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Ministério da Educação e do Desporto
Projeto de Educação Básica para o Nordeste
Coordenação de Instalações Escolares
PROCEDIMENTOS 9
TERRENOS
Execução de Levantamento
Topográfico Cadastral
Ministério da Educação
FUNDESCOLA
Coordenação de Instalações e Projetos Escolares
ISSN1415-0743
Brasília
FUNDESCOLA
2000
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2000.FUNDESCOLA
Tiragem: 1.000 exemplares
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida desde que citada a fonte
Série Recomendações Técnicas. Procedimentos, n. 9
COORDENAÇÃO GERAL
Arquiteto José Maria de Araújo Souza
ELABORAÇÃO
Arquiteto João Honorio de Mello Filho
IMPRESSO NO BRASIL
Esta obra foi editada e publicada para atender aos objetivos do Fundescola, em conformidade com o Acordo de Empréstimo
número 4311BR com o Banco Mundial.
EDIÇÃO GRÁFICA
Revisão de Texto: Francisco Villela
Projeto Gráfico: Madalena Faccio & Lucia Lopes
Editoração Eletrônica: Marcelo de Freitas Ramos
Terrenos: execução de levantamento topográfico cadastral /
Coordenação Geral José Maria de Araújo Souza, elaboração João
Honório de Mello Filho. – Brasília:
FUNDESCOLA, 2000
12 p. (Recomendações Técnicas. Procedimentos, n. 9)
1. Edificação escolar 2. Equipamento escolar I. Souza,
José Maria de Araújo II. Mello Filho, João Honório III.
FUNDESCOLA IV. Série
CDD 371.61
ISSN1415-0743
Projeto Fundescola
Coordenação de Instalações Escolares
Via N1 Leste - Pavilhão das Metas
70150-900 - Brasília–DF
Fone: (061) 316-2980 e 316-2998 Fax: (061) 316-2935
Internet: www.projetonordeste.org.br E-mail: [email protected]
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1.
2.
4.
5.
6.
7.
OBJETIVO
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
INTRODUÇÃO
GLOSSÁRIO
RECOMENDAÇÕES GERAIS
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
AVALIAÇÃO TÉCNICA
BIBLIOGRAFIA
3.
SUMÁRIO
A: Exemplo de fluxograma de blocos para projeto de edificação, levantamento topografico.
B: Exemplo de cronograma de barras, físico e financeiro, para projeto de edificação,
levantamento topografico.
C: Simbologia para levantamento topográfico cadastral
ILUSTRAÇÕES
Resumo
Recomendações Técnicas fixando Procedimentos aplicáveis à execução de levantamento topográfico
planialtimétrico cadastral em terrenos para edificações escolares do primeiro grau. Os organismos responsá-
veis pelas redes físicas estaduais e municipais podem usá-las na determinação das exigências mais adequa-
das aos propósitos e às condições locais.
Technical Advices in order to propose properly Procedures to topographic survey for primary school buildings.
The regional organizations, responsible for the school networks, can use the booklet while determining the
adequate needs for their local purposes and conditions.
Abstract
Résumé
Recommendations Téchniques avec Procedés applicables au survey topographique pour les bâtiments scolaires
du prémier dégré. Les organismes responsables pour les réseaux physiques des provinces et des municipalités,
peuvent en faire l’usage pour la détérmination des éxigences plus adequates aux propos et aux conditions
locales.
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Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
1. Objetivo
Estas Recomendações Técnicas (RT) fixam Procedi-
mentos aplicáveis e exigíveis para LEVANTAMENTO
TOPOGRÁFICO PLANIALTIMÉTRICO
CADASTRAL em terrenos destinados a edificações es-
colares do ensino fundamental (1
o
grau).
2. Informações complementares
Na aplicação destas RT é interessante consultar os
seguintes documentos:
Normas Técnicas ABNT
– NBR 06502 Rochas e Solos. Terminologia.
– NBR-13133 Execução de Levantamento Topo-
gráfico. Procedimento
– NBR-13441 Rochas e Solos. Simbologia.
– NBR-14166 Rede de Referência Cadastral Municipal.
Procedimento
RT do MEC. Procedimentos
– Edificações. Apresentação de Projetos. Desenhos
– Edificações. Apresentação de Projetos. Textos
– Edificações. Atividades Técnicas de Projeto
– Edificações. Elaboração de Projetos de Arquitetura
– Edificações. Elaboração de Projetos de Estruturas e
Fundações
– Terrenos. Execução de Sondagens de Simples Reco-
nhecimento do Solo
RT do MEC. Especificações
– Edificações: Ambientes
– Edificações: Estruturas e Fundações
Cadernos Técnicos do MEC
(a editar)
Legislação Federal
– Lei n
o
243, de 28/02/1967. Determina a competência
do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica quanto aos levantamentos geodésicos
– Decreto n
o
89.137, de 20/06/1984. Instruções regu-
ladoras das normas técnicas da cartografia nacional, quan-
to aos padrões de exatidão
– Decreto n
o
92.100, de 10/12/1985. Estabelece condi-
ções básicas para a construção, conservação e demolição
de edifícios públicos a cargo dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema de Serviços Gerais SISG, e dá
outras providências (Práticas SEDAP)
– Resolução PR n
o
22, de 21/07/1983, do IBGE,
publicada no Boletim de Serviço n
o
1602, de 01/08/
1983. Especificações e Normas Gerais para Levantamen-
tos Geodésicos
Legislações estaduais
Legislações municipais
Instituições normativas mais importantes
– ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
– AFNOR Association Française de Normalization
– ASTM American Society for Testing Materials
– BSI British Standards Institution;
– CNM Comitê Mercosul de Normalização;
– COPANT Comisión Panamericana de Normas Téc-
nicas
– DIN Deutsches Institut für Normung
cINMETRO Instituto Nacional de Normalização,
Metrologia e Qualidade Industrial
– ISO International Organization for Standardization
Instituições não governamentais
– AETESP Associação de Empresas de Topografia do
Estado de São Paulo (São Paulo, SP);
APEAESP Associação Profissional dos Engenheiros
Agrimensores do Estado de São Paulo (São Paulo, SP).
3. Introdução
Observações necessárias
Os investimentos que se fazem nas edificações es-
colares do ensino fundamental (1
o
grau) são de relevân-
cia tanto material como moral. Todas as precauções,
portanto, devem ser exigidas dos projetos e da constru-
ção, para que fiquem assegurados os níveis de qualidade
satisfatórios.
Por conseguinte, a existência de RT sugerindo pro-
cedimentos formalizados para a elaboração de projetos
para construção e recuperação destaca a indispensável
disciplina na condução e na articulação das atividades de
concepção, com expectativa de bons reflexos em todas
as demais fases da produção e, também, do uso e da
manutenção das edificações. Afinal, cabe aos organis-
mos responsáveis pelas redes físicas escolares dos esta-
dos e dos municípios a seleção e a dosagem criteriosa
das exigências visando à solução dos problemas de
qualidade, considerando-se as necessidades e as dispo-
nibilidades locais.
Lamentavelmente, em muitos casos, tem-se nota-
do que algumas das precauções técnicas têm sido mais
ou menos desprezadas. Tal é o caso dos levantamentos
topográficos, destinados a desempenhar importantes
funções para as posteriores decisões de arquitetura e de
engenharia.
Com efeito, há edificações construídas sem que te-
nham sido providenciados os adequados levantamen-
tos e as pesquisas que devem preceder a construção.
Nesses casos, muito provavelmente, os responsáveis
técnicos optaram por procedimentos expeditos, um
tanto improvisados para tentar atender à imposições de
custos e de prazos pouco razoáveis.
Estas RT, posto que existem Normas Técnicas NBR
que abordam o assunto, tratam apenas de realçar o sig-
nificado das questões implicadas sem que as exigências
que propõe excedam o indispensável.
Podem ser comentados, desde logo, e resumida-
mente, alguns aspectos para os efeitos do estabeleci-
mento de procedimentos mais detalhados:
utilidade dos levantamentos topográficos;·
problemas típicos dos terrenos;
exigências elementares.
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Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
Utilidade dos levantamentos
topográficos
Para a escolha do tipo de edificação, estrutura e fun-
dação, é indispensável o conhecimento das característi-
cas topográficas planialtimétricas cadastrais dos terre-
nos selecionados, seja para nova construção, seja para as
futuras ampliações. A ignorância desses dados pode
conduzir a enormes prejuízos durante a obra e, até, à
sua paralisação. Deve-se ter em conta que:
as providências necessárias ao levantamento topográfico,
às sondagens, à elaboração dos projetos, das licitações e
da construção exigem um tempo razoável;
elas devem ser tomadas em tempo de as aulas come-
çarem no início do período letivo convencionado.
Os levantamentos topográficos planialtimétricos cadastrais
devem ser feitos objetivando conhecer:
implantação e materialização de pontos de apoio, de-
terminando-se coordenadas topográficas do terreno;
pontos de detalhe visando à exata representação
planimétrica do terreno e à sua representação altimétrica
por intermédio de curvas de nível, com eqüidistância
predeterminada e/ou pontos cotados;
determinação altimétrica do relevo do terreno e da
drenagem natural;
determinação planimétrica da posição de deta-
lhes visíveis ao nível e acima do solo e de interes-
se à sua finalidade, tais como: limites de vegeta-
ção ou de culturas, cercas internas, edificações,
benfeitorias, posteamentos, barrancos, árvores iso-
ladas, valos, valas, drenagem natural e artificial etc.
Problemas típicos dos terrenos
Muitos dos terrenos disponíveis nas áreas das loca-
lizações admissíveis apresentam características desfavo-
ráveis à construção das edificações escolares, gerando
problemas sobretudo para as suas fundações e estrutu-
ras. Com efeito, freqüentemente, esses terrenos são os
piores que restaram da intensa ocupação por via dos
loteamentos clandestinos e das invasões. Nesses casos,
deplora-se a falta do planejamento e do desenho urba-
no, atividades que poderiam desenvolver uma sistemá-
tica análise locacional para a melhor implantação dos
equipamentos urbanos.
Assim, acabam por ser admitidos problemas que
podem exigir investigações topográficas visando
intervenções mais complexas e caras que as
comumente viáveis.
Há ainda a necessidade de se conhecerem do
modo mais imediato e completo as alterações to-
pográficas introduzidas pela construção recente –
por exemplo – de casas precárias ou de campos
de futebol. Trata-se de saber que essas interven-
ções espontâneas avançam muito rapidamente, exi-
gindo um tratamento social muito atencioso.
Exigências elementares
Critérios para o levantamento de dados
Devem ser observados os seguintes critérios para
o levantamento de dados:
o número de cotas por hectare deve ser de 20
(vinte) a 30 (trinta);
os vértices da poligonal de levantamento devem ser
marcados por piquetes de madeira de lei, medindo 4cm x
4cm x 25cm, e cravados até que a face superior fique rente
ao nível da superfície do terreno; o centro do piquete deve
ser marcado por um pequeno prego;
a leitura de ângulo horizontal deve ser de até 10 (dez)
segundos sexagesimais;
a leitura de ângulo vertical deve ser de até 1 (um) segun-
do sexagesimal;
a orientação magnética do dia deve ser anotada
para o cálculo do azimute;
o levantamento dos pontos de cotas para a
interpolação das curvas de nível deve ser feito
taqueometricamente;
as medidas angulares devem ser feitas com pre-
cisão para se evitar desvio na posição do ponto superior
do erro de grafismo;
a altura do instrumento deve ser medida com
aproximação de 3 (três) milímetros;
para as leituras de mira devem se consideradas
as condições: leitura dos fios superior, médio e
inferior; ângulo vertical o mais próximo possível
da posição horizontal; fio inferior coincidente com
o número inteiro de decímetro; anotação na ca-
derneta de campo de cima para baixo, no sentido
decrescente dos seus valores;
a RN deve ser implantada no local assinalado
para o galpão da edificação escolar;
a RN, bem como os piquetes, devem ser nivela-
dos e contranivelados geometricamente, a dife-
rença linear não devendo ultrapassar 1cm/km;
a indicação das medidas de amarração dos pavilhões
(blocos) da edificação (quando existente) entre si, e no
terreno, deve ser assinalada em um quadro de coordena-
das dos cantos e respectivas áreas de construção; o levan-
tamento das medidas lineares deve ser feito com trena de
aço de precisão que satisfaça às tolerâncias exigidas nestas
RT; as medidas devem ser conferidas taqueo-metrica-
mente; as distâncias podem ser conferidas por aparelho
eletrônico; o levantamento dos detalhes deve ser feito
pelo método das coordenadas polares.
Caderneta de campo
Devem ser observados os seguintes critérios
para a elaboração da caderneta de campo:
os detalhes do levantamento devem ser numerados a
partir de 1 (um), em números consecutivos, anotados in-
dependentemente do seu tipo;
os piquetes das poligonais abertas devem ter número
igual ao do piquete da poligonal fechada, acrescidos das
letras A, B consecutivamente; é tolerada uma poligonal
aberta somente se houver impossibilidade de fecha-
mento, e sempre com as leituras duplas;
o croqui da região de influência de cada ponto da
poligonal deve ser feito de modo proporcional, de
modo a facilitar a identificação.
Cálculo
Devem ser observados os seguintes critérios para
a elaboração do cálculo:
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Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
a compensação angular da poligonal deve ser feita
com distribuição eqüitativa de erro, a cada estação;
as diferenças de latitudes e de longitudes devem ser dis-
tribuídas proporcionalmente aos seus comprimentos;
a diferença de nível deve ser distribuída proporcional-
mente a cada estação, anotando-se até o milímetro;
os pontos de cotas taqueométricas, bem como as distân-
cias reduzidas e horizonte, devem ser anotados na cader-
neta de campo, considerando-se até o centímetro;
os pontos de detalhes importantes, medidos com trena,
devem ter calculadas as suas coordenadas;
devem ser calculados os azimutes e as distâncias
das linhas das divisas a partir das coordenadas
dos vértices; os ângulos das divisas devem ser
calculados;
deve ser calculada a área do terreno analiticamente,
mediante as coordenadas dos vértices das divisas.
Tolerância de fechamento
Devem ser observados os seguintes critérios
para as tolerâncias de fechamento:
fechamento angular da poligonal: 10” x n,
sendo n o número de vértices do polígono;
fechamento linear: 1m: 5.000m;
fechamento altimétrico: 1cmp, sendo p o perí-
metro em km.
No campo
Devem ser observados os seguintes critérios du-
rante os trabalhos de campo:
os levantamentos devem ser feitos por empresas
que contem com responsáveis técnicos em seus
quadros;
na ocasião dos levantamentos, as empresas res-
ponsáveis devem portar o Decreto de Utilidade
Pública (DUP) dos terrenos, de modo a que, dian-
te de qualquer resistência contrária à sua entrada
no terreno, tenha como justificar as suas ativida-
des;
a execução dos levantamentos deve ser acompanhada
por técnico de campo experiente, o qual, mediante con-
sulta, possa autorizar outros procedimentos.
4. Glossário
Para os efeitos destas RT são adotadas as seguintes
noções:
cadastro: levantamento completo das características fí-
sicas e geométricas de um imóvel, benfeitoria, redes de
serviço e outras informações que sejam solicitadas; (ver:
levantamento topográfico planialtimétrico cadastral);
levantamento topográfico: conjunto de métodos e
processos que, por meio de medições de ângulos
horizontais e verticais, de distâncias horizontais,
verticais e inclinadas, com instrumental adequado
à precisão pretendida, primordialmente implanta
e materializa pontos de apoio no terreno, deter-
minando suas coordenadas topográficas; a esses
pontos se relacionam os pontos de detalhe visan-
do à sua exata representação planimétrica numa
escala predeterminada e à sua representação
altimétrica por intermédio de curvas de nível, com
eqüidistância também predeterminada e/ou pon-
tos cotados (NBR-13133);
levantamento topográfico expedito: levantamento
exploratório do terreno com a finalidade específica de
seu reconhecimento, sem prevalecerem os critérios de
exatidão;
levantamento topográfico planialtimétrico:
levantamento topográfico planimétrico acresci-
do da determinação altimétrica do relevo do
terreno e da drenagem natural (NBR-13133);
levantamento topográfico planimétrico
cadastral: levantamento planimétrico acrescido
da determinação planimétrica da posição de cer-
tos detalhes visíveis ao nível e acima do solo e de
interesse à sua finalidade, tais como: limites de
vegetação ou de culturas, cercas internas,
edificações, benfeitorias, posteamentos, barrancos,
árvores isoladas, valos, valas, drenagem natural e
artificial etc.; esses detalhes devem ser discriminados e
relacionados nos editais de licitação, propostas e instru-
mentos legais entre as partes interessadas na sua execução
(NBR-13133);
levantamento topográfico planialtimétrico
cadastral: levantamento planialtimétrico acres-
cido dos elementos planimétricos inerentes ao
levantamento planimétrico cadastral, que devem
ser discriminados e relacionados nos editais de
licitação, propostas e instrumentos legais entre
as partes interessadas na sua execução (NBR-
13133).
5. Recomendações Gerais
Informações do levantamento
topográfico
As informações de levantamento topográfi-
co planialtimétrico cadastral devem considerar, onde cou-
ber:
terreno e edificação existente (ambientes interiores e
exteriores);
elementos da edificação existente e dos seus compo-
nentes construtivos;
A execução dos levantamentos topográficos deve
ser representada por informações:
de referência a utilizar (dados);
técnicas a produzir (conteúdo);
As informações técnicas a produzir em cada uma
das fases de elaboração do levantamento topográfico de-
vem ser apresentadas mediante documentos técnicos
(originais e/ou cópias) em conformidade com as RT
pertinentes ao assunto, podendo ser incluídos os se-
guintes meios de representação:
desenhos;
textos (memoriais, relatórios, relações, listas);
planilhas, tabelas;
diagramas, fluxogramas, cronogramas;
fotografias, fotomontagens;
maquetes;
outros meios.
7
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
Coordenação do levantamento
topográfico
O levantamento topográfico deve ser estabe-
lecido objetivando a coordenação e a confor-
midade com as demais atividades técnicas que
compõem o projeto completo da edificação,
quais sejam:
arquitetura;
estrutura e fundações;
instalações hidráulicas e sanitárias;
outras.
Programação do levantamento
topográfico
A única etapa do levantamento topográfico,
LV: Levantamento de Dados, deve ser definida de
modo a possibilitar a subseqüente articulação
com as etapas das demais atividades técnicas
que compõem o projeto completo da edificação
escolar, em conformidade com as RT pertinen-
tes ao assunto.
Para a programação dessa etapa, articulando-se-a com
as correspondentes às demais atividades técnicas, po-
dem ser utilizados preliminarmente, a título de suges-
tão:
Ver: ILUSTRAÇÃO A: Exemplo de fluxograma de blocos
para projeto de edificação. Levantamento topográfico;
Ver ILUSTRAÇÃO B: Exemplo de cronograma de barras,
físico e financeiro, para projeto de edificação. Levanta-
mento topográfico.
Execução da etapa do levantamento
topográfico
A execução da única etapa do levantamento
topográfico, Levantamento de Dados (LV-TOP), pode ser de-
terminada em função dos problemas técnicos de cada
edificação, sendo sugeridos, no entanto, para os efeitos
destas RT, os procedimentos correntemente adotados
nos casos mais complexos.
Informações de referência a utilizar (dados)
Devem ser consideradas as seguintes informações
mínimas:
identificação da edificação escolar, mediante nome, código;
localização do terreno, mediante rua, bairro, município
(mapa);
área do terreno a ser levantada;
documentos legais referentes ao terreno;
Estudo Preliminar de Arquitetura (EP-ARQ), se houver.
Informações técnicas a produzir (conteúdo)
Além do terreno natural, devem constar os seguin-
tes dados cadastrais, com todas as suas caracterizações
topográficas (níveis, cotas, dimensões, ângulos
etc.), a serem expressamente solicitados:
abrigos de alimentação de luz;
abrigos de registros de entrada de água, de
recalque;
alambrados;
alinhamentos;
arquibancadas;
árvores isoladas (diâmetro >15cm);
barrancos;
benfeitorias;
bocas de lobo;
bosques;
cabines primárias de transformação;
calçadas;
cercas internas;
córregos;
degraus;
divisas;
drenagem artificial;
drenagem natural;
edificações;
equipamentos de lazer;
equipamentos pedagógicos;
erosões;
escadas;
escoadouros;
estacionamentos;
fontes;
fossas sépticas;
galerias;
guias;
limites de vegetação e de culturas;
logradouros da vizinhança, constados nomes, grades,
infra-estrutura e postes de iluminação;
lotes vizinhos (privados e públicos);
muretas;
muros de arrimo;
muros de fecho;
passeios;
pavimentações;
pisos;
poços rasos e profundos;
portões;
posteamentos;
postes com transformadores;
postes de iluminação;
quadras de esportes;
rampas;
recuos;
reservatórios de água (dimensões e níveis dos
fundos);
sarjetas;
soleiras das edificações vizinhas;
subsolos das edificações vizinhas;
sumidouros;
taludes e bermas;
valas;
valetas;
valos;
outros.
Informações técnicas a produzir no
levantamento cadastral de edificações
(conteúdo)
Os dados cadastrais de edificação existente
(para efeito de recuperação, modificação, ampliação) po-
dem ser expressamente solicitados, incluindo a discri-
minação dos sistemas construtivos (elementos, instala-
8
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
ções, componentes, materiais), dos seus formatos
(dimensões, formas, proporções) e posições nos
respectivos ambientes:
plantas baixas;
cortes verticais;
elevações.
No caso, devem ser feitas as seguintes indica-
ções:
aparelhos e metais sanitários (bacias, bebedou-
ros, mictórios etc.);
aparelhos mecânicos (bombas, elevadores,
monta-cargas);
esquadrias (janelas, portas, portões);
equipamentos incorporados (armários, ban-
cadas, bancos, prateleiras, quadros-negros);
identificação dos ambientes e uso atual;
pontos de utilização da instalação elétrica;
quadros de luz e força;
hidrantes;
outros.
6. Recomendações especiais
A critério dos órgãos responsáveis pelas redes
físicas escolares, estas RT devem ser interpretadas
e adaptadas em função das necessidades e das
disponibilidades dos estados e dos municípios.
A qualidade deve ser estabelecida de maneira
precisa em relação aos procedimentos, podendo
assumir um valor durável ou momentâneo.
7. Avaliações técnicas
A qualidade dos serviços depende do esforço con-
jugado das equipes técnicas e administrativas dos orga-
nismos responsáveis pelas redes físicas escolares duran-
te as atividades nos procedimentos de levantamento topo-
gráfico planialtimétrico cadastral.
Portanto, essas equipes devem estar conscientes do
que fazer e de como fazer, assim como do seu próprio
desempenho, em ambiente de autocontrole com parti-
cipação, criatividade e responsabilidade.
Não bastam os controles realizados exclusivamente
ao final dos processos, nas inspeções e nas amostragens
em bases estatísticas, que não produzem qualidade di-
retamente e que encontram apenas defeitos que já não
podem ser suprimidos, corrigidos ou rejeitados.
BIBLIOGRAFIA ÚTIL (A complementar)
CEDATE. Elaboração e apresentação de projetos para cons-
trução e recuperação. Fundação e Estrutura. Procedimento
técnico. Projeto Monhangara. Educação básica nas regiões Nor-
te e Centro-Oeste. Brasília: CEDATE, 1986.
CENTRO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÕES E EQUIPA-
MENTOS ESCOLARES. CEBRACE. Critérios para elabo-
ração, aprovação e avaliação de projetos de cons-
truções escolares. Rio de Janeiro: CEBRACE, 1976.
CONESP, Companhia de Construções Escolares de São
Paulo. Edificação e seus elementos construtivos.
Especificações da Edificação Escolar de Primeiro
Grau. São Paulo: CONESP, 1986, 24p.il.
CONESP. COMPANHIA DE CONSTRUÇÕES ESCOLARES
DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de diretrizes
gerais para projetos de construções escolares de 1
o
grau. São Paulo: CONESP, 1977.
CONESP. Estrutura. Procedimentos para apresentação de
projetos de edificações escolares de primeiro grau. São
Paulo: CONESP, 1986. 28p.il.
D.O.P Departamento de Edifícios e Obras Públicas. Secretaria
de Obras e Meio Ambiente. Manual técnico do DOP (4
a
edição). São Paulo: DOP, 1980.
IPT- INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTA-
DO DE SÃO PAULO. Critérios para elaboração, avaliação e
aprovação de projetos de construções escolares. Relató-
rio n. 16.638. São Paulo: IPT, 1981.
MEC/SEG/CEDATE. Programa MONHANGARA. Consultor:
MELLO FILHO, João Honorio. Manual técnico. Levantamento
topográfico e cadastral. Brasília: CEDATE, 1986.
MEC/SEG/Programa MONHANGARA. cons.: MELLO FILHO,
João Honorio de, Sondagens de simples reconhecimen-
to do solo. Brasília: Monhangara, 1986.
FDE. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Nor-
mas para execução e apresentação gráfica de levanta-
mento planialtimétrico e cadastral. São Paulo: FDE, 1993.
9
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
Ilustração A: Exemplo de fluxograma de blocos para projeto de edificação, levantamento topográfico
10
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
LEGENDAS
ETAPAS DO PROJETO
Avaliação
contratante
(cinza)
Tempo efetivo
(azul)
TOP Topografia
SDG Sondagem
ARQ Estrutura
ELE Instalações elétricas
ILM Iluminação
ME C Instalações mecânicas
EQP Equipamentos
HID Instalações hidraúlicas e sanitárias
PSG Paisagismo
CM V Comunicação visual
O RC Orçamento da obra
CRO Cronograma da obra
LV Levantamentos
PN Programa de necessidades
EV Estudo de viabilidade
EP Estudo preliminar
AP Anteprojeto
PL Projeto legal
PE Projeto para execução
Atividades Etapas Valor das Tempo trasncorrido
técnicas de etapas em
de projeto projeto % do contrato 0 1 2 3 4 5 67891011 12131415161718192021222324252627
Topografia LV - TOP
Sondagem LV - SON
Arquitetura LV - ARQ
PN - ARQ
EV - ARQ
EP - ARQ
AP - ARQ
PL - ARQ
PE - ARQ
Estruturas LV - EST
e fundações PN - EST
AP - EST
PE - EST
Instalações LV - ELE
elétricas PN - ELE
AP - ELE
PE - ELE
Iluminação LV -ILM
PN - ILM
AP - ILM
PE - ILM
Instalações LV - MEC
mecânicas PN - MEC
AP - MEC
PE - MEC
Instalações LV - HID
hidro- PN - HID
sanitárias AP - HID
PE - HID
Paisagismo LV - PSG
PN - PSG
AP - PSG
PE - PSG
Comunicação LV - CMV
visual PN - CMV
AP - CMV
PE - CMV
Equipamentos LV - EQP
PN - EQP
AP - EQP
PE - EQP
Orçamento da obra PE - ORC
Cronograma da obra PE -CRO
Ilustração B
Exemplo de cronograma de barras, físico e financeiro, para projeto de edificação.
PERÍODO DE INTERRUPÇÃO PARA APROVAÇÃO DO PROJETO LEGAL
11
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
7
Ilustração C: Simbologia para levantamento topográfico cadastral
Alagado
Edificação projetada
Estrada de ferro
(bitola simples)
Estrada de ferro
(bitola mista)
Viaduto ou ponte
Muro de arrimo
Defensa semi-rígida
(de 1 face)
Defensa semi-rígida
(de 2 faces)
Defensa rígida ou
barreira
Cerca de madeira ou
Tapume
Cerca de arame ou
Alambrado
Ponto de cadastro
Cota topográfica
Referência de nível
Vértice de poligonal
Vértice de triangulação
Poste
Curvas de nível
Caixas de inspeção
Torre de alta tensão
Aterro
Espaçamento constante entres os traços
Medidas em cm, para esc. 1:500
1.0
.5
1.0
.5
Indicar todas as dimensões em escala
.5
1.0
Indicar o tipo e a altura.
Indicar o tipo.
1.0
1.0
1.0
2.0
7.0 ou 7,0
Indicar o tipo.
Indicar o tipo.
Traço inclinado
Indicar o tipo e a altura.
474
O número do ponto é precedido de um tramo
perpendicular à linha de 1 mm.
A cota é indicada por meio de 1 ponto ou
localizada pela própria vírgula do n
o
.
Quadrado 1 = 0,5
Círculo = 0,3
RN 5
777.77
Triângulo 1 = 0,5
v-7
Retângulo = 0,5 x 0,2
Espaçamento constante entre os traços
Quadrado 1= 1,0
Círculo = 0,2
12
Recomendações Técnicas: TERRENOS Execução de Levantamento Topográfico Cadastral
Procedimentos
MEC
Corte
Movimento de terra
Areia
Edificação de alvenarias
ou outros
Rua pavimentada
Rua sem pavimentação
Rua pavimentada sem
guia e sarjeta
Caminho e pinguela
Canaleta
Canal coberto
Valeta sem dimensões
Tubulação normal
Tubulação aérea
Curso ou filete d'água
Mangue
Afloramento rochoso
Contorno de vegetação
Espaçamento constante entre os traços
Espaçamento constante entre os traços
.2
.2
1.0
.2
.1
2.0
1.0
Espaçamento entre as linhas de 0,1cm
Indicar os níveis de fundo e de água
Em escala
Indicar o nome do rio
Espaçamento constante entre os traços
1.0
.2
.1
.4
.2
.1
N.A
N.F
.2
.2
2.0
2.0
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