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“A natureza colocou a humanidade sob o domínio de dois mestres soberanos, a
dor e o prazer. Somente eles podem indicar o que nós devemos fazer, bem
como determinar a respeito do que faremos. De um lado, os padrões de certo e
errado, no outro, a corrente das causas e dos efeitos, presa em seus tronos.
Governam-nos em tudo o que fazemos , em tudo o que dizemos, em tudo o que
pensamos: todo esforço que podemos fazer para nos livrar da sujeição, servirá
apenas para demonstrá-la e confirmá-la. Em outras palavras, um homem pode
fingir abjurar o seu império: mas na realidade ele continuará sujeito a ele. O
princípio da utilidade reconhece esta sujeição, e a aceita como fundamento
deste sistema(...)”.¹
J. Bentham, An Introducion to the Principles of Morals and Legislation, Cap.1
Para Bentham:
“A utilidade é o significado de propriedade de qualquer objeto, que tende a
produzir algum benefício, vantagem, prazer, bem ou felicidade, (tudo isto neste
caso valem a mesma coisa) ou (o que vem a ser novamente a mesma coisa)
para impedir danos, dor, mal ou infelicidade à parte cujo interesse esteja sendo
considerado: se essa parte for a comunidade geral, então a felicidade é da
comunidade; se for um indivíduo particular, então a felicidade é individual.²
J. Bentham, An Introducion to the Principles of Morals and Legislation, Cap.1
Uma das mais importantes contribuições dadas por von Neumann e
Morgenstern é a que define o conceito de utilidade. A função de utilidade foi elaborada
com o objetivo de tornar aceitável as soluções e estratégias do jogo.
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Nature has placed mankind under the governance of two sovereign masters, pain and pleasure. It is for
them alone to point out what we ought to do, as well as to determine what we shall do. On the one hand
the standard of right and wrong, on the other the chain of causes and effects, are fastened to their throne.
They govern us in all we do, in all we say, in all we think: every effort we can make to throw off our
subjection, will serve but to demonstrate and confirm it. In words a man may pretend to abjure their
empire: but in reality he will remain. subject to it all the while. The principle of utility[1] recognizes this
subjection, and assumes it for the foundation of that system(…)¹
By utility is meant that property in any object, whereby it tends to produce benefit, advantage, pleasure,
good, or happiness, (all this in the present case comes to the same thing) or (what comes again to the
same thing) to prevent the happening of mischief, pain, evil, or unhappiness to
the party whose interest is considered: if that party be the community in general, then the happiness of the
community: if a particular individual, then the happiness of that individual²