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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Análise da Relação entre o Retorno Anormal e o Volume Anormal
de Negociações das Ações que compõem o Índice BOVESPA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Alexandre Silva de Oliveira
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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2
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE O RETORNO ANORMAL E O
VOLUME ANORMAL DE NEGOCIAÇÕES DAS AÇÕES QUE
COMPÕEM O ÍNDICE BOVESPA
por
Alexandre Silva de Oliveira
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de
Pós-Graduação em Administração, Área de Concentração em
Estratégia e Competitividade, Linha de Pesquisa Finanças, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito
parcial para obtenção do grau de
Mestre em Administração.
Orientador: Prof. Paulo Sergio Ceretta, Dr.
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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3
___________________________________________________________________
© 2008
Todos os direitos autorais reservados a Alexandre Silva de Oliveira. A reprodução de
partes ou do todo deste trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor.
End.: Av. Presidente Vargas, n. 350, Bairro Patronato, Santa Maria, RS, 97020-000
Fone (0xx)55 32214579; Fax (0xx) 32234094; End. Eletr: aleoli05@yahoo.com.br
___________________________________________________________________
4
Universidade Federal de Santa Maria
Curso de Pós-Graduação Em Administração
A Comissão Examinadora, Abaixo Assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
Análise da Relação entre o Retorno Anormal e o Volume Anormal
de Negociações das Ações que compõem o Índice BOVESPA
elaborado por
ALEXANDRE SILVA DE OLIVIEIRA
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO
COMISSÃO EXAMINADORA:
Paulo Sergio Ceretta, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
Prof. Kelmara Mendes Vieira , Dra. (UFSM)
Prof. Luis Felipe Dias Lopes, Dr. (UFSM)
Santa Maria, 30 de outubro de 2008.
5
BIOGRAFIA DO AUTOR
Alexandre Silva de Oliveira, 33, Técnico Mecânico formado em 1992,
Engenheiro Mecânico formado em 2000, Administrador formado em 2002 e
Contador formado em 2006, ambos pela Universidade Federal de Santa Maria.
Obteve o título de Mestre em Engenharia de Produção, na área de Gerência da
Produção, com ênfase em Planejamento Estratégico em 2001, também pela
Universidade Federal de Santa Maria. É, atualmente, empresário, consultor de
empresas e professor do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA e Rede
Metodista do Sul – FAMES, em Santa Maria.
6
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus pais, Ivo Antônio de Oliveira e Maria Madalena
de Oliveira, a minha mulher, Adriana Hundertmark da Silva, e ao desenvolvimento
contínuo do saber humano.
7
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Programa de Pós Graduação em Administração como um todo,
pela oportunidade de participar do mesmo, dentro da área de Estratégia e
Competitividade, com foco em Finanças.
Agradeço a todas aquelas pessoas que colaboraram com o desenvolvimento
deste trabalho diretamente, como a Profa. Dra. Kelmara Mendes Vieira e o Prof. Dr.
Luis Felipe Dias Lopes ou, indiretamente, fornecendo material, informações e apoio.
Àquelas entidades que abriram suas portas e permitiram a coleta de informações
que eram fundamentais para o trabalho, e que serviram de base para as conclusões
do estudo.
Dedicações especiais a meu orientador, Prof. Dr Paulo Sergio Ceretta, que
com serenidade e sabedoria foi meu guia no desbravo deste trabalho. E a colegas
que indiretamente ajudaram no desenvolvimento desse trabalho, como a Profa.
Marta Von Ende, o Prof. Denis Altieri de Oliveira Moraes, e o colega André Marques.
E sem deixar de mencionar, a minha família que em todas as horas difíceis
me acolheu e incentivou no trabalho, bem como a minha esposa, Adriana, por sua
compreensão e paciência nos momentos em que estive ausente.
Neste trabalho busquei dar o melhor de mim! Como diz Fernando Pessoa:
...“Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em
cada lago a lua toda brilha porque alta vive”.
8
"Aquele que acredita que alcançará
grandes resultados imediatamente pode
estar enganado. Investir em ações é um
trabalho como qualquer outro, que exige
disciplina, múltiplos esforços e uma
reeducação sobre com lidar com o dinheiro.
Para aqueles que cumprirem com o rigor
estas etapas, a recompensa pode ser
surpreendente.”
Marcelo Piazza
9
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Santa Maria
Curso de Pós-Graduação em Administração
Análise da Relação entre o Retorno Anormal e o Volume Anormal
de Negociações das Ações que compõem o Índice BOVESPA
Autor: Alexandre Silva de Oliveira
Orientador: Prof. Paulo Sergio Ceretta, Dr.
Local e Data da Defesa: Santa Maira, 30 de Outubro de 2008.
O tema de pesquisa da dissertação proposta é a análise da relação entre o
retorno anormal e o volume anormal de negociações das ações que compõe o
índice Ibovespa. Como questões se investigam qual a relação dinâmica e
contemporânea entre o retorno anormal e volume anormal e entre a volatilidade do
retorno anormal e o volume anormal, e qual a relação dinâmica e contemporânea
entre o retorno da ação e volume negociado e entre a volatilidade do retorno e o
volume negociado. Como método de pesquisa desenvolveu-se pesquisas
bibliográficas e estudo das séries temporais das ações que compunham o índice
Ibovespa em 30 de Maio de 2008, tratadas com o uso de regressões ltiplas
defasadas, com o modelo GJR-GARCH e com a análise de causalidade de Granger.
Como resultados o trabalho não permite afirmações conclusivas com relação a
significância das relações visto que em algumas ações a relação existe de forma
significativa e em outras não, porém mostra que o volume pode ser utilizado como
prognóstico do movimento dos preços para algumas ações em particular em
operações de traders no uso de análise técnica.
Palavras-Chaves: Mercado Financeiro, Formação do Preço, Número de Negócios.
10
ABSTRACT
Dissertation of Master's Degree
Federal University of Santa Maria
Post – Graduate Course in Administration
Análise da Relação entre o Retorno Anormal e o Volume Anormal
de Negociações das Ações que compõem o Índice BOVESPA
(Analysis of the Relationship among the Abnormal Return and the
Abnormal Volume of Negotiations of the Actions that it composes the
BOVESPA Index)
Author: Alexandre Silva de Oliveira
Advisor: Prof. Paulo Sergio Ceretta, Dr.
Dates and place of the defense: Santa Maria, 30th October, 2008.
The theme of research of the proposed dissertation is the analysis of the
relationship among the abnormal return and the abnormal volume of negotiations of
the actions that it composes the index Ibovespa. As subjects are investigated which
the dynamic and contemporary relationship between the abnormal return and
abnormal volume and enter the volatility of the abnormal return and the abnormal
volume, and which the dynamic and contemporary relationship between the return of
the action and negotiated volume and enter the volatility of the return and the
negotiated volume. As research method grew bibliographical researches and I study
of the temporary series of the actions that composed the index Ibovespa on May 30,
2008, treated with the use of regressions multiple behind, with the model GJR-GARCH
and with the analysis of causality of Granger. As results the work doesn't allow
conclusive statements with relationship the significância of the relationships sees that
in some actions the relationship exists in a significant way and in other no, however it
shows that the volume can be used as prognostic of the movement of the prices for
some actions in matter in traders operations in the use of technical analysis.
Word-Keys: Finance market, Formation of the Price, Number of Businesses.
11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Estrutura lógica dos modelos de preço-volume. .......................................27
Figura 2 - Ilustração da relação assimétrica entre a mudança de preço e volume....29
12
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Sumário dos estudos empíricos pesquisados que podem demonstrar a
existência de relação entre a variação dos preços ∆p (e, portanto com o retorno) e o
volume negociado V. .................................................................................................34
QUADRO 2 - Carteira do Ibovespa em Maio de 2008...............................................53
QUADRO 3 - Estatística descritiva das variáveis das ações.....................................55
QUADRO 4 - Análise da estacionariedade das variáveis..........................................57
QUADRO 5 - Análise da correlação entre as variáveis das variáveis. ......................59
QUADRO 6 - Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC do Retorno
Anormal, da Volatilidade do Retorno Anormal e do Volume Anormal Negociado. ....61
QUADRO 7 - Análise da significância da relação entre os Retornos Anormais e
Volumes Anormais. ...................................................................................................62
QUADRO 8 - Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC do Retorno e
do Volume Negociado. ..............................................................................................64
QUADRO 9 - Análise da significância da relação entre o Retorno e Volume
Negociado. ................................................................................................................65
QUADRO 10 - Análise da significância da relação entre o Retorno e Volume
Negociado. ................................................................................................................67
QUADRO 11 - Análise da distribuição de probabilidade que mais se ajusta ao erro.68
QUADRO 12 - Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC das
variáveis. ...................................................................................................................70
QUADRO 13 - Causalidade entre as variáveis..........................................................71
QUADRO 14 – Resumo dos resultados da Causalidade de Granger .......................72
QUADRO 15 - Resumo dos Resultado Obtidos da Relação Contemporânea e de
Causalidade entre o Retorno Anormal e Volume Anormal e entre o Retorno e o
Volume Negociado das ações que compunham a Carteira do Ibovespa em 30 de
Maio de 2008.............................................................................................................73
13
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ADF
Augmented Dickey-Fuller
AIC
Akaike Information Criterion
ALLL11 ALL AMER LAT
AMBV4 AMBEV
AR
Retorno Anormal
AR Autoregressivo
ARCH
Autoregressive Conditional Heteroskedasticity
ARCZ6 ARACRUZ
ARMA
Autoregressive Integrated Moving-Average
B
Beta
BBAS3 BRASIL
BBDC4 BRADESCO
BNCA3 NOSSA CAIXA
BRAP4 BRADESPAR
BRKM5 BRASKEM
BRTO4 BRASIL TELEC
BRTP3 BRASIL T PAR
BRTP4 BRASIL T PAR
BTOW3 B2W VAREJO
CAPM
Capital Asset Price Model
CCPR3 CYRE COM-CCP
CCRO3 CCR RODOVIAS
CESP6 CESP
C.G.
Causalidade Granger
14
CGAS5 COMGAS
CLSC6 CELESC
CMIG4 CEMIG
CPFE3 CPFL ENERGIA
CPLE6 COPEL
CRUZ3 SOUZA CRUZ
CSAN3 COSAN
CSNA3 SID NACIONAL
CYRE3 CYRELA REALT
D
Dummy
DJ
Dow Jones
DJIA
Dow Jones Industrial Average
DURA4 DURATEX
ELET3 ELETROBRAS
ELET6 ELETROBRAS
ELPL6 ELETROPAULO
EMBR3 EMBRAER
FT-SE
Financial Times Stock Exchange Index of UK
GARCH
Generalized Autoregressive Conditional Heteroskedasticity
GFSA3 GAFISA
GGBR4 GERDAU
GJR-GARCH
Gllosten, Jagannathan and Runkle - Generalized Autoregressive
Conditional Heteroskedasticity
GOAU4 GERDAU MET
GOLL4 GOL
15
IBEX-35
Ibéria Exchange 35 Index
IBRX Índice Brasil das 100 Ações mais Negociadas
IBRX 50 Índice Brasil das 50 Ações mais Negociadas
ITAG
Índice de Ações com Tag Along Diferenciado
ITAU4 ITAUBANCO
ITSA4 ITAUSA
JBSS3 JBS
Ќ
Curetose
KLBN4 KLABIN S/A
KPSS Kwiatkowski, Phillips, Schmidt e Shin
KS Kolmogorov-Smirnov
L
Função de Probabilidade
LAME4 LOJAS AMERIC
LIGT3 LIGHT S/A
LREN3 LOJAS RENNER
MDH
Mixture of Distribuition Hypotesis
ML Máxima Verossimilhança
NATU3 NATURA
NETC4 NET
NYSE
New York Stock Exchange
OBV
On Balance Volume
PCAR4 P.ACUCAR-CBD
PETR3 PETROBRAS
PETR4 PETROBRAS
16
PRGA3 PERDIGAO S/A
R
Retorno
RSID3 ROSSI RESID
Ѕ
Assimetria
S&P500
Standard & Poor's 500 Index
SBSP3 SABESP
SDIA4 SADIA S/A
SSE
Sum Squares Errors
TAMM4 TAM S/A
TCSL3 TIM PART S/A
TCSL4 TIM PART S/A
TLPP4 TELESP
TMAR5 TELEMAR N L
TMCP4 TELEMIG PART
TNLP3 TELEMAR
TNLP4 TELEMAR
TOPIX
Tokyo Stock Price Índex
TRPL4 TRAN PAULIST
UBBR11 UNIBANCO
UGPA4 ULTRAPAR
URVs Unidade Real de Valor
USIM3 USIMINAS
USIM5 USIMINAS
V
Volume Negociado
17
VA
Volume Anormal
VALE3 VALE R DOCE
VALE5 VALE R DOCE
VAR
Vectorial Autoregressive
VCPA4 V C P
VIVO4 VIVO
WIG20
Warsaw 20 Largest Índex
µ
Média
σ
2
Variância
v
Graus de Liberdade
Função Gama
18
S U M Á R I O
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................19
1.1 OBJETIVO GERAL ...............................................................................................22
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................23
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................25
3 METODOLOGIA ....................................................................................................36
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA.............................................................................36
3.2 SÉRIE TEMPORAL ...............................................................................................36
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................................37
3.3.1 Obtenção dos retornos anormais e volumes negociados anormais ................................... 37
3.3.2 Teste de Estacionariedade das Séries Temporais.............................................................. 39
3.3.3 Análise de correlação entre os retornos anormais e os volumes negociados anormais .... 41
3.3.4 Teste da significância das relações entre os retornos anormais e volumes anormais....... 41
3.3.5 Teste da significância das relações entre o retorno e o volume negociado ....................... 43
3.3.6 Teste da significância das relações entre a volatilidade do retorno e o volume negociado 44
3.3.7 Causalidade Granger entre retornos anormais e volumes de negociação anormais ......... 46
3.4 HIPÓTESES ........................................................................................................50
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................52
4.1 CARTEIRA DO IBOVESPA .....................................................................................52
4.2 ESTATÍSTICA DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS ............................................................54
4.3 ANÁLISE DA ESTACIONARIEDADE DAS VARIÁVEIS .................................................56
4.4 ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS ..................................................58
4.5 TESTE DA SIGNIFICÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE OS RETORNOS ANORMAIS E VOLUMES
ANORMAIS...............................................................................................................60
4.6 TESTE DA SIGNIFICÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE O RETORNO E VOLUME NEGOCIADO 63
4.7 TESTE DA SIGNIFICÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE A VOLATILIDADE DO RETORNO E
VOLUME NEGOCIADO ...............................................................................................66
4.8 TESTE DA SIGNIFICÂNCIA DA RELAÇÃO CAUSAL ENTRE AS VARIÁVEIS ...................69
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................75
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................77
APÊNDICE................................................................................................................81
19
1 INTRODUÇÃO
Desde suas origens, os retornos das ações tentam ser estimados no mercado
financeiro. A negociação de ativos vem sofrendo modificações com a inserção de
sistemas eletrônicos de solicitação de compra e venda, tornando os mercados mais
dinâmicos e com maior volume de negociações (BOVESPA, 2008).
Todas essas mudanças têm permitido o crescimento e o desenvolvimento
desses mercados, fornecendo-lhes maior liquidez e capacidade de cumprir com sua
função, aumentando a suscetibilidade de variação rápida nos preços pelo
instantâneo movimento dos investidores causado pela geração da informação
globalizada (RANALDO e FAVRE, 2003).
A função básica pela qual investidores buscam o mercado financeiro é a
manutenção da liquidez dos recursos e a maximização da remuneração dos ativos
(BODIE e MERTON, 1999). A maximização dos ativos está relacionada à
expectativa dos investidores obterem retornos anormais de seus investimentos. Essa
expectativa gera uma corrida aos mercados no momento que novas informações
ocorrem, ocasionando também a geração de volumes anormais de negociação.
Porém, nem sempre a informação trás consigo uma tendência de ganhos, o que
torna necessário estimar a tendência do movimento do preço das ações.
Dada a relevância da estimativa do preço das ações para a obtenção de
retornos anormais, esta dissertação apresenta uma proposta de apreciação da
dinâmica dos preços e sua relação ao volume de negociações das Ações no
Mercado Financeiro Nacional. Analisa a relação entre o retorno anormal e o volume
anormal de negociações das ações que compõe o Índice Bovespa. Isso porque o
volume anormal de negociações talvez possa ser útil como uma medida do
desempenho futuro do ativo, caso possua relação direta com o seu movimento
altista ou baixista.
O problema de pesquisa consiste em dizer de maneira explícita, clara,
compreensível e operacional, qual a dificuldade com que a pesquisa se defronta e
que pretende resolver (GOMIDES, 2002). O objetivo da formulação do problema de
20
pesquisa é torná-lo individualizado, específico, e tratando-se do mercado financeiro,
um problema característico é verificar se o preço da ação é justo para o mercado no
momento da compra ou da venda e se não está sob ou sub valorizado.
Um dos modelos que permitem resolver esse problema é o modelo de
apreçamento de ativos, CAPM (Capital Asset Price Model) introduzido por Sharpe
(1964), Lintner (1965) e Mossin (1966). Ele é o modelo mais comumente utilizado
para determinar o valor das ações, porém, evidências apontam ineficiência nessa
mensuração.
Estudos em mercados internacionais, como o de Karpoff (1987), o de
Suominen (2001) e como o de Gurgul, Majdosz e Mestel (2005), foram
desenvolvidos para identificar a influência do volume de negociações em acréscimo
ao modelo CAPM.
No mercado brasileiro, os estudos de Caselani e Eid (2004) e Loriato e
Gomes (2005) foram evidenciados relacionando o volume de negócios a precificação
dos ativos, avaliando o giro de negociação e a influência do período de publicação
das demonstrações financeiras no retorno, respectivamente.
No entanto, nenhum estudo no Brasil relaciona diretamente o volume
negociado como sendo uma variável para determinação do retorno das ações. Esta
lacuna de estudo científica somada ao fato de que o retorno dos ativos brasileiros
pode apresentar características peculiares e diferentes das dos outros países no que
tange a sua relação com o volume de negócios, toma-se como problema proposto
para estudo a seguinte questão:
Qual a relação entre o Retorno Anormal e o Volume Anormal de Negociações
das Ações que compõe o Índice BOVESPA?
De acordo com Gurgul, Majdosz e Mestel (2005), a maioria das pesquisas
empíricas sobre o mercado de ações foca o movimento do preço das ações ao longo
do tempo. O preço das ações de uma empresa refletem as expectativas dos
investidores sobre o prospecto da firma. Novas informações causam nos
investidores a mudança de suas expectativas e são as principais razões para a
mudança no preço das ações.
21
Todavia, Ross, Westerfield e Jaffe (1995), afirmam que a liberação de uma
nova informação não necessariamente induz o preço das ações a se mover. Um
exemplo é imaginar que os investidores podem avaliar a notícia heterogeneamente
(como boa ou ruim). É o caso de anúncio por uma companhia de que irá incrementar
o pagamento de dividendos. Investidores podem interpretar como uma notícia boa
sobre o futuro desempenho da empresa e aumentará o preço de suas ações. Por
outro lado, investidores interessados em capital podem se interessar em vender as
ações com base nestas informações, em lugar de receber dividendos (devido a
tributação). Na média, a despeito da importância para investidores individuais, a
informação não afetou o preço das ações.
Outras situações as quais novas informações podem deixar os preços das
ações inalterados, segundo Ross, Westerfield e Jaffe (1995), são com relação a
interpretação dos investidores caso a notícia seja homogênea, mas eles ficam com
expectativas prioritárias diferentes (devido à assimetria na distribuição da
informação). Assim, conclui-se que o preço das ações podem não apontar
corretamente a importância da informação em todos os casos.
Por outro lado, Gurgul, Majdosz e Mestel (2005) afirmam que uma condição
necessária para o movimento dos preços é um volume de mercado positivo. O
volume pode não ser tratado como estastica descritiva, mas também pode ser
tratado como uma importante informação no contexto do futuro dos preços e no
contexto do processo de volatilidade. Preços e volumes negociados constroem a
informação de mercado agregada de cada nova parte de informação. Ao contrário
do comportamento do preço das ações, que reflete a média da mudança na crença
dos investidores devido à chegada de uma nova informação, o volume negociado
reflete o somatório das reações dos investidores.
Gurgul, Majdosz e Mestel (2005), ao contrário de Ross, Westerfield e Jaffe
(1995), afirmam que diferenças nas reações de preços dos investidores são
usualmente perdidas pela média de preços, mas são preservadas no volume de
negociações. A observação do volume negociado é um importante suplemento no
estudo do comportamento do preço das ações.
22
Em reflexo à situação econômica mundial com a crise do mercado financeiro
e imobiliário americano (bolha imobiliária) e de acordo com a Bovespa (2007), no
Brasil, ocorrem variações bruscas de preço dos ativos com aumento substancial na
volatilidade diária e um grande incremento no volume de negociações. É uma
oportunidade de estudo do retorno dos ativos relativamente ao volume de negócios
executados, para verificar quanto de informação sobre o comportamento dos
retornos pode ser revelada pelo volume de mercado. Isso justifica o estudo da
relação entre os volumes anormais negociados e os retornos anormais das ações no
mercado de ações brasileiro especificamente as empresas que compõe o Índice
Bovespa
1
, porque representam uma soma superior a 80% do volume negociado.
A investigação cobre não apenas os dados contemporâneos, mas também as
relações dinâmicas (causais), pois o grande interesse é analisar se o volume
anormal negociado se relaciona ao retorno anormal das ações. Neste estudo, usam-
se dados individuais das ações ao invés de dados indexados
2
pelo interesse em
estudar a relação entres as variáveis individualmente em cada uma das ações.
Os objetivos do trabalho estão relacionados a seguir e divididos em objetivo
geral e espeficos, com o propósito de esclarecer as relações, entre o retorno
anormal e o volume anormal negociado que o projeto pretende analisar, como é o
caso da causalidade de Granger.
1.1 Objetivo Geral
Analisar a relação entre o retorno anormal e o volume anormal de
negociações das ações que compõem o Índice Bovespa.
1
Na Bovespa são negociados ativos de mais de 500 empresas.
2
Elton et al. (2004), define dados indexados como sendo a replicação de índices, que para o mercado
brasileiro, poderia ser o Ibovespa, o IBrX 50, o IBrX, o Itag, entre outros índices fornecidos pelo
mercado.
23
1.2 Objetivos Específicos
Verificar a relação linear contemporânea entre o retorno anormal e o volume
anormal de negociações das ações, a volatilidade do retorno anormal e o
volume anormal de negociações das ações, o retorno e volume e a
volatilidade do retorno e volume negociado com o uso de um modelo de
regressão múltipla defasada;
Analisar a relação linear dinâmica das variáveis retorno anormal e volume
anormal, volatilidade do retorno anormal e volume anormal, retorno e volume
e volatilidade do retorno e volume negociado com o uso de um modelo de
regressão múltipla defasada;
Identificar a relação linear dinâmica das variáveis retorno anormal e volume
anormal, volatiidade do retorno anormal e volume anormal, retorno e volume,
e volatilidade do retorno e volume com o uso do modelo de causalidade de
Granger.
As relações contemporâneas referem-se às relações entre os retornos
anormais e volumes anormais, ou entre a volatilidade anormal e o volume anormal,
que ocorrem no mesmo período temporal. E as relações dinâmicas se referem as
relações entre os retornos anormais e volumes anormais, ou entre a volatilidade
anormal e o volume anormal, que ocorrem entre períodos de tempo defasados.
Para o desenvolvimento desse estudo, o projeto de pesquisa está estruturado
de forma a apresentar, o problema de pesquisa, a justificativa e os objetivos,
abordando os motivos que despertaram o interesse pelo tema, bem como o que se
pretende alcançar com o estudo. O capítulo 2 é destinado à revisão da literatura
disponível encontrada sobre o tema, a fim de apresentar o que foi ou está sendo
pesquisado nessa linha. No capítulo 3, está desenvolvida a metodologia a ser
utilizada, a população objeto do estudo, a forma de tratamento dos dados, que
contempla análises como o estudo da causalidade de Granger entre as variáveis
retorno anormal e volume anormal de negociação; e também apresenta os
resultados esperados. Em seguida, no capítulo 4, apresenta-se os resultados e a
24
discussão e no capítulo 5, a conclusão, seguido da bibliografia utilizada até o
momento e o apêndice.
25
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo apresentará o referencial teórico utilizado inicialmente como
aporte ao tema a ser pesquisado. Trata-se de uma revisão da literatura disponível, a
fim de se tomar conhecimento do que existe sobre o assunto e oferecer
contextualização e consistência à investigação.
Granville’s (1963) publicou uma forma de mensurar o preço dos ativos e ainda
é muito utilizada na análise diária dos traders, é o saldo do volume de negociações –
On Balance Volume (OBV). A teoria é de que equacionado o volume com o preço
ocorre um resto. Caso o preço p aumente, soma-se o volume v de forma acumulada
e subtrai-se caso o preço diminua. O resto, equação [1], é um indicador que
preconiza a mudança de preço:
);;(
121212
vvvvppifOBV +>= . [1]
A análise conjunta dos preços e do OBV, em análise técnica, permitem ao
especulador tomar decisões de compra ou de venda. Caso haja divergência entre a
direção dos preços e do OBV, é um prenúncio de mudança de tendência. Quando o
preço de um ativo vem caindo e seu OBV está subindo, a tendência e que os preços
sigam a alta do OBV. E quando o preço de um ativo vem subindo e seu OBV começa
a cair, temos um sinal de realizar nossos lucros e sair (OLIVEIRA, 2004). O OBV é
utilizado como um aviso de que o ativo está sendo acumulado para futuras subidas,
ou está sendo distribuído para futuras quedas. Na prática, traça-se uma linha de
resistência no OBV e uma resistência no preço do ativo. Eventualmente pode-se
identificar rompimento da linha de resistência do OBV, que ainda não ocorreram nos
preços. Esses rompimentos prematuros geralmente prenunciam importantes
movimentos dos preços, pois denunciam de forma irredutível o acúmulo que o
dinheiro esperto está fazendo nesse ativo.
Theil e Leenders (1965) publicaram um trabalho sobre o amanhã na bolsa de
valores de Amsterdam, ao analisarem os dados diários de 2 de novembro de 1959 a
31 de outubro de 1963,
desenvolveram a teoria da informação com base na análise
de uma função de probabilidade logaritmizada do preço subir, descer ou permanecer
26
como está, considerando a informação passada, a presente e a previsão futura.
Esse mesmo trabalho foi replicado por Fama (1965),
no período de 2 de junho de
1952 a 29 de outubro de 1962,
intitulado o amanhã na bolsa de valores de Nova
York, calculando as probabilidades de acontecimento de acordo com a informação
passada, que intuitivamente indicava proporções maiores ou menores de acréscimo,
decréscimo ou permanência, conforme o fluxo maior ou menor das ações. O fluxo
das ações está relacionado à liquidez
3
, sendo o volume negociado uma medida de
liquidez das ações.
Outro trabalho histórico encontrado na literatura que é dedicado ao estudo da
influência do volume negociado no processo de precificação dos ativos é o de Clark
(1973). Analisando os dados diários dos contratos futuros de algodão no período de
1945 a 1958, o autor desenvolveu a conhecida hipótese da mistura de distribuição
Mixture of Distribution Hypothesis (MDH). Esta hipótese argumenta que o retorno
das ações são uma mistura de distribuição. Clark afirma que o estado dos retornos
das ações e o volume negociado são relacionados à dependência comum de um
latente fluxo variável de informação. A maioria das informações chega ao mercado
sem intervalo de tempo e influencia fortemente o preço das ações que tende a
mudar. O autor aconselha o uso dos dados de volume como uma proxy para o
processo estocástico de informação. A teoria da MDH presume que existe uma forte
relação, não causal, entre volume negociado e a volatilidade dos retornos dados.
Outro assunto abordado pela MDH é que a dianteira do processo de inovação das
informações gera um impulso na volatilidade dos retornos das ações e, ao mesmo
tempo, os níveis de retorno e dados de volume exibem um parentesco incomum.
Um importante modelo explanando a chegada da informação no mercado é o
modelo de fluxo de informação seqüencial introduzido por Copeland (1976). Isto
implica que as notícias são reveladas para investidores seqüencialmente, em vez de
simultaneamente, causando uma seqüência de equilíbrio de preços em transição os
quais são acompanhados de um persistente forte volume de negócios. A mais
importante conclusão desse modelo é que existe uma relação positiva
contemporânea e causal entre a volatilidade dos preços e as atividades do mercado.
3
Liquidez, de acordo com Gitman (1978, p. 47), “a capacidade de converter ativos e passivos em
caixa”. No caso, a capacidade de comprar ou de vender rapidamente as ões está associada ao
volume de negócios da ação pretendida.
27
Epps e Epps (1976) examinam aspectos relacionados às negociações intra-
diárias no mercado. Observando as transações de 20 ações comuns no período de
janeiro de 1971, chegaram a conclusão que a alteração no preço de mercado de um
ativo, após cada transação, é igual a média das variações ocorridas nos preços de
equilíbrio imaginados pelos investidores. Por preço de equilíbrio
4
, entenda-se o
maior preço que o comprador está disposto a pagar por um título ou o menor preço
que o vendedor exige para se desfazer de um ativo. Importante na abordagem de
Epps e Epps (1976), é o fato de incluírem no modelo as diferenças de opinião entre
os investidores. Assim, presume-se que exista uma relação positiva entre o grau de
divergência dos investidores com relação ao preço de equilíbrio e o valor absoluto
das alterações no preço de mercado de um determinado ativo. Uma vez que o
volume de transações está positivamente relacionado às divergências entre os
participantes do mercado, a oscilação no preço dos ativos está diretamente
relacionada ao volume negociado. Na Figura 1, Caselani (2005) mostra a estrutura
lógica dos modelos de preço–volume.
Figura 1 - Estrutura lógica dos modelos de preço-volume.
Fonte: Caselani (2005).
Trabalhos mais recentes, que assumem flutuações estocásticas dos preços
das ações, como por exemplo, Blume, Easley e O’hara (1994) e Suominen (2001)
argumentam que especuladores informados transmitem suas informações privadas
através de suas atividades no mercado. À medida que os dados do volume
negociado deliberam unicamente informações para os participantes de mercado,
essas informações não o disponíveis nos preços e, investidores desinformados
4
A denominação original utilizada pelos autores é reservation price.
Surgimento de
novas
informações
Aumento do
número de
transações
(volume
negociado)
com as ações
Aumento nas
oscilações
(volatilidade)
Mudança nos preços após
cada transação depende da
média dos preços de
equilíbrio imaginados
individualmente pelos
investidores com as ações
28
podem desenhar suas conclusões sobre a realidade através dos sinais
informacionais do volume.
Além disso, a volatilidade do retorno e o volume negociado persistem no
tempo até mesmo nos casos em que a informação ainda não chegou. Tanto
Suominen quanto Blume aplicam um modelo de microestrutura de mercado no qual
o volume negociado é usado como um sinal de mercado para os traders
desinformados e podem ajudar a reduzir a assimetria informacional. Ambos os
estudos argumentam que o volume negociado descreve o comportamento do
mercado e influencia nas decisões dos seus participantes, o que sugerem uma forte
relação, não apenas contemporânea, mas causal, entre o volume e a volatilidade
dos retornos.
Vários outros estudos empíricos como os de Karpoff (1987), Hiemstra e Jones
(1994), Brailsford (1996), e Lee e Rui (2002) utilizam o volume de negócios
principalmente como dado indexador
5
. Apesar de todos diferirem significativamente
na forma de tratamento dos dados e na aplicação metodológica, carregam
evidências empíricas de que existe uma relação positiva entre volume negociado e
preço dos ativos.
Para Karpoff (1987), Bessembinder e Seguin (1993), Brock e Lebaron (1996),
e Lee e Rui (2002); existe uma forte relação entre volatilidade dos retornos e volume
negociado, de forma contemporânea e dinâmica. Karpoff encontrou que o volume
negociado possui relação positiva com a magnitude da mudança no preço,
apresentando um modelo simples de relação entre volume e preço, consistente com
várias observações aparentemente sem conexões ou contraditórias. A Figura 2
ilustra as proposições empíricas observadas por ele. Na figura, V é o volume ∆p é a
variação de preço e, f, g e h são funções das variáveis.
5
Elton et al. (2005, p. 466) define como indexação a replicação de índices. Em se tratando de volume
negociado como dado indexador, este é tratado como uma Proxy de mercado para a esperança do
retorno.
29
Figura 2 - Ilustração da relação assimétrica entre a mudança de preço e volume.
Fonte: Karpoff (1987).
No trabalho de Karpoff (1987), observou-se a hipótese de mudança
assimétrica entre o volume e preço, que indicaria que a relação é diferente para
variações positivas e negativas de preço. No entanto, Karpoff chegou a proposições
empíricas como: (1) a correlação entre o volume e a variação positiva do preço é
positiva; (2) A correlação entre o volume e a variação negativa do preço é negativa;
(3) Testes usando dados do volume e variações absolutas do preço apresentam
correlação positiva e heterocedasticidade no erro; e (4) Testes usando dados do
volume e mudanças do preço apresentam correlações positivas, e os resíduos de
uma regressão linear entre o volume e a variação de preço são
autocorrelacionados.
Hiemstra e Jones (1994), ao analisar os dados diários do índice Dow Jones
(DJIA até 1940 e DJ Coposite 65 até 1990) e o volume de negociações em Nova
York, no período de 1915 a 1946 com reversão média e de 1947 a 1990 com
processo estocástico; encontraram evidências empíricas de uma significante
causalidade bilateral não-linear entre o retorno e o volume negociado. Brailsford
(1996), ao analisar a relação entre o volume negociado e a volatilidade dos retornos
no mercado australiano de ações, utilizando dados diários de 24 de abril de 1989 a
31 de dezembro de 1993, encontrou que o volume negociado pode ser utilizado
como uma proxy para a chegada de informações, que em seu modelo, ao
acrescentar o volume negociado como uma variável exógena no modelo GARCH
V
∆p
V
+
= g(∆p / ∆p ≤ 0)
V
+
= f(∆p / ∆p 0)
V
+
= h(│∆p│/ ∆p ≤ 0)
30
(Generalized Autoregressive Conditional Heteroskedasticity), reduz
significativamente a persistência da variância da volatilidade.
Bessembinder e Seguen (1993), estudando os dados diários de maio de 1982
a março de 1990 sobre os mercados alemães e japoneses, dois metais da Bolsa de
Nova York - ouro e prata, duas commodities agrícolas americanas algodão e trigo,
e dois contratos financeiros americanos títulos do tesouro e contas do tesouro;
identificaram que quando o volume é dividido em componentes esperados e
componentes inesperados, os efeitos dos volumes inesperados têm impacto maior
na volatilidade. Ainda Brock e Lebaron (1996), ao analisar os dados diários das
séries temporais de 316 empresas da
NYSE no período de 24 de maio de 1977 a 31
de dezembro de 1991,
e uma segunda amostra de 4786 empresas, do período de 6
de julho de 1962 a 31 de dezembro de 1987;
criaram um modelo que reproduz os
efeitos identificados por eles no mercado: a) autocorrelação positiva entre a
volatilidade dos retornos e o volume negociado; b) correlação cruzada entre o
quadrado dos retornos com o passado do volume negociado e com o volume
corrente são, respectivamente, zero e positiva; e c) mudanças abruptas nos retornos
e nos volumes negociados ocorrem sem relação direta com o acontecimento das
notícias.
Lee e Rui (2002), usando dados diários de três mercados - Nova Iorque,
Tóquio e Londres, observaram como primeiro resultado não causalidade Granger em
nenhum dos mercados. Em segundo, identificaram uma forte relação positiva entre o
volume negociado e a volatilidade do retorno nos três mercados. Em terceiro,
analisando a relação entre os países, observaram que o volume negociado nos EUA
prediz o retorno dos mercados no Reino Unido e no Japão. E em quarto, após 1987,
com o incremento do mercado de opções nos EUA e Japão, encontraram um forte
incremento no poder informacional do volume negociado em relação aos retornos
dos mercados. Para o mercado americano, Lee e Rui usaram o índice S&P 500, no
período de 2 de janeiro de 1973 a 1 de dezembro de 1999, num total de 6684
observações. Para o mercado japonês utilizaram o índice TOPIX, no período de 7 de
janeiro de 1974 a 1 de dezembro de 1999, total de 6525 observações. E para o
mercado inglês, o índice FT-SE, no período de 27 de outubro a 1 de dezembro de
1999 em um total de 3310 observações.
31
Darrat, Rahman e Zhong (2003), ao analisar os dados intra-diários em
intervalos de 5 minutos, das 9h30min da manhã à 16h da tarde, no período de 1 de
abril de 1998 a 1 de junho de 1998, de 30 ações da DJIA (Dow Jones Industrial
Average), observaram evidências de relação significativa apenas entre as previsões
da volatilidade dos retornos e os dados passados dos volumes negociados, não
encontrando relação contemporânea entre as mesmas variáveis.
Os primeiros a aplicar modelos de séries temporais estocásticas de
heterocedasticidade (tipo GARCH) no contexto de investigação preço-volume foram
Lamoureux e Lastrapes (1990). Quando a variância do erro se relaciona ao
quadrado dos termos de erro do período anterior recebe a denominação de
heterocedasticidade condicional auto-regressiva (ARCH). Quando a variância do erro
se relaciona ao quadrado dos termos de erro em vários períodos passados recebe o
nome de heterocedasticidade condicional auto-regressiva generalizada (GARCH),
Gujarati (2006, p. 393).
Lamoureux e Lastrapes (1990), utilizando dados de 20 empresas ativas no
mercado americano, uma amostra da população do mercado de opções da CBOE,
com períodos que oscilam de 13 de junho de 1980 a 28 de junho de 1985
(dependendo da empresa), analisaram a relação contemporânea entre a volatilidade
e o volume negociado usando dados diários e os volumes individuais negociados
das ações. Eles encontraram que a persistência na variância dos retornos dos
preços desaparece quando o volume negociado é incluído na equação de variância
condicional. Considerando o volume como uma proxy para o fluxo de informação no
mercado, este resultado suporta MDH. O estudo de Lamoureux e Lastrapes (1990)
prova o fato de que o volume negociado e a volatilidade do retorno são dirigidos
pelos mesmos fatores, contudo não demonstram que fatores são estes. Omran e
Mckenzie (2000) expandiram este modelo GARCH ao aplicarem o trabalho de
Lamoureux e Lastrapes à 50 empresas do Reino Unido. Os resultados obtidos com a
introdução do volume negociado na variância condicional dos retornos foram
insignificantes, ainda que o quadrado dos resíduos continuasse apresentando forte
significância no modelo GARCH, que é uma evidência de que existe uma forte
associação entre os outliers do retorno com o volume negociado.
32
Gurgul, Majdosz e Mestel (2005) avaliaram, no período de janeiro de 1995 a
abril de 2005, 20 ações que compõe o índice WIG20 em 29 de abril de 2005 do
mercado polonês e, como método, usaram a avaliação da relação entre o retorno
anormal das ações e o volume anormal negociado em cada uma das ações do
índice. Encontraram, com isso, causalidade entre a volatilidade e o retorno em
relação ao volume negociado, relação contemporânea significativa apenas entre a
volatilidade e o volume negociado e pouco poder explanatório do volume negociado
para a variação dos preços.
No Brasil, foi encontrado o trabalho de Caselani (2005) que analisou uma
amostra de estudos diária de ações líquidas presentes com freqüência no Índice da
Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), entre janeiro de 1995 e setembro de
2003, e observou que os resultados apresentaram uma relação positiva entre o
volume (ou giro) dos negócios e a volatilidade dos retornos das ações
6
; e que
também existe uma relação positiva entre volume negociado e volatilidade nos
modelos preço-volume.
E, em pesquisa aos últimos dois anos, o trabalho de Izzeldin (2007), e de
Sáez e Moreno (2007) analisaram o seguinte: Izzeldin (2007) usou os dados intra-
diários das 9h30min da manhã até as 16h30min da tarde, dos retornos, volumes e
número de negociações em intervalos de 10, 30 e 60 minutos das séries temporais
das ações da Cisco e da Intel em 1997. Utilizando métodos econométricos como
GARCH aumentado com o volume negociado atrasado e o número de negociações,
testes com base na restrição dos momentos, análise de regressão da volatilidade no
volume negociado; normalidade dos retornos quando padronizados pelo volume e
número de negociações; e a análise de correlação entre a generalização da
volatilidade GARCH e a volatilidade realizada; obteve como resultado que o número
de negociações é uma melhor proxy para a atividade de mercado, e a confirmação
da hipótese da mistura de distribuição MDH.
Sáez e Moreno (2007) desenvolveram um modelo robusto de estimação do
retorno das ações na utilização como indicador pelos participantes de mercado;
6
Resultados apóiam teorias como à teoria da retroalimentação da volatilidade que argumenta que o
volume negociado gera um efeito positivo sobre o preço sem haver diferença de opinião entre os
investidores; e a teoria de modelos de equilíbrio com diferenças de opinião na qual o volume
33
utilizaram um modelo GARCH (1,1) para o mercado de contratos futuros da IBEX-35,
com a inclusão de choques de países ligados à economia espanhola. Utilizaram,
ainda, dados diários de fechamento no período de 1 de agosto de 2003 a 31 de julho
de 2004. A metodologia incluía retornos e volumes negociados em outros mercados
como choques de informação, obtidos da FTSE sobre os mercados desenvolvidos,
sobre a América Latina, Ásia e Oeste Europeu. Como resultados, obtiveram que a
mensuração da evolução do mercado fornece estimações mais moderadas ao
impacto das notícias chegadas dos mercados estrangeiros.
A seguir, o Quadro 1 resume os resultados obtidos pelas pesquisas anteriores
estudadas sobre a relação entre a variação do preço das ações ∆p e o volume
negociado V.
Sumário dos estudos empíricos pesquisados que podem demonstrar a existência de relação entre a variação dos
preços ∆p (e, portanto com o retorno) e o volume negociado V
Autores Ano do
Estudo
População
Utilizada
Série Temporal Intervalo de freqüência
dos dados
Relação
entre ∆p e V
Granville 1963 S&P 500 1959-62 Intra-diários, Diários,
Semanais e Mensais
Sim
Theil e
Leenders
1965 Bolsa de Valores de
Amsterdam
2 de Novembro de 1959 a 31
de Outubro de 1963
Diários Sim,
indiretamente
Fama 1965 Bolsa de Valores de
Nova York
2 de Junho de 1952 a 29 de
Outubro de 1962
Diários Sim,
indiretamente
Clark 1973 Contratos Futuros
de Algodão
1945-58 Diários Sim
Copeland 1976 Revisão bibliográfica de estudos anteriores e construção de um modelo teórico Sim
Epps e Epps 1976 20 ações comuns Janeiro, 1971 Transações Sim
Karpoff 1987 Revisão bibliográfica de estudos anteriores e construção de um modelo teórico Sim
Lamoureux e
Lastrapes
1990 20 empresas ativas
no mercado
americano, uma
amostra da
população do
mercado de opções
da CBOE
Períodos que oscilam de 13
de Junho de 1980 a 28 de
Junho de 1985, dependendo
da empresa
Diários Sim
negociado gera um efeito positivo sobre o preço com divergência de opinião entre os investidores,
Caselani (2005).
34
Sumário dos estudos empíricos pesquisados que podem demonstrar a existência de relação entre a variação dos
preços ∆p (e, portanto com o retorno) e o volume negociado V
Autores Autores Autores Autores Autores Autores
Bessembinder
e Seguen
1993 Mercados Alemães
e Japoneses, dois
metais da Bolsa de
Nova York - ouro e
prata, duas
commodities
agrícolas
americanas –
algodão e trigo, e
dois contratos
financeiros
americanos – títulos
do tesouro e contas
do tesouro
Maio de 1982 a Março de
1990
Diários Sim
Blume, Easley
e O’hara
1994 Revisão bibliográfica de estudos anteriores e construção de um modelo teórico Sim
Hiemstra e
Jones
1994 Fechamento do
índice Dow Jones
Período 1915 a 1946 e 1947
a 1990
Diários Sim
Brailsford 1996 Mercado australiano 24 de Abril de 1989 a 31 de
Dezembro de 1993
Diários Sim
Brock e
Lebaron
1996 316 empresas da
NYSE, e uma
segunda amostra de
4786 empresas
24 de Maio de 1977 a 31 de
Dezembro de 1991, e de 6 de
Julho de 1962 a 31 de
Dezembro de 1987
Diários Sim
Omran e
Mckenzie
2000 50 ações do Reino
Unido
Diários Sim
Suominen 2001 Revisão bibliográfica de estudos anteriores e construção de um modelo teórico Sim
Lee e Rui 2002 Índices S&P 500/
NY, TOPIX/ Tóquio e
FT-SE/ Londres
2 de Janeiro de 1973 a 1 de
Dezembro de 1999, 7 de
Janeiro de 1974 a 1 de
Dezembro de 1999, e 27 de
Outubro a 1 de Dezembro de
1999, respectivamente
Diários Sim
Darrat,
Rahman e
Zhong
2003 30 ações da DJIA 1 de Abril de 1998 a 1 de
Junho de 1998
Intra-diários, intervalo de
5 minutos
Sim
Gurgul,
Majdosz e
Mestel
2005 Todas as 20 ações
do WIG20, Polônia
Janeiro de 1995 a Abril de
2005
Diários Sim
Caselani 2005 Ações líquidas com
frequência no
IBOVESPA
Janeiro de 1995 a Setembro
de 2003
Diários Sim
Izzeldin 2007 Ações da Cisco e
Intel
Janeiro a Dezembro de 1997 Intra-diários – 10, 30 e
60 minutos
Sim
Sáez e
Moreno
2007 Contratos futuros da
IBEX-35
1 de Agosto de 2003 à 31 de
Julho de 2004
Diários Sim
QUADRO 1 - Sumário dos estudos empíricos pesquisados que podem demonstrar a existência de
relação entre a variação dos preços ∆p (e, portanto com o retorno) e o volume negociado V.
35
Dos trabalhos estudados na revisão bibliográfica, os estudos de Lee e Rui
(2002) e os estudos de Gurgul, Majdosz e Mestel (2005) serão os mais utilizados no
desenvolvimento do trabalho devido as metodologias abordarem diretamente os
retornos anormais e volumes anormais de negociação, como é observada na seção
metodologia. Os demais trabalhos serviram de suporte teórico ao tema proposto,
especialmente para a elaboração das hipóteses iniciais levantadas.
36
3 METODOLOGIA
Nesta seção, são apresentadas as características do estudo desenvolvido,
bem como os procedimentos que serão efetuados para o teste das hipóteses pré-
estabelecidas.
3.1 Classificação da Pesquisa
Vergara (1990) apresenta uma taxonomia para a tipificação de pesquisas
considerando basicamente dois aspectos: fins e meios. Tomando-se por base esta
classificação, pode-se dizer que a pesquisa proposta é descritiva quanto aos fins, e
documental e de séries temporais quanto aos meios. Descritiva, porque buscará
expor algumas características do mercado à vista financeiro do Brasil,
especificamente as ações que compõe o Índice Bovespa, estabelecendo correlações
entre variáveis. Documental e de análise de séries temporais, pois utilizar-se-ão
materiais publicados em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, registros, anais, a
fim de dar suporte ao referencial teórico e também os dados reais passados das
ações que compõem o índice Bovespa.
3.2 Série Temporal
A amostra é obtida a partir do preço de fechamento das 53 ações de maior
negociabilidade da Bolsa de Valores de o Paulo, e que compunham o índice
Bovespa em Maio de 2008.
As 53 séries temporais contam com a análise desde 02 de janeiro de 1996 até
30 de Maio de 2008, um total de 3072 observações. A série anterior a este período
não é analisada porque representa períodos de transição na política cambial e
monetária (MENDONÇA e PIRES, 2006). Na época, a moeda era Cruzados e URVs
e o câmbio possuía paridade entre o real e o dólar.
37
Os dados utilizados serão diários, que, no banco de dados disponível, é o
menor período, aumentando a freqüência de observações e permitindo detectar, de
forma mais sensível, o tamanho do impulso gerado pelo fluxo de informações nas
variáveis estudadas.
3.3 Tratamento dos Dados
Aplicação do software R na análise quantitativa, estatística, com o uso da
estatística descritiva dos dados, testes para validação de modelos de regressão
dinâmica, como é o caso do teste de significância e o teste de estacionariedade do
modelo e análise de causalidade pelo método de Granger.
3.3.1 Obtenção dos retornos anormais e volumes negociados anormais
Nesta seção não é usado o retorno e o volume negociado, mas em lugar disto
duas variáveis com retorno de ações anormais e volumes anormais negociados
serão abordados. Para obter estas variáveis, primeiramente é calculado o retorno
normal (valor esperado) e o volume negociado com um modelo que utiliza 600
observações anteriores, o que significa que o modelo utiliza dados a partir de 03 de
junho de 1998, e, então, se computa as realizações anormais, AR, como a diferença
entre a atual observação, R, e aquelas esperadas pelo modelo, E[R,I], em que R é o
retorno e I é a informação sobre a empresa no tempo t. AV é o volume anormal
negociado, V o volume negociado, e E[V,I] a esperança do volume negociado,
equações [2.1] e [2.2]. Note que ambas as variáveis podem ser consideradas como
uma mensuração da parte inesperada de uma dada realização:
]/[
tttt
IRERAR =
;
[2.1]
]/[
tttt
IVEVAV =
.
[2.2]
38
Para encontrar os valores esperados é usado o modelo de mercado CAPM
Capital Asset Price Model, para o retorno, com o uso de retornos logaritimizados e
uma proxy do volume negociado, obtido a partir das 66 empresas analisadas.
O CAPM, segundo Gropelli e Nikbakht (2005), é o padrão na maior parte das
análises de finanças, e é dado pela equação [3]:
jfMftt
BRRERIRE *])([]/[ +=
, [3]
em que, R
f
é o Ativo sem risco é aquele no qual o retorno real é sempre o
esperado - (ex.: Título do Tesouro Nacional); E(R
M
) é o Retorno esperado do
mercado; e B
j
é o beta da ação. O modelo supõe que não existam custos de
transações, que todos os títulos são negociáveis e são infinitamente divisíveis e, ao
tomarem decisões sobre suas carteiras, os investidores a fazem levando em conta
apenas as condições de risco e retorno.
O B
j
, segundo Sharpe (1964), é dado pela equação [4]:
M
Mj
j
R
RRCov
B
2
),(
σ
=
, [4]
em que Cov(R
j
,R
M
) é a covariância entre o retorno da ação j e o retorno de mercado;
e σ
2
R
M
é a variância do retorno de mercado.
Para o cálculo do Volume Anormal AV
t
, é usado o mesmo caminho traçado
por Tkac (1999)
7
, em que se obtém o volume anormal de negociação das empresas
a partir do volume de negociação do mercado, ajustando-se o volume de mercado
com a retirada do volume normal de negociação, ou seja, usa-se a diferença
logaritmizada de volume V da ação entre o período t e t-1 como variáveis da
regressão, conforme mostra a equação:
7
No trabalho de Tkac (1999), o volume anormal negociado é chamado e medido como TO, taxa de
turnover.
39
][
1
]/[
t
VE
ttt
eVIVE
=
, e
[5.1]
(
)
ttmt
VVE
εαθ
++=
,
][
, [5.2]
e α segue a função,
(
)
tm
tmt
V
VVCov
,
2
,
.
=
σ
α
. [5.3]
Em [5.2] θ é o intercepto da regressão, α é um parâmetro que mede o
aumento na variação de volume ∆V da ação em função da variação de uma unidade
do volume ∆V de mercado m, e é calculado pela razão entre a covariância da
variação dos volumes ∆V da ação e m no tempo t, Cov(V
t
,∆V
m,t
) e a variância da
diferença do volume de mercado m no tempo t, σ
2
∆V
m,t
.
3.3.2 Teste de Estacionariedade das Séries Temporais
Na análise estatística, para o teste de estacionariedade do modelo, aplicar-se-
á o teste da raiz unitária ADF de Dickey-Fuller, (GUJARATI, 2006). Também serão
aplicados a análise gráfica, o teste de correlograma e o teste F. O teste ADF tem por
base a regressão [6]:
=
+++=
1
1
1
p
i
tittt
yyy
εδγα
, [6]
em que y é o retorno da ação ou o volume negociado no dia t, α,
γ
e
δ
são
parâmetros do modelo, p é a ordem dos regressores, e
t
ε
representa o ruído branco
40
do modelo que, conforme Gujarati (2006), é um termo de erro aleatório não
correlacionado com média zero e variância constante σ
2
. O teste de raiz unitária
verifica se a hipótese nula de uma única raiz na geração do processo estocástico
(
γ
=0) é para apenas a alternativa de lado único (
γ
<0). A equação do teste ADF, de
acordo com Tsay (2005), é [7]:
)(
γ
γ
std
TestADF = , [7]
em que )(
γ
std é o desvio padrão do parâmetro
γ
para um modelo AR(p)
(Autoregressivo de ordem p), e 1
Υ
=
γ
, sendo Y o parâmetro para um modelo
ARIMA(p,d,q) (Autoregressive Integrated Moving-Average), em que d é a primeira
diferença e q é a ordem do choque da média móvel.
O teste ADF é realizado em cada uma das 66 ações da série temporal
amostrada. Gujarati apresenta também outros métodos que poderiam ser utilizados
para o teste da raiz unitária, como o de significância de mais de um coeficiente - o
teste de Phillips-Perron, o teste de Perron e Ng, o teste de Elliot, o teste de
Rothenberg e Stock, e o teste de Fuller e Leybounre; diferindo apenas no tamanho e
na potência do teste
8
.
O teste de Phillips-Perron utiliza a própria regressão de Dickey-Fuller,
semelhante a um autoregressivo e ordem 1 (AR(1)), propondo um método não-
paramétrico de controle para autocorrelações seriais de ordens elevadas. Perron e
Ng (1996) propuseram testes de raízes unitárias modificados que têm propriedades
em amostras finitas muito melhores na presença de raízes negativas elevadas no
componente da média móvel de processos ARMA.
Para confirmação da raiz unitária, o teste KPSS é empregado. O teste KPSS
apresenta como hipótese nula a estacionaridade, de acordo com Kwiatkowski et al.
(1992), ao contrário do teste ADF, que apresenta a raiz unitária como hipótese nula.
De acordo com Mendonça e Pires (2006), o teste KPSS é um teste confirmatório dos
8
Potência do teste, para Gujarati (2006), é a capacidade de rejeitar a hipótese nula da raiz unitária,
sendo ela falsa, diminuindo o risco de erro Tipo I (Rejeitar H
0
sendo H
0
verdadeira).
41
testes que têm a hipótese de raízes unitárias como nula. Dado que as hipóteses
nulas são opostas, a ocorrência de resultados opostos, ou seja, a rejeição da
hipótese nula em um teste e não rejeição no outro confirmariam as conclusões
acerca da presença de raízes unitárias na série temporal.
Caso a série não seja estacionária, é preciso transformá-la. O método de
transformação da série depende de a série ser estacionária em diferenças ou
estacionária em tendência (GUJARATI, 2006).
3.3.3 Análise de correlação entre os retornos anormais e os volumes negociados
anormais
Em seguida, é realizada uma análise de correlação cruzada entre o volume
anormal negociado e o retorno anormal, e entre o volume anormal negociado e a
volatilidade anormal do retorno. A análise de correlação, segundo Sartoris (2003),
serve para identificar a variância conjunta padronizada entre duas variáveis. A
equação da correlação é descrita como [8]:
[ ]
[
]
[ ] [ ]
tt
tt
tt
AVSDARSD
AVARCov
AVARCorr
*
,
, = , [8]
em que AR
t
denota o retorno anormal da ação no tempo t, AV
t
representa o volume
negociado anormal no tempo t, Cov é a covariância e SD é o desvio padrão.
3.3.4 Teste da significância das relações entre os retornos anormais e volumes
anormais
Após é observada a relação contemporânea entre o retorno das ações e o
volume negociado com o uso de um modelo de equação múltipla defasada
simultânea proposta por Lee e Rui (2002), a qual é definida por duas equações [9.1]
e [9.2]:
42
tptpttt
ARARAVAR
,111210
εαααα
++++=
+
, e [9.1]
tqtqtttt
AVAVAVARAV
,21231210
εβββββ
+++++=
+
, [9.2]
em que
t
ε
é o ruído branco. Em adição a equação de Lee e Rui de ordem 1 e 2, é
realizado o teste para a escolha de um comprimento p e q auto-regressivo
apropriado, aplicando-se o Critério de Informação de Akaike (AIC)
9
, de acordo com
Gujarati (2006). Gujarati ainda expõe outros critérios que poderiam ser utilizados,
como o R
2
Ajustado, o Critério de Informação de Schwarz e o critério C
p
de Mallow.
A significância de todos os coeficientes nos modelos [9.1], [9.2] e [10] são provados
pelo teste t-Student para identificar a dependência entre o retorno e o volume
negociado.
Em adição ao teste da relação entre o retorno da ação e o volume negociado,
é testado o segundo momento do retorno, a volatilidade, com o volume negociado,
para verificar se a relação é a mesma independentemente da direção da mudança
de preço, ou se o volume de negócios é predominantemente acompanhado por ou
uma larga elevação ou uma larga queda do preço das ações. Este teste é realizado
com o modelo de regressão bivariada, dada pela seguinte equação [10], também
proposta por Lee e Rui (2002):
ttttqtqttt
ARDARAVAVAVAV
εααφφφα
++++++=
2
2
2
122110
. [10]
No modelo [10],
t
D
é uma dummy, variável boba para Gurgul, Majdosz e
Mestel (2005) ou variável nominal, indicadora, de categoria, qualitativa ou binária,
para Gujarati (2006). É uma variável artificial usada para quantificar atributos e que
assume valor 1 ou 0. O valor 1 aqui é assumido se o retorno anormal
t
AR
é
9
Utilizado para determinar a extensão da defasagem. O critério impõe punições pelo acréscimo de
regressores ao modelo (GUJARATI, 2006).
43
negativo, e 0 se o retorno anormal é positivo. O estimador do parâmetro
1
α
mensura
a relação entre a volatilidade do retorno anormal e o volume anormal ou excesso de
volume, sem considerar a direção da mudança de preço. O estimador de
2
α
, porém
reflete o grau de assimetria nesta relação. Para evitar o problema de auto-correlação
residual consecutivamente, são incluídos valores atrasados do volume anormal
negociado até q.
3.3.5 Teste da significância das relações entre o retorno e o volume negociado
Após é observada a relação contemporânea entre o retorno das ações e o
volume negociado com o uso de um modelo de equação múltipla defasada
simultânea proposta por Lee e Rui (2002), a qual é definida por duas equações
[11.1] e [11.2]:
tptpttt
RRVR
,111210
εαααα
++++=
+
, e [11.1]
tqtqtttt
VVVRV
,21231210
εβββββ
+++++=
+
, [11.2]
em que
t
ε
é o ruído branco. Em adição a equação de Lee e Rui de ordem 1 e 2, é
realizado o teste para a escolha de um comprimento p e q auto-regressivo
apropriado, aplicando-se o Critério de Informação de Akaike (AIC), de acordo com
Gujarati (2006). Gujarati ainda expõe outros critérios que poderiam ser utilizados,
como o R
2
Ajustado, o Critério de Informação de Schwarz e o critério C
p
de Mallow.
A significância de todos os coeficientes nos modelos [11.1], [11.2] e [12] são
provados pelo teste t-Student para identificar a dependência entre o retorno e o
volume negociado.
Em adição ao teste da relação entre o retorno da ação e o volume negociado,
é testado o segundo momento do retorno, a volatilidade, com o volume negociado,
para verificar se a relação é a mesma independentemente da direção da mudança
44
de preço, ou se o volume de negócios é predominantemente acompanhado por ou
uma larga elevação ou uma larga queda do preço das ações. Este teste é realizado
com o modelo de regressão bivariada, dada pela seguinte equação [12], também
proposta por Lee e Rui (2002):
ttttqtqttt
RDRVVVV
εααφφφα
++++++=
2
2
2
122110
. [12]
No modelo [12], como já mencionado,
t
D
é uma dummy. O estimador do
parâmetro
1
α
mensura a relação entre a volatilidade do retorno e o volume, sem
considerar a direção da mudança de preço. O estimador de
2
α
, reflete o grau de
assimetria nesta relação e para evitar o problema de auto-correlação residual
consecutivamente, é incluído valores atrasados do volume negociado até q.
3.3.6 Teste da significância das relações entre a volatilidade do retorno e o volume
negociado
O teste de significância das relações entre a volatilidade e o volume
negociado também é realizado. O processo estocástico do retorno das ações é
obtido pelo método do modelo aumentado de mercado com um termo auto-
regressivo de ordem 1 na equação condicional dada a seguir. A variância
condicional é obtida por uma adaptação do modelo GJR-GARCH (1,1) de Gllosten,
Jagannathan e Runkle (1993). Nesta versão, o volume negociado é incluído como
um regressor predeterminado adicional. O modelo GJR captura o efeito da assimetria
descoberto por Black (1976), na qual a situação que possui uma informação ruim
reflete uma expectativa decrescente nos preços das ações, causando volatilidade
maior do que as boas notícias.
O modelo é representado por duas equações [13.1] e [13.2]:
,
,2110 ttmtt
RRR
εααα
+++=
[13.1]
45
onde ),0(
2
tt
σε
e,
1
2
113
2
12110
2
++++==
tttttttt
VouVShh
γγεβεβββσ
, [13.2]
em que
t
ε
assume a distribuição t-student com ν graus de liberdade condicionada ao
jogo de informações avaliadas em t-1;
2
t
σ
representa a variância condicional do erro
t
ε
; e
1t
S
é uma dummy variável, que pode assumir o valor 1 no caso da inovação
1t
ε
ser positiva e 0 caso contrário. O restante do modelo [13.2] assume que o
volume negociado é uma proxy para o fluxo de informação no mercado: se a
volatilidade do retorno é de fato essencialmente influenciada pelo fluxo de
informação, o efeito da clusterização da volatilidade deve decrescer se ocorre uma
incorporação do volume negociado na equação da variância condicional. Em [13.2],
o somatório dos parâmetros
1
β
e
2
β
refletem a persistência na variância do retorno
inesperado
t
ε
, assumindo valores entre 0 e 1. O mais comum desta soma é a
unidade, a maior persistência de choques para a volatilidade. O estimador do
parâmetro
3
β
contabiliza a parte assimétrica na relação entre a inovação do retorno
e a volatilidade.
Para a distribuição do ruído
t
ε
, precisa-se usar uma função de probabilidade
como a normal, a logarítma, a log-normal, a t-Student, entre outras (SARTORIS,
2003). No estudo de Gurgul, Majdosz e Mestel (2005), é empregado uma
distribuição t-Student para a inovação do retorno
t
ε
. Ela é a mesma que a normal
com ν > 30. Para o modelo [13.2] a função de probabilidade L, é definida como:
( )
[ ]
( )
( )
=
+++
Γ
+
Γ=
t
t
t
t
t
TL
1
2
2
2
1
1ln1ln
2
1
2ln
2
1
2
ln
2
1
ln
σ
ε
ν
νσνπ
νν
, [14]
cujo T é o tamanho da amostra e
denota a função gama. Com este estudo, é
estimada qual a função de probabilidade que melhor se ajusta as séries temporais.
46
Os parâmetros do modelo serão estimados pelo método da máxima
verossimilhança (ML). Esse procedimento, segundo Portugal (2008), assim como o
método de mínimos quadrados, permite a estimação dos parâmetros de modelos
econométricos e a realização de testes de hipóteses relativos a restrições lineares e
não lineares ao vetor de parâmetros.
O objetivo na modelagem do comportamento
assintótico probabilístico dos extremos é obter boas aproximações para a
distribuição bivariada de extremos, permitindo o estudo da ocorrência de eventos
extremos simultâneos. (MORETTI e MENDEZ, 2003).
Como um primeiro passo, é estimado os parâmetros do modelo [13.2]
assumindo que
γ
=0 (equação da variância restrita). O próximo passo é a
determinação com o uso da equação irrestrita para a variância condicional,
encontrando se
γ
é positivo ou negativo, se é significante e se a volatilidade
decresce com a inclusão do volume negociado em [13.2]. A seguir, tabular-se-á o
somatório dos valores de
1
β
e
2
β
, (
1
β
+
2
β
) que fornecem o grau de persistência da
variância para a forma restrita e irrestrita. O cálculo é feito utilizando-se V
t-1
e V
t
, para
eliminar a possibilidade dos resultados suportarem a conjectura de que o volume
negociado pode ser parcialmente determinado pela volatilidade do retorno.
3.3.7 Causalidade Granger entre retornos anormais e volumes de negociação
anormais
Além da investigação da relação contemporânea entre o volume negociado e
a volatilidade, pretende-se realizar uma avaliação dinâmica da interação entre as
variáveis pelo método de causalidade de Granger. O teste de causalidade é
importante porque permite um melhor entendimento da dinâmica do mercado de
ações e pode ter implicações para outros mercados. Para testar a hipótese de
causalidade, é usado o método de Granger (1969). O teste de causalidade proposto
por Granger visa superar as limitações do uso de simples correlações entre
variáveis. Essa distinção, de acordo com Wikpédia (2008), é de fundamental
importância porque correlação não implica por si em causalidade (relação de
causa e efeito). A identificação de uma relação estatística entre duas variáveis, por
47
mais forte que seja, não pode ser o único critério para estabelecer uma relação
causal entre elas.
Kirchgassner e Wolters (2008) definem a causalidade Granger a partir de
duas séries temporais X e Y estacionárias, com médias
{ }
kttt
t
XXXX
= ,....,,
1
_
e
{ }
kttt
t
YYYY
= ,....,,
1
_
, e σ
2
a variância dos resíduos correspondentes. A causalidade
entre X e Y é dada por:
(i) Causalidade Granger: X é simplesmente causalidade Granger de Y se
e somente se a aplicação da função ótima de predição linear é dada
por [15]:
( )
<
++
_
1
2
1
2
ttttt
XIyIy
σσ
, [15]
em que I
t
é toda a informação avaliada no tempo t. Isto é, os valores
futuros de Y podem ser preditos melhor, com a menor variância do erro, se
os valores correntes e passados de X forem usados;
(ii) Causalidade instantânea Granger: X é instantaneamente causalidade
Granger de Y se e somente se a aplicação de uma função de predição
linear ótima é dada por [16]:
{
}
(
)
(
)
ttttt
IyXIy
1
2
11
2
,
+++
<
σσ
, [16]
se o valor futuro de Y, Y
t+1
, pode ser melhor estimado, com uma menor
variância do erro, se o futuro do valor X, X
t+1
, é usado em adição ao valor
corrente e passado de X;
(iii) Feedback: Há retorno entre X e Y se X é causa de Y e Y é causa de X.
48
A variável Y não é usada para a causalidade Granger se uma variável X, com
distribuição de X, condicionada apenas aos valores passados de X, iguala a
distribuição de X condicionada às realizações passadas de X e Y. Se esta equação
não tiver êxito, Y é usada na causalidade Granger X. Isto é denotado por [17]:
XY
Gc ..
. [17]
A causalidade de Granger não significa que Y causa X no mais comum senso
do termo, mas apenas indica que Y precede X. No caso de retorno da relação, isto é,
X causalidade Granger Y e vice-versa, esta relação é escrita como [18]:
XY
Gc ..
. [18]
Para a variável, como um teste de causalidade de Granger, é aplicado um
bivetor autoregressivo (VAR) da forma [19.1] e [19.2]:
= =
+++=
p
i
q
i
titiitit
AVARAR
1 1
,1,1,11
εβαµ
, e; [19.1]
= =
+++=
p
i
q
i
titiitit
ARAVAV
1 1
,2,2,22
εβαµ
. β
i
. [19.2]
O modelo [19.1] e [19.2] são estimados usando-se o método OLS. Em ordem
para a escolha de um comprimento p e q auto-regressivo apropriado do VAR, é
aplicado o Critério de Informação de Akaike (AIC).
Gujarati (2003), em adição ao teste de causalidade de Granger, apresenta o
teste de causalidade de Sims, ou causalidade instantânea de Granger, que é uma
49
modificação ao teste de Granger para explorar se o fato futuro pode causar o
presente, e é representada como [20]:
XY
Sc ..
. [20]
A causalidade de Sims, ou causalidade instantânea de Granger, pode ter a
mesma possibilidade que a causalidade Granger apresentada em [18].
Em termos do conceito de causalidade de Granger, é dito que AR (AV) não
tem causalidade Granger AV (AR) se o coeficiente β
i
(i=1,....,p), em [16.2],
respectivamente, não são significantes, isto é, a hipótese nula H
0
: β
1
= β
2
=....= β
p
=
0 não pode ser rejeitada.
Para o teste da hipótese nula, de acordo com Sartoris (2003), é calculado o F
estatístico [21]:
p
pN
SSE
SSESSE
F
12
*
0
=
. [21]
Em [21], SSE
0
denota o somatório do quadrado do resíduo do modelo de
regressão restringido por β
i
=0 (i=1,....,p), SSE é o somatório do quadrado dos
resíduos da equação irrestrita, e N é o número de observações. As estatísticas [19.1]
e [19.2] são assintoticamente a distribuição F dentro do assunto não-causalidade,
com p graus de liberdade no denominador e (N-2p-1) graus de liberdade no
numerador.
Além do cálculo do F estatístico, segundo Kirchgassner e Wolters (2008),
pode-se empregar o teste Haugh-Pierce baseado na correlação cruzada entre os
resíduos dos modelos univariados ARMA de X e Y. Ou o processo de Hsio, que utiliza
comprimentos fixados pelo Critério de Informação, valores de p e q em [19.1] e
[19.2], para fixar q e determinar um novo valor de p, p
2.
O valor de p
2
e q são os
50
últimos comprimentos das variáveis auto-regressivas. Caso p
2
seja menor que p, X
tem significante impacto em Y.
Para avaliar a dinâmica entre a volatilidade do retorno anormal e o volume
anormal negociado, é substituído o retorno anormal (AR), pelo quadrado do retorno
anormal (AR
2
), e re-estimados os modelos [19.1] e [19.2]. Para avaliar a dinâmica
entre o retorno e o volume negociado, é substituído o retorno anormal (AR), pelo
retorno (R), e a variável volume anormal (VA), pelo volume negociado (V), sendo re-
estimados os modelos [19.1] e [19.2].
Por fim, para avaliar a dinâmica entre a volatilidade do retorno e o volume
negociado, é substituído o retorno anormal (AR), pela volatilidade do retorno (R
2
), e a
variável volume anormal (VA), pelo volume negociado (V), e re-estimados os
modelos [19.1] e [19.2] novamente.
3.4 Hipóteses
O estudo focará, basicamente, quatro hipóteses para a mensuração do preço
das ações. São elas:
A primeira hipótese pressupõe que não relação contemporânea entre o
retorno anormal da ação e o excesso de volume em nenhuma direção;
A segunda hipótese é a de que não há relação causal entre o retorno anormal
da ação e o excesso de volume negociado;
A terceira hipótese pressupõe que não relação contemporânea entre o
retorno da ação e o volume em nenhuma direção;
A quarta hipótese é a de que não há relação causal entre o retorno da ação e
o volume negociado;
A quinta hipótese é a de que uma relação contemporânea positiva entre
volatilidade anormal e o volume anormal negociado;
51
A sexta hipótese é de que uma relação causal entre volatilidade anormal e
o volume anormal negociado;
A sétima hipótese é a de que uma relação contemporânea positiva entre
volatilidade do retorno e o volume negociado;
A oitava hipótese é de que há uma relação causal entre volatilidade do
retorno e o volume negociado.
As quatro primeiras hipóteses partem da premissa de que não relação
entre retorno anormal e volume anormal, e entre retorno e volume, porque a maioria
dos estudos realizados, como o de Gurgul, Majdosz e Mestel (2005), apontam que
não existe relação significativa entre essas variáveis. Já as demais hipóteses partem
da premissa de que existe relação entre volatilidade anormal e volume anormal, e
entre volatilidade do retorno e volume negociado, também conforme a literatura
estudada, como em Karpoff (1987).
Por relação causal, entende-se uma relação entre os valores passados de
uma variável e o valor presente da outra variável. E como relação contemporânea
entende-se uma relação entre o valor presente de uma variável e o valor presente
da outra variável.
Como critério de aceitação ou rejeição das hipóteses foi utilizado o teste do Х
2
e a premissa de que se existe relação entre as variáveis em a 50% dos casos
observados é considerado que não existe relação entre as mesmas variáveis e se
existe relação entre as variáveis em mais de 50% dos casos observados, considera-
se que existe relação entre estas mesmas variáveis.
52
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos resultados está dividida em 9 seções que são: apresentação
das ações que compõem o índice Bovespa, análise descritiva das variáveis, análise
da estacionariedade das variáveis, análise da correlação entre as variáveis, teste da
significância dos retornos anormais e volumes anormais, teste da significância do
retorno e volume negociado, teste da significância entre a volatilidade do retorno e
volume negociado, teste da significância da relação causal entre as variáveis e
resumo dos resultados obtidos.
4.1 Carteira do Ibovespa
Como pode ser observado no Quadro 2, na carteira do Ibovespa em 30 de
maio de 2008, somente 10 papéis são responsáveis por mais 50% da participação
do índice Ibovespa: PETR4, VALE5, BBDC4, VALE3, ITAU4, USIM5, UBBR11,
CSNA3, PETR3 e GGBR4. E mais de 50% dos papéis que compõem o índice
possuem participação menor do que 1%. A maior concentração de ações é do tipo
preferencial – 40 papéis, e 27 papéis do tipo ordinária.
Essa constatação mostra que em sua maioria os papéis mais líquidos são as
de ações preferências que possuem preferência nos dividendos mas que não dão
poder dentro das corporações, como as ações ordinárias, o que indica uma
preferência pelo mercado em atuar de forma especulativa sem a preocupação de
participar das decisões corporativas das empresas.
Entre as dez corporações de maior participação no índice Ibovespa, índice
este que representa mais de 80% da liquidez dos papéis negociados na bolsa de
São Paulo, estão empresas ligadas ao setor de minas e energia, siderurgia e
metalurgia e instituições financeiras. A Petrobrás, a Vale e Usiminas do setor de
minas e energia, a Siderúrgica Nacional e a Gerdau do setor de siderurgia e
metalurgia; e o Bradesco, Itaú e Unibanco do setor financeiro.
53
Código Ação Tipo Quantidade Teórica (1) Part.(%) (2)
PETR4
PETROBRAS PN EB 227,39 14,14
VALE5
VALE R DOCE PNA 161,45 12,75
BBDC4
BRADESCO PN 68,23 3,84
VALE3
VALE R DOCE ON 34,62 3,35
ITAU4
ITAUBANCO PN ED 45,25 3,16
USIM5
USIMINAS PNA EB 25,61 3,06
UBBR11
UNIBANCO UNT 76,22 2,78
CSNA3
SID NACIONAL ON EDJ 25,81 2,77
PETR3
PETROBRAS ON EB 35,42 2,64
GGBR4
GERDAU PN 26,74 2,59
ITSA4
ITAUSA PN EBS 151,07 2,44
BBAS3
BRASIL ON 55,87 2,38
CMIG4
CEMIG PN EDB 35,42 1,80
ALLL11
ALL AMER LAT UNT ED 54,52 1,74
NETC4
NET PN 46,34 1,56
CESP6
CESP PNB 39,88 1,55
TNLP4
TELEMAR PN 27,16 1,52
BRAP4
BRADESPAR PN EJ 19,55 1,42
CYRE3
CYRELA REALT ON ED 31,30 1,28
GOLL4
GOL PN ED 31,85 1,23
AMBV4
AMBEV PN ES 6,63 1,21
BTOW3
B2W VAREJO ON 14,04 1,14
TAMM4
TAM S/A PN 20,08 1,13
LAME4
LOJAS AMERIC PN 64,14 1,13
PRGA3
PERDIGAO S/A ON EJ 16,39 1,11
ELET6
ELETROBRAS PNB 28,43 1,08
LREN3
LOJAS RENNER ON 18,56 1,07
CSAN3
COSAN ON 23,80 1,05
SDIA4
SADIA S/A PN 55,92 1,00
TCSL4
TIM PART S/A PN 119,16 0,99
GFSA3
GAFISA ON 18,46 0,99
ELET3
ELETROBRAS ON 25,17 0,93
NATU3
NATURA ON 31,14 0,89
BRKM5
BRASKEM PNA 41,21 0,87
VIVO4
VIVO PN 48,35 0,86
ARCZ6
ARACRUZ PNB 42,78 0,85
ELPL6
ELETROPAULO PNB ED 15,31 0,83
CPLE6
COPEL PNB 18,61 0,82
GOAU4
GERDAU MET PN 6,23 0,81
DURA4
DURATEX PN 16,00 0,79
CCRO3
CCR RODOVIAS ON 16,81 0,79
EMBR3
EMBRAER ON 30,98 0,79
BRTO4
BRASIL TELEC PN 25,83 0,76
BRTP4
BRASIL T PAR PN 19,06 0,73
PCAR4
P.ACUCAR-CBD PN ED 13,12 0,73
VCPA4
V C P PN 9,04 0,70
CPFE3
CPFL ENERGIA ON 11,06 0,68
TNLP3
TELEMAR ON 8,47 0,64
JBSS3
JBS ON ED 47,52 0,61
USIM3
USIMINAS ON EB 4,48 0,56
RSID3
ROSSI RESID ON 22,36 0,54
SBSP3
SABESP ON 8,81 0,54
CRUZ3
SOUZA CRUZ ON EJ 7,63 0,52
UGPA4
ULTRAPAR PN 5,57 0,48
KLBN4
KLABIN S/A PN 49,92 0,48
BNCA3
NOSSA CAIXA ON 11,32 0,42
TRPL4
TRAN PAULIST PN 5,37 0,34
BRTP3
BRASIL T PAR ON 4,28 0,34
TCSL3
TIM PART S/A ON 29,55 0,33
LIGT3
LIGHT S/A ON 7,59 0,28
TMAR5
TELEMAR N L PNA 1,88 0,27
TLPP4
TELESP PN 4,02 0,26
CGAS5
COMGAS PNA 2,71 0,19
TMCP4
TELEMIG PART PN 2,21 0,19
CLSC6
CELESC PNB ED 2,68 0,18
CCPR3
CYRE COM-CCP ON ED 6,26 0,10
Quantidade Teórica Total 2.208,66 100,00
QUADRO 2 - Carteira do Ibovespa em Maio de 2008.
54
4.2 Estatística Descritiva das Variáveis
No Quadro 3 pode-se observar a análise descritiva das variáveis das ações que
compõem o índice Bovespa: retorno (R), volume (V), retorno anormal(RA) e volume
anormal (VA). o apresentadas as médias (µ), variâncias (σ
2
), assimetrias (Ѕ) e
curtoses (Ќ). As variáveis possuem em sua totalidade característica platicúrtica,
excesso curtose maior que 0,263, portanto com caldas longas e gordas.
O retorno das ações possui assimetria negativa em 20 papéis e assimetria
positiva em 47, o que significa que em sua grande maioria a moda e mediana do
retorno são menores do que a média, havendo retorno normalmente menor do que o
esperado.
O volume das ações possui em sua grande maioria assimetria positiva, 65
dos 66 papéis.
O retorno anormal das ações possui assimetria negativa em 19 papéis e
assimetria positiva em 48, o que significa que em sua grande maioria a moda e
mediana também são menores do que a média, existindo retorno anormal
normalmente menor do que o retorno anormal esperado.
O volume anormal das ações possui em sua maioria assimetria negativa, 42
papéis dos 66. Isto significa que a moda e a mediana são normalmente maiores do
que o valor esperado do volume anormal.
Entre as dez ações mais líquidas do índice, a PETR4, BBDC4, USIM5,
UBBR11, PETR3 e GGBR4 possuem assimetria negativa, ou seja, são interessantes
investimentos porque possuem moda e mediana maiores do que o retorno esperado.
retorno anormal com assimetria negativa, moda e mediana maiores do que
o retorno anormal esperado, entre as dez ações mais líquidas do Ibovespa somente
a PETR4, UBBR11 e PETR3 possuem características interessantes para um
investidor, podendo servir para a determinação do momento de entrada e saída de
uma posição de compra ou venda.
55
R V RA VA
Ação
µ σ
2
Ѕ Ќ µ σ
2
Ѕ Ќ µ σ
2
Ѕ Ќ µ σ
2
Ѕ Ќ
PETR4
0,0023 0,0327
-0,535 72,56 1433 693921 -0,007 -1,24
3,e-19 0,0280
-0,81
3
85,30
0,22 750 0,46 16,89
VALE5
0,0013 0,0007
1,152 17,43 3193473 1,0200e+13 3,051 12,31
-7,40e-20 0,0003
0,
495
4,80
-4208,44 147618e+5
-4,80 118,92
BBDC4
0,0011 0,0007
-0,178 4,71 1161326 1,0328e+12 2,906 13,77
9,05e-20 0,0003
0,
216
3,10
-1886,07 378241715 -0,66 23,13
VALE3
0,0012 0,0007
0,389 9,20 640176 8,8424e+11 5,131 63,98
-4,99e-20 0,0005
0,
028
3,84
-2088,47 6,516e+9 1,76 57,89
ITAU4
0,0012 0,0006
0,113 2,58 966658 7312887e+6 3,049 15,74
-1,2978e-21 0,0006
0,15
5
1,06
-956,15 112965142 -8,06 227,74
USIM5
0,0011 0,0010
-0,068 2,08 1465786 1,2580e+14 1,508 4,73
9,7548e-21 0,0006
0,
129
2,87
-7030,34 225897e+4 -0,17 10,72
UBBR11
0,0007 0,0007
-0,015 2,23 3618612 1,5060e+13 2,954 13,29
1,0899e-19 0,0007
-0,
002
2,08
-11983,01 131589e+6 -1,53 23,42
CSNA3
0,0017 0,0191
2,399 0,00 1817938 3,3658e+13 35,534 1379,76
-1,4189e-19 0,0006
0,
032
2,76
-15,88 826869e+4 10,91 278,23
PETR3
0,0014 0,0010
-3,694 84,18 1174743 1,4101e+12 6,209 93,74
2,0119e-19 0,0006
-7,81
3
233,72
-7710,73 250332e+5 -5,95 172,31
GGBR4
0,0014 0,0007
-0,239 7,66 11740866 4,9813e+13 2,248 10,19
-2,39e-19 0,0002
0,
028
4,74
-8085,47 574584623 -16,08 580,49
ITSA4
0,0016 0,0006
-0,023 4,74 3311140 6,5026e+12 1,863 6,09
2,05e-19 0,0006
0,
026
2,05e-19
-3574,18 411691e+4 -2,44 56,04
BBAS3
0,0009 0,0009
-0,429 7,85 1149715 1,4279e+12 3,843 25,41
-3,7966e-20 0,0007
-0,63
7
11,74
-1866,60 722776007 -1,49 22,96
CMIG4
0,0008 0,0009
0,127 6,96 769830,5 6,6030e+13 -53,864 2959,82
1,0222e-19 0,0004
0,04
4
1,60
2495,33 375523e+5 53,45 2925,51
ALLL11
0,0015 0,0006
0,068 0,36 1979832 3,0247e+12 4,869 55,45
7,8442e-20 0,0004
0,
159
0,43
1600,74 108926e+5 0,58 18,99
NETC4
-0,0007 0,0023
0,155 6,08 804518 1,1733e+12 1,813 3,98
-6,8452e-20 0,0021
0,04
1
8,16
-1547,28 44964829 -2,65 31,17
CESP6
0,0013 0,0009
-0,918 9,59 1747385 3,0250e+12 4,109 24,39
-1,8906e-19 0,0007
-1,71
4
18,77
2518,85 165383e+5 -0,41 14,83
TNLP4
0,0003 0,0005
0,280 2,32 2646224 2,5842e+12 1,422 3,81
-9,0166e-20 0,0002
0,66
5
8,46
2766,14 691179e+4 0,34 5,60
BRAP4
0,0010 0,0008
-0,032 2,52 715063 6999942e+5 2,561 12,32
1,3605e-20 0,0006
-0,
027
2,49
-294,39 510162001 0,90 21,03
CYRE3
0,0028 0,0011
0,430 1,98 1278489 1,1704e+12 3,620 30,84
1,3585e-19 0,0008
0,61
2
3,79
-9834,74 107878e+4 -1,06 7,66
GOLL4
-3,6976e-05 0,0007
0,325 1,37 373617 1977152e+5 3,146 21,45
7,2822e-20 0,0006
0,45
8
1,94
255,40 291851566 -1,77 16,03
AMBV4
0,0010 0,0009
-0,605 11,42 2606826695797e+4
5,008 65,53
-2,2785e-19 0,0004
-0,94
39
19,35
-1466,22 148101887 -0,56 17,48
BTOW3
0,0017 0,0009
0,348 2,56 484539 1970408e+5 4,228 37,23
2,1295e-19 0,0007
0,
5357
3,63
664,72 450438840 0,39 7,08
TAMM4
0,0006 0,0007
0,101 0,73 513471 1973496e+5 3,421 22,44
-2,3990e-19 0,0006
0,157
4
1,91
-5052,93 100537e+4 -0,23 5,24
LAME4
0,0011 0,0013
0,292 3,89 1103826 2,0507e+12 3,825 23,22
-1,7512e-19 0,0011
0,
2568
4,62
-8502,66 444836e+5 -2,14 64,21
PRGA3
0,0011 0,0008
0,272 3,83 301560 1397271e+5 2,654 12,25
3,9581e-20 0,0006
0,
2176
2,95
-797,42 326424358 0,66 33,76
ELET6
0,0006 0,0011
0,412 5,94 1089994 4097007e+5 2,353 17,66
-1,2614e-19 0,0004
0,
2632
1,89
-1456,22 335730e+4 -4,51 135,84
LREN3
0,0038 0,0015
3,249 36,97 535469 3788357e+5 2,859 13,39
-3,0664e-19 0,0013
4,2
850
56,47
724,06 120607e+4 2,56 31,61
CSAN3
0,0005 0,0013
-0,131 0,89 1061038 1,3844e+12 10,407 147,36
-4,1357e-20 0,0009
0,042
6
0,63
5261,27 48199083 5,35 56,63
SDIA4
0,0013 0,0008
2,445 66,08 1250012 1,6653e+12 1,963 6,65
-1,0603e-19 0,0008
2,387
8
61,75
-2116,11 493439617 -2,05 69,52
TCSL4
0,0006 0,0007
0,063 0,58 2249976 3,3589e+12 3,225 21,60
1,3136e-19 0,0007
0,053
4
0,62
-2462,92 257734e+4 0,03 9,28
GFSA3
0,0008 0,0010
0,323 1,07 749401 8047545e+5 7,079 78,09
3,1704e-19 0,0007
0,
3173
1,22
2773,96 284715195 0,72 5,98
ELET3
0,0004 0,0011
0,328 4,49 716646 2985814e+5 4,500 66,00
3,5922e-21 0,0005
0,213
4
2,33
-1288,14 246479e+4 -7,77 203,45
NATU3
0,0010 0,0007
0,117 2,20 729490 8720624e+5 10,113 178,04
-2,8557e-20 0,0006
0,
1718
2,39
1990,70 971127592 -10,19 253,99
BRKM5
0,0004 0,0008
0,158 2,92 486203 5,0093e+11 2,426 10,22
7,0641e-20 0,0006
0,324
9
2,73
-1022,37 305055402 -0,76 23,66
VIVO4
-0,0002 0,0014
0,034 5,80 1278601 1,7893e+12 2,823 14,60
-2,2604e-19 0,0008
-0,366
3
7,94
-1017,48 507159e+4 0,30 14,46
ARCZ6
0,0009 0,0008
1,393 24,47 795563 1,0010e+12 11,066 255,76
9,8033e-20 0,0007
0,973
5
23,13
788,79 193458e+4 1,76 65,16
ELPL6
0,0004 0,0015
-0,408 13,66 143468 3052112e+4 3,254 22,25
2,1294e-19 0,0011
-0,596
3
24,86
-228,78 154705389 -6,66 178,66
CPLE6
0,0004 0,0011
0,371 8,22 552876 2519874e+5 2,696 15,47
-1,9124e-19 0,0006
0,
0437
2,15
-3743,56 229279e+4 3,59 144,44
GOAU4
0,0015 0,0009
-3,722 88,06 363188 1755034e+5 2,331 11,41
7,4764e-20 0,0007
-5,
1779
142,51
-2933,44 228644e+4 -0,66 14,13
DURA4
0,0008 0,0006
0,063 2,93 175130 6644808e+4 3,065 16,00
-1,2442e-19 0,0005
0,
1254
2,90
-1431,44 125584e+4 -0,88 34,61
CCRO3
0,0014 0,0008
-0,478 10,48 373869 2656644e+5 3,2557 20,25
7,1645e-20 0,0007
-0,862
5
14,95
-1807,28 144392e+4 -0,75 13,78
EMBR3
0,0012 0,0012
1,008 11,96 437966 4,5339e+11 11,37 236,12
1,9746e-19 0,0010
1,154
6
14,43
-1060,97 231177806 7,87 479,04
BRTO4
0,0005 0,0009
-0,116 4,62 802839 7,3296e+11 2,84 19,59
-8,6964e-21 0,0005
0,080
2
5,62
-2127,29 582313e+4 -0,93 32,80
BRTP4
0,0006 0,0009
0,857 9,34 629162 2,2198e+11 4,55 51,48
7,7800e-20 0,0005
0,
1739
4,14
-995,93 636259350 -0,80 56,80
PCAR4
0,0007 0,0008
0,336 15,30 166198 5974428e+4 3,64 20,72
-2,6112e-20 0,0006
0,061
6
7,04
-260,18 45214237 1,17 44,71
VCPA4
0,0010 0,0007
0,357 5,4715 2140661053870e+5
14,70 373,29
-1,4788e-19 0,0006
0,
6338
5,92
393,14 152390e+4 48,12 2552,30
CPFE3
-0,0003 0,0006
1,359 3,6439 410190 2829511e+4 1,00 0,97
-1,0842e-18 0,0003
-0,
7257
1,53
-11820,62 429284e+4 -0,87 1,06
TNLP3
0,0011 0,0012
0,121 4,9977 285284 9378293e+4 6,83 81,12
2,9263e-19 0,0006
-0,
1460
10,48
-856,69 439415440 -1,48 41,61
JBSS3
0,0013 0,0012
0,203 1,0808 3309299 1,1938e+13 6,26 61,64
-2,6820e-19 0,0010
0,
2004
0,49
-520,88 159090e+6 0,22 6,44
USIM3
-0,0070 0,0037
-3,594 15,2961 490397 1373030e+5 1,69 2,78
-7,3183e-19 0,0034
-1,
9964
6,57
-27099,37 548557e+4 -1,95 4,08
RSID3
0,0006 0,0168
-0,182 24,3003 216045 2886478e+5 7,81 107,59
1,6411e-19 0,0164
-0,107
9
23,66
-201,47 177453741 0,95 80,09
SBSP3
0,0005 0,0010
-1,142 18,3546 278909 6904022e+4 3,15 22,65
-7,0958e-20 0,0006
-0,579
4
11,70
-1468,56 523387725 -2,21 28,58
CRUZ3
0,0011 0,0006
0,178 3,6161 152541 2054369e+4 3,98 37,66
4,3709e-20 0,0005
0,
2972
3,4995
-80,93 30084534 1,52 47,80
UGPA4
0,0011 0,0004
-0,002
1,6331
106084 2034626e+4 3,90 21,11
1,3197e-19
0,0003
-0,
0159
1,2951
-624,71
386678426 -5,96
179,64
KLBN4
0,0008 0,0010
0,543 4,1661 1008199 1,4286e+12 5,98 70,17
-1,1968e-19 0,0008
0,470
4
4,1248
-3864,08 115923e+5 -6,40 205,65
BNCA3
0,0004 0,0008
1,518 15,3114 329730 2904939e+5 11,19 179,07
-1,7960e-19 0,0006
2,593
3
29,5271
395,25 191266613 -14,80 316,66
TRPL4
0,0015 0,0011
0,516 5,3610 180216 1840157e+4 2,41 9,49
-3,1153e-19 0,0008
0,
9549
9,5562
-273,02 66340060 -0,22 17,15
BRTP3
0,0010 0,0012
1,136 17,8754 361166 1473959e+5 5,15 47,49
-1,1560e-19 0,0007
0,
0664
8,5409
-574,34 808336,8 -4,72 48,47
TCSL3
-0,0040 0,0009
0,018 1,3021 466109 1284012e+5 2,18 5,72
-1,0842e-19 0,0005
-0,517
7
2,8406
-5162,82 586994588 0,25 3,12
LIGT3
-0,0002 0,0014
2,666 56,2237 722402419093e+4
4,48 32,92
-8,9755e-20 0,0011
4,
1620
102,0645
-188,03 21807747 -0,77 38,53
TMAR5
0,0008 0,0006
0,155 0,6130 227773 3119410e+4 5,95 83,81
2,94760e-4 -1,173e-20
0,213
1
1,0759
-174,74 152032339 -0,20 7,41
TLPP4
0,0007 0,0007
1,345 26,8745 198179 1403711e+5 7,13 75,59
5,8348e-21 0,0004
-0,
2509
8,6858
-350,70 510897161 -10,22 290,72
CGAS5
0,0008 0,0011
0,473 14,1252 22871 2463102816 10,20 177,15
4,9209e-19 0,0008
1,280
9
20,7569
-138,26 13312169 -6,00 142,99
TMCP4
0,0007 0,0012
0,388 4,4851 86889 5355241616 4,72 58,37
-1,3855e-19 0,0009
0,438
5
5,6823
-298,12 66222592 -19,13 664,30
CLSC6
0,0006 0,0010
0,095 3,6693 328984 1132600e+5 2,50 10,70
-1,1664e-19 0,0006
0,236
1
3,2375
-468,66 150812757 -1,50 29,97
CCPR3
0,0028 0,0011
1,963 6,2982 2896061 1,9828e+14 5,17 25,74
-1,0842e-19 0,0008
2,
0979
6,7179
84898,60 328760e+6 4,76 22,79
QUADRO 3 - Estatística descritiva das variáveis das ações.
µ é a média, σ
2
é a variância, Ѕ é a assimetria e Ќ é a curtose.
56
4.3 Análise da Estacionariedade das Variáveis
O Quadro 4 apresenta a análise da estacionariedade das variáveis, isto é, se
elas possuem mais de uma raiz.
No teste ADF a hipótese nula é de raiz unitária, sendo a série estacionária se
houver rejeição da hipótese nula, ou seja, o p-value menor do que 5% para 95% de
confiança.
A maioria das ações possui estacionariedade do retorno, com exceção da
série das ações da ELET3, CPFE3, USIM3 e CCPR3.
No teste confirmatório KPSS, que possui como hipótese nula a
estacionariedade, portanto para que a série seja estacionária é preciso p-value
maior do que 5% para uma confiança de 95%. Com o teste de conformação KPSS,
mais robusto, apenas as séries dos papéis da BRAP4 e da GOLL4 não são
estacionárias.
Na análise do volume negociado, de acordo com o teste confirmatório KPSS,
as séries do volume da CMIG4, GOLL4, CPFE3, JBSS3, USIM3 TCSL3 e CCPR3
são as únicas estacionárias. O fato de que a maioria do volume negociado não é
estacionária já era esperado de acordo com a literatura.
O retorno anormal, de acordo com o teste ADF, possuem significância de 1%
em todas as ações, e portanto são estacionárias, com exceção da CPFE, USIM3,
TCSL3 e CCPR3. O teste confirmatório KPSS apresenta mais séries como não
estacionárias, para a significância de 5%, como é o caso da USIM5, GOLL4,
TAMM4, LAME4, CSAN3, NATU3 e EMBR3.
Em relação a variável volume anormal a grande maioria não é estacionária de
acordo com os testes ADF e KPSS. BBSA3, TAMM4, PRGA3, CSAN3, SDIA4,
NATU3, BRKM5, CPLE, GOAU4, CCRO3, EMBR3, BRTO4, BNCA3, BRTP3,
LIGT3, CGAS5 e TMCP4 não são estacionárias.
As séries que não são estacionárias precisaram ser tratadas e obtidas a
primeira diferença para que pudessem ser transformadas e tratadas com as técnicas
estatísticas pretendidas.
57
R V RA VA
Ação
ADF p-vlr
10
KPSS p-vlr
11
ADF p-vlr KPSS p-vlr ADF p-vlr KPSS p-vlr ADF p-vlr KPSS p-vlr
PETR4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,0971 0,0100 0,1000
VALE5
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
BBDC4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
VALE3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,0489 0,0100 0,1000
ITAU4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0556
USIM5
0,0100 0,8979 0,0100 0,0100 0,0100 0,0396 0,0100 0,0100
UBBR11
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CSNA3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
PETR3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
GGBR4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
ITSA4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
BBSA3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,0637 0,0100 0,0100
CMIG4
0,0100 0,1000 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
ALLL11
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
NETC4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
CESP6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
TNLP4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
BRAP4
0,0100 0,0156 0,0100 0,0100 0,0100 0,0583 0,0100 0,1000
CYRE3
0,0100 0,0907 0,0100 0,0100 0,0100 0,0524 0,0100 0,0526
GOLL4
0,0100 0,0252 0,0100 0,1000 0,0100 0,0144 0,0100 0,1000
AMBV4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
BTOW3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
TAMM4
0,0100 0,0529 0,0100 0,0100 0,0100 0,0276 0,0100 0,0473
LAME4
0,0100 0,0649 0,0100 0,0100 0,0100 0,0340 0,0100 0,1000
PRGA3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0234
ELET6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
LREN3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,0924 0,0100 0,1000
CSAN3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0183 0,0100 0,0353 0,0100 0,0459
SDIA4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
TCSL4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
GFSA3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
ELET3
1,0000 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
NATU3
0,0100 0,0695 0,0100 0,0100 0,0100 0,0309 0,0100 0,0137
BRKM5
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
VIVO4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
ARCZ6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
ELPL6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CPLE6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0368
GOAU4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
DURA4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0687
CCRO3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0334
EMBR3
0,0100 0,0811 0,0100 0,0100 0,0100 0,0213 0,0100 0,0276
BRTO4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0383
BRTP4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
PCAR4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
VCPA4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CPFE3
0,0659 0,1000 0,3686 0,1000 0,2825 0,1000 0,0945 0,1000
TNLP3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,0742 0,0100 0,1000
JBSS3
0,0100 0,1000 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
USIM3
0,3434 0,1000 0,5741 0,0523 0,4014 0,1000 0,1953 0,1000
RSID3
0,0100 0,1000 0,1799 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
SBSP3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CRUZ3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
UGPA4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0649
KLBN4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
BNCA3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0245 0,0100 0,1000 0,0100 0,0397
TRPL4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
BRTP3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
TCSL3
0,0480 0,1000 0,6127 0,1000 0,6194 0,1000 0,0602 0,1000
LIGT3
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0111
TMAR5
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
TLPP4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CGAS5
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
TMCP4
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,0100
CLSC6
0,0100 0,1000 0,0100 0,0100 0,0100 0,1000 0,0100 0,1000
CCPR3
0,3668 0,1000 0,3081 0,1000 0,2715 0,1000 0,3820 0,1000
QUADRO 4 - Análise da estacionariedade das variáveis.
10
Teste ADF, H
o
de raiz unitária. O valor de p deve ser menor que 5% para existir estacionariedade.
11
Teste KPSS, H
o
de estacionariedade. O valor de p deve ser maior que 5% para existir
estacionariedade.
58
4.4 Análise da Correlação entre as Variáveis
Na análise de correlação entre os dados foram analisadas as correlações
contemporâneas entre o retorno e volume e entre o retorno anormal e volume
anormal, as quais em sua grande maioria são insignificantes ao nível de confiança
de 95%.
Também foram verificadas as correlações entre estas variáveis com
defasagem de -2 a +2 períodos para identificar a influência dos retornos anteriores
ao volume dos períodos seguintes e dos volumes anteriores ao retornos seguintes.
Como pode se observar no Quadro 5 foram identificadas correlações muito
baixas entre os dados.
Em relação ao retorno e volume negociado a maior correlação encontrada é
do papel da CPFE3 de -26%. Ou seja, quanto maior o volume, menor o retorno. No
entanto a maioria das correlações são fracas e positivas. No tempo t 57 dos 66
papéis possuem correlação positiva fraca. No tempo t-1 49 dos 66 papéis possui
correlação positiva fraca
12
e no tempo t-2 39 dos 66 papéis.
Em t+1 45 das 66 séries possui correlação positiva fraca e em t+2 40 das 66
possui correlação positiva fraca. Isso permite concluir que apesar de fraca, as
correlações são maiores entre o retorno e o volume quando analisados no mesmo
período t, e que subindo o volume sobe o retorno.
Em relação ao retorno anormal e o volume anormal no tempo t a maioria das
correlações são negativas e fracas, 40 de 66 dos papéis. Em t-1 34 dos 66 papéis a
correlação é negativa fraca. Em t-2 44 dos 66 papéis possui correlação negativa
fraca.
No tempo t+1 a maioria das correlações entre retorno anormal e volume
anormal, 46 de 66 são positivas fracas e em t+2 49 de 66 das ações possuem
correlação positiva fraca. O que permite concluir que as correlações entre o retorno
anormal e o volume anormal são mais negativas fracas em relação a períodos
12
Uma boa correlação em séries financeiras, de acordo com a literatura econômica, é acima de 30%.
59
menores do que t e são mais positivas fracas em períodos maiores do que t,
chegando-se a resultados semelhantes ao de Karpoff (1987).
Ação
Correlação R e
V
t-2
Correlação R e
V
t-1
Correlação R e
V
Correlação R e
V
t+1
Correlação R e
V
t+2
Correlação
RA
e VA
t-2
Correlação
RA
e VA
t-1
Correlação
RA
e VA
Correlação
RA
e VA
t+1
Correlação
RA
e VA
t+2
PETR4
0,006946 -0,024223 0,004971 0,001084 -0,008777 -0,050273 0,034405 -0,014210 0,006946 -0,024223
VALE5
0,014647 0,013966 0,029842 0,014507 0,017785 0,056600 0,094375 -0,129660 0,014647 0,013966
BBDC4
0,010407 0,023797 0,062286 0,024288 -0,003155 0,024557 -0,096190 -0,061783 0,010407 0,023797
VALE3
0,002081 0,016634 0,041585 0,014892 0,028451 0,002081 0,016634 0,041585 0,002081 0,016634
ITAU4
-0,004719 -0,008102 0,025621 -0,003421 -0,033141 -0,023173
-0,390805
0,023319 -0,004719 -0,008102
USIM5
0,033970 0,058877 0,087463 0,060230 0,050489 0,019340 -0,038402 -0,080661 0,033970 0,058877
UBBR11
-0,003208 0,055119 0,086451 0,018760 -0,024000 -0,265014 -0,060897 -0,000736 -0,003208 0,055119
CSNA3
0,014876 -0,017204 0,023435 0,016279 0,013984 0,009114 0,015434 -0,076152 0,014876 -0,017204
PETR3
-0,004253 0,008594 0,087964 0,015462 -0,034087 -0,005538 0,002779 0,011514 -0,004253 0,008594
GGBR4
-0,002880 0,011135 0,043117 -0,004471 -0,009875 -0,002880 0,011135 0,043117 -0,002880 0,011135
ITSA4
-0,013992 0,030324 0,064098 -0,003249 -0,012080 -0,009327 -0,422061 0,049495 -0,013992 0,030324
BBAS3
0,001157 0,023318 0,057581 0,063218 0,032408 0,015665 -0,122062 0,032169 0,001157 0,023318
CMIG4
0,001010 0,016115 0,005512 0,003515 0,013398 0,001321 -0,018085 -0,006813 0,001010 0,016115
ALLL11
-0,037236 0,017234 0,094428 0,000726 -0,083333 0,035256 -0,032307 -0,019543 -0,037236 0,017234
NETC4
0,014112 0,029602 0,070128 0,044639 0,026653 -0,012819 0,024086 -0,099316 0,014112 0,029602
CESP6
-0,058233 -0,026160 -0,094694 -0,190762 -0,146581 -0,012112 0,014345
0,105565
-0,058233 -0,026160
TNLP4
-0,002255 0,019701 0,136589 0,068800 0,061051 -0,076545 0,015240 -0,043261 -0,002255 0,019701
BRAP4
0,009608 0,019249 0,102652 0,066582 0,048051 0,073743 -0,293335 0,131020 0,009608 0,019249
CYRE3
0,007693 -0,005368 0,099356 0,000902 0,008089 -0,031173 0,004251 -0,011245 0,007693 -0,005368
GOLL4
-0,093334 -0,047081 0,047278 -0,036069 -0,044383 -0,007821 0,000008 0,077874 -0,093334 -0,047081
AMBV4
-0,034397 -0,014297 -0,035370 -0,053953 -0,015497 0,035461 -0,010273 -0,002220 -0,034397 -0,014297
BTOW3
-0,087715 0,046638
0,114374
-0,044645 -0,059605 -0,019841 -0,086908 -0,035713 -0,087715 0,046638
TAMM4
-0,070006 -0,042252 -0,034733
-0,124434
-0,073081 -0,032688 -0,031420 -0,009095 -0,070006 -0,042252
LAME4
0,001546 0,040015 0,164908 0,066738 0,029165 -0,002392 0,013251 -0,023725 0,001546 0,040015
PRGA3
0,051387 0,056028 0,079037 0,030166 0,021160 -0,013894 0,019262 -0,084386 0,051387 0,056028
ELET6
-0,002087 0,007905 0,075689 0,030723 0,013594 -0,043005 -0,017408 -0,006026 -0,002087 0,007905
LREN3
-0,017936 -0,020234 -0,031530 -0,086140 -0,076360 -0,026123 0,016437 0,028399 -0,017936 -0,020234
CSAN3
-0,007307 0,019374 -0,030611
-0,100826
-0,033891 -0,043250 0,045016 0,016675 -0,007307 0,019374
SDIA4
0,004101 0,017579 0,104897 0,044996 0,076253 0,007466 -0,002565 -0,097696 0,004101 0,017579
TCSL4
-0,066043 -0,044730 -0,022007 -0,028240 -0,001818 0,068868 -0,019489 0,038172 -0,066043 -0,044730
GFSA3
0,027634 -0,006342 0,051074 0,019977 0,010558 -0,010519 0,074252 -0,005222 0,027634 -0,006342
ELET3
0,021313 0,042399 0,066325 0,009121 0,025964 -0,038114 -0,024543 0,001545 0,021313 0,042399
NATU3
-0,008522 -0,013040 -0,006168 -0,046404 -0,075051 -0,001915 0,021755 -0,025946 -0,008522 -0,013040
BRKM5
-0,004350 0,004541 0,028193 -0,001020 -0,005899 0,012044 0,015963 -0,062017 -0,004350 0,004541
VIVO4
-0,004514 -0,032388 0,036628 0,013889 0,008775 0,006580 0,044107 -0,005128 -0,004514 -0,032388
ARCZ6
-0,010146 0,001782 0,092837 -0,000114 -0,004839 0,009118 -0,015915 0,031966 -0,010146 0,001782
ELPL6
0,023228 0,050759 0,091087 0,021611 0,024565 -0,047466 -0,036532 -0,008425 0,023228 0,050759
CPLE6
0,012424 0,091803 0,032748 0,008009 0,026615 -0,002364 -0,052066 -0,025278 0,012424 0,091803
GOAU4
0,018938 0,047181 0,056964 0,030529 0,034476 -0,028876 -0,023833
-0,128995
0,018938 0,047181
DURA4
0,019099 0,029095 0,047890 -0,005036 -0,002341 -0,026862 -0,044434
-0,127703
0,019099 0,029095
CCRO3
0,005688 0,003669 -0,033823 -0,039345 -0,038249 0,002502 0,000030 -0,071617 0,005688 0,003669
EMBR3
0,009362 0,024116 0,085687 0,063250 0,061744 0,016344 -0,033124 0,009958 0,009362 0,024116
BRTO4
-0,012426 -0,010061
0,100843
0,043875 0,027691 -0,008682 0,009518 -0,053981 -0,012426 -0,010061
BRTP4
-0,036197 0,000477 0,091513 0,041444 0,041666 0,008833 0,011594 0,004159 -0,036197 0,000477
PCAR4
0,003281 0,017556 0,036486 0,028115 0,021346 -0,026075 -0,075518 -0,047790 0,003281 0,017556
VCPA4
0,017572 -0,033798 0,064955 0,036890 0,039529 -0,013906 -0,010612 -0,078224 0,017572 -0,033798
CPFE3
0,044345
-0,262103 0,237346
-0,074238 0,131117 -0,083496
0,405012 0,121020
0,044345
-0,262103
TNLP3
0,002583 0,013286 0,008650 0,055479 0,026811 -0,051806 -0,003621 0,005434 0,002583 0,013286
JBSS3
-0,045690 0,064413 0,285098 0,079283 0,082511 -0,082360 -0,006075 -0,069358 -0,045690 0,064413
USIM3
0,080817
0,115664 -0,666025 -0,317446
-0,029178 0,018289 -0,029444
-0,165739
0,080817
0,115664
RSID3
0,031419 0,027034 0,007479 -0,007421 -0,010226 -0,006123 0,018240 -0,013517 0,031419 0,027034
SBSP3
0,044622 0,077166 0,096426 0,013006 0,010294 -0,011128 -0,069774 0,030875 0,044622 0,077166
CRUZ3
-0,018415 -0,001401 0,058752 0,040794 0,000777 -0,003601 -0,002107 -0,017486 -0,018415 -0,001401
UGPA4
0,044326 0,034202 0,108346 0,078173 0,005331 -0,008297 -0,007980 -0,032919 0,044326 0,034202
KLBN4
-0,001009 0,066363 0,132544 0,093231 0,081994 0,034020 0,012748 -0,024877 -0,001009 0,066363
BNCA3
0,001777 0,006356 0,185063 0,031557 -0,027421 -0,054513 0,005633 0,055822 0,001777 0,006356
TRPL4
0,018299 0,070477
0,189669 0,154861 0,120029
-0,060449 0,023479 0,042307 0,018299 0,070477
BRTP3
0,007642 0,041224 0,086578 0,038962 0,038572 -0,012401 0,004384 -0,011246 0,007642 0,041224
TCSL3
-0,114266 0,164862 -0,232158 -0,078904 -0,003651 0,276212 0,080450 0,178481 -0,114266
0,164862
LIGT3
0,028205 0,019665 0,020394 0,010352 0,016582 -0,015891 -0,028038 0,009149 0,028205 0,019665
TMAR5
0,004586 0,022516 0,147787 0,029079 0,053426 -0,005043 -0,045539 -0,004666 0,004586 0,022516
TLPP4
-0,021212 -0,024707 0,057702 -0,008069 -0,009838 -0,034738 0,008697 -0,134422 -0,021212 -0,024707
CGAS5
0,007651 0,042520 0,054386 0,032254 0,011469 -0,010641 -0,014653 0,032872 0,007651 0,042520
TMCP4
0,006408 0,049350 0,121570 0,041011 0,006636 -0,046911 -0,007659 0,019165 0,006408 0,049350
CLSC6
0,011563 0,065384 0,134663 0,064144 0,042912 -0,012480 0,007148 -0,052460 0,011563 0,065384
CCPR3
-0,071204 0,103800 0,038271 -0,223927 -0,117972 -0,103863 0,042756 0,045928 -0,071204 0,103800
QUADRO 5 - Análise da correlação entre as variáveis.
Valores de r em t-2, t-1, t, t+1 e t+2.
60
4.5 Teste da Significância da Relação entre os Retornos Anormais e Volumes
Anormais
Para o cálculo da significância das relações contemporâneas entre os
retornos anormais e volume anormais foram necessários determinar qual a ordem p
ou número de defasagem, escolhidos de acordo com o Critério de Informação de
Akaike (AIC), conforme são tabulados os resultados no Quadro 6.
O número de regressores determinado foi utilizado na equação de Lee e Rui
(2002). Quando o número de ordem obtido para a série da ação é 0 foi adotado
como padrão para permitir o uso da equação de Lee e Rui a ordem p igual a 1.
O Quadro 7 mostra o resultado obtido das regressões realizadas com o
modelo de Lee e Rui com o valor da significância do teste F. Como conclusão se o
valor for significativo, significa que a variável independente explica uma parcela
significativa da variável dependente. No quadro encontra-se valores significativos
para 0,1% (***), 1% (**), 5% (*) e 10% (.).
Como pode ser observado em 22 dos 66 casos existe significância de 5% de
explicação do volume anormal em função do retorno anormal das ações. E em 23
dos 66 papéis o volume anormal explica uma parcela significativa do retorno anormal
com uma confiança de 95%.
Em relação a explicação do VA em função da volatilidade do retorno anormal,
com 95% de confiança 23 das 66 ações apresentam relação significativa.
Entre os retornos anormais explicados pelos volumes anormais estão
importantes ações das dez mais líquidas do Ibovespa como a PETR4, VALE5,
BBDC4, VALE3, USIM5 e CSNA3. Na dependência do volume anormal ao retorno
anormal encontram-se expressivas empresas como VALE5, VALE3, USIM5 e
CSNA3. E na dependência do volume anormal a volatilidade do retorno anormal
estão ações como PETR4, VALE5, VALE3, ITAU4 e PETR3.
Pode-se também observar que as empresas mais líquidas concentram o
maior número de relações significativas entre o retorno anormal e volume anormal.
entre a volatilidade do retorno anormal e o volume anormal as ações de maior
liquidez não concentram as relações significativas, o que pode se deduzir que não
deve haver relação com a participação relativa no Ibovespa.
61
Ação
Ordem p
RA
C,I, de AIC
RA
Ordem q
VA
C,I,
de AIC
VA
PETR4
33 -2665,00 10 29043,31
VALE5
6 -15322,73 33 80569,8
BBDC4
5 -15766,51 33 69274,77
VALE3
6 -14626,66 31 77946,54
ITAU4
12 -14259,86 10 65629,75
USIM5
15 -14138,96 9 74850,38
UBBR11
8 -9071,79 7 58886,30
CSNA3
10 -14339,95 7 78754,58
PETR3
1 -14236,5 17 82233,78
GGBR4
9 -16452,44 19 84711,93
ITSA4
7 -14256,72 10 76600,64
BBAS3
28 -13588,76 34 71318,86
CMIG4
6 -15382,26 0 83439,53
ALLL11
8 -3870,69 0 20347,2
NETC4
33 -9577,15 26 58289,88
CESP6
2 -1972,46 6 11781,61
TNLP4
1 -6822,33 0 31437,56
BRAP4
1 -8966,71 31 44160,82
CYRE3
3 -3059,52 0 16927,08
GOLL4
0 -4375,28 28 21618,24
AMBV4
1 -10856 3 46590,03
BTOW3
5 -3505,97 6 17796,25
TAMM4
1 -3517,81 3 17876,07
LAME4
17 -12108,99 11 84002,23
PRGA3
8 -13854,45 24 68858,56
ELET6
5 -15198,79 11 76045,90
LREN3
0 -4726,16 28 29239,45
CSAN3
4 -2581,04 2 12705,82
SDIA4
7 -13108,16 29 70149,92
TCSL4
0 -5435,66 9 30237,31
GFSA3
7 -2472,89 9 12423,01
ELET3
5 -14736,16 12 75091,74
NATU3
6 -4596,72 1 23273,40
BRKM5
8 -14171,14 32 68662,06
VIVO4
1 -10280,04 10 60360,29
ARCZ6
5 -13574,13 25 74368,01
ELPL6
22 -12266,68 20 66536,42
CPLE6
10 -13106,46 10 68554,89
GOAU4
1 -13625,98 32 74820,63
DURA4
1 -14414,63 31 73006,35
CCRO3
30 -6917,18 31 37453,74
EMBR3
26 -10008,71 10 53584,26
BRTO4
3 -14360,56 34 77734,21
BRTP4
0 -11627,49 19 55290,75
PCAR4
14 -14171,64 33 62618,97
VCPA4
15 -14061,93 0 73653,01
CPFE3
1 -171,62 0 803,56
TNLP3
2 -10778,25 3 54319,61
JBSS3
1 -1162,46 3 8151,83
USIM3
0 -88,01 0 811,41
RSID3
25 -3522,66 33 53446,5
SBSP3
10 -12581,3 4 63835,28
CRUZ3
0 -14786,6 10 61584,98
UGPA4
5 -6458,71 30 27729,4
KLBN4
1 -13116,66 30 79696,47
BNCA3
1 -2936,48 0 13870,17
TRPL4
11 -9454,13 9 45708,66
BRTP3
6 -10522,33 19 39068,43
TCSL3
1 -151,71 0 739,89
LIGT3
1 -12238,12 32 60461,27
TMAR5
4 -8753,83 3 35831,73
TLPP4
15 -11945,76 32 54754,79
CGAS5
3 -11470,56 34 51625,58
TMCP4
6 -10112,49 0 49971,84
CLSC6
4 -14048,03 26 66526,78
CCPR3
1 -135,34 0 942,39
QUADRO 6 Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC do Retorno Anormal, da
Volatilidade do Retorno Anormal e do Volume Anormal Negociado.
62
Dependência do RA ao VA Dependência do VA ao RA Dependência do VA ao RA
2
Ação
α1
PR(>│t│)
α2
PR(>│t│)
β1
PR(>│t│)
β2
PR(>│t│)
α1
PR(>│t│)
α2
PR(>│t│)
PETR4
0,00**
<2e-16*** 0,32 0,42
0,01*
0,00**
VALE5
1,79e-13 ***
0,02 *
1,64e-13 ***
0,23
< 2e-16 ***
6,71e-13 ***
BBDC4
0,00 ***
0,00 *** 0,68 0,87 0,73 0,95
VALE3
1,08e-11 ***
0,13
1,63e-10 ***
1,72e-10 ***
0,00 **
0,00 ***
ITAU4
0,08 .
0,02* 0,53 0,02 * 0,13 0,01 *
USIM5
6,98e-06 ***
2,77e-07 ***
7,13e-06 ***
0,01 * 0,10 0,36
UBBR11
0,79 0,32 0,98 0,02 * 0,34 0,40
CSNA3
1,31e-05 ***
1,96e-06 ***
1,07e-05 ***
0,60
0,00 ***
0,11
PETR3
0,37 0,00 ** 0,66 0,00 *** 0,66 0,00 ***
GGBR4
0,15 5e-14 *** 0,77 0,33 0,11 0,86
ITSA4
0,001159 **
2,25e-16 ***
0,00 ***
0,04 * 0,50 0,50
BBAS3
0,15 4,80e-05 *** 0,16 0,12 0,23 0,91
CMIG4
0,60 0,30 0,70 0,88 0,53 0,78
ALLL11
0,52 0,00 ** -9,94e+04 -3,18e-02 0,92 0,77
NETC4
4,37e-07 ***
0,22
2,09e-07 ***
0,09 .
0,26 0,08 .
CESP6
0,01 *
8,12e-05 ***
0,03 *
0,85
0,03 *
0,37
TNLP4
0,10 0,00 ** 0,13 0,53 0,30 0,47
BRAP4
2,62e-08 ***
1,31e-15 ***
4,5e-07 ***
0,14
0,01 *
1,69e-09 ***
CYRE3
0,70 0,06 . 0,75 0,20 0,48 0,66
GOLL4
0,01 *
0,69
0,01 *
0,01 * 0,16 0,00 **
AMBV4
0,93 0,03 * 0,95 0,03 * 0,60 0,64
BTOW3
0,27 0,00 ** 0,29 0,00 ** 0,11 0,21
TAMM4
0,93 7,13e-06 *** 0,91 0,00 ** 0,98 0,43
LAME4
0,13 8,27e-07 *** 0,18 0,27 0,06 . 0,25
PRGA3
3,14e-06 ***
0,79
9,04e-07 ***
0,00 **
0,02 *
0,00 ***
ELET6
0,97 6,85e-08 *** 0,61 0,16
0,06 .
0,49
LREN3
0,32 0,16 0,56 0,90 0,22 0,51
CSAN3
0,78 0,01 * 0,64 0,01 *
0,04 *
0,57
SDIA4
2,13e-07 ***
0,02 *
2,13e-08 ***
0,10 0,12 0,96
TCSL4
0,14 0,52 0,15 0,03 * 0,19 0,21
GFSA3
0,85 0,53 0,87 0,09 .
0,05 .
0,40
ELET3
0,45 8,98e-10 *** 0,83 0,97 0,79 0,84
NATU3
0,25 0,92 0,46 0,03 * 0,81 0,75
BRKM5
0,00 ***
8,26e-10 ***
0,00 **
0,26 0,78 0,00 **
VIVO4
0,92 0,01 * 0,76 0,58 0,54 0,52
ARCZ6
0,05 .
7,23e-05 *** 0,04 * 0,78
0,00 **
0,25
ELPL6
0,74
0,06 .
0,38 0,20 0,17 0,82
CPLE6
0,22 0,03 * 0,23 0,55
0,01 *
0,09 .
GOAU4
4,48e-13 ***
0,08 .
3,71e-13 ***
0,00 **
0,00 **
0,00 **
DURA4
6,5e-13 ***
0,00 **
5,05e-14 ***
2,45e-06 ***
2,58e-08 ***
6,51e-11 ***
CCRO3
0,00 **
0,87
0,00 **
4,40e-05 ***
0,06 .
0,05 .
EMBR3
0,50 0,00 ** 0,50 0,24 0,38 0,17
BRTO4
0,00 **
5,49e-05 ***
0,00 **
0,02 * 0,99 0,81
BRTP4
0,82 0,46 0,85 0,00 ***
0,00 ***
0,17
PCAR4
0,01 *
0,24
0,00 **
9,29e-06 ***
1,58e-06 ***
3,65e-05 ***
VCPA4
1,91e-05 ***
0,34
1,4e-05 ***
0,35 0,55 <2e-16 ***
CPFE3
0,71 0,01 * 0,78 0,30
0,00 **
0,30
TNLP3
0,85 0,77 0,76 0,03 *
0,03 *
0,23
JBSS3
0,16 0,07 . 0,33 0,13
0,01 *
0,10
USIM3
0,09 .
0,11 0,36 0,98
0,00 **
0,00 **
RSID3
0,24 < 2e-16 *** 0,66 0,65 0,93 0,90
SBSP3
0,10 0,81
0,04 *
3,02e-12 *** 0,43 0,72
CRUZ3
0,33 0,38 0,15 0,41 0,78 0,31
UGPA4
0,32 0,27 0,16 4,57e-16 ***
0,02 *
0,02 *
KLBN4
0,14 0,00 ** 0,52 4,55e-06 ***
1,83e-05 ***
0,29
BNCA3
0,12 3,44e-06 *** 0,11 0,03 * 0,18 0,17
TRPL4
0,09 .
9e-05 ***
0,04 *
0,52 0,35 0,04 *
BRTP3
0,56 0,36 0,58 2,86e-13 ***
0,02 *
0,33
TCSL3
0,99 0,02 * 0,34 0,79 0,12 0,21
LIGT3
0,66 0,00 ** 0,41 0,00 ** 0,92 3,72e-12 ***
TMAR5
0,94
0,07 .
0,86 0,26 0,42 0,74
TLPP4
7,5e-11 ***
0,03 *
7,26e-10 ***
0,39
< 2e-16 ***
< 2e-16 ***
CGAS5
0,05 .
8,57e-06 *** 0,10 0,01 * 0,71 0,61
TMCP4
0,28 0,06 . 0,33 0,34 0,14 0,01 *
CLSC6
0,00 **
0,31
0,00 **
0,62
6,28e-06 ***
0,00 **
CCPR3
0,71
0,07 .
0,80 0,87 0,88 0,93
QUADRO 7 - Análise da significância da relação entre os Retornos Anormais e Volumes Anormais.
Valor das significâncias: 0,1% (***), 1% (**), 5% (*) e 10%
63
4.6 Teste da Significância da Relação entre o Retorno e Volume Negociado
Para o cálculo da significância das relações contemporâneas entre os
retornos e volume negociados e entre a volatilidade do retorno e volume negociados
foram necessários determinar qual a ordem p ou número de defasagem, escolhidos
de acordo com o Critério de Informação de Akaike (AIC), conforme são tabulados os
resultados no Quadro 8.
O número de regressores determinado foi utilizado na equação de Lee e Rui
(2002). Da mesma forma que o procedimento adotado na seção anterior, quando o
número de ordem obtido para a série da ação é 0 foi adotado como padrão para
permitir o uso da equação de Lee e Rui a ordem p igual a 1.
O Quadro 9 mostra o resultado obtido das regressões realizadas com o
modelo de Lee e Rui com o valor da significância do teste F. Como conclusão se o
valor for significativo, significa que a variável independente explica uma parcela
significativa da variável dependente. No quadro encontra-se valores significativos
para 0,1% (***), 1% (**), 5% (*) e 10% (.).
Como pode ser observado em 13 dos 66 casos existe significância de 5% de
explicação do volume negociado em função do retorno das ações. Em 20 dos 66
papéis o volume negociado possui poder explicativo de uma parcela significativa do
retorno com uma confiança de 95%.
Em relação a explicação do volume negociado em função da volatilidade do
retorno, com 95% de confiança 20 das 66 ações são explicadas.
Entre os retornos explicados pelos volumes estão importantes ações das dez
mais quidas do Ibovespa como a USIM5 e UBBR11, ocorrendo o mesmo na
dependência do volume negociado ao retorno das ações. Na dependência do
volume a volatolidade do retorno estão ações como VALE5, BBDC4, USIM5,
UBBR11, PETR3 e GGBR4.
Pode-se também observar que as empresas menos líquidas concentram o
maior número de relações significativas entre o retorno das ações e o volume
negociado. entre a volatilidade do retorno e o volume negociado das ações de
64
maior liquidez não concentram as relações significativas, o que pode se deduzir que
não deve haver relação com a participação relativa no Ibovespa.
Ação
Ordem p
R
C, I,
de AIC
R
Ordem q
V
C,I,
de AIC
V
PETR4
33 -2133,46 32 49859,60
VALE5
29 -13715,31 27 -13715,31
BBDC4
33 -13838,01 25 -13838,01
VALE3
4 -13741,11 34 91100,20
ITAU4
6 -13981,32 34 90217,61
USIM5
10 -12451,76 10 91836,6
UBBR11
8 -9012,88 28 68121,08
CSNA3
10 -13224,33 28 103139,70
PETR3
1 -12662,28 32 93296,55
GGBR4
10 -13628,98 22 -13628,98
ITSA4
10 -13881,44 24 97811,95
BBAS3
2 -12886,88 19 92514,84
CMIG4
29 -12797,81 7 106453,60
ALLL11
8 -3636,77 7 24646,63
NETC4
25 -9283,37 22 -9283,37
CESP6
3 -1872,08 6 13972,35
TNLP4
3 -5984,89 23 38109,51
BRAP4
1 -8413,13 27 56543,74
CYRE3
0 -2823,69 6 21753,74
GOLL4
0 -4251,63 17 27159,46
AMBV4
3 -10311,55 22 58872,15
BTOW3
5 -3262,53 10 22184,93
TAMM4
1 -3335,36 8 21632,01
LAME4
17 -11696,10 17 94942,48
PRGA3
30 -13294,76 30 85319,46
ELET6
12 -12264,36 23 89774,48
LREN3
0 -4513,32 16 35038,94
CSAN3
4 -2375,17 3 19064,68
SDIA4
7 -13051,02 25 93285,61
TCSL4
0 -5438,62 16 38542,04
GFSA3
13 -2292,71 6 16673,54
ELET3
5 -12206,70 15 88726,79
NATU3
6 -4437,18 6 29668,26
BRKM5
1 -13221,12 34 -13221,12
VIVO4
4 -9004,01 20 72658,76
ARCZ6
5 -13192,99 34 92944,28
ELPL6
11 -11278,91 22 81442,01
CPLE6
6 -11239,85 20 80250,19
GOAU4
1 -12801,13 34 85514,42
DURA4
1 -13925,06 21 83063,09
CCRO3
0 -6603,31 18 44326,10
EMBR3
28 -9562,43 22 71276,37
BRTO4
2 -12700,64 34 90384,29
BRTP4
16 -9990,4 20 68316,76
PCAR4
6 -13360,25 32 81720,25
VCPA4
15 -13476,75 26 86068,29
CPFE3
1 -160,03 0 890,81
TNLP3
5 -9321,88 20 66207,91
JBSS3
0 -1099,12 1 9294,80
USIM3
0 -89,00 0 942,93
RSID3
25 -3424,96 31 -3424,96
SBSP3
6 -11263,28 19 76182,34
CRUZ3
5 -14083,33 34 80858,09
UGPA4
5 -6303,56 17 32248,37
KLBN4
1 -12410,84 33 93994,47
BNCA3
3 -2769,11 5 18356,57
TRPL4
1 -8627,24 14 57489,19
BRTP3
11 -9218,64 11 66606,34
TCSL3
3 -141,16 1 940,59
LIGT3
1 -11421,33 34 78252,83
TMAR5
3 -7588,07 5 44502,15
TLPP4
32 -10607,39 30 65399,52
CGAS5
3 -10664,51 29 64437,62
TMCP4
6 -9359,52 12 60044,75
CLSC6
0 -12651,03 32 84842,85
CCPR3
0 -130,06 0 1183,02
QUADRO 8 - Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC do Retorno e do Volume
Negociado.
65
Dependência do R ao V Dependência do V ao R Dependência do V ao R
2
Ação
α1
PR(>│t│)
α2
R(>│t│)
β1
PR(>│t│)
β2
PR(>│t│)
α1
PR(>│t│)
α2
PR(>│t│)
PETR4
0,15 < 2e-16 *** 0,29 6,32e-11 *** 0,84 0,28
VALE5
0,59 < 2e-16 *** 0,61 < 2e-16 ***
0,00 **
0,50
BBDC4
0,24 1,34e-09 *** 0,09 . < 2e-16 ***
0,00 **
0,01 *
VALE3
0,31 0,47 0,57 < 2e-16 *** 0,48 0,64
ITAU4
0,36 2,92e-11 *** 0,66 < 2e-16 *** 0,08 . 0,66
USIM5
0,00 **
4,11e-06 ***
0,01 *
< 2e-16 ***
5,06e-07 ***
0,00 **
UBBR11
0,02 *
0,14
0,01 *
< 2e-16 ***
0,00 **
0,00 **
CSNA3
0,33 0,01 * < 2,2e-16 0,04 * 0,80 0,63
PETR3
0,95 4,97e-05 *** 0,49 < 2e-16 ***
0,00 **
0,00 **
GGBR4
0,81 3,89e-07 *** 0,87 < 2e-16 ***
3,28e-09 ***
0,05 .
ITSA4
0,06 . 0,61
0,02 *
< 2e-16 ***
0,00 **
0,00 **
BBAS3
0,10 0,24
0,02 *
< 2e-16 ***
0,00 ***
0,00 **
CMIG4
0,34 0,00 *** 0,44 0,86 0,61 0,80
ALLL11
0,81 0,03 * 0,34 2,03e-13 *** 0,64 0,93
NETC4
0,22 0,34 0,35 < 2e-16 *** 0,30 0,58
CESP6
0,59 0,01 * 0,89 < 2e-16 ***
0,02 *
0,25
TNLP4
0,43 0,82
0,05 .
< 2e-16 ***
0,01 *
0,01 *
BRAP4
0,22 0,00 *** 0,99 < 2e-16 *** 0,64 0,93
CYRE3
0,85 0,47 0,94 < 2e-16 *** 0,47 0,70
GOLL4
0,14 0,56 0,39 < 2e-16 ***
0,00 **
0,51
AMBV4
0,41 0,18 0,79 < 2e-16 *** 0,23 0,50
BTOW3
0,19 0,03 *
0,00 ***
< 2e-16 ***
1,83e-05 ***
0,07 .
TAMM4
0,32 3,89e-05 *** 0,82 < 2e-16 *** 0,70 0,48
LAME4
0,00 **
3,72e-06 ***
0,02 *
< 2e-16 *** 0,14 0,17
PRGA3
0,00 **
0,14
0,02 *
< 2e-16 ***
0,03*
0,09 .
ELET6
0,79 0,00 ** 0,54 < 2e-16 *** 0,18 0,37
LREN3
0,50 0,29 0,73 < 2e-16 *** 0,82 0,72
CSAN3
0,69 0,01 * 0,52 1,06e-09 ***
0,05 .
0,27
SDIA4
0,10 0,19 0,30 < 2e-16 *** 0,76 0,95
TCSL4
0,10 0,23 0,55 < 2e-16 *** 0,68 0,62
GFSA3
0,60 0,17 0,83 2,43e-09 *** 0,98 0,75
ELET3
0,03 * 2,88e-06 ***
0,00 **
< 2e-16 ***
7,42e-06 ***
0,36
NATU3
0,15 0,54 0,70 < 2e-16 *** 0,56 0,43
BRKM5
0,94 4,11e-08 *** 0,17 < 2e-16 *** 0,66 0,61
VIVO4
0,09 .
0,05 .
0,02 *
< 2e-16 *** 0,68 0,43
ARCZ6
0,68 0,00 ** 0,60 1,47e-10 *** 0,84 0,43
ELPL6
0,01 *
0,01 *
0,01 *
< 2e-16 *** 0,28 0,32
CPLE6
0,52 0,02 * 0,38 < 2e-16 *** 0,79 0,58
GOAU4
0,01 *
0,19
0,00 **
< 2e-16 *** 0,20 0,19
DURA4
0,14 8,68e-06 *** 0,10 < 2e-16 ***
0,08 .
0,22
CCRO3
0,82 0,58 0,78 < 2e-16 *** 0,59 0,61
EMBR3
0,18 0,33 0,42 < 2e-16 *** 0,15 0,58
BRTO4
0,33 3,93e-05 *** 0,57 < 2e-16 *** 0,86 0,65
BRTP4
0,97 0,11 0,26 < 2e-16 *** 0,23 0,69
PCAR4
0,38 0,00 *** 0,19 < 2e-16 *** 0,44 0,86
VCPA4
0,07 .
0,42
0,00 **
< 2e-16 ***
0,04 *
< 2e-16 ***
CPFE3
0,42 0,00 ** 0,14 0,13 0,86
0,05 .
TNLP3
0,48 0,48 0,27 < 2e-16 *** 0,23 0,37
JBSS3
0,37 0,50
0,04 *
<2e-16 ***
2,81e-05 ***
0,02 *
USIM3
0,17 0,13 0,63 0,21 0,24 0,23
RSID3
0,08 .
< 2e-16 *** 0,38 < 2e-16 *** 0,65 0,71
SBSP3
8,9e-05 ***
0,10
0,00 ***
< 2e-16 ***
0,00 ***
0,00 ***
CRUZ3
0,95 0,22 0,99 < 2e-16 *** 0,94 0,33
UGPA4
0,20 0,11 0,50 < 2e-16 *** 0,20 0,54
KLBN4
2,95e-05 ***
0,00 ***
0,00 ***
< 2e-16 ***
4,08e-07 ***
0,00 ***
BNCA3
0,66 0,00 ** 0,87 < 2e-16 *** 0,51 0,99
TRPL4
0,00 **
0,05 .
0,00 ***
< 2e-16 ***
1,89e-10 ***
0,06 .
BRTP3
0,01 *
0,00 **
0,01 *
< 2e-16 *** 0,81 0,66
TCSL3
0,61 0,04 * 0,27 0,13 0,31 0,75
LIGT3
0,30 0,00 ** 0,84 < 2e-16 *** 0,72
0,05 .
TMAR5
0,42 0,11 0,35 1,02e-14 *** 0,50 0,28
TLPP4
0,16 0,20 0,87 < 2e-16 *** 0,20 0,99
CGAS5
0,02 *
0,00 **
0,02 *
< 2e-16 *** 0,39 0,10
TMCP4
0,03 *
0,03 *
0,00 **
< 2e-16 *** 0,30 0,03 *
CLSC6
0,00 ***
0,83
6,83e-05 ***
< 2e-16 ***
5,05e-07 ***
0,00 ***
CCPR3
0,59 0,63 0,59 0,85 0,84 0,60
QUADRO 9 - Análise da significância da relação entre o Retorno e Volume Negociado.
Valor das significâncias: 0,1% (***), 1% (**), 5% (*) e 10%
(.).
66
4.7 Teste da Significância da Relação entre a Volatilidade do Retorno e Volume
Negociado
Para a análise contemporânea da relação de dependência da volatilidade do
retorno em relação ao volume negociado foi utilizado o modelo GJR-GARCH (1,1) de
Gllosten, Jagannathan e Runkle (1993). O modelo avalia o somatório dos valores de
1
β
e
2
β
, (
1
β
+
2
β
) que fornecem o grau de persistência da variância para a forma
restrita e irrestrita. O cálculo foi feito utilizando-se V
t-1
e V
t
, para eliminar a
possibilidade dos resultados suportarem a conjectura de que o volume negociado
pode ser parcialmente determinado pela volatilidade do retorno.
Como pode-se observar no Quadro 10 todas as regressões da volatilidade do
retorno em função do volume negociado das ações, equação [13.2] do capítulo II,
não foram sensíveis ao choque ou foram muito pouco sensíveis ao choque com o
volume negociado, tanto utilizando-se V
t-1
como V
t
.
Para comprovar se o modelo GJR-GARCH (1,1) é adequado para a análise
dos papéis que compõem o Índice Bovespa, testou-se a sua hipótese de que
possuem uma distribuição t-Student para o retorno inesperado
t
ε
. Como resultado,
Quadro 11, pode-se observar que de acordo com o método da máxima
verossimilhança )
ˆ
,( qxL
e o teste de Kolmogorov Smirnov (KS) a distribuição t-
Student em todas as ações é a que melhor se ajusta a distribuição do erro ou
retorno inesperado da ação.
Para sua confirmação, foram comparados os valores da máxima
verossimilhança e do teste KS das distribuições normal e logística.
67
QUADRO 10 - Análise da significância da relação entre o Retorno e Volume Negociado.
Betas da Regressão entre Volatilidade do Retorno e Volume Negociado
1
2
113
2
12110
2
++++==
tttttttt
VouVShh
γγεβεβββσ
Sem Choque
Choque com V
t
Choque com V
t-1
Ação
β1 β2 β3 β1 + β2
β1 β2 β3 Y2 β1 + β2
β1 β2 β3 Y2 β1 + β2
PETR4
1,818e-01 -1,528e-05 1,530e-04
0,182
1,821e-01 -1,545e-05
1,459e-04 4,931e-08 0,182 1,819e-01 -1,474e-05
1,524e-04 -3,535e-09
0,182
VALE5
2,980e-01 -2,176e-04 3,303e-04
0,298
2,976e-01 -2,109e-04
3,286e-04 -1,777e-14 0,297 2,979e-01 -2,169e-04
3,300e-04 -6,831e-15
0,298
BBDC4
9,338e-02 -4,130e-05 8,481e-04
9,33e-02
9,173e-02 -3,181e-05
9,245e-04 -1,210e-12 9,17e-02 9,194e-02 -4,209e-05
8,582e-04 -1,105e-12
9,19e-02
VALE3
7,883e-02 1,396e-04 1,949e-05
7,90e-02
7,879e-02 1,347e-04
2,480e-05 -2,133e-13 7,89e-02 7,883e-02 1,366e-04
1,989e-05 -1,041e-13
7,90e-02
ITAU4
1,537e-01 -2,257e-04 9,699e-05
1,53e-02
1,535e-01 -1,837e-04
9,698e-05 -2,855e-13 1,53e-02 1,535e-01 -1,952e-04
8,593e-05 -3,287e-13
1,53e-02
USIM5
1,624e-01 1,621e-05 -1,069e-04
1,62e-02
1,537e-01 4,989e-05
-2,708e-05 -5,244e-13 1,54e-02 1,537e-01 1,033e-05
-3,846e-05 -5,693e-13
1,54e-02
UBBR11
3,333e-01 -1,111e-04 -2,461e-05
3,33e-02
3,372e-01 -1,160e-04
-2,680e-05 8,354e-15 3,37e-02 3,390e-01 -1,155e-04
-2,710e-05 1,163e-14
3,39e-02
CSNA3
3,362e-01 -2,796e-04 -1,772e-04
3,36e-02
3,361e-01 -2,799e-04
-1,731e-04 -1,795e-14 3,36e-02 3,361e-01 -2,789e-04
-1,790e-04 -2,236e-14
3,36e-02
PETR3
3,734e-01 -1,260e-04 -3,925e-04
3,73e-02
3,687e-01 -1,233e-04
-2,882e-04 -2,859e-13 3,69e-02 3,692e-01 -1,241e-04
-3,631e-04 -3,097e-13
3,69e-02
GGBR4
2,901e-01 6,075e-05 -2,988e-04
0,290
2,901e-01 3,764e-05
-3,068e-04 7,242e-15 0,290 2,898e-01 4,323e-05
-2,905e-04 8,709e-15
0,290
ITSA4
4,996e-02 4,010e-05 -1,242e-04
5,00e-02
4,794e-02 1,865e-04
-3,058e-05 -5,565e-13 4,81e-02 4,793e-02 5,790e-05
-5,140e-06 -6,013e-13
4,80e-02
BBAS3
1,663e-01 -2,066e-03 1,879e-03
1,64e-01
1,646e-01 -1,994e-03
1,952e-03 -5,029e-13 1,63e-01 1,661e-01 -2,062e-03
1,882e-03 -6,457e-14
1,64e-01
CMIG4
3,273e-01 -3,848e-04 2,782e-05
3,27e-01
3,273e-01 -3,848e-04
2,783e-05 1,349e-16
3,27e-01
3,273e-01 -3,848e-04
2,788e-05 -2,996e-16
3,27e-01
ALLL11
2,389e-01 -8,096e-04 -1,023e-05
2,38e-01
2,266e-01 -6,891e-04
4,442e-05 -3,236e-13
2,26e-01 2,271e-01
-6,613e-04
-6,341e-05 -5,458e-13
2,26e-01
NETC4
3,554e-01 -1,917e-04 -1,358e-04
3,55e-01
3,405e-01 -1,831e-04
-1,182e-04 -1,586e-12
3,40e-01 3,445e-01
-2,014e-04
-1,292e-04 -1,604e-12
3,44e-01
CESP6
1,569e-01 1,289e-04 -2,555e-04
1,57e-01
1,574e-01 2,232e-04
-1,438e-04 -3,312e-13
1,58e-01 1,575e-01
1,443e-04
-2,191e-04 -2,199e-13
1,58e-01
TNLP4
3,186e-01 -2,918e-04 -6,485e-05
3,18e-01
3,168e-01 -2,990e-04
-9,770e-05 5,873e-14
3,17e-01 3,164e-01
-2,618e-04
-1,151e-04 1,497e-13
3,16e-01
BRAP4
3,635e-01 -5,599e-04 -8,213e-05
3,63e-01
3,635e-01 -5,429e-04
-5,047e-05 -3,107e-13
3,63e-01 3,635e-01
-5,479e-04
-8,037e-05 -4,955e-13
3,63e-01
CYRE3
8,329e-02 -2,496e-03 -1,072e-05
8,08e-02
6,375e-02 -1,849e-03
9,755e-05 -6,358e-12
6,19e-02 6,892e-03
-2,201e-03
-3,628e-05 -7,333e-12
6,66e-03
GOLL4
1,663e-01 -2,123e-04 -4,218e-04
1,66e-01
1,662e-01 -3,094e-04
-4,152e-04 1,131e-12
1,66e-01 1,666e-01
-1,923e-04
-4,389e-04 -6,788e-13
1,66e-01
AMBV4
3,254e-01 -5,657e-03 4,591e-03
3,20e-01
3,210e-01 -5,533e-03
4,544e-03 -2,025e-12
3,15e-01 3,216e-01
-5,601e-03
4,522e-03 -6,622e-12
3,16e-01
BTOW3
2,223e-01 -1,372e-02 1,144e-02
2,09e-01
2,220e-01 -1,362e-02
1,146e-02 -1,188e-12
2,08e-01 2,175e-01
-1,335e-02
1,077e-02 1,528e-11
2,04e-01
TAMM4
3,235e-01 6,466e-04 -2,488e-03
3,24e-01
2,913e-01 2,928e-03
-3,758e-03 -8,578e-12
2,94e-01 3,054e-01
1,029e-03
-2,748e-03 -4,548e-12
3,06e-01
LAME4
1,528e-01 -6,283e-05 -1,261e-06
1,53e-01
1,483e-01 -5,660e-05
4,187e-05 -3,258e-13
1,48e-01 1,481e-01
-6,222e-05
8,037e-06 -2,886e-13
1,48e-01
PRGA3
3,804e-01 -6,065e-04 2,892e-04
3,80e-01
3,792e-01 -5,992e-04
3,102e-04 -6,907e-13
3,79e-01 3,791e-01
-6,165e-04
3,126e-04 -1,009e-12
3,78e-01
ELET6
2,277e-02 -6,783e-05 1,632e-04
2,27e-02
2,247e-02 6,040e-06
1,468e-04 -2,455e-13
2,25e-02 2,253e-02
-4,871e-05
1,559e-04 -2,390e-13
2,25e-02
LREN3
1,892e-03 -8,319e-04 6,031e-04
1,06e-03
1,597e-03 -7,781e-04
5,511e-04 -7,236e-12
8,19e-04 1,884e-03
-8,325e-04
6,044e-04 -5,358e-13
1,05e-03
CSAN3
4,109e-01 -3,313e-03 1,239e-03
4,08e-01
4,087e-01 -3,847e-03
1,304e-03 3,198e-12
4,05e-01 4,097e-01
-3,355e-03
1,192e-03 1,171e-12
4,06e-01
SDIA4
1,845e-02 -1,682e-05 -5,448e-06
1,84e-02
1,400e-02 7,984e-06
-1,196e-05 -8,865e-13
1,40e-02 1,499e-02
-8,986e-06
-6,816e-06 -9,122e-13
1,50e-02
TCSL4
8,473e-03 -1,419e-04 3,168e-04
8,33e-03
7,534e-03 8,779e-05
2,547e-04 -5,293e-13
7,62e-03 7,494e-03 -1,104e-04
2,543e-04 -5,895e-13
7,38e-03
GFSA3
1,014e-01 -6,662e-04 4,248e-04
1,01e-01
1,015e-01 -6,584e-04
4,215e-04 -8,996e-14
1,01e-01 1,013e-01 -7,006e-04
4,561e-04 5,665e-13
1,01e-01
ELET3
4,856e-02 -2,109e-05 1,142e-04
4,85e-02
4,858e-02 -2,941e-05
1,133e-04 8,620e-14
4,86e-02 4,857e-02 -2,068e-05
1,147e-04 -1,202e-14
4,85e-02
NATU3
1,454e-01 -4,775e-04 1,419e-04
1,45e-01
1,436e-01 -6,911e-04
2,774e-04 1,205e-12
1,43e-01 1,311e-01 -4,593e-04
2,113e-04 2,744e-12
1,31e-01
BRKM5
1,368e-01 -1,458e-04 3,109e-05
1,37e-01
1,345e-01 -1,459e-04
5,541e-05 -5,343e-13
1,34e-01 1,353e-01 -1,653e-04
4,242e-05 -5,309e-13
1,35e-01
VIVO4
4,936e-01 -9,572e-04 -1,807e-03
4,93e-01
4,911e-01 -8,661e-04
-1,662e-03 -1,441e-12
4,90e-01 4,915e-01 -9,560e-04
-1,787e-03 -1,864e-12
4,91e-01
ARCZ6
9,114e-03 2,553e-04 2,021e-04
9,37e-03
9,115e-03 2,533e-04
2,045e-04 -9,574e-14
9,37e-03 9,160e-03 2,517e-04
2,043e-04 -1,797e-13
9,41e-03
ELPL6
9,635e-02 -1,009e-04 3,974e-05
9,62e-02
9,448e-02 -9,827e-05
7,425e-05 -1,004e-11
9,44e-02 9,442e-02 -1,025e-04
5,374e-05 -9,842e-12
9,43e-02
CPLE6
5,045e-01 -1,457e-03 7,479e-04
5,03e-01
4,966e-01 -1,415e-03
8,130e-04 -1,229e-12
4,95e-01 4,997e-01 -1,459e-03
7,427e-04 -1,022e-12
4,98e-01
GOAU4
1,319e-02 1,294e-05 -5,118e-05
1,32e-02
1,237e-02 1,301e-05
-7,061e-05 -3,077e-12
1,24e-02 1,244e-02 9,908e-06
-7,589e-05 -3,326e-12
1,24e-02
DURA4
7,262e-01 -8,875e-04 -2,845e-04
7,25e-01
7,262e-01 -8,883e-04
-2,851e-04 4,917e-14
7,25e-01 7,261e-01 -8,865e-04
-2,805e-04 -4,347e-13
7,25e-01
CCRO3
2,629e-01 -1,808e-03 7,309e-04
2,61e-01
2,457e-01 -1,649e-03
6,849e-04 -2,639e-12
2,44e-01 2,509e-01 -1,734e-03
7,135e-04 -2,943e-12
2,49e-01
EMBR3
1,784e-01 -7,263e-04 1,071e-03
1,78e-01
1,747e-01 -6,965e-04
1,118e-03 -2,831e-12
1,74e-01 1,757e-01 -6,992e-04
1,069e-03 -3,018e-12
1,75e-01
BRTO4
3,209e-01 -3,838e-04 2,485e-04
3,21e-01
3,118e-01 -3,691e-04
3,599e-04 -6,521e-13
3,11e-01 3,135e-01 -3,771e-04
2,385e-04 -6,395e-13
3,13e-01
BRTP4
3,869e-02 1,325e-03 -2,346e-04
4,00e-02
3,748e-02 1,549e-03
-2,120e-05 -5,178e-12
3,90e-02 3,783e-02 1,552e-03
-3,418e-04 -5,446e-12
3,94e-02
PCAR4
2,966e-02 2,693e-04 -2,770e-04
2,99e-02
2,703e-02 2,740e-04
-2,665e-04 -2,077e-12
2,73e-02 2,765e-02 2,571e-04
-2,660e-04 -1,938e-12
2,79e-02
VCPA4
8,381e-02 1,764e-04 3,369e-04
8,40e-02
8,375e-02 1,741e-04
3,562e-04 -7,362e-13
8,39e-02 8,381e-02 2,170e-04
3,113e-04 -1,342e-12
8,40e-02
CPFE3
3,095e-01 -3,549e-02 3,900e-03
2,74e-01
3,527e-01 -2,971e-02
-8,376e-03 -2,198e-11
3,23e-01 3,584e-01 -3,747e-02
-6,743e-03 -1,844e-11
3,21e-01
TNLP3
4,239e-01 -1,524e-03 8,581e-04
4,22e-01
4,176e-01 -1,019e-03
7,442e-04 -6,955e-12
4,17e-01 4,202e-01 -1,441e-03
9,007e-04 -8,695e-12
4,19e-01
JBSS3
3,187e-01 -2,131e-03 -5,878e-04
3,17e-01
2,969e-01 -2,954e-03
-1,692e-03 2,480e-12
2,94e-01 2,844e-01 -2,304e-03
-7,979e-04 1,464e-12
2,82e-01
USIM3
0,3022044 -0,0255898 -0,0784109
2,77E-01
1,016e-01 5,834e-03
-7,247e-02 -6,431e-10
1,07e-01 6,942e-02 -6,939e-03
-3,831e-02 -3,959e-10
6,25e-02
RSID3
1,312e-01 5,668e-05 6,037e-05
1,31e-01
1,308e-01 5,222e-05
5,904e-05 -2,049e-11
1,31e-01 1,305e-01 5,001e-05
6,305e-05 -2,066e-11
1,31e-01
SBSP3
6,658e-02 1,731e-03 4,338e-03
6,83e-02
6,580e-02 1,753e-03
4,421e-03 -4,852e-12
6,76e-02 6,625e-02 1,722e-03
4,378e-03 -2,964e-12
6,80e-02
CRUZ3
3,669e-01 -8,380e-04 2,554e-04
3,66e-01
3,666e-01 -7,978e-04
2,743e-04 -1,850e-12
3,66e-01 3,663e-01 -8,277e-04
2,479e-04 -1,786e-12
3,66e-01
UGPA4
3,179e-01 -4,938e-04 -1,288e-04
3,17e-01
3,178e-01 -4,719e-04
-7,183e-05 -9,732e-13
3,17e-01 3,176e-01 -4,972e-04
-1,102e-04 -1,104e-12
3,17e-01
KLBN4
2,817e-01 -9,791e-05 -7,386e-05
2,82e-01
2,819e-01 -1,057e-04
-8,090e-05 8,181e-14
2,82e-01 2,813e-01 -9,720e-05
-5,696e-05 -1,889e-13
2,81e-01
BNCA3
3,887e-01 -9,938e-04 3,245e-04
3,88e-01
3,903e-01 -6,198e-04
9,060e-05 -2,286e-12
3,90e-01 3,869e-01 -1,033e-03
3,627e-04 1,162e-12
3,86e-01
TRPL4
2,017e-03 1,668e-03 1,889e-03
3,69e-03
1,683e-03 1,909e-03
1,953e-03 -1,535e-11
3,59e-03 1,907e-03 1,749e-03
1,875e-03 -7,192e-12
3,66e-03
BRTP3
3,625e-01 -6,651e-03 5,204e-03
3,56e-01
3,614e-01 -6,575e-03
5,238e-03 -2,630e-12
3,55e-01 3,612e-01 -6,626e-03
5,230e-03 -5,565e-12
3,55e-01
TCSL3
3,851e-01 -2,618e-02 -1,362e-02
3,59e-01
4,948e-01 -5,547e-02
9,227e-03 8,521e-11
4,39e-01 3,703e-01 -2,423e-02
-1,130e-02 -1,666e-11
3,46e-01
LIGT3
2,270e-02 7,731e-05 -9,059e-05
2,28e-02
2,123e-02 1,074e-04
-1,195e-04 -3,251e-12
2,13e-02 2,171e-02 8,648e-05
-9,930e-05 -3,315e-12
2,18e-02
TMAR5
5,196e-01 -1,094e-03 -1,026e-04
5,19e-01
5,195e-01 -1,100e-03
-1,161e-04 1,736e-13
5,18e-01 5,196e-01 -1,104e-03
-1,064e-04 8,582e-13
5,18e-01
TLPP4
3,681e-01 -1,143e-03 -3,799e-03
3,66e-01
3,692e-01 -1,366e-03
-3,978e-03 5,294e-12
3,68e-01 3,711e-01 -2,016e-03
-3,398e-03 9,230e-12
3,69e-01
CGAS5
7,729e-02 4,827e-04 -1,130e-04
7,78e-02
7,729e-02 4,848e-04
-1,090e-04 -4,093e-12
7,78e-02 7,732e-02 4,742e-04
-1,071e-04 -5,256e-12
7,78e-02
TMCP4
1,112e-03 2,616e-03 1,616e-03
3,73e-03
1,089e-03 2,594e-03
1,689e-03 -1,688e-11
3,68e-03 1,098e-03 2,583e-03
1,652e-03 -1,834e-11
3,68e-03
CLSC6
3,353e-03 -8,046e-05 1,512e-04
3,27e-03
2,446e-03 -2,515e-05
3,447e-04 -3,645e-12
2,42e-03 2,860e-03 -6,962e-05
2,104e-04 -3,414e-12
2,79e-03
CCPR3
5,570e-01 -6,659e-02 -3,599e-01
4,90e-01
5,588e-01 -6,604e-02
-3,618e-01 4,963e-13
4,93e-01 5,624e-01 -6,736e-02
-3,632e-01 7,580e-13
4,95e-01
68
Ajuste das Distribuições de Probabilidades
Distribuição Normal
Distribuição Logística
Distribuição t
Ação
)
ˆ
,( qxL
Teste KS
D
)
ˆ
,( qxL
Teste KS
D
)
ˆ
,( qxL
Teste KS
D
PETR4
1175,077 0,2474 2987,579 0,1028 4032,23 0,4251
VALE5
7658,538 0,3779 7809,553 0,307 7830,290 0,4847
BBDC4
7903,338 0,3866 8008,388 0,3109 8017,658 0,4853
VALE3
7308,189 0,3682 7470,277 0,2702 7500,998 0,4733
ITAU4
7147,121 0,3669 7183,466 0,2666 7181,609 0,472
USIM5
7072,709 0,3815 7191,435 0,2793 7204,695 0,4827
UBBR11
4531,564 0,3568 4599,809 0,2404 4605,618 0,475
CSNA3
7166,824 0,3665 7276,939 0,2588 7286,979 0,4769
PETR3
7129,399 0,4007 7710,966 0,2868 7779,776 0,4834
GGBR4
8225,573 0,3988 8361,583 0,3118 8377,527 0,4912
ITSA4
7098,905 0,3717 7166,666 0,2558 7166,732 0,4759
BBAS3
6682,406 0,3782 6962,193 0,248 6986,283 0,4814
CMIG4
7681,474 0,3841 7744,260 0,2923 7745,888 0,4824
ALLL11
1932,073 0,3826 1935,430 0,2784 1935,874 0,4801
NETC4
4778,295 0,3092 5095,815 0,1738 5228,822 0,4487
CESP6
984,6829 0,3749 1033,5114 0,2814 1044,4759 0,4773
TNLP4
3411,249 0,4116 3510,849 0,3265 3533,421 0,4836
BRAP4
4460,811 0,3606 4525,006 0,2556 4530,110 0,4819
CYRE3
1533,214 0,342 1552,507 0,2285 1553,709 0,471
GOLL4
2189,862 0,3695 2205,508 0,2496 2206,101 0,4831
AMBV4
5430,765 0,3966 5669,114 0,3017 5723,785 0,4766
BTOW3
1756,566 0,388 1788,287 0,2556 1791,929 0,4829
TAMM4
1763,259 0,3656 1782,064 0,2603 1782,565 0,4769
LAME4
6056,881 0,3239 6293,501 0,2246 6397,485 0,4616
PRGA3
6929,410 0,3623 7052,224 0,251 7066,153 0,4821
ELET6
7585,946 0,3818 7643,688 0,279 7645,362 0,4886,
LREN3
2366,033 0,3748 2876,424 0,2894 3332,805 0,476
CSAN3
1293,278 0,3441 1298,734 0,2195 1298,249 0,4734
SDIA4
6546,018 0,3688 6920,293 0,2461 6979,516 0,4844
TCSL4
2719,964 0,3496 2728,808 0,2359 2728,333 0,4766
GFSA3
1238,921 0,3614 1243,920 0,2389 1244,991 0,4808
ELET3
7356,976 0,3701 7449,524 0,2731 7455,223 0,4853
NATU3
2296,790 0,3886 2319,343 0,2669 2320,579 0,4719
BRKM5
7083,204 0,3623 7178,156 0,2718 7183,782 0,4873
VIVO4
5145,738 0,3527 5274,588 0,2346 5292,954 0,4698
ARCZ6
6689,347 0,3743 7150,303 0,2737 7238,470 0,4687
ELPL6
6140,797 0,3421 6453,022 0,2262 6512,334 0,4769
CPLE6
6550,499 0,3839 6626,776 0,2577 6630,375 0,4803
GOAU4
6815,466 0,3782 7348,231 0,2825 7436,113 0,4805
DURA4
7220,297 0,3779 7354,804 0,2763 7378,140 0,4749
CCRO3
3459,172 0,3664 3623,714 0,2579 3663,938 0,469
EMBR3
4997,739 0,3543 5322,647 0,2637 5429,809 0,4681
BRTO4
7185,932 0,376 7345,977 0,2711 7371,311 0,4704
BRTP4
5820,107 0,3765 5930,860 0,2831 5945,537 0,4822
PCAR4
7092,535 0,3743 7298,005 0,2786 7337,851 0,4707
VCPA4
7029,266 0,376 7248,287 0,2799 7301,176 0,484
CPFE3
96,71184 0,4544 95,99552 0,3883 96,21979 0,5003
TNLP3
5388,137 0,3657 5604,871 0,2713 5659,320 0,4698
JBSS3
586,7011 0,3519 588,2286 0,2139 588,1436 0,477
USIM3
46,25119 0,2998 50,57571 0,1872 52,55355 0,4749
RSID3
1683,855 0,3295 2820,826 0,2342 4468,224 0,4292
SBSP3
6296,328 0,3768 6510,958 0,2653 6550,525 0,47
CRUZ3
7396,628 0,373 7523,461 0,2763 7538,497 0,4782
UGPA4
3231,135 0,3934 3252,916 0,2901 3251,966 0,4854
KLBN4
6565,612 0,3428 6641,539 0,2474 6677,295 0,4863
BNCA3
1468,654 0,3813 1528,684 0,2759 1536,302 0,4821
TRPL4
4731,330 0,3798 4883,303 0,2479 4910,961 0,4719
BRTP3
5263,348 0,3619 5424,336 0,253 5449,999 0,4711
TCSL3
79,40209 0,4108 82,04353 0,3343 82,85434 0,4854
LIGT3
6126,691 0,3633 6582,952 0,2262 6652,551 0,4622
TMAR5
4380,216 0,4178 4400,540 0,3003 4400,244 0,491
TLPP4
5977,806 0,3879 6112,590 0,3042 6129,823 0,4871
CGAS5
5849,250 0,361 6029,160 0,2459 6073,456 0,4666
TMCP4
5052,498 0,3454 5189,051 0,2395 5212,296 0,474
CLSC6
7026,661 0,3616 7147,039 0,2669 7160,427 0,472
CCPR3
68,91490 0,4079 73,74502 0,2959 76,88081 0,4954
QUADRO 11 - Análise da distribuição de probabilidade que mais se ajusta ao erro.
69
4.8 Teste da Significância da Relação Causal entre as Variáveis
O Quadro 12 apresenta a ordem de regressores p do retorno anormal, da
volatilidade do retorno anormal, do volume anormal, do retorno, da volatilidade do
retorno e do volume negociado; de acordo com o Critério de Informação de Akaike
(AIC). A ordem dos regressores descritos no quadro foi necessária para determinar a
relação de causalidade entre as variáveis pelo método descrito por Granger (1969).
Como pode ser observado no Quadro 13 e resumidamente, no Quadro 14,
existe relação de causalidade nos dois sentidos entre o retorno anormal e o volume
anormal negociado em 42 dos 66 casos. O retorno anormal causa o volume
anormal em 15 dos 66 casos. O volume anormal causa o retorno anormal em 8 dos
66 casos e não existe relação de causalidade entre nenhuma das variáveis em
nenhum sentido em apenas duas ações.
Entre a volatilidade do retorno anormal e o volume anormal negociado existe
relação de causalidade nos dois sentidos em 49 dos 66 papéis que compõem o
Ibovespa. Em 8 casos a volatilidade do retorno anormal causa o volume anormal, em
7 casos o volume anormal causa a volatilidade anormal e em 2 casos não existe
nenhuma relação nos dois sentidos.
Existe relação de causalidade nos dois sentidos entre o retorno e o volume
negociado em 49 dos 66 casos. O retorno das ações causa o volume negociado em
7 dos 66 casos. O volume negociado causa o retorno das ações em 8 dos 66 casos
e não existe relação de causalidade entre nenhuma das variáveis em nenhum
sentido em apenas duas ações.
Entre a volatilidade do retorno das ações e o volume negociado existe relação
de causalidade nos dois sentidos em 54 dos 66 papéis que compõem o Ibovespa.
Em 11 casos a volatilidade do retorno causa o volume negociado, em 1 caso o
volume negociado causa a volatilidade do retorno das ações e em nenhum caso não
existe nenhuma relação nos dois sentidos.
Entre as dez ações mais líquidas do mercado da bolsa de valores, apenas a
VALE3 não possui relação causal entre o volume, tanto o volume anormal quanto o
70
volume negociado, o que indica que é possível modelar o comportamento dos
retornos das ações em função do volume.
Ação
Ordem p
RA
C,I, de
AIC RA
Ordem p
RA
2
C,I, de
AIC RA
2
Ordem q
VA
C,I, de
AIC VA
Ordem p
R
C, I, de
AIC R
Ordem p
R
2
C,I, de
AIC R
2
Ordem q
V
C,I, de
AIC V
PETR4
33 -2665,00 33 0,05 10 29043,31 33 -2133,46 33 262,14 32 49859,60
VALE5
6 -15322,73 19 -27079,66 33 80569,80 29 -13715,31 11 -27090,37 27 -13715,31
BBDC4
5 -15766,51 32 0,00 33 69274,77 33 -13838,01 21 -30985,38 25 -13838,01
VALE3
6 -14626,66 15 -28832,59 31 77946,54 4 -13741,11 15 -28832,59 34 91100,20
ITAU4
12 -14259,86 11 -32360,79 10 65629,75 6 -13981,32 13 -32362,05 34 90217,61
USIM5
15 -14138,96 11 -29605,58 9 74850,38 10 -12451,76 12 -29625,66 10 91836,60
UBBR11
8 -9071,79 18 -21076,40 7 58886,30 8 -9012,88 18 -21076,40 28 68121,08
CSNA3
10 -14339,95 21 -30907,65 7 78754,58 10 -13224,33 20 -30909,10 28 103139,70
PETR3
1 -14236,50 0 -20336,66 17 82233,78 1 -12662,28 0 -20336,66 32 93296,55
GGBR4
9 -16452,44 22 -29619,71 19 84711,93 10 -13628,98 30 -29630,94 22 -13628,98
ITSA4
7 -14256,72 32 -31047,45 10 76600,64 10 -13881,44 32 -31047,45 24 97811,95
BBAS3
28 -13588,76 2 -27469,37 34 71318,86 2 -12886,88 2 -27469,37 19 92514,84
CMIG4
6 -15382,26 28 -28071,17 0 83439,53 29 -12797,81 31 -28072,98 7 106453,60
ALLL11
8 -3870,69 4 -8830,09 0 20347,20 8 -3636,77 4 -8830,09 7 24646,63
NETC4
33 -9577,15 27 -20927,76 26 58289,88 25 -9283,37 27 -20927,76 22 -9283,37
CESP6
2 -1972,46 1 -3904,93 6 11781,61 3 -1872,08 3 -3907,91 6 13972,35
TNLP4
1 -6822,33 27 -13708,01 0 31437,56 3 -5984,89 27 -13708,01 23 38109,51
BRAP4
1 -8966,71 28 -19444,06 31 44160,82 1 -8413,13 28 -19444,06 27 56543,74
CYRE3
3 -3059,52 0 -6681,71 0 16927,08 0 -2823,69 2 -6684,05 6 21753,74
GOLL4
0 -4375,28 0 -10066,02 28 21618,24 0 -4251,63 7 -10071,09 17 27159,46
AMBV4
1 -10856,00 24 -21194,30 3 46590,03 3 -10311,55 31 -21196,99 22 58872,15
BTOW3
5 -3505,97 2 -7572,10 6 17796,25 5 -3262,53 2 -7572,10 10 22184,93
TAMM4
1 -3517,81 3 -8032,24 3 17876,07 1 -3335,36 4 -8034,49 8 21632,01
LAME4
17 -12108,99 34 -26927,83 11 84002,23 17 -11696,10 31 -26932,57 17 94942,48
PRGA3
8 -13854,45 11 -30079,76 24 68858,56 30 -13294,76 16 -30101,84 30 85319,46
ELET6
5 -15198,79 4 -27133,82 11 76045,90 12 -12264,36 28 -27228,39 23 89774,48
LREN3
0 -4726,16 7 -8037,90 28 29239,45 0 -4513,32 7 -8037,90 16 35038,94
CSAN3
4 -2581,04 2 -5841,51 2 12705,82 4 -2375,17 3 -5850,87 3 19064,68
SDIA4
7 -13108,16 0 -21785,97 29 70149,92 7 -13051,02 7 -21794,62 25 93285,61
TCSL4
0 -5435,66 11 -13243,73 9 30237,31 0 -5438,62 11 -13243,73 16 38542,04
GFSA3
7 -2472,89 3 -5522,98 9 12423,01 13 -2292,71 8 -5526,68 6 16673,54
ELET3
5 -14736,16 10 -27759,76 12 75091,74 5 -12206,70 12 -27773,31 15 88726,79
NATU3
6 -4596,72 1 -10262,00 1 23273,40 6 -4437,18 2 -10264,83 6 29668,26
BRKM5
8 -14171,14 29 -30274,41 32 68662,06 1 -13221,12 14 -30284,59 34 -13221,12
VIVO4
1 -10280,04 7 -19966,03 10 60360,29 4 -9004,01 27 -19998,80 20 72658,76
ARCZ6
5 -13574,13 31 -25327,66 25 74368,01 5 -13192,99 33 -25332,66 34 92944,28
ELPL6
22 -12266,68 11 -23095,66 20 66536,42 11 -11278,91 11 -23095,66 22 81442,01
CPLE6
10 -13106,46 17 -24166,34 10 68554,89 6 -11239,85 28 -24186,27 20 80250,19
GOAU4
1 -13625,98 0 -20489,68 32 74820,63 1 -12801,13 0 -20489,68 34 85514,42
DURA4
1 -14414,63 13 -31866,48 31 73006,35 1 -13925,06 32 -31877,94 21 83063,09
CCRO3
30 -6917,18 27 -13979,79 31 37453,74 0 -6603,31 27 -13979,79 18 44326,10
EMBR3
26 -10008,71 33 -19995,71 10 53584,26 28 -9562,43 28 -19995,44 22 71276,37
BRTO4
3 -14360,56 34 -28427,26 34 77734,21 2 -12700,64 18 -28430,53 34 90384,29
BRTP4
0 -11627,49 16 -21061,32 19 55290,75 16 -9990,40 27 -21189,38 20 68316,76
PCAR4
14 -14171,64 15 -27186,08 33 62618,97 6 -13360,25 15 -27186,08 32 81720,25
VCPA4
15 -14061,93 28 -29944,80 0 73653,01 15 -13476,75 27 -29945,10 26 86068,29
CPFE3
1 -171,62 1 -329,41 0 803,56 1 -160,03 1 -329,41 0 890,81
TNLP3
2 -10778,25 19 -20946,51 3 54319,61 5 -9321,88 20 -20953,45 20 66207,91
JBSS3
1 -1162,46 11 -2669,57 3 8151,83 0 -1099,12 14 -2686,79 1 9294,80
USIM3
0 -88,01 0 -171,87 0 811,41 0 -89,00 0 -171,87 0 942,93
RSID3
25 -3522,66 27 -5487,83 33 53446,50 25 -3424,96 32 -5489,25 31 -3424,96
SBSP3
10 -12581,30 30 -22165,25 4 63835,28 6 -11263,28 11 -22189,09 19 76182,34
CRUZ3
0 -14786,60 11 -31649,20 10 61584,98 5 -14083,33 11 -31649,20 34 80858,09
UGPA4
5 -6458,71 2 -14547,83 30 27729,40 5 -6303,56 1 -14549,40 17 32248,37
KLBN4
1 -13116,66 34 -28355,16 30 79696,47 1 -12410,84 34 -28355,16 33 93994,47
BNCA3
1 -2936,48 0 -5503,12 0 13870,17 3 -2769,11 0 -5503,12 5 18356,57
TRPL4
11 -9454,13 7 -19348,22 9 45708,66 1 -8627,24 28 -19403,82 14 57489,19
BRTP3
6 -10522,33 33 -18117,83 19 39068,43 11 -9218,64 10 -18141,77 11 66606,34
TCSL3
1 -151,71 0 -316,12 0 739,89 3 -141,16 0 -316,12 1 940,59
LIGT3
1 -12238,12 0 -19058,73 32 60461,27 1 -11421,33 0 -19058,73 34 78252,83
TMAR5
4 -8753,83 3 -18281,88 3 35831,73 3 -7588,07 17 -18304,43 5 44502,15
TLPP4
15 -11945,76 10 -19926,31 32 54754,79 32 -10607,39 6 -19932,07 30 65399,52
CGAS5
3 -11470,56 1 -21532,40 34 51625,58 3 -10664,51 4 -21615,55 29 64437,62
TMCP4
6 -10112,49 33 -21294,22 0 49971,84 6 -9359,52 18 -21301,01 12 60044,75
CLSC6
4 -14048,03 21 -29039,29 26 66526,78 0 -12651,03 25 -29047,94 32 84842,85
CCPR3
1 -135,34 0 -274,86 0 942,39 0 -130,06 0 -274,86 0 1183,02
QUADRO 12 - Comprimento de Ordem e Critério de Informação de AIC das variáveis.
71
Relação Dinâmica entre as Variáveis
Relação Dinâmica entre RA
e VA
Relação Dinâmica entre RA
2
e VA
Relação Dinâmica entre R e
V
Relação Dinâmica entre R
2
e V
Ação
VA->RA Teste
F Pr(>|t|)
RA->VA Teste
F Pr(>|t|)
Causa
Granger
VA->RA
2
Teste
F Pr(>|t|)
RA
2
->VA Teste
F Pr(>|t|)
Causa
Granger
V->R Teste F
Pr(>|t|)
R->V Teste F
Pr(>|t|)
Causa
Granger
V->R
2
Teste F
PR(>|t|)
R
2
->V Teste F
Pr(>|t|)
Causa
Granger
PETR4
2,20e-16 0,00
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,27
RA
2
<
C,G,
VA
2,2e-16 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
VALE5
1,20e-07 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
5,98e-09 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BBDC4
3,33e-09 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,28
RA
2
<
C,G,
VA
< 2,2e-16 9,318e-13
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 2,43e-12
R
2
<
C,G,
>V
VALE3
0,11 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,57 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ITAU4
< 2,20e-16 9,91e-07
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 4,18e-11
RA
2
<
C,G,
>VA
4,39e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
USIM5
2,51e-08 0,01
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 1,60e-05
RA
2
<
C,G,
>VA
2,29e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
UBBR11
< 2,20e-16 0,00
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,04 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CSNA3
1,84e-07 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 1,84e-15
RA
2
<
C,G,
>VA
0,01 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
PETR3
0,29 4,88e-08
RA<
C,G,
VA
0,99 7,33e-05
RA
2 C,G,
>VA
0,02 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
0,71 < 2,2e-16
R
2 C,G,
>V
GGBR4
< 2,20e-16 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
6,96e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ITSA4
< 2,2e-16 0,00
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,01 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BBAS3
6,71e-11 5,36e-09
RA<
C,G,
>VA
0,24 7,56e-10
RA
2
<
C,G,
VA
0,05 < 2,2e-16
R<
C,G,
V
4,81e-05 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CMIG4
3,22e-11 0,29
RA<
C,G,
VA
< 2,2e-16 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
8,22e-11 0,01
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 0,29
R
2
<
C,G,
V
ALLL11
2,59e-05 0,74
RA<
C,G,
VA
6,66e-07 0,54
RA
2
<
C,G,
VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
1,42e-07 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
NETC4
0,00 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CESP6
0,00 0,01
RA<
C,G,
>VA
1,33e-08 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
1,32e-06 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
TNLP4
0,02 0,26
RA<
C,G,
VA
3,75e-14 0,89
RA
2
<
C,G,
VA
0,27 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
6,13e-08 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BRAP4
< 2,20e-16 5,44e-06
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 3,54e-07
RA
2
<
C,G,
>VA
0,24 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
8,76e-12 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CYRE3
0,053 0,61
RA
C,G,
VA
0,39 0,26
RA
2 C,G,
VA
0,70 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
0,07 < 2,2e-16
R
2 C,G,
>V
GOLL4
0,12 1,41e-06
RA
C,G,
>VA
0,60 2,77e-07
RA
2 C,G,
>VA
0,60 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
0,15 < 2,2e-16
R
2 C,G,
>V
AMBV4
0,09 0,01
RA
C,G,
>VA
6,15e-11 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,07 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
2,26e-11 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BTOW3
0,00 0,01
RA<
C,G,
>VA
0,00 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,01 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
1,32e-05 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
TAMM4
7,42e-06 0,00
RA<
C,G,
>VA
9,32e-06 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
0,02 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
LAME4
5,36e-06 1,61e-06
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 8,27e-12
RA
2
<
C,G,
>VA
1,34e-05 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
PRGA3
0,01 1,00e-11
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 7,57e-14
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ELET6
9,09e-09 2,72e-07
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 1,65e-06
RA
2
<
C,G,
>VA
6,07e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
LREN3
0,00 1,35e-09
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 2,23e-08
RA
2
<
C,G,
>VA
0,56 < 2,2e-16
R
C,G,
> V
1,80e-06 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CSAN3
0,00 0,00
RA<
C,G,
>VA
2,21e-05 9,13e-11
RA
2
<
C,G,
>VA
0,01 8,94e-13
R<
C,G,
>V
0,00 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
SDIA4
0,00 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
1,00 5,29e-09
RA
2 C,G,
>VA
8,21e-05 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
0,69 < 2,2e-16
R
2 C,G,
>V
TCSL4
0,19 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
4,68e-10 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,54 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
6,24e-07 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
GFSA3
0,01 0,00
RA<
C,G,
>VA
0,01 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
9,35e-06 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ELET3
4,50e-11 2,46e-11
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 5,69e-15
RA
2
<
C,G,
>VA
1,46e-09 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
NATU3
0,00 0,02
RA<
C,G,
>VA
6e-05 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
0,05 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
0,00 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BRKM5
0,00 2,02e-08
RA<
C,G,
>VA
4,89e-14 9,37e-07
RA
2
<
C,G,
>VA
0,05 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
3,99e-11 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
VIVO4
0,26 3,04e-05
RA
C,G,
>VA
1,27e-07 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,27 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ARCZ6
5,28e-07 4,72e-08
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
1,80e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
ELPL6
1,26e-06 8,90e-14
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 1,18e-15
RA
2
<
C,G,
>VA
1,18e-15 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CPLE6
6,98e-05 0,00
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,00
RA
2
<
C,G,
>VA
2,08e-05 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
GOAU4
0,42 1,64e-11
RA
C,G,
>VA
1,00 2,70e-11
RA
2 C,G,
>VA
0,91 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
1,00 < 2,2e-16
R
2 C,G,
>V
DURA4
0,01 4,16e-11
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 5,85e-11
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CCRO3
0,02 4,65e-06
RA<
C,G,
>VA
7,25e-11 3,26e-05
RA
2
<
C,G,
>VA
0,93 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
1,25e-12 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
EMBR3
7,10e-07 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
7,31e-06 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BRTO4
0,10 9,99e-09
RA
C,G,
>VA
1,40e-13 7,22e-10
RA
2
<
C,G,
>VA
0,50 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BRTP4
0,15 2,95e-08
RA
C,G,
>VA
< 2,2e-16 4,13e-08
RA
2
<
C,G,
>VA
1,03e-05 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
PCAR4
0,00 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
4,22e-05 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
VCPA4
0,00 0,02
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 0,66
RA
2
<
C,G,
VA
1,73e-13 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CPFE3
0,00 0,24
RA<
C,G
VA
0,01 0,45
RA
2
<
C,G,
VA
0,00 0,18
R<
C,G,
V
0,24 0,00
R
2
C,G,
>V
TNLP3
0,00 8,35e-07
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 7,60e-06
RA
2
<
C,G,
>VA
0,37 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
JBSS3
0,28 0,00
RA
C,G,
>VA
0,00 0,01
RA
2
<
C,G,
>VA
0,42 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
0,00 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
USIM3
0,76 0,00
RA
C,G,
>VA
0,65 0,00
RA
2 C,G,
>VA
0,71 5,08e-05
R
C,G,
>V
0,83 0,00
R
2 C,G,
>V
RSID3
< 2,,20-16 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
SBSP3
4,18e-06 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,03 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CRUZ3
3,76e-05 0,00
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 7,70e-06
RA
2
<
C,G,
>VA
0,01 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
1,33e-09 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
UGPA4
0,31 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
0,01 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,22 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
2,49e-05 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
KLBN4
3,78e-11 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BNCA3
1,49e-05 0,08
RA<
C,G
VA
0,80 0,08
RA
2
C,G,
VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
0,96 < 2,2e-16
R
2
C,G,
>V
TRPL4
8,26e-06 9,68e-06
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 7,23e-06
RA
2
<
C,G,
>VA
0,35 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
BRTP3
0,16 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
TCSL3
0,03 0,06
RA<
C,G
VA
0,57 0,00
RA
2 C,G,
>VA
0,04 0,32
R<
C,G,
V
0,59 0,00
R
2
C,G,
>V
LIGT3
0,13 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
1,00 < 2,2e-16
RA
2 C,G,
>VA
0,14 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
1,00 < 2,2e-16
R
2
C,G,
>V
TMAR5
0,00 0,00
RA<
C,G,
>VA
4,17e-07 0,03
RA
2
<
C,G,
>VA
0,03 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
5,75e-09 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
TLPP4
8,15e-10 < 2,2e-16
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
1,77e-11 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CGAS5
0,39 < 2,2e-16
RA
C,G,
>VA
1,80e-08 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,91 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
3,56e-13 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
TMCP4
0,00 0,78
RA<
C,G
VA
< 2,2e-16 0,09
RA
2
<
C,G,
VA
0,00 < 2,2e-16
R<
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CLSC6
0,00 5,24e-07
RA<
C,G,
>VA
< 2,2e-16 < 2,2e-16
RA
2
<
C,G,
>VA
0,73 < 2,2e-16
R
C,G,
>V
< 2,2e-16 < 2,2e-16
R
2
<
C,G,
>V
CCPR3
0,19 0,94
RA
C,G,
VA
0,90 0,97
RA
2
<
C,G,
>VA
0,80 0,94
R
C,G,
V
0,88 0,92
R
2
<
C,G,
>V
QUADRO 13 - Causalidade entre as variáveis.
72
Resumidamente, o Quadro 14, apresenta os resutados obtidos da
Causalidade de Granger, conforme descritos anteriormente.
Relação Dinâmica entre
RA e VA
Relação Dinâmica entre
RA
2
e VA
Relaç
ão Dinâmica entre
R e V
Relação Dinâmica entre
R
2
e V
N. Papéis
Causa
Granger
N. Papéis
Causa
Granger
N. Papéis
Causa
Granger
N. Papéis
Causa
Granger
42 dos 66 RA<
C.G.
>VA 49 dos 66 RA
2
<
C.G.
>VA 49 dos 66 R<
C.G.
>V 54 dos 66 R
2
<
C.G.
>V
15 dos 66 RA
C.G.
>VA 8 dos 66 RA
2C.G.
>VA 7 dos 66 R
C.G.
>V 11 dos 66 R
2 C.G.
>V
8 dos 66 RA<
C.G.
VA 7 dos 66 RA
2
<
C.G.
VA 8 dos 66 R<
C.G.
V 1 dos 66 R
2
<
C.G.
V
2 dos 66 RA
C.G.
VA 2 dos 66 RA
2
C.G.
VA Nenhum R
C.G.
V Nenhum R
2 C.G.
V
QUADRO 14 - Resumo dos resultados da Causalidade de Granger.
O Quadro 15 ilustra o resumo dos resultados obtidos na pesquisa. O trabalho
não permite afirmações conclusivas com relação as hipóteses iniciais levantadas
sobre as séries temporais observadas. A primeira hipótese que pressuponha que
não relação contemporânea entre o retorno anormal da ação e o excesso de
volume em nenhuma direção se confirmou, pois em 32,84% das ações ocorrem
relação significativa a 5%. A segunda hipótese que pressupunha de que não
relação causal entre o retorno anormal da ação e o excesso de volume negociado,
também não se confirmou porque existe relação nos dois sentidos em 63,64% dos
casos, o retorno anormal causa o volume anormal em 21,21% dos casos e o volume
anormal causa o retorno anormal em 11,94%.
A terceira hipótese que pressupunha que não há relação contemporânea
entre o retorno da ação e o volume em nenhuma direção se confirmou porque em
todas as ações o choque do volume não reduziu a volatilidade. A quarta hipótese
que pressupunha que não relação causal entre o retorno da ação e o volume
negociado não se confirmou porque existe causalidade nos dois sentidos entre
retorno e volume negociado em 59,09% das ações. O retorno causa o volume
negociado em 34,85% dos casos, o volume negociado causa o retorno em 4,55%
dos papéis e não existe relação de causalidade entre o retorno e volume em
nenhum sentido em 1,52% dos casos.
73
Resumo dos Resultados Obtidos da Relação Contemporânea e de Causalidade entre o
Retorno Anormal e Volume Anormal e entre o Retorno e o Volume Negociado das ações que
compunham a Carteira do Ibovespa em 30 de Maio de 2008
Dependência do Retorno Anormal ao Volume Anormal 32,84%
Dependência do Volume Anormal ao Retorno Anormal 34,33%
Dependência do Volume Anormal a Volatilidade do Retorno Anormal 34,33%
Dependência do Retorno ao Volume Negociado 19,40%
Dependência do Volume Negociado ao Retorno 29,85%
Dependência do Volume Negociado a Volatilidade do Retorno 29,85%
Dependência da Volatilidade do Retorno ao Volume Negociado 0,00%
Existe causalidade nas duas direções entre Retorno Anormal e Volume Anormal 63,64%
O Retorno Anormal causa o Volume Anormal 21,21%
O Volume Anormal causa o Retorno Anormal 11,94%
Não existe relação de causalidade entre o Retorno Anormal e Volume Anormal em
nenhum sentido
3,03%
Existe causalidade nas duas direções entre a Volatilidade do Retorno Anormal e Volume
Anormal 74,24%
A Volatilidade do Retorno Anormal causa o Volume Anormal 10,61%
O Volume Anormal causa a Volatilidade do Retorno Anormal 12,12%
Não existe relação de causalidade entre a Volatilidade do Retorno Anormal e Volume
Anormal em nenhum sentido 3,03%
Existe causalidade nas duas direções entre Retorno e Volume Negociado 59,09%
O Retorno causa o Volume Negociado 34,85%
O Volume Negociado causa o Retorno 4,55%
Não existe relação de causalidade entre o Retorno e Volume em nenhum sentido 1,52%
Existe causalidade nas duas direções entre a Volatilidade do Retorno e Volume
Negociado 81,82%
A Volatilidade do Retorno causa o Volume Negociado 16,67%
O Volume Negociado causa o Retorno 1,52%
Não existe relação de causalidade entre a Volatilidade do Retorno e Volume em nenhum
sentido
0,00%
QUADRO 15 - Resumo dos Resultados Obtidos da Relação Contemporânea e de Causalidade entre
o Retorno Anormal e Volume Anormal e entre o Retorno e o Volume Negociado das ações que
compunham a Carteira do Ibovespa em 30 de Maio de 2008.
A quinta hipótese que pressupunha que há uma relação contemporânea
positiva entre volatilidade anormal e o volume anormal negociado foi confirmada. A
sexta hipótese que era de que uma relação causal entre volatilidade anormal e o
74
volume anormal negociado também, pois existe causalidade nas duas direções entre
a volatilidade do retorno anormal e o volume anormal em 74,24% das ações, a
volatilidade do retorno anormal causa o volume anormal em 10,61% dos casos, o
volume anormal causa a volatilidade do retorno anormal em 12,12% dos papéis e
em apenas 3,03% dos casos não existe relação de causalidade entre a volatilidade
do retorno anormal e volume anormal em nenhum sentido.
A sétima hipótese de que existia uma relação contemporânea positiva entre
volatilidade do retorno e o volume negociado não se confirmou, pois em nenhum
caso foi encontrada relação. E a oitava hipótese de que há uma relação causal entre
volatilidade do retorno e o volume negociado foi confirmado, pois existe causalidade
nas duas direções entre a volatilidade do retorno e volume negociado em 81,82%
dos casos, a volatilidade do retorno causa o volume negociado em 16,67% casos, o
volume negociado causa o retorno em 1,52% dos papéis e não existe relação de
causalidade entre a volatilidade do retorno e volume em nenhum sentido em 0,00%
dos casos.
Nota-se que apenas as relações de causalidade nas duas direções entre
retorno anormal e volume anormal, entre a volatilidade do retorno e o volume
anormal, entre retorno e volume negociado e entre volatilidade do retorno e volume
negociado são relativamente forte, considerando-se a ocorrência em mais de 50%
dos casos, respectivamente 63,63%, 74,24%, 59,09% e 81,82%.
75
5 CONCLUSÃO
Ao analisar a relação entre o retorno anormal e o volume anormal de
negociações das ações que compõem o Índice Bovespa pode-se verificar que o
volume possui uma relação direta e significativa em boa parte dos casos das ações,
especialmente forte na causalidade com duas direções entre todas as variáveis - o
retorno anormal e volume anormal, volatilidade do retorno anormal e volume
anormal, retorno e volume negociado e volatilidade do retorno e volume negociado.
Ao se verificar a relação linear contemporânea entre o retorno anormal e o
volume anormal de negociações das ações observou-se que há uma relação direta.
Verificou-se também, que relação linear contemporânea entre a volatilidade do
retorno anormal e o volume anormal de negociações das ações.
Na análise da relação linear dinâmica das variáveis retorno anormal e volume
anormal com o uso de um modelo de regressão múltipla defasada, constatou-se que
existe relação entre as variáveis das ações que compõem o Índice Ibovespa. E ao
analisar a relação linear dinâmica das variáveis volatilidade do retorno anormal e
volume anormal com o uso de um modelo de regressão múltipla defasada também
se obteve relação contemporânea, semelhantemente a Gurgul, Majdosz e Mestel
(2005).
Observou-se que ao analisar a relação linear contemporânea das variáveis
retorno e volume negociado com o uso de um modelo de regressão múltipla
defasada não existe nenhuma relação entre as variáveis, diferentemente do obtido
por Glosten, Jagannathan e Runkle (1993).
Na análise da relação linear dinâmica das variáveis do retorno e volume
negociado com o uso de um modelo de regressão ltipla defasada também se
observou relação, como em Lee e Rui (2002). Ao analisar a relação linear dinâmica
das variáveis volatilidade do retorno e volume negociado com o uso de um modelo
de regressão múltipla defasada também se constatou uma forte relação.
E na identificação da relação linear dinâmica das variáveis retorno anormal e
volume anormal com o uso do modelo de causalidade de Granger obteve-se uma
relação entre as variáveis em quase 100% dos papéis, bem como na identificação
da relação linear dinâmica das variáveis volatilidade do retorno anormal e volume
anormal com o uso do mesmo modelo de causalidade de Granger.
76
Como dificuldades para a realização do trabalho enfrentou-se a grande
quantidade de dados a serem tratados e o número de variáveis tratadas. No total
foram tratadas 6 variáveis em 67 casos com mais de 2000 observações que
resultaram em 1206 regressões realizadas e o desenvolvimento de um programa em
R com 591 linhas de comando.
Como crítica ao trabalho destaca-se a limitação de aplicação e de inferência
que se pode fazer para a população de papéis negociados na Bovespa, visto que os
dados foram tratados isoladamente em cada ação, o que significa que os resultados
são válidos apenas para as ações tratadas em particular.
Deixa-se como sugestão para futuros trabalhos a realização de uma análise
multivariada, como a de cluster para agrupar as empresas que possuem semelhança
de relação com o volume, investigando-se quais as possíveis variáveis que
influenciam na relação contemporânea ou causal entre o retorno e volume das
ações. Uma segunda sugestão é a análise através de painel que pode enriquecer a
análise empírica das séries temporais.
Acredita-se que se tenha deixado como contribuição para a academia um
trabalho que permitirá avançar no conhecimento sobre o mercado brasileiro,
especialmente sobre as ações que compõem o Ibovespa, permitindo que se possa
inclusive modelar o retorno das ações em função do volume devido os resultados
obtidos e validar o uso do volume, na análise técnica, para aquelas empresas que
apresentaram causalidade Granger na relação entre o retorno e o volume. Nota-se
que a presença desta relação é maior nos papéis preferenciais e nas empresas que
não pertencem ao novo mercado.
A utilização do volume como prognóstico do retorno, permite identificar se
esta havendo uma acumulação das ações, para que os preços subam, ou se está
havendo uma distribuição, para que os mesmos venham a cair.
77
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81
APÊNDICE
### Parte I - Importação dos dados e carregamento dos pacotes Ex. PETRO
Sys.getenv("R_HOME")
getwd()
setwd("G:/My Books/Curso de PPGA Mestrado em
Administração/Dissertação/Resultados e Discussão")
getwd()
library(tseries)
Dados<-read.table("ALLL11.txt",h=T)
attach(Dados)
Ibov<-as.numeric(Ibov)
P<-as.numeric(P)
V<-as.numeric(V)
Vibov<-as.numeric(Ibov)
# Determinação do RA
Rm<-diff(log(Ibov))
R<-diff(log(P)) # Calcula o retorno da ação
R2<-R # Para o cálculo na seção 5.3.5
EspR<-predict(lm(R~Rm))
RA<-R-EspR # Calcula o retorno anormal
# Determinação do VA
difVm<-diff(log(Vibov))
difV<-diff(log(V)) # Valcula a variação percentual do volume
EspdifV<-predict(lm(difV~difVm)) # Esperança da variação do volume
V1<-lag(V,-1) # Volume negociado no período t-1
EspdifV<-ts(EspdifV) # Transforma em série temporal para não haver desajuste
de comprimentos
V1<-ts(V1)
EspV<-V1*exp(EspdifV)
EspV<-ts(EspV)
V<-ts(V)
VA<-V-EspV # Calcula o volume anormal
NUM<-as.numeric(NUM) ## Converte os dados em dados numéricos para poder
aplicar o teste ADF
RA<-as.numeric(RA)
VA<-as.numeric(VA)
RA2<-RA # Para a segunda regressão
VA2<-VA
## Estatística Descritiva
library(RcmdrPlugin.IPSUR)
numSummaryIPSUR(R) #grau de achatamento: k=0,263 mesocúrtica; k>0,263
platicurtica (achatada); k<0,263 leptocúrtica (delgada).
numSummaryIPSUR(V)
numSummaryIPSUR(RA)
numSummaryIPSUR(VA)
var(R)
82
var(V)
var(RA)
var(VA)
## 5.3.2 Teste da Estacionariedade das Séries Temporais
adf.test(R) # ADF P-Value < significância
adf.test(V)
adf.test(RA)
adf.test(VA)
kpss.test(R) # KPSS P-Value > significância
kpss.test(V)
kpss.test(RA)
kpss.test(VA)
## 5.3.3 Análise de Correlação entre os retornos anormais e os volumes negociados
anormais
library(fSeries)
DIM<-length(V) # Armazena o comprimento de V
B1<-numeric(DIM) # Cria um vetor vazio com comprimento DIM
B1[1]<-0 # No vetor vazio o primeiro termo assume valor 0
B1[2:DIM]<-R # Do segundo termo ao comprimento DIM armazena os valores de
R
R<-B1 # Para voltar a chamar o vetor de R
V1<-numeric(DIM)
V1[1]<-0
V1[2:DIM]<-V[1:(DIM-1)] # Volume defasado -1
V2<-numeric(DIM)
V2[3:DIM]<-V[1:(DIM-2)] # Volume defasado -2
V11<-numeric(DIM)
V11[1:(DIM-1)]<-V[2:DIM] # Volume defasado +1
V21<-numeric(DIM)
V21[1:(DIM-2)]<-V[3:DIM] # Volume defasado +2
cv1<-numeric(DIM-4)
cv1[1:(DIM-4)]<-V1[3:(DIM-2)] # Volume defasado -1
cv2<-numeric(DIM-4)
cv2[1:(DIM-4)]<-V2[3:(DIM-2)] # Volume defasado -2
cv11<-numeric(DIM-4)
cv11[1:(DIM-4)]<-V11[3:(DIM-2)] # Volume defasado +1
cv21<-numeric(DIM-4)
cv21[1:(DIM-4)]<-V21[3:(DIM-2)] # Volume defasado +2
cr<-numeric(DIM-4)
cr[1:(DIM-4)]<-R[3:(DIM-2)]
cv<-numeric(DIM-4)
cv[1:(DIM-4)]<-V[3:(DIM-2)]
a<-cor(cr,cv2) # Correlação entre o retorno e o volume defasado -2
83
b<-cor(cr,cv1) # Correlação entre o retorno e o volume defasado -1
c<-cor(cr,cv) # Correlação entre o retorno e o volume
d<-cor(cr,cv11) # Correlação entre o retorno e o volume defasado +1
e<-cor(cr,cv21) # Correlação entre o retorno e o volume defasado +2
valores<-data.frame(cv2=cv2,cv1=cv1,cv=cv,cv11=cv11,cv21=cv21)
correlacoes<-c(a,b,c,d,e)
correlacoes
DIM2<-length(VA)
VA1<-numeric(DIM2)
VA1[1]<-0
VA1[2:DIM2]<-VA[1:(DIM2-1)] # Volume defasado -1
VA2<-numeric(DIM2)
VA2[3:DIM2]<-VA[1:(DIM2-2)] # Volume defasado -2
VA11<-numeric(DIM2)
VA11[1:(DIM2-1)]<-VA[2:DIM2] # Volume defasado +1
VA21<-numeric(DIM2)
VA21[1:(DIM2-2)]<-VA[3:DIM2] # Volume defasado +2
cva1<-numeric(DIM-4)
cva1[1:(DIM-4)]<-VA1[3:(DIM-2)] # Volume defasado -1
cva2<-numeric(DIM-4)
cva2[1:(DIM-4)]<-VA2[3:(DIM-2)] # Volume defasado -2
cva11<-numeric(DIM-4)
cva11[1:(DIM-4)]<-VA11[3:(DIM-2)] # Volume defasado +1
cva21<-numeric(DIM-4)
cva21[1:(DIM-4)]<-VA21[3:(DIM-2)] # Volume defasado +2
cra<-numeric(DIM-4)
cra[1:(DIM-4)]<-RA[3:(DIM-2)]
cva<-numeric(DIM-4)
cva[1:(DIM-4)]<-VA[3:(DIM-2)]
aa<-cor(cra,cva2) # Correlação entre o retorno e o volume defasado -2
ba<-cor(cra,cva1) # Correlação entre o retorno e o volume defasado -1
ca<-cor(cra,cva) # Correlação entre o retorno e o volume
da<-cor(cra,cva11) # Correlação entre o retorno e o volume defasado +1
ea<-cor(cra,cva21) # Correlação entre o retorno e o volume defasado +2
valoresa<-data.frame(cva2=cva2,cva1=cva1,cva=cva,cva11=cva11,cva21=cva21)
correlacoesa<-c(aa,ba,ca,da,ea)
correlacoesa
## 5.3.4 Teste da Significância das relações entre os retornos anormais e volumes
anormais
# Análise da Significância da Relação Contemporânea dos VA com os RA
ML<-ar(RA) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
ML # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dada
ML2<-arima(RA,order=c(8,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.: ordem
10
84
ML2 # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
## Alimentar manualmente o número de regressores
RA<-ts(RA)
VA<-ts(VA)
ar1<-lag(RA,-1)
ar2<-lag(RA,-2)
ar3<-lag(RA,-3)
ar4<-lag(RA,-4)
ar5<-lag(RA,-5)
ar6<-lag(RA,-6)
ar7<-lag(RA,-7)
ar8<-lag(RA,-8)
d<-ts.union(RA,VA,ar1,ar2,ar3,ar4,ar5,ar6,ar7,ar8)
ModeloLeeRA<-lm(RA~VA+ar1+ar2+ar3+ar4+ar5+ar6+ar7+ar8,data=d)##
Regressão Linear (Ver o comprimento autoregressivo de RA)
summary(ModeloLeeRA) # Análise da significância da relação - teste t
# Teste da Significância da Relação Contemporânea dos RA com os VA
ML<-ar(VA) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
ML # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dos regressores
ML2<-arima(VA,order=c(0,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.:
ordem 10
ML2 # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
##Alimentar manualmente o número de regressores do modelo
RA<-ts(RA)
VA<-ts(VA)
vr1<-lag(VA,-1) ## Cria uma variável defasada de -1
d<-ts.union(VA,RA,vr1) ## Une as variáveis em uma matriz para poder
rodar a regressão defasada
ModeloLeeVA<-lm(VA~RA+vr1,data=d)## Regressão Linear (Ver o
comprimento autoregressivo de RA)
summary(ModeloLeeVA) # Análise da significância da relação - teste t
# Teste da Significância da Relação Contemporânea da Volatilidade
(RA^2) com os VA
RA<-as.vector(RA2) #Precisa ser adicionado para que o R no
comando ifelse leia os valores negativos
Dummy<-ifelse(RA<0,1,0)
RA<-as.numeric(RA2) #É necessário transformar os dados em
numériocos para poder fazer o cálvula da variância
Var<-(RA-mean(RA))^2 # Calcula a volatilidade do Retorno
Dummy2<-ts(Dummy*Var)
Var<-ts(Var)
d3<-ts.union(VA,vr1,vr2,vr3,vr4,vr5,vr6,vr7,vr8,vr9,vr10,Var,Dummy2)
85
ModeloLeeVol<-lm(VA~vr1+Var+Dummy2,data=d3) ## Regressão
Linear (Ver o comprimento autoregressivo de VA)
summary(ModeloLeeVol) # Análise da significância da relação - teste t
## 5.3.5 Teste da Significância das relações entre o retorno e volume
# Análise da Significância da Relação Contemporânea dos V com os R
ML<-ar(R) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
ML # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dada
ML2<-arima(R,order=c(8,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.: ordem
10
ML2 # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
## Alimentar manualmente o número de regressores
R<-ts(R2)
V<-ts(V)
a1<-lag(R,-1)
a2<-lag(R,-2)
a3<-lag(R,-3)
a4<-lag(R,-4)
a5<-lag(R,-5)
a6<-lag(R,-6)
a7<-lag(R,-7)
a8<-lag(R,-8)
d3<-ts.union(R,V,a1,a2,a3,a4,a5,a6,a7,a8)
ModeloLeeRAr<-lm(R~V+a1+a2+a3+a4+a5+a6+a7+a8,data=d3)## Regressão
Linear (Ver o comprimento autoregressivo de R)
summary(ModeloLeeRAr) # Análise da significância da relação - teste t
# Teste da Significância da Relação Contemporânea dos RA com os VA
ML<-ar(V) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
ML # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dos regressores
ML2<-arima(V,order=c(7,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.:
ordem 10
ML2 # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
##Alimentar manualmente o número de regressores do modelo
R<-ts(R)
V<-ts(V)
v1<-lag(V,-1) ## Cria uma variável defasada de -1
v2<-lag(V,-2) ## Cria uma variável defasada de -2
v3<-lag(V,-3)
v4<-lag(V,-4)
86
v5<-lag(V,-5)
v6<-lag(V,-6)
v7<-lag(V,-7)
d4<-ts.union(V,R,v1,v2,v3,v4,v5,v6,v7) ## Une as variáveis em uma
matriz para poder rodar a regressão defasada
ModeloLeeVAv<-lm(V~R+v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7,data=d4)##
Regressão Linear (Ver o comprimento autoregressivo de RA)
summary(ModeloLeeVAv) # Análise da significância da relação - teste t
# Teste da Significância da Relação Contemporânea da Volatilidade
(R^2) com os V
R<-as.vector(R2) #Precisa ser adicionado para que o R no comando
ifelse leia os valores negativos
Dummy<-ifelse(R<0,1,0)
R<-as.numeric(R2) #É necessário transformar os dados em numéricos
para poder fazer o cálvula da variância
VarR<-(R-mean(R))^2 # Calcula a volatilidade do Retorno
Dummy2R<-ts(Dummy*VarR)
VarR<-ts(VarR)
d5<-ts.union(V,v1,v2,v3,v4,v5,v6,v7,VarR,Dummy2R)
ModeloLeeVolR<-
lm(V~v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7+VarR+Dummy2R,data=d5) ## Regressão Linear (Ver
o comprimento autoregressivo de VA)
summary(ModeloLeeVolR) # Análise da significância da relação - teste
t
# 5.3.6 Teste da Significância das Relações entre a Volatilidade do Retorno e
Volume Negociado
attach(Dados)
P<-ts(P) ## Transforma em Times Series
P1<-lag(P,-1)
R<-log(P)-log(P1) # Calcula o retorno
R<-ts(R)
Rm<-ts(Rm)
arR1<-lag(R,-1)
GJR<-ts.union(R,Rm,arR1)
ModeloGJR<-lm(R~arR1+Rm,data=GJR) ## Regressão linear
summary(ModeloGJR) # Para visualizar os valores dos betas da regressão
## Alimentar com valores dos betas obtidos
EsperancaR<-predict.lm(ModeloGJR)
EsperancaR<-ts(EsperancaR)
erro<-(R-EsperancaR)
erroQuad<-erro^2
NUM<-as.vector(NUM)
NUM<-ifelse(NUM<2,2,NUM)
NUM<-ts(NUM)
minhavar<-erroQuad/(NUM-1) ## Calcula a variância do erro
87
erro<-as.vector(erro) #Precisa ser adicionado para que o R no comando ifelse
leia os valores negativos
DummyS<-ifelse(erro>0,1,0)
erroQuad<-as.numeric(erroQuad) # É necessário transformar os dados em
numériocos para poder fazer o cálculo da variância
DummyS2<-ts(DummyS*erroQuad)
V<-ts(V)
V1<-lag(V,-1)
V2<-lag(V,-2)
minhavar<-ts(minhavar)
minhavar1<-lag(minhavar,-1)
erroQuad<-ts(erroQuad)
erroQuad1<-lag(erroQuad,-1) ## Cria o erro ao quadrado defasado t-1
DummyS2<-ts(DummyS2)
DS2d<-lag(DummyS2,-1)
GJR2<-ts.union(minhavar,minhavar1,erroQuad1,DS2d,V,V1,V2)
ModeloGJR2<-lm(minhavar~minhavar1+erroQuad1+DS2d,data=GJR2) ##
Regressão linear múltipla
summary(ModeloGJR2) # Visualização dos Betas
ModeloGJR21<-lm(minhavar~minhavar1+erroQuad1+DS2d+V,data=GJR2) ##
Regressão linear múltipla
summary(ModeloGJR21) # Visualização dos Betas
ModeloGJR22<-lm(minhavar~minhavar1+erroQuad1+DS2d+V1,data=GJR2) ##
Regressão linear múltipla
summary(ModeloGJR22) # Visualização dos Betas
## Somar os betas obtidos com a regressão e verificar se continuam próximos
de 1 - Se continuar, o volume não reduziu o erro e portanto não esta relacionado
com a volatilidade
sum(BETA1,BETA2) # Para a inclusão de V
sum(BETA1,BETA2) # Para a inclusão de V1
## Ajuste de uma densidade de probabilidade
for(i in 1:(length(erro))) # Para os valores de 1 até o comprimento do erro
if(is.na(erro[i])==TRUE) # Se o elemento i do vetor erro for NA
erro[i]<-0 # O valor do elemento i do vetor erro assume valor
err<-erro
plot(density(err),main="Densidade Estimada")
plot(ecdf(err), main="Função distribuição acumulada empírica")
summary(err)
skewness(err)
kurtosis(err)
sd(err)
err.l<-rlogis(4000,l=-1.046e-18,s=0.2179214) # gera uma amostra com
distribuição logística, com média l e sd s
plot(density(err.l))
88
err.t<-rt(-1.046e-18,0.2179214) # gera uma amostra com distribuição
logística, com média l e sd s
plot(density(err.l))
n.max<-fitdistr(err,"normal") # Gera uma distribuição normal do erro
l.max<-fitdistr(err,"logistic") # Gera uma distribuição logarítima do erro
t.max<-fitdistr(err,"t") # Gera uma distribuição t do erro
n<-n.max$loglik # Informa o valor da máximaverosimelhança da
distribuição normal
l<-l.max$loglik # Informa o valor da máximaverosimelhança da
distribuição logarítima
t<-t.max$loglik # Informa o valor da máximaverosimelhança da
distribuição t
tabela<-c(n,l,t)
tabela
## Confirmação pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov
n.max # Necessário para obter os valores de mean e sd para a função
rnorm
x.norm<-rnorm(3072,mean=-2.649966e-18,sd=1.650387e-01)
ks.test(x.norm,err) # Para obter o valor do D, quanto maior o D, melhor,
l.max # Necessário para obter os valoves de l e s para a função rlogis
x.logis<-rlogis(3072,l=-0.0004911655 ,s=0.0449027761)
ks.test(x.logis,err)
t.max # Necessário para obter os valores do gl para a função rt
x.t<-rt(3072,1.7848537946)
ks.test(x.t,err)
## 5.3.7 Causalidade Granger entre retornos anormais e volumes de negociação
anormais
## Aplicação dos bivetores autoregressivos
p<-ar(RA2) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
p # Especifica a ordem selecionada
q<-ar(VA2) # AR ajustado automático usando o Critério de Informação AIC
q # Especifica a ordem selecionada
# Relação entre RA e VA
RA<-ts(RA)
VA<-ts(VA)
bivetor<-ts.union(RA,VA,ar1,ar2,ar3,ar4,ar5,ar6,ar7,ar8,vr1)
# Cálculo da Causalidade Granger VA->RA
BivAR<-lm(RA~ar1+ar2+ar3+ar4+ar5+ar6+ar7+ar8+vr1,data=bivetor)
summary(BivAR)
# Cálculo da Causalidade Granger RA->VA
BivAR2<-lm(VA~ar1+ar2+ar3+ar4+ar5+ar6+ar7+ar8+vr1,data=bivetor)
summary(BivAR2)
# Relação entre RA2 e VA
m<-ar(Var)
89
m # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dos regressores
m<-arima(VarR,order=c(4,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.:
ordem 10
m # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
##Alimentar manualmente o número de regressores do modelo
Var1<-lag(Var,-1)
Var2<-lag(Var,-2) ## Cria uma variável defasada de -2
Var3<-lag(Var,-3)
Var4<-lag(Var,-4)
bivetor2<-ts.union(Var,VA,Var1,Var2,Var3,Var4,vr1)
# Cálculo da Causalidade Granger VA->RA2
BivAR3<-lm(Var~Var1+Var2+Var3+Var4+vr1,data=bivetor2)
summary(BivAR3)
# Cálculo da Causalidade Granger RA2->VA
BivAR4<-lm(VA~Var1+Var2+Var3+Var4+vr1,data=bivetor2)
summary(BivAR4)
# Relação entre R e V
R<-ts(R2)
V<-ts(V)
bivetor3<-ts.union(R,V,a1,a2,a3,a4,a5,a6,a7,a8,v1,v2,v3,v4,v5,v6,v7)
# Cálculo da Causalidade Granger V->R
BivR<-
lm(R~a1+a2+a3+a4+a5+a6+a7+a8+v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7,data=bivetor3)
summary(BivR)
# Cálculo da Causalidade Granger R->V
BivR2<-
lm(V~a1+a2+a3+a4+a5+a6+a7+a8+v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7,data=bivetor3)
summary(BivR2)
# Relação entre Variância do Retorno e o Volume
m2<-ar(VarR)
m2 # Especifica a ordem selecionada
## Alimentar manualmente a ordem dos regressores
m2<-arima(VarR,order=c(4,0,0)) # Outra pesquisa com ordem dada - Ex.:
ordem 10
m2 # Apresenta o valor do Critério de Informação de AIC
90
##Alimentar manualmente o número de regressores do modelo
VarR1<-lag(VarR,-1)
VarR2<-lag(VarR,-2) ## Cria uma variável defasada de -2
VarR3<-lag(VarR,-3)
VarR4<-lag(VarR,-4)
bivetor4<-ts.union(VarR,V,VarR1,VarR2,VarR3,VarR4,v1,v2,v3,v4,v5,v6,v7)
# Cálculo da Causalidade Granger V->R2
BivR3<-
lm(VarR~VarR1+VarR2+VarR3+VarR4+v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7,data=bivetor4)
summary(BivR3)
# Cálculo da Causalidade Granger R2->V
BivR4<-
lm(V~VarR1+VarR2+VarR3+VarR4+v1+v2+v3+v4+v5+v6+v7,data=bivetor4)
summary(BivR4)
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