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TENDÊNCIAS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
de sistemas de comunicação que funcionam como porta-vozes eletrônicos,
permitindo-lhes compor mensagens que podem ser impressas e soadas com voz, o
mais semelhante possível à voz que tinham ou que deveriam ter. Tão importante é
a área que há até mesmo periódicos científicos dedicados especificamente a divulgar
pesquisas, programas e equipamentos para este fim, tais como o periódico Aug-
mentative and Alternative Communication.
Há uma série de sistemas de símbolos que permitem a comunicação com
pessoas que não falam, como, por exemplo, B/iss (Hehner, 1980), PIC (Maharaj,
1980), PCS(Johnson, 1981 e 1985). Eles são normalmente empregados em pranchas
de madeira acopladas a cadeira de rodas. I lá também sistemas e línguas de sinais
como LIBRAS. Temos produzido versões computadorizadas de cada um deles:
Bliss-Comp (Capovilla. Macedo, Duduchi et al., 1994c; Feitosa, Macedo, Capovilla
et al., 1994), PIC-Comp (Macedo, Capovilla, Gonçalves et al., 1994), PCS-Comp
(Macedo, Capovilla, Thiers et al., 1994; Thiers, Seabra, Macedo et al., 1993),
Logofone (Capovilla,Macedo, Seabra et al., 1994c; Capovilla, Seabra, Thiers et
al., 1994), conforme descrito abaixo, bem como vários outros sistemas
computadorizados completamente originais, tais como ImagoAnaVox (Capovilla,
Macedo, Duduchi et al., 1994b) que empregam avançados recursos de multimídia.
Apresentam combinadamente imagens coloridas de alta resolução com animação
gráfica, acompanhadas de seus nomes escritos, e respectivos vocábulos com voz
digitalizada em várias línguas. Seu acesso pelo deficiente é feito por meio de
periféricos variados como tela sensível ao toque ou ao sopro, mouse alavancado
ao corpo da pessoa, ou mesmo registrador de vocalizações guturais e gemidos.
Quando o deficiente tem controle motor razoável, mas não o suficiente para
digitar no teclado, é empregada a tela sensível ao toque. Quando estão presentes
tremores e movimentos involuntários leves, a tela sensível ao toque ainda pode ser
usada, desde que se adote um atraso de input ajustável à dificuldade motora do
deficiente. Quando o deficiente pode mover alguma parte do corpo com facilidade.
um mouse pode ser fixado à cadeira e alavancado àquela parte do corpo do
deficiente. Quando ele é capaz de soprar, uma tela sensível ao sopro pode ser
usada. Quando o deficiente pode emitir uma vocalização indiferenciada qualquer
ou um som como um gemido, um detector de ruídos pode ser usado. Para os casos
de mouse alavancado, tela de sopro e detector de gemidos, os sistemas computadori-
zados fazem varredura automática dos itens em velocidade ajustável à dificuldade
motora do paciente, sendo que a única resposta requerida consiste num movimento
grosso, ou sopro, ou ruído qualquer, respectivamente. Tais adaptações têm sido
descritas alhures (Capovilla, Macedo, Feitosa, 1994).