anos sem renovação, atualização e quase nenhuma manutenção,
ficaram obsoletos. Ainda, apresentavam problemas de acesso à Internet,
inviabilizando o planejamento e a execução de atividades pedagógicas
com o uso desses recursos.
Essa realidade não é diferente em outros países da América Latina
e mesmo nos Estados Unidos. Brunner apresenta alguns casos ou situações
para ilustrar o que chama de “uso efetivo” dos meios digitais existentes
na escola, destacando o Chile onde o uso é “relativamente baixo, tanto
entre alunos como entre professores e diretores” (BRUNNER, 2004, p. 17).
Um estudo do Departamento de Sociologia da Universidade do Chile
concluiu “que o uso das novas tecnologias de informação e comuni-
cação nas escolas privadas não supera o limiar do ‘simples’ em mais de
80% dos casos, usando-se o computador como ferramenta para a reali-
zação de uma atividade rotineira, sem maior aproveitamento do seu
potencial para buscar, combinar e analisar a informação, em equipes
de forma interdisciplinar”.
Segundo estudos realizados por Cuban, igual situação é encontrada
em duas escolas secundárias de uma cidade americana (Silicon
Valley), primeira no
ranking relativo à difusão das Novas Tecnologias
da Informação e Comunicação (NTIC) no país, onde os “professores
usam com pouca freqüência e de maneira limitada os computadores na
sala de aula e, quando os usam, continuam com suas práticas de cos-
tume, sem alterá-las de maneira substancial” (CUBAN apud BRUN-
NER, 2004, p. 67).
Assim, conclui Brunner que “o avanço para a e-educação não depende
unicamente do equipamento e da conexão das escolas, nem sequer de
um contexto social rico em tecnologias da informação” (BRUNNER,
2004, p. 70), mas também, de iniciativas mais sofisticadas e comple-
xas, como por exemplo, a formação dos professores e sua capacitação
em serviço para o uso das tecnologias e com a efetiva utilização dos
diversos meios na sala de aula e na sociedade.
Contribuir para mudar esse quadro por meio da capacitação de
uma equipe básica das escolas integrando gestores e professores e, por
TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA UMA EXPERIÊNCIA EM ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO
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