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Mais tarde, Hiwada
et al. (1986) analisaram o comportamento das forças aerodinâmicas
para
4
102,0Re ⋅= e para uma ampla faixa de valores de dδ
B
(de 0,23 a 2,82). Concluiu-se
que o coeficiente de arrasto sofria uma queda à medida que
dh decrescia e que dδ
B
aumentava, o que concordava com os resultados apresentados por Zdravkovich (1985b).
Entretanto, para o caso de menor camada limite (
0,23dδ
B
), a diminuição do coeficiente
de arrasto iniciou-se quando a distância do cilindro até o solo era igual a 1,0, caso onde o
cilindro ainda estava fora da camada limite formada no solo, sugerindo que a queda do arrasto
poderia ser causada não só pela interferência direta da camada limite, como havia se pensado.
Com relação ao coeficiente de sustentação, resultados similares aos de Roshko
et al. (1975)
foram obtidos para todos os valores de
dδ
B
investigados, ou seja, a sustentação não sofre
influência da camada limite formada junto ao solo. Hiwada
et al. (1986) ainda mediram a
velocidade na região próxima ao corpo e encontraram
0,8dh
como sendo o valor crítico
da distância do cilindro ao chão, para todas as relações
dδ
B
testadas. O número de Strouhal,
no entanto, diminuía à medida que
dh decrescia e que dδ
B
aumentava, contrariando os
resultados obtidos por Bearman & Zdravkovich (1978), para
4
104,8Re ⋅= .
Outro estudo relatando os efeitos da relação
dδ
B
foi feito por Taniguchi & Miyakoshi
(1990) para
4
109,4Re ⋅= . Ao contrário dos resultados obtidos por Hiwada et al. (1986),
verificou-se que a distância crítica
)
c
dh tornava-se mais ampla (de 0,8 para 1,4) à medida
que
dδ
B
aumentava (de 0,34 para 1,05). A relação entre
)
c
dh e dδ
B
não era linear, mas
exponencial. Neste trabalho, os autores obtiveram os valores rms dos coeficientes de arrasto e
de sustentação (
'
D
C e
'
L
C ), e identificaram que a relação
)
c
dh correspondia a um valor de
dh onde os valores de
'
D
C e
'
L
C eram mínimos. A relação entre o valor de
'
L
C e o início ou
interrupção do desprendimento de vórtices foi confirmada por Lei
et al. (1999). Neste último
estudo, entretanto, a relação
()
c
dh diminuía suavemente (de 0,9 para 0,8) à medida que
dδ
B
aumentava (de 0,14 para 2,89), contrariando as observações de Taniguchi & Miyakoshi
(1990).
Zdravkovich (2003) estudou o comportamento do coeficiente de arrasto em um cilindro
circular localizado próximo a uma superfície plana móvel; a superfície se movimentava com a
mesma velocidade do escoamento incidente. O número de Reynolds do escoamento era alto
(
5
102,5Re ⋅= ) e, nas condições descritas acima, praticamente não houve formação de
camada limite junto à superfície plana móvel. Ao contrário de todos os estudos comentados