -3 2 6
05. D. sa
y
7813
06. D.
g
uttata
-2 20 -2 -2 8 -1 5 8 -3 -2 -4 -2 -1 3 -4 -4 20 -2 12 -3
07. A. narinari
-1 8 6 -1 -2 -2
08. A.
p
arkeri
243 32
09. A.
p
roo
p
s
122213 23
10. B. marinus
-1 -1 14 -1 -2 -2
11. N.
g
randicassis
7 8
12. A. herzber
g
ii
00 10 0 00 0 20 090 4
13. N. barba
3583518 2012 20 919
14. S. luniscutis
1 18 9 4 4 6 13 4 -3 -5 -4 -3 9 -5 -3 -2 -2 1 9 -4 4 3
15. B. ba
g
re
21 3
16. P. cristata
24 6 -4 9 11 -4 -2 8 13
17. A. s
p
ixii
-2 3 3 4 15 8 23 15 -2 0 18 3 -2 2 4 5 -1 13 1 7 -3 -2 -2 1 7
18. C. s
p
inosus
025250012 025
19. C.
p
sittacus
20. S. Testudineus
0 0 0 25 0 17 12 14
21. O. naso
35 8 443553
22. H. flavolineatum
14 9
23. C. ensiferus
14 25 7 8 5 35 3 8 17 8 7
24. C.
p
arallelus
25
25. L.
g
riseus
50 35 9 29
26. D. rhombeus
938468-12014 329-2-1-1 -31210101-2 3 -2
27. E. brasilianus
863 083 5 -158 1-2 -3 12
28. E. ar
g
enteus
29. M. brasiliensis
7875 8 25
30. P. corvinaeformis
-4 -5 -3 -4 7 -5 -2 -3 18 -4 4 -4 -5 -5
31. U. coroides
32. M. furnieri
18 -4 13 -3 8 -6 10 -3 2 -5 -4
33. B. ronchus
-5 2 1 10 -3 -6 3 -5
34. T. le
p
turus
-3
35. S. seta
p
innis
-2 5 -4 -2 -3 -3
36. S. vomer -4 -3 9 -5
37. T. falcatus
0 00
38. G. luteus
-4 -3 -2 8 5 -3 12 2 -4
39. M. littorales
347
40. B. so
p
orator
35 9 29
41. L.
g
rossidens 12 35 6 17 7 12 7
42. C. chr
y
surus
-4 0 9 -5 -5
43. T. carolinus
5 8 -4 -2 -2 6 -2 1 3
44. C. faber
3
45. P. arcuatus
19
46. P. brasiliensis
47. C. acou
p
a
20 -2 -3 20 -3
48. C. leiarchus
-3
49. C. microle
p
idotus
919
50. C. virescens
51. X. brasiliensis
919 18 17
52. R. remora
7
53. A.
p
robatoce
p
halus
54. O. o
g
linum
618 4-42-5
55. M. curema
12 12 4 -3 12 9
56. S. brasiliensis
57. M. bonací
58. C. s
p
ilo
p
terus
59. P. brasiliensis
60. T.
p
aulistanus
61. A. lineatus
62. M. trichodon
63. O.
p
alometa
64. E. saurus
7
65. L.
j
ocus
66. C. latus
67. C. hi
pp
os
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
70
TABELA 16 - Informações sobre a Distribuição Espacial da ictiofauna capturada com rede-
de-espera no Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), nas zonas do Fortim (região
média) e Barra (região inferior e boca) no período de maio/94 a abril/95.
Fortim
Barra
Espécies
n
D
(t) s
2
Ia
χ
2
χ
2
b
χ
2
c
Distribuição
n
D
(t) s
2
Ia
χ
2
χ
2
b
χ
2
c
Distribuição
A. spinifer
3 0,47 0,65 1,40 2,80 0,10 5,99
Ao Acaso
16 1,96 28,05 14,31 214,71 7,26 25,00
Agregada
D. say
2 1,50 4,50 3,00 3,00 0,004 3,84
Ao Acaso
D. guttata
6 0,41 0,43 1,05 5,26 1,14 11,07
Ao Acaso
7 0,57 1,29 2,25 13,50 1,64 12,59
Agregada
A. narinari
5 0,36 0,71 1,88 7,52 0,71 9,49
Ao Acaso
18 0,47 0,90 1,92 32,60 8,67 27,59
Agregada
A. parkeri
5 0,31 0,18 0,58 2,34 0,71 9,49
Ao Acaso
A. proops
3 2,74 13,53 4,94 9,87 0,10 5,99
Agregada
B. marinus
2 0,62 0,78 1,25 1,25 0,04 3,84
Ao Acaso
8 0,89 0,94 1,05 7,33 2,17 14,07
Ao Acaso
N. grandicassis
2 0,73 1,07 1,46 1,46 0,004 3,84
Ao Acaso
A. herzbergii
7 0,50 0,74 1,47 8,80 1,64 12,59
Ao Acaso
S. luniscutis
29 1,73 7,56 4,38 122,58 16,93 41,34
Agregada
47 1,66 19,51 11,72 538,93 32,27 64,00
Agregada
B. bagre
5 0,80 1,22 1,52 6,07 0,71 9,49
Ao Acaso
P. cristata
14 0,92 1,53 1,67 21,70 5,89 22,36
Ao Acaso
17 1,31 1,90 4,51 72,18 7,96 26,30
Agregada
A. spixii
40 1,87 19,84 10,63 414,50 25,70 54,57
Agregada
71 1,30 4,25 3,27 228,98 51,74 90,53
Agregada
C. spinosus
7 0,63 1,31 2,06 12,39 1,64 122,59
Ao Acaso
4 1,13 1,95 1,72 5,16 0,35 7,82
Ao Acaso
C. psittacus
5 0,44 0,99 2,22 8,88 0,71 9,49
Ao Acaso
S. testudineus
6 1,39 2,32 1,67 8,36 1,14 11,07
Ao Acaso
8 0,58 2,67 4,62 32,34 2,17 14,07
Agregada
O. naso
2 0,86 1,46 1,71 1,71 0,004 3,84
Ao Acaso
C. parallelus
5 0,44 0,99 2,22 8,88 0,71 9,49
Ao Acaso
D. rhombeus
31 3,10 19,81 6,39 191,68 18,49 43,77
Agregada
60 0,87 2,10 2,41 142,37 42,34 77,93
Agregada
E. brasilianus
36 1,63 3,49 2,14 74,73 22,47 49,80
Agregada
45 1,22 3,82 3,13 137,79 29,79 60,48
Agregada
E. argenteus
2 0,93 1,73 1,86 1,86 0,004 3,84
Ao Acaso
P. corvinaeformis
19 0,45 0,94 2,09 37,62 9,39 28,87
Agregada
U. coroides
4 1,43 8,15 5,71 17,13 0,35 7,82
Agregada
M. furnieri
10 1,20 3,59 3,00 27,02 3,32 16,92
Agregada
23 0,79 2,06 2,61 57,34 12,34 33,92
Agregada
B. ronchus
17 1,10 3,10 2,80 44,89 7,96 26,30
Agregada
14 1,60 0,75 2,14 27,76 5,89 22,36
Agregada
T. lepturus
2 1,43 4,09 2,86 2,86 0,004 3,84
Ao Acaso
22 1.24 4,91 3,95 82,90 11,59 32,67
Agregada
S. setapinnis
20 0,51 0,958 1,86 35,42 10,12 30,14
Agregada
S. vomer
13 0,52 1,03 1,98 23,73 5,23 21,02
Agregada
33 0,49 1,26 2,57 82,16 20,07 46,19
Agregada
T, falcatus
10 0,71 0,86 1,22 11,00 3,32 16,92
Ao Acaso
G. luteus
17 1,23 5,00 4,06 65,02 7,96 26,30
Agregada
21 0,44 0,68 1,54 30,89 10,85 31,41
Ao Acaso
M. littorales
2 1,36 3,73 2,73 2,73 0,004 3,84
Ao Acaso
C. chrysurus
4 1,32 0,97 0,74 2,21 0,35 7,82
Ao Acaso
T. carolinus
37 0,78 2,00 2,56 92,34 23,27 51,00
Agregada
64 0,95 3,17 3,34 210,11 45,74 82,53
Agregada
C. faber
5 1,14 4,22 3,72 14,88 0,71 9,40
Agregada
P. arcuatus
13 0,65 1,53 2,36 28,37 5,23 21,02
Agregada
11 0,77 1,211 1,58 15,80 3,94 18,31
Ao Acaso
C. acoupa
8 0,65 0,81 1,24 8,72 2,17 14,07
Ao Acaso
C. leiarchus
8 0,28 0,28 1,04 7,25 2,17 14,07
Ao Acaso
2 2,12 0,006 0,003 0,003 0,004 3,84
Uniforme
R. remora
6 0,28 0,49 1,71 8,55 1,14 11,07
Ao Acaso
3 1,03 3,20 3,10 6,20 0,10 5,99
Agregada
O. oglinum
3 0,63 1,18 1,88 3,76 0,10 5,99
Ao Acaso
M. curema
10 0,60 1,04 1,76 15,83 3,32 16,92
Ao Acaso
22 1,20 3,63 3,03 63,70 11,59 32,67
Agregada
S. brasiliensis
3 2,38 5,17 2,17 4,34 0,10 5,99
Ao Acaso
M. bonaci
2 1,72 5,88 3,43 3,43 0,004 3,84
Ao Acaso
C. spilopterus
5 0,32 0,52 1,62 6,48 0,71 9,40
Ao Acaso
P. brasiliensis
3 0,53 0,83 1,58 3,16 0,10 5,99
Ao Acaso
T. paulistanus
16 0,95 1,74 1,83 27,51 7,26 25,00
Agregada
15 0,44 0,48 1,07 15,05 6,57 23,68
Ao Acaso
A. lineatus
16 0,62 1,19 1,92 28,87 7,26 25,00
Agregada
7 1,65 6,54 3,96 23,77 1,64 12,59
Agregada
O. palometa
5 0,6 1,80 3,00 12,00 0,71 9,49
Ao Acaso
E. saurus
20 0,74 1,87 2,53 48,12 10,12 30,14
Agregada
L. jocus
4 0,88 3,12 3,53 10,59 0,35 7,82
Agregada
C. latus
3 0,80 0,58 0,72 2,49 0,10 5,99
Ao Acaso
C. hippos
7 0,39 0,45 1,16 6,97 1,64 12,59
Ao Acaso
23 0,43 0,72 1,68 37,01 12,34 33,92
Agregada
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
71
TABELA 17 - Informações sobre a Distribuição Espacial da ictiofauna capturada com rede-
de-espera entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará),
no período de maio/94 a abril/95.
Total
Espécies
n
D
(t) s
2
Ia
χ
2
χ
2
b
χ
2
c
Distribuição
A. spinifer
19 1,72 23,76 13,78 248,10 9,39 28,87
Agregada
D. say
2 1,50 4,50 3,00 3,00 0,004 5,84
Ao Acaso
D. guttata
13 0,50 0,83 2,02 16,63 5,23 21,02
Ao Acaso
A. narinari
23 0,45 0,82 1,84 40,44 12,34 33,92
Agregada
A. parkeri
5 0,31 0,18 0,58 2,34 0,71 9,49
Ao Acaso
A. proops
3 2,74 13,53 4,94 9,87 0,10 5,99
Agregada
B. marinus
10 0,84 0,83 0,98 8,87 3,32 16,92
Ao Acaso
N. grandicassis
2 0,73 1,07 1,46 1,46 0,004 3,84
Ao Acaso
A. herzbergii
7 0,50 0,74 1,47 8,80 1,64 12,59
Ao Acaso
S. luniscutis
76 1,69 14,79 8,76 656,84 56,05 96,22
Agregada
B. bagre
5 0,80 1,22 1,52 6,07 0,71 9,49
Ao Acaso
P. cristata
31 1,13 3,85 102,13 18,49 43,77
Ao Acaso
A. spixii
111 1,30 4,25 3,27 228,98 86,79 135,5
Agregada
C. spinosus
11 0,82 1,43 1,76 15,82 3,94 18,31
Ao Acaso
C. psittacus
5 0,44 0,99 2,22 8,88 0,71 9,49
Ao Acaso
S. testudineus
14 0,92 2,50 2,70 35,18 5,89 22,36
Ao Acaso
O. naso
2 0,86 1,46 1,71 1,71 0,004 3,84
Ao Acaso
C. parallelus
5 0,44 0,99 2,22 8,88 0,71 9,49
Ao Acaso
D. rhombeus
91 1,63 9,11 5,59 502,75 69,13 113,10
Agregada
E. brasilianus
81 1,40 3,67 2,61 209,13 60,39 101,9
Agregada
E. argenteus
2 0,93 1,73 1,86 1,86 0,004 3,84
Ao Acaso
P. corvinaeformis
19 0,45 0,94 2,09 37,62 9,39 28,87
Agregada
U. coroides
4 1,43 8,15 5,71 17,13 0,35 7,82
Agregada
M. furnieri
33 0,91 2,46 2,70 86,24 20,07 46,19
Agregada
B. ronchus
31 0,94 2,38 2,52 75,58 18,49 43,77
Agregada
T. lepturus
24 1,26 4,66 3,70 85,18 13,09 35,17
Agregada
S. setapinnis
20 0,51 ,096 1,86 35,42 10,12 30,14
Agregada
S. vomer
46 0,50 1,17 2,34 105,50 30,61 61,66
Agregada
T, falcatus
10 0,71 0,86 1,22 11,00 3,32 16,92
Ao Acaso
G. luteus
38 0,79 2,69 3,39 125,36 24,08 52,19
Agregada
M. littorales
2 1,36 3,73 2,73 2,73 0,004 3,84
Ao Acaso
C. chrysurus
4 1,32 0,97 0,74 2,21 0,35 7,82
Ao Acaso
T. carolinus
101 0,89 2,72 3,07 306,70 77,93 124,30
Agregada
C. faber
13 0,65 1,53 2,36 28,37 5,23 21,02
Agregada
P. arcuatus
24 0,70 1,33 1,89 45,53 13,09 35,17
Agregada
C. acoupa
8 0,65 0,81 1,24 8,72 2,17 14,07
Ao Acaso
C. leiarchus
10 0,64 0,83 1,29 12,72 3,32 16,92
Ao Acaso
R. remora
9 0,53 1,24 2,33 18,64 2,73 15,51
Agregada
O. oglinum
3 0,63 1,18 1,88 3,76 0,10 5,99
Ao Acaso
M. curema
32 1,01 2,84 2,82 87,45 19,28 44,98
Agregada
S. brasiliensis
3 2,38 5,17 2,17 4,34 0,10 5,99
Ao Acaso
M. bonaci
2 1,72 5,88 3,43 3,43 0,004 3,84
Ao Acaso
C. spilopterus
5 0,32 0,52 1,62 6,48 0,71 9,40
Ao Acaso
P. brasiliensis
3 0,53 0,83 1,58 3,16 0,10 5,99
Ao Acaso
T. paulistanus
31 0,70 1,16 1,64 49,30 18,49 43,77
Agregada
A. lineatus
23 0,93 2,83 3,04 66,80 12,34 33,92
Agregada
O. palometa
5 0,60 1,80 3,00 12,00 0,71 9,40
Ao Acaso
E. saurus
21 0,76 1,79 2,34 46,84 10,82 31,41
Agregada
L. jocus
4 0,88 3,12 3,53 10,59 0,35 7,82
Agregada
C. latus
3 0,80 0,58 0,72 2,49 0,10 5,99
Ao Acaso
C. hippos
30 0,42 0,64 1,53 44,33 17,71 42,56
Agregada
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
72
5.3.2.4 Freqüência de Ocorrência Na Tabela 18, observa-se uma variação
muito grande da freqüência de ocorrência, o que caracteriza um ictiofauna muito dissimétrica
onde as espécies são numerosas (67 espécies), porém algumas delas formam a maior parte,
podendo se citar:
O. oglinum, A. spinifer, M. curema, D. rhombeus, A. spixii, E. brasilianus.
S. luniscutis, T. carolinus, H. balao, M. furnieri, G. luteus e P. corvinaeformis que juntas
somam 86,33% do total de indivíduos capturados.
5.3.2.5 Constância A constância das espécies da ictiofauna foi levantada para a
área total estudada, bem como, para as “estações do ano” em cada zona de coleta e na área
total (Tabelas 19 e 20), verificando-se que para a região média não houve espécies
constantes, apresentando 7 espécies acessórias e 40 espécies acidentais no período das chuvas
e; 5 espécies acessórias e 15 espécies acidentais no período seco. Quanto à região inferior e
boca, houve 3 espécies constantes, 6 espécies acessórias e 22 espécies acidentais no período
seco. Já no período das chuvas houve a ocorrência de 13 espécies acessórias e 33 espécies
acidentais. Para ambas as zonas de coleta, considerando-se o período das chuvas tem-se: 4
espécies constantes, 16 espécies acessórias e 41 espécies acidentais. Quanto ao período seco
observa-se: 6 espécies constantes, 4 espécies acessórias e 26 espécies acidentais.
Independente da “estação do ano” obteve-se 6 espécies constantes, 12 espécies acessórias e 49
espécies acidentais.
Pelo índice de constância, verificou-se que o número de espécies é maior no
período das chuvas, tanto por zona de coleta (47 espécies na zona do Fortim e 46 na zona da
Barra), como na área total estudada (61 espécies). Além disso, quando se compara o índice de
constância com a freqüência de ocorrência, observou-se que as espécies com alta freqüência
não apresentaram necessariamente índices de constância elevada, como podem ser vistos para
O. oglinum com freqüência de ocorrência de 45,41% e constância de 29,2% e considerada
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
73
como espécie acessória, enquanto que A. spixii teve 4,66% de freqüência de ocorrência e
constância de 66,7%, caracterizada, portanto, como espécie constante.
5.3.2.6 Abundância relativa O índice de abundância relativa com relação ao
total de indivíduos, para a região média (Tabela 21), mostrou a ocorrência de 50 espécies
nesta região, onde 37 delas são comuns à região inferior e boca e 28 são bastante abundantes
ao longo do ano, destacando-se
A. spixii, E. brasilianus, S. luniscutis. D. rhombeus, M.
curema
e T. carolinus (Tabela 22). Quanto à região inferior e boca ocorreram 54 espécies
(Tabela 23), 30 das quais, dependendo da época do ano, são as mais abundantes, com
destaque para
O. oglinum, M. curema, D. rhombeus, A. spixii, T. carolinus e E. brasilianus,
(Tabela 24)
.
A Tabela 25 mostra os valores da abundância relativa das espécies capturadas
entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe, destacando-se entre as 36
espécies mais abundantes
D. rhombeus, O. oglinum, M. curema, A. spixii, E. brasilianus, S.
luniscutis e T. carolinus (Tabela 26). Na Tabela 27 são apresentados os valores da abundância
relativa em biomassa destacando-se entre as 23 espécies que constituíram as mais abundantes,
T. carolinus, D. rhombeus, E. brasilianus e S. luniscutis (Tabela 28).
GÓMEZ-GASPAR (1981) salienta que o estudo da abundância relativa e
biomassa tem grande importância, uma vez que geralmente se aceita que as espécies com
maior biomassa são pouco numerosas, apesar de ser um situação comum em ambientes onde
predominam os estoques jovens de peixes. Isto foi observado nesse estudo, pois apesar de
O.
oglinum contribuir com 45,41% do total de indivíduos capturados, sua biomassa foi de 6,54%
do total, enquanto que
T. carolinus obteve 2,56% do total de indivíduos e 12,59% da
biomassa total.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
74
TABELA 18 - Freqüência de ocorrência em número (n) e percentagem, da ictiofauna
capturada entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe
(Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
Espécies
n %
Opisthonema oglinum
974 45,41
Anchoa spinifer
204 9,51
Mugil curema
147 6,85
Diapterus rhombeus
106 4,94
A
rius spixii
100 4,66
Eugerres brasilianus
78 3,64
Sciadeichthys luniscutis
67 3,12
Trachinotus carolinus
55 2,56
Hemirhamphus balao
48 2,24
Micropogonias furnieri
26 1,21
Genyatremus luteus
24 1,12
Pomadasys corvinaeformis
23 1,07
Pimelodella cristata
21 0,97
Achirus lineatus
17 0,79
Chloroscombrus chrysurus
16 0,74
Scomberomorus brasiliensis
15 0,70
Elops saurus
15 0,70
Trinectes paulistanus
14 0,65
Bairdiella ronchus
13 0,61
Caranx hippos
11 0,51
Selene vomer
10 0,47
Cynoscion leiarchus
9 0,42
Trichiurus lepturus
8 0,37
Pomacanthus arcuatus
8 0,37
Arius proops
7 0,33
Netuma barba
7 0,33
Cynoscion acoupa
7 0,33
Dasyatis guttata
6 0,28
Selene setapinnis
6 0,28
Tylosurus crocodilus
5 0,23
Aetobatus narinari
5 0,23
Bagre marinus
5 0,23
Sphoeroides testudineus
5 0,23
Lycengraulis grossidens
5 0,23
Chaetodipterus faber
5 0,23
Hyporhamphus unifasciatus
4 0,19
Arius herzbergii
4 0,19
Chylomycterus spinosus
4 0,19
Trachinotus falcatus
4 0,19
Bathygobius soporator
4 0,19
Remora remora
4 0,19
Citharichthys spilopterus
4 0,19
Caranx latus
4 0,19
Arius parkeri
3 0,14
Bagre bagre
3 0,14
Menticirrhus littorales
3 0,14
Lutjanus jocus
3 0,14
Ophioscion naso
2 0,09
Centropomus ensiferus
2 0,09
Centropomus parallelus
2 0,09
Mugil brasiliensis
2 0,09
Umbrina coroides
2 0,09
Paralonchurus brasiliensis
2 0,09
Xenomelaniris brasiliensis
2 0,09
Mycteroperca bona
2 0,09
Mugil trichodon
2 0,09
Dasyatis say
1 0,05
Notarius grandicassis
1 0,05
Colomesus psittacus
1 0,05
Haemulon flavolineatum
1 0,05
Lutjanus griseus
1 0,05
Eucionostomus argenteus
1 0,05
Cynoscion microlepidotus
1 0,05
Cynoscion virescens
1 0,05
Archosargus probatocephalus
1 0,05
Paralichthys brasiliensis
1 0,05
Oligoplites palometa
1 0,05
TOTAL
2.145 100
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
75
TABELA 19 - Constância da ictiofauna capturada na região estuarina do Rio Jaguaribe
(Ceará), nas zonas do Fortim (região média) e Barra (região inferior e boca),
por “estações do ano” e no total, entre maio/94 e abril/95.
Constância ( % )
Espécies
Fortim Barra Fortim/Barra Total
Chuvas Seca Chuvas Seca Chuvas Seca
H. balao
7,1 - - 10,0 7,1 10,0 8,3
H. unifasciatus
- - 7,1 10,0 - 10,0 4,2
T. crocodilus
7,1 - 7,1 10,0 14,3 10,0 12,5
A. spinifer
7,1 10,0 42,8 - 50,0 10,0 33,3
D. say
7,1 - - - 7,1 - 4,2
D. guttata
14,3 10,0 21,4 - 35,7 10,0 25,0
A. narinari
7,1 - 7,1 30,0 14,3 30,0 20,8
A. parkeri
14,3 - - - 14,3 - 8,3
A. proops
21,4 20,0 - - 21,4 - 12,5
B. marinus
7,1 - 14,3 - 14,3 - 12,5
N. grandicassis
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
A. herzbergii
- - 14,3 20,0 14,3 20,0 16,7
N. barba
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
S. luniscutis
35,7 30,0 28,6 50,0 50,0 60,0 54,2
B. bagre
7,1 - 7,1 - 14,3 - 8,3
P. cristata
7,1 - 28,6 - 28,6 20,0 25,0
A. spixii
50,0 40,0 50,0 60,0 64,3
70,0 66,7
C. spinosus
14,3 - - 20,0 14,3 20,0 16,7
C. psittacus
- - - 10,0 - 10,0 4,2
S. testudineus
7,1 10,0 - 10,0 7,1 20,0 12,5
O. naso
- - 14,3 - 14,3 - 8,3
H. flavolineatum
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
C. ensiferus
- - 7,1 10,0 7,1 10,0 4,2
C. parallelus
- - 14,3 - 14,3 - 8,3
L. griseus
7,1 - - - 7,1 - 4,2
D. rhombeus
21,4 30,0 42,8 60,0 64,3 60,0 62,5
E. brasilianus
50,0 30,0 35,7 50,0 57,1 60,0 58,3
E. argenteus
- - - 10,0 - 10,0 4,2
M. brasiliensis
7,1 - 14,3 - 14,3 - 8,3
P. corvinaeformis
7,1 - 28,6 20,0 35,7 20,0 29,2
U. coroides
7,5 - - - 7,1 - 4,2
M. furnieri
35,7 - 35,7 20,0 50,0 20,0 37,5
B. ronchus
21,4 10,0 14,3 10,0 21,4 20,0 20,8
T. lepturus
- 10,0 -
20,0 - 20,0 8,3
S. setapinnis
- - 28,6 - 28,6 - 16,7
S. vomer
14,3 10,0 7,1 50,0 21,4 50,0 33,3
T. falcatus
- - 21,4 10,0 21,4 10,0 16,7
G. luteus
28,6 - 28,6 20,0 50,0 20,0 37,5
M. littorales
- 10,0 - 10,0 - 20,0 8,3
B. soporator
7,1 - - - 7,1 - 4,2
L. grossidens
14,3 - - - 14,3 - 8,3
C. chrysurus
7,1 - 14,3 20,0 21,4 20,0 20,8
T. carolinus
28,6 40,0 42,8 60,0 50,0 70,0 58,3
C. faber
21,4 - - - 21,4 - 12,5
P. arcuatus
7,1 20,0 14,3 20,0 14,3 40,0 25,0
C. acoupa
7,1 - 21,4 - 28,6 - 16,7
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
76
TABELA 19 - ( Continuação )
Constância ( % )
Espécies Fortim Barra Fortim/Barra Total
Chuvas Seca Chuvas Seca Chuvas Seca
C. leiarchus
14,3 - 21,4 - 28,6 - 16,7
C. microlepidotus
7,1 - - - 7,1 - 4,2
C. virescens
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
P. brasiliensis
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
X. brasiliensis
7,1 - - - 7,1 - 4,2
R. remora
- 10,0 7,1 - 7,1 10,0 8,3
O. oglinum
14,3 - 35,7 10,0 35,7 10,0 29,2
A. probatocephalus
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
M. curema
42,8 20,0 35,7 50,0 64,3 70,0 62,5
S. brasiliensis
14,3 - 14,3 20,0 28,6 20,0 25,0
M. bonací
- - 7,1 - 7,1 - 4,2
C. spilopterus
7,1 - 14,3 - 14,3 - 8,3
P. brasiliensis
7,1 - - - 7,1 - 4,2
T. paulistanus
21,4 - 21,4 - 35,7 - 25,0
A. lineatus
7,1 20,0 14,3 - 21,4 20,0 20,8
M. trichodon
7,1 - 7,1 - 14,3 - 8,3
O. palometa
7,1 - 7,1 - 7,1
- 4,2
E. saurus
14,3 - 14,3 20,0 28,6 20,0 25,0
L. jocus
7,1 10,0 - 10,0 7,1 20,0 12,5
C. latus
7,1 10,0 7,1 - 14,3 10,0 12,5
C. hippos
14,3 10,0 21,4 30,0 35,7 40,0 37,5
OBS: Número de coletas realizadas na estação das chuvas (14), seca (10) e no total (4).
TABELA 20 - Quantidade de espécies constantes, acessórias e acidentais da ictiofauna
capturada na região estuarina do Rio Jaguaribe (Ceará), nas zonas do Fortim
(região média) e Barra (região inferior e boca), por “estações do ano ” e no
total, entre maio/94 e abril/95.
Classificação Fortim Barra Fortim/Barra Total
Chuvas Seca Chuvas Seca Chuvas Seca
Constantes - - - 3 4 6 6
Acessórias 7 5 13 6 16 4 12
Acidentais 40 15 33 22 41 26 49
Total 47 20 46 31 61 36 67
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
77
TABELA 21 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada na zona do Fortim (região
média), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
Abundância Relativa ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
55,0
T. crocodilus
15,0
A. spinifer
1,2 25,0
D. say
1,2
D. guttata
1,2 14,3 12,5
A. narinari
1,9
A. parkeri
2,5 11,1
A. proops
1,2 11,1 4,8 5,9 37,5
B. marinus
1,8
S. luniscutis
8,8 14,3 58,8 69,2 6,7 37,5 16,7 1,8
B. bagre
1,8
P. cristata
9,1
A. spixii
1,25 1,9 100 25,0 4,8 5,9 15,4 50,0 12,5 37,5 50,0 29,1
C. spinosus
2,9 6,7
S. testudineus
5,9 25,0
L. griseus
1,8
D. rhombeus
41,2 30,8 42,9 33,3 50,0 5,4
E. brasilianus
12,5 14,7 100 28,6 23,8 17,6 12,5 12,5 50,0 12,7
P.
corvinaeformis
1,9
U. coroides
5,9
M. furnieri
10,0 5,9 50,0 12,5 1,8
B. ronchus
2,5 4,8 16,7 5,4
T. lepturus
4,8
S. vomer
1,2 2,9 9,5
G. luteus
2,5 14,7 13,3 3,6
M. littorales
14,3
B. soporator
7,3
L. grossidens
3,8 5,4
C. chrysurus
5,8
T. carolinus
8,8 11,1 3,8 5,9 25,0 9,5 28,5 5,9
C. faber
11,1 20,0 12,5
P. arcuatus
2,9 14,3 4,8
C. acoupa
2,5
C. leiarchus
1,2 1,8
C. microlepidotus
1,2
X. brasiliensis
3,8
R. remora
7,7
O. oglinum
1,9 17,6
M. curema
1,2 19,2 2,9 50,0 5,9 30,0 46,7 9,1
S. brasiliensis
1,2 11,1
C. spilopterus
2,9
P. brasiliensis
6,7
T. paulistanus
5,0 7,7 16,7
A. lineatus
33,4 14,3 100
M. trichodon
2,9
O. palometa
2,9
E. saurus
11,1 15,4
L. jocus
14,3
C. latus
14,3 12,5 1,8
C. hippos
1,9 7,7 50,0
TOTAL DE INDS.
80 9 52 1 34 9 4 7 21 - 2 - 7 17 2 13 20 15 2 8 8 6 2 55 374
% DO TOTAL
21,4 2,4 13,9 0,3 9,1 2,4 1,1 1,9 5,6 - 0,5 - 1,9 4,5 0,5 3,5 5,3 4,0 0,5 2,1 2,1 1,6 0,5 14,7 100
Nº DE ESPÉCIES
19 7 13 1 15 1 4 4 9 - 2 - 6 6 1 4 3 6 2 6 4 4 2 16 50
% DO Nº DE SP
38 14 26 2 30 2 8 8 18 - 4 - 12 12 2 8 6 12 4 12 8 8 4 32 -
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
78
TABELA 22 - Espécies mais abundantes (%) da ictiofauna capturada na zona do Fortim
(região média), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
ABUNDÂNCIA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
55,0 55,0
A. spinifer
25,0 25,0
D. guttata
14,3 12,5 26,8
A. parkeri
11,1 11,1
A. proops
11,1 37,5 48,6
S. luniscutis
8,8 14,3 58,8 69,2 37,5 16,7 205,3
A. spixii
100 25,0 15,4 50,0 12,5 37,5 50,0 29,1 319,8
S. testudineus
5,9 25,0 30,9
D. rhombeus
41,2 30,8 42,9 33,3 50,0 5,4 203,9
E. brasilianus
12,5 14,7 100 28,6 23,8 17,6 12,5 50,0 12,7 272,4
U. coroides
5,9 5,9
M. furnieri
10,0 5,9 50,0 65,9
B. ronchus
16,7 5,4 22,1
S. vomer
9,5 9,5
G. luteus
14,7 13,3 28,0
B. soporator
7,3 7,3
L. grossidens
5,4 5,4
T. carolinus
8,8 11,1 5,9 25,0 9,5 28,5 88,8
C. faber
11,1 20,0 12,5 43,6
O. oglinum
17,6 17,6
M. curema
19,2 50,0 30,0 46,7 9,1 155,0
S. brasiliensis
11,1 11,1
T. paulistanus
7,7 16,7 24,4
A. lineatus
34,4 14,3 48,7
E. saurus
11,1 15,4 26,5
L. jocus
14,3 14,3
C. latus
14,3 12,5 26,8
C. hippos
50,0 50,0
TOTAL ( % )
72,5 100 73,1 100 79,4 100 100 75,1 76,1 100 100 76,4 100 84,6 85,0 80,0 100 100 75,0 100 100 74,4
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
79
TABELA 23 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada na zona da Barra (região
inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e abril/95.
ABUNDÂNCIA RELATIVA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
77,1
H. unifasciatus
36,4
T. crocodilus
2,8 2,1
A. spinifer
2,8 11,2 19,1 15,4 0,4 12,5
D. guttata
2,8 1,1 4,3
A. narinari
1,1 2,0 5,6 3,1
B. marinus
4,0 13,0
N. grandicassis
2,8
A. herzbergii
0,1 0,1 9,1 2,6
N. barba
7,9
S. luniscutis
3,4 3,9 5,6 14,3 36,4 2,1 53,1 17,9 8,7
P. cristata
0,2 28,2 4,0 8,7
A. spixii
5,7 4,5 1,4 15,7 11,1 47,0 10,0 4,2 15,4 5,8 37,5 23,1 21,7
B. bagre
8,0
C. spinosus
25,0 2,9
C. psittacus
10,0
S. testudineus
11,1
O. naso
2,6
H. flavolineatum
0,4
C. ensiferus
1,1 2,9
C. parallelus
0,1 2,6
D. rhombeus
5,6 0,5 12,5 10,0 19,6 16,7 100 25,0 5,9 3,1 4,0
E. brasilianus
20,0 3,3 15,7 10,0 57,1 9,1 0,4 25,0 12,0 17,4
E. argenteus
25,0
M. brasiliensis
1,1 2,6
P. corvinaeformis
2,2 1,5 3,9 5,6 7,7 0,4
M. furnieri
0,2 8,3 1,1 5,6 30,8 12,5 5,1
B. ronchus
2,0 5,1 13,0
T. lepturus
11,7 5,6
S. setapinnis
25,0 3,4 4,2
S. vomer
2,0 5,6 2,9 10,0 2,1
T. falcatus
0,1 14,3 3,1
G. luteus
0,7 3,9 10,0 7,7 12,5
C. chrysurus
2,2 0,1 10,0 2,9
T. carolinus
17,1 75,0 2,2 0,2 29,2 4,4 3,9 16,7 25,0 2,9 40,0 0,9
P. arcuatus
0,1 9,1 4,2 7,7
C. acoupa
0,2 5,1 4,0
C. leiarchus
1,1 0,3 13,0
C. virescens
0,1
P. brasiliensis
0,2
R. remora
1,4
A. probatocephalus
0,4
O. oglinum
2,8 73,6 25,0 32,2 86,9 64,0
M. curema
31,4 34,8 2,0 32,2 13,7 11,1 17,6 6,2 100 1,8
S. brasiliensis
11,2 0,1 1,1 14,3
M. bonací
5,1
C. spilopterus
0,2 0,4
T. paulistanus
2,8 12,5 7,7
A. lineatus
31,2 0,4
M. trichodon
2,8
E. saurus
2,2 8,3 1,1 2,1
L. jocus
1,1
C. latus
0,2
C. hippos
1,1 2,0 8,8 10,0 3,1 7,7
TOTAL INDS.
- 35 4 89
981
24 90 51 18 1 4 34 10 7 11 48 32 2 13 22
2
8 39 25 23 1.77
1
%DO TOTAL INDS.
- 2,0 0,2 5,0
55,4
1,4 5,1 2,9 1,0 0,1 0,2 2,0 0,6 0,4 0,6 2,7 1,8 0,1 0,7
12,5
0,4 2,2 1,4 1,3 100
Nº DE ESPÉCIES
- 11 2 17 21 7 13 13 11 1 4 9 7 4 5 7 7 1 8 12 5 11 7 8 55
%DO Nº DE
ESPECIES
-
20,0
3,6
30,9 38,2 12,7 23,6 23,6 20,0
1,8 7,3
16,4 12,7
7,3 9,1
12,7 12,7
1,8
14,5 21,8
9,1
20,0 12,7 14,5
-
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
80
TABELA 24 - Espécies mais abundantes (%) da ictiofauna capturada na zona da Barra
(região inferior e boca), Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), entre maio/94 e
abril/95.
ABUNDÂNCIA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
77,1 77,1
H. unifasciatus
36,4 36,4
A. spinifer
11,2 15,4 12,5 39,1
A. narinari
5,6 5,6
B. marinus
13,0 13,0
N. barba
7,9 7,9
S. luniscutis
14,3 36,4 53,1 17,9 121,7
P. cristata
28,2 28,2
A. xpixii
5,7 15,7 11,1 47,0 10,0 15,4 37,5 23,1 21,7 186,2
C. spinosus
25,0 25,0
C. psittacus
10,0 10,0
S. testudineus
11,1 11,1
D. rhombeus
5,6 12,5 10,0 19,6 16,7 100 25,0 189,4
E. brasilianus
20,0 15,7 10,0 57,1 25,0 12,0 17,4 157,2
E. argenteus
25,0 25,0
P. corvinaeformis
7,7 7,7
M. furnieri
30,8 5,1 35,9
B. ronchus
13,0 13,0
T. lepturus
11,7 11,7
S. vomer
10,0 10,0
T. falcatus
14,3 14,3
G. luteus
10,0 7,7 17,7
T. carolinus
17,1 75,0 29,2 16,7 25,0 40,0 178,0
C. leiarchus
13,0 13,0
O. oglinum
73,6 25,0 32,2 86,9 64,0 281,7
M. curema
31,4 34,8 32,2 13,7 11,1 17,6 6,2 100 240,8
S. brasiliensis
11,2 14,3 25,5
T. paulistanus
12,5 12,5
A. lineatus
31,2 31,2
C. hippos
8,8 10,0
18,8
TOTAL ( % )
74,2 75,0 70,7 73,6 79,2 74,4 76,4 72,3 100 100 73,4 100 100 72,8 83,3 84,3 100 77,0 86,9 75,0 74,3 76,0 78,1
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
81
TABELA 25 - Abundância relativa (%) da ictiofauna capturada entre a região média e a boca
do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
ABUNDÂNCIA RELATIVA ( % )
Espécies MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
1,2
60,6 21,2
H. unifasciatus
30,8
T. crocodilus
2,3 1,6 5,8
A. spinifer
2,3
11,1 18,4
1,1
13,3
0,4 6,2
D. say
1,2
D. guttata
1,2 2,3 1,1 5,9 0,4 1,3
A. narinari
1,8 1,1 1,7 2,6 1,9
A. parkeri
2,5 2,3
A. proops
1,2 2,3
2,6 4,2 1,3
B. marinus
3,7 5,1
N. grandicassis
2,3 0,2
A. herzbergii
0,1
1,1 7,7 2,2
N. barba
7,8
S. luniscutis
3,3 0,3
3,4 2,6
5,9
45,8 30,8 16,4 32,7
5,9
18,8 17,8
3,8
B. bagre
7,4 1,3
P. cristata
24,4
3,7 8,9
A. spixii
1,2 4,5 1,8 5,6
2,1
13,8
7,7
16,7 47,0
5,9 4,2 6,6
20,0
6,1
37,5 26,7
26,9
C. spinosus
0,1
2,9 5,9
C. psittacus
5,9
S. testudineus
0,2
1,1 5,1
O. naso
0,1
2,2
H. flavolineatum
0,4
C. ensiferus
1,1
2,9
C. parallelus
0,1
2,2
L. griseus
1,3
D. rhombeus
41,2
4,5
28,6
5,6 0,5 9,1 9,6
22,4 25,6
100
33,3
5,9
1,9
3,7 3,8
E. brasilianus
12,5 15,9
0,5
27,3
3,2
17,2 12,8
5,9
29,2
7,7
0,8
18,8 14,8 14,1
E. argenteus
16,7
M. brasiliensis
1,1
2,2
P. corvinaeformis
1,8 2,2 1,5 3,4 2,6
6,7 0,4
U. coroides
0,2
M. furnieri
10,0
0,4 6,1 1,1 2,6
33,3 12,5
4,4 1,3
B. ronchus
2,5
1,7 2,6
6,7 7,7
T. lepturus
10,3
5,1
S. setapinnis
1,8 3,3 3,0
1,9
S. vomer
1,1 0,1
1,7 7,7
2,9 5,9 1,6
T. falcatus
1,1 0,1
4,2 1,9
G. luteus
1,1 1,2
3,4
5,9
11,8
6,7 6,2 2,5
M. littorales
1,7
5,9
B. soporator
5,1
L. grossidens
3,6
3,8
C. chrysurus
5,4 2,2 0,1
9,6
2,9
T. carolinus
8,8
15,9
8,9 2,2 0,4
21,2
5,3 3,4
12,8
16,7
2,9
35,3
4,2
0,8
C. faber
2,3
17,6
0,4
P. arcuatus
0,2
1,7 2,6
7,7 3,3
6,7
P. brasiliensis
0,2
C. acoupa
2,5 0,2
4,4 3,7
C. leiarchus
1,2 1,1 0,3
5,1
C. microlepidotus
1,2
C. virescens
0,1
X. brasiliensis
3,6
R. remora
1,6
1,3
A. probatocephalus
0,4
O. oglinum
2,3 1,8
71,7 18,2 30,8
83,9
59,2
M. curema
1,2
25,0 17,8 34,4
2,1
30,8 12,1
5,1
16,7 17,6
4,2 4,9
11,5 52,9
1,7
6,4
S. brasiliensis
1,2 2,3
11,1
0,1 1,1
4,2
M. bonací
4,4
C. spilopterus
0,3
0,4
P. brasiliensis
5,9
T. paulistanus
5,0 2,3 7,1 9,1
6,7
2,2
A. lineatus
6,8
5,9
15,3 19,2
0,4
M. trichodon
2,3 0,1
O. palometa
0,1
E. saurus
6
14,3
2,2 6,1 1,1 1,6
L. jocus
1,1 5,9 1,3
C. latus
0,2 5,9 0,4
C. hippos
1,8 1,1 1,7 8,8 5,9 1,6 1,9 6,7 3,7
TOTAL INDS. 80 44 56 90 1015 33 94 58 39 1 6 34 17 24 13 61 52 17 15 230 16 45 27 78 2.145
% DO TOTAL INDS. 3,7 2,0 2,6 4,2 47,3 1,5 4,4 2,7 1,8 0,05 0,3 1,6 0,8 1,1 0,6 2,8 2,4 0,8 0,7 10,7 0,7 2,1 1,2 3,6 100,0
Nº DE ESPÉCIES
17 18 14 20 30 8 15 15 15 1 5 10 12 8 6 10 10 6 8 16 6 12 8 17 67
% DO Nº DE SP. 25,4 26,9 20,9 29,8 44,8 11,9 22,4 22,4 22,4 1,5 7,5 14,9 17,9 11,9 9,0 14,9 14,9 9,0 11,9 23,9 9,0 17,9 11,9 25,4 -
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
82
TABELA 26 - Espécies mais abundante (%) da ictiofauna capturada entre a região média e a
boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95.
ABUNDÂNCIA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
60,6 21,2
81,8
H. unifasciatus
30,8
30,8
A. spinifer
11,1 18,4 13,3
42,8
D. guttata
5,9
5,9
B. marinus
5,1
5,1
N. barba
7,8
7,8
S. luniscutis
5,9 45,8 30,8 16,4 32,7 18,8 17,8
168,2
P. cristata
24,4 8,9
24,4
A. spixii
4,5 5,6 13,8 7,7 47,0 5,9 20,0 37,5 26,7 26,9
195,6
C. spinosus
16,7
16,7
S. testudineus
5,1
5,1
C. psittacus
5,9
5,9
D. rhombeus
41,2 4,5 28,6 5,6 9,1 9,6 22,4 25,6 100 33,3
279,9
E. brasilianus
12,5 15,9 27,3 17,2 12,8 5,9 29,2 18,8 14,8 14,1
168,5
E. argenteus
16,7
16,7
P. corvinaeformis
6,7
6,7
M. furnieri
10,0 33,3
43,3
B. ronchus
6,7 7,7
14,4
T. lepturus
10,3 5,1
15,4
S. vomer
7,7 5,9
13,6
G. luteus
5,9 6,7
12,6
B. soporator
5,1
5,1
C. chrysurus
9,6
9,6
T. carolinus
8,8 15,9 8,9 21,2 12,8 16,7 35,3
119,6
C. faber
17,6
17,6
P. arcuatus
6,7
6,7
C. leiarchus
5,1
5,1
O. oglinum
71,7 18,2 30,8 83,9 59,2
263,8
M. curema
25,0 17,8 34,4 30,8 12,1 5,1 16,7 17,6 52,9 6,4
218,8
S. brasiliensis
11,1
11,1
A. lineatus
6,8 5,9 15,3 19,2
47,2
T. paulistanus
7,1 9,1 6,7
22,9
E. saurus
14,3
14,3
L. jocus
5,9
5,9
C. latus
5,9
5,9
C. hippos
8,8 5,9 6,7
21,4
TOTAL ( % )
72,5 72,6 76,7 75,6 80,1 84,9 80,8 75,8 81,9 100 100 73,4 100 75,0 76,9 93,0 73,1 75,0 100 83,9 75,1 75,6 74,0 79,3
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
83
TABELA 27 - Abundância relativa (%), em relação à biomassa da ictiofauna capturada entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95.
ABUNDÂNCIA RELATIVA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
H. balao
6,8 0,9
H. unifasciatus
1,6
T. crocodilus
0,3 1,7 1,5
A. spinifer
0,2 0,4 1,4 29,0 0,5 0,4 3,8
D. say
1,7
D. guttata
3,0 6,3 3,2 13,8 9,4 17,7
A. narinari
6,3 8,8 6,0 15,7
A. parkeri
4,1 4,4
A. proops
0,7 1,1 2,1 2,2 6,1
B. marinus
15,5 20,1
N. grandicassis
0,4
A. herzbergii
0,1 2,6 10,6 4,0
N. barba
S. luniscutis
0,3 1,4 1,1 0,7 39,7 57,8 58,2 38,2 8,2 18,4 18,8 3,0
B. bagre
33,3 4,8
P. cristata
0,4 30,1 6,8 7,8
A. spixii
0,3 1,6 0,8 2,5 2,4 4,6 2,2 46,0 1,4 1,1 6,6 9,4 20,5 20,7 16,3 5,8
C. spinosus
0,1 3,4 1,5 2,0
C. psittacus
0,2
S. testudineus
2,0 2,2 1,5
O. naso
0,05 0,2
H. flavolineatum
0,1
C. ensiferus
0,6 2,8
C. parallelus
0,2 3,4
L. griseus
0,1
D. rhombeus
35,3 3,2 40,6 7,1 3,1 9,5 27,3 7,2 8,2 100 26,7 12,6 11,8 4,2 3,0
E. brasilianus
11,0 10,8 3,0 40,0 9,4 9,2 14,1 6,8 39,0 17,7 9,3 36,5 28,9 20,7
E. argenteus
0,3
M. brasiliensis
1,7 10,9
P. corvinaeformis
0,6 1,1 1,65 0,4 0,6 2,1 0,5
U. coroides
0,1
M. furnieri
21,1 12,1 7,7 8,4 16,2 6,2 1,5
B. ronchus
2,4 6,0 1,0 64,0 2,8 1,9
T. lepturus
25,0 14,0
S. setapinnis
2,0 4,1 1,8 1,1
S. vomer
0,4 0,05 1,0 4,9 1,5 7,5 18,2
T. falcatus
,05 0,4 1,4
G. luteus
2,6 3,8 3,8 23,5 5,3 4,4 5,9
M. littorales
0,6
B. soporator
,07
L. grossidens
0,2 0,3
C. chrysurus
2,1 1,2 0,2 1,6 1,3
T. carolinus
11,1 46,1 20,0 13,6 3,6 29,2 21,0 6,2 16,3 57,6 25,0 48,7 3,3 12,0
C. faber
0,9 13,3 2,0
P. arcuatus
0,2 1,7 1,4 12,3 3,6 2,1
C. acoupa
0,2
C. leiarchus
2,4 1,6 3,7 4,7
C. microlepidotus
0,2 0,4 5,9
C. virescens
1,3
P. brasiliensis
0,3
X. brasiliensis
0,15
R. remora
1,0 4,0
O. oglinum
0,2
A. probatocephalus
0,1 0,05 29,1 0,6 29,1 3,6
M. curema
0,6 17,3 15,7 39,7 15,9 12,6 32,0 8,5 12,0 2,0 7,0 1,2 1,6 33,1 1,7 0,6
S. brasiliensis
0,9 2,2 15,4 0,5 3,2 4,5
M. bonací
2,5
C. spilopterus
0,3 0,1
P. brasiliensis
8,1
T. paulistanus
1,1 1,1 4,8 6,6 1,1
A. lineatus
2,4 0,2 10,5 2,2
M trichodon
0,4 0,1
O. palometa
2,3
E. saurus
1,0 7,6 1,6 2,0 0,7 2,1
L. jocus
3,2
C. latus
5,1 2,4
C. hippos
0,9 0,8 1,0 0,3 5,6 4,8 0,6 2,0 10,
5
3,0
biomassa total ( kg )
42,2 18,2 19,1 22,7 58,6
8,6
11,4 11,7 6,5 0,4 4,0 7,8 8,1 8,5 2,6 6,9 15,4 5,4 2,7 8,9 3,1 7,8 5,5 19,0
304,4
% DO TOTAL
13,9 6,0 6,3 7,4 19,2 2,8 3,7 3,8 2,1 0,1 1,3 2,6 2,7 2,8 0.8 2,3 5,0 1,8 0,9 2,9 1,0 2,6 1,8 6,2
100
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
84
TABELA 28 - Espécies mais abundante (%), com relação à biomassa da ictiofauna capturada
entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período
de maio/94 a abril/95.
ABUNDÂNCIA ( % )
Espécies
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Total
1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C 1C 2C
A. spinifer
29,0 29,0
D. guttata
13,8 9,4 17,7 40,9
A. narinari
15,7 42,8 58,5
M. marinus
15,5 20,1 35,6
S. luniscutis
39,7 57,8 58,2 38,2 18,4 18,8 231,1
B. bagre
33,3 33,3
P. cristata
30,1 7,8 37,9
A. spixii
46,0 20,5 20,7 16,3 103,5
D. rhombeus
35,3 40,6 7,1 27,3 7,2 100 26,7 12,6 11,8 268,6
E. brasilianus
11,0 10,8 40,0 9,4 9,2 14,1 39,0 17,7 36,5 28,9 20,7 237,5
M. brasiliensis
10,9 10,9
M. furnieri
21,1 12,1 8,4 41,6
B. ronchus
64,0 64,0
T. lepturus
25,0 14,0 39,0
S. vomer
7,5 18,2 25,7
G. luteus
7,6 23,5 5,9 37,0
C. faber
13,3 13,3
T. carolinus
11,1 46,1 20,0 13,6 29,2 21,0 16,3 57,6 25,0 48,7 12,0 300,1
C. leiarchus
5,9 5,9
O. oglinum
39,7 29,1 29,1 97,9
M. curema
17,3 15,7 15,9 12,6 32,0 8,5 33,1 135,1
S. brasiliensis
15,4 15,4
C. hippos
10,5 10,5
TOTAL
78,5 74,2 76,3 75,8 74,0 81,3 70,3 73,4 77,0 100 84,3 83,6 77,6 78,7 75,5 76,4 81,0 81,7 74,5 71,0 75,6 76,1 77,7 78,1
OBS: 1C = 1ª COLETA; 2C = 2ª COLETA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
85
5.3.2.7 Dominância A estrutura demográfica (Tabela 29), mostrou que do total
de indivíduos capturados, 86,33% pertence a 12 das 67 espécies identificadas e, 11 espécies
(
M. curema, A. spixii, D. rhombeus, E. brasilianus, T. carolinus, S. luniscutis, O. oglinum. M.
furnieri, Caranx hippos
, A. spinifer e G. luteus) foram dominantes, com seqüência de
dominância de 1 a 10 (Tabela 30), somando juntas 83,53% do número total de indivíduos
capturados. Quanto à estrutura trófica (Tabela 31), verifica-se que 80,85% da biomassa total
corresponde a 13 das 67 espécies identificadas e 11 espécies (
T. carolinus, E. brasilianus, D.
rhombeus, M. curema, A. spixii, S. luniscutis, G. luteus, M. furnieri. Aetobatus narinari,
Dasyatis guttata
e C. hippos ) foram as dominantes, considerando a mesma seqüência de
dominância (Tabela 32) que juntas somam 67,60% da biomassa total.
O índice biológico total foi calculado para as 13 espécies que apresentaram
dominância tanto a nível demográfico como trófico (Tabela 33), observando-se que
E.
brasilianus, M. curema. D. rhombeus, T. carolinus e A. spixii são as espécies características e
dominantes entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe. Em estudos da
ictiofauna do Estuário do Rio Pirangí (Ceará - Brasil), OLIVEIRA (1993), considerando
apenas o índice demográfico, verificou que
M. curema também é espécie dominante e
característica daquele estuário. Já GÓMEZ-GASPAR (1981), considerando o índice
biológico total, verificou que
M. curema e D. rhombeus também são espécies características
e dominantes na Laguna da Restinga, (Ilha de Margarita - Venezuela).
Segundo HINES
et al. (1987) em sistema estuarino, a variabilidade de estoque
pelo tempo e grandes coeficientes de variações, caracterizam a maior parte da população de
invertebrados e peixe, sendo necessário à obtenção de dados por longos períodos a fim de se
avaliar: as flutuações populacionais de muitas espécies que têm um ciclo de vida que são
suficientemente longos e complicados; aspectos da degradação do meio ambiente; respostas
biológicas a certos eventos raros ou infreqüentes que ocorrem em intervalos suficientemente
longos (tempestades; declínio populacional devido à doença; dinâmica reprodutiva de
populações com dominância de classe por ano; flutuações meteorológicas que regulam a
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
86
salinidade, estratificação vertical, entrada de nutrientes, estoque de carbono e a taxa de
sedimentação; mudanças do fluxo de água doce durante tempestades e secas irregulares etc).
Sendo assim, sugere-se que os estudos na zona estuarina do Rio Jaguaribe devam
prosseguir, a fim de se avaliar as degradações que possa sofrer, principalmente com a
influência dos impactos crônicos e acumulativos da atividade humana.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
87
TABELA 29 - Índice demográfico e seqüência de dominância da ictiofauna capturada entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 A abril/95.
Espécies N % %AC Posição nas amostras
Índice*
Seqüência
de
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Demográfico Dominância
O. oglinum
974 45,41 45,41
4 1 1 1
57 7
A. spinifer
204 9,51 54,92
2 1 1 1 2
49 10
M. curema
147 6,85 61,77
4 3 3 4 1 1
129 1
D. rhombeus
106 4,94 66,71
6 1 5 1 1 1
119 3
A. spixii
100 4,66 71,37
4 4 4 3 1 1
128 2
E. brasilianus
78 3,64 75,01
1 9 1 1 2
118 4
S. luniscutis
67 3,12 78,13
3 3 1 1 2 1 2
97 6
T. carolinus
55 2,56 80,69
1 4 2 2 2 3
103 5
H. balao
48 2,24 82,93
1 1
23 20
M. furnieri
26 1,21 84,14
1 2 3 2 1
56 8
G. luteus
24 1,12 85,26
1 1 2 1 1 1 1
49 10
P. corvinaeformis
23 1,07 86,33
2 1 3 1
38 12
P. cristata
21 0,97 87,30
1 1 1
24 19
A. lineatus
17 0,79 88,09
2 2 1
39 11
C. chrysurus
16 0,74 88,83
1 1 2 1
27 18
S. brasiliensis
15 0,70 89,53
1 1 1 1 1 1
34 14
E. saurus
15 0,70 90,23
1 2 3
38 12
T. paulistanus
14 0,65 90,88
2 3 1
37 13
B. ronchus
13 0,61 91,49
2 1 1 1
29 17
C. hippos
11 0,51 92,00
1 1 2 2 2 1
52 9
S. vomer
10 0,47 92,47
1 1 1 1 2 1
38 12
C. leiarchus
9 0,42 92,89
1 3
17 24
T. lepturus
8 0,37 93,26
1 1
13 27
P. arcuatus
8 0,37 93,63
1 1 2 1 1
34 14
A. proops
5 0,23 93,96
1 1 2 1
31 15
N. barba
7 0,33 94,29
1
8 32
C. acoupa
7 0,33 94,62
1 1 1 1
21 21
D. guttata
6 0,28 94,90
1 1 1 2 1
30 16
S. setapinnis
6 0,28 95,18
1 2 1
19 23
T. crocodilus
5 0,23 95,41
2 1
17 24
A. narinari
5 0,23 95,64
1 2 1 1
23 20
B. marinus
5 0,23 95,87
1 1
12 27
S. testudineus
5 0,23 96,10
1 1 1
15 26
L. grossidens
5 0,23 96,33
2
8 32
C. faber
5 0,23 96,56
1 1 1
20 22
H. unifasciatus
4 0,19 96,79
1
10 30
A. herzbergii
4 0,19 96,94
1 2 1
20 22
C. spinosus
4 0,19 97,13
1 1 1
15 26
T. falcatus
4 0,19 97,32
1 1 1 1
19 23
B. soporator
4 0,19 97,51
1
5 35
R. remora
4 0,19 97,70
1 1
12 28
C. spilopterus
4 0,19 97,89
1 1
9 31
C. latus
4 0,19 98,08
1 1 1
17 24
A. parkeri
3 0,14 98,22
1 1
11 29
B. bagre
3 0,14 98,36
1 1
10 30
M. littorales
3 0,14 98,50
1 1
11 29
L. jocus
3 0,14 98,64
1 1 1
16 25
O. naso
2 0,09 98,73
1 1
6 34
C. ensiferus
2 0,09 98,82
1 1
10 28
C. parallelus
2 0,09 98,91
1 1
7 33
M. brasiliensis
2 0,09 99,00
1 1
9 31
U. coroides
2 0,09 99,09
1
3 37
P. brasiliensis
2 0,09 99,18
1
3 37
X. brasiliensis
2 0,09 99,27
1
4 36
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
88
TABELA 29 - ( Continuação )
Espécies N % %AC Posição nas amostras
Índice *
Seqüência
de
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Demográfico Dominância
M. bonaci
2 0,09 99,36 1 6 34
M. trichodon
2 0,09 99,45 1 1 8 32
D. say
1 0,05 99,50 1 4 36
N. grandicassis
1 0,05 99,55 1 1 9 31
C. psittacus
1 0,05 99,60 1 9 31
H. flavolineatum
1 0,05 99,65 1 5 35
L. griseus
1 0,05 99,70 1 2 38
E. argenteus
1 0,05 99,75 1 9 31
C. microlepidotus
1 0,05 99,80 1 4 36
C. virescens
1 0,05 99,85 1 2 38
A. Probatocephalus
1 0,05 99,90 1 5 35
P. brasiliensis
1 0,05 99,95 1 7 33
O. palometa
1 0,05 100 1 2 38
OBS: * MÁXIMO DE 240; TOTAL DE ESPÉCIES = 67; TOTAL DE INDIVÍDUOS = 2.145; (%) EM RELAÇÃO AO TOTAL DE
INDIVÍDUOS; ( %AC ) PORCENTAGEM ACUMULADA.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
89
TABELA 30 - Espécies dominantes da ictiofauna capturada entre a região média e a boca do
Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a abril/95, com
respectivo índice demográfico.
Espécies Índice Demográfico*
M. curema
129
A. spixii
128
D. rhombeus
119
E. brasilianus
118
T. carolinus
103
S. luniscutis
97
O. oglinum
57
M. furnieri
56
C. hippos
52
A. spinifer
49
G. luteus
49
* MÁXIMO DE 240
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
90
TABELA 31 - Índice trófico e seqüência de dominância da ictiofauna capturada entre a região
média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de maio/94 a
abril/95.
Espécies (g) % %AC Posição nas amostras
Índice* Seqüência
de
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Trófico Dominância
T. carolinus
38.322,0 12,59 12,59 4 4 3 3
118 1
D. rhombeus
35.835,2 11,77 24,36 4 1 1 4 3 1 1
107 3
M. curema
33.798,3 11,10 35,46 3 1 5 2 1 1
99 4
E. brasilianus
26.765,9 8,79 44,25 3 3 4 1 2 1
112 2
M. curema
19.922,4 6,54 50,74 2 1 1
27 11
S. luniscutis
18.512,1 6,08 56,87 3 2 1 1 1 2
67 6
A. spinifer
17.688,3 5,81 62,68 1 1
14 20
M. furnieri
12.664,7 4,16 66,84 1 1 1 1 2 1
44 8
A. spixii
11.432,9 3,76 70,60 1 2 2 1 1 1 2 3 1
73 5
A. narinari
10.536,5 3,46 74,06 1 1 2 1
36 9
D. guttata
8.475,0 2,78 76,84 1 1 2 1
35 10
G. luteus
6.876,9 2,26 79,10 1 1 1 3 1 1
45 7
S. brasiliensis
5.325,9 1,75 80,85 1 1 1 1
23 13
B. marinus
4.678,3 1,54 82,39 1 1
17 17
P. cristata
4.416,5 1,45 83,84 1 2
24 12
T. lepturus
3.825,0 1,26 85,10 1 1
16 18
B. ronchus
3.439,5 1,13 86,23 1 1 1 2
23 13
B. bagre
2.733,5 0,90 87,13 1 1
14 20
C. hippos
2.580,0 0,85 87,98 2 1 1 1 1 1
35 10
A. parkeri
2.532,0 0,83 88,81 1
7 26
S. vomer
2.520,4 0,83 89,64 1 1 2
22 14
C. acoupa
2.498,0 0,82 90,46 1 2
14 20
A. lineatus
2.276,7 0,80 91,26 1 1 1 1
15 19
E. saurus
2.404,5 0,79 92,05 2 1
11 22
T. paulistanus
1.922,6 0,63 92,68 1 1 1 1
18 16
S. setapinnis
1.635,1 0,54 93,22 1 1 2
16 18
P. corvinaeformis
1.529,0 0,50 93,72 1 1
7 26
S. testudineus
1.502,0 0,49 94,21 1 1
3 30
C. leiarchus
1.464,4 0,48 94,69 1
6 27
A. proops
1.353,8 0,44 95,13 1 1 2
12 21
O. palometa
1.351,7 0,44 95,57 1
3 30
M. brasiliensis
1.236,0 0,41 95,98 1 1
9 24
C. chrysurus
1.058,4 0,35 96,33 1 1
6 27
P. arcuatus
1.036,1 0,34 96,67 1 1 1 1
21 15
A. herzbergii
978,5 0,32 96,99 1 1
10 23
C. faber
930,2 0,30 97,29 1 1
9 24
N. barba
863,1 0,28 97,57 1
5 28
T. falcatus
820,9 0,27 97,84 1 1
9 24
D. say
715,0 0,23 98,07 1
3 30
C. latus
633,2 0,21 98,28 1 1
8 25
H. balao
613,4 0,20 98,48 1 1
10 23
C. microlepidotus
550,0 0,18 98,66 1
2 31
R. remora
420,0 0,14 98,80 1 1
6 27
T. crocodilus
403,6 0,13 98,93 1 1
9 24
C. spinosus
396,1 0,13 99,06 1 1 1
14 20
C. parallelus
379,8 0,12 99,18 1
3 30
P. brasiliensis
361,4 0,12 99,30 1
5 28
C. ensiferus
359,1 0,12 99,12 1
6 27
L. jocus
287,8 0,09 99,51 1
3 30
M. littorales
206,8 0,07 99,58 1
4 29
C. virescens
180,0 0,06 99,64
- -
M. bonaci
191,8 0,06 99,70 1
1 32
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
91
TABELA 31 - (Continuação)
Espécies (g) % %AC Posição nas amostras
Índice*
Seqüência
de
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Trófico Dominância
C. spilopterus
188,4 0,06 99,76
- -
B. soporator
136,7 0,04 99,80
- -
P. brasiliensis
112,0 0,04 99,84
- -
M. trichodon
126,7 0,04 99,88
- -
L. grossidens
84,7 0,03 99,91
- -
N. grandicassis
77,6 0,02 99,93
- -
U. coroides
74,0 0,02 99,95
- -
H. unifasciatus
42,1 0,01 99,96 1
6 27
O. naso
32,9 0,01 99,97
- -
L. griseus
18,0 0,006 99,97
- -
X. brasiliensis
21,0 0,006 99,98
- -
A. probatocephalus
18,6 0,006 99,98
- -
C. psittacus
16,0 0,005 99,99
- -
E. argenteus
12,8 0,004 99,99 1
6 27
H. flavolineatum
11,3 0,003 100
- -
OBS: * MÁXIMO DE 240; TOTAL DE ESPÉCIES = 67; BIOMASSA TOTAL = 304.414,5g; (%) EM RELAÇÃO AO TOTAL DA
BIOMASSA; (%AC) PORCENTAGEM ACUMULADA
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
92
TABELA 32 - Espécies dominantes, com relação à biomassa da ictiofauna capturada entre a
região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no período de
maio/94 a abril/95, com respectivo índice trófico.
Espécies Índice Trófico*
T. carolinus
118
E. brasilianus
112
D. rhombeus
107
M. curema
99
A. spixii
73
S. luniscutis
67
G. luteus
45
M. furnieri
44
A. narinari
36
D. guttata
35
C. hippos
35
* MÁXIMO DE 240
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
93
TABELA 33 - Índice biológico total das espécies mais abundantes da ictiofauna capturada
entre a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe (Ceará), no
período de maio/94 a abril/95.
Espécies Índice
Demográfico
Índice
Trófico
Índice Biológico
Total*
E. brasilianus
118 112 230
M. curema
129 99 228
D. rhombeus
119 107 226
T. carolinus
103 118 221
A. spixii
128 73 201
S. luniscutis
97 67 164
M. furnieri
56 44 100
G. luteus
49 45 94
C. hippos
52 35 87
O. oglinum
57 27 84
D. guttata
30 35 65
A. spinifer
49 14 63
A. narinari
23 36 59
* MÁXIMO DE 480
6. CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir para a área compreendida entre
a região média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe ( Ceará ), o seguinte:
1 - As amplas variações da densidade e dos níveis salinos tiveram grande influência sobre a
condutividade, que apresentou uma queda acentuada no período das chuvas, além de
definir quatro regimes de salinidade: eualino, polialino, mesoalino e oligoalino, com
predominância do primeiro regime ao longo do ano, caracterizando uma ictiofauna
essencialmente marinha.
2 - A região não foi considerada poluída, embora os teores de saturação do oxigênio
dissolvido estarem na faixa de baixa saturação.
3 - A transparência da água sofreu amplas variações, apresentando os menores valores no
período das chuvas, devido a grande quantidade de material carreado pelo rio.
4 - O pH teve variações mínimas, mantendo-se dentro da faixa alcalina, sugerindo uma forte
influência da água marinha.
5 - Foram capturados 2.145 indivíduos, sendo identificadas 2 classes, 8 ordens, 29 famílias e
67 espécies. A classe Chondrichthyes apresentou duas famílias com 3 espécies e as 27
famílias restantes pertencem à classe Osteichthyes.
6 - A ictiofauna apresentou uma maior quantidade de espécies e de indivíduos no período das
chuvas, em ambos locais de coletas, estando composta essencialmente por espécies
marinhas invasoras facultativa de água de moderada a baixa salinidade.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
95
7 - As análises do conteúdo alimentar das 10 espécies com maiores índices biológicos (E.
brasilianus
, M. curema, D. rhombeus, T. carolinus, A. spixii, S. luniscutis, M. furnieri, G.
luteus, Caranx hippos e O. oglinum), revelaram que as mesmas possuem um regime
alimentar fito-zoôfaga.
8 - A verificação dos estádios de desenvolvimento maturativo, mostrou que 40 espécies
identificadas utilizam a zona estuarina para reprodução, tornando-a de grande
importância ecológica.
9 - A região apresentou um índice elevado de diversidade com 3,43 bits/ind., a riqueza de
espécies com 8,60 e a equitabilidade com 0,56.
10 - Não foi detectada afinidades entre as espécies.
11 - A distribuição espacial das espécies é variável, predominando ora a distribuição espacial
ao acaso ora a agregada.
12 - A distribuição da freqüência de ocorrência na área estudada é muito dissimétrica, onde as
espécies são numerosas, porém algumas delas formam a maior parte da ictiofauna,
destacando-se:
O. oglinum, A. spinifer, M. curema, D. rhombeus, A. spixii, E.
brasilianus, S. luniscutis, T. carolinus, H. balao, M. furnieri, G. luteus
e P.
corvinaeformis
.
13 - Das 67 espécies identificadas, 6 foram constantes, 12 acessórias e 49 acidentais, sendo
que o número de espécies é maior no período das chuvas, tanto por zona de coleta (47
espécies na região média e 46 na região inferior e boca) como na área total (61 espécies).
14 - A abundância relativa revelou 36 espécies como as mais abundantes na área de estudo,
com destaque para
D. rhombeus, O. oglinum, M. curema, A. spixii, E. brasilianus, S.
luniscutis e T. carolinus.
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
96
15 - A abundância relativa em biomassa apresentou 23 espécies como as mais abundantes,
destacando-se:
T. carolinus, D. rhombeus. E. brasilianus e S. luniscutis.
16 - A estrutura demográfica das 67 espécies identificadas mostrou que 12 constituíram
86,33% do total de indivíduos capturados e 11 foram dominantes:
M. curema, A. spixii,
D. rhombeus, E. brasilianus, T. carolinus, S. luniscutis, O. oglinum, M. furnieri, C.
hippos, A. spinifer e G. luteus.
17 - A estrutura trófica mostrou que 13 espécies constituíram 80,85% da biomassa total e 11
foram as dominantes:
T. carolinus, E. brasilianus, D. rhombeus, M. curema, A. spixii, S.
luniscutis, G. luteus, M. furnieri, A. narinari, D. guttata
e C. hippos.
18 - O índice biológico total mostrou que
E. brasilianus, M. curema, D. rhombeus, T.
carolinus e A. spixii constituem as espécies características e dominantes entre a região
média e a boca do Estuário do Rio Jaguaribe/Ceará.
7. SUMMARY
The present paper was developed in Jaguaribe River Estuary (Ceará) in these
areas: Fortim (medium region) and Barra (low region and the mouth). The material from the
ichthyofauna was collected fortnightly from May/94 and April/95. In order to check the
composition, distribution and bioecologics aspects as though environmental variation: water
temperature, dissolved oxygen, pH, salinity, density, conductivity, watercourse speed, deep
and tide conditions. The rainfall are very heterogeneous, showing rainy seasons (January to
July) and dry seasons (August to December). The great variation in the salinity made possible
the characterization of four saline conditions: euhaline, polihaline, mesohaline and
oligohaline, the first was predominant. The low levels of saturation from dissolved oxygen
didn’t characterize a polluted area. It was captured 2,145 specimens with total biomass of
304.4 kg. It was identified 67 species 3 of them belong to the group of Chondrichthyes and
the others belong to the group of Osteichthyes. The ichthyofauna marine essentially was,
showing great quantity of species and specimen during the rainy season, with the biggest
number of species in these families: Sciaenidae (10), Ariidae (9), Carangidae (8), Gerreida
(3), Pomadasydae (3) and Mugilidae (3) and 40 of these species used this area for
reproduction. For
Eugerres brasilianus, Mugil curema, Diapterus rhombeus, Trachinotus
carolinus, Arius spixii, Sciadeichthys luniscutis, Micropogonias furnieri, Genyatremus luteus,
Caranx hippos
and Opisthonema oglinum, which showed the biggest total biological index. It
was analysed the stomach contents and it was checked that the same species have feed habit
phyto-zoophagus. It was also analysed the diversity (H) with 3.43, that is considered high
index, the richness of species (d) with 8.60 and the equitability (J) with 0.56 and there was no
affinity among the species. The spatial distribution showed variation with predominance for
incidentally distribution and sometimes aggregated distribution. The distribution of frequency
of happening was too dissymmetric and from 67 species identified 6 were constant, 12
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
98
accessory and 49 accidental. The relative abundance showed 36 species as the most abundant
in the studied area. It’s important to distinguish
D. rhombeus, O. oglinum, M. curema, A.
spixii, E. brasilianus, S. luniscutis and T. carolinus; in relation to biomass, 23 species were
shown as the most abundant and among them these are the most important:
T. carolinus, D.
rhombeus, E. brasilianus and S. luniscutis. The demographic structure showed that 12 species
formed 86.33% from the total captured specimen and 11 were dominant. The trophyc
structure showed 13 species which 80.85% were of total biomass and 11 were dominant. The
biological total index showed that
E. brasilianus, M. curema, D. rhombeus, T. carolinus and
A. spixii
, were the dominant and common between the medium region and the mouth of
Jaguaribe River Estuary.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Agulha,
Hemirhamphus balao Le Sueur, 1823; Agulha branca, Hyporhamphus unifasciatus
(Ranzani, 1842); Agulhão,
Tylosurus crocodilus (Peron & Le Sueur, 1821); Arraia, Dasyatis
say Le Sueur, 1817; Arraia Bico de Remo, Dasyatis guttata (Bloch & Scheider, 1801); Arraia
Pintada,
Aetobatus narinari (Euphrasen, 1790); Arenque, Anchoa spinifer (Valenciennes,
1848); Bagre (1),
Arius parkeri (Valenciennes, 1840); Bagre (2), Arius proops (Valenciennes,
1840); Bagre Bandeira,
Bagre marinus (Mitchill, 1814); Bagre Beicim, Notarius grandicassis
(Valenciennes, 1840); Bagre Branco,
Arius herzbergii (Bloch, 1794); Bagre Camboeiro,
Netuma barba Lacépède, 1802; Bagre Canhacoco, Sciadeichthys luniscutis (Valenciennes,
1840); Bagre da Costa,
Bagre bagre (Linnaeus, 1766); Bagre Mandim, Pimelodella cristata
Müller & Troschel, 1849; Bagre Zoião,
Arius spixii (Agassiz, 1829); Baiacu Espinho,
Chylomycterus spinosus (Linnaeus, 1758); Baiacu Listrado, Colomesus psittacus (Bloch &
Schneider, 1801); Baiacu Pintado,
Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758); Cambuba,
Haemulon flavolineatum Desmarest, 1823; Camurim, Centropomus ensiferus Poey, 1860;
Camurim Branco,
Centropomus parallelus Poey, 1860; Caranha, Lutjanus griseus Walbaum,
1792; Carapeba,
Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829); Carapeba Listrada, Eugerres
brasilianus (Cuvier, 1830); Carapicu, Eucionostomus argenteus Baird & Girard, 1855;
Cabeçudo,
Ophioscion naso (Jordan, 1886); Coípe, Mugil brasiliensis Agassiz, 1829; Coró,
Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868); Coró Branco, Umbrina coroides Cuvier,
1830; Cururuca,
Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823); Curuvina, Bairdiella ronchus
(Cuvier, 1830); Espada, Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758; Galo, Selene setapinnis
(Mitchill, 1815); Galo do Alto,
Selene vomer (Linnaeus, 1758); Garabebéu, Trachinotus
falcatus (Linnaeus, 1758); Golosa, Genyatremus luteus (Bloch, 1793); Judeu, Menticirrhus
littorales Holbrook, 1860; Moré Garoupa, Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837);
Mussulina,
Lycengraulis grossidens (Cuvier, 1829); Palombeta, Chloroscombrus chrysurus
(Linnaeus,
1766); Pampo, Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766); Parum Branco,
Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782); Parum Listrado, Pomacanthus arcuatus (Linnaeus,
1758); Peixe Pau,
Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824); Pescadinha,
Paralonchurus brasiliensis Steindachner, 1868; Pescada Amarela, Cynoscion acoupa
(Lacépède, 1802); Pescada Branca,
Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830); Pescada Cabo de
Machado,
Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830); Pescada Corvina, Cynoscion virescens
(Cuvier, 1830); Piolho de Peixe, Remora remora Linnaeus, 1758; Sardinha Bandeira,
SOARES-FILHO, ALDENEY ANDRADE. A ictiofauna da região...
110
Opisthonema oglinum (Le Sueur, 1817); Sargo, Archosargus probatocephalus (Walbaum,
1792); Saúna,
Mugil curema Valenciennes, 1836; Serra, Scomberomorus brasiliensis Collete,
Russo & Zavalla, 1978; Sirigado,
Mycteroperca bonaci Poey, 1860; Solha Linguada,
Citharichthys spilopterus Günther, 1862; Solha Linguada de Dente, Paralichthys brasiliensis
Ranzani, 1840; Solha Mamona,
Trinectes paulistanus (Ribeiro, 1915); Solha Redonda,
Achirus lineatus (Linnaeus, 1758); Tamatarana, Mugil trichodon Poey, 1875; Timbiro,
Oligoplites palometa (Cuvier, 1831); Ubarana, Elops saurus Linnaeus, 1758; Vermelha,
Lutjanus jocus (Bloch & Scheider, 1801); Xarelete, Caranx latus (Agassiz, 1831); Xaréu,
Caranx hippos (Linnaeus, 1766).
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