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Entrevista com Eduarda
minha casa. Eu tenho o terreno grande e fazia os culto de evangelização, convidava as pessoas que
não era batizado, que não conhecia a doutrina, e lá se converteu quatro almas: o meu padrasto, a
minha, minha cunhada, meu irmão mais novo e o meu esposo, tudo ali, nos seis cultos. Eles vinham
na igreja mas acho que não dava muito tempo, e parece que não sente né, mas uns seis ou sete
cultos ajudou bastante. A evangelização.
Norberto: Desde que o marido também se converteu, obedeceu... a sua vida mudou mais ainda, ele
mudou muito depois de obedecer?
Eduarda: Não, não mudou. Ele já, o meu marido era do que jeito que ele é agora, ele já era o
mesmo, só que agora, ele já tinha parado de fumar, quando ele obedeceu ele fumava, ele não fuma
mais, mas mudou sim, a gente acha que não, mas mudou sim, mudou bastante.
Norberto: Você lembra da sua vida antes de ser da congregação?
Eduarda: Mhm, e como lembro,
Norberto: Eh, então o que a sua, você obedecendo, o que mudou dentro de você?
Eduarda: Tudo, muita coisa
Norberto: O que?
Eduarda: Aprendi a ter paciência que eu não tinha né, eu acho eu não era feliz, eu acho que hoje
sou feliz, acho não, eu tenho certeza, eu não era feliz naquele tempo, só sofria, só tinha sofrimento.
Muita coisa mudou na minha vida.
Norberto: O que fazia, o que fazia você sofrer naquele tempo?
Eduarda: Falta de não conhecer as coisas de Deus né. Eu não conhecia nada, eu era cega
espiritualmente. Quando eu não ia à igreja, eu não conhecia nada, eu ia por ir, eu ia buscar a Deus
mas não entendia nada, entendeu, agora não hoje em dia eu tenho tudo que eu preciso, (ri) quando
eu vou, eu escuto a palavra, e ali conforta a minha alma, não era material, a alma mesmo. Aquela
coisas triste na alma, eu tenho tudo isso, e quando estou triste já penso (ri), tirar a tristeza, mudou
muita coisa em minha vida
Norberto: Você enxerga muitas coisas diferente em você, como pessoa mudou, o seu
comportamento, as suas atitudes mudaram? O que mudou?
Eduarda: O que mudou? Tem tanta coisa, na minha aparência você fala?
Norberto: É pra ver a sua visão do mundo, do jeito que você fala de outras pessoas, o jeito que você
avalia as outras pessoas, as coisas?
Eduarda: A gente olha muitas pessoas, assim, a gente vê que é cega espiritual né, a gente vê assim,
que nem o passado, né, no domingo passado, retrasado, fui visitar um primo meu que estava doente,
cheguei lá, foi uma tristeza, uma tristeza ver o jeito que eles tão, tanto materialmente, mas
primeiramente espiritual, né, cega espiritual, tudo eles, ... eu me vejo no passado né, que eu era
daquele jeito. Cega espiritualmente, só não sabia em que me agarrar, e eu vejo assim muita gente,
pior foi ela que eu fui ver, né, fui visitar.
Norberto: Então de alguma maneira, às vezes até isso afastou você um pouco da sua família, porque
agora você percebe a diferença que entre você e aqueles que não...
Eduarda: Não, afastar não, porque antes já era assim né, não afastar. O tempo é curto e não dá para
ficar frequentemente na casa dos parentes e tudo. né,
Norberto: Sim
Eduarda: Mas muita coisa que ele fazem, a gente não faz né, é deixar de ir à igreja para ir numa
festa... nós não faz isso, nós vamos para igreja, e eu, muitas vezes tem algum passeio, eu não vou,
não porque tava dentro da igreja, não é questão disso, é questão que as coisas de Deus interessa
mais né, então eu fui lá visitei ela, aquele jeito dela triste, aquela situação deles, é ruim, é ruim, não
tem como explicar cego espiritualmente, não entende nada das coisas de Deus, então fica difícil né,
eu olho assim e disse: eu já era assim também. (risos dos dois)