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fundamenta-se na interdisciplinaridade, na intercultural, idade, baseada no diálogo. Para Paulo
Freire (1992), nesta metodologia, o conteúdo não pode apenas ser depositado no educando
pelo educador, pois deve haver um equilíbrio entre a teoria e a prática, entre a liberdade e a
autoridade. E a escola educa para a cidadania (GADOTTI, 2000) e, para Behrens (2005), é
politizada e politizadora. De acordo com a autora, a avaliação é processual, contínua e
transformadora, podendo também realizá-la em grupo e no modelo de autoavaliação. Em
síntese, a pedagogia de Paulo Freire visa formar um ser humano concreto fruto de relações
sociais e crítico em relação às realidades sociais.
O paradigma da Complexidade tem como fundamento a produção do conhecimento e
consequentemente práticas pedagógicas que desenvolvam no aluno o espírito crítico,
investigativo e principalmente participativo. Este novo paradigma propõe metodologias que
instiguem estas habilidades nos discentes, a exemplo da metodologia de projetos, que está
relacionada com a investigação a partir da problematização. Esta tem se mostrado relevante
dentro das práticas pedagógicas e caracteriza um ensino inovador, embora não seja algo novo,
pois surgiu na escola nova nos anos de 1930, com Dewey. Para que seja implementada, exige
dos professores disciplina e um detalhado planejamento, para que não ocorram complicações
no processo. Conforme Behrens (2006), objetivando um trabalho sistematizado e sério o
professor tem um papel importante de mediador do processo. A implementação desta
metodologia exige que o professor realize etapas como a problematização, a discussão do
projeto, a contextualização, as aulas dialogadas, pesquisa individual, a produção individual, a
discussão crítica reflexiva, também uma produção coletiva e a produção final. Ao término
destas fases o único e fundamental resultado é o aprendizado. Esta prática que visa superar o
paradigma tradicional exige dedicação tanto do professor quanto do aluno.
O educar pela pesquisa assume grande importância em todos os níveis de ensino
principalmente no superior, pois, a partir dele, o aluno desenvolve a sua capacidade crítica e
realiza questionamentos reconstrutivo; acompanhando o pensamento de Demo (1996), este,
relaciona a teoria e a prática, a qualidade formal e política. Esta metodologia tem por objetivo
emancipar os alunos, fazendo com que sejam sujeitos de sua própria história e consigam
adquirir conhecimento por meio da pesquisa. Neste método educacional, o aluno é ativo,
participativo, produtivo e reconstrutivo, superando a passividade do método tradicional; é
também parceiro de trabalho do professor, que exerce um papel fundamental de orientador do
processo. O aluno realiza trabalhos individuais e em grupo, reconstrói conhecimentos, analisa
bancos de dados e é avaliado por sua participação e produção. E a escola é um ambiente
inovador (DEMO, 1996).