2. IAC-TATU-ST: Porte ereto, ciclo de 90 a 110 dias, suscetível à mancha-castanha,
mancha-preta, verrrugose, mancha-barrenta e ferrugem, rendimento em sementes após
descascamento de 70%, peso de 100 sementes de 40g, tamanho de sementes de 18 a
20 mm, cor vermelha da película das sementes, não possui dormência das sementes e
rendimento em óleo de 41%
Arachis hypogaea subsp. hypogaea var. hypogaea
1. IAC-Caiapó: cultivar de ciclo longo (130-135 dias), de hábito rasteiro, produtividade
de 2,5 a 3,0 t/ha, grãos de tamanho médio, de cor castanha e com dormência. Possui
alto teor de óleo (44%) de alta qualidade com relação oléico/linoléico de 1,6 a 2,0. É
moderadamente resistente a cercosporiose, ferrugem e verrugose e resistente à mancha
barrenta. Melhor adaptada para semeadura e colheita mecanizada.
2. Runner IAC 886: cultivar de ciclo longo (125 a 130 dias), com grãos de cor castanha,
alta produtividade e características de grão tipo exportação. Indicada para lavouras
tecnificadas.
O amendoim é considerado como uma espécie autógama, com uma estrutura
reprodutiva, que facilita a autofecundação, sendo composta por oito anteras e estigma na
mesma altura ou ligeiramente acima das anteras, sendo que todas as estruturas são envoltas
por uma quilha (SANTOS & GODOY, 1999 apud FÁVERO 2004).
2.1.3 – A cultura do amendoim
Dentre as espécies do gênero Arachis a maior parte das pesquisas genéticas são
dirigidas à seção Arachis que contém o amendoim cultivado, que é amplamente cultivado em
mais de 80 países da América, Ásia e África (MORETZSOHN et al., 2004, SINGH &
SINGH, 1992). Considerada como apreciável fonte de matéria graxa, o amendoim é tido
como uma das principais oleaginosas cultivadas em larga escala mundial, principalmente na
África, na América, incluindo os Estados Unidos e em diversos países da América Latina,
inclusive no Brasil e, na Indonésia (Ásia) (MARTIN, 1985; SANTOS et al., 1997). É a quarta
maior cultura oleaginosa mundial, seguindo a soja (56,8%), o algodão (11,3%) e a canola
(11,8%). Participa com 10% da produção mundial de óleo comestível. A China, os EUA e a
Índia são os maiores produtores mundiais (HE et al., 2003). Já a China, os Estados Unidos e a
Argentina são os maiores exportadores devido à qualidade dos grãos, enquanto, o Japão e a
Europa os maiores importadores (RANGEL, 2005).
Cerca de oito milhões de toneladas anuais de grãos destinam-se ao consumo como
alimento “in natura” ou industrializado, e 15 a 18 milhões são esmagados para fabricação de
óleo comestível. Os Estados Unidos e a China, além de produtores, são grandes consumidores
de amendoim como alimento. Juntos consomem cerca de três milhões de toneladas. Nos
Estados Unidos, além de outras utilizações em confeitaria, cerca de 500 mil toneladas são
destinadas especificamente à fabricação da pasta ou manteiga de amendoim (“peanut butter”),
consumida diariamente em sanduíches, em substituição a manteigas ou margarinas
convencionais (GODOY, 2005).
De acordo com estimativa da FAO (2004), a produção mundial de amendoim está
sendo incrementada e tem alcançado 37 milhões de toneladas na casca e 5,8 milhões de
toneladas de óleo.
No Brasil, o nível tecnológico e os sistemas agrícolas em que o amendoim é produzido
apresentam variações, que podem ser observadas pela produção de cada região (Tabela 1). O
estado de São Paulo é o maior produtor nacional onde, destacam-se os municípios de Ribeirão
Preto e Marília, sendo que em Ribeirão Preto, o amendoim assume uma especial importância,
em função de estar entre as culturas de ciclo curto, que é uma opção juntamente com a soja,
na ocupação das áreas de reforma dos canaviais e, também, por existirem na região empresas