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detergentes, tintas de impressão, vernizes, corantes de laboratórios, produtos
farmacêuticos, processos químicos para a produção de aço e ferro, material fotográfico,
explosivos e fertilizantes.
Nas primeiras três décadas do séc. XX, a Alemanha predominava em muitas
áreas das ciências naturais, da matemática e da tecnologia, apesar da interferência de
uma guerra ruidosa
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. Em 1911 foi criada a Sociedade Kaiser Guilherme hoje Sociedade
Max Planck, na década de 1920 outros Institutos Kaiser foram criados em outras partes
da Alemanha com o objetivo de incentivar as pesquisas químicas, físico-químicas,
físicas e médicas.
Na exposição Universal de 1900, em Paris, os alemães mostraram sua produção
científica: a liquefação de gases, produção de energia elétrica e eletroquímica. O mais
puro tório brilhante era produzido pela Alemanha
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. O tório é um metal natural,
ligeiramente radioativo. Quando puro, é um metal branco prateado que mantém o brilho
por diversos meses. Entretanto, em presença do ar escurece lentamente tornano-se cinza
ou, eventualmente, preto.
O óxido de tório ( ThO
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), também chamado de “tória”, apresenta um dos pontos
de ebulição mais elevados (3300°C) de todos os óxidos. Quando aquecido no ar, o metal
de tório inflama-se e queima produzindo uma luz branca brilhante
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. O óxido de tório
era utilizado, na época, para a produção das películas de lâmpadas. Em 1910 os alemães
fabricavam mais ferro-gusa e aço do que França e Inglaterra juntas
23
. Apesar dos
problemas causados no pós-guerra e dos boicotes aos cientistas pelos seus colegas de
profissão de outros países, a Alemanha era vista como um centro de referência da
ciência e tecnologia; o idioma alemão considerado fundamental para a educação e para
o desenvolvimento cientifico. E foi através da pesquisa que chegou ao pioneirismo da
produção industrial de tintas e corante, o que possibilitou à Alemanha sair de uma
economia agrícola para industrializada.
Nas ciências médicas, em 1786, descobriu-se a bactéria causadora da tuberculose
e criou-se o tratamento químico para doenças. Neste ponto, a medicina e a química
formam uma aliança para o beneficio da humanidade. Berlin tornou-se o centro do
20
CORNWELL John, Os Cientistas de Hitler, Imago, Rio de Janeiro,2003 p. 45.
21
Diana Kormos Barkan, Walter Nernst and Transition to Modern Physical Science (Cambridge, 1999), pp104 ss
em Corwell John, Cientistas de Hitler
22
RINGER Fritz,R,O Declínio dos Mandarins Alemães, Edusp, São Paulo, 2000 p. 55.
23
CORWELL John, Os Cientistas de Hitler, Imago, Rio de Janeiro, 2003 p. 46.