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Os materiais são carregados para o interior do forno por meio de dois estágios de
cones (5), os quais são responsáveis pela selagem dos gases e pela distribuição radial
dos materiais na “goela” do forno. Vários fornos possuem um dispositivo
denominado “armadura móvel”, que consiste de placas móveis cuja função é reduzir
a seção, permitindo o direcionamento dos materiais carregados para a região central.
Continuando com a Figura 3.2.1, também no topo do forno existem quatro
“uptakes” (6), através dos quais o gás quente e sujo de pó deixa o forno e flui para
cima, quando, então são direcionados para baixo por meio do “downcommer” (7).
No extremo do topo do forno existem válvulas “bleeders” (8) cuja função é permitir
a liberação do gás e proteger o topo no caso de uma súbita elevação de pressão do
gás, decorrente de eventuais problemas com o processo.
O gás desce pelo “downcommer” até o coletor de pó (9), onde as partículas de pó
mais grosseiras se depositam, acumulam e são descarregadas sobre um vagão
ferroviário. O gás então flui através de um “venturi” (10), onde “sprays” de água
removem as partículas mais finas. O estágio final de tratamento do gás consiste de
um desumidificador (11) cuja função é reduzir o teor de umidade do gás.
Após a limpeza, parte do gás gerado é direcionada para os regeneradores (12).
Normalmente os fornos são equipados com 3 ou 4 regeneradores com formato
cilíndrico, para aquecer o ar. Os gases são queimados na região inferior do
regenerador, atingem o domo e, ao descer, transferem calor para um empilhamento
de tijolos refratários presente no interior do regenerador. Os produtos da combustão
deixam os regeneradores e são encaminhados a uma chaminé compartilhada por
todos (13). Após passar por este processo de aquecimento, uma determinada vazão
de ar pressurizado, fornecido por turbo-sopradores, assume fluxo contrário no
regenerador, levando a temperatura deste ar próximo de 1.200ºC. O ar aquecido
então passa pelo anel de vento e é injetado pelas ventaneiras no interior do alto forno.
Na parte inferior do forno o gusa e a escória produzidos são separados por
diferença de densidade no canal principal (14). O gusa é coletado em carros torpedo
(15) e destinado à Aciaria para ser transformado em aço. A escória é drenada em
potes (16) ou transformada em um material granulado na área de granulação de
escória e colocada para venda, podendo ser utilizado como matéria prima para as
indústrias de cimento.