1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
A periimplantite, assim como a doença periodontal, é caracterizada como
sendo uma doença complexa, causada por patógenos periodontais que produzem
endotoxinas as quais regulam a produção de citocinas, aumentando o infiltrado
inflamatório e a liberação de enzimas proteolíticas responsáveis pela destruição dos
tecidos periimplantares (Mombelli et al., 1995; Hurzeler et al., 1997; Mombelli &
Lang, 1998; Lee et al., 1999; Leonhardt et al., 1999; Mombelli, 1999; Hass et al.,
2000; Mombelli et al., 2001; Klinge et al., 2002; Kivela-Rajamaki et al., 2003; Shibli et
al., 2003a; Shibli et al., 2003b; Shibli et al., 2003c; Shibli, 2003d; Shibli et al., 2005).
Dessa forma, as doenças periimplantares devem ser diagnosticadas e tratadas como
infecções bacterianas (Mombelli et al., 1987; Mombelli et al., 1995; Mombelli & Lang,
1998; Listgarten & Lai, 1999; Mombelli, 1999; Khoury & Buchmann, 2001; Mombelli
et al., 2001; Shibli et al., 2003a; Shibli et al., 2003b; Shibli et al., 2003c; Martins et
al., 2004; Romeo et al., 2005; Shibli et al., 2005).
Os tratamentos utilizados para o re-estabelecimento da saúde e da
arquitetura dos tecidos periimplantares são, na sua grande maioria, semelhantes às
terapias utilizadas em Periodontia, como por exemplo, químico (Hämmerle et al.,
1995; Ericsson et al., 1996; Hurzeler et al., 1997; Mombelli et al., 2001; Schou et al.,
2003d),
físico (Hass et al., 2000; Shibli et al., 2003a; Shibli et al., 2003c; Shibli,
2003d; Shibli et al., 2004; Schwarz et al., 2005; Shibli et al., 2006), não-cirúrgico
(Mombelli et al., 1992; Mombelli et al., 2001; Klinge et al., 2002), cirúrgico associado
à regeneração óssea guiada e/ou biomateriais (Persson et al., 1996; Hurzeler et al.,
1997; Persson et al., 1999; Khoury & Buchmann, 2001; Persson et al., 2001a;
Persson et al., 2001b; Schou et al., 2003a; Schou et al., 2003b; Schou et al., 2003c;
Schou et al., 2003d) ou uma combinação destas terapias (Persson et al., 1996;
Hurzeler et al., 1997; Persson et al., 1999; Behneke et al., 2000; Hass et al., 2000;
Khoury & Buchmann, 2001; Persson et al., 2001a; Persson et al., 2001b; Schou et
al., 2003a; Schou et al., 2003b; Schou et al., 2003c; Schou et al., 2003d; Shibli et al.,
2003a; Shibli, 2003d; Romeo et al., 2005; Shibli et al., 2006). Estas estratégias
terapêuticas têm em comum duas finalidades distintas: a descontaminação da
superfície do implante e da região periimplantar, e a restauração das condições de
saúde dos tecidos periimplantares (Hämmerle et al., 1995; Mombelli & Lang, 1998;
Mombelli, 1999; Hass et al., 2000; Khoury & Buchmann, 2001; Mombelli et al., 2001;
Klinge et al., 2002; Roos-Jansaker et al., 2003; Shibli et al., 2004; Shibli et al., 2005;