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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DO TURISMO RURAL NO MUNICÍPIO DE
LAGOA SECA-PB
JAIME JOSÉ DA SILVEIRA BARROS NETO
CAMPINA GRANDE PARAÍBA
2009
_______________________________________________________________
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JAIME JOSÉ DA SILVEIRA BARROS NETO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO TURISMO RURAL NO MUNICÍPIO DE
LAGOA SECA-PB
Dissertão apresentada ao Programa
Institucional de Mestrado em Recursos Naturais
do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais da
Universidade Federal de Campina Grande, como
parte dos requisitos necessários ao título de
Mestre em Recursos Naturais.
Área de Concentração: Sociedade e Recursos Naturais
Linha de Pesquisa: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Competitividade
Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Vieira de Azevedo
UAEA/CTRN/UFCG
CAMPINA GRANDE PARAÍBA
MARÇO - 2009
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JAIME JOSÉ DA SILVEIRA BARROS NETO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DO TURISMO RURAL NO MUNICÍPIO DE
LAGOA SECA-PB
Dissertão apresentada ao Programa
Institucional de Mestrado em Recursos Naturais
do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais da
Universidade Federal de Campina Grande, na
área de concentração - Sociedade e Recursos
Naturais e linha de pesquisa Desenvolvimento,
Sustentabilidade e Competitividade, como parte
dos requisitos necessários ao título de Mestre em
Recursos Naturais.
BANCA EXAMINADORA PARECER
____________________________________ _____________________________
Prof. Dr. Carlos Alberto Vieira de Azevedo
UAEA/CTRN/UFCG
____________________________________ _____________________________
Prof. Dr. Jógerson Pinto Pereira
UAEA/CTRN/UFCG
____________________________________ _____________________________
Dr. João Felinto dos Santos
EMEPA/PB
CAMPINA GRANDE PARAÍBA
MARÇO - 2009
Dedico a minha mãe Maria Isabel
e ao meu pai Francisco de Assis,
pelo imenso amor, carinho e cuidado
que sempre tiveram comigo em todos os momentos de minha vida.
A quem devo tudo que sou hoje.
Dedico este trabalho.
AGRADECIMENTOS
Pela colaboração e contribuição, das mais distintas formas, registro o meu fraterno
agradecimento:
A Deus, sempre presente em todos os momentos, abençoando, iluminando e por colocar
todas as pessoas a seguir no meu caminho.
Aos meus Pais, Francisco de Assis e Isabel, pelo amor incondicional e presença
constante.
Aos meus irmãos André e Isabella, pelo amor e incentivo de toda esta vida.
Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Azevedo, pela orientação objetiva, de fundamental
importância na elaboração deste estudo e pela confiança depositada em minutos, minha
sincera gratidão.
A minha tia, madrinha e “mãe”, Maria do Carmo, por compartilhar todos os momentos
de minha vida e em especial por ser minha coleguinha” no Mestrado.
A minha família Suêrda, Solagne, “Ninhinha”, Marcus, Renata, Maria do Céu,
Consuelo, João Paulo, Karla, Jalber, Dorinha, Tiago e minha amada avó Dalda.
Ao corpo docente do Mestrado em Recursos Naturais, pelo alto nível das abordagens
dos mais variados temas que contribuíram para o enriquecimento de minha experiência
pessoal.
Aos meus colegas de Mestrado, em especial, Rosângela e João Batista, pelo apoio
durante do curso.
Aos meus amigos Fabiana, Klayton, Isabelle, Filipe, Guilherme e Lana pelo incentivo e
paciência, e todos os amigos do coração que me incentivaram por todo percurso.
A minha prima Esther pela ajuda e contribuição nas visitas de campo.
Aos meus alunos Vanessa e Sílvio, pela contribuição na pesquisa do trabalho.
Agradeço aos membros da banca: Dr. João Felinto (EMEPA-PB e tio), Dr. Prof.
Jógerson Pinto (CTRN/UFCG), que muito contribuíram com suas considerações.
“A terra nos ensina mais coisas sobre nós mesmos,
que todos os livros. Porque nos oferece resistência.
Ao enfrentar um obstáculo o homem aprende a se conhecer.
Contudo para superá-lo, ele necessita de ferramenta. Uma plaina, um arado.
O lavrador, em sua labuta, vai arrancando lentamente alguns segredos
à natureza; e a verdade que ele obtém é universal”.
Saint-Exupery
Terra dos Homens (1973)
SUMÁRIO
LISTAS DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
ABREVIATURAS
RESUMO
RESUMEN
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 17
2.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 17
2.2. Objetivos Específicos ....................................................................................... 17
3. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 18
3.1. Turismo Responsável e Planejamento ............................................................... 18
3.1.1. Análise das etapas do planejamento .................................................................. 22
3.2. Conservação Ambiental e Turismo ................................................................... 25
3.3. Impactos e turismo ........................................................................................... 27
3.3.1. Impactos Ambientais ........................................................................................ 27
3.3.2. Sociocultural .................................................................................................... 32
3.3.3. Econômico ....................................................................................................... 33
3.3.4. Potico-institucional ........................................................................................ 34
3.4. A Paisagem como Recurso para o Turismo ....................................................... 35
4. TURISMO RURAL ........................................................................................ 38
4.1. Evolução .......................................................................................................... 38
4.2. Conceitos ......................................................................................................... 41
4.3. Características sicas do Turismo Rural .......................................................... 45
4.4. Agroturismo ..................................................................................................... 47
4.4.1. Agroturismo e Agroecologia ............................................................................ 51
4.5. Marcos legais ................................................................................................... 52
4.6. O Turista do Turismo Rural .............................................................................. 56
4.7. Bases para o Desenvolvimento do Turismo Rural ............................................. 57
4.8. A viabilidade da região para o Turismo Rural ................................................... 58
4.9. Atrativos .......................................................................................................... 59
4.10. Agregando atratividade .................................................................................... 62
4.10.1 Agregação de valor à produção agropecuária..................................................63
4.11. Lidando com a sazonalidade. ............................................................................ 64
4.12. Utilização de práticas de gestão ambiental para o Turismo Rural ...................... 64
4.13. Poticas Públicas para o Turismo Rural no Brasil............................................. 65
5. METODOLOGIA .......................................................................................... 71
5.1. Procedimentos metodológicos .......................................................................... 72
5.2. Técnicas de pesquisa e instrumentos para coleta de dados................................. 72
5.3. Delineamento Estatístico .................................................................................. 75
6. RESULTADOS E DISCURSSÕES ............................................................... 76
6.1. Análise situacional do município de Lagoa Seca-PB para a atividade do
turismo.............................................................................................................................76
6.1.1 Inventário da infra-estrutura de apoio ao turismo .............................................. 76
6.1.2 Inventário dos serviços e equipamentos ............................................................ 92
6.1.3 Inventátio dos atrativos turísticos.................................................................... 102
6.1.4 Estudo do mercado turístico ........................................................................... 135
6.1.5 Diagnóstico situacional ambiental, econômico, sociocultural e potico-
institucional...................................................................................................................153
6.2. Prognóstico do município de Lagoa Seca - PB para a atividade do turismo
rural..........................................................................................................................161
6.2.1. Visão 2012 ..................................................................................................... 161
6.2.2. Posicionamento Desejado ............................................................................... 162
6.2.3. Objetivo Geral ................................................................................................ 162
6.2.4. Objetivos Específicos ..................................................................................... 162
6.2.5. Metas ............................................................................................................. 162
6.2.6. O Portfólio de Produtos por Mercados ............................................................ 163
6.2.7. Portfólio de prioridades de produtos por Mercado .......................................... 163
6.2.8. Linhas de ação ................................................................................................ 164
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES ................................................ 168
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................171
9. APÊNDICES............................................................................................................175
10. ANEXOS.................................................................................................................191
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 - Esquema de inserção do Agroturismo como submodalidade do Turismo Rura
................................................................................................................................... 48
Figura 2 - Macroprogramas e programas do Plano Nacional de Turismo, 2007/2010...67
Figura 3 - Precipitação média pluviométrica do município de Lagoa Seca -PB ............ 77
Figura 4 Organograma do Poder Executivo do município de Lagoa Seca PB ......... 79
Figura 5 - Organograma da Secretaria da Educação, Cultura, Esporte, Turismo e Lazer
do município de Lagoa Seca - PB ................................................................................ 80
Figura 6 - Transportes da viação São José (linha Campina Grande/Lagoa Seca) .......... 85
Figura 7 - Logomarca da Rádio Ypuarana, Lagoa Seca - PB ....................................... 86
Figura 8 - Sede da 102,7 FM, Lagoa Seca - PB ........................................................... 86
Figura 9 - Farmácia Farma Centro ............................................................................... 88
Figura 10 - Farmácia Saúde Pharma ............................................................................ 88
Figura 11 - Banco do Brasil, Lagoa Seca - PB ............................................................. 90
Figura 12 - Posto Ipuaruna .......................................................................................... 91
Figura 13 - Posto Bela Vista ........................................................................................ 91
Figura 14 - Vista das Unidades Habitacionais da Pousada Magia do Verde ................. 93
Figura 15 - Piscina da Pousada. ................................................................................... 93
Figura 16 - Fachadas das Unidades Habitacionais do Convento Ipuaruna .................... 94
Figura 17 Vista superior do Restaurante O Bananal. Google Earth, 2008.................. 95
Figura 18 - Área externa O Bananal ............................................................................ 95
Figura 19 - Área interna O Bananal ............................................................................. 95
Figura 20 - Vista do Restaurante O Bananal ................................................................ 95
Figura 21 - Sinalização para o Restaurante Marcelo da Galinha, Lagoa Seca-PB ......... 96
Figura 22 - Panificadora Virgem dos Podres ............................................................... 96
Figura 23 - Panificadora Bom Jesus ............................................................................ 96
Figura 24 Sala-de-Aula da Escola Assis Chateaubriand, UEPB, Lagoa Seca-PB. ..... 98
Figura 25 - Auditório Convento Ipuarana, Lagoa Seca/PB. ......................................... 99
Figura 26 - Sala de reuniões, Convento Ipuarana, Lagoa Seca/PB ............................... 99
Figura 27 - Praça Severino Cabral ............................................................................. 100
Figura 28 - Praça Frei Malfredo ................................................................................ 100
Figura 29 Vista superior do Vale do Jatobá. Google Earth, 2008. ........................... 101
Figura 30 Vista supeior da Vila Forró. Google Earth, 2008. ................................... 101
Figura 31 tio da Vila Forró-PB ........................................................................... 101
Figura 32 Paisagem da Região do Cumbe, tio Cumbe, Lagoa Seca-PB................ 102
Figura 33 Rio Mamanguape, tio Amaragi, Lagoa Seca-PB .................................. 103
Figura 34 - ude Pesque-e-pague, tio das Palmeidas, Lagoa Seca-PB .................. 104
Figura 35 - Cachoeira do Pinga, Lagoa Seca ............................................................. 105
Figura 36 - Corredeiras do Rio Mananguape, no sítio Amaragi, Lagoa Seca - PB ...... 106
Figura 37 - Poço Verde, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-PB ............................................ 107
Figura 38 - Igreja de Nossa Senhora do Pertuo Socorro, no Sítio Amaragi. ............ 109
Figura 39 - Inscrições rupestres nas margens do Rio Mamanguape, no tio Amaragi 109
Figura 40 - Convento Ipuaruna, Lagoa Seca-PB ........................................................ 110
Figura 41 - Entrada do Convento dos Maristas, Lagoa Seca-PB ................................ 111
Figura 42 - Prédio principal do Convento dos Maristas, Lagoa Seca-PB .................... 111
Figura 43 - Imagem da Virgem dos Pobres, BR 104, Lagoa Seca - PB ...................... 112
Figura 44 - Procissão Corpus Christi, Lagoa Seca-PB ............................................... 113
Figura 45 - Folder promocional do 3º São Pedro na Praça, Lagoa Seca-PB ............... 114
Figura 46 - Palco Principal do São Pedro na Praça, Lagoa Seca-PB........................... 114
Figura 47 - Praça Severino Cabral durante o São Pedro na Praça, Lagoa Seca-PB ..... 114
Figura 48 Replica de Casa de Farinha..................................................................... 116
Figura 49 - Cabeça de Cristo entalhada em Madeira .................................................. 116
Figura 50 - Mulher com Lata D`água ........................................................................ 116
Figura 51 - Boneca de Estopa .................................................................................... 118
Figura 52 - Família de agricultores familiares da Granja Jardim das Flores ............... 120
Figura 53 - Pôr-do-sol da Granja Jardim das Flores ................................................... 120
Figura 54 - Entrada Sítio das hortaliças ..................................................................... 121
Figura 55 - Plantação de Alface, Sítio das hortaliças ................................................. 121
Figura 56 - Cultivo em consórcio agroecológico do Alface e Chuchu, Sítio Oiti. ....... 122
Figura 57 - Sr. Guimarães, tio Sr. Guimarães. ........................................................ 122
Figura 58 - Entrada do sítio com palmeiras imperiais. ............................................... 123
Figura 59 - Proprietário e artesão apresentando sua obra, Sítio das Palmeiras, Lagoa
Seca-PB .................................................................................................................... 123
Figura 60 - Produção de licor e geléia, Sítio das Palmeiras, Lagoa Seca-PB .............. 124
Figura 61 - Barreiro constrdo para pesque-pague, tio das Palmeiras, Lagoa Seca-PB
................................................................................................................................. 124
Figura 62 - Cultivo de Abelhas, Sítio das Palmeiras, Lagoa Seca-PB ........................ 124
Figura 63 - Urutau, ave camuflada de casca do tronco da árvore, tio das Palmeiras,
Lagoa Seca-PB ......................................................................................................... 124
Figura 64 - Família de agricultores na colheita de laranjas, Sítio das Laranjas, Sítio
Amaragi, Lagoa Seca-PB .......................................................................................... 127
Figura 65 - Vista do pátio e casa rural do tio Amaragi, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-PB
................................................................................................................................. 128
Figura 66 - Entrada Haras Vale Verde ....................................................................... 129
Figura 67 Vista aérea do Haras Vale Verde, Lagoa Seca-PB. ................................. 129
Figura 68 - Casa principal, Haras Vale Verde ............................................................ 129
Figura 69 Vista aérea da Estação Ecológica Lagoa dos Canários, Lagoa Seca-PB. . 130
Figura 70 - Cachaça Talante. ..................................................................................... 131
Figura 71 Prateleira com Cachaça Talante comercializada em hipermercado em
Campina Grande ....................................................................................................... 131
Figura 72 - Sede EMATER, Lagoa Seca-PB ............................................................. 132
Figura 73 - Turma do Curso Técnico Agrícola da UEPB ........................................... 133
Figura 74 - Artesanato de Estopa de Lagoa Seca-PB ................................................. 134
Figura 75 - Bar e Restuarante e ao fundo Pedra de Santo Annio, Fagundes - PB..... 149
Figura 76 - Inscrições rupestres na Pedra de Ingá - PB .............................................. 149
Figura 77 - Vale das Pedras ....................................................................................... 150
Figura 78 - Pedra do Marinho, Massarambuda - PB .................................................. 150
Figura 79 - Lajedo do Pai Mateus, Cabaceiras - PB ................................................... 151
Figura 80 - Pousada Pai Mateus ................................................................................ 152
Figura 81 - Venda de produtos agrícolas a turistas no Vale do Gramame, João Pessoa -
PB ............................................................................................................................. 152
Figura 82 - Visão 2012 .............................................................................................. 161
Figura 83 - Mapeamento de fontes de água subterrânea no município de Lagoa Seca -
PB. ............................................................................................................................ 191
Figura 84 - Mapa Rodoviário das rodovias que cortam o município de Lagoa Seca-PB
................................................................................................................................. 192
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Origem do Visitante ................................................................................ 135
Gráfico 2 - Sexo ........................................................................................................ 136
Gráfico 3 - Faixa Etária ............................................................................................. 136
Gráfico 4 - Ocupação do Turista ............................................................................... 137
Gráfico 5 - Grau de instrução .................................................................................... 137
Gráfico 6 - Fluxo de turistas de acordo com a motivão da viagem .......................... 138
Gráfico 7 - Tempo médio de permanência no local.................................................... 138
Gráfico 8 - Transporte utilizado ................................................................................ 139
Gráfico 9 - Hospedagem ........................................................................................... 140
Gráfico 10 - Gasto médio .......................................................................................... 140
Gráfico 11 - Freqüência dia/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos
últimos 3 anos - Grupo João Pessoa .......................................................................... 141
Gráfico 12 - Freqüência média/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos
últimos 3 anos - Grupo Campina Grande ................................................................... 142
Gráfico 13 - Destinos mais visitados - Grupo João Pessoa ......................................... 142
Gráfico 14 - Destinos mais visitados - Grupo Campina Grande ................................. 143
Gráfico 15 - Motivão da viagem - Grupo de João Pessoa e Campina Grande ......... 144
Gráfico 16 - Épocas de realização das viagens........................................................... 144
Gráfico 17 - Organização da viagem ......................................................................... 145
Gráfico 18 - Exigências nimas de infra-estrutura ................................................... 146
Gráfico 19 - Interesse por segmentos de turismo ....................................................... 147
Gráfico 20 - Atividade de interesse para o turismo rural ............................................ 147
Gráfico 21 - Atrativos conhecidos em Lagoa Seca..................................................... 148
ABREVIATURAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ADESC-Associação de Desenvolvimento Econômico, Social e Comunitária do Almeida
AESA - Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba
ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
APA - Área de Proteção Ambiental
APETUR - Associação Paraibana de Turismo Rural
AS-PTA - Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa
ATRACAR - Associação de Turismo Rural e Cultural do Cariri Paraibano
BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRASIL/MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário
BRASIL/MTUR - Ministério do Turismo do Brasil
CADASTUR - Cadastro Nacional de Prestadores de Serviços Turísticos, Guias e
Bacharéis em Turismo
CAGEPA - Companhia de Água e Esgotos da Paraíba
CDC - Código de Defesa do Consumidor
CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica
CENEAGE - Centro Nacional de Ensino Ambiental e Geração de Emprego
CEPAS - Centro Paroquial de Assistência Social
CNT - Conselho Nacional Turismo
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
EMARTER/PB - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba
EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
EMEPA/PB - Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba
ENERGISA Grupo Enersiga
ETER - Escola Técnica Redentorista
EVOT - Congregação Holística da Paraíba
FURNÊ/UNIPÊ - Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão/Centro
Universitário de João Pessoa
IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias
IESP - Instituto de Ensino Superior
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IR - Imposto de Renda
LEADER II - II Programa Nacional Integral Portuguesa
MMA - Ministério do Meio Ambiente
OMT - Organização Mundial de Turismo
ONG Organização não-governamental
PAB/PB - Programa de Apoio ao Artesanato da Paraíba
PBTUR - Empresa Paraíba de Turismo
PIB - Produto Interno Bruto
PIS/PASEP - Programa de Integração Social
PMJP - Prefeitura Municipal de João Pessoa
PNMT - Programa Nacional de Municipalização do Turismo
PNT Plano Nacional de Turismo
PRODETUR - Programa de Desenvolvimento do Turismo
PRONAF Turismo Rural - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar para o Turismo Rural
REDE TRAF - Rede de Turismo Rural na Agricultura Familiar
REDETUR/PB - Rede de Turismo Rural da Paraíba
RESEX - Reservas Extrativistas
RFL - Reserva Florestal
RPPN - Reserva do Patrimônio Particular Natural
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte
SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação
SUASA - Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
TER - Turismo no Espaço Rural
UC - Unidades de Conservação
UEPB - Universidade Estadual da Paraíba
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
UFLA - Universidade Federal de Lavras
UFPB - Universidade Federal da Paraíba
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria
UNEP/WTO - United Nations Environment Programe/World Tourism Organization
RDC
RESUMO
O Turismo Rural é uma atividade que vem crescendo no Brasil, como meio alternativo
de promover o desenvolvimento rural, através da revitalização econômica e social dos
territórios rurais, da valorização dos patrimônios e produtos locais, além do importante
papel que pode desempenhar na conservação do meio ambiente e na gestão da
diversidade das paisagens de espaços agrários. No entanto, seu planejamento ainda é
incipiente, realizado pelos municípios e pelas pprias propriedades rurais que têm
interesse em desenvolvê-lo. Desta forma, com este estudo se propõe desenvolver o
planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável do Turismo Rural no
município de Lagoa Seca-PB, integrando premissas conservacionistas e planejamento
ambiental. Para a realização do estudo adaptou-se a metodologia apresentada pelo
Ministério do Turismo (2007), por meio do Programa de Regionalização do Turismo
através da elaboração do inventário da oferta turística local (infra-estrutura de apoio,
equipamentos, serviços e atrativos turísticos); realização do estudo do mercado turístico
municipal, através do dimensionamento da demanda turística atual e futura e análise dos
concorrentes; diagnosticação da situação ambiental, econômica, sócio-cultural e
político-institucional para o turismo no município; levantamento dos pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças e, por fim, a elaboração do prognóstico do município
para a atividade do turismo rural. Mediante o emprego do planejamento concluiu-se que
o município de Lagoa Seca PB reúne condições diversificadas de relevo, atividades
humanas, beleza natural, existência de recursos naturais, desenvolvimento de atividades
agrícolas agroecológicas, de facilidade de acesso, entre outras características que à
qualifica para o desenvolvimento do Turismo Rural, e, em especial, o Agroturismo
Agroecológico, como segmento do mesmo.
Palavras-chave: agroturismo; planejamento ambiental; conservação ambiental.
RESUMEN
El Turismo Rural es una actividad que viene creciendo en Brasil, como un medio
alternativo de promover el desarrollo rural a través de reactivación económica y social
de las zonas rurales, recuperación de los activos y de los productos locales, además de la
importante función que puede desempeñar en la conservación del medio ambiente y la
gestión de la diversidad de los paisajes del espacio agrarios. Sin embargo, su
planificación es aún incipiente, llevada a cabo por las ciudades y por sus propias
propiedades rurales que tienen un interés en su desarrollo. Por lo tanto, este estudio se
propone desarrollar la planificación estratégica para el desarrollo stenible del Turismo
Rural en la ciudad de Lagoa Seca-PB, através de la integración y conservación del
medio ambiente y de la planificación ambiental. Para el estudio se busco la metodología
presentada por el Ministerio de Turismo (2007), a través del Programa de
Regionalización del Turismo por medio de la preparación del inventario del turismo
local (apoyo a la infraestructura, equipo, y servicios y atracciones turísticas). El estudio
del mercado turístico local a través del diseño de las actuales y futuras demanda turística
y el análisis de los competidores locales; diagnóstico de los factores ambientales,
económicos, socioculturales y potico-institucional para el turismo en la ciudad, a
través de la elevación de los puntos fuertes y debilidades, oportunidades y amenazas y,
por último, la creación del pronóstico para la actividad de turismo rural. Así, hicemos el
planejamento e llegamos a la conclusión de que la ciudad de Lagoa Seca - PB reúne las
condiciones de topografía diversa, de las actividades humanas, desde la belleza natural,
la existencia de los recursos naturales, del desarrollo de las actividades agrícolas y
agroecológicos, facilidad de acceso, entre otras características que reúnen condiciones
para el desarrollo Turismo Rural, en especial el Agroturismo Agroecológico, como un
segmento de ella.
Palabras clave: agroturismo, planificación ambiental, conservación del medio
ambiente.
15
1. INTRODUÇÃO
Durante muitos anos o desenvolvimento rural foi identificado com o setor
agrícola, mantendo estreita relação com a difusão do progresso técnico e com a
eficiência dos sistemas de produção. Contudo, essas relações de produção e trabalho no
meio rural passam por transformações, como a intensificação da globalização e
modernização da agricultura, inviabilizando técnica e economicamente muitas das
pequenas propriedades rurais (CAVACO, 2001).
Nesse processo, as atividades agropecuárias m enfrentando problemas, como a
desagregação das formas tradicionais de articulação da produção e uma desvalorização
gradativa em relação a outras atividades, levando à busca de novas fontes de renda que
gerem a dinamização econômica dos terririos rurais.
Esse novo cenário produtivo no meio rural vem gerando motivação para
investimentos privados e apoios governamentais, despertando grande interesse por parte
dos empreendedores do campo; descobrindo a importância ambiental, principalmente,
no que se refere à conservação dos recursos naturais, entre eles, os dricos, florestais,
de solo e fauna, e, realizando a manutenção da paisagem rural para a própria vida do
planeta (SALVATI, 2003).
Essa situação tem propiciado a revalorização do modo de vida e o surgimento de
novas funções ecomicas, sociais e ambientais no espaço rural. Para
Brasil/MTUR(2003) [...] o agricultor, aos poucos, deixa de ser somente um produtor de
matéria-prima e descobre a possibilidade de desenvolvimento de atividades não-
agrícolas, de modo a garantir sua permanência no campo.
Dessa forma, o Turismo Rural propicia o contato direto do consumidor com o
produtor que consegue vender, além dos serviços de hospedagem, alimentação e
entretenimento, produtos in natura (frutas, ovos, verduras) ou beneficiados (compotas,
queijos, artesanato). Assim, para o MDA (2004): [...] obtém-se melhor preço e
qualidade dos produtos para o turista e maior renda para o produtor.
O segmento do Turismo Rural contribui para a revitalização econômica e social
dos territórios rurais, na valorização dos patrimônios e produtos locais, além do
importante papel que pode desempenhar na conservação do meio ambiente e na gestão
da diversidade das paisagens.
16
Contudo, para que esse tipo de turismo possa, constituir-se em um fator de
desenvolvimento, são necessárias, ações de estruturação e caracterização para que essa
tendência não ocorra desordenadamente, de modo a consolidar o Turismo Rural como
uma opção de lazer para o turista e uma importante e viável oportunidade de renda para
o empreendedor rural.
O Município de Lagoa Seca-PB reúne condições diversificadas de relevo, de
atividades humanas, de beleza natural, de existência de recursos naturais, de
desenvolvimento de atividades agrícolas e agroecológicas, facilidade de acesso, entre
outras características que a qualificam para o desenvolvimento do Turismo Rural e em
especial o Agroturismo, como um segmento do mesmo.
Contudo, desconhecemos a existência de pesquisas associando: turismo,
agricultura, agroecologia, pequenas propriedades rurais, órgãos governamentais e a
comunidade organizada para município de Lagoa Seca-PB.
Assim, para que o município possa desenvolver o Turismo Rural, sem risco de
baixa sustentabilidade, evidencia-se a necessidade de pesquisa e um processo de
planejamento estratégico que considere as potencialidades dos recursos naturais, os
padrões de ocupação e uso da terra e as possíveis transformações resultantes da
exploração turística. Desta forma, esse processo de planejamento deve integrar e
gerenciar, coerente, os elementos sicos, econômicos, cio-culturais, potico-
institucionais, técnicos e ambientais, visando à satisfação dos turistas, empreendedores,
e, atores locais, além de uma preocupação constante de conservação dos recursos
naturais.
Deste modo, com os resultados deste tipo de estudo é possível estabelecer uma
relação entre essas ações, criando subsídios a implantação do Turismo Rural, e, em
especial, do Agroturismo dentro dos princípios da sustentabilidade, favorecendo, além
do aumento da produtividade, da renda do proprietário rural e conservação dos recursos
naturais.
17
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Realizar o planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável do
Turismo Rural no município de Lagoa Seca-PB, integrando premissas conservacionistas
e planejamento ambiental.
2.2. Objetivos Específicos
Realizar o levantamento, identificação e registro dos Atrativos Turísticos, dos
Serviços e Equipamentos Turísticos e da Infra-estrutura de Apoio ao Turismo,
do município de Lagoa Seca PB, como instrumento base de informações para
fins de planejamento e gestão da atividade turística local;
Conhecer a demanda atual e futura para melhor planejar ações no mercado
turístico para o município e Lagoa Seca-PB;
Diagnosticar a situação ambiental, econômica, sócio-cultural e potico-
institucional para o turismo no município, para que se possa levantar os pontos
fortes e fracos, oportunidades e ameaças do desenvolvimento sustentável do
turismo no município de Lagoa Seca PB, sugerindo mecanismos de melhoria
da qualidade;
Elaborar o prognóstico do município para a atividade do turismo rural,
apresentando uma visão futura de turismo para os gestores e comunidade local.
18
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Turismo Responsável e Planejamento
Embora não haja uma definição única do que seja turismo, a Organização Mundial de
Turismo (OMT), o define como:
As atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares
distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins
de lazer, negócios e outros (OMT, 1999).
No Brasil, Beni, conceituou turismo como sendo:
[...] um elaborado e complexo processo de decisão sobre o que visitar, onde, como e a que
preço. Nesse processo intervêm inúmeros fatores de realização pessoal e social, de
natureza motivacional, econômica, cultural, ecológica e científica, que ditam a escolha dos
destinos, a permanência, os meios de transporte e o alojamento, bem como o objetivo da
viagem em si para fruição tanto material como subjetiva dos conteúdos de sonhos,
desejos, de imaginação projetiva, de enriquecimento existencial histórico-humanístico,
profissional, e de expansão de negócios. Esse consumo é feito por meio de roteiros
interativos espontâneos ou dirigidos, compreendendo a compra de bens e serviços da
oferta original e diferencial das atrações e dos equipamentos a ela agregados em
mercados globais com produtos de qualidade e competitivos (BENI, 2007).
Assim, entendemos que: o turismo se caracteriza por um dos fenômenos mais
significativos da época em que vivemos, atingindo proporções mundiais e influenciando
definitivamente os campos político, cultural, econômico e social(OLIVEIRA, 2002); além
do ambiental. Dentro de uma conceituação mais moderna, o turismo é considerado
notadamente como propulsor de desenvolvimento socioeconômico, gerador de empregos,
carregador de divisas, além de multiplicador e distribuidor de renda.
Paralelamente ao crescimento econômico de sua atividade, o turismo tem procurado
desenvolver-se, sobretudo, com consciência ambiental. Mesmo assim, esse tão rápido
crescimento, vem gerando fortes impactos negativos, principalmente, referentes ao ambiente
natural, através, conforme Dias (2003), pela: [...] utilização intensiva dos recursos naturais
sem uma preocupação com a preservação desses atrativos que formavam [e forma] a base de
sustentação da atividade.
É preciso entender que o turismo pode gerar vantagens do ponto de vista econômico,
mas, pode também, implicar em degradação ambiental, perda da identidade local, entre outros
possíveis impactos negativos.
Neste contexto, surge a expressão “turismo sustentável ou responsável” que passou a
ser utilizada com maior freqüência a partir da década de 1990, inserida dentro do contexto de
19
desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e com o reconhecimento dos impactos
negativos causados por sua atividade.
Para Silveira (1997): [...] o turismo sustentável é responsável por gerar menor
impacto, sendo válido como estratégia para discussão e proposição de formas concretas de
promover um turismo viável e justo com base na dinâmica local e no planejamento
participativo.
Segundo a OMT:
Turismo sustentável é a atividade que satisfaz as necessidades dos turistas e as
necessidades socioeconômicas das regiões receptoras, enquanto a integridade
cultural, a integridade dos ambientes naturais e a diversidade biológica são mantidas
para o futuros produtos turísticos sustentáveis são desenvolvidos em harmonia
com o meio ambiente, com as comunidades e culturas locais, de forma que estas
se convertam em permanentes beneficiários e deixem de ser espectadoras de todo o
processo de desenvolvimento, (OMT, 1999).
Já para Swarbrooke:
O turismo sustentável vem satisfazer as necessidades dos turistas, da indústria do
turismo e das comunidades locais, sendo uma atividade economicamente viável,
preservando recursos dos quais o turismo necessita para as gerações futuras, como o
meio ambiente e a comunidade local, (SWARBROOKE, 2000).
O que podemos perceber nas definições apresentadas é que essa relação entre o meio
ambiente, o progresso humano e turismo deve atender às necessidades da humanidade, não
comprometendo o desenvolvimento das gerações futuras.
A discussão sobre o desenvolvimento da atividade turística, também deve ter um
caráter interdisciplinar, incorporando novos elementos, ciências e novas óticas de percepção
da atividade.
Deste modo, a United Nations Environment Programe/World Tourism Organization
(UNEP/WTO, 2005), recomendou para o planejamento em turismo sustentável através da:
a) Otimização do uso dos recursos ambientais, que constituem o elemento-chave para
o desenvolvimento turístico, com a manutenção dos processos ecológicos e apoio à
conservação dos recursos renováveis e da biodiversidade;
b) Respeito à autenticidade sócio-cultural das comunidades dos destinos, com o
compromisso de conservação de seu patrimônio construído e seu estilo de vida e valores
tradicionais, e fortalecimento da compreensão intercultural e tolencia;
c) Garantia de operações econômicas viáveis, de longo prazo, com a geração de
benefícios socioeconômicos para todos os atores envolvidos, incluindo emprego estável e
oportunidades de ganhos e serviços sociais às comunidades de destino, de maneira a
contribuir para avio à pobreza.
20
Assim, entendemos que o turismo, quando planejado e executado dentro dos
princípios conceituais da sustentabilidade, fortalece a cultura local e regional preservando a
identidade social, fomentando a diversidade cultural das comunidades, grupos e regiões, com
elevação da auto-estima dos indivíduos/cidadãos.
As dimensões da sustentabilidade aplicáveis ao desenvolvimento turístico sustentável
sugerem os seguintes princípios:
Sustentabilidade ecológica: assegura que o desenvolvimento seja
compatível com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, diversidade
biológica e recursos biológicos. As atividades turísticas devem ser desenvolvidas
respeitando os limites dos ambientes envolvidos, com mínimos danos aos
ecossistemas;
Sustentabilidade social: as atividades turísticas devem contribuir para
distribuição mais igualitária dos benefícios e da renda, reduzindo as desigualdades
de padrões de vida e a segregação sócio-espacial, promovendo o exercício de
verdadeira cidadania;
Sustentabilidade cultural: assegura que o desenvolvimento e o controle das
pessoas sobre suas próprias vidas sejam compatíveis com a cultura e com os valores
das pessoas atingidas pelo desenvolvimento, aumentando e fortalecendo a identidade
cultural da comunidade;
Sustentabilidade econômica: assegura que o desenvolvimento seja
economicamente eficiente, incentivando o fluxo contínuo de investimentos, e que os
recursos sejam geridos de forma que suportem (ZIMMERMAN, 1998).
A discussão da sustentabilidade se consolida como um tema central da atualidade, nas
discussões do fenômeno turístico, passando a incorporar à visão dessas dimensões em seu
planejamento como um mecanismo para inclusão e transformação social, implicando-se,
segundo Irving (2002) em ampla reflexão ética.
O turismo responsável deve ser, então, compreendido com um processo que devemos
atingir e não como o próprio fim. Assim, a melhor maneira de iniciarmos este é através de seu
planejamento, antevendo os problema e as dificuldades e propondo as soluções. Para Oliveira
(2002), [...] é a maneira de considerar diversas alternativas e identificar qual a mais adequada
a ser implantada em determinada situação.
Para materializar o planejamento, é usual a elaboração de projetos, que quando bem
elaborados, tornam-se uma importante ferramenta de trabalho, otimizando recursos e
minimizando erros, de forma a centralizar diversas informações em um único local.
Para este autor:
Um projeto de formatação de produto turístico, por exemplo, valorizará mais
determinadas informações e deverá ser apresentado de uma maneira, enquanto que
um estudo de mercado e análise de viabilidade de outro empreendimento turístico
enfocará outras possibilidades, e resultará em material bem diferente do primeiro.
No entanto, em nenhum deles o conteúdo deve ser extremamente rígido. Pelo
contrário, o projeto deve ser adaptável às condições reais e permitir que alterações
sejam feitas, sem o comprometimento do objetivo geral (OLIVEIRA, 2002).
21
O autor ainda enfatiza que nos projetos, em determinada situação, sua maior virtude é
mostrar a própria inviabilidade, ou seja, através dos estudos realizados para a sua elaboração
pode ser diagnosticado que, de alguma forma, a implantação de tal plano seria inviável
economicamente, ou causaria algum impacto ambiental, ou outra situação que poderia
acarretar grandes problemas no futuro.
Segundo o Ministério do Turismo (através do Programa de Regionalização do
Turismo, proposto pelo PNT Plano Nacional de Turismo) quando tratamos de planejamento
para o desenvolvimento sustentável do turismo, o processo deve envolver as seguintes etapas
(BRASIL/MTUR, 2007a):
Análise situacional da região/município para a atividade do turismo, através da:
o Elaboração ou resgate do inventário da oferta turística;
o Estudo do mercado turístico:
Dimensionamento da demanda turística atual e futura;
Análise de mercado.
o Diagnóstico situacional da região/município, através do:
Levantamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da
atividade turística da região/município.
Elaboração do plano de estratégico de desenvolvimento turístico, através da:
o Elaboração do prognóstico:
Definir claramente que objetivos se pretende alcançar no futuro;
Estabelecer as metas que se pretende atingir;
Estabelecer estratégias distintas para atingir esses objetivos;
Definir, para cada objetivo, uma estratégia, entre as escolhidas, para
uma análise mais detalhada de viabilidade;
Avaliar e escolher a melhor maneira de realizar a estratégia proposta, na
forma de uma tarefa a ser realizada.
Ainda que apresentadas de forma didática, as fases, na prática, do processo o é tão
esquemático. As etapas são consecutivas, mas também existe sobreposição em alguns
momentos, principalmente, quando o planejador já possui experiência e consegue prever
alguns resultados.
22
3.1.1. Análise das etapas do planejamento
Análise situacional da região/município turístico
o Elaboração ou resgate do inventário da oferta turística
Para Oliveira:
O invenrio é uma das tarefas mais trabalhosas e demoradas do projeto, mas é
também muito importante por ser a base de todas as etapas posteriores. É no
inventário que as informações sobre a propriedade e região de entorno deverão ser
levantadas para serem trabalhadas. Por ser um processo muito meticuloso, deve ser
estruturado de forma a evitar o trabalho de busca por informações supérfluas e, ao
mesmo tempo, evitar que informações importantes sejam esquecidas ou
abandonadas (OLIVEIRA, 2002).
Para Brasil/MTUR(2007c), o inventário como processo de levantamento, identificação
e registro dos atrativos turísticos, dos serviços e equipamentos turísticos e da infra-estrutura
de apoio ao turismo divide-se no levantamento ou resgate das informações referentes aos:
Atrativos turísticos são elementos naturais e culturais com força potencial de atração
de turistas, cujo valor reside em características objetivas e subjetivas que lhes
conferem autenticidade, genuinidade, diferenciação e sustentabilidade;
Serviços e equipamentos turísticos são aqueles relacionados aos serviços de operação
e agenciamento; transporte; hospedagem; alimentação; recepção; recreação e
entretenimento; eventos e outras atividades complementares relacionadas ao turismo;
Serviços de infra-estrutura são serviços básicos de uma cidade ou de uma localidade,
ou seja, são aqueles relacionados a transportes, segurança limpeza, além, é claro,
daqueles que dependem da existência de redes de esgoto, energia elétrica,
abastecimento de água, rede telefônica etc.
o Estudo de Mercado
O estudo de mercado é a base de qualquer planejamento turístico, tornando-se
indispensável conhecer a imagem do produto perante o consumidor e as tendências de
demanda, tanto real ou atual, como potencial ou futura.
Também, são fundamentais para se verificar, se as iias manifestadas no Prognóstico,
condizem com alguma possibilidade de interesse do consumidor, ou, por outro lado, se
existem empreendimentos similares no mercado, com sucesso ou fracasso.
Segundo Oliveira (2002), o estudo basicamente ampara-se: [...] na análise da
demanda, feita por meio de pesquisas em dados estatísticos, projeções e outras fontes
bibliográficas, como também por intermédio de questionários e entrevistas com o público-
23
alvo. Este pode ser denominado real se freqüenta a região, ou potencial, se, embora tenha
condições, o vai até o local/região em questão.
Por demanda turística o Ministério do Turismo entende que: é o interesse que os
turistas demonstram pelos atrativos e pelos locais de uma determinada região
(BRASIL/MTUR, 2007c). Portanto, saber se muita ou pouca procura pelos atrativos e
pelos locais interessantes de uma região, ou seja, conhecer o perfil da demanda turística é
essencial para se traçar, no futuro, o prognóstico para a região turística.
A demanda turística pode ser influenciada por inúmeros fatores, aumentando ou
reduzindo o número de turistas no local. Entre esses fatores, podem ser citados:
Efetividade da propaganda e do marketing;
Disncia dos grandes centros;
Qualidade dos serviços;
Interesse despertado pela oferta turística (singularidade e/ou representatividade);
Custos;
Condições de estabilidade potica;
Nível de segurança;
Sazonalidade, entre outros.
O estudo da demanda turística é imprescindível antes que qualquer investimento seja
feito. Para tanto, nesse passo, devem ser estudados, entro outros, o:
Fluxo de turistas;
Áreas de procedência dos turistas;
Meios de transporte utilizados e a freqüência de cada um;
Tipo de alojamento mais procurado;
Perfil do turista: tempo dio de permanência no local; características
socioeconômicas, gasto médio, nível de satisfação do turista e suas preferências etc.;
Observação da concorrência, diagnosticando o que é feito, de que forma e para
quem. Esta é uma análise interessante por ter custo inferior ao primeiro caso e, desde
que bem desenvolvida, a informação fornecer dados atuais e extremamente
relacionados com o mercado.
A análise da concorrência consiste em reunir e analisar o máximo de informações
possível sobre os territórios concorrentes existentes e potenciais. Esta iniciativa supõe,
naturalmente, um conhecimento preciso dos seus próprios produtos turísticos.
24
A análise da concorrência não deve conduzir à criação de rivalidades, mas permitir, ao
contrário, perceber melhor a sua posição no mercado.
Diagnóstico situacional da região/município
o Levantamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da
atividade turística da região/município
Segundo o II Programa Nacional Integral Portuguesa (LEADER II) (2002): o
diagnóstico consiste antes de mais em confrontar as análises da oferta, da procura, da
concorrência e das tendências.
Para Oliveira (2002): [...]muitas metodologias são adotadas para sua elaboração, mas
sugere-se a utilização da análise FOFA, ou seja, Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades
e Ameaças”.
A metodologia é uma ferramenta para estabelecer o nível do desenvolvimento turístico
em que se encontram as localidades, analisando os pontos fracos e fortes, as fraquezas e
oportunidades destes locais. Assim temos:
A força está relacionada com as características do presente, e normalmente encontram-
se na própria área estuda;
A fragilidade também está relacionada com as características do presente, e
normalmente encontram-se na própria área estuda;
As oportunidades estão relacionadas com possibilidades positivas futuras, ou
identificadas externamente à área estudada;
As ameaças estão relacionadas com possibilidades negativas futuras, ou identificadas
externamente à área estudada.
Posteriormente, deve-se fazer uma análise cruzada entre Forças x Oportunidades, na
busca da capitalização para promover o desenvolvimento mais rápido e consolidação do
turismo. Os campos mais acessíveis e ambientes mais preparados para receber a atividade e
adquire prioridade um; e, Fraquezas x Ameaças, na busca da sobrevivência do destino no
cenário turístico, procurando eliminar ou minimizar ao máximo as fragilidades e monitorar as
ameaças. Precisando de interferência com urgência, tem prioridade zero.
25
Elaboração do plano de estratégico de desenvolvimento turístico
o Elaboração do prognóstico
Nesta fase serão traçados o que será idealizado e os objetivos de desenvolvimento
regional manifestados pelos atores locais envolvidos, assim como as metas, estratégias e
projetos específicos necessários para o desenvolvimento da atividade turística na região.
Assim, é importante o estabelecimento de uma visão de futuro, na qual o conjunto
de dados e informações obtidos a partir da análise situacional representa os diferentes
cenários criados nessa projeção de futuro. Em outras palavras, podemos dizer que o
prognóstico é a etapa que permite antever como um problema atual será solucionado ou como
se fará o encaminhamento de uma questão para chegar a um resultado esperado, no futuro
(BRASIL/MTUR, 2007c).
Deste modo, segundo o BRASIL/MTUR, temos que:
O prognóstico traçado nessa etapa, com base em tudo aquilo que é conhecido no
presente, somado às expectativas dos envolvidos, às oportunidades e
potencialidades levantadas, e às restrições e riscos que poderão influenciar o Plano
ou o projeto, indica aquilo que pode ser esperado no futuro, a médio e longo prazo.
A formulação do prognóstico representa o momento de tomada de decisão tanto
sobre “o que fazer”, como sobre “o como fazer” (BRASIL/MTUR, 2007).
3.2. Conservação Ambiental e Turismo
Segundo Beni (2007): [...] a ação do homem sobre o meio ambiente tem provocado a
perda da qualidade dos recursos naturais em muitos ecossistemas, [...] por vezes,
irreversíveis”.
Podemos citar, dentre essas ações a: contaminação das águas, por despejos
domésticos; atmosféricos, por gases da combustão dos automóveis e queima de lixo; e, solo,
por pesticidas e águas de irrigações contaminadas.
A conservação desses recursos é fundamental, pois têm seu valor, na medida em que,
são úteis para a satisfação das necessidades, e que segundo Beni (2007): [...] não usá-los faz
que percam sua qualidade de recursos. Elas os situam como elementos naturais, estáticos e
o-participantes na dinâmica de desenvolvimento e satisfação de necessidades.
Assim, para que sejam conservados, protegidos e/ou utilizados, a Comissão
Internacional de Parques Nacionais e Áreas Protegidas da União Internacional de
Conservação da Natureza e seus Recursos Naturais apresenta a tipologia ás reservas espaciais
ou unidades de conservação ambiental e áreas correlatas. São elas: área especial de interesse
turístico; área de interesse especial; área natural tombada; área de proteção ambiental; área de
26
relevante interesse ecológico; área de proteção especial; estação ecológica; estação
experimental; estância; estrada-parque; floresta estadual; floresta estadual; floresta nacional;
floresta protetora; local de interesse turístico; monumento cultural; monumento natural;
parque de caça; parque estadual; parque nacional; parque natural; refugio da vida silvestre;
reserva biológica; reserva da biosfera; reserva ecológica; reserva estadual; reserva de fauna;
reserva florestal; reserva indígena; reserva federal; reserva do patrimônio mundial; rio nico
e viveiro florestal.
No Brasil o órgão oficial para assuntos ecológicos é o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Contudo, apesar da preocupação da Comissão e do IBAMA, acreditamos que, para
afluência turística em unidades de conservação, necessita-se de:
Acordos e parcerias com outros órgãos que atuam direta ou indiretamente na
conservação dos recursos turísticos naturais, tais como: Ministério do Turismo e
Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal;
Uma maior atenção, principalmente, em relão à melhor infra-estrutura para se
tornarem los de atração turística, conhecidos pela população, e destes, os que os
usufruem para o turismo, tenham suas atividades baseadas na educação ambiental,
cultura, hábitos e costumes locais, minimizando os impactos provocados em suas
visitas;
Preocupação com um sistema de turismo sustentável através da Educação Ambiental,
capacidade profissional, estudo de impacto ambiental, capacidade de carga, plano de
manejo e controle ambiental.
Assim, para a conservação dos recursos naturais, que também são turísticos, exigi-se a
aplicação destes, mediante uma estratégia de planejamento com base em planos, projetos,
programas e atividades harmônicas com sua quantidade e qualidade; preservação,
salvogardando aqueles recursos que estão em risco de extinção; restauração, corrigindo os
erros em ecossistemas alterados; maximização, com o aproveitamento total de um recurso,
evitando o desperdício; reutilização, utilizando os recursos tantas vezes quanto possível;
substituição utilizando outros recursos ao invés dos em via de extinção; e, uso integral,
através da satisfação de diferentes necessidades mediante um só recurso, isto é, o uso
múltiplo.
Todas essas preocupações evitam, que os turistas, empresários, prestadores de
serviços, atividades primárias e indústrias ao setor público, que, por o aplicar sansões e/ou
o elaborar uma legislação ideal para o controle ambiental, aprofunda a degradação de
ecossistemas com atrativos naturais (BENI, 2007).
27
3.3. Impactos e turismo
Outro ponto, bastante importante quando tratamos de turismo sustentável/responsável
é a avaliação dos impactos positivos e negativos que a atividade promove com seu
desenvolvimento.
Segundo Lage e Milone:
[...] todo processo de produção gera impactos no meio e, apesar de toda a
grandiosidade que a atividade turística propicia, ela apresenta efeitos econômicos,
sociais, culturais e ambientais múltiplos. Portanto, seus resultados não serão
equivalentes em todas as partes e para todas as pessoas envolvidas (LAGE;
MILONE, 1999).
Embora existam vários conceitos de impacto ambiental e que eles são referênciais para
melhor compreensão do assunto, trazemos aqui aquele referendado pela Resolução n. 001 do
Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), de 21 de Janeiro de 1986:
[...] é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas, que direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o
bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais
(CONAMA, 1986).
Os impactos podem não serem relevantes em alguns casos, mas em outros
comprometem as condições de vida ou a atratividade das localidades turísticas”
(RUSCHMANN, 1999). Assim, apresentaremos os impactos positivos e negativos causados
pelo desenvolvimento do turismo.
3.3.1. Impactos Ambientais
3.3.1.1. Positivos
Para que tenhamos a compreensão da relão entre meio ambiente e turismo, é
necessário que se estimule nos indivíduos (tanto os turistas quanto os membros da
comunidade receptora) a capacidade de perceber o ambiente que os cerca. A compreensão do
meio ambiente pode levar a ações transformadoras, mas para que isso ocorra é necessária a
participação ativa de todos, e não a observação passiva do que está acontecendo
(FONTELES, 2004).
diversas maneiras de o turismo contribuir para a conservação e a proteção do meio
ambiente e gerar impactos positivos, tais como (BRASIL/MTUR, 2007b):
28
Aumento no investimento para conservação e manutenção do ambiente
visitado, por meio de contribuições financeiras diretas, resultantes da venda de serviços, da
compra de ingressos em parques ou do pagamento de taxas ambientais em determinados
destinos, com uma parte dos recursos arrecadados investidos na conservação e manutenção do
ambiente visitado;
Melhoria das condições ambientais do destino, aliada à melhoria da infra-
estrutura básica da localidade, como os sistemas de saneamento, de transporte (estradas de
acesso etc.), de comunicações, de saúde, paisagismo da área urbana (praças, calçadões etc.),
trazendo benecios para a população local, através dos recursos para efetivar essas melhorias
podendo vir por meio de contribuições financeiras indiretas, como o pagamento de impostos,
por meio do recebimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e Prestação de
Serviços Ecológico, por meio de empréstimos diretamente vinculados à vocação turística da
localidade, como, por exemplo, por meio de programas do Governo Federal como o Programa
de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) e o Programa de Desenvolvimento do
Ecoturismo na Amazônia Legal (PROECOTUR);
Geração de emprego e renda. Em áreas naturais, as oportunidades que o
turismo oferece podem ajudar a diminuir a pressão sobre o uso não sustentável e, às vezes,
ilícito dos recursos naturais, o que ameaça a integridade das Unidades de Conservação (UC)
do país. O turismo produz impactos em diversos segmentos da economia, empregando em sua
cadeia desde mão-de-obra mais qualificada, em áreas que se utilizam de alta tecnologia (como
transportes e comunicação), aa de menor qualificação, tanto no mercado formal quanto no
informal. São rias as oportunidades de ganho para as comunidades que vivem no entorno
das UCs. Como exemplo, pode-se citar a confecção e a venda de artesanato, o fornecimento
de alimentos para hotéis e restaurantes por meio da agricultura familiar, a venda direta de
produtos da terra ou doces feitos de forma artesanal, a disponibilização de animais de
montaria para o turismo eqüestre ou Turismo Rural, entre outros;
Escolha e uso eficiente de tecnologias ambientalmente saudáveis, que o
degradem o ambiente, e de fontes limpas de energia que poderão ser adotadas, a partir da
conscientização do poder público, iniciativa privada, sociedade civil e terceiro setor, sobre os
seus benefícios;
Conservação, preservação, proteção e recuperação dos ambientes naturais. O
turismo pode agregar valor às áreas naturais, principalmente às Unidades de Conservação,
como parques e reservas particulares, na medida em que esses ambientes são cada vez mais
29
procurados pelos turistas. O poder público local e os empresários do setor tendem a investir
em medidas de conservação, a fim de manter a qualidade e conseqüente atratividade dos
destinos. Com uma visitação organizada e controlada, é possível utilizar de maneira
sustentável as áreas naturais mais preservadas. Além disso, o turismo pode induzir ou
estimular a recuperação de áreas degradadas, uma vez que a qualidade ambiental da área está
se tornando pré-requisito para a escolha do local pelo turista;
Sensibilização dos turistas para as queses ambientais, ampliando sua
percepção da realidade e contribuindo para conservação e proteção do ambiente visitado
(responsabilidade compartilhada). Quanto ao poder público local, a iniciativa privada, a
sociedade civil e o terceiro setor, a percepção de que a competitividade do destino está
diretamente ligada à sua qualidade ambiental pode também operar mudanças e postura em
relação aos cuidados com o meio ambiente.
Para Netto e Trigo:
[...] O rápido crescimento do turismo nas últimas décadas continuará em altas taxas
e provocará uma crescente, intensa e constante pressão nos espaços naturais e rurais
de uso turístico e sobre os atrativos históricos e culturais, pois estes são motivos de
forte demanda e a base das políticas nacionais de desenvolvimento turístico
(NETTO; TRIGO, 2003).
3.3.1.2. Negativos
O contato com a natureza é uma das maiores motivações das viagens de lazer, mas o
turismo e o meio ambiente não têm se caracterizado por um relacionamento harmonioso, na
medida em que reproduzem a lógica capitalista nas relações de produção e consumo, ou seja,
prevalece o princípio da externalidade, principalmente, por parte do produtor ou do
consumidor, os quais buscam respectivamente, economia de escala ou acumulação de
vantagens.
Contudo, o consumidor final do turismo, o turista, também tem seu papel, não menos
importante, nessa relação não-harmoniosa, como afirma Ruschmann dizendo que:
[...] em quase todas as destinações turísticas tem-se constatado a falta de „cultura
turística‟ das pessoas que viajam, o que faz que se comportem de forma alienada em
relação ao meio em que visitam, acreditando não terem nenhuma responsabilidade
na preservação da natureza e na originalidade das destinações. Entendem que seu
tempo livre é „sagrado‟, que tem direito ao uso daquilo pelo que pagaram e,
permanecendo pouco tempo (individualmente), julgam-no insuficiente para serem
responsabilizados pelas agressões ao meio ambiente (RUSCHMANN, 1999)
Segundo Lemos (2005), entre os impactos ambientais negativos do turismo, podemos
citar:
30
Ampliação da demanda pelos recursos naturais disponíveis, que pode gerar
competão com a população local pelo uso dos recursos e a conseqüente degradação destes,
devido ao uso excessivo ou inadequado. Como exemplo, pode-se citar o caso da falta de água
em determinadas localidades nas épocas de alta temporada, ou o caso do turismo de pesca em
alguns destinos, quando os barcos dos turistas competem com as canoas dos pescadores
artesanais locais. Nesse último caso, podem ser muitas as conseqüências:
o Diminuição dos estoques de pescados disponíveis, com alteração no
equilíbrio do ambiente natural, indução da comunidade local a procurar
outro tipo de recurso natural para a sua sobrevivência, etc. É válido
destacar que a ampliação da demanda pelos recursos naturais disponíveis
pode se caracterizar como um impacto positivo ou negativo, dependendo
da forma como a atividade turística for conduzida;
Poluição em todas as suas formas: o turismo pode causar poluição de diversas
maneiras. Vejamos alguns exemplos:
o Emissão de gases nocivos a camada de ozônio, contribuindo para o
aquecimento global, causados pelos meios de transporte;
o Lançamento de óleo na água, por lanchas, iates, barcos e navios;
o Poluição sonora, pela utilização de aparelhos de som, excesso de pessoas
visitando uma área natural sem se preocuparem com o barulho que emitem;
o Excesso de produção e destinação inadequada do lixo, que muitas vezes é
encaminhado para lixões a céu aberto, além do lixo jogado pelos turistas,
que degrada a paisagem e a qualidade de vida da comunidade local.
Inexistência de saneamento básico, que tem como conseqüência a descarga de
esgoto diretamente na água. Além do impacto na biodiversidade (peixes, corais, plantas
aquáticas etc.), que é mais difícil de ser notado, o impacto na paisagem, com mudanças na
coloração da água e odores desagradáveis, descarga de substâncias tóxicas e não degradáveis
etc;
Uso excessivo dos recursos: acontece quando o nível de uso dos recursos pelo
turista ultrapassa a capacidade do ambiente de se recompor. Nesse caso, a capacidade de
suporte do atrativo foi ignorada, preferindo-se dar prioridade aos apelos da demanda. Como
exemplo, pode-se citar o número elevado de turistas que visitam ao mesmo tempo um atrativo
natural frágil (como uma lagoa dentro de uma caverna), degradando o atrativo até a sua
descaracterização. Isso pode acontecer também com atrativos culturais;
31
Uso inadequado do solo: desmatamento, erosão e interferência na paisagem.
Um exemplo muito comum é a retirada da mata ciliar para a instalação de equipamentos
turísticos, fato que, além de desrespeitar a lei, causa erosão e o conseqüente assoreamento dos
corpos d‟água, interferindo na paisagem e na qualidade ambiental do local;
Ancoragem e posterior pisoteamento e quebra de corais, resultado de
atividades aquáticas (como mergulho, caça submarina, etc.) em ambientes marinhos e
lacustres frágeis;
Mudança de comportamento da fauna silvestre, como resultado da
aproximação dos turistas, trazendo como conseqüência mudanças no equilíbrio do
ecossistema. Como exemplo, pode-se citar a alimentação inadequada dos animais silvestres
fornecida pelos turistas ou mesmo pelos empreendedores do turismo, como forma de atrair a
fauna local para perto das máquinas fotográficas dos seus clientes, gerando mudanças de
comportamento dos animais que podem, inclusive, tornarem-se agressivos na busca pelo
alimento fácil;
Degradação e ocultação da paisagem, como resultado da inadequação da infra-
estrutura turística (por exemplo, gigantescos empreendimentos hoteleiros, que freqüentemente
contrastam com a arquitetura local, e a mistura de estilos de construção, que descaracterizam
a paisagem);
Desenvolvimento além do esperado, aglomeração e congestionamento;
Falta de estudos, fiscalização e monitoramento da capacidade de suporte:
o O desrespeito à capacidade de suporte em áreas naturais, de equipamentos
e atrativos, que pode gerar desconforto para a comunidade receptora e para
o turista, com redução da qualidade da experiência, destruição da
vegetação, erosão em trilhas, comprometimento das fontes de água potável
e das fontes de água para recreação, entre outros problemas;
Vandalismo, que pode causar a degradação das estruturas e dos equipamentos
turísticos. Além disso, pode causar a perda irreparável de recursos naturais, históricos e
culturais. Um exemplo clássico é a coleta, pelos turistas, de lembranças do ambiente visitado,
como pedaços de rochas com inscrições rupestres, plantas, flores etc.
32
3.3.2. Sociocultural
3.3.2.1. Positivos
A qualidade da atividade turística depende, não dos atrativos principais oferecidos
no local, mas também, de uma série de itens de infra-estrutura e serviços disponíveis.
Normalmente, o turismo traz consigo melhoria nas condições sociais e sanitárias da região em
que se desenvolve, pois os turistas dão prioridade aos aspectos relacionados ao bom
atendimento, saúde e higiene.
Essa melhoria costuma se estender, também, a outros setores, como aponta,
Brasil/MTUR, 2007b):
Saneamento sico, iluminação pública, coleta de lixo, melhoria nas
comunicações e nos transportes, aumento da profissionalização e do nível educacional, rede
de serviços financeiros, etc. Tudo isso, pode significar melhoria na qualidade de vida dos
moradores;
Por outro lado, o turismo pode ajudar a estimular o interesse dos moradores por sua
própria cultura, suas tradições, costumes e patrimônio histórico, uma vez que os elementos
culturais de valor para os turistas são recuperados e conservados, para que possa ser incluídos
na atividade turística. Esse despertar cultural pode constituir uma experiência positiva para os
moradores, dando-lhes certa conscientização sobre a continuidade histórica e cultural de sua
comunidade que, por sua vez, podem se tornar aspectos que potencializem a atratividade do
lugar. Dessa forma, o turismo contribui para:
Valorização do artesanato o interesse dos turistas pode revitalizar técnicas de
artesanatos quase extintos, como a cerâmica marajoara e artigos de palhas e vimes
em regiões brasileiras;
Valorização da herança cultural - manifestada no teatro, música, danças e até na
gastronomia;
Orgulho étnico canções, danças e músicas folclóricas passam a ser executadas,
deixando de caracterizar sinal de ignorância e condição social inferior;
Valorização e preservação do patrimônio histórico que passam a receber atenção
do governo ou instituições privadas para restauração e conservação.
O turismo pode ser ainda um fator de aceleração de mudanças sociais positivas na
comunidade, em termos de maior tolerância e bem-estar. Os impactos socioculturais da
atividade turística podem ser benéficos quando entusiasmam os moradores a buscar e
33
trabalhar por melhorias, ou seja, melhorar a qualidade de vida e fomentar os valores ligados à
igualdade. Por exemplo, os postos de trabalho proporcionados pela atividade turística têm
permitido maior mobilidade na escala social em comunidades muito hierarquizadas
(BRASIL/MTUR, 2007b).
Por último, outro impacto benéfico que o turismo pode oferecer é o intercâmbio
cultural entre moradores das regiões receptoras e visitantes. Esse tipo de experiência incide
diretamente sobre a percepção do visitante em direção a outras culturas e maneiras de viver,
aumentando a compreensão e o respeito às diferenças.
3.3.2.2. Negativos
Podemos citar alguns impactos desfavoráveis ao turismo em suas relações sócio-
culturais, tais como a:
Descaracterização do artesanato produção voltada para o turista,
descaracterizando a função utilitária dos objetos para transfor-los em itens de
decoração;
Limitação de atividades tradicionais que utilizam recursos naturais de maneira
artesanal, como a pesca;
Comercialização das manifestações tradicionais - as cerimônias tradicionais, os
festivais e os costumes são apresentados como shows, com a possibilidade da perda
da identidade do sentido real das festividades pela população nativa;
Destruição do patrimônio histórico o acesso de turistas em massa pode
comprometer as estruturas de bens históricos, tanto pela circulação excessiva de
pessoas como também pelas ações de vandalismo;
Ocorrência do uso indiscriminado do álcool e de drogas e o favorecimento da
prostituição;
Êxodo Rural (Ruchmann, 1999).
Na atuação do turismo em áreas rurais, Bricalli, constatou ainda que:
[...] os agricultores familiares que passam a receber turistas não têm mais tempo
livre para seu próprio lazer e de sua família, haja vista que a visitação ocorre
majoritariamente, nos fins de semana e feriados, enquanto os dias da semana
são ocupados com as atividades agrícolas e com a preparação da propriedade para a
recepção dos turistas (BRICALLI, 2005).
3.3.3. Econômico
3.3.3.1. Positivos
O turismo é capaz de gerar um número expressivo de repercussões nas localidades
onde a atividade é introduzida ou ampliada. Um grande número de impactos econômicos
positivos pode ser gerado com o desenvolvimento da atividade turística.
Os principais impactos positivos do turismo na economia são:
A contribuição do turismo para o equilíbrio da balança de pagamentos;
Contribuição do turismo ao PIB - Produto Interno Bruto;
34
Contribuição do turismo para a criação de empregos;
O turismo como motor da atividade empresarial;
Contribuição da atividade turística para o aumento e a distribuição da renda
(OMT, 2003)
Assim, o turismo repercute tremendamente na economia dos países e das regiões nas
quais se desenvolve, ainda que sua importância tenha intensidades diferentes conforme o
dinamismo e a diversificação da economia, melhor dizendo, seja a economia local, regional
ou nacional.
Os defensores do desenvolvimento da atividade turística argumentam que o turismo
o contribui com divisas, como, também, suaviza o problema do desemprego e, em longo
prazo, pode fornecer um substituto das exportações tradicionais.
3.3.3.2. Negativos
Da mesma forma que possui um elevado número de benefícios econômicos, a
atividade turística também traz consigo problemas que podem ser graves, em conseqüência da
ineficiência do planejamento turístico e da gestão pública inadequada.
O desenvolvimento da atividade turística leva atrelado, como qualquer outra via de
desenvolvimento, alguns custos que devem ser considerados ao mesmo tempo em que os
benefícios para poder avaliar corretamente os impactos econômicos do turismo sobre um
destino.
Assim pontuamos os seguintes impactos negativos na economia do turismo:
Custos de oportunidade;
Custos derivados das flutuações da demanda turística;
Possível inflação derivada da atividade turística;
Perda de benefícios econômicos potenciais;
Distorções na economia local (OMT, 2003).
3.3.4. Político-institucional
3.3.4.1. Positivos
Quando desenvolvida com planejamento e seguindo os princípios da sustentabilidade
político-institucional, a atividade turística pode contribuir segundo, Brasil/MTUR(2007b)
com os seguintes impactos positivos:
Novo relacionamento entre setor público e privado;
Fomento à participação social;
Transpancia na gestão pública e privada;
Continuidade das poticasblicas.
35
3.3.4.2. Negativos
Ao contrário do que vimos no item anterior, o turismo pode se desenvolver de forma
desordenada e sem planejamento, não levando em consideração os princípios da
sustentabilidade potico-institucional, podendo contribuir para que alguns impactos negativos
sejam criados ou agravados numa localidade.
Podemos citar alguns desses impactos como:
Insegurança institucional;
Cultura de desagregação;
Falta de participação do setor privado;
Falta de participação da sociedade civil (Brasil/MTUR, 2007b)
3.4. A Paisagem como Recurso para o Turismo
Rocha (1995) considera: a paisagem como o produto do acúmulo da interação dos
fatores geológicos, geomorfológicos, bióticos e antrópicos através dos tempos.
Para Rodrigues (2000): a paisagem se apresenta como um processo dinâmico, e não
estático, processo esse que Ignácio et al., citados por Pires (1998), interpretam como: o
resultado da interação e mútua dependência das ações climáticas, sico-químicas, biológicas e
antpicas ao longo dos tempos, compondo um conjunto único e indissolúvel que se encontra
em permanente evolução”.
Mendes descreve a paisagem como:
[...] uma porção do território apreendida pelo observador, na qual se inscrevem
combinações de fatos e de interações das quais, em determinado momento, apenas
se percebe o resultado global”. Assim, percebemos que a paisagem expressa os
diversos recursos naturais existentes numa determinada área, relacionados com a
interação do ser humano, num sistema dinâmico em constante mutação (MENDES,
2004).
Dentro desse contexto, segundo Seger (2006): [..] pode-se considerar que existe um
número infinito de paisagens em constante processo de transformação, moldadas tanto por
agentes naturais quanto pela ação humana e que podem ser concebidas de diferentes formas,
segundo a percepção de cada pessoa.
A paisagem, segundo Alonso apud Seger, pode ser agrupados em três grandes grupos:
a) Físicos: no qual se enquadram o relevo e a superfície do solo, presença de
formações rochosas, água (lagos, rios, córregos e cachoeiras), neve, geada, neblina,
etc. Entre todos, o relevo é o que se destaca, podendo ser considerado como
principal componente, pois, além de ser a base onde os demais componentes se
assentam, também exerce uma forte influência sobre a percepção da paisagem. A
36
água também é um componente que tem importante papel na formação de uma
paisagem, sendo que sua presença não só dá um toque diferenciado, mas também se
constitui geralmente no principal atrativo para as pessoas;
b) Bióticos: compostos pela vegetação (nativa ou cultivada) em diferentes
estratificações, a fauna (silvestre e doméstica) e também os fungos. A vegetação
exerce grande influência na caracterização da paisagem visível, sendo que raramente
a sua percepção se de forma individualizada (há casos em que um indivíduo
arbóreo pode se destacar dos demais), mas sim, de todo um conjunto fisionômico e
estrutural.
a fauna, por ser um componente que apresenta a particularidade da mobilidade e,
dependendo do ambiente, pode até ficar “camuflada” entre a vegetação, pode muitas
vezes não ser percebida pela maioria dos observadores;
c) Antrópicos: representados por estruturas oriundas da ação humana, que podem ser
pontuais, extensivas ou lineares. A interferência humana na transformação e/ou
criação de novas paisagens tem sido grande, a ponto de em determinados países
praticamente, o mais serem mais observadas paisagens estritamente naturais.
Dentre as principais atividades antrópicas transformadoras ou criadoras de paisagens
destacam-se: agricultura, pecuária, urbanização, indústria, turismo e atividades
desportivas (Alonso apud Seger, 2006).
Para Pires (1998): [...] esses componentes podem adquirir pesos específicos e
distintos no conjunto, quando se sobressaem por sua singularidade, raridade, valor estético,
interesse histórico, etc., ou quando dominam totalmente a cena”.
Somam-se ainda para a composição da paisagem as condições atmosféricas e do u
(aberto, nublado, seminublado, etc.), que geralmente exercem influência na percepção das
pessoas em relação aos demais componentes das paisagens, além do aspecto visual, também
sons e odores são considerados por esse autor como componentes estéticos (SEGER, 2006).
Nesse caso, tanto a percepção como a apreciação acontecem de forma bastante subjetiva.
Na escolha de uma viagem o turista, leve em consideração a paisagem como um item
inflncia na escolha de seu destino, pois, ao viajar, o turista busca lugares que revelem belas
paisagens, o que constitui importante atrativo.
Cruz (2002) descreve o turismo como: [...] uma atividade que consome espaço, onde,
dentro de um contexto de uso de recursos naturais, o espaço e a paisagem representam a base
para que o mesmo se desenvolva.
A paisagem contendo vegetação natural associada a topografia ondulada e a
superfícies quidas são em geral as preferidas pelo blico (SEGER, 2006). Hammitt et al,
colocam que: [...] anualmente, pessoas de todos os lugares do planeta viajam grandes
distâncias em busca de áreas florestadas, orlas marítimas, quedas de água e outros ambientes
naturais que apresentem uma beleza cênica apreciável.
37
De acordo com Boullóm (2002): [...] na atividade turística, o impacto visual que o
ambiente natural produz numa pessoa pode variar de acordo com o tipo de atividade realizada
e, também, do grau de percepção que as pessoas têm em relação às paisagens.
Com relação à maneira como os turistas interagem com as paisagens, o autor citado
classifica-os em:
a) Espectador é aquele que se mantém fora da paisagem, ou seja, limita-se a
observá-la de diferentes pontos oferecidos por onde transita sem se preocupar em
acurar seus sentidos para uma percepção mais detalhada. Geralmente, sua atenção é
direcionada a outros estímulos, como a conversa com outra pessoa, ouvir música, ou
mesmo ater-se simplesmente às mensagens do guia quando viaja em grupo;
Quando a atividade que realiza se prolonga, geralmente fica entediado, não
prestando atenção e nem recordando posteriormente as paisagens que lhe passaram à
frente, porque só as viu esporadicamente. Muitas vezes, apenas capta de relance algo
que lhe chama a atenção, porém, logo em seguida nem lembra mais o que era.
Para esse tipo de turista, a relação com a paisagem é sempre distante, estando ele
como observador em um lugar, e a paisagem em outro.
b) Agente o turista agente é descrito como aquele que se incorpora à paisagem,
mas com a intuição de praticar alguma atividade desportiva, apresentando muitas
vezes um grau de percepção menor do que o próprio turista-espectador. O fato de
muitas vezes estar realizando uma atividade que exige concentração e habilidade
física faz com que centre sua atenção na atividade, não dando importância à
paisagem que apenas lhe serve de pano de fundo. Na maioria dos casos, a imagem-
lembrança será apagada de sua memória pelo fato de estar dominado pela seqüência
da atividade que pratica;
c) Agente-observador envolve o sujeito que desenvolve determinada atividade e se
sente parte integrante da paisagem. Geralmente permanece mais tempo num
determinado lugar, o que pode representar horas ou dias, familiarizando-se assim
com o meio. Além de participar das atividades de entretenimento que o lugar lhe
oferece, procura ficar atento às características das paisagens (Id, 2002).
38
4. TURISMO RURAL
4.1. Evolução
Procuramos contextualizar o Turismo Rural através de suas características e
dinamismo desde seu surgimento até o seu atual momento de desenvolvimento no
mundo, conhecendo seu histórico e suas particularidades no Brasil e na Paraíba.
No início da década de 1950 começava-se a inserir a atividade do turismo no
meio rural, principalmente, na Europa e Estados Unidos.
Com a criação do LEADER II em 1991 (que teve como objetivos permitir aos
agentes e territórios rurais valorizar as suas próprias potencialidades, contribuir para o
desenvolvimento econômico, social e cultural do meio rural, suscitar um espírito de
cooperação entre municípios, freguesias e lugares, de modo a despertar solidariedades
que reforcem o desenvolvimento das regiões, sensibilizar a população para a riqueza do
patrimônio da região, responsabilizando-as pela sua preservação e valorização e criar
hábitos de convívio entre a população local, favorecendo os contactos entre os
residentes e os visitantes), muitos países passaram a programar poticas blicas de
apoio ao Turismo Rural e outras atividades não-agrícolas, geradas no âmbito de
estratégias de revitalização de territórios rurais. Destacam-se as iniciativas da
Alemanha, Espanha, Portugal, Suíça, Suécia, França, Itália, Áustria, entre outras.
O Turismo Rural se desenvolveu na União Européia apresentando características
de pequena escala, ligação e interação à comunidade existente e às suas formas de vida,
ocorrendo partilha das habitações com os proprietários residentes contribuindo para
melhorar a renda de sua população e a geração de novos empregos, tanto direta como
indiretamente, mediante oferta indireta de outros serviços, bem como proporcionam
qualidade de vida dos habitantes do meio rural.
o desenvolvimento do Turismo Rural nos Estados Unidos, nos estados de
Vermont, da Califórnia, de Nova Iorque, da Carolina do Norte e do Tennessee
desenvolveu-se através do ato de visitar uma fazenda "em operação" ou qualquer outra
empresa agrícola, hortícola ou agroalimentar, com o objetivo educativo, de divertimento
ou para participar de maneira ativa às atividades da empresa.
A partir desses exemplos, outros países vêm incentivando esse tipo de turismo
como uma fórmula de criação de postos de trabalho e de valorização do patrimônio
39
natural e histórico. Especificamente, na América Latina, citam-se o Chile, a Argentina e
o Uruguai, nos quais existe um significativo aumento de ocupações geradas pela
prestação de serviços turísticos no meio rural e, conseqüentemente, dos luxos de
turistas.
No Brasil, embora a visitação às propriedades rurais seja uma prática conhecida
em algumas regiões, apenas na década de 1980 passou a ganhar status de atividade
econômica. Nessa época, começou a ser encarada com profissionalismo e caracterizada
como Turismo Rural, quando algumas propriedades em Santa Catarina e no Rio Grande
do Sul, principalmente, devido às dificuldades do setor agropecuário, resolveram
diversificar suas atividades e receber turistas.
Para Brasil/MDA (2006): [...] esse segmento vem crescendo gradativamente nas
diferentes regiões do Brasil, favorecido pelas singularidades dos ciclos econômicos que
as marcam e pela diversidade cultural resultante dos processos de colonização.
Podemos observar nos exemplos abaixo algumas ações desenvolvidas de
Turismo Rural no Brasil:
a) Nas regiões sul e sudeste, o Turismo Rural vem se desenvolvendo de
forma bastante satisfatória. No Rio Grande do Sul, há uma programação de lazer
realizada na natureza e às áreas rurais nos municípios da ¨Quarta Colônia¨, região rica
em tradição e cultura; Na Serra Gaúcha e na região central, encontram-se os núcleos
mais expressivos, em Caxias do Sul e Garibalde, através dos circuitos da Uva e do
Vinho e da Cultura Alemã, em que o turista visita às propriedades rurais que fabricam
vinhos, aprendem seu processo e fabricação, degustam e compram o produto e são
apresentados à cultura germânica, através de danças típicas, agricultura, culinária em
cafés coloniais. No Rio de Janeiro, encontra-se a ¨Rota do Café¨ na região de Vassouras
e a ¨Rota da Truta¨ nas regiões serranas e em São Paulo, em Jundiaí, através dos roteiro
Café e Vinho, Serra do Japi, Louveira, entre outros, com visitas monitoradas pelos
proprietários, alambiques artesanais, loja de produtos artesanais, plantações,
participação direta em tirar leite, etc;
b) No CentroOeste e Norte, existem iniciativas isoladas, mas de pouca
representatividade. Apenas o Mato Grosso vem apresentando resultados animadores,
com o crescente mero de propriedades aderindo às atividades turísticas, entre elas o
ecoturismo, hóteis-fazendas e pousadas rurais no Pantanal. O ecoturismo mudou o perfil
econômico local de Bonito, que praticamente abandonou a mineração de calcário e a
40
agropecuária. No Estado de Goiás, há três núcleos de Turismo Rural: Chapada dos
Veadeiros, Pirinópolis e Parque das Emas;
c) Na Região Nordeste, a Bahia, realiza alguns projetos e trabalhos de
conscientização do Agroturismo e Turismo Rural, como o Projeto Rota do Cacau; em
Pernambuco, o Turismo Rural teve início na microrregião de Garanhuns, localizada no
Agreste Meridional, com algumas iniciativas particulares, e pode-se encontrar também o
Projeto Roteiro dos Engenhos, na Zona da Mata Norte;
Campanhola e Silva (2000) mostram que dos 1287 municípios, existentes no
Nordeste, atribui-se que 200 deles (11%) têm vocação turística nos critérios ou moldes
do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) a partir de atrativos naturais,
culturais, folclores, artesanatos, manufaturas, e romarias sem se falar naqueles que
podem ser objetos de turismo de aventuras, ecoturismo e Agroturismo. Contribui, para
tanto, a grande biodiversidade não somente de sua flora, mas também, da sua fauna que
vai desde a hiléa amazônica, passando pelos babaçuais ou cocais, cerrados e campos
sujos (de baixa e grande altitudes) matas: atlântica, serrana e de galerias, diferentes e
específicas paisagens semi-áridas (carrasco, caatinga, seri, etc).
d) Na Paraíba encontramos algumas iniciativas de Turismo Rural;
Na Região do Brejo Paraibano as iniciativas são através da Rota Cultural
Caminhos do Frio, numa parceria entre SEBRAE/PB, Governo do Estado, através da
Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico e Sub-Aecretaria de Cultura e
prefeituras das seis cidades serranas envolvidas: Bananeiras, Alagoa Nova, Areia,
Serraria, Alagoa Grande e Pilões, no circuito serão apresentadas atrações culturais que
caracterizam cada localidade, como a dança, artes visuais, artes cênicas, literatura,
cinema, folclore e música, passeios ecológicos por sítios e fazendas com produção de
cachaça e rapadura, na cidade de Areia; e, flores, em Pilões, além da visita aos
Engenhos Olho d'Água, Santana, Avarzeado, Pinturas de Cima e Poções; Fazendas
Santa Helena e aos engenhos Belo Horizonte e Santo Antônio, em Serraria; Engenhos
Beatriz e Santa Rita, que produzem mel, aguardente e rapadura, em Alagoa Nova;
engenhos, Lagoa Verde, Belo Monte e Balancinhos, em Alagoa Grande; além de uma
gastronomia rica e diversificada da culinária regional, em Bananeiras. Além das cidades
de Alagoa Nova, Alagoa Grande, Areia, Bananeiras, Pilões e Serraria, estarem incluídas
no "Roteiro Integrado Civilização do Açúcar", projeto de turismo cultural em
41
construção pelo Ministério do Turismo, Sebrae Nacional e os Governos da Paraíba, de
Pernambuco e de Alagoas.
Encontramos o Roteiro Histórico e Pré-histórico da Paraíba, que envolve as
cidades de Alagoa Grande, Alagoa Nova, Pilões, Areia, Serraria, Ingá, Fagundes,
Queimadas, Pocinhos, Araruna, Sousa, São João do Rio do Peixe, Vieirópolis,
Aparecida, Guarabira, Pirpirituba, Bananeiras, Santa Luzia, São Mamede, Maturéia,
Coremas, Taperoá, Sumé, Monteiro, São João do Cariri, Boqueirão, Cabaceiras, Serra
Branca e Boa Vista, dos quais os últimos 7 pertencentes ao Roteiro do Cariri Paraibano,
com compras de artesanato local em Boa Vista, nas `Cabritas de Boa Vista´, grupo de
mulheres que transforma a chita em artesanato tipo exportação; visitação aos Hotéis
Fazenda Pai Matheus em Cabaceiras e Chique-Chique em Boqueirão.
E, na capital paraibana, João Pessoa, temos a iniciativa do projeto: Planejamento
e Fomento do Turismo Rural no Vale do Gramame, elaborando e propondo ações
voltadas para o desenvolvimento turístico no Vale do Gramame, nos segmentos
Turismo Rural e Ecoturismo. Este projeto é desenvolvido em parceria com o Centro
Federal de Educação Tecnológica (CEFET), Prefeitura Municipal de João Pessoa
(PMJP), Congregação Hostica da Paraíba (EVOT), Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). A principal proposta
consiste na elaboração de trilhas ecoturísticas voltadas para diversos públicos e venda
de produtos agrícolas utilizando os moradores locais como condutores das trilhas.
Pensando nesse grande potencial, o Governo do Estado, através da Secretaria de
Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico, realizou, em 2008, no Distrito de
Galante, na Fazenda Santana, o I Encontro Estadual de Turismo Rural e Ecoturismo. A
idéia foi refletir em torno do grande potencial que a Paraíba tem para o desenvolvimento
do turismo rural e ao mesmo tempo formular uma série de propostas e ações, um plano
estratégico para 2009 e 2010. O encontro contou com a presença de representantes do
governo estadual, federal, através do Programa de Desenvolvimento do Turismo no
Nordeste (PRODETUR/NE), representantes do Banco do Nordeste, Sebrae, Senar,
Clube de Montanhismo, Emater, Escola Técnica e Universidade.
4.2. Conceitos
Apesar do crescimento do Turismo Rural no Brasil e mundo, percebemos que
esse segmento carece de maior rigor técnico, teórico e de definições, sendo, por vezes,
42
confundidos com outros segmentos ou, até mesmo, subdivisões suas, como:
Agroturismo, Ecoturismo, Turismo de Interior, Turismo no Espaço Rural, Turismo
Alternativo, Turismo Endógeno, Turismo Verde, Turismo Campestre, Agroecoturismo,
EcoAgroturismo e muitas outras.
Esses diferentes entendimentos, em vez de caracterizar e identificar cada lugar,
tendem a criar situações confusas que desvalorizam a atividade turística e geram
frustração a quem oferece, trabalha e consome o Turismo Rural (BRASIL/MTUR,
2007a).
Segundo Campanhola e Silva:
O meio rural brasileiro passou por diversas transformações nas últimas
décadas, contribuindo para que ele não possa mais ser considerado como
essencialmente agrícola. A identificação do rural com o agrícola perdeu o
sentido quando muitas atividades tipicamente urbanas passaram a ser
desenvolvidas no meio rural, geralmente em complemento às atividades
agrícolas (CAMPANHOLA E SILVA, 2000).
As atividades não-agrícolas, cada vez mais, se constituem em formas
alternativas e/ou complementares de geração de renda no meio rural. Entre elas se
destacam também atividades ligadas ao lazer e ao turismo. Ainda que não seja possível
quantificar a importância econômica dessas atividades, Campanhola e Silva (2000),
mostram que: [...] pesquisas realizadas pelo IBGE indicam que existem quase 250 mil
pessoas residindo em áreas rurais no país e se ocupando de atividades de comércio e
prestação de serviços.
Assim, surge o Turismo no Espaço Rural (TER) representando uma nova forma
de ocupação da mão-de-obra e maior remuneração em relação ás atividades tradicionais,
além de poder proporcionar aumento na qualidade de vida das famílias e também maior
estabilidade ecomica na propriedade rural.
Para Campanhola e Silva:
[...] o Turismo no Espaço Rural deve ser uma atividade essencialmente
difusa, diretamente relacionada com aspectos ambientais, e com
especificidades inerentes a cada local. Nesse sentido, as estratégias devem se
basear em economias de „gama „ao ins de economias de escala, pois a idéia
não é maximizar o número de turistas, mais ampliar as ocasiões de gastos dos
turistas (CAMPANHOLA E SILVA, 2000).
Dentre as diversas atividades ligadas ao TER temos o Turismo Rural. Esse setor
turístico constitui-se numa forma de valorização do território, pois ao mesmo tempo em
que depende da gestão do espaço local e rural para o seu sucesso, conduz a que se tenha
a proteção do meio ambiente e a conservação do patrimônio natural, histórico e cultural
43
do meio rural. Constitui-se, assim, num instrumento de estímulo à gestão e ao uso
sustentável do espaço local, que devem beneficiar, principalmente, a população local
direta ou indiretamente envolvida com as atividades turísticas.
A conceituação de Turismo Rural adotada pelo Ministério do Turismo, citado
Ministério de Desenvolvimento Agrário, fundamenta-se em aspectos que se referem ao
turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade.
Com base nesses aspectos, define-se que:
O Turismo Rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no
meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a
produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrinio cultural e natural
da comunidade (BRASIL/MDA, 2003).
O conceito revela uma lógica de valorização das particularidades do Turismo
Rural e pode ser compreendido a partir do detalhamento das iias nele sintetizadas,
como descrito abaixo:
a) Atividades turísticas no meio rural
As atividades de Turismo Rural constituem-se da oferta de serviços,
equipamentos e produtos de:
Operação e agenciamento;
Transporte;
Hospedagem;
Alimentação;
Recepção à visitação em propriedades rurais;
Recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao contexto
rural;
Eventos;
E, outras atividades complementares às acima listadas, desde que praticadas no
meio rural e que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo
da visitação.
b) Meio rural
A concepção de meio rural aqui adotada baseia-se na noção de território, com
ênfase no critério da destinação da terra e na valorização da ruralidade. Assim,
considera-se território um espaço físico, geograficamente definido, geralmente
44
contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizados por critérios
multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e instituições,
e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna
e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais
elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial.
Nos terririos rurais, tais elementos manifestam-se, predominantemente, pela
destinação da terra, notadamente focada nas práticas agrícolas e na noção de ruralidade,
ou seja, no valor que a sociedade contemporânea concebe ao rural. Tal valor contempla
as características mais gerais do meio rural: a produção territorializada de qualidade, a
paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificados pela atividade
agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os ciclos da
natureza.
c) Comprometimento com a produção agropecuária
É a existência da ruralidade, de um vínculo com as coisas da terra.
Dessa forma, mesmo que as práticas eminentemente agrícolas não estejam
presentes em escala comercial, o comprometimento com a produção agropecuária pode
ser representado pelas práticas sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e
tradições, pelos aspectos arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida,
considerados típicos de cada população rural.
d) Agregação de valor a produtos e serviços
A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz com
que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não apenas
focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida
campesina, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem,
passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e,
conseqüentemente, valorizadas por isso.
A agregação de valor também se faz presente pela possibilidade de
verticalização da produção em pequena escala, ou seja, beneficiamento de produtos in
natura, transformando-os para que possam ser oferecidos ao turista, sob a forma de
conservas, embutidos, produtos lácteos, refeições e outros.
45
e) Resgate e promoção do patrimônio cultural e natural
O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias,
caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da
oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus
produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os
fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o
folclore, os trabalhos manuais, os costumes, as festas, os “causos”, a gastronomia etc.),
e primar pela conservação do ambiente natural, da paisagem e cultura (o artesanato, a
música, a arquitetura etc.).
Beni (2007), conceituou o Turismo Rural como: [...] “o deslocamento de pessoas
para espaços rurais, em roteiros programados ou espontâneos, com ou sem
pernoite, para fruição dos cenários e instalações rurícolas”.
O pesquisador brasileiro aplica o conceito de turismo ao rural, e destaca a
paisagem e os equipamentos rurais como principais motivadores das viagens.
Segundo a OMT, o conceito de Turismo Rural destaca o turismo como atividade
complementar e integrada à agropecuária:
O Turismo Rural refere-se a lugares em funcionamento (fazendas ou
plantações) que complementam seus rendimentos com algumas atividades
turísticas, oferecendo geralmente alojamento, refeições e oportunidades de
adquirir conhecimentos sobre as atividades agrícolas (OMT, 2003).
Desta forma, devemos considerar que o Turismo Rural está necessariamente
vinculado às características do meio rural (produção agrícola e/ou pecuária, paisagens
rurais com vegetação nativa e secundária, arquitetura rural, o contato direto com o modo
de vida dos habitantes do campo e com os animais, a culinária da “roça”, entre outras).
4.3. Características básicas do Turismo Rural
Segundo Lottici Krahl (2002) o Turismo Rural possuía seguinte características:
a) Quanto à escala:
Pequena escala se refere à dimensão dos equipamentos turísticos, em função
de uma pequena quantidade de turistas, de modo que permita atendimento
personalizado (sem espera, sem barulho, sem muita gente, como normalmente
ocorre no interior) e que cause o menor impacto possível sobre o meio;
46
b) Quanto à localização:
Situado em locais aprazíveis, em propriedades cujas paisagens tipicamente rurais
simbolizem uma oposição à paisagem urbana;
c) Quanto às atividades agropecuárias:
Manutenção das atividades econômicas tradicionais da propriedade e das
práticas e costumes relacionados a essas atividades, não as abandonando em
razão do sucesso da atividade turística;
d) Quanto à qualidade da paisagem:
Conservação dos recursos naturais manutenção das condições dos mananciais
hídricos, do solo, de quantidade significativa da flora e da fauna nativas,
inclusive dos aspectos estéticos;
Conservação das características arquitetônicas e utilização dos materiais
construtivos típicos da região utilização de materiais, equipamentos e serviços
turísticos em harmonia com o meio rural, em conformidade com os itens
anteriores;
Cuidados com as instalações e lidas agropecuárias permitindo que o
turista observe ou participe das rotinas das atividades tradicionais da
propriedade;
e) Quanto aos aspectos culturais:
Ligação com as estruturas ditas tradicionais, isto é, as de características
gregárias, os valores, modos de vida e de pensar e os ideais das comunidades
rurais, especialmente se baseados na agricultura familiar;
Manutenção das manifestações folclóricas, da gastronomia, de elementos que
referendem a história do lugar e da região;
f) Quanto à diversificação dos serviços oferecidos:
Respeitar a especificidade do ambiente, da economia, da história, das tradições,
da cultura popular, das características étnicas, da exploração agropecuária, em
relação à propriedade e à região;
47
g) Quanto à distribuição de benefícios:
Postos de trabalho, renda e outros benefícios oriundos da prática turística são
incorporados pela própria comunidade, de modo a proporcionar o bem-estar das
famílias rurais;
h) Quanto ao empoderamento das comunidades:
O Turismo Rural como um motivador de organização da sociedade para que a
comunidade local possa gerir a atividade turística de forma participativa,
inclusiva e ordenada;
i) Quanto à sustentabilidade:
Deve considerar elementos econômicos, sociais, culturais, ambientais e
políticos. Deve contribuir para a manutenção das características rurais e a
qualidade ambiental do território, utilizando os recursos locais e o conhecimento
derivado do saber das populações, valorizando-as, além de permitir a sua
participação nos processos decisórios.
O autor ainda reforça que as atividades turísticas rurais ocorrem, também, além
das “porteiras” fora das propriedades e dependem da qualidade da paisagem externa,
enquanto fator de agregação de atratividade e de identidade. E é justamente essa uma
das razões pela qual esse segmento turístico beneficia a comunidade na qual se insere na
forma de passeios a atrativos naturais e artificiais nas redondezas, motivando a
conservação destes, e na utilização de equipamentos e serviços (hotéis, restaurantes,
feiras, postos de informações, quiosques, “barracas” etc.), tanto na sede dos municípios
rurais como nas regiões turísticas. Digamos que essa é uma característica distributiva”
do Turismo Rural.
4.4. Agroturismo
A mais importante variável do Turismo Rural é o Agroturismo ou Turismo Rural
na Agricultura Familiar, o qual o BRASIL/MTUR(2007a), buscou respeitar as
especificidades e, ao mesmo tempo, avançar na construção de uma estratégia de
consolidação do Turismo Rural, agrupando sob o mesmo conceito as definições de
Agroturismo e Turismo Rural na Agricultura Familiar.
48
Assim, é de fundamental importância apresentar o conceito deste para a
diferenciação das atividades turísticas realizadas no meio rural.
Para Rodrigues:
Todos os benefícios trazidos pelo Turismo Rural, e este, praticado em
propriedades rurais que trazem, na sua história, a exploração agrária, seu
patrimônio arquitetônico, a conservação da originalidade do meio rural que,
reformuladas, servem para o alojamento dos turistas, caracteriza-se um
segmento do mesmo, denominado Agroturismo (RODRIGUES, 2003).
Podemos afirmar que, assim como o Turismo Rural faz parte de algo mais
amplo, que é o Turismo no Espaço Rural. Já o Agroturismo se constitui em uma
submodalidade do Turismo Rural. A figura 1 busca ilustrar essa questão.
Figura 1 - Esquema de inserção do Agroturismo como submodalidade do Turismo Rural e este do
TER. Org. CANDIOTTO, L. Z. P. (2006)
Para o Ministério do Turismo:
A valorização de aspectos naturais e histórico-culturais divulga a idéia do
Agroturismo como uma atividade sustentável, pois combina crescimento
econômico, conservação ambiental e identidade cultural, assim podendo
consolidar-se como uma opção de lazer para o turista, assim como ser uma
importante e viável oportunidade de complementação de renda para o
empreendedor rural, confirmando a sua forte aptidão para o estímulo ao
desenvolvimento regional (BRASIL/MTUR, 2003).
Por ser uma atividade relativamente nova e em expansão por diversos países, sua
definição e seu conceito vem se apresentando diverso em literaturas nacionais e
internacionais.
49
Uma abordagem esclarecedora é feita por Tulik (2003), definindo Agroturismo
como: [...] uma derivação do Turismo Rural, mas caracteriza-se por uma interação
mais efetiva entre o turista com a natureza e as atividades agrícolas.
Para Graziano da Silva, o Agroturismo é considerado como uma derivação do
Turismo Rural, sendo definido como: [...] “As atividades internas à propriedade que
geram ocupações complementares às atividade agrícolas, as quais continuam a fazer
parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade” (GRAZIANO DA
SILVA (1997).
Contudo, a definição utilizada do EMBRATUR, foi a que achamos mais
pertinente e completa, e diz que:
Denominação dada ao deslocamento de pessoas a espaços rurais, em roteiros
programados ou espontâneos, com ou sem pernoite, para fruição dos cenários
e observação, vivência e participação nas atividades agropastoris. Destacam-
se aqui dois grandes aspectos que distinguem esse segmento do Turismo
Rural. O primeiro é a produção agropastoril em escala econômica que
representa a maior fonte de rendimento da propriedade e, o turismo, receita
complementar. O segundo é que as próprias atividades agropastoris
constituem, em si mesmas, o principal diferencial turístico. Neste caso, os
turistas, para viverem a autêntica experiência da vida no campo, poderão ou
não participar de uma rotina diária dos afazeres domésticos ou produtivos da
propriedade. As instalações e equipamentos mantêm-se de forma original, tal
qual utilizada pelos proprietários e trabalhadores e, se ampliadas para
adicionalmente acomodarem os visitantes, deverão conservar as mesmas
características arquitetônicas (EMBRATUR, 2001).
Contudo, uma outra abordagem, mais recente e muito aceita é dada pelo
pesquisador Beni que apresenta o conceito de Agroturismo e que o utilizamos como
complemento do anterior: [...] deslocamento de pessoas para espaços rurais, em
roteiros programados ou espontâneos, com ou sem pernoite, para fruição dos cenários e
observação, vivência e participação em atividades agropastoris (BENI, 2007).
Comparando os conceitos atribuídos por Beni de Turismo Rural e de
Agroturismo, a única inseão feita para o Agroturismo diz respeito à vivência e
participação dos turistas em atividades agropastoris.
Assim, devemos entender sua atividade como parte de um processo de
agregação de serviços e bens o-materiais existentes nas propriedades rurais
(paisagem, ar puro, etc) a partir do “tempo livre” das famílias agrícolas, com eventuais
contratões de mão-de-obra externa.
Contudo, podemos observar que entre a maioria dos autores consultados, entre
os quais: CALS et al. (1995), REJOWSKI (1996), GIANGIORDANO (1997),
50
GRAZIANO da SILVA (1997), PORTUGUEZ (1999) e EMBRATUR (2001), um
consenso sobre os princípios que devem nortear o Agroturismo, tais como:
atividade praticada no interior da propriedade rural em situação produtiva;
número reduzido de turistas;
atividade da propriedade baseada na exploração agrícola ou na criação ativa de
gado;
turismo explorado como uma atividade geradora de renda complementar às
demais atividades da propriedade;
presença do proprietário (agricultores e criadores de gado ativos) se faz
obrigatória na recepção dos turistas e na organização e gestão do
empreendimento;
o alojamento dos visitantes em edificações existentes na propriedade
(hospedagem rústica, familiar, mas com conforto necessário);
o turista pode participar diretamente em atividades rotineiras da propriedade,
estreitando seu contato com o meio rural;
as próprias atividades agropastoris constituem em si mesmas, o principal
diferencial turístico;
a atividade turística deve utilizar de forma sustentável, o patrimônio natural e
cultural, incentivar sua conservação e buscar a formação de uma consciência
ambientalista;
a preocupação em promover o bem-estar das populações envolvidas.
De forma geral, entendemos que o Agroturismo apresenta todos os atributos do
turismo rural, sobretudo, pelo fato de ser uma atividade realizada no espaço rural, e ter
como principais atrativos as atividades agropecuárias, os produtos para agrícolas e
o modo de vida rural. Ocorre, porém, que o diferencial do Agroturismo em relação
ao turismo rural diz respeito à participação direta e/ou indireta do turista em
atividades comuns dos agricultores, como plantio, colheita, ordenha, entre outras.
Nesse sentido, toda a oferta de Agroturismo poderia ser classificada como Turismo
Rural, porém, nem toda a oferta de Turismo Rural pressupõe a existência do
Agroturismo.
Assim, o conceito de Agroturismo permite incorporar grande parte dos
agricultores familiares envolvidos com o turismo, pois, além da existência de atividades
agropecuárias, os agricultores familiares costumam ter seus principais atrativos
51
vinculados a tais atividades, seja por meio da observação e da participação em
atividades agrícolas e pecuárias, da comercialização de produtos in natura e
transformados, do uso de animais para atividades de lazer (pesca, passeios a cavalo,
charrete, carro de boi) e do modo de vida rural tradicional, onde se planta e se
vive da “terra”.
4.4.1. Agroturismo e Agroecologia
A agricultura moderna, através de avanços científicos e inovações tecnológicas,
tem sido responsável pelos fantásticos aumentos de produtividade de alimentos, no
entanto, este sistema de produção tem sido acompanhado, muitas vezes, pela
degradação ambiental (erosão do solo, poluição com pesticidas, salinização), problemas
sociais (eliminação da agricultura familiar; concentração de terras, recursos e produção;
modificação dos padrões de migração rural/urbano) e pelo uso excessivo dos recursos
naturais.
Para Gliessman:
Além de todos esses fatores, a agricultura vigente criou uma depenncia de
combustíveis fósseis não-renováveis e de alguns anos para cá, tem estado
sujeita às restrições causadas pelos crescentes preços do petróleo. Em
resumo, a agricultura convencional é insustentável ela não pode continuar a
produzir comida suficiente para a população global, em longo prazo, porque
deteriora as condições que a tornam possível (GLIESSMAN, 2001).
Assim, fica clara a necessidade de uma nova abordagem da agricultura e do
desenvolvimento agrícola que seja fundamentada tanto na sustentabilidade ecológica do
sistema de produção como na viabilidade ecomica do mesmo, incorporando cuidados
especiais relativos ao ambiente, assim como aos problemas sociais. Esta abordagem é
configurada na ciência da agroecologia, que é definida como a aplicação de conceitos e
princípios ecológicos no desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis (ALTIERI,
2002).
Portanto, esse sistema apresenta-se como alternativa para o uso no ambiente
rural, como processo de transição rumo ao desenvolvimento sustentável, pois busca
agir conjuntamente o manejo dos recursos naturais, a disposição no local e com a
manutenção dos grupos sociais no seu meio.
A agricultura, como uma das atividades do Agroturismo, relacionada dentro dos
princípios da agroecologia resulta num processo dinâmico de desenvolvimento rural
sustentável, em que segundo Altieri (2002), implica na integração de diversos aspectos
52
agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas
agrícolas sobre a produção de alimentos e na sociedade como um todo.
Assim, essa relação, torna-se um atrativo diferenciado ao turista que procura a
zona rural para visitação, além de proporcionar aumento da renda do produtor rural pela
comercialização dos produtos com valor agregado; melhoria de sua qualidade de saúde,
proporcionada por uma produção mais “limpa”, que se utiliza de técnicas menos
agressiva, como o não usar agroxicos, que, contaminam as águas e envenena os
alimentos; e auxilia na manutenção to solo através da adubação verde, orgânica e
mineral, além do uso de defensivos naturais e da combinação e rotação de culturas.
4.5. Marcos legais
A Constituição Federal, promulgada em 1988, fez menção, pela primeira vez, ao
setor turístico, quando se determina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios devem promover o turismo como fator de desenvolvimento social e
econômico”.
Apesar de considerada, constitucionalmente, uma atividade aceleradora de
desenvolvimento, no que tange ao Turismo Rural não tem recebido dos governantes a
disposição necessária para implementar poticas específicas, de modo que tal
atividade realmente contribua, como ocorre em outros países, para o desenvolvimento
esperado por aqueles que têm na lida rural o suporte de sua subsistência.
O Turismo Rural não tem leis e regulamentos específicos que normatizem a sua
diversidade, até por ser uma atividade relativamente nova, submete-se a um regime
híbrido, parte rural, parte urbano, notadamente na área trabalhista, previdenciária,
sanitária e tributária, além de sofrer com a inexistência de uma disciplina especial para o
empreendedor pessoa física (BRASIL/MTUR, 2003),
Assim, dependendo do tipo de empreendimento turístico, existe um conjunto
variado de normas legais que devem ser atendidas e respeitadas.
Citaremos, a seguir, algumas dessas normas apresentadas pelo Ministério do
Turismo (2007a):
a. Prestação de serviços turísticos
Lei n.º 6.505/77: dise sobre as atividades e serviços turísticos e estabelece
condições para o seu funcionamento;
53
Lei n.º 8.181/91: nova denominação a EMBRATUR e outras
provincias e sua regulamentação;
• Lei n 8.078/1990: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) que destaca que
as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como parâmetros para
questões de comercialização e consumo de produtos e serviços. Ao ter valor em
decisões judiciais, as normas da ABNT para o Turismo de Aventura passam a ser
observadas também no Ecoturismo, principalmente, quando envolver riscos
controlados.
b. Legislação ambiental
• Lei n.º 6.938/81 institui o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA),
que integra os sistemas ambientais municipal, estadual e federal;
Lei n.º 9.605/98 “Lei dos Crimes Ambientais”, que regulamenta crimes e
infrações administrativas contra o meio ambiente;
Lei n.º 9.985/00 que aprovou o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e
gestão das UCs. É válido destacar que o SNUC garante direitos às populações locais
que habitem as UCs de proteção integral (onde não é permitida a exploração direta dos
recursos naturais), principalmente, para as tradicionais e as indígenas;
Lei n.º 6.902, de 27 de abril de 1981 - Área de Proteção Ambiental (APA) são
áreas submetidas ao planejamento e à gestão ambiental e destinam-se à
compatibilização de atividades humanas com a preservação da vida silvestre, a proteção
dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida da população local;
Decreto nº. 98.897 de 30 de janeiro de 1990 - Reservas Extrativistas (RESEX)
são áreas destinadas à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais
renováveis, por população extrativista;
Resolução n.º 303, de 20 de março de 2002 CONAMA: dispõe sobre os
parâmetros e limites das APP - Áreas de Preservação Permanente;
• Código Florestal (Lei n 4.771/65):
• Reserva Legal:
Art. 16 dispõe sobre a porcentagem de área para reserva legal de
acordo com acordo com a região do País;
• Art. 44 dispõe sobre as medidas a serem adotadas pelo proprietário ou
possuidor de imóvel rural com área de floresta nativa natural, primitiva ou
54
regenerada ou outra forma de vegetação nativa em extensão inferior ao
estabelecido, para recompor a reserva legal;
Art. 99 das Disposições Finais da Lei 8.171/91 obriga o
proprietário rural, quando for o caso, a recompor em sua propriedade a Reserva
Florestal Legal, mediante o plantio, em cada ano, de pelo menos um 1/30 da
área total para complementar a referida Reserva Florestal (RFL). A localização
da Reserva Legal deve ser aprovada pelo órgão ambiental competente ou,
mediante convênio, pelo órgão ambiental competente municipal ou outra
instituição devidamente habilitada.
c) Legislação sobre a proteção do patrimônio histórico-cultural
• Lei n 6.513 de 20/12/77 dise sobre a criação de áreas especiais e de locais
de interesse turístico; sobre o inventário com finalidades turísticas dos bens de valor
cultural e natural; acrescenta inciso ao art. da Lei n4.132, de 10 de setembro de
1962; altera a redação e acrescenta dispositivo à Lei n.º 4.717, de 29 de junho de 1965;
e dá outras providências;
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, desde o ano de sua
criação, baseia-se em legislação específica para a gestão dos bens culturais nacionais
tombados, representativos de diversos segmentos da cultura brasileira. No caso do meio
rural, destaca-se o seguinte decreto. Decreto-lei n.º 25 de 30 de novembro de 1937:
conceitua e organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e dispõe
sobre o tombamento;
d) Legislação Fiscal
Para estar em situação legal, é preciso constituir empresa para o
desenvolvimento de qualquer atividade de turismo. O empreendedor pode
escolher entre as seguintes modalidades: sociedade limitada, firma individual,
associação e cooperativa;
e) Legislação previdenciária
O empreendedor contribui como pessoa jurídica regime dos arts. 22 e 23 da Lei n
8.212/91 se o for enquadrado no Sistema Nacional (SIMPLES), ou pessoa sica
arts. 12 e 21 da referida lei;
f) Legislação tributária
Tributos federais: Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro
quido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS/PASEP), Contribuição para o
55
Financiamento da Seguridade Social (CONFINS) e Imposto Sobre Produtos
Industrializados (IPI);
Os empresários de Turismo Rural podem optar pela adesão ao Sistema
Nacionais (SIMPLES). Todavia deve ficar atento para as vedações constantes do art.
da Lei n.º 9.317/96;
Tributos estaduais e municipais: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviço (ISS);
Pagamento de ICMS pelo fornecimento de mercadorias de qualquer natureza,
exceto a alimentação inclusa na dria de um hotel-fazenda, por exemplo. o ISS
tributa os serviços turísticos propriamente ditos agenciamento, organização, promoção
e execução de programas de turismo, passeios, excursões, guias de turismo e congêneres
e administração de meios de hospedagem.
g) Legislação trabalhista
O empreendedor rural pode valer-se dos arts. e 17 da Lei n.º 5.889/7318,
que resolvem o problema dos empregados que exercem atividades tipicamente urbanas
no meio rural, permitindo sua classificação como rurais. Além disso, o empreendedor
pode reivindicar a seu favor um regime simplificado das obrigações trabalhistas com
base nos arts. 10, 11, 12 e 13 da Lei n.º 8.941 de 5 de outubro de 1999.
h) Legislação sanitária
• Serviços de alimentação:
Resolução RDC 216 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) dispõe sobre as boas práticas para serviços de alimentação;
Resolução RDC 218 dispõe sobre regulamento técnico de procedimentos
higiênico-sanitários para manipulação de alimentos e bebidas preparados com vegetais;
• Registro dos produtos;
Verificar decreto 5.741 de 30 de março de 2006 regulamenta a Lei Agrícola
(n.º 9.712/98) e cria o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
(SUASA). Com esse sistema, a inspeção se torna integrada, ou seja, em vez de cada
serviço municipal, estadual e federal atuarem isoladamente, passam agora a fazer parte
de um único sistema.
Podemos perceber que, na realidade, a legislação vigente, ao invés de concorrer
em benefício dos pequenos agricultores, dificulta-lhes sobremaneira. Isto significa dizer
que o agricultor familiar empreendedor de Turismo Rural não possui condições de arcar
56
com todas as exigências de uma legislação inadequada. Ao tentar conciliar a agricultura
familiar com o turismo, esse produtor rural perde a condição de segurado especial junto
à Previdência Social, que a legislação em vigor essa e outras fontes de renda, salvo
poucas exceções.
Isso contraria as novas tendências de multifuncionalidade e pluriatividade que
vem ocorrendo na área rural, ou seja, o meio rural não é mais somente um local de
produção de alimentos, mas também de outros serviços, como o Turismo Rural.
4.6. O Turista do Turismo Rural
O consumidor de Turismo Rural busca a possibilidade de reaproximação com a
natureza em relação às coisas da terra”, mesmo que por um curto espaço de tempo.
Está interessado, ainda, em vivenciar e experimentar os valores da natureza e do modo
de vida local caracterizado por elementos singulares da cultura, pela gastronomia típica,
pela tradição e pelo modo como se dá a relação homem-natureza. Ou seja, do ponto de
vista operacional, esses hóspedes não compram simplesmente uma hospedagem, mas
uma experiência diferente e autêntica.
De modo geral, os turistas desse segmento apresentam as seguintes
características:
• São moradores de grandes centros urbanos;
• Possuem entre 25 e 50 anos;
• São casais com filhos;
• Têm formação superior e a maioria s-graduação;
• São de classe média para média alta;
• Usam automóvel próprio ou vans;
• Deslocam-se, geralmente, em um raio de até 150 km do núcleo emissor;
• Fazem viagens de curta duração – fins de semana e feriados;
• São apreciadores da gastronomia típica regional;
Possuem elevado nível de consciência a respeito das questões
ambientais;
• Valorizam produtos autênticos e artesanais (BRASIL/MDA, 2006).
Para o Ministério:
[...] essas características estão inter-relacionadas. Assim, o fato de serem
moradores de grandes centros urbanos, casados e com filhos determina a
distância de deslocamento e o tempo de permanência. Em geral, acostumados
com o ritmo da cidade, logo se cansam da rotina do campo e, por
permanecerem poucos dias, não estão dispostos a percorrer longas distâncias.
Além disso, considera-se que o elevado nível de consciência ambiental desse
público está intimamente ligado à escolaridade, que, por sua vez, relaciona-se
à renda, que é reflexo da idade, pois a partir dessa faixa etária a chance de ter
uma situação financeira estabilizada é maior (BRASIL/MTUR, 2004).
57
Entretanto, esse perfil pode apresentar-se diferente em determinadas regiões.
Além disso, é possível atrair outros públicos (incluindo faixas etárias diferentes, por
exemplo) e o tempo de permanência pela agregação de atratividade.
Conhecer o perfil do consumidor é imprescindível para a oferta de produtos que
atendam às suas expectativas, tornando mais eficientes as ações de estruturação,
promoção, divulgação e comercialização. A realização de pesquisas de demanda e de
satisfação junto aos consumidores reais e potenciais é fundamental.
4.7. Bases para o Desenvolvimento do Turismo Rural
Uma das tendências na segmentação do turismo é o surgimento de grupos de
turistas, que procuram lugares onde os habitantes vivam de maneira diferente da sua e a
paisagem apresente características próprias, tanto naturais como culturais. Assim, surge
o Turismo Rural que reside no modo de vida da população rural. Deste modo, [...] se faz
necessária a identificação e estímulo aos elementos que o caracterizam como a cultura
local materializada nos costumes, causos, dialetos, músicas típicas, a culinária, a forma
de cultivar, etc. (BRASIL/MTUR, 2003).
O desenvolvimento do Turismo Rural deve ser:
• De iniciativa local;
• De gestão local;
• De impacto local;
• Marcado pelas paisagens locais;
• Valorizador da cultura local (BRASIL/MTUR, 2006).
Como sua prática se , em maioria, em empreendimentos de pequeno porte,
para que os benefícios desse tipo de turismo possam ser apropriados pela comunidade
local, é fundamental a formão de parcerias sob as bases associativas e solidárias,
utilizando-se como estratégia a roteirização, além da cooperação entre os diversos
agentes potencializando a chance de envolvimento e de participação do poder público
na solução de problemas, especialmente na melhoria da infra-estrutura básica, no
fomento e na promoção.
Diante do exposto, percebem-se algumas possibilidades oferecidas pelo Turismo
Rural, que devem ser exploradas e convertidas em vantagens práticas sob os seguintes
aspectos:
a) Pode desenvolver-se em áreas que o disponham, necessariamente, de
paisagens com recursos turísticos extraordinários: esses recursos são importantes
58
atrativos turísticos, mas a valorização da paisagem natural não reside somente
em sua existência. O fundamental é que, para o turista, a paisagem represente
um indicador de que ele está fora do seu ambiente de rotina. Assim, a fauna, a
flora, a topografia e os usos do solo trazem as marcas da cultura e das
comunidades residentes, fazendo desses elementos atrativos pelo fato de
constituírem uma paisagem tipicamente rural e que, portanto, se contrapõem ao
cotidiano do turista;
b) Necessita de reduzidos volumes de investimentos em relação a outros
segmentos: significa que o é preciso, necessariamente, criar estruturas na
região e nas propriedades, e sim adaptar as que existem de modo a garantir
conforto e seguraa aos turistas. Tais estruturas podem ser residenciais ou de
serviço e devem manter suas características rústicas. Nesse caso, o turista o
busca luxo, e sim autenticidade e certa rusticidade, mas com qualidade e
conforto.
4.8. A viabilidade da região para o Turismo Rural
Para a estruturação do segmento, é preciso que sejam inventariados os recursos
naturais, artificiais materiais e imateriais, aqui denominados de recursos turísticos,
capazes de despertar o interesse do turista e motivá-lo a deslocar-se até a região. Deve-
se estar atento às especificidades que marcam o “local” e que o tornam singular,
identificando o que o diferencia de possíveis concorrentes e como os recursos turísticos
podem ser lapidados e transformados em atrativos, constituindo-se em produtos e
roteiros. Nesse sentido, são indicados alguns aspectos a serem considerados na
identificação desses recursos:
a) No meio rural, os moradores é que realmente conhecem o lugar. Dessa forma,
podem-se obter informações que nem sempre estão sistematizadas ou são de
conhecimento público, por exemplo, cachoeiras e grutas escondidas, causos que
passam de geração para geração, danças, culinária, costumes e outras
manifestações próprias esquecidas;
b) Devem-se explorar os aspectos marcantes que os ciclos ecomicos deixaram na
paisagem e que podem constituir um diversificado patrimônio;
c) O empreendimento deve estar, preferêncialmente, próximo dos núcleos
emissores;
59
d) O conjunto de atrativos que está situado fora dos limites das propriedades rurais
pode ser inserido no contexto de um roteiro. O objetivo é trabalhar a atividade
turística de modo integrado e participativo, sempre considerando as
características produtivas de cada terririo;
e) O Turismo Rural deve contribuir para o fortalecimento dos laços afetivos,
reforçar a coesão social, a cooperação produtiva e a valorização dos elementos
naturais e culturais. Dessa forma, é preciso verificar se há cooperação entre os
atores sociais que atuam na região, como estão os níveis de organização,
confiança e participação social.
Apartir da identificação dos recursos, torna-se necessária uma análise dos
atrativos capazes de caracterizar a região como procia para o desenvolvimento do
Turismo Rural.
4.9. Atrativos
A valorização da paisagem pelo homem moderno revaloriza a natureza, a
cultura, os “fazeres” artesanais, as comunidades tradicionais, tornando a paisagem rural
um dos principais fatores de atratividade do Turismo Rural.
Sendo assim, a atividade turística se apropria da paisagem rural, que é
caracterizada por um sistema de objetos que lhe é particular, específico a ruralidade,
sendo essa a base da existência do Turismo Rural, a marca da sua identidade.
Segundo Pires (1998): [...] a atratividade das paisagens rurais é devida ao
legado da humanização da natureza por meio de atividades agropecuárias e outros
aspectos da ocupação do espaço, impregnados pela herança cultural de seus
protagonistas. A paisagem e a ruralidade constituem-se elementos primordiais da
motivação turística. Considera-se que essas noções, por definição, são indissociáveis.
Para o autor é fundamental, portanto, integrar os elementos que comem a
paisagem rural, pois é a maneira como se relacionam que constitui a ruralidade.
Estando, porém, os valores paisagem e ruralidade carregados de subjetividade, uma
vez que dependem da percepção individual do turista, é preciso destacar os atrativos que
as materializam, e as atividades turísticas que podem ser desenvolvidas na região e no
âmbito das propriedades rurais:
60
a) Serviços e equipamentos turísticos: serviços, edificações e instalações
indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística e que existem em
função desta. É importante lembrar que é recomendável incentivar empresas da
área ao cadastro junto ao Ministério do Turismo pelo sistema do Cadastur. Entre
eles, citamos:
Hospedagem estabelecimentos que oferecem alojamento e serviços
necessários ao conforto do hóspede. No caso do Turismo Rural, pode caracterizar-se
como pessoa sica ou jurídica e compreende a hotelaria tradicional/convencional, a
hospedagem domiciliar ou em “casas de família”, pensões, hotéis, alojamentos,
pousadas, campings etc.;
• Alimentação a gastronomia é um elemento muito valorizado pelo turista que
procura o meio rural. No Turismo Rural ela pode ser oferecida:
Na região: estabelecimentos que oferecem ao turista refeições,
lanches, bebidas, alimentos em geral e demais serviços
complementares. Ex.: restaurantes, lanchonetes, cafés, bares,
quiosques etc.;
Nas propriedades: almoço e café colonial, gastronomia típica,
produtos caseiros, entre outros.
Guiamento, condução e recepção atendimento e orientação ao turista
individualmente ou em grupo via centro de informações turísticas, agências e
operadoras de turismo receptivo, guias e condutores locais;
• Transporte no local serviços específicos para deslocamento no destino
nibus de excursão, vans, carro próprio ou disponibilizado pelas prefeituras ou órgãos
locais e também os serviços contratados pelos agentes operadores). Inclui também o
serviço de transporte ofertado diretamente pelas propriedades rurais para fazer os
traslados. Os serviços e equipamentos de transporte turísticos têm a finalidade
específica de realizar excursões e outras programações turísticas;
b) Atividades que podem ser desenvolvidas na região ou nas propriedades:
• Agropecuárias
Agricultura cultivos de espécies vegetais úteis, sejam para a
alimentação humana e animal, seja como matéria-prima para indústria têxtil,
farmacêutica, etc. Ex.: milho, feijão, algodão, hortaliças, arroz, etc.;
61
Criação de animais inclui todos os tipos de criação:
bovinocultura/pecuária tradicional, caprinocultura, ovinocultura, suinocultura,
piscicultura, etc.;
Atividades de transformação referem-se à transformação de
matéria-prima vegetal ou animal de modo a agregar valor à produção
agropecuária. Ex.: doces, farinha, mel, embutidos, cachaça, licores, sucos, vinho
e bebidas em geral, polpas de frutas, queijos e outros derivados de leite, etc.
• Esportivas e de lazer
Eqüestres abrangem atividades que envolvam a interação do homem
com eqüinos (cavalo, jumento, burro e outros) para desempenho de alguma lida
no campo ou para lazer, esporte e aventura. Ex.: cavalgadas, campeadas,
torneios, comitivas, tropeadas ou outras denominações regionais; e os passeios
de carroça, rodeios, hipismo etc.;
• De pesca compreende a pesca esportiva e a prática da pesca amadora.
Ex.: pesque-pague, pesca em rios, lagos naturais, represas, etc.;
De aventura atividades recreativas que envolvem riscos controlados
e assumidos. Exs.: arvorismo, bóia-cross, rapel, tirolesa e vários outros;
• De esporte compreendem os jogos e disputas competitivas, no âmbito
amador, com a presença de regras estabelecidas pela prática de modalidades
esportivas. Exs.: corridas a cavalo, prática de ciclismo, caminhadas etc.;
Ecoturísticas atividades de interação com a natureza, que incentivem o
comportamento social e ambientalmente responsável. Exs.: trilhas, observação
da fauna (pássaros, borboletas, jacarés, peixes) e da flora (espécies vegetais
nativas, parques, etc.) estão entre as possibilidades;
Pedagógicas atividades de cunho educativo que auxiliam no processo
ensino-aprendizagem, comumente promovidas por escolas e realizadas pelos
respectivos grupos de estudantes. Ex.: aulas práticas interpretativas do ambiente,
palestras informativas, vivências e experiências variadas nos ambientes visitados,
incluindo participação em colheitas, ordenhas, trato de animais, etc.;
62
Atividades culturais atividades destinadas a proporcionar a vivência dos
aspectos culturais mais significativos da rego para fins de conhecimento,
contemplação e entretenimento, principalmente. Podem ser relacionadas aos seguintes
atrativos:
Manifestações populares acontecimentos ou formas de expressão
relacionados à música, dança, folclore, saberes e fazeres locais, práticas
religiosas ou manifestações de fé. Exs.: rodas de viola, folia-de-reis, creas,
rezas, missas, etc.;
Artesanato objetos produzidos manualmente ou com equipamentos
rudimentares, em pequena escala, característicos da produção de artistas
populares da região, utilizando matéria-prima regional.;
Arquitetura típica ou histórica contempla as construções típicas do campo
(açude, capela, curral, etc.) as técnicas e materiais construtivos peculiares ou com
materiais da região (pau-a-pique, sapé e outros) e as constrões históricas, tais como:
Museus/casas de cultura locais destinados à apresentação e
conservação de objetos de caráter cultural ou científico. Ex.: Museu da Cachaça,
Museu do Folclore etc.
Gastronomia conjunto de alimentos e bebidas ofertados que representam as
tradições culinárias da região;
Recreativas compreendem jogos e brincadeiras, com a função de diversão e
entretenimento, além de equipamentos destinados a essa finalidade. Ex.: jogos de
tabuleiro, rodas cantadas, bingos; e de equipamentos como piscinas, quadras esportivas,
etc.
4.10. Agregando atratividade
A agregação de atratividade requer do gestor um bom conhecimento sobre o
estabelecimento e a região de modo a identificar vantagens competitivas. Partindo-se
das características do segmento e da análise do perfil do consumidor, é possível indicar
estratégias para aumentar o tempo de permanência dos turistas e, conseqüentemente,
minimizar os efeitos da sazonalidade obtendo melhores rendimentos. A seguir,
63
sugerem-se alguns mecanismos capazes de agregar atratividade a produtos de Turismo
Rural.
4.10.1. Agregação de valor à produção agropecuária
A agregação de valor à produção agropecuária acontece de diversas maneiras.
Para tanto, é preciso estar atento às novas tecnologias no que se refere ao cultivo,
criação, beneficiamento de produtos e que atendam às questões ambientais, com vistas à
sustentabilidade. Verifica-se no Brasil uma série de estratégias implementadas no
sentido de buscar a viabilização econômica das propriedades rurais e que, ao mesmo
tempo, podem aumentar a atratividade turística de determinados territórios:
1. Beneficiamento e processamento mínimo de matérias-prima de origem
animal ou vegetal transformando em embutidos, conservas, produtos
lácteos, picles, compotas etc.
Esses processos agregam valor e qualidade à produção agropecuária. Aproveitar
o excedente da produção, resgatando processos caseiros de conservação de alimentos,
colocando em prática a criatividade e o empreendedorismo.
2. Apresentação dos produtos.
Através da utilização de embalagens especiais que valorizem a aparência dos
produtos e o uso de materiais recicláveis e da região, destacando a identidade local.
3. Produção de alimentos ambientalmente correta.
A sociedade valoriza cada vez mais métodos sustentáveis de produção de
alimentos para se ter uma alimentação saudável e ambientalmente correta. Destacam-se
as práticas baseadas na agroecologia, agricultura orgânica, agricultura ecológica,
agricultura biodinâmica e outras.
4. Diversificação da produção.
Com plantio e criação de variadas espécies de plantas e animais a fim de
proporcionar ao turista novos sabores e experiências. Devem-se privilegiar as plantas e
animais da rego, mas nada impede que se adotem espécies exóticas, desde que sejam
tomados os devidos cuidados para não descaracterizar a atividade.
64
5. Certificação dos produtos.
Por meio de selos orgânicos, de comércio justo e solidário, de origem: a
certificação é mais uma garantia para o turista de que está de fato consumindo um
alimento de qualidade, que respeita o meio ambiente e possui reconhecidos atributos
sociais, éticos, territoriais, tecnológicos ou culturais. Tornar os produtos mais atrativos e
competitivos requer, além da agregação de valor, um cuidado especial para que a
inovação adotada garanta sua rusticidade e singularidade.
4.11. Lidando com a sazonalidade.
O Turismo Rural é uma das atividades que mais sofrem com os efeitos da
sazonalidade. Por isso, para se estabelecer no mercado, o produto precisa se adaptar
oferecendo condições distintas para cada temporada, principalmente, aquelas em que a
taxa de ocupação é nima. Para tanto, o empreendedor deve ser flexível. A escolha das
atividades será influenciada, não apenas pelo perfil da demanda, mas também pela
capacidade de realização do empreendedor, no que se refere ao conhecimento da
atividade que se pretende implementbar e à disponibilidade dos recursos físicos e
financeiros para sua realização. Alguns exemplos do que pode ser feito objetivamente
para que os efeitos da sazonalidade sejam minimizados são:
a) Desenvolvimento de atividades pedagógicas para grupos de estudantes
durante a semana nos períodos letivos, colônia de férias, etc.;
b) Desenvolvimento de atividades de lazer e entretenimento para o público da
melhor idade;
c) Promoção de eventos, leilões, competições esportivas e outras;
d) Aluguel do espaço para realização de reuniões empresariais,
confraternizações, eventos culturais, etc. É importante que essas estratégias possam
conciliar a sazonalidade da atividade turística com a sazonalidade da produção
agropecuária. Uma alternativa é envolver o turista no cotidiano do processo produtivo,
principalmente nas épocas de plantio, colheita e beneficiamento da produção.
4.12. Utilização de práticas de gestão ambiental para o Turismo Rural
A adoção de práticas de gestão ambiental, além de proteger o meio ambiente e
garantir a sustentabilidade da produção, contribui para a educação ambiental de
65
hóspedes, funcionários e proprietários vizinhos, que deve ser transversal à atividade
turística, permeando o cotidiano das propriedades.
Citam-se algumas dessas práticas:
a) Coleta seletiva do lixo e sua compostagem implantação de um sistema de
coleta de resíduos lidos em toda a área do empreendimento, separação, reciclagem de
materiais e instalação de unidade de compostagem de restos orgânicos;
b) Tratamento de efluentes e resíduos sistema de tratamento de esgotos, com
caixas ou fossas sépticas, evitando o lançamento de esgotos sem tratamento nos cursos
d‟água, visando à proteção de rios e nascentes;
c) Reflorestamento plantio de espécies florestais nativas para a recuperação
de áreas degradadas e recomposição de matas ciliares;
d) Utilização de fontes alternativas de energia algumas opções de energia
limpa de baixo impacto são: energia solar ou eólica, utilização de geradores com
turbinas movidas pela força da água ou aquecimento de água utilizando aquecedores
instalados no fogão à lenha;
e) Conservação e gestão do uso da água uma medida para minimizar o
consumo de água é a captação e o armazenamento de águas da chuva para utilização em
chuveiros, pias, vasos sanitários, irrigação de jardins, etc.
4.13. Políticas Públicas para o Turismo Rural no Brasil
Um dos primeiros programas criados pelo governo federal que contribuiu
efetivamente para o desenvolvimento do Turismo Rural foi o Programa Nacional de
Municipalização do Turismo (PNMT) de 1994, como um programa de gestão do
turismo que visava à conscientização, à sensibilização, ao estímulo e à capacitação dos
rios monitores municipais, para que despertassem e reconhecessem a importância e a
dimensão do turismo como gerador de emprego e renda, conciliando o crescimento
econômico com a preservação e a manutenção dos patrimônios ambiental, histórico e
cultural, e tendo como resultado a participação e a gestão da comunidade no Plano
Municipal de Desenvolvimento do Turismo Sustentável e logo contribuiu para a
identificação de diversos lugares com potencial turístico, e para o crescimento do
número de atrativos e empreendimentos turísticos públicos e privados no espaço rural.
Além da contribuição do PNMT, ainda em 1994, foi apresentado pelo
EMBRATUR, as Diretrizes para uma Potica Nacional de Ecoturismo, e as Diretrizes
66
para o Desenvolvimento do Turismo Rural no Brasil a partir de diversas oficinas
realizadas entre 1998 e 2003.
Em 1998, foram realizadas as oficinas de Planejamento do Turismo Rural e a
Oficina Nacional de Turismo Rural e em 2001, as Oficinas Regionais de Turismo Rural,
como principais eventos que fundamentaram as discussões oficiais sobre o Turismo
Rural no Brasil.
Nas Diretrizes de 2003, o governo aponta para a necessidade de estruturação e
caracterização do turismo desenvolvido nas propriedades rurais para que a atividade não
ocorra desordenadamente, e possa consolidar-se como vetor de desenvolvimento
sustentável. Apesar da retórica da sustentabilidade e de afirmar a importância dos
benefícios do turismo para as comunidades locais, o Ministério do Turismo justifica a
segmentação do turismo em fuão da busca de maior competitividade nos
mercados.
O segmento de Turismo Rural inseriu-se, dentro desse contexto, no Plano
Nacional do Turismo 2003/2007 proposto por este Ministério do Turismo, através do
Programa de Regionalização do Turismo Roteiros do Brasil, lançado em abril de 2004
propondo uma potica blica de planejamento e gestão pouco eficientes, estruturada
no ordenamento e na diversificação da oferta turística no país.
Contudo, foi apenas em sua segunda fase que o Plano Nacional de Turismo,
agora, 2007/2010, apresentou-se como uma potica blica, eficiente e madura,
descentralizada que orienta a estruturação de ambientes de organização, a partir do
núcleo estratégico constituído pelo Ministério do Turismo, o Conselho Nacional
Turismo (CNT) e o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
Completam esse modelo de gestão institucional e empresariado para o turismo
nacional, os Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo das 27 Unidades da Federação,
as Instâncias Regionais e Macrorregionais de Desenvolvimento do Turismo e os
municípios turísticos.
Assim, podemos perceber que é cada vez maior a necessidade de ampliar e
consolidar as relações entre o Estado, o setor privado e a sociedade civil organizada.
As proposições, contidas no Plano, organizadas em macroprogramas e
programas, devem ser tratadas de forma integrada (Figura 2).
67
Figura 2 - Macroprogramas e programas do Plano Nacional de Turismo, 2007/2010. BRASIL/MTUR,
2007
Segundo o Ministério do Turismo:
Constitui, dessa forma, um modelo de gestão de política pública
descentralizada, coordenada e integrada, com base nos princípios da
flexibilidade, articulação, mobilização, cooperação intersetorial e
interinstitucional e na sinergia de decisões, como estratégia orientadora dos
demais macroprogramas, programas e ações do PNT (BRASIL/MTUR,
2007a).
O programa assimila a noção de território como espaço e lugar de interação do
homem com o ambiente, dando origem a diversas maneiras de se organizar e se
relacionar com a natureza, com a cultura e com os recursos de que dispõe. Essa noção
supõe formas de coordenação entre organizações sociais, agentes econômicos e
representantes poticos, superando a visão estritamente setorial do desenvolvimento,
que são ainda mais incipientes e limitadas (BRASIL/MTUR, 2007a).
Dentre os vários objetivos do programa temos:
• Promover o desenvolvimento e a desconcentração da atividade turística;
Apoiar o planejamento, a estruturação e o desenvolvimento das regiões
turísticas;
Aumentar e diversificar produtos turísticos de qualidade, contemplando a
pluralidade cultural e a diferença regional do País;
Possibilitar a inserção de novos destinos e roteiros turísticos para
comercialização;
68
• Fomentar a produção associada ao turismo, agregando valor à oferta turística e
potencializando a competitividade dos produtos turísticos;
• Potencializar os benefícios da atividade para as comunidades locais;
• Integrar e dinamizar os arranjos produtivos do turismo;
• Aumentar o tempo de permanência do turista nos destinos e roteiros turísticos;
• Dinamizar as economias regionais.
Dentro do Programa de Regionalização do Turismo, encontramos o Programa de
Estruturação dos Segmentos Turísticos, norteado por duas linhas estratégicas:
segmentação da oferta e da demanda do turismo e estruturação de roteiros turísticos.
Tais elementos caracterizam os principais segmentos da oferta turística
trabalhados pelo programa: Turismo Cultural, Turismo Rural, Ecoturismo, Turismo de
Aventura, Turismo de Esportes, Turismo Náutico, Turismo de Saúde, Turismo de
Pesca, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de
Sol e Praia, entre outros tipos de turismo.
O programa propõe:
o ordenamento e a consolidação de cada segmento, a articulação e o
fortalecimento de suas instâncias representativas e a padronização de
referência conceitual, que juntamente com a estruturação da produção
associada ao turismo configuram a base para a construção de roteiros. A
roteirização turística é voltada para a construção de parcerias e promove a
integração, cooperação e comprometimento entre os atores locais, o
adensamento de negócios, o resgate e preservação dos valores
socioculturais e ambientais da região, como uma forma de integrar a oferta
turística. É válido destacar que a elaboração e estruturação de roteiros
turísticos é de responsabilidade da iniciativa privada e o programa tem o
papel de indutor desse processo (BRASIL/MTUR, 2007a).
Em uma estratégia de integração regional, o programa aia projetos de
valorização e inclusão social no desenvolvimento do turismo, com intuito de promover
a inserção socioecomica da população local nas atividades relacionadas com o
turismo, (BRASIL/MTUR, 2007a).
Além do PNT, podemos citar, ainda, outras instituições que suporte ao
desenvolvimento do Turismo Rural no Brasil e na Paraíba:
1. Rede de Turismo Rural na Agricultura Familiar (REDE TRAF) - articula
técnicos, instituições e representações de agricultores que visam o
desenvolvimento rural sustentável mediante a implantação e fortalecimento das
atividades turísticas pelos agricultores familiares que ocorrem no âmbito da
69
propriedade dos agricultores familiares mantendo atividades econômicas típicas
da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compartilhar seu modo
de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de
qualidade e proporcionando bem estar aos envolvidos (REDE TRAF, 2008).
2. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar para o
Turismo Rural (PRONAF Turismo Rural) - visa promover o desenvolvimento
rural sustentável, através da implantação e fortalecimento das atividades
turísticas pelos agricultores familiares, integrada aos arranjos produtivos locais,
agregando renda e gerando postos de locais no meio rural, com conseqüente
ente melhoria das condições de vida. Destina-se agricultores(as) familiares com
renda bruta anual acima de R$ 3 mil e até R$ 16 mil; investimentos de R$ 1,5
mil até R$ 6 mil; e, custeio: de R$ 500,00 até R$ 4 mil (BRASIL/MDA, 2004).
3. Programa de Apoio ao Artesanato da Parba (PAB/PB) - tendo como
objetivo promover o desenvolvimento do artesanato paraibano, para que seja
reconhecido nacional e internacionalmente, de forma integrada com o turismo,
melhorando as condições de vida dos artesãos e artistas, através da geração de
trabalho e renda, preservando as formas de identidade cultural da rego que
podem ser transmitidas por processos educacionais às novas gerações (PAB/PB,
2008).
4. Associação Paraibana de Turismo Rural (APETUR) - com sede e foro na
cidade de Areia-PB, dedica-se às suas atividades por meio de execução direta de
projetos, programas ou planos de ações, por meio de recursos físicos, humanos e
financeiros, ou prestação de serviços intermediários de apoio a outras
organizações sem fins lucrativos, e a órgãos do setor público que atuam em áreas
afins. A Associação tem como principais finalidades a: promoção da assistência
social; Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico; defesa, conservação e preservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; promoção do desenvolvimento econômico e social
e combate à pobreza; etc.‟‟
70
5. Associação de Turismo Rural e Cultural do Cariri Paraibano (ATRACAR) -
a qual procura desenvolver turisticamente o Cariri, no aproveitamento dos
potenciais locais e estímulo ao desenvolvimento econômico e social. Entre as
ações da associação, está o maior aproveitamento das fazendas e chácaras da
região, na estruturação dos setores de hospedagem e alimentação destes
empreendimentos. A medida, além de possibilitar o surgimento de novas fontes
de trabalho e renda, servirá de suporte para a realização de eventos da região
(TRIBUNA DO CARIRI, 2008).
6. Rede de Turismo Rural da Paraíba (REDETUR/PB) - de iniciativa do
SEBRAE/PB, a Associação Paraibana de Turismo Rural (APETUR), a
Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário na Paraíba, entre outras. A
REDETUR/PB tem como diretrizes acompanhar a agricultura familiar,
apresentando o Turismo Rural como uma forma de geração organizada de renda,
sendo assim, elaborou o Plano de Desenvolvimento do Turismo Rural do Estado
(SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO DA PARAIBA, 2008).
7. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/PB) - como a missão de
organizar, administrar e executar, em todo Estado, a Formação Profissional
Rural (FPR) e a Promoção Social (PS) de jovens e adultos, homens e mulheres
que exerçam atividades no meio rural. "Formando e Promovendo o Homem do
Campo". O SENAR/PB promove cursos na área de Turismo Rural, tais como: A
acolhida no meio rural; Artesanato como recurso turístico no meio rural;
Comandando e organizando a cozinha rural; Os segredos da boa culinária rural;
Os segredos de restaurantes rurais; Planejando e implantando pousadas rurais;
Planejando e implantando restaurantes rurais; Roteiros, trilhas e caminhadas
ecológicas; Turismo no meio rural e oportunidade de negócios (SENAR, 2008).
71
5. METODOLOGIA
A metodologia empregada, a fim de se alcançar o objetivo proposto - o
planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável do Turismo Rural no
município de Lagoa Seca-PB - adaptou-se da metodologia apresentada por
BRASIL/MTUR, 2007c, através do Programa de Regionalização do Turismo. Esta tem
por base uma visão atualizada e abrangente da região turística, com suas características,
suas relações como o mercado e com outros setores a ela relacionados e permite um
planejamento ágil, dinâmico e flexível, com base em informações sistematizadas,
atendendo às diretrizes do Governo Federal expressas no Plano Nacional do Turismo
(2007-2010) de: redução das desigualdades sociais; distribuição de renda; emprego e
ocupação, e equilíbrio da balança de pagamento e conservação dos recursos naturais.
O planejamento foi realizado com base nas informações obtidas de várias fontes,
dentre quais:
Pesquisa bibliográfica e de informações contidas em bancos de dados
oficiais e de reconhecida confiabilidade, como o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), SIMBRASIL da Caixa Econômica Federal, UFPB; Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade Federal de Lavras (UFLA);
Universidade Federal de Santa Maria (UFCM); Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE); Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); CEFET; Empresa Estadual de
Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA/PB); Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural da Paraíba (EMARTER/PB) e outros bancos de dados de entidades
governamentais, nas esferas municipal, estadual e federal;
Coleta de outros dados secundários, a partir de fontes bibliográficas e
documentais, reconhecidamente confiáveis, como publicações especializadas, livros,
revistas, boletins e outros tipos de informação dos órgãos relacionados ao turismo
(Ministério do Turismo, EMBRATUR, Empresa Paraíba de Turismo (PBTUR),
APETUR, etc.) ou às suas áreas complementares e que tenham relação com o
turismo, como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e SENAR;
72
Coleta de dados primários, em campo, junto aos atores envolvidos,
principalmente nas comunidades locais, por meio de questionários, entrevistas,
gravações, etc.
5.1. Procedimentos metodológicos
As informações obtidas dos fatos referenciados anteriormente foram obtidas
mediante os procedimentos relacionadas a continuação:
5.1.1. Análise situacional do município de Lagoa Seca-PB para a atividade
do turismo.
5.1.1.1. Elaboração do inventário da oferta turística;
5.1.1.2. Estudo do mercado turístico:
5.1.1.2.1. Dimensionamento da demanda turística atual e futura;
5.1.1.2.2. Análise dos municípios concorrentes no desenvolvimento
do Turismo Rural;
5.1.1.3. Diagnóstico da situação ambiental, econômica, sócio-cultural
e político-institucional do município para o desenvolvimento do
turismo no município, através do:
5.1.1.3.1. Levantamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e
ameaças.
5.1.2. Elaboração do Prognóstico do município de Lagoa Seca para a
atividade do turismo rural sustentável.
5.2. Técnicas de pesquisa e instrumentos para coleta de dados
5.2.1.1. Para a elaboração do Inventário Turístico
Foram coletados os dados do Inventário Turístico, adaptado, elaborados por
BRASIL/MTUR, 2006, através do Programa de Regionalização do Turismo, na cidade
de Lagoa Seca PB, divididos, em três temas, com as seguintes variáveis:
Infra-estrutura de apoio ao turismo, subdivididos em: Informações Básicas do
Município, Meios de Acesso ao Município, Sistema de Comunicações, Sistema
de Segurança, Sistema Médico-Hospitalar, Sistema Educacional, Outros
Serviços e Equipamentos de Apoio;
Serviços e Equipamentos, subdivididos em: Serviços e Equipamentos de
Hospedagem, Serviços e Equipamentos para Gastronomia, Serviços e
73
Equipamentos de Agenciamento, Serviços e Equipamentos para Transporte,
Serviços e Equipamentos para Eventos, Serviços e Equipamentos de Lazer e
Entretenimento, Outros Serviços e Equipamentos Turísticos;
Atrativos, subdivididos em: Atrativos Naturais, Atrativos Culturais, Atividades
Econômicas, Realizações Técnicas, Científicas ou Artísticas, Eventos
Permanentes; além de entrevistas, gravações, etc. Nessa categoria se integram,
ainda, informações obtidas nas oficinas participativas com comunidades locais,
em que as pessoas compartilharam seus conhecimentos, seus saberes”
tradicionais, suas histórias, entre outras informações que dificilmente seriam
encontrados em bancos de dados formalmente estabelecidos ou em outras fontes
documentais.
5.2.1.2. Dimensionamento da demanda turística atual e futura
5.2.1.2.1. Demanda atual
O instrumento utilizado foi o questiorio, aplicado nos portões de saída da
cidade de Lagoa Seca PB: no sentido, Campina Grande/Lagoa Seca no desembarque
de passageiros rodoviários em frente ao Colégio Marista; e no sentido Lagoa de
Roça/Lagoa Seca - PB no desembarque de passageiros rodoviários em frente ao
Departamento de Transporte e Transito da Cidade. A abordagem foi feita a 110
visitantes: turistas e excursionistas, maiores de 13 anos no encerrando sua visita. Ao
abordar no momento em que o visitante deixa o destino garante que ele já tenha
realizado todos os consumos de produtos e serviços possíveis e desejados e que desta
forma pode emitir uma opinião geral sobre o destino.
O questionário foi estruturado em perguntas abertas e fechadas, e composto por:
perfil do visitante (origem, sexo, faixa etária, ocupação e grau de instrução);
organização da viagem (motivação da viagem, se utilizou agência de viagens, meio de
transporte e de hospedagem utilizado e os gastos na cidade).
O instrumento foi aplicado duas vezes no ano 2008: na baixa e na alta
temporada, e a abordagem ao excursionista e turista foi aleatória.
5.2.1.2.2. Demanda futura
O instrumento utilizado foi o questiorio. O mesmo foi aplicado nos maiores
centros de emissão de turistas do Estado, Campina Grande e João Pessoa, nos terminais
74
rodoviários; aplicado a 110 turistas que permanecerão no destino por mais de 24hs,
maiores de 13 anos e que estavam iniciando sua visita.
O questionário foi estruturado em perguntas abertas e fechadas, e composto por:
freqüência média/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos últimos 3 anos,
destinos mais visitados, motivação da viagem, épocas de realização das viagens,
organização da viagem, exigências nimas de infra-estrutura, interesse por segmentos
de turismo, atividade de interesse para o turismo rural e atrativos conhecidos em Lagoa
Seca.
O instrumento foi aplicado duas vezes ao ano 2008: na baixa e na alta
temporada, e a abordagem foi aleatória.
5.2.1.3. Para a Análise dos municípios concorrentes no
desenvolvimento do Turismo Rural
A análise da concorrência foi feita mediante investigação documental fornecida
pelos concorrentes e “in loco”.
Foi utilizado como principais fontes de informação as publicações dos
concorrentes (relatórios turísticos, brochuras diversas, publicações em internet);
publicidade inserida em jornais, revistas especializadas, etc. que permitiu detectar, por
exemplo, a sua estratégia promocional (conceito, mensagem, slogan, suportes
publicitários escolhidos, etc.); vista a campo as cidades de Pocinhos, Areia, Ingá e
Matinhas; e, contato com especialistas e associações do setor que ofereceram
igualmente a possibilidade de recolher outras informações.
5.2.1.4. Levantamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e
ameaças da atividade turística na região
Os procedimentos básicos utilizados para a realização do estudo foram através
do resgate das informações coletadas no inventário, no dimensionamento da demanda e
análise com concorrentes.
Com base nessas informações diagnosticou-se as Forças, Fraquezas,
Oportunidade e Ameaças, para o desenvolvimento do turismo no município de Lagoa
Seca.
75
5.2.1.5. Elaboração do Prognóstico
Para a elaboração do prognóstico, resgataram-se os dados apresentados na
primeira fase do planejamento - a Análise Situacional discutiu-se e debateu-se,
mediante a realização de uma reunião com gestores locais, lideranças e comunidades
rurais, na Comunidade do Oiti, zona rural do município; e uma outra com alunos de
turismo do curso Técnico em Turismo, da Escola Técnica Redentorista, Guias de
Turismo Regional e um agência de receptivo de Campina Grande que organiza
excursões para Lagoa Seca PB, na Cachoeira do Pinga.
Com as informações, seguiu-se os passos, adaptado, dado pelo Ministério do
Turismo (2007) para a elaboração do prognóstico, através da criação do Plano de
Desenvolvimento Sustentável do Turismo Rural para o município de Lagoa Seca PB
com as seguintes características:
Apresentação da Visão 2012 o turismo no município;
Estabelecimento do Posicionamento Desejado;
Definir claramente que objetivos se pretende alcançar no futuro;
Estabelecer as metas que se pretende atingir;
Determinar o Portfólio de Produtos por Mercados e suas prioridades;
Apresentar as linhas de ações para Município de Lagoa Seca PB.
5.3. Delineamento Estatístico
Para o dimensionamento da demanda turística atual e futura foi utilizado o
software Microsoft Excel, Versão 2007.
Os resultados foram analisados empregando-se a média aritimética entre cada
atributo.
76
6. RESULTADOS E DISCURSSÕES
6.1. ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB
PARA A ATIVIDADE DO TURISMO
6.1.1 INVENTÁRIO DA INFRA-ESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO
INFORMAÇÕES BÁSICAS DO MUNICÍPIO
UF: PB
REGIÃO TURÍSTICA: Agreste paraibano
MUNICÍPIO: Lagoa Seca
IDENTIFICAÇÃO
Apresentação do município
Endereço: Prefeitura Municipal de Lagoa Seca: Rua lio Maranhão, 112, Centro -
Lagoa Seca -PB - CEP: 58117-000
Telefones e fax: Prefeitura Municipal de Lagoa Seca: (83) 3366-1235
Telefones importantes: mera Municipal de Lagoa Seca Tel.: (83) 3366-1100 /
Delegacia de Policia: (83) 3366-1153 / CAGEPA- Cia de Água e Esgotos da Paraíba
Tel.: (83) 3366-1245
Site: www.municipioonline.com.br / www.famup.com.br
E-mail: pm.[email protected]m.br
Latitude e longitude: 27o17‟09" de Latitude Sul; e, 48o55‟17" de Longitude Oeste.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Informações gerais
Possui 111 km
2
(0,1937% do Estado, 0,007% da Região e 0,0013% de todo o
território brasileiro) (IBGE, 2007). Na área rural foram mapeados 07 povoados, com
características urbanas: Alvinho, Amaragi, C do Marinho, Floriano, Genipapo, Vila
Florestal e Vila Ipuarana.
77
População
Possui 24.937 habitantes, apresentando uma densidade demográfica de 181,48
hab/km
2,
sendo que, do contingente populacional, cerca de 65% da população está na
zona rural e 35% está na zona urbana, indicando um baixo índice de urbanização
(IBGE, 2007).
Distritos
É constituído por dois distritos, Vila São Pedro, com 0,23 km
2
(criado pela Lei
Estadual N
o
3.915, de 1977) e o Distrito Sede, com 1,9 km
2
, totalizando 2,13 km
2
de
área urbana e 108,87 km
2
de área rural.
Temperaturas
Predomincia de temperaturas amenas em torno dos 22ºC. Os valores médios
extremos variam entre mínimas de 17ºC e máximas de 30ºC.
Período de chuvas
A estação chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro,
podendo se adiantar até outubro, concentrado as maiores chuvas entre os meses de abril
e julho, totalizando uma precipitão pluviométrica anual média de aproximadamente
901,0mm (Figura 4).
1698
999
1011
1043
1584
787
542
926
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Precipitação (mm)
Precipitão Verificada Média Histórica
Figura 3 - Precipitação média pluviométrica do município de Lagoa Seca -PB
78
Clima
Do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco.
Altitude média
Inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por
maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 630 a 1.000 metros. A altitude
dia de Lagoa Seca, em seu Distrito Sede, é de 634 metros acima do nível do mar.
Principais atividades econômicas
Cultivo de produtos Hortifrutigranjeiros (tendo como destaques a laranja, a
banana e o chuchu);
Na agropecuária a criação de bovinos, suínos e ovinos fortalece a economia
local;
Avicultura;
A instria de farinha de Manoel Pereira é a principal base da atividade
industrial na cidade;
No comércio a farinha de mandioca, a batatinha, o frango para o abate, as frutas
e verduras são distribuídas para a região. A feira realizada nos fins de semana
comercializa os mais variados produtos, servindo de elo de ligação comercial
entre Lagoa Seca e cidades vizinhas;
Nos serviços, o município possui três postos de gasolina, várias mercearias e
bares, salões de beleza, farmácias, papelarias, locadoras de vídeo, casas de jogos
eletnicos e acesso à internet, panificadoras, lojas e diversos pontos comerciais;
A cidade conta ainda com consultórios odontológicos, particulares, um escritório
da EMATER, EMEPA, um posto da ENERGISA, um posto de serviço da
CAGEPA, uma agência do Banco do Brasil, Correios e outros estabelecimentos
prestadores de serviços.
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ADMINISTRAÇÃO
Administração municipal
Nome do prefeito: Edvardo Herculano de Lima - Partido Potico: PSDB
Nomes das secretarias, departamentos e outros: Representado na Figura 5.
Figura 4 Organograma do Poder Executivo do município de Lagoa Seca PB
Órgão oficial de turismo
Departamento de Cultura, Turismo e Lazer, inserido dentro a Secretaria da
Educação, Cultura, Esporte, Turismo e Lazer representado na Figura 6.
80
Figura 5 - Organograma da Secretaria da Educação, Cultura, Esporte, Turismo e Lazer
do município de Lagoa Seca - PB
ASPECTOS LEGAIS
Legislação municipal
Lei Nº 4.504/64 que regula os direitos e obrigações concernentes aos bens
imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Potica
Agrícola;
Lei Municipal Nº 026/99 de 16 de abril de 1999, estabelece os limites do
perímetro urbano, definindo dessa forma a zona rural e a zona urbana;
Lei Orgânica de Lagoa Seca de 05 de abril de 1990 apresenta em seu escopo
referência a assuntos, no que diz respeito ao uso e ocupação do solo urbano;
Lei nº 10.257/01, conhecida como Estatuto da Cidade;
Lei 029/94 que autoriza a doação de terrenos públicos, de área de
percentagem de Loteamento destinado a Prefeitura Municipal, e imóveis adquiridos pela
municipalidade.
CONTEXTO GERAL
Principais feriados e datas comemorativas do município
04 de Janeiro Emancipação da Cidade;
15 de Agosto Padroeira;
81
22 Agosto Virgem dos Pobres;
Equipamentos, instalações e serviços públicos
Abastecimento de água
Realizado pela Companhia de Água da Paraíba (CAGEPA), além de poços que,
segundo o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, do
Ministério de Minas e Energia Água Subterrânea, representam uma reserva potencial
substancial, apresentado no Anexo I.
Serviços de esgoto
Não um sistema de coleta e tratamento de esgotos residenciais na cidade,
sendo estes despejados, in natura, nos rios.
Na área urbana, estes se utilizam de fossas sépticas e secas com canalizações
ligados a rede pluvial ou então ligados diretamente a valas e rios. na área rural, as
ligações são feitas diretamente aos córregos ou valas.
Serviços de energia
A ENERGISA é a concessioria que oferece este serviço ao município, através
da subestação SE - Campina Grande, pertencente à Chesf, que por sua vez é a
responsável pela faixa de servidão da linha transmissora de alta tensão que atravessa o
município.
Segundo a ENERGISA, 48% do consumo de energia elétrica em Lagoa Seca
corresponde ao atendimento na Zona Rural, área que conta com 2/3 da populão total.
Serviços de coleta de lixo
A Secretaria de Infra-estrutura é a responsável pela operacionalização do sistema
de coleta de lixo no município. Do total de resíduos sólidos gerados pela população,
40% é coletado e 60% possui outro destino final.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
O Município nunca realizou um estudo de demanda turística e número de
visitantes por procedência. Um único dado fornecido pela prefeitura, através de
82
instrução oral, é o número de visitantes durante o período do São João, cerca de 30 mil
visitantes em 2008.
ATRATIVOS MAIS VISITADOS
Atrativo 1: A imagem da Virgem dos pobres - Situada na entrada da cidade, para
onde convergem, em romaria, inúmeros fiéis nos domingos e dias santificados;
Atrativo 2: Cachoeira do Pinga Situado no Sítio Amaragi, limite com o
município de Matinhas, um reduto para aqueles que querem se divertir próximo
à natureza e um valioso tio Arqueológico com arte rupestre, contendo marcas
nas pedras muito semelhantes às encontradas em outros tios arqueológicos da
Paraíba;
Atrativo 3: Convento Ipuarana - (Colégio Seráfico Santo Antônio) localizado no
tio Santo Antônio, funciona atualmente como uma espécie de centro de
convenções. Muito conhecido na região, o convento possui excelente estrutura
arquitetônica circundada por bela paisagem arbórea.
HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
A povoação do território de Lagoa Seca se deu a partir de 1928/1929 e teve
como fundador cero Faustino da Silva, marchante que adquiriu 4,5 hectares de terra à
beira da estrada, hoje BR 104, para comercializar carne. A iniciativa do Sr. cero
Faustino da Silva teve seguidores, pois esta estrada se constituía em passagem para
tropeiros e para os moradores das cidades vizinhas que iam para Campina Grande,
cidade que estava despontando como pólo comercial, espaço antes ocupado por Areia.
A proximidade com Campina Grande foi certamente um fator que contribuiu
para o crescimento do povoado, onde logo foram instaladas lojas de tecido, padaria,
escola estadual, farmácia, casa de jogo e um cartório.
Em 1933 Lagoa Seca já era uma vila importante, Vila de Ipuarana”, Ipu
(lagoa), arana (ruim, seca), vocábulo de origem indígena que ao ser estudado
etimologicamente apresenta o significado do nome atual da cidade, Lagoa Seca.
Segundo Câmara (apud SANTOS, 2000), [...] o decreto estadual 551, criou o
distrito de Paz de Lagoa Seca (de Campina Grande) e Mãe d‟água (de Teixeira). E
somente em 1938 é que Lagoa Seca teve ascensão à condição de vila, através do
decreto-lei nº.311.
83
Em 04 de janeiro de 1964, Lagoa Seca conquista sua emancipação potica,
deixando, portanto, de ser distrito de Campina Grande. Houve até mesmo plebiscito
para essa emancipação.
Um aspecto histórico marcante a ser considerado em Lagoa Seca é a
religiosidade. Lagoa Seca abriga duas comunidades religiosas, os Franciscanos e os
Maristas. Data de 1939 a chegada dos primeiros frades no município, Frei Pedro e Frei
Manfredo. Ao chegarem, iniciaram a construção de um convento que superou as
expectativas dos franciscanos, visto que passou a receber não apenas alunos de Lagoa
Seca e localidades próximas, mas também de outras cidades da Paraíba e até mesmo de
outros estados. Os jovens que procuravam o seminário nem sempre pretendiam a vida
religiosa, mas, sobretudo, assegurar as condições necessárias para o estudo.
O Colégio Seráfico de Santo Antônio, conhecido como Convento Ipuarana,
contribuiu tanto para o arraigamento da dos moradores locais, como também para o
desenvolvimento local.
A presença dos franciscanos em Lagoa Seca atraiu outra ordem religiosa, os
Irmãos Maristas, que chegaram em 1953. Contam os moradores que os Irmãos Maristas
doaram um terreno à prefeitura de Lagoa Seca para a construção de equipamentos
públicos, dentre outros, uma quadra de esportes. No entanto, o terreno foi loteado,
transformando-se num bairro popular, hoje Monte Alegre.
PRINCIPAIS PARCERIAS, REDE DE COOPERAÇÃO,
INTERCÂMBIOS E INTERFACES COM O MUNICÍPIO
O governo municipal mantém relações com o Governo do Estado; Governo
Federal; PBTUR; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca; AS-PTA; UBV;
Pastoral da Criança; Igreja; CEPAS de Lagoa Seca; UEPB; EMATER; EMEPA;
Associação de Desenvolvimento Econômico, Social e Comunitária do Almeida
(ADESC); Energisa e Eletrobrás; Centro Nacional de Ensino Ambiental e Geração de
Emprego (CENEAGE).
FONTES DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO
www.municipioonline.com.br
www.famup.com.br
www.ufcg.edu.br
84
www.ufpb.br
www.emepa.org.br/
www.emater.pb.gov.br
www.energisa.com.br/
http://www.aspta.org.br/
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA -
IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado da Paraíba. Escalas variadas.
MEIOS DE ACESSO AO MUNICÍPIO
Sistema viário
Uma rodovia federal, duas rodovias estaduais e vias locais, conforme Anexo II;
A partir da Capital João Pessoa, pelas rodovias BR 230/BR 104 distando 109,4
Km;
O principal centro urbano em sua proximidade é Campina Grande, distando 6
km pela rodovia BR 104;
A BR-104, atravessa o município de norte a sul, passando pela sede de Lagoa
Seca e num trecho à sudoeste, passando pelo povoado de Jenipapo;
A rodovia estadual PB-095 está localizada a sudeste, no povoado de Chã de
Marinho, dando acesso a Massaranduba e Campina Grande;
Ao norte, tem-se a PB-097, que liga a sede ao município de Alagoa Nova;
O grande fluxo registrado no município advém das Microrregiões Geográficas
do Brejo, Curimataú, Esperança e Campina Grande pela BR-104.
Sistema de transporte
Na cidade circula a linha de ônibus intermunicipal da transportadora São Jo
(Figura 9) vindo de Campina Grande com destino a Lagoa Seca e outras cidades do
Brejo Paraibano, como, Esperança, Guarabira, Solânea, Regimo e Alagoa Grande. A
saída de Campina Grande inicia-se a partir das 5:30hs e vai até 22:00hs, com freqüência
de 15 em 15 minutos. A tarifa de Campina Grande à Lagoa Seca custa R$ 1,00.
diversas paradas ao longo da BR 104 e na Rua Cícero Faustino, principal e que corta a
cidade, além da parada obrigatória em frente ao Departamento de Trânsito e Transporte.
Outra linha que corta a cidade é da Transportadora Nordeste, com origem em
Campina Grande, passando por Lagoa Seca, e destino à Natal no Rio Grande do Norte.
85
A cidade também é servida pelo servo de Moto-Taxi, atendendo toda a cidade
com custo variável entre, R$ 1,00 e R$3,00.
Ainda podemos encontrar o serviço de transporte alternativo, o-legalizado,
atendendo o trecho Campina Grande/Lagoa Seca/Campina Grande e outras cidades do
Brejo Paraibano.
Figura 6 - Transportes da viação São José (linha Campina Grande/Lagoa Seca)
Sinalização geral
A sinalização do município na área urbana está em boas condições para um bom
andamento do trânsito, bons sinais luminosos e visuais, facilitando segurança à
circulação de pedestres e motoristas. Na zona rural não há sinalização, o dispõe de
meio de comunicação para a orientação de pedestres e motoristas.
Sinalização turística
A sinalização de orientação turística é inexistente quase por todo o município.
SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
MUNICAÇÕES
Agências postais
Agência dos Correios de Lagoa Seca
Endereço: Rua José Jerônimo da Costa, 35. Fone: (83) 3366-1300
Postos telefônicos/telefonias celulares
Não existe posto de atendimento de telefonia fixa e móvel. A cidade recebe o
sinal das operadoras de telefonia móvel Tim e Claro.
Radioamadores: Não existe.
86
Emissoras de rádio/TV
Emissora: 87.9 FM - Rádio Comunitária Ypuarana FM - Frequência: 87,9 MHZ
Gênero: Popular - E-mail: redacao@radiotabajara.pb.gov.br (Figura10);
Emissora: 102,7 FM Lagoa Seca do Sistema Correio - Freqüência: 102.7 MHZ -
Gênero: Popular - No ar desde a primeira semana de setembro de 2008
(Figura11);
Outras rádios que o estão no limite do município, mas que possuem maior
alcance são: FM Campina Grande, Panorâmica, Correio, Caturité, Borborema,
Cariri e Rádio Cidade (Esperança);
Figura 7 - Logomarca da Rádio
Ypuarana, Lagoa Seca - PB
Figura 8 - Sede da 102,7 FM, Lagoa
Seca - PB
Jornais e revistas nacionais/regionais/locais
Circula na cidade: Jornal da Paraíba, Correio da Paraíba e Diário da Borborema.
Internet
PlayTime
Endereço: R cero Faustino da Silva, Lagoa Seca, PB
Fone: Não informado
Data Connection
Endereço: R cero Faustino da Silva, Lagoa Seca, PB
Fone: (83) 9925-4487 / 9902 1634
87
SISTEMA DE SEGURANÇA
A DE SEGURANÇA
Delegacia/Postos de Polícia
Delegacia de Polícia, Rua Antônio Borges Costa, 102, Centro, CEP: 58117-000
Telefone: (83) 3366-1153.
Corpo de Bombeiros
Atendido pelo Corpo de Bombeiros de Campina Grande. Rua D Almeida
Barreto, 768 - São José, Campina Grande - PB, 58107615.
Outros
Posto Fiscal Ruy Brasil, BR 104, Lagoa Seca-PB;
Posto Policia Militar Operação Manzuá, BR 104, Lagoa Seca-PB;
SISTEMA MÉDICO-HOSPITALAR
Pronto-Socorros Não existe
Hospitais
Hospital Ana Maria Coutinho Ramalho - Hospital Público Municipal. Possui 30
leitos destribuidos da seguinte forma: 13 para clínica médica; 07 para clínica
pediátrica; 06 para cnica obstétrica; e 04 para cnica cirúrgica.
Maternidades
O atendimento é realizado no Hospital Ana Maria Coutinho Ramalho ou na
Cidade de Campina Grande-PB.
Postos de Saúde
Atualmente 10 Posto de Saúde da Familia, quatro na zona urbana (Monte
Alegre, São José, Bela Vista, Inácio Leal) e seis na zuna rural (Amaragi, Chão-de-
Marinho, Alvinho, Vila Florestal, Compinote, Floriano).
88
Os postos está assistidos com 10 médicos, 10 enfermeiros, 10 dentistas, 10
auxiliares de dentista, 10 auxiliares de enfermagem e 62 agentes comunitários.
Farmácias/Drogarias
5 farmácias, 1 pública e 4 privadas:
Pública No Centro de Referência Manuelcome Moura;
Privada - Farmacentro - R Cícero Faustino, 559, Lagoa Seca, PB (Fig, 12);
Privada - Saúde Pharma - R Cícero Faustino da Silva, 163, Lagoa Seca, PB
(Figura 13);
Privada - G Farma - R Cícero Faustino da Silva, 163, Lagoa Seca, PB ;
Privada - Farmácia Nova Vida - R Jose Caetano de Andrade, 211, Lagoa Seca,
PB.
Figura 9 - Farmácia Farma Centro
Figura 10 - Farmácia Saúde Pharma
Clínicas Odontológicas
12 consultórios odontológicos, 10 público (nos PSF) e 2 privadas:
Privado Dentista - R Cícero Faustino da Silva, Lagoa Seca, PB Fone: (83)
9144 8932
Privado Prótese Dentário Ricardo dre Rua José Jerônimo da Costa, Lagoa
Seca, PB Fone: Não Informado
Outros
Laboratório Central de Análises Clínicas
Endereço: Rua João Otaviano Pequeno, 154, Lagoa Seca Fone: (83) 3366-
1573 Em frente ao Hospital Ana Maria Coutinho Ramalho
89
SISTEMA EDUCACIONAL
Ensino Fundamental/Médio e creches
São 32 escolas de ensino fundamental e duas creches.
Segue as informares referentes ao número de alunos e professores do Pré I ao
ano do ano de 2008:
Nº de Professores: Do 6º ao 9º ano 50 professores
Do 1º ao 5º ano 141 professores
Do Pré I ao Pré II Não informado
Nº de alunos: Pré I 338; Pré II 398; 1º ano - 523; 2º ano 586; ano 585;
4º ano 561; 5º ano 501; 6º ano 260; ano 198; - 137; 9º - 95.
O município possui ainda uma Escola de Jovens e Adultos, para alunos com
distorção de idade e série funcionando nos períodos diurno e noturno que vai do ano
ao 7º ano com um total de 403 alunos.
Do total de alunos, 2246 estão na zona rural (2036 do Pré I ao 5º ano e 210 do
ao 9º ano) e 1.591 na zona urbana ( 111 do Pré I ao 5º ano e 480 do 6º ao 9º ano).
De ensino médio temos apenas uma escola - Escola Estadual de e Graus
Francisca Martiniano da Rocha, a qual, não conseguimos informações sobre número de
alunos e professores.
Ensino superior
UEPB - Universidade Estadual da Paraíba através do curso de Bacharelado em
Agroecologia. Site: www.uepb.edu.br.
Cursos técnicos
Colégio Agrícola Assis Chateubriand, pertencente à Universidade Estadual da
Paraíba, UEPB, com oferecimento do curso Técnico de Agropecuária.
90
OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE APOIO
Agências Bancárias/Casas de Câmbio
Banco do Brasil. Endereço: Rua Cícero Faustino Silva 99, Centro. Telefone:
(83) 3366-1299. (Figura 14);
Bradesco. Através do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos. Endereço: Rua José Jerônimo da Costa, Lagoa Seca-PB;
Caixa Econômica Federal. Através das duas casa lotéricas. Ambas localizadas na
Rua Cícero Faustino Silva, Centro, Lagoa Seca PB.
Figura 11 - Banco do Brasil, Lagoa Seca - PB
Postos de Abastecimento
Posto Ipuaruna. Endereço: BR 104, km 116, Lagoa Seca-PB;
Posto Bela Vista. Endereço: BR 104, Rua cero Faustino Silva, Centro, Lagoa
Seca PB;
Posto Lagoa Seca, Rua Cícero Faustino Silva, Centro, Lagoa Seca PB;
91
Figura 12 - Posto Ipuaruna
Figura 13 - Posto Bela Vista
Locais/Templos de Manifestação de Fé
Capela da Porciúncula;
Convento Ipuarana, tio Santo Antônio, s/n, Zona Rural - Lagoa Seca - PB -
CEP: 58117-000. Tel: (83) 3366-1121;
Convento dos Maristas. Rua Cícero Faustino Silva, 101, Centro - Lagoa Seca -
PB - CEP: 58117-000. Tel: (83) 3366-1248;
Convento Seráfico Santo Antônio. Sítio Ipuarana, s/n, Zona Rural - Lagoa Seca -
PB - CEP: 58117-000. Tel: (83) 3366-1290;
Imagem da Virgem dos Pobres. BR 104, Sede, Lagoa Seca-PB. Ponto de
Referência: Entrada do Convento Seráfico Santo Annio;
Comunidade Católica Obra Nova. Comunidade de Oiti - Zona Rural - Lagoa
Seca.
92
6.1.2 INVENTÁRIO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
Hospedagem
O município possui poucos meios de hospedagem que atendem ao turista;
Observa-se também a falta qualificação tanto dos funcionários, quanto dos
proprietários levando ao comprometimento dos empreendimentos e da qualidade
dos serviços prestados;
Não há programas de captação de clientes, tampouco investimentos em melhorias
e programas de capacitação, dificultando o aumento na taxa de ocupação, não
trazendo retorno para o empreendimento e para a cidade;
Os meios de hospedagem local também pouca estrutura que permita o bom acesso
aos deficientes físicos.
Pousada
Pousada Magia do Verde
Endereço: Sítio Conceição, s/n Zona Rural - Lagoa Seca PB
Telefone/fax: (83) 3366-1347 / 3342-3131 / 9106-2761
Site: http://www.magiadoverde.com.br/ E-mail: magiadoverde@bol.com.br
Pontos de referência: Entrada do Posto Ipuarana de Combustíveis. Endereço: Rod BR
104, s/n km 116. Telefone: (83) 3341-4700
Descrição: A pousada situa-se na zona rural a 5 km de Campina Grande e a 2 km de
Lagoa Seca. Possui um clima ameno, por estar a 700 m de altitude e temperatura
agradável, que varia entre 15 e 28 graus durante todo o ano. Atualmente, funciona
apenas nos finais de semana. Apresenta facilidades nas UHs(Figura 17), como: cama-
Box, TV, frigobar, banho quente e ar-condicionado; espaço para recreação e lazer,
como, restaurante panorâmico, piscina com cascata (Figura 18), restaurante de inverno
(varandas), piscina infantil com hidromassagem, foqueiródromo, playground, trilha na
mata; além de instalações para eventos. As diárias estão variando de R$ 140,00 para
casal (com café da manhã) e R$30,00 por acompanhante. restrições aos hóspedes
deficientes físicos. Contudo, a pousada dise de boa infra-estrutura com necessidade
de pequenas intervenções para a melhoria da qualidade dos serviços ofertados.
93
Atualmente possui um maior fluxo para seu uso restaurante que propriamente para o
serviço de hospedagem.
Figura 14 - Vista das Unidades
Habitacionais da Pousada Magia do
Verde
Figura 15 - Piscina da Pousada.
Outros Meios de Hospedagem
Convento Ipuarana
Endereço: Sítio Santo Antônio, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Site: o Possui E-mail: Não Informado
Pontos de refencia: Entrada da Virgem dos Pobres, BR 104, Sede Lagoa Seca-PB
Descrição: O Convento (Figura 19) situa-se em local de fácil acesso. Distancia-se 500
metros com Sede de Lagoa Seca. Possui um período de funcionamento apenas quando
sedia eventos com valor das diárias negociadas junto com o evento. Como facilidades
nas UHscoletivas temos, camas solteiro, beliche e banheiros coletivos com banho
quente e frio. Como recreação e lazer possui 2 pátios com área verde para descanso e
meditação, além de instalações para eventos através de auditório principal e salas
separadas, igreja, capela, restaurante e cozinha industrial. Não possui restrições aos
hóspedes. De um modo geral a hospedagem é simples com pouco conforto, porém em
boas condições podendo ser utilizada apenas quando realização de eventos no
próprio local.
94
Figura 16 - Fachadas das Unidades Habitacionais do Convento Ipuaruna
Gastronomia
Os equipamentos de gastronomia local apresentam as seguintes características
gerais:
O município possui poucos equipamentos de gastronomia que atendem ao
turista;
Ressaltamos certo compromisso, em dois dos restaurantes com condições de
atendimento ao turista, preocupação com qualificação tanto dos funcionários,
quanto dos proprietários dos empreendimentos;
Nestes, observamos que há preocupação com a diversidade e qualidade dos pratos
oferecidos;
Possuem bom acesso aos deficientes físicos.
Alimentação
O município conta com apenas um restaurante na zona ruralbarna e um na zona
rural com características diferenciadas de atendimento ao turista. O restaurante da zona
ruralbarna possuem boa infra-estrutura para a recepção de clientes, com necessidade de
melhoramento no aprimoramento da manipulação de alimentos. Para o restaurante da
zona rural é necessário melhoramento nas instalações, que rústicas, caracterizam o local,
mostrando, assim, ser este o seu diferencial. Apenas o restaurante da zona rururbana
possui acesos para deficientes com dificuldade de locomoção.
95
Restaurante
O Bananal (Figuras 20, 21,22 e 23)
Endereço: Br 104, km 119. Estrada de Campina Grande par Lagoa Seca PB, 58100 -
000
Telefone/fax: Telefone: (83) 3321-0374
Site: o Possui E-mail: Não Informado
Pontos de refencia: À 1,5km depois do Posto Militar (Manzuá)
Descrições: Localizado a área ruralbarna, o restaurante possui excelente infra-estrutura,
local de fácil acesso e posicionamento estratégico entre as cidades de Lagos Seca e
Campina Grande. Tradicional na culinária regional, mostrando, assim, ser este seu
diferencial juntamente com sua infra-estrutura rústica. O restaurante é adaptado para
deficientes físicos em sua entrada principal e banheiros. Funciona de terça e domingo,
com capacidade para 800 pessoas.
Figura 17 Vista superior do Restaurante O Bananal.
Google Earth, 2008
Figura 18 - Área externa O Bananal
Figura 19 - Área interna O Bananal
Figura 20 - Vista do Restaurante O Bananal
96
Marcelo da Galinha
Endereço: Sítio Conceão S/N, Lagoa Seca PB, 58100 -000
Telefone/fax:
Site: o Possui E-mail: Não Informado
Pontos de refencia: À 1km do Posto Militar (Manzuá) da BR 104.
Descrições: O restaurante localizado, possui uma estrutura rústica precária, culinária
regional, clima agradável e bela vista rural. A sinalização turística de orientação de
acesso na BR 114 (Fig, 24). Há restrições para deficientes físicos.
Figura 21 - Sinalização para o Restaurante Marcelo da Galinha, Lagoa Seca-PB
Lanchonete/Padaria
As duas padarias da cidade, também trabalham com lanches rápidos.
Panificadora Virgem dos Podres (Figura 25)
Endereço: Rua Cícero Faustino da Silva, 154, Centro, Lagoa Seca-PB
Panificadora Bom Jesus (Figura 26)
Endereço: Rua Cícero Faustino da Silva, 189, Centro, Lagoa Seca-PB
Figura 22 - Panificadora Virgem dos Podres
Figura 23 - Panificadora Bom Jesus
97
Agenciamento
Lagoa Seca não dise de empresas de turismo, sejam operadoras ou agências de
viagem emissivas e/ou receptivas, devendo ser incentivado a implantação das mesmas
para ser trabalhado melhor o desenvolvimento do turismo na cidade.
Os roteiros de turismo da cidade, aqui restritos a Cachoeira do Pinga, são
desenvolvidos por agência receptivas de Campina Grande (como a Avantour,
www.avantu r.com.br) ou por grupos de guias regionais, como, Irmãos e Trilhas
(http://irmaos-em-trilhas.Figurapic.net).
O município, ainda, não possui agências que ofereçam serviços de apoio ao
turista, informações e serviços de inrpretes, isso devido a cidade está num estágio
inicial de desenvolvimento turístico.
Transporte
A cidade é servida de sistema de transporte na linha Campina Grande/Lagoa
Seca/Campina Grande com saída diária e boa freqüência do Terminal Rodoviário
Christiano Lauritzen em Campina Grande para o Terminal Rodoviário de Lagoa Seca
promovendo o deslocamento de pessoas, por via terrestre. Não existe serviços e
equipamentos de transporte turístico com a finalidade específica de realizar excursões,
traslados e outras programações turísticas, em veículos terrestres, bem como não
possui locadoras de automóveis que oferecem aluguel de automóveis, motos, etc.,
utilizados para fins turísticos. É servido de sistema de taxi e moto-taxi com
deslocamento para todo o município, mediante pagamento para um local desejado
Eventos
O município possui dois espaços para realização de eventos, apropriando a cidade
para eventos técnico-científicos e religiosos, além de espaços blicos ocasionalmente
ocupados para realização de eventos culturais de massa.
Auditórios/Salões de Convenções
Auditório da Escola Assis Chateaubriand (Figura 27)
Natureza da identidade: Pública UEPB
Endereço: Sítio Imbaúba, S/N
Telefone/fax: Telefone: (83) 3366-1244 / 3366-1297
98
Site: www.uepb.edu.br Email: Não Existe
Pontos de refencia:
Descrições: Localizado na área urbana à de 1km da sede de Lagoa Seca-PB. Funciona
de segunda a sexta e feriados caso solicitado para realização de eventos. Possui recursos
materiais como data-show, projetor de slides, quadro e computador e periféricos. No
espaço acontecem eventos de classificação técnica-científica, geralmente organizados
pelas instituições de ensino de nível médio, técnico e superior.
Figura 24 Sala-de-Aula da Escola Assis Chateaubriand, UEPB, Lagoa Seca-PB.
www.jovemta.blogspot.com/2008_04_01_archive.html
Auditórios do Convento Ipuarana (Figura 28 e 29)
Endereço: Sítio Santo Antônio, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: Não Informado
Site: o existe Email: Não Existe
Pontos de refencia: Imagem da Virgem dos Pobres
Descrições: O Convento possui um auditório principal com capacidade para 300
pessoas, além de salas menores com capacidade entre 50 e 100 pessoas. Dispõe de
recursos materiais como cadeiras e mesas. Não possui equipamentos multimídia. Nesse
espaço acontecem eventos durante todo o ano, classificados como técnico-científicos,
culturais e religiosos.
99
Figura 25 - Auditório Convento Ipuarana,
Lagoa Seca/PB.
http://www.catedralcg.com.br
Figura 26 - Sala de reuniões, Convento
Ipuarana, Lagoa Seca/PB
http://www.catedralcg.com.br
Lazer e Entretenimento
Parques/Jardins/Praças
Praça Severino Cabral (Figura 30)
Pontos de refencia: Prefeitura Municipal
Principais atividades: Festa de São Pedro na Praça, descanso e lazer.
Descrições: Localizada na área urbana, sede de Lagoa Seca, a praça necessita passar
por um processo de urbanização (infra-estrutura, pintura, paisagismo) e revitalização,
sendo mais utilizada para eventos.
Praça Frei Malfredo (Figura 34)
Pontos de refencia: Prefeitura Municipal
Principais atividades: Descanso e lazer.
Descrições: Localizada na área urbana, sede de Lagoa Seca, a praça necessita passar
por um processo de urbanização (infra-estrutura, pintura, paisagismo) e revitalização,
sendo mais utilizada para eventos.
100
Figura 27 - Praça Severino Cabral
Figura 28 - Praça Frei Malfredo
Estádios/Ginásios/Quadras
Ginásio de Esporte “O Santinão”
Endereço: Bairro Monte Alegre, Lagoa Seca-PB
Pontos de refencia:
Principais atividades: Campeonatos esportivos e treinamento escolar
Descrições: Localizado na área urbana do município o ginásio de natureza pública
atente as escolas para treinamento escolar e sedia campeonatos esportivos.
Casas de espetáculos
Vale do Jatobá (Figura 33)
Endereço: Sítio Coo, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: (83E 3341-3111
Site: o Possui E-mail: Não Informado
Pontos de refencia: Entrada do Bairro das Nações, Campina Grande-PB
Descrições: De natureza privada, localizada na área rural do município, a Casa é uma
das mais conhecidas na região principalmente pelos espetáculos de forró durante as
festividades juninas. Possui fácil acesso através de BR 104 na saída de Campina
Grande, entrada do Bairro das Nações com pista pavimentada de chão batido. Funciona
de maneira mais intensa no mês de Junho, e, ocasionalmente em outros períodos para
realizar eventos artísticos esporádicos.
101
Figura 29 Vista superior do Vale do Jatobá. Google Earth, 2008.
Vila Forró (Figura 34 e 35)
Endereço: Rodovia BR 104, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: Telefone: 3337-3737/FAX: 3337.2028
Site: http://www.spazzio.com.br/vilaforro.php Email: Não Informado
Pontos de referência: No sentido Campina Grande/Lagoa Seca, primeira entrada após
Posto Fiscal Ruy Brasil
Descrições: De natureza privada pertencente ao grupo Spazzio Promoções e Turismo
S/A de Campina Grande, localiza-se na área rural do município à 5km do centro da
cidade de Campina Grande e 4km de Lagoa Seca, possui capacidade para 15.000
pessoas. Funciona durante o mês de Junho com as Festas Juninas, e, eventualmente,
durante o restante do ano sempre quando solicitado para eventos ou outras
apresentações artísticas promovidas pela própria casa.
Figura 30 Vista supeior da Vila Forró.
Google Earth, 2008.
Figura 31 tio da Vila Forró-PB
102
6.1.3 INVENTÁTIO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
Atrativos Naturais
Montes/Morros/Colinas
Colinas do Cumbe
Endereço: Sítio Cumbe, Zona Rural Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Região de Furnas
Descrição:
Também conhecido por Colinas Verdejantes (Figura 36), localizado no Sítio
Cume, de gestão particular, zona rural, distancia-se 20 minutos da Sede de Lagoa Seca,
cerca de 7km. Pouco sinalizado, possui meio de acesso regular através de pista
esburacada, parcialmente pavimentada de chão batido. O atrativo o é servido de
transporte público, e possível visitá-lo por meio de veículos particulares, táxi ou
moto-táxi. As Colinas não se encontram em área de conservação ambiental, porém, é
bem conservado, pois sua visitação ainda é pequena devida, principalmente, está dentro
de área particular.
No atrativo é explorada a paisagem e vegetação para contemplação e descanso.
A maior parte dos visitantes é do próprio município, Alagoa Grande, Matinhas,
Campina Grande e outras cidades vizinhas. O atrativo possui beleza paisagística notável
com supercie arredondada. Bom potencial de exploração de maneira sustentável.
Figura 32 Paisagem da Região do Cumbe, Sítio Cumbe, Lagoa Seca-PB
103
Hidrografia
Rios
Rio Manamguape
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Região de Furnas
Descrição:
Também conhecido por Furnas ou Rio Manguape, localizado no tio Amaragi,
zona rural, distancia-se 20 minutos da Sede de Lagoa Seca, cerca de 8km. Não
sinalizado, meio de acesso regular e pista esburacada, parcialmente pavimentada de
chão batido, com obstáculos na passagem de rios, restringindo o acesso a veículos de
pequeno porte no inverno. O atrativo não se encontra em área de conservação
ambiental, não há estudos de capacidade de carga, sendo o número de visitantes no local
o controlado.
Há roteiros comercializados por agências de receptivo em Campina Grande
(como a Avantour, www.avantur.com.br) ou por grupos de guias regionais,como,
Irmãos e Trilhas, além de grupos de excursionistas ou mesmo aqueles que viagem sem
agências, do próprio município e oriundos de outros, como, Alagoa Grande,
Massarambuda, Matinhas e Campina Grande.
O trecho do Rio Mamanguape (Figura 37) possui águas para banho com volume
sazonal, em função ao período de chuvas. No local, indícios da falta de gestão, como
acúmulo de lixo as margens do rio, proliferação de algas, comprometimento da mata
ciliar e degradação das rochas.
Figura 33 Rio Mamanguape, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-PB
104
Lagos/Lagoas
Açude Pesque-e-Pague (Figura 38)
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: (83) 3322-3694
Ponto de referência: tio Seu Guimarães, Sítio Oiti.
Descrição:
O Açude é situado no tio das Palmeiras, de gestão particular, na comunidade
de Oiti, à 5km de Lagoa Seca-PB. Não possui sinalização geral e turística. O Acesso é
regular por pista esburacada, parcialmente pavimentada de chão batido e vegetação
encobrindo parte dela. O tempo gasto da Sede do município ao atrativo é de 20 minutos,
cerca de 4km, permitindo apenas veículos particulares, turísticos, moto-táxi e táxi, pois
o servido de transporte coletivo. Não está inserido dentro de área de conservação
ambiental, contudo, está bem conservado, pois, não há, ainda, visitação ao local (o
açude foi apenas construído visando a atividade, porém, não existe atividade turística e
prática).
Figura 34 - Açude Pesque-e-pague, tio das Palmeidas, Lagoa Seca-PB
Quedas D`água
Cachoeira do Pinga (Figura 39)
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural Lagoa Seca-PB
105
Ponto de referência: Região de Furnas
Descrição:
A Cachoeira do Pinga localiza-se no Sítio Amaragi, de gestão particular, zona
rural de Lagoa Seca, numa região também conhecida como Furnas. Distancia-se cerca
de 30minutos da Sede do município. Possui pouca sinalização turística ao longo do
caminho e nenhuma no local. O meio de acesso é regular, por pista esburacada,
parcialmente pavimentada de chão batido e com passagem de rios que restringe o acesso
a veículos de pequeno porte no inverno chuvoso. Apenas veículos particulares,
turísticos, moto-táxi e táxi chegam ao local, pois não é servido de transporte público.
Não está inserido numa unidade de conservação, nem há estudos sobre capacidade de
carga. O número de visitantes é maior nos meses de inverno quando o fluxo de água
também maior tornando o lugar mais atrativo.
No local é praticado banho e rapel. roteiros comercializados por agências de
receptivos locais em Campina Grande (como a Avantour, www.avantur.com.br) ou por
grupos de guias regionais. A maior parte dos visitantes é do próprio município,
Campina Grande e cidades circunvizinhas.
A Cachoeira possui 3 quedas d´água de 2 a 5 metros com volume de água
sazonal, de acordo com o período de chuvas. Possui beleza paisagística notável.
É visível o índice de degradação ambiental que o atrativo em apresentando
devido à falta de gestão, com acúmulo de lixo e polução das águas. Deve haver
sensibilização para os freqüentadores do local, com relação ao despejo de lixo e
preservação das inscrições rupestres inseridas dentro nas margens das quedas d`água.
Figura 35 - Cachoeira do Pinga, Lagoa Seca
106
Corredeiras
Corredeira do Rio Mananguape (Figura 40)
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Região de Furnas
Descrição:
Apresenta as mesmas características de localização, meios de acesso, estradas,
sinalização, transporte, comercialização de roteiros e origem dos visitantes da Cachoeira
do Pinga, pois são as águas de sua queda que forma as corredeiras.
No local é praticado rapel e rafting na descida da corredeira.
A Corredeira do Rio Mamanguape possui uma extensão de 400 metros com
volume de água sazonal, em função com o período de chuvas. Apresenta beleza
paisagística notável ameaçada por não haver controle dos visitantes no local, sendo,
então, necessário um estudo de capacidade de carga. Deve haver, também, maior
sensibilização para os freqüentadores do local, com relação à segurança e uso de
equipamentos da prática do esporte de aventura, e ainda, criar cursos de monitores de
atrativos turísticos especializados em áreas naturais com população local afim de
explorá-lo de forma sustentável.
Figura 36 - Corredeiras do Rio Mananguape, no sítio Amaragi, Lagoa Seca - PB
Cavernas, Grutas e Furnas (Figura 41)
Poço Verde
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural Lagoa Seca-PB
107
Ponto de referência: Região de Furnas
Descrição:
Apresenta mesmas características de localização, meios de acesso, estradas,
sinalização, transporte, comercialização de roteiros e origem dos visitantes da Cachoeira
do Pinga, pois o Poço Verde encontra-se no mesmo local e suas águas são também
provenientes da cachoeira.
No local é praticados banho e saltos do alto das pedras que o circundam.
O Poço Verde possui cerca de 3 metros de profundidade. No local os banhistas
realizam saltos, na maioria das vezes, sem qualquer instrução ocasionando risco a
integridade física dos mesmos. No inverno o rio fica cheio e o poço, devido à corredeira
das águas do rio, provoca redemoinho levando o banhista menos experiente para o
fundo. No local já ocorreram duas mortes.
Figura 37 - Poço Verde, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-PB
Vegetação
A vegetação nativa do município é a floresta subcaducifolia, formações
florestais com baixa densidade e porte em torno de 20 m. Os caules são retilíneos, altos
e predominam árvores de folhas miúdas. Parte desses indivíduos perdem as folhagens
na época mais seca do ano. Toda vegetação natural cedeu lugar ao desenvolvimento de
culturas diversas, feijão, mandioca, milho, destacando-se o cultivo de olerícolas e
algumas frutíferas. As principais espécies encontradas são: Angico (Anandenanthera
macrocarpa), Pau-darco (Tabebuia serratifolia.), Maçaranduba (Manilkara rufula),
Sucupira (Bawdichia virgillioides), Barriguda (Ceiba pentandra), dentre outras.
108
Atrativos Culturais
Sítios Históricos
Conjunto Histórico
Igreja Nossa Senhora do Perpetuo do Socorro (Figura 42)
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Sede da Associão de Amaragi
Descrição:
Mantida pela Igreja Católica de Lagoa Seca, a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo
do Socorro, situada no tio Amaragi, zona rural, distancia-se, 10 minutos da Sede do
município, cerca de 6km. O atrativo não é sinalizado e, também, não há sinalização ao
longo do acesso até o mesmo. O acesso é bom com pista parcialmente pavimentada de
chão batido. No local chega-se apenas com veículos particulares, moto-táxi e táxi, pois
o é servido de transporte público. O Atrativo não está inserido em unidade de
conservação e está em estado avançado de deteriorização.
No local é celebrado apenas duas missas ao mês, o que nos conclui a pouca
utilização do mesmo para fins religiosos.
A Igreja possui uma beleza de arquitetura rural única no município em formato
de cruz com vitrais ao seu redor. Sua construção iniciou-se com a construção de um
cruzeirinho em homenagem a uma menina morta no local no ano de 1918, e, logo
depois, em 1928 a igreja foi contruida.
A escadaria da igreja foi deteriorada através da sobreposição de pedras sobre as
originais e encontra-se ameaçado de perder sua originalidade, ainda, através de uma
possível pintura e reformas internas, realizadas pela própria comunidade sem qualquer
conhecimento da importância do local para o desenvolvimento do turismo e preservação
do patrimônio histórico-cultural local.
109
Figura 38 - Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Sítio Amaragi.
Sítio Arqueológico
Sítio Amaragi
Endereço: Sítio Amaragi, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Região das Furnas
Descrição:
O Sítio localizado na zona rural do município, distante cerca de 30 minutos da
sede, cerca de 8km, em pista parcialmente pavimentada de chão batido e não sinalizada.
No local podemos encontrar inscrões rupestres (Figura 43), geralmente
associadas a grupos indígenas Bultrins em pedras nas margens do Rio Mamanguape.
O atrativo encontra-se abandonado, sem nenhuma ação de gestão, controle e
monitoramento.
O atrativo, ainda, não é explorado, porém, já podemos observar o estado de
abandono local, sendo necessário que se trabalhe a gestão do local, através de, por
exemplo, estudo de capacidade de carga do local, inexistente, e a delimitação e
demarcação da área a ser visitada para resgatar à memória desses habitantes ancestrais
da Paraíba.
Figura 39 - Inscrições rupestres nas margens do Rio Mamanguape, no sítio Amaragi.
110
Edificações
Arquitetura Religiosa
Convento Ipuaruna (Figura 44)
Endereço: Sítio Santo Antônio, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Entrada da Virgem dos Pobres
Descrição:
Localizado notio Santo Antônio, na zona rural do município, cerca de 5
minutos, 1km, da sede, através de pista pavimentada de paralelepipedo é mantido pela
Ordem Franciscana da Igreja Católica. Possui excelente estado de conservação, porém
pouco sinalizado. Não roteiros de comercialização para o atrativo, sendo seus
visitantes do próprio município e de Campina Grande.
O início da construção data de 1939. De 1942 a1971 funcionou o Seminário
Seráfico de Santo Antônio (Ipuarana), que durante estes 29 anos formou mais de 1600
alunos.
O atrativo possui beleza arquitetônica religiosa particular, além de ser uma
referência para católicos de todo o estado e até mesmo do país, funcionando atualmente
como centro de encontros e convenções, além de missas e eventos, culturais e religiosos
Figura 40 - Convento Ipuaruna, Lagoa Seca-PB
Instituições Culturais
Museu/Memorial
Museu do Índio
Endereço: Sítio Santo Antônio, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Entrada da Virgem dos Pobres
111
Descrição:
Localizado no Convento Ipuarauna apresenta mesmas características de
localização, meios de acesso, estradas, sinalização, transporte e comercialização de
roteiros. A maior parte dos visitantes são grupos de estudantes do próprio município e
visitantes do convento.
Edificações
Arquitetura Religiosa
Convento dos Maristas (Figuras 45 e 46)
Endereço: Rua Cícero Faustino Silva, 10. Centro - Lagoa Seca - PB - CEP: 58117-000
Ponto de referência: Entrada da Virgem dos Pobres
Telefone/fax: (83) 3366-1248
Localizado na zona urbana do município é mantido pela Ordem Religiosa
Irmãos Maristas da Igreja Católica. Os meios de acesso são excelentes, através da BR
104, pista pavimentada, asfáltica, bastante utilizadas e servida de transporte coletivo.
Dista 2 minutos da Sede da Cidade. O atrativo possui excelente estado de conservação.
As atividades praticas no local são a de Ensino, através do Colégio dos Maristas
(Figura 45), missas, eventos técnico-científicos e religiosos.
Sua construção data início da construção (Figura 46) em 1953. O atrativo possui
beleza arquitetônica particular, contudo pouco utilizado para visitação.
Figura 41 - Entrada do Convento dos
Maristas, Lagoa Seca-PB
Figura 42 - Prédio principal do Convento dos
Maristas, Lagoa Seca-PB
112
Obras de Arte
Escultura/Estátua/Monumento/Obelisco
Imagem da Virgem dos Pobres
Endereço: BR 104, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Convento Ipuarana
Descrição:
Localizado na BR 104, junto à entrada do Convento Ipuarana, é mantido pelo
Noviçado Marista Virgem dos Pobres do Convento dos Maristas. Bem sinalizado e com
facilidade de meio de transportes coletivo e acesso, através de pista pavimentada
asfáltica de bastante movimento, é hoje um dos principais motivos de visitantes ao
município através de peregrinações e procissões, aos domingos e dias santificados,
como as que saem de Campina Grande todos os anos, em que inúmeros de períginos,
seguem à pé, pagam suas promessas e rezam.
Assim, no local, é praticado a adoração a Santa (Figura 47), a realização de
missas e pagamento de promessas.
Figura 43 - Imagem da Virgem dos Pobres, BR 104, Lagoa Seca - PB
Festas e Celebrações
Religiosidade/De manifestações de Fé
Procissão de Corpus Christi (Figura 48)
Descrição:
A procissão acontece anualmente na cidade atraindo visitantes das cidades
circunvizinhas. As ruas da cidade que se enfeitam para adoração do cristo e montam
tapetes de pó-de-serra nas ruas.
113
Figura 44 - Procissão Corpus Christi, Lagoa Seca-PB
Religiosidade/De manifestações de Fé
Festa de Santo Antônio
Descrição:
O evento que se iniciou em 2006 e tem a segunda edição, 2008, dar a
possibilidade do católico de Lagoa Seca demonstrar a devoção a Santo Antônio
conciliada com a divulgação da cultura local.
No evento pratica-se atividades religiosas com missas, novenas, procissão, além
de, barracas de comidas típicas, apresentações culturais, bingos, jogos amistosos e
muito forró pé-de-serra. A entrada é franca, sem limite do número de participantes.
É mantido e realizado pelo Convento dos Franciscanos, Ipuaruna, em parceria
com a Paróquia e apoio da Prefeitura Municipal.
Populares/Folclóricas
São Pedro na Praça (Figura 49,50,51)
Endereço: Praça Severino Cabral, Sede de Lagoa Seca
Descrição:
O São Pedro na Praça encontra-se hoje em sua edão. Acontece no final do
mês de Junho e início de Julho durante 3 dias. Segundos dados da Prefeitura Municipal,
em sua última edição, o evento contou com cerca de 30 mil pessoas. A entrada é franca,
sem limite do número de participantes.
O evento apresenta atrações musicais e quadrilhas juninas, com visitantes do
próprio município, Campina Grande e cidades circunvizinhas.
114
O evento resgata a cultura local com apresentações culturais de bandas de forró e
quadrilhas. Conta com o apoio da PBTUR e do Centro Nacional de Ensino Ambiental e
Geração de Emprego (CENEAGE).
Figura 45 - Folder promocional do 3º São
Pedro na Praça, Lagoa Seca-PB
Figura 46 - Palco Principal do São Pedro
na Praça, Lagoa Seca-PB
Figura 47 - Praça Severino Cabral durante o São Pedro na Praça, Lagoa Seca-PB
115
Música e Danças
Banda e Conjunto Musical
Banda Fanfarra Ypuarana
Descrição:
Mantida pela Prefeitura Municipal a Banda Fanfarra Ypuarana, de Lagoa Seca,
começou suas atividades em 1985, desde, então, passou por dois recessos e regressou
aos trabalhos musicais no ano de 2005, continuando até hoje, ininterruptamente.
A Banda realiza apresentações na cidade de lagoa Seca, Campina Grande e em
outros municípios quando convidada.
Os músicos não são remunerados, participam por vontade e satisfação própria.
Além da função de entretenimento, a Banda Fanfarra Ypuarana de Lagoa Seca tem
também um valor social agregado. Muitos dos jovens participantes têm nela, uma
atividade de lazer e aprendizado que ocupa o tempo ocioso, e, conseqüentemente, os
afasta do risco social.
Atualmente ela é formada por 48 integrantes, distribuídos entre 44 músicos, 2
porta-estandartes e 4 pessoas na comissão de frente. Entre os instrumentos tocados
estão: trombone, trompete e os de percussão em geral. A Banda tem no histórico,
apresentações em diversas cidades da Paraíba, Alagoas e Pernambuco.
Os custos com viagens para apresentações em outros estados e municípios são
todos arcados pela Prefeitura Municipal.
O grupo apresenta composições clássicas, regionais e populares. Repertório este,
que é fruto de diversos ensaios realizados quatro dias por semana, divididos entre aulas
teóricas e práticas. Além disso, existe ainda uma escolinha para os jovens que
pretendem entrar para Banda, em substituição aos músicos que vão saindo,
gradativamente.
Artesanato
Clube de Mães Virgens dos Pobres
Descrição:
O grupo conta com atualmente com cerca de 600 integrantes que realizam
atividades variadas proporcionando entretenimento, lazer, distração e integração entre
os participantes. O artesanato é realizado por parte dos integrantes do grupo em suas
mais variadas formas, estopa, madeira, com utilização de reciclagem, etc. O clube ainda
116
organiza anualmente o Salão do Artesanato que, em sua última edição, 2008, contou
com a presença de 100 artesões que divulgam e comercializam seus produtos.
Grupo de Artesanato Paulina Diniz
Descrição: O grupo de artesanato Paulina Diniz existe oito anos e conta com cerca
de 20 integrantes que expõem seus trabalhos na comunidade Juracy Palhano, as
margens da BR-104, em Lagoa Seca. Os trabalhos produzidos (Figura 52,53,54,55)
pelos artesãos recebem incentivo do programa "Paraíba em suas Mãos" do Governo do
Estado e tem um histórico de reconhecimento internacional. As peças produzidas
participaram de diversas exposições no Brasil e no mundo. A produção é de santos,
animais e estatuetas.
Endereço: R: João Otaviano Pequeno, 454, Centro, Lagoa Seca - PB - CEP: 58117-000
Responsável: Martinho de Araújo
Fones: (83) 3366-2436/99864508 Email: guigoubass@bol.com.br
Figura 48 Replica de Casa de Farinha
Figura 49 - Fruteira pequena com frutas
artesanais
Figura 49 - Cabeça de Cristo entalhada em
Madeira
Figura 50 - Mulher com Lata D`água
117
Maria Salete da Silva Araújo (Salete Diniz)
Descrição: Esta artesã teve seu trabalho exposto no livro "Em Nome do Autor", uma
publicação organizada pelo Ministério da Cultura. Ela faz parte, e foi uma das
fundadoras, do Grupo de Artesanato Paulina Diniz e trabalha com a produção de peças e
esculturas em madeira.
Trabalhando de forma artesanal mais de 37 anos, a mulher é típica herdeira
dos conhecimentos passados de mãe para filha. Sua e, Dona Paulina, foi uma das
artesãs mais talentosas do Estado, e ensinou a arte quando Salete ainda era criança.
Endereço: R.João Otaviano Pequeno,454, Centro, Lagoa Seca PB - CEP: 58117-000
Fone: 83-3366-2436
Martinho Araújo
Descrição: Este artesão trabalha com madeira, na fabricação de santos, presépios de
natal e outros, além de ser presidente do Grupo de Artesanato Paulina Diniz.
Endereço: R. João Otaviano Pequeno,454, Centro, Lagoa Seca PB - CEP: 58117-000
Fone: 83-9916-4951
Lourdes Diniz
Descrição: Esta artesã trabalha com artesanato em madeira e é participante do Grupo de
Artesanato Paulina Diniz.
Maria de Lourdes da Silva (1)
Descrição: Esta artesã produz bolsas, blusas, colchas, saias, chapéus, passadeiras.
Endereço: Rua Antonio Jacinto Costa, 187 B - CEP: 58117-000
Fone: 83-3366.1118
Maria de Lourdes da Silva (2)
Descrição: Produz Crochê.
Maria de Lourdes do Nascimento
Descrição: Esta artesã produz bonecas de pano (bruxa) e peças inteira crochê.
118
Endereço: Rua Lúcio Brasileiro, 280 - CEP: 58117-000
Fone: 83-99716402
Guilherme da Silva Araújo (Guilherme Diniz)
Descrição: Este artesão trabalha com esculturas - cenários populares, santos, faixadas e
placas
Endereço: Rua João Otaviano Pequeno,454, Centro, Lagoa Seca PB - CEP: 58117-
000
Fone: 83-3366-2436 / 83-9979-5361
Grupo de Produção de Figuras em Estopa
Descrição:
O grupo se destaca na produção de bonecas de estopa (Figura 56) com figuras
regionais e religiosas. Possui, atualmente, 18 associados.
Endereço: Rua Cícero Faustino, 237, Centro, Lagoa Seca PB - CEP: 58117-000
Fone: 83-3366-1203
Figura 51 - Boneca de Estopa
Josefa Possidonia de Araújo (Nenem)
Descrição: Esta artesã produz bonecas e santos de estopa.
119
Endereço: Rua 15 de agosto, 60 - CEP: 58117-000
Fone: 83-3366-1397
Maria de Fátima Araújo Aciole (Fátima Polucas)
Descrição: Esta artesã trabalha com santos, bonecos, presépios
Endereço: Rua 15 de Agosto, 60 - CEP: 58117-000
Fone: 83-3366-1397/9900-7850
Maria de Fátima de Oliveira Araújo (Fátima)
Descrição: Esta artesã trabalha com crochê e conjunto de tecidos para cozinha.
Endereço: R. Lucas da Rocha, 318 - CEP: 58117-000
Fone: (83) 3366-2316
Maria do Socorro Araújo
Descrição: Esta artesã produz bonecas de pano e fuxico
Endereço: R. José Caetano de Andrade, 621 - CEP: 58117-000
Fone: (83) 3366-2171
Maria do Socorro Araújo de Sousa (Coca)
Descrição: Esta artesã p rodutos feitos de estopa: presépios, santos, bonecas, santa ceia
Endereço: Rua Quinze de Agosto, 60 CEP: 58117-000
Fone: 83-3366-1397/9153-9338
Atrativos Econômicos
Agropecuária
Agricultura
Granja Jardim das Flores
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
120
Ponto de referência: tio Oiti
Telefone/fax:
Descrição:
A Granja das Flores, também conhecida como Sítio Jardim das Flores, situa-se
na zona rural do município no Sítio Oiti, à 2km, cerca de 15 minutos da Sede de Lagoa
Seca. O acesso ao local é regular e feito por pista de barro esburacada, parcialmente
pavimentada de chão batido e não é servido de transporte público, além de mal
sinalizado, sendo necessárias reformas estruturais para recebimento de turistas.
O tio está em regular estado de conservação sendo necessárias reformas a
edifícações que o compõe e resgate da plantação de flores para comercialização,
vontade dos proprietários (Figura 57).
Como atratividade podemos citar a agricultura familiar com a plantação de flores
e hortifrutigranjeiros, além do bonito r-do-sol (Figura 58). O sítio possui uma casa
principal e uma anexa que pode ser utilizada como hospedagem e restaurante. Possui
área externa para apresentações culturais.
Figura 52 - Família de agricultores
familiares da Granja Jardim das Flores
Figura 53 - Pôr-do-sol da Granja Jardim
das Flores
Sítio das Hortaliças
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: tio Oiti
Telefone/fax:
Descrição:
O tio situa-se na zona rural do município, no Sítio Oiti, à 4km, cerca de 30
minutos da Sede de Lagoa Seca. O acesso ao local é regular e feito por pista de barro
121
esburacada, parcialmente pavimentada de co batido e não é servido de transporte
público e não sinalizado. O sítio está em bom estado de conservação.
Possui uma casa principal (Figura 59) que pode utilizada para hospedagem e
restaurante, além de área externa para apresentações culturais e uma entrada com vista
para toda a plantação. O principal atrativo do tio é a agricultura familiar (Figura 60)
através da plantação de hortaliças (alface, coentro, pimentão, jiló, milho) e frutas
(laranja e maracujá).
Figura 54 - Entrada Sítio das hortaliças
Figura 55 - Plantação de Alface,
Sítio das hortaliças
Sítio do Seu Guimarães
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Sítio Oiti
Telefone/fax: (83) 3322-3694 (Campina Grande)
Descrição:
O tio situa-se na zona rural do município, no Sítio Oiti, à 2km, cerca de 15
minutos da Sede de Lagoa Seca. O acesso ao local é regular e feito por pista de barro
esburacada, parcialmente pavimentada de co batido, o servido de transporte público
e mal sinalizado. O sítio está em regular estado de conservação, com a casa principal e
seu anexo precisando de reformas para atender aos turistas.
O sítio possui 2,5 hectares e seu principal atrativo é diversificação da plantação
cebolinha, rabanete, pimentão amarelo e verde, cenoura, chiria, alface crespo, alface
liso, alface roxo, alface americano, quiabo, fava, brócolis, rúcula, mastruz, manga,
122
coco, abacaxi, agrião, espinafre, muitas qualidades de alface, cana e nim, num sistema
agroecologico (Figura 61)
A produção é vendida no local e comercializado pelo proprietário nos
municípios de Campina Grande, diretamente aos clientes (hoje mais de 160 famílias e 5
restaurantes) e Lagoa Seca.
Outra atração é o Sr. Guimarães (Figura 62), proprietário e estudioso de
agricultura agroecológica, o qual repassa seus conhecimentos aos visitantes de seu tio
e clientes.
Figura 56 - Cultivo em consórcio
agroecológico do Alface e Chuchu, Sítio
Oiti.
Figura 57 - Sr. Guimarães, tio Sr.
Guimarães.
Sítio das Palmeiras
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: tio Oiti
Telefone/fax: (83) 3322-3694 (Campina Grande)
Descrição:
O tio situa-se na zona rural do município, no Sítio Oiti, à 3,5km, cerca de
25minutos da Sede de Lagoa Seca. O acesso ao local é regular e feito por pista de barro
esburacada, parte, encoberta de vegetação dificultando o acesso, parcialmente
pavimentado de chão batido e não servido de transporte público e não sinalizado. O tio
está em regular estado de conservação, com a casa principal bem conservada,
precisando apenas poucas reformas estruturais (telhado e fachada) e casa anexa
precisando de reformas para atender os turistas. Não está inserido dentro de unidade de
conservação, porém os proprietários reversam boa área para proteção ambiental.
123
Como atrativos podemos citar a barragem (Figura 66), constrda com o
propósito de ser um pesque-pague; projeto de construção de uma corredeira com as
águas do barreiro e rio que passa pelo lugar; entrada principal de palmeiras imperiais
(Figura 63); criação de abelhas para fabricação de mel (Figura 67) e posterior
comercialização; é fabricado de forma artesanal licores e geléias com produtos e frutas
locais (Figura 65); fauna: possui aves silvestres que habita a área, como o urutau (Figura
68), ave que se confunde com o tronco da árvore pela camuflagem de suas penas; flora:
grande variedade espécies de plantas frutíferas e nativas locais; possui projeto de trilhas
na mata; É produzido artesanato rústico em madeira (bancos, utensílios domésticos e
esculturas); e, garrafas com areia colorida local (Figura 64).
O Sítio possui uma excelente área para que se desenvolva o Turismo Rural,
porém faz-se necessário um trabalho de organização da infra-estrutural para o
recebimento de turistas, contudo, os proprietário pensem em transformar o local para a
prática de turismo pedagógico.
Figura 58 - Entrada do sítio com
palmeiras imperiais.
Figura 59 - Proprietário e artesão
apresentando sua obra, tio das Palmeiras,
Lagoa Seca-PB
124
Figura 60 - Produção de licor e geléia,
Sítio das Palmeiras, Lagoa Seca-PB
Figura 61 - Barreiro constrdo para
pesque-pague, Sítio das Palmeiras, Lagoa
Seca-PB
Figura 62 - Cultivo de Abelhas, Sítio das
Palmeiras, Lagoa Seca-PB
Figura 63 - Urutau, ave camuflada de
casca do tronco da árvore, Sítio das
Palmeiras, Lagoa Seca-PB
Sítio Retiro
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: Não Existe
Descrição:
O tio Retiro, também conhecido com Sítio do Robinho situa-se na zona rural à
2 km, cerca de 10minutos da Sede de Lagoa Seca. O acesso ao local é regular e
realizado por pista de barro esburacada, parcialmente pavimentada de chão batido e não
125
é servido de transporte público e mal sinalizado. O tio está em bom estado de
conservação.
O atrativo principal é a agricultura agroecológica.
O sítio possui 12hectares de terra, sendo 3ha reservados para proteção de mata
nativa, no restante planta-se: mandioca, feijão, batatinha, milho, fava, cará preto,
inhame, coentro, batata doce, ainda tem uma capineira e uma área de pasto, além de
manga, jaca, jabuticaba, acerola e caju para o consumo da casa. A plantação é
realizada de forma agroecológica através da plantação em consórcio
Sítio da Comunidade Obra Nova
Endereço: Sítio Oiti, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Entrada da Comunidade Oiti
Telefone/fax: Não informado
Descrição:
A Comunidade Obra Nova, situa-se no tio Oiti, zona rural à 2 km, cerca de
10minutos da Sede de Lagoa Seca. O acesso ao local é regular e realizado por pista de
barro esburacada, parcialmente pavimentada de chão batido, não servido de transporte
público e é não sinalizado.
O sítio está em bom estado de conservação, com ampla casa, sala, quartos,
capela, terraço para eventos, cozinha, estacionamento e portão de entrada.
A comunidade, de origem católica, abriga pessoas com motivos religiosos,
viabilizando hospedagem e alimentação. É mantida pela Renovação Carismática
Católica, doações particulares e arrecadação de verbas através da realização de eventos
no local.
O sítio possui uma bela vista para as montanhas e um bom espaço para
realização de eventos.
Sítio Almeida
Endereço: Sítio Amaragi, Zona rural
Ponto de referência: Comunidade Amaragi
Telefone/fax: Não Informado
Site: o existe E-mail: Não existe
126
Descrição:
Situa-se no tio Amaragi, zona rural, cerca de 2km da Sede do município. O
acesso é bom, por pista de barro, parcialmente pavimentada de chão batido, não servido
de transporte público.
Os irmãos Severino e Osvaldo Maciel, proprietários, trabalham juntos e são
conhecidos pela união da família e criatividade nas atividades. Em 1996, através de seu
Antônio Flor, conheceram técnicas para condução de viveiro de mudas. Arrendaram, em
seguida, 2500 metros quadrados para instalar o viveiro, por um período de dois anos.
No começo produziam somente laranjas e limões. As, frequentarem dois cursos sobre
fruticultura em Lagoa Seca, aprenderam novas técnicas, que gradativamente começaram
a praticar. Em 1999, investiram na captação e armazenamento de água. Compraram
também um telefone, que é usado para a divulgação dos produtos por toda a região. O
viveiro se desenvolveu e passou a ser a principal fonte de renda da família. Hoje o
produzidas diversas mudas cítricas: torange, cravo, minutoso do céu, lima da pérsia,
lima de umbigo, pokan, tangerina, laranja comum, comum de rama, comum rosa,
laranja japonesa, laranja pêra, miúda azeda, limão Taiti e limão comum. Eles têm
realizando também outras experiências com enxerto de umbu; fazem cavalo de araticum
para enxertar a graviola; enxertam o umbu no cajá para ser testado no brejo e o cajá no
umbu para levarem para o Cariri. As mudas dos irmãos Maciel são vendidas para
granjeiros e agricultores dos municípios da região e também de outros estados do
nordeste, por encomenda. Porém, o que eles consideram mais importante é o
intercâmbio com outras famílias de agricultores, que já estão desenvolvendo seus
próprios viveiros.
Sítio das Laranjas
Endereço: Sítio Amaragi, Zona rural
Ponto de referência: Comunidade Amaragi
Telefone/fax: Não Informado
Site: o existe E-mail: Não existe
Descrição:
Situa-se no tio Amaragi, zona rural, cerca de 2km da Sede do município. O
acesso é bom, por pista de barro, parcialmente pavimentada de chão batido, não servido
de transporte público.
127
O sítio localiza-se vizinho a Igreja Nosso Senhora do Perpétuo do Socorro,
atrativo cultural que se trabalhado corretamente possibilita visitação, então o tio pode
torna-se ponto de apoio para turistas.
A produção local de laranjas e coco, que podem ser vendidos ao turistas in
natura ou transformados para agregar valor. O proprietário é receptivo e sua esposa
possui conhecimento da história da igreja, porém necessita de sensibilização para
poderem trabalhar com o turismo.
Figura 64 - Família de agricultores na colheita de laranjas, Sítio das Laranjas, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-
PB
Sítio do Zé do Barro
Endereço: Sítio Amaragi, Zona rural
Ponto de referência: Comunidade Amaragi
Telefone/fax: Não Informado
Site: o existe E-mail: Não existe
Descrição:
Situa-se no tio Amaragi, zona rural, cerca de 7km da Sede do município. O
acesso é regular, por estrada de barro, limitado em épocas de chuva forte devido a
passagem do rio por pista de barro, pista de barro, parte enladeirada de 5minutos de
caminhada parcialmente pavimentada de chão batido, não servido de transporte público.
O sítio localiza-se na entrada para a cachoeira do Pinga. plantação
predominante é de banana que é comercializada. O local é passagem obrigatório para
quem vai à cachoeira. O proprietário repassa informações aos visitantes sobre a
cachoeira e apresenta mapa do local. O sítio possui, ainda, um pátio onde ficam
estacionadas motos dos visitantes
128
O proprietário é receptivo e pretende montar um ponto de apoio e informações
aos turistas no local.
Figura 65 - Vista do pátio e casa rural do Sítio Amaragi, Sítio Amaragi, Lagoa Seca-PB
Pecuária
Haras Vale Verde
Endereço: BR 104 Norte - km 114, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Posto Ipuarana
Telefone/fax: (83) 9971.4276
Site: http://www.harasvaleverde.com.br/ E-mail: ramalhohvv@globo.com
Descrição:
O Haras (Figura 69) situa-se na zona ruralbana do município. Distancia-se 2 km
de Lagoa Seca, cerca de 5 minutos e 6km de Campina Grande, cerca de 10 minutos. O
acesso ao local é excelente e feito pela BR 104, pavimentada, asfáltica, servido de
transporte público e bem sinalizado. O estado de conservação é muito bom.
O Haras Vale Verde concentra todo o seu esforço na produção de cavalos das
raças Quarto de Milha e Paint Horse, exclusivamente, para o esporte da vaquejada.
Ocupa uma área de 70 hectares (Figura 70), dividida em 12 piquetes, ocupada por
pastagens dos: Capins Costcross e Estilozante Campo Grande. Para garantir o
abastecimento de água aos animais foram construídos 3 barragens. Em uma área física
de aproximadamente 1500 m
2
(Figura 71), estão localizadas 20 baias, maternidade
veterinária, selaria, farmácia, depósitos de rações e sal mineral e depósito para
armazenar fenos. Haras Vale Verde dispõe de 1 redondel com 16 m de diâmetro, com
piso de areia.
129
Figura 66 - Entrada Haras Vale Verde
Figura 67 Vista aérea do
Haras Vale Verde, Lagoa
Seca-PB.
Figura 68 - Casa principal, Haras Vale Verde
Criação de Animais Silvestres
Estação Ecológica Lagoa dos Canários
Endereço: Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Entrada a esquerda do Posto Ipuarana
Telefone/fax: Não Informado
Site: o existe E-mail: Não existe
Descrição:
A estação distancia-se 2 km de Lagoa Seca, cerca de 5 minutos e 6km de
Campina Grande, cerca de 10 minutos. O acesso ao local é excelente e feito pela BR
104, pavimentada, asfáltica, e parte parcialmente pavimentada de chão batido,o
130
servido de transporte público e não sinalizado. A propriedade rural é privada e voltada à
criação de aves exóticas e conservação do meio ambiente (Figura 72).
Figura 69 Vista aérea da Estação Ecológica Lagoa dos Canários, Lagoa Seca-PB.
Indústria
Bebidas
Talante Mix de Cachaça
Endereço: Sítio Conceição s/n, Lagoa Seca PB
Telefone/fax: Telefone: (83) 3331-8141
Site: http://www.talantemix.com.br/ E-mail: contato@talantemix.com.br
Descrição:
A estação distancia-se 2 km de Lagoa Seca, cerca de 5 minutos e 7km de
Campina Grande, cerca de 15 minutos. O acesso ao local é bom, parcialmente
pavimentada de chão batido, não servido de transporte público e pouco sinalizado.
Funciona de Segunda à Sexta-feira.
A Cachaça Talante (Figura 73) é produzida e engarrafada em Lagoa Seca a partir
da cachaça com graduação alcoólica em 23%, e apresenta quatro sabores diferentes:
banana, canela, coco e menta. A fabrica não recebe visitantes, porém pode fazê-lo
através de sensibilização empresarial. A cachaça é comercializada em toda Paraíba nos
mais diversos estabelecimento (Figura 74).
131
Figura 70 - Cachaça Talante.
Figura 71 Prateleira com Cachaça Talante
comercializada em hipermercado em Campina
Grande
Atrações Técnicas, Científicas ou Artísticas
Centro de Pesquisa
Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA) - Estação
Experimental de Lagoa Seca
Endereço: Estrada de Imbaúba, Km 3 Zona Rural, CEP 58.117-000 - Lagoa Seca, PB
Ponto de referência: tio Imbaúba, Zona Rural, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: Fone: (83) 3366-1298
Site: http://www.emepa.org.br/ee_lagoa_seca.php E-mail: emepa@emepa.org.br
Descrição:
A EMEPA, mantida pelo Governo Estadual, distancia-se 2 km da Sede de Lagoa
Seca, cerca de 5 minutos. O acesso ao local é excelente e feito pela BR 104,
pavimentada, asfáltica, e parte parcialmente pavimentada de chão batido, não servido
de transporte público e pouco sinalizado.
Na Paraíba, A EMEPA, possui 342 funcionários, sendo 80 pesquisadores e 262
de apoio à pesquisa e desenvolvimento. Funciona de segunda à sexta-feira e
ocasionalmente aos finais de semana.
A Estação dispõe de escritório, salas para técnicos, biblioteca, armazém,
laboratório de fitopatologia, casa de vegetação, telado, barragem, além das áreas
próprias para experimentação de campo e produção de mudas. Realiza pesquisas
132
voltadas para as culturas de batatinha, feijão, erva-doce e ervas medicinais, além
unidades de observação de caju, maracujá, goiaba e apicultura.
A EMEPA realiza sempre eventos técnico-científicos para discutir assuntos
ligados a novas tecnologias, agricultura e agroecológia.
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER)
Endereço: R. Cícero Faustino 254. CEP. 58.117.000 Lagoa Seca-PB
Ponto de referência: Posto Ipiranga, Sede, Lagoa Seca-PB
Telefone/fax: (83) 3366-1124
Site: http://emater.no-ip.org/v2/index.php E-mail: ematerpb@veloxmail.com.br
Descrição:
A EMATER (Figura 75) é mantida Governo do Estado através da Secretaria da
Agricultura, Irrigação e Abastecimento SAIA/PB. Possui escritório na Sede de Lagoa
Seca. Na Paraíba possui 999 servidores, sendo 296 profissionais de outros óros e 60
da EMATER à disposição.
Figura 72 - Sede EMATER, Lagoa Seca-PB
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Endereço: Sítio Imbaúba, S/N
Ponto de referência:
Telefone/fax: (83) 3366-1244 / 3366-1297
Site: www.uepb.edu.br E-mail:
Descrição:
A Universidade Estadual de Paraíba através do campus de Lagoa Seca localiza-
se na zona rural, com bom acesso, não servido de transporte coletivo, e pouco
133
sinalizado. Dista 1km da Sede da cidade. Oferece o curso superior de Agroecologia e o
Curso Técnico em Agropecuária (Figura 78).
Figura 73 - Turma do Curso Técnico Agrícola da UEPB
Eventos Permanentes
Feiras e Exposições
Feira de Negócios
Salão de Artesanato de Lagoa Seca
Endereço: Prédio do antigo Soo Comunitário
Ponto de referência: Praça frei Malfredo
Descrição:
O Evento é mantido pelo Clube de Mães Virgens dos Pobres em parceria com a
Prefeitura Municipal. Em sua última edição participaram 130 artesões. A entrada é
franca, sem limite do número de participantes. No local além da exposição,
comercialização do artesanato. Os visitantes são do próprio município, Campina Grande
e cidades vizinhas.
O Salão de Artesanato de Lagoa Seca abre oficialmente a programação junina na
cidade do São Pedro na Praça. O evento já está na sua segunda edição, 2008.
Os trabalhos comem uma gama de materiais e técnicas de produção variadas
entre elas: porcelana fria, crochê, macramê, pintura em tecido, peças em estopa (Figura
76), tapeçaria, produtos utilizando materiais reciclados, entre outros. O Salão vem
minimizar a maior dificuldade enfrentada pelos artesãos: a falta de incentivo e
divulgação para o desenvolvimento do seu potencial. Por isso, o evento vem promover a
cultura local, impulsionando o desenvolvimento e dando reconhecimento a esse trabalho
manual tão evidente no município
134
Figura 74 - Artesanato de Estopa de Lagoa Seca-PB
135
6.1.4 ESTUDO DO MERCADO TURÍSTICO
6.1.4.1 DIMENSIONAMENTO DA DEMANDA TURÍSTICA
6.1.4.1.1 Demanda efetiva
Origem do visitante
Gráfico 1 - Origem do Visitante
O fluxo de visitantes para o município de Lagoa Seca é predominantemente
nacional, majoritariamente da cidade de Campina Grande (59% do total), seguido de
Matinhas (11%) e Massaramduba (9%), isso se dá, primeiramente, devido às três
cidades fazerem fronteira com o município e manter relações econômicas, educacionais
e de negócios. A cidade de João Pessoa apareceu com 3% do número de visitantes,
devido a relações de necios. E, outras cidades, como: Areia, Bananeiras, Puxinanã,
etc., somaram juntas 18%. A pesquisa de procedência nos leva a considerar a
importância do município de Campina Grande para a visitação do município de Lagoa
Seca-PB.
136
Sexo, faixa etária, ocupação e grau de instrução
Quanto ao sexo, revelou-se certo desequilíbrio, uma vez que 68% dos visitantes
entrevistados foram do sexo masculino enquanto 32% do sexo feminino.
Gráfico 2 - Sexo
A pesquisa considerou os visitantes maiores de 13 anos, divulgando dados
apenas a partir desta idade. É por esta razão que os percentuais o fecham em 100%.
Uma leitura desta informação permite concluir que o contingente de visitantes menos de
13 anos representa 2% do total, enquanto o maior fluxo de visitantes por faixa etária se
encontra entre 35 e 44 anos (21%).
9%
19%
16%
21%
18%
15%
13 a 17
18 a 24
25 a 34
35 a 44
45 a 60
Acima de 60
Gráfico 3 - Faixa Etária
137
De acordo com a ocupação, observou-se que uma equivalência entre o fluxo
de visitantes assalariados da iniciativa privada (27%), pública (23%) e aposentados
(21%), com destaque ao número de estudantes (19%) que é bastante significativo.
Gráfico 4 - Ocupação do Turista
A seguir, observou-se o gráfico que nos apresenta o grau de instrução do
visitante de Lagoa Seca. Em maior parte (48%), concluiu o ensino médio, significando
bom grau de instrução.
Gráfico 5 - Grau de instrução
138
Motivação da viagem
A motivação da viagem para Lagoa Seca é fortemente orientada para negócios e
trabalho (35%).
Gráfico 6 - Fluxo de turistas de acordo com a motivão da viagem
Dos entrevistados 75% permanecem menos de 24hs no local o que caracteriza o
visitante como excursionista e não como turista, este, representa apenas 19%.
Gráfico 7 - Tempo médio de permanência no local
139
Organização da viagem
Nenhum dos entrevistados afirmou ter organizado sua viagem com agências de
viagens, e, a mídia em geral não foi apontada como meio de influência às visitações.
Meio de transporte utilizado
Os visitantes utilizam como principal meio de transporte particular (63%),
explicado devido à relação distância-tempo-custo das cidades de procedência. Nenhum
dos entrevistados citou ter utilizado ônibus de excursão ou carro alugado.
Gráfico 8 - Transporte utilizado
Utilização de equipamentos de hospedagem
A utilização dos meios de hospedagem revela que 70% dos visitantes não se
utilizam dos meios de hospedagem, explicado devido à maior parte dos visitantes serem
de cidades circunvizinhas, principalmente, Campina Grande, não permanecendo no
local por mais de 24hs. Contudo, podemos observar que boa parte desses visitantes
(20%) optam por casas de amigos, parentes ou segundas residências. Um dado
interessante, encontra-se que 6% hospedam-se no Convento Ipuaruna, devido à
realização de eventos e apenas 4% na Pousada Magia do Verde.
140
Gráfico 9 - Hospedagem
Gasto médio
O gráfico a seguir nos apresenta que a maioria dos visitantes gasta até 50 reais
(74%) em sua viagem, isso acontece devido ao pouco tempo de permanência no destino.
Gráfico 10 - Gasto médio
141
6.1.4.1.2 Demanda potencial
Freqüência média/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos
últimos 3 anos
Com a pesquisa, podemos perceber que há uma equivalência tanto para o grupo
de João Pessoa quanto de Campina Grande em relação à freqüência de viagens ao
interior da Paraíba, em que, a grande maioria das pessoas, 47 em João Pessoa e 65 em
Campina Grande, realizam pelo menos 1 viagem ao interior do Estado, o que as
caracterizam como grandes centros emissores de viajantes.
Percebemos também que a freqüência de viagens é decrescente, reflexo, este, de
uma população carente e de desinteresse pela visitação dos mesmos centros receptores e
atrativos.
Gráfico 11 - Freqüência média/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos
últimos 3 anos - Grupo João Pessoa
142
Gráfico 12 - Freqüência média/mês de viagens a cidades do interior da Paraíba nos
últimos 3 anos - Grupo Campina Grande
Destinos mais visitados
Para o grupo de João Pessoa percebemos, prioritariamente, Campina Grande
(41%) como destino mais visitado, seguido de Patos (18%), devido à facilidade de
meios de transporte, bom acesso e atrativos turísticos culturais, como as festas juninas.
Gráfico 13 - Destinos mais visitados - Grupo João Pessoa
Para o grupo de Campina Grande, os destinos já são mais diversificados, isso
porque Campina Grande já está situada no interior e em posição central do mapa do
Estado, diminuindo as distâncias entre as demais cidades interioranas seja no Brejo,
143
Cariri, Agreste ou Sertão, além de ser servida por boas estradas (pavimentada/asfáltica)
facilitando a diminuição de tempo e segurança entre as mesmas e os atrativos visitados.
Gráfico 14 - Destinos mais visitados - Grupo Campina Grande
Motivação da viagem
O gráfico nos apresenta os dados sobre a motivão principal da viagem. Para o
grupo de João Pessoa e Campina Grande predominou a busca pelo Turismo de Eventos
(32%), seguido por visitas a familiares e amigos (23%), e estudo (14%). Isso reflete o
grande investimento realizado pelas cidades interioranas, através de verbas das próprias
prefeituras, Governo do Estado e Governo Federal, principalmente, em eventos
culturais, como o São João e roteiros culturais, a exemplo do o Caminhos do Frio, na
região do Brejo Paraibano.
144
11%
23%
7%
9%
32%
14%
4%
Turismo de lazer
Visitas a famliares/amigos
Turismo Religioso
Turismo de Negócios/Trabalho
Turismo de Eventos
Gráfico 15 - Motivão da viagem - Grupo de João Pessoa e Campina Grande
Épocas de realização das viagens
A maior parte dos entrevistados (63%) viajam no período entre Maio e Agosto,
principalmente, no mês de Junho, devido às férias escolares e festas de São João,
seguido, entre os meses de Setembro e Dezembro, motivados pelas festividades de final
de ano, Natal e Ano Novo.
Gráfico 16 - Épocas de realização das viagens
145
Organização da viagem
Na organização da viagem, percebemos que 68%, a grande maioria das pessoas,
organizam sua própria viagem, quando não, se organizam com/entre grupos de
afinidades, amigos ou parentes (30%) e a minoria (2%) procuram uma agência de
viagens.
Gráfico 17 - Organização da viagem
Exigências mínimas de infra-estrutura
A grande preocupação com relação à infra-estrutura exigida encontra-se em ter
boas estradas (51%) entre os destinos emissor e receptor, promovendo um deslocamento
rápido e seguro, apesar da Paraíba ter boas vias de acesso para as principais cidades
receptivas citadas como destinos mais visitados através da rodovia federal (BR 230) e
estaduais (PB), seguida de segurança (18%), essencial para manter a integridade física
do visitante. Um dado curioso é a despreocupação com sistemas de hospedagem, menos
de 2%, isso devido porque nasas cidades interioranas a grande parte dos visitantes
possui casas de parentes e amigos que os hospedam.
146
Gráfico 18 - Exigências nimas de infra-estrutura
Interesse por segmentos de turismo
Quando perguntados quais segmentos turístico o entrevistado teria interesse de
visitar confirmamos que a maioria (52%) tem interesse pelo Turismo de Eventos,
motivados, principalmente, pelas festividades juninas, porém, um dado interessante
apareceu em relação a segunda principal motivação, o Turismo Rural, com 20% de
interesse, talvez motivado pelo crescente stress gerados pelas as duas principais cidades
do Estado, pelas campanhas de marketing realizadas e pelo trabalho das prefeituras
locais, amparados pelos governos estaduais e federal, na construção de roteiros de
turismo pelo Brejo e Cariri paraibanos.
147
Gráfico 19 - Interesse por segmentos de turismo
Atividade de interesse para o turismo rural
Dos que responderam interesse pelo turismo rural perguntamos quais atividades
do segmento mais lhes interessaria. Com 32% do total dos entrevistados, aparece à
produção de bens, principalmente, da cachaça e da rapadura, seguido da culinária
regional e das apresentações culturais, ambas com 20%. Não menos importante com 8%
aparece à vivência do homem no campo, o que qualifica a visitação para um segmento
do turismo rural, o Agroturismo.
Gráfico 20 - Atividade de interesse para o turismo rural
148
Atrativos conhecidos em Lagoa Seca
O gráfico nos apresenta que, dos atrativos turísticos de Lagoa Seca, o mais
conhecido é a Casa de espetáculos, Villa Forró com 25% e a Imagem da Santa Virgem
dos Pobres com 23%, seguidos do artesanato, principalmente, o de estopa com 12%.
Gráfico 21 - Atrativos conhecidos em Lagoa Seca
6.1.4.1.3 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA
A Paraíba possui 223 municípios divididos em quatro Mesorregiões Geográficas
Litoral, Agreste, Cariri, e Sertão as quais mantêm suas particularidades no conjunto,
através de seus atrativos cênico-naturais e valores histórico-culturais.
Dado as características de oferta e demanda turística de município de Lagoa
Seca podemos então realizar a análise de sua concorrência.
Nossa análise começa a partir dos municípios que farão parte do Fórum de
Desenvolvimento do Agreste, Campina Grande, Fagundes, Lagoa Seca, Ingá, Pocinhos,
Queimadas, Areial, Massaranduba, Mogeiro, Natuba e Riachão do Bacamarte, dentre
estes, os que possuem particularidades que se assemelham com o município de Lagoa
Seca, tornando-se para o turismo concorrentes, podemos citar:
Com características semelhantes à Lagoa Seca, o município de Fagundes possui
atrativos turísticos como, a Pedra de Santo Antônio (Figura 78), local de beleza cênica,
149
lendas e religião, infra-estrutura de acesso, ponto de apoio ao turista, além de bar,
restaurante e hospedaria. O município possui, ainda, tios de agricultura familiar e que
remetem ao passado através da "Revolta dos Quebra-Quilos" e o "Ronco da Abelha”.
Figura 75 - Bar e Restuarante e ao fundo Pedra de Santo Annio, Fagundes - PB
A cidade de Ingá é conhecida por suas itacoatiaras, inscrições rupestres feitas em
pedras. A Pedra do Ingá (Figura 79), a mais conhecida destas é atualmente um dos
monumentos arqueológicos mais significativos do mundo. A cidade torna-se
concorrente, na medida que, Lagoa Seca, também possui pedras semelhantes e
localizadas também a margem de rios, contudo pouco exploradas, além de localização
de Ingá ser privilegiada, aproximadamente a 95,6km de João Pessoa e 35km de
Campina Grande.
Figura 76 - Inscrições rupestres na Pedra de Ingá - PB
Na cidade de Pocinhos encontra-se, também, vários tios arqueológicos
contendo itacoatiaras e pinturas rupestres, que documentam a passagem das antigas
150
civilizações pelo município, além de um dos maiores tios paleontológicos do
Nordeste; a maior pedra do mundo, em área não aflorada, com uma extensão rochosa de
aproximadamente três quilômetros; e, o vale (Figura 80) e o Parque das Pedras -
equipamento turístico classificado como restaurante típico.
Figura 77 - Vale das Pedras
O município de Massaranduba, fronteira com Lagoa Seca, possui atrativos
naturais que concorrem com Lagoa Seca no desenvolvimento do Turismo de Aventura,
como as Pedras Escondida e do Marinho (Figura 81), própria para a prática do rapel.
Figura 78 - Pedra do Marinho, Massarambuda - PB
Os Municípios que fazem parte do Fórum de Desenvolvimento do Brejo, Areia,
Alagoa Grande, Alagoa Nova, Bananeiras, Borborema, Pilões, Pirpirituba, Solânea,
Serraria, Matinhas e Guarabira, parte deles inseridos na Rota Cultural Caminhos do Frio
PB, como citado, além da proximidade com Lagoa Seca, estão em nível superior de
organização e desenvolvimento turístico oferecendo em suas cidades atrativos
econômicos consolidados, como os sítios de engenhos de produção de cachaça e da
151
rapadura em Areia, Bananeiras e Serraria e de flores em Pilões. Além dos atrativos
naturais, como a Cachoeira do Roncador em Pirpirituba; e, atrativos culturais religiosos
como a estátua do Frei Damião em Guarabira, assim, concorrentes do município.
Os municípios que fazem parte do Fórum de Cultura e Turismo do Cariri
Paraibano, entre eles: Cabaceiras, Serra Branca, Boqueirão, Boa Vista, São João do
Cariri, Serra Branca, Sumé e Monteiro, começam a se estruturarem em roteiros,
caracterizando-se, também, em um estágio de desenvolvimento turísticos acima do
município de Lagoa Seca tornando-se, assim, concorrentes, com destaques a seguir:
Cabaceiras, na prática do Turismo Rural emtios e pousadas instaladas em
áreas rurais, como a Pousada Pai Mateus (Figura 83),instaladas no Lajedo do Pai
Mateus (Figura 82) e as Pedras amontoadas denominadas Saca de Lã; Boqueirão,
através de roteiros de trilhas, passeios de lancha no Açude Epitácio Pessoa e turismo
rural no Hotel Xique-Xique; Em Boa vista, no Sítio Bravo, com cavernas, grutas, lagoas
e inscrições rupestres; e, em Serra Branca, destaca-se a Serra do Jatobá.
Figura 79 - Lajedo do Pai Mateus, Cabaceiras - PB
152
Figura 80 - Pousada Pai Mateus
Em João Pessoa no Vale do Gramame inicia-se um planejamento e fomento do
turismo rural através de roteiros de trilhas voltadas para diversos públicos, utilizando os
moradores locais (Figura 84) como condutores das trilhas, os quais vendem sua
produção de hortifrutigranjeiro, de parte, produzida em parte no sistema agroecológico
aos visitantes.
Figura 81 - Venda de produtos agrícolas a turistas no Vale do Gramame, João Pessoa -
PB
As cidades do interior da Paraíba, inseridas no Sertão, formado, principalmente,
pelos municípios de Patos, Sousa e Cajazeiras, traz em sua essência o local rústico de
belas paisagens e importantes patrimônios históricos. Porém, por sua distância aos
maiores centros emissores de turistas para Lagoa Seca, não consideramos concorrentes
potenciais.
153
6.1.5 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL AMBIENTAL, ECONÔMICO,
SOCIOCULTURAL E POLÍTICO-INSTITUCIONAL PARA O TURISMO NO
MUNICÍPIO DE LAGOA SECA
6.1.5.1 Levantamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.
6.1.5.1.1 Forças observadas para o desenvolvimento do turismo
Ambientais
Escolha e uso eficiente de tecnologias ambientalmente saudáveis na agricultura,
que não degradem o ambiente (prática da Agroecologia em propriedades rurais);
Melhoria das condições ambientais do destino, aliada à melhoria da infra-
estrutura básica da localidade, como, de transporte, por maio das estradas de
acesso ao sítio Amaragi e Cumbe; e de saúde, através dos PSF nas áreas rurais
do município, etc.;
Aumento da área de coleta de lixo para o sítio Oiti;
Iluminação pública significando melhoria na qualidade de vida dos moradores
das áreas rurais;
Grande número de cisternas e poços na área rural;
Rio Mananguape proporcionando quedas d`água e corredeiras;
Fácil acesso através da rodovia BR 104;
Culturas (agrícolas, avícolas, etc.), que despertam o interesse de turistas para
serem visitadas;
Belos cenários rurais;
Clima agradável.
154
Sociocultural
Construções de escolas de ensino fundamental em áreas rurais;
Criação do curso superior de Agroecologia da UEPB;
Oferecimento de curso técnico;
Valorização e comercialização do artesanato local através da criação do Salão do
Artesanato de Lagoa Seca-PB;
Diversificação da cultural local através dos eventos juninos e religiosos
consolidados;
População simpática e solicita; com grande propensão ao voluntariado.
Econômicos
Agregação de valor a produtos agrícolas através da agroecologia;
Comercialização de produtos agroecológicos em feiras livres em cidades
circunvizinhas como Campina Grande;
Movimentação de divisas através das casas de show locais;
Movimentação de divisas através de visitantes a trabalho de cidades
circunvizinhas.
Político-institucional
Existência de Associações de classe (no entanto, não é encontrada nenhuma
associação exclusiva para o turismo, o que pode se tornar uma ameaça);
Continuidade das poticasblicas.
155
6.1.5.1.2 Fragilidades observadas que comprometem o desenvolvimento do
turismo
Ambientais
Falta de estudos, fiscalização e monitoramento da capacidade de suporte em
atrativos naturais, como por exemplo, a Cachoeira do Pinga;
Falta de zoneamento ambiental (planejamento e uso do solo);
Caça predatória (ameaça à fauna local);
Falta de saneamento básico e de orientação para a não poluição dos rios da
região (parte das comunidades rurais de Oiti, Cumbe e Amaragi), rios estes que
formam as cachoeiras, utilizadas para banhos pelas populações locais e turistas.
Poluição ambiental através do uso de agrotóxicos;
Assoreamento dos rios e poluição dos afluentes (Rio Mamanguape e Riacho do
Marinho);
Falta de saneamento básico na área rural;
Falta de coleta de quase 60% do lixo da cidade;
Falta de criação de áreas de preservação ambiental (APA);
Falta de conservação, preservação, proteção e recuperação dos ambientes
naturais, como a Cachoeira do Pinga;
Falta de investimento do poder público local e dos empresários do setor do
turismo que exploram áreas naturais a investir em medidas de conservação, a
fim de manter a qualidade e conseqüente atratividade dos destinos;
Uso excessivo dos recursos naturais (Cachoeira do Pinga);
Ampliação da demanda pelos recursos naturais disponíveis, que pode gerar
competição com a população local pelo uso destes recursos e a conseqüente
degradação local;
Na época de chuvas, as estradas, não pavimentadas, ficam parcialmente
intrafegáveis. A má conservação das mesmas é evidente.
156
Sociocultural
Estradas rurais mal sinalizadas;
Formação técnica para o turismo inexistente;
Êxodo Rural (falta de interesse das novas gerações de agricultores rurais à
continuidade na agricultura);
Pobreza econômica principalmente nas áreas rurais;
Descaracterização de monumentos rurais;
Descaso com o bemblico (praças e monumentos);
Destruição do patrimônio histórico (Igreja Nossa Senhora Perpétuo Socorro
Sítio Amaragi).
Econômicos
Ausência de agência de turismo receptivo e emissivo local;
Falta de gestão em empreendimentos de hospedagem;
Falta de estudo da entrada de divisas provenientes do Turismo;
Falta de incentivo à geração de emprego e renda para área rural na
transformação de matéria-prima em produtos de maior valor (agregação de valor
madeira em artesanato; frutas (laranja e maracujá) em geléias, etc.;
Político-institucional
Ausência de postos de informações turísticas;
Campanhas de marketing insuficientes à atração de turistas;
Sinalização turística precária e inexistente;
Inseguraa institucional;
Cultura de desagregação;
Falta de participação do setor privado;
Falta de organização da sociedade civil;
Ausência de serviços de transporte para deficientes locomotores;
Baixo poder de investimento dos empresários locais;
Carência de transporte turístico;
Ausência de planejamento turístico;
Carência de informações sobre o fluxo turístico local;
157
Abandono de patrimônio público (Prédio da antiga escola da Comunidade de
Oiti).
6.1.5.1.3 Oportunidades para o turismo no município de Lagoa Seca-PB
Ambientais
Ecossistema diversificado;
Atrativos naturais diferenciados (hidrografia, fauna e flora);
Localização geográfica (que possibilita a conexão com outras localidades
turísticas já consolidadas, como Campina Grande);
Clima agradável;
Agricultura agroecológica;
Interesse pela preservação do meio ambiente;
A presença da EMEPA E EMATER em várias ações de desenvolvimento rural
Sociocultural
Valorização do turismo para o interior;
A criatividade de crianças, jovens e idosos, que utilizam parte de seu tempo para
criar peças de artesanatos nos sítios rurais do município;
Valorização cultural;
Patrimônio cultural;
Valorização da cultura regional;
Hospitalidade (vontade da população de ser inserida no quadro turístico, o que
impacta no bom produto);
Eventos consolidados (São João na Praça e Romaria à Virgem dos Pobres);
Tradições;
Patrimônio Histórico;
Religiosidade.
158
Econômicos
O interesse de pequenos proprietários em começar a trabalhar com o turismo -
locais para lazer; visitar e para comer (Agroturismo); passar informações
educacionais;
Turismo de eventos e negócios;
Existência de equipamentos turísticos na região;
Turismo rural;
Agroturismo;
Expansão da economia através do Turismo;
Geração de novos empregos;
Aumentar a renda da população;
Movimentar o setor de hotelaria;
Abertura de um novo produto turístico para o estado;
Esportes de aventura;
Ecoturismo;
Turismo cultural;
Desenvolvimento e crescimento econômico;
Trazer investimentos privados para o município.
Político-institucional
Alianças poticas entre governos municipal, estadual e federal;
Melhoria do relacionamento entre setor público e privado;
Fomento à participação social;
Criação do Fórum de Turismo do Agreste Paraibano.
159
6.1.5.1.4 Ameaças para o turismo o município de Lagoa Seca - PB
Ambientais
Problemas com o armazenamento do lixo;
Degradação da natureza;
Caça predatória e indiscriminada;
Poluição dos rios e canais do centro da cidade;
Limitações em saneamento básico;
Fragilidade dos ecossistemas;
Desconhecimento e/ou falta de referências para situar seus atrativos naturais
diante dos de outros municípios
Sociocultural
Educação.
Importação musical (perda de identidade cultural);
Êxodo rural (falta de uma política agrícola que mantenha o homem no campo);
Exclusão social;
Ocupação desordenada;
Sazonalidade turística;
Falta de preparo para lidar com turismo de aventura e eco-turismo; pois não
infra-estrutura e elementos humanos qualificados e capacitados.
Econômicos
los turísticos mais organizados (concorrência com produtos consolidados);
Falta de infra-estrutura turística básica (hotéis, restaurantes e etc.);
Eventos mal dimensionados que causam problemas de ordem sanitária devido a
falta de infra-estrutura.
Oferta de meios de hospedagem insuficiente.
160
Político-institucional
Vontade potica;
Planejamento;
Empresários do turismo não conscientes de sua responsabilidade como parte de
conjunto de ações para o desenvolvimento turístico da região;
Total descaso e falta de sinalização turística;
Falta de qualificação e capacitação nas áreas de serviços ligados ao turismo;
Poder Público mal orientado quanto ao seu „‟papel, no âmbito do
desenvolvimento turístico.
161
6.2. PROGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA - PB PARA A
ATIVIDADE DO TURISMO RURAL
A partir dos dados apresentados, na Análise Situacional, foram definidas as
estratégias que irão conduzir as ações para se atingir o objetivo futuro desejado. Para
isso, foi elaborado um plano de desenvolvimento sustentável do turismo rural para o
município de Lagoa Seca- PB.
6.2.1. Visão 2012
A Visão 2012 é a formulação da imagem desejada para o Município de Lagoa
Seca -PB no mercado turístico a dio prazo, que foi compartilhada com os gestores
locais, comunidade, estudantes e setor privado e está explicitada da seguinte forma
(Figura 85)8:
Figura 82 - Visão 2012
162
Dentro desta perspectiva de futuro se motivará o caminho pelo qual se
demandará o desenvolvimento do município e a qualificação de seus produtos turísticos.
6.2.2. Posicionamento Desejado
A proposta é de que Lagoa Seca - PB se fortaleça, dentro dos princípios da
sustentabilidade, como um município-destaque no segmento de Agroturismo
Agroecológico, apoiado e manifestado no patrimônio cultural, gastronômico, artesanato
e no clima rural, enriquecido pela paisagem do agreste paraibano, seus sítios, cachoeira
e morros, criando uma identidade e conservando seus recursos naturais.
6.2.3. Objetivo Geral
Promover o desenvolvimento do Agroturismo Agroecológico, de forma
sustentável, aumentando a competitividade com outros produtos turísticos da região e
estimulando o seu consumo.
6.2.4. Objetivos Específicos
Utilização racional e sustentável dos recursos naturais disponíveis;
Organização e integração as atividades turísticas do município, por meio da
formação do Fórum do Agreste Paraibano e demais parcerias;
Estruturação do segmento de turismo de eventos (técnico-científico e cultural);
Captação de grupos de consumo de maior rentabilidade, aumentando a receita
gerada pelo turismo no município;
Melhoria da infra-estrutura de acesso aos atrativos rurais do município;
Criação de roteiros turísticos.
6.2.5. Metas
As metas do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo para o
Município de Lagoa Seca - PB estabelecem perspectivas de crescimento do fluxo
turístico e do gasto médio, do mesmo, no município.
Como primeiro desafio proposto é que a implantação do Plano apresente um
crescimento no turismo nimo de 4% ao ano até 2012, seguindo a média de
crescimento do turismo no Estado. Esta estimativa foi feita considerando vários fatores,
163
desde o potencial da região, o grau de aproveitamento atual dos produtos, estruturas,
características dos seus principais competidores, criação do fórum e as possibilidades de
oferta a médio e longo prazo.
Outros desafios seriam os aumentos na estadia média do turista para 02 noites; o
gasto médio individual/dia para R$ 130,00; incremento da receita; investimento em
promoção/ano (2008-2016).
6.2.6. O Portfólio de Produtos por Mercados
Para estabelecer o portfólio de produtos por mercados consideraram-se as
características geográficas e potenciais do Município na formatação de produtos, os
recursos e potencialidades para blicos diferenciados, definindo os seguintes
segmentos prioritários:
1) Agroturismo Agroecológico;
2) Turismo de Eventos (técnico-científico e cultural);
3) Turismo Religioso;
4) Turismo de Aventura.
Foram considerados, como mercados prioritários para se promover estes
segmentos, o mercado regional, englobando o fluxo turístico regional dentro do próprio
Estado da Paraíba.
6.2.7. Portfólio de prioridades de produtos por Mercado
Campina
Grande
João
Pessoa
Brejo/Agreste
Agroturismo
***
**
*
Turismo de Eventos (técnico-
científico e cultural)
***
**
*
Turismo Religioso
***
*
**
Turismo de Aventura
***
**
***
*. Maior potencial
164
6.2.8. Linhas de ação
As linhas de ação nos propicia a conhecimento as ações mais imprescindíveis de
planejamento, desenvolvimento e competitividade da atividade turística para o
município de Lagoa Seca-PB, com o objetivo de maximizar as forças e oportunidades e
minimizar as fraquezas e ameaças, apresentadas a seguir:
Estabelecimento de mecanismos de gestão, fiscalização, monitoramento e
controle ambiental, a fim de evitar a degradação ambiental, como a poluição dos
recursos naturais, hídricos e solo, principalmente.
Sugestão: Incentivar a criação de Unidades de Conservação (Parques, APAs,
Reserva do Patrimônio Particular Natural (RPPN)). Ex.: RPPN do tio
Amaragi, a fim de desenvolver atividades de maneira sustentável do segmento
de Turismo de Aventura na Cachoeira do Pinga e corredeiras do Rio
Mananguape;
Proibir a caça predatória, ameaça a fauna local.
Sugestão: Criar mecanismos de fiscalização através de parcerias junto ao
IBAMA; e, palestras de sensibilização nas comunidades rurais sobre a
importância e equilíbrio da fauna e a importância da existência de animais
silvestres;
Implantação e/ou ampliação do sistema de coleta de lixo nas rurais evitando o
aterramento, queixa e despejo em áreas de aproveitamento ao turismo, como
rios.
Estabelecimento de uma legislação e diretrizes específicas para o turismo e meio
ambiente, que estabeleça limites sobre o uso de áreas naturais, principalmente a
empreendimentos turísticos;
Implementação de instâncias de governanças, como o fórum e comitês, com
mecanismos de participação da sociedade na gestão municipal.
Sugestão: Criação do Fórum de Desenvolvimento do Turismo no Agreste
Paraibano e do Comitê Municipal de Turismo;
Abertura de linhas de crédito de apoio à implantação de agência receptiva local;
Planejar os atrativos de forma sustentável, diferenciado e competitivo com o
mercado;
Demandar a sinalização turística ao local e nos atrativos.
165
Sugestão: Criar um projeto de sinalização turística através da parceria com o
Curso Técnico em Turismo da Escola Técnica Redentorista (ETER) ou com o
curso Superior em Turismo do Instituto de Ensino Superior (IESP), ambas,
instituições do município vizinho Campina Grande PB;
Criar postos de informações turísticas em locais estratégicos, utilizando a mão-
de-obra local.
Sugestão: Criação do AGROTUR INFO Posto de informações turísticas na
entrada da Sede do município, na proximidade do Monumento Virgem dos
Pobres, ponto estratégico de entrada aos sítios da área rural.
Promover ações de planejamento municipal, ambiental e turístico a curto, médio
e longo prazos;
Promover estudos sobre capacidade de carga de atrativos turísticos naturais.
Sugestão: Os estudos poderiam ser feitos através de parcerias com o curso de
s-Graduação em Recursos Naturais da UFCG, priorizando a área da
Cachoeira do Pinga;
Promover cursos de sensibilização, suporte técnico e capacitação profissional em
turismo e meio ambiente para gestores locais e a comunidade em geral.
Sugestões:
o Computação curso básico de computação e informática, poderá ser
promovido pelo SENAI;
o Primeiros Socorros essencial para a oferta de serviços de guiagem
seguras e responsáveis. Incluem prevenção contra acidentes, técnicas de
salvamento, atendimentos emergenciais, entre outros, promovido pelo
Corpo de Bombeiros;
o Artesanato e Embalagens novas técnicas de trabalho em tecidos, barro,
madeira e arranjos feitos com materiais da região, promovido pelo
SENAR ou SEBRAE;
o Educação Ambiental tema obrigatório em municípios, cidades e locais
que recebem visitação de ecoturistas e que dependem da conservação e
preservação do meio natural para desenvolver o turismo sustentável.
Tema envolvente e que privilegia a qualidade de vida da comunidade e
ambiental, podendo ser promovido por instituições como o SENAR,
UEPB, UFCG, ONG e FURNÊ/UNIPÊ;
166
o Flora, Fauna e Plantas Medicinais conhecimento mais abrangente sobre
flora e plantas medicinais, pela UFCG e Sindicato dos Trabalhadores
Rurais;
o Básico para condutores de visitantes técnicas e procedimentos da
guiagem de turistas, pela ETER;
o Assistência Técnica para Proprietários de Atrativos: realização de cursos
de capacitação na área hoteleira, alimentação, turismo, incremento do
curso de guia (fauna e flora) e artesanato;
Relações interpessoais e atendimento ao público (SEBRAE ou SENAR);
Construção, com a participação de guias e comunidade local de roteiros e
circuitos para o turismo em Lagoa Seca;
Agregar valor aos produtos locais, a fim de atingir uma demanda com maior
poder aquisitivo.
Envolver a comunidade rural no processo de planejamento e tomada de decisão,
através da mobilização, sensibilização e participação em seminários e encontros;
Promover apoio às comunidades, através das associações (artesanato, folclore,
tradições);
Aproveitar as características do município, próprias da Região do Agreste, como
belezas nicas, esportes de aventura, patrimônio hisrico-cultural e religioso
para o desenvolvimento do turismo interiorano e integrando-os a roteiros de
outros municípios;
Aproveitar o sistema de agricultura agroecológica nos sítios da zona rural para o
desenvolvimento do Agroturismo;
Aproveitar a BR-104 que corta a cidade para aumentar o fluxo de visitantes
principalmente vindos de Campina Grande;
Ampliar a demanda de eventos, através da sensibilização de organizadores de
eventos para criarem e captarem novos eventos para o município, aproveitando a
o-de-obra local.
Sugestões:
o Com uma variedade riquíssima em atrativos, será interessante divulgar a
região promovendo eventos variados na cidade, podendo ser shows,
feiras de artesanato ou festas comemorativas. Nessas ocasiões, os
serviços de hospedagem e alimentação (principalmente) poderão expor
167
fotografias dos principais atrativos do município, fazendo com que o
turista se sinta motivado a visitar a região.
o Promoção e apoio a feiras visando desenvolver o turismo de negócios, e
agricultura relacionados aos produtos associados, exemplo: Feira das
hortaliças, artesanato e gastronomia definindo o evento como ponto de
comercialização dos produtos associados.
Buscar parcerias para o investimento no setor hoteleiro e de alimentação.
168
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES
No presente estudo, os recursos naturais e a agricultura agroecológica
mereceram especial atenção, pois, se acredita que o seu potencial de retorno à
comunidade e localidade é imensurável oferecendo benefícios não somente
econômicos, mas, ambientais, sócio-culturais e potico-institucional. Assim, a
utilização destes, é encarada como fundamental ao desenvolvimento e competitividade
local, podendo oferecer diferentes atrações e programar um produto turístico local
diferenciado no mercado.
Percebeu-se que a agricultura agroecológica, como atividade econômica
praticada nos sítios rurais do município, constitui um importante atrativo diferencial
para o desenvolvimento do Turismo Rural, em especial, um segmento do mesmo, o
Agroturismo, num mercado regional bastante concorrido. Contudo, a falta de legislação
específica e sensibilização dos produtores são os grandes impasses para a implantação
da atividade.
O município possui patrimônio artístico-cultural, através do artesanato, bastante
significativo (englobando os trabalhos, entre outros, em estopa e madeira) para o
desenvolvimento do Agroturismo, apresentando esforços em divulgação e incentivos à
sua perpetuação, contudo deve-se incentivar a expansão destes as áreas rurais.
O espaço e a paisagem são aspectos de maior valor para o desenvolvimento da
atividade agroturística local e deve haver um maior esforço para a sua preservação,
conservação e manutenção, na busca do não-esgotamento prematuro dos recursos não-
renováveis e pela exploração irracional dos renováveis.
Percebe-se uma gama de oportunidades a serem exploradas no local, associadas
ao desenvolvimento do Agroturismo Agroecológico, como: o Turismo de Eventos,
Turismo Religioso e Turismo de Aventura, devendo haver um maior esforço em
divulgação dos "produtos" através do incentivo ao desenvolvimento da marca, roteiros
turísticos, eventos e potencialidades.
O implemento da atividade agroturística no local beneficiao município com a
geração de emprego e renda, o aumento do fluxo de capital, a preservação da identidade
169
local, a melhoria da qualidade de vida, intercâmbio cultural e conservação dos recursos
naturais.
Os princípios do desenvolvimento sustentável devem ser difundidos na
sociedade como um todo do município, para que haja a compreensão da sua importância
e para que possa ocorrer o turismo baseado em seus princípios.
O processo de planejamento do turismo rural sob princípios de conservação e
gestão ambiental para o município de Lagoa Seca-PB foi importante para marcar o
início do desenvolvimento dessa atividade no local; e que esta, aconteça com a
participação de todos os agentes da sociedade, visando a atividade sustentável e a
perpetuação da utilidade do espaço, onde especificamente com bases nos resultados do
estudo e para as condições em que o mesmo foi realizado, concluiu-se que:
1. O inventário turístico evidenciou a potencialidade do município de Lagoa Seca
PB para o desenvolvimento do turismo rural através da identificação detalhada
dos principais atrativos turísticos naturais (cachoeiras e corredeiras do Rio
Mamanguape), culturais (artesanato) e econômicos, (tios rurais);
2. Com relação à demanda efetiva turística do município de Lagoa Seca PB:
a. Estar relacionada majoritariamente ao município de Campina Grande
PB (59%), o que demonstra a importância dessa cidade para o
desenvolvimento do turismo local;
b. Não planejamento para a permanência do turista acima de 24 h no
local;
c. A movimentação de divisas provenientes do visitante é em média de R$
50,00/dia, considerada pequena;
3. Com relação à demanda potencial turística do município de Lagoa Seca PB:
a. Os principais centros para emissão de turistas a Lagoa Seca-PB são
Campina Grande e João Pessoa-PB;
b. O turismo rural é o segundo segmento de interesse a visitação;
170
4. A situação ambiental do município para o desenvolvimento do Turismo Rural é
preocupante na medida em que a conservação dos recursos turísticos naturais
estão sendo deteriorados pela sua exploração indiscriminada e sem qualquer
estudo de capacidade de suporte do atrativo;
5. A situação econômica para o desenvolvimento do Turismo Rural do município é
inquietante na medida em a maior parte da população sobrevive da agricultura
de subsistência com renda familiar baixa não sendo explorado o turismo como
fonte de renda local;
6. A situação sócio-cultural para o desenvolvimento do Turismo Rural do
município é expressiva no artesanato, porém pouco difundido na área rural;
7. A situação potico-institucional para o desenvolvimento do Turismo Rural do
município se apresenta deficitária à medida que não existem estâncias de
governanças formadas para o desenvolvimento de turismo como os fóruns;
8. O município de Lagoa Seca-PB se apresenta, numa visão de futuro, como um
município destino turístico de referência na região do agreste paraibano pela
preservação da identidade cultural, desenvolvimento do agroturismo
agroecologico e beleza cênica de suas reservas naturais;
9. É necessária a utilização racional e sustentável dos recursos naturais disponíveis;
10. Os produtos que podem ser ofertados em consonância com os princípios de
desenvolvimento, competitividade e sustentabilidade pelo município são em
ordem de prioridade: Turismo Rural e Agroturismo, Turismo de Eventos,
Religioso, e Aventura;
171
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTIERI, M. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável.
Guaíba: Ed. Agropecuária, 2002.
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6cod%3D+Associação+de+Turismo+Rural+e+Cultural+do+Cariri+Paraibano&hl=pt-
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Turismo rural e desenvolvimento sustentável. Santa Maria: UFSM, 1998.
175
9. APÊNDICES
Apêndice A - QUESTIONÁRIO - DEMANDA POTENCIAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
DIMENSIONAMENTO DA DEMANA TURÍSTICA
QUESTIONÁRIO - DEMANDA POTENCIAL
1) Qual a freqüência média/mês de sua
viagens a cidades do interior da
Paraíba?
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5
( ) 6 a 7 ( ) 8 ou mais
2) Qual o destino mais visitado?
___________________________________
3) Qual o principal motivo de suas
viagens?
( ) Turismo de lazer
( ) Turismo religioso
( ) Turismo de Eventos
( ) Visitas a familiares/amigos
( ) Turismo de Negócios/trabalho
( ) Estudo Outros
4) Como geralmente organiza suas
viagens?
( ) Você mesmo sem ajuda
( ) Agência de Viagens
( ) Grupo de amigos/parentes
5) Quais são suas exigência mínimas de
infra-estrutura local?
( ) Estradas
( ) Segurança
( ) Alimentação-Bar/restaurantes
( ) Transporte coletivo
( ) Outros
6) Por quais motivos você gostaria de
viajar ao interior da Paraíba?
( ) Turismo rural
( ) Turismo religioso
( ) Turismo de eventos
( ) Turismo de Aventura
( ) Lazer
( ) Outros
7) Qual desses interesses lhe motivaria
mais? (apenas os que responderem
Turismo Rural)
( ) Vivência do homem no campo)
Produção de bens (cachaça/rapadura/mel,
etc.)
( ) Artesanato
( ) Produção e compra de produtos
agroecológicos
( ) Culinária
( ) Apresentações culturais
176
Apêndice B - QUESTIONÁRIO DEMANDA EFETIVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
DIMENSIONAMENTO DA DEMANA TURÍSTICA
QUESTIONÁRIO - DEMANDA EFETIVA
1) Qual sua cidade de procedência?
_________________________________
2) Qual sua ocupação?
( ) Aposentado
( ) Assalariado iniciativa privada
( ) Assalariado Iniciativa pública
( ) Autônomo
( ) Estudante
( ) Desempregado
( ) Não respondeu
3) Qual seu grau de instrução?
( ) Pós-graduação
( ) Graduação
( ) Médio
( ) Fundamental
4) Qual seu grau de instrução?
5) Sexo
( ) Masculino ( ) Feminino
6) Qual sua idade?
( ) 13 a 17 ( ) 18 a 24 ( ) 35 a 44
( ) 45 a 60 ( ) Acima de 60
7) Qual o motivo de sua viagem?
( ) Turismo/lazer
( ) Visitas familiares/amigos
( ) Religião/peregrinação
( ) Negócios/trabalho
( ) Eventos/Congressos
( ) Estudo/pesquisa
8) Quanto tempo permaneceu no
local?
( ) 4 dias
( ) 2 a 3 dias
( ) 1 a 2 dias
( ) Menos de 24 hs
9) Como organizou sua viagem?
10) Qual o meio de transporte que
utilizou?
( ) Veículo particular próprio
( ) Veículo particular amigos/parentes
( ) Ônibus de linha
11) Onde ficou hospedado?
12) Qual foi seu gasto médio na
cidade?
( ) Até 50 ( ) 50 a 100
( ) 100 a 200 ( ) 200 a 300
( ) Acima de 300 ( ) Não soube informar
177
Apêndice C - INVENTÁRIO DA INFRA-ESTRUTURA DE APOIO AO
TURISMO
INVENTÁRIO DA INFRA-ESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO
INFORMAÇÕES BÁSICAS DO MUNICÍPIO
UF:
REGIÃO TURÍSTICA:
MUNICÍPIO:
IDENTIFICAÇÃO
Apresentação do município
Endereço:
Telefones e fax:
Telefones importantes:
Site:
E-mail:
Latitude e longitude:
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Informações gerais
Área:
População:
Municípios limítrofes:
Distritos:
Temperaturas:
Período de chuvas:
Clima:
Altitude dia:
Principais atividades ecomicas
ADMINISTRAÇÃO
Administração municipal
Nome do prefeito:
Nomes das secretarias, departamentos e
outros:
Órgão oficial de turismo:
Instância de governança municipal:
ASPECTOS LEGAIS
Legislação municipal
1.
2.
3.
4.
5.
Outras:
CONTEXTO GERAL
Principais feriados e datas comemorativas do município:
1.
2.
3.
4.
Equipamentos, instalações e serviços
públicos:
Abastecimento de água:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
178
Serviços de esgoto:
Serviços de energia:
Serviços de coleta de lixo:
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
ATRATIVOS MAIS VISITADOS
1.
2.
3.
4.
HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
PRINCIPAIS PARCERIAS, REDE DE COOPERAÇÃO, INTERCÂMBIOS E
INTERFACES COM O MUNICÍPIO
1.
2.
3.
4.
FONTES DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO
1.
2.
3.
4.
MEIOS DE ACESSO AO MUNICÍPIO
Nome da Rodovia:
Tipo de Rodovia:
( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal
Sinalização Geral:
( ) Bem Sinalizado ( ) Mal Sinalizado
( ) Não Sinalizado
Sinalização Turística:
( ) Bem Sinalizado ( ) Mal Sinalizado
( ) Não Sinalizado
Pavimentação:
( ) Asfalto ( ) Concreto ( )
Paralelepípedo ( ) Saibro ( ) Asfalto
Ecológico ( ) Chão Batido
Conservação:
( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
MUNICAÇÕES
Agências postais
Nome:
Endereço:
Fone:
Postos telefônicos/telefonias celulares
Nome:
Endereço:
Fone:
Radioamadores:
Nome:
Endereço:
Fone:
Emissoras de rádio/TV
Nome:
Endereço:
Fone:
Freqüência:
Gênero:
179
Jornais e revistas
nacionais/regionais/locais
Nome:
Endereço:
Fone:
Internet
Nome:
Endereço:
Fone:
SISTEMA DE SEGURANÇA
Delegacia/postos de polícia
Nome:
Endereço:
Fone:
Corpo de bombeiros
Nome:
Endereço:
Fone:
Outros
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
SISTEMA MÉDICO-HOSPITALAR
Pronto-socorros
Nome:
Endereço:
Fone:
Hospitais
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de leitos
Especilidades:
Clínicas médicas
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Maternidades
Nome:
Endereço:
Fone:
Postos de saúde
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Farmácias/drogarias
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Clínicas odontológicas
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
180
Fone:
Outros
Nome:
Endereço:
Fone:
SISTEMA EDUCACIONAL
Ensino fundamental
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de alunos:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de alunos:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de alunos:
Ensino médio
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de alunos:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nº de alunos:
Ensino superior
Nome:
Endereço:
Fone:
Cursos:
Cursos técnicos
Nome:
Endereço:
Fone:
Cursos:
Especializações
Nome:
Endereço:
Fone:
Cursos:
OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE APOIO
Locadoras de imóveis
Nome:
Endereço:
Fone:
Locadoras de
automóveis/embarcações/aeronaves
Nome:
Endereço:
Fone:
Lojas de artesanato/suvenires
Nome:
Endereço:
Fone:
Centros comerciais
Nome:
Endereço:
Fone:
Galerias de arte/antiguidades
Nome:
Endereço:
Fone:
Lojas de artigos Figuragráficos
Nome:
Endereço:
Fone:
Agências bancárias/casas de câmbio
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Serviços mecânicos
Nome:
Endereço:
Fone:
Postos de abastecimento
Nome:
Endereço:
Fone:
Nome:
181
Endereço:
Fone:
Nome:
Endereço:
Fone:
Locais/templos de manifestação de
Nome:
Endereço:
Fone:
182
Apêndice D - INVENTÁRIO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
INVENTÁRIO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
Hospedagem
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Pontos de refencia:
Descrição
Localização e ambiência:
Unidades habitacionais:
Facilidades nas UHs:
Tipo de diária:
Área social:
Recreação e lazer:
Instalações para eventos:
Restrições aos hóspedes:
Descrições e observações complementares:
183
Gastronomia
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Pontos de refencia:
Descrição
Localização e ambiência
Capacidade do empreendimento
Adaptações e facilidades para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida
Serviços e equipamentos
Tipos de culinária
Descrições e observações complementares
Agenciamento
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Pontos de refencia:
Descrição
Localização e ambiência
Serviços especializados
Descrições e observações complementares
184
Transporte
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Descrição
Abrangência
Tipos de serviço
Perfil dos veículos
Serviços
Descrições e observações complementares
Eventos
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Descrição
Espaço físico
Área para feiras e exposições
Serviços e equipamentos de apoio
Outras instalações e equipamentos
Descrições e observações complementares
185
Lazer e Entretenimento
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Descrição
Serviços e equipamentos de apoio
Principais atividades
Descrições e observações complementares
Outros Serviços e Equipamentos
Turísticos
Tipo:
Endereço:
Telefone/fax:
Site:
E-mail:
Descrição
Serviços e equipamentos de apoio
Principais atividades
Descrições e observações complementares
186
Apêndice E - INVENTÁTIO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
Atrativos Naturais
Tipo:
Endereço:
Ponto de referência:
Descrição:
Localização e ambiência:
Localidade mais próxima do atrativo:
Sinalização:
Meios de acesso:
Via terrestre:
Acesso mais utilizado:
Transportes para o atrativo:
Legislações de proteção ao atrativo:
Estado de conservação/preservação do atrativo:
Entrada do atrativo:
Visitação:
Serviços e equipamentos no atrativo:
Atividades realizadas no atrativo natural:
Roteiros turísticos comercializados:
Origem dos visitantes:
Descrição do atrativo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE PÓS-GRADUÃO
MESTRADO EM RECURSOS NATURAIS
INVENTÁTIO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
187
Observações complementares:
Atrativos Culturais
Tipo:
Endereço:
Ponto de referência:
Descrição:
Descrições do atrativo:
Localidade mais próxima do atrativo:
Período histórico bens materiais:
Sinalização:
Meios de acesso:
Via terrestre:
Acesso mais utilizado:
Transportes para o atrativo:
Legislações de proteção ao atrativo:
Estado de conservação/preservação do atrativo:
Entrada do atrativo:
Visitação:
Serviços e equipamentos no atrativo:
Atividades realizadas no atrativo cultural:
Roteiros turísticos comercializados:
Origem dos visitantes:
Descrição do atrativo:
Observações complementares:
188
Atrativos Econômicos
Tipo:
Endereço:
Ponto de referência:
Descrição:
Descrições do atrativo:
Localidade mais próxima do atrativo:
Período histórico bens materiais:
Sinalização:
Meios de acesso:
Via terrestre:
Acesso mais utilizado:
Transportes para o atrativo:
Legislações de proteção ao atrativo:
Estado de conservação/preservação do atrativo:
Entrada do atrativo:
Visitação:
Serviços e equipamentos no atrativo:
Atividades realizadas no atrativo econômico:
Roteiros turísticos comercializados:
Origem dos visitantes:
Descrição do atrativo:
Observações complementares:
189
Atrações Técnicas, Científicas ou
Artísticas
Tipo:
Endereço:
Ponto de referência:
Descrição:
Descrições do atrativo:
Localidade mais próxima do atrativo:
Período histórico bens materiais:
Sinalização:
Meios de acesso:
Via terrestre:
Acesso mais utilizado:
Transportes para o atrativo:
Legislações de proteção ao atrativo:
Estado de conservação/preservação do atrativo:
Entrada do atrativo:
Visitação:
Serviços e equipamentos no atrativo:
Atividades realizadas no atrativo:
Roteiros turísticos comercializados:
Origem dos visitantes:
Descrição do atrativo:
Observações complementares:
190
Atrativos Culturais
Tipo:
Endereço:
Ponto de referência:
Descrição:
Descrições do atrativo:
Localidade mais próxima do atrativo:
Período histórico bens materiais:
Sinalização:
Meios de acesso:
Via terrestre:
Acesso mais utilizado:
Transportes para o atrativo:
Legislações de proteção ao atrativo:
Estado de conservação/preservação do atrativo:
Entrada do atrativo:
Visitação:
Serviços e equipamentos no atrativo:
Atividades realizadas no atrativo cultural:
Roteiros turísticos comercializados:
Origem dos visitantes:
Descrição do atrativo:
Observações complementares:
191
10. ANEXOS
ANEXO A - MAPEAMENTO DE FONTES DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NO
MUNICÍPIO DE LAGOA SECA - PB
Figura 83 - Mapeamento de fontes de água subterrânea no município de Lagoa Seca -
PB. AESA, 2005
192
ANEXO B - MAPA RODOVIÁRIO DAS RODOVIAS QUE CORTAM O
MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB
Figura 84 - Mapa Rodoviário das rodovias que cortam o município de Lagoa
Seca-PB
193
ANEXO C - CAPA DA CARTILHA DE LAGOA SECA AGRICULTURA
FAMILIAR
194
Anexo D - CARTILHA DA COMISSÃO DE CULTIVOS ECOLÓGICO NO
AGRESTE PARAIBANO
195
Anexo E - CARTELA DE PEDIDO DE VERDURAS SEM AGROTÓXICO
196
Anexo F - CARTILHA DE ORIENTAÇÃO AO AGRICULTOR FAMILIAR:
TURISMO, Rede TRAF.
197
Anexo G - PROJETO DE CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÀGUA SUBTERRÂNEA EM LAGAO SECA - PB
198
Anexo H - INFORMATIVO DA AGRICULTURA FAMILIAR: A FEIRA DE
PRODUTOS AGROECOLÓGICOS DE LAGOA SECA, AS-PTA
199
Anexo I - MAPA MUNICIPAL ESTILÍSTICO DE LAGOA SECA - PB
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
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Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
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Baixar livros de Trabalho
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